Revista Gente Centro-Oeste XIII

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400 MIL LUCIARA

PREFEITURA DE LUCIARA INVESTE EM PAVIMENTAÇÃO O PREFEITO DE LUCIARA, Fausto Aquino de Azambuja Filho, (Faustinho) (PR), anunciou à Gente que pretende passar os próximos dois anos de governo implantando asfalto nas ruas da cidade. Segundo ele, essa é uma das grandes demandas que sua cidade de pouco mais de 2 mil habitantes apresenta à altura deste seu segundo mandato. No setor de saúde pública sua gestão tem equipado os serviços com alta tecnologia. No projeto de asfaltamento da vias do município, sua equipe usa recursos da prefeitura, provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Cerca de 30% do que vem desse fundo pode ser investido dentro da cidade, como obras de mobilidade urbana, de saneamento e habitação. A gestão de Faustinho começa a pavimentar vias, tendo como prioridades as ruas de mais movimento, para que a obra atenda o maior número de moradores. As primeiras, desta nova etapa de investimento, são ruas do setor Universitário, como a av. Sebastião Gomes de Souza. Segundo ele, a realização de reparos naquela região é estratégica, pois conecta as duas partes da cidade. A Sebastião Gomes, por exemplo, dá acesso à Escola Estadual Humberto Castelo Branco, à Igreja Batista Nacional e ao Hospital Municipal. “Procuramos primeiro a parte da cidade que tem a maior demanda de movimento de pessoas de veículos. A escola, por exemplo, tem de 300 a 400 alunos matriculados”, explica. Para o início da obra, foram reservados cerca de R$ 400 mil. Segundo Faustinho, a parte da cidade que o empreendimento irá atender é nova e tem crescido de forma desordenada. “Não foi viabilizado saneamento, nem pavimentação. O abastecimento de água que tem naquele setor é obra do nosso mandato.” 42 Edição nº 13 de GENTE Centro-Oeste

A expectativa da prefeitura é que obras de reparo nas vias sigam até o ano de 2020. A intenção de Faustinho é chegar às partes mais antigas da cidade, onde as ruas ainda são calçadas com bloquetes. “Agora, o problema maior é a questão de infraestrutura. Eu quero ficar esses próximos dois anos de mandato fazendo asfalto na cidade.” Para o melhor aproveitamento dos recursos municipais, o prefeito diz que economiza o máximo para aquisição de materiais. A meta é que o metro quadrado de pavimento não passe dos R$ 30,00. Ele já acertou o valor da mão de obra, que deve ficar em R$ 10,00 o metro quadrado. A dificuldade em administrar uma cidade do interior, com baixa arrecadação e escassez de recursos, é o que dita os esforços de economia. Faustinho revela que, assim como a maioria dos municípios pequenos, sem o Fethab, as prefeituras não sobreviveriam. Luciara recebe de R$ 65 mil a R$ 75 mil do fundo, valor que vai, em sua maioria, para a manutenção de estradas municipais e estaduais. As despesas do serviço são grandes, conta o prefeito. “Aparentemente é muito recurso, mas quando você vai comprar combustível, com o óleo diesel a R$ 5,00 o litro, ou trocar um pneu ao custo de R$ 1.800,00, percebe-se ser um valor quase que risório.” Contudo, segundo disse, é o que tem ajudado a manter muitos municípios em ordem e muitas contas públicas em dia. Para se ter uma noção da demanda de manutenção rodoviária em Luciara, Faustinho cita que 530 km de estradas municipais e estaduais cortam o município. Com dificuldade em arrecadar e distribuir renda, Luciara tem um dos 10 piores PIB per capita de Mato Grosso.

Há um déficit na geração de emprego, pois, segundo conta o prefeito, a economia é baseada na pecuária, atividade que exige poucas vagas de trabalho. De acordo com dados do IBGE, apenas 11% da população no município é ocupada. A principal fonte de trabalho ainda é a administração pública, mas não é suficiente. A Lei de Responsabilidade Fiscal limita a prefeitura a gastar com pessoal até 54% de sua receita e Luciara já está atingindo essa marca. “Se pudesse, eu colocava mais gente, até porque é um jeito de distribuir renda”, revela o gestor. A expectativa é que investidores comecem a aplicar recursos no ramo da agricultura, que tem capacidade maior de geração de emprego. Inserido na região do Araguaia, já chamado de a nova fronteira agrícola do país e Luciara “espera para breve transformar suas terras em lavouras de grãos”, diz. Mas enquanto a arrecadação ainda é


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