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Luciara inicia pavimentação de ruas

400 MIL

PREFEITURA DE LUCIARA INVESTE EM PAVIMENTAÇÃO

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O PREFEITO DE LUCIARA, Fausto Aquino de Azambuja Filho, (Faustinho) (PR), anunciou à Gente que pretende passar os próximos dois anos de governo implantando asfalto nas ruas da cidade. Segundo ele, essa é uma das grandes demandas que sua cidade de pouco mais de 2 mil habitantes apresenta à altura deste seu segundo mandato. No setor de saúde pública sua gestão tem equipado os serviços com alta tecnologia.

No projeto de asfaltamento da vias do município, sua equipe usa recursos da prefeitura, provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Cerca de 30% do que vem desse fundo pode ser investido dentro da cidade, como obras de mobilidade urbana, de saneamento e habitação.

A gestão de Faustinho começa a pavimentar vias, tendo como prioridades as ruas de mais movimento, para que a obra atenda o maior número de moradores. As primeiras, desta nova etapa de investimento, são ruas do setor Universitário, como a av. Sebastião Gomes de Souza. Segundo ele, a realização de reparos naquela região é estratégica, pois conecta as duas partes da cidade. A Sebastião Gomes, por exemplo, dá acesso à Escola Estadual Humberto Castelo Branco, à Igreja Batista Nacional e ao Hospital Municipal.

“Procuramos primeiro a parte da cidade que tem a maior demanda de movimento de pessoas de veículos. A escola, por exemplo, tem de 300 a 400 alunos matriculados”, explica. Para o início da obra, foram reservados cerca de R$ 400 mil.

Segundo Faustinho, a parte da cidade que o empreendimento irá atender é nova e tem crescido de forma desordenada. “Não foi viabilizado saneamento, nem pavimentação. O abastecimento de água que tem naquele setor é obra do nosso mandato.”

A expectativa da prefeitura é que obras de reparo nas vias sigam até o ano de 2020. A intenção de Faustinho é chegar às partes mais antigas da cidade, onde as ruas ainda são calçadas com bloquetes. “Agora, o problema maior é a questão de infraestrutura. Eu quero ficar esses próximos dois anos de mandato fazendo asfalto na cidade.”

Para o melhor aproveitamento dos recursos municipais, o prefeito diz que economiza o máximo para aquisição de materiais. A meta é que o metro quadrado de pavimento não passe dos R$ 30,00. Ele já acertou o valor da mão de obra, que deve ficar em R$ 10,00 o metro quadrado. A dificuldade em administrar uma cidade do interior, com baixa arrecadação e escassez de recursos, é o que dita os esforços de economia. Faustinho revela que, assim como a maioria dos municípios pequenos, sem o Fethab, as prefeituras não sobreviveriam. Luciara recebe de R$ 65 mil a R$ 75 mil do fundo, valor que vai, em sua maioria, para a manutenção de estradas municipais e estaduais. As despesas do serviço são grandes, conta o prefeito. “Aparentemente é muito recurso, mas quando você vai comprar combustível, com o óleo diesel a R$ 5,00 o litro, ou trocar um pneu ao custo de R$ 1.800,00, percebe-se ser um valor quase que risório.”

Contudo, segundo disse, é o que tem ajudado a manter muitos municípios em ordem e muitas contas públicas em dia. Para se ter uma noção da demanda de manutenção rodoviária em Luciara, Faustinho cita que 530 km de estradas municipais e estaduais cortam o município. Com dificuldade em arrecadar e distribuir renda, Luciara tem um dos 10 piores PIB per capita de Mato Grosso. Há um déficit na geração de emprego, pois, segundo conta o prefeito, a economia é baseada na pecuária, atividade que exige poucas vagas de trabalho. De acordo com dados do IBGE, apenas 11% da população no município é ocupada.

A principal fonte de trabalho ainda é a administração pública, mas não é suficiente. A Lei de Responsabilidade Fiscal limita a prefeitura a gastar com pessoal até 54% de sua receita e Luciara já está atingindo essa marca. “Se pudesse, eu colocava mais gente, até porque é um jeito de distribuir renda”, revela o gestor.

A expectativa é que investidores comecem a aplicar recursos no ramo da agricultura, que tem capacidade maior de geração de emprego. Inserido na região do Araguaia, já chamado de a nova fronteira agrícola do país e Luciara “espera para breve transformar suas terras em lavouras de grãos”, diz.

Mas enquanto a arrecadação ainda é

Com o objetivo de atender o máximo de pessoas, o prefeito Fausto Azambuja optou por pavimentar ruas nas proximidades de uma escola e de um hospital

um desafio, a cidade tem contado com a ajuda de emendas parlamentares para investir. São recursos vindos da União ou do estado, os quais deputados federais e estaduais têm direito, para distribuir entre os municípios.

Em suas contas ele diz que emendas permitem ao prefeito o investimento na Saúde do município. Recentemen

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te, mais de R$ 100 mil, destinados pelo deputado Nilson Leitão (PSDB), foram usados na aquisição de equipamento de última geração para os serviços de fisioterapia. Os recursos do deputado federal Valtenir Pereira (MDB) já viabilizaram a compra de outra ambulância, outro consultório odontológico, um gerador para o hospital e um aparelho de ultrassonografia.

E diz ainda que na área laboratorial, apesar das dificuldades financeiras, o município está se tornando referência regional, com equipamentos de alta tecnologia. Neste ano, a gestão já adquiriu um microscópio Olympus, um bioplus semi-automático e uma centrífuga com painel digital. A prefeitura também comprou, no valor de R$ 68 mil, um analisador hematológico automatizado. O aparelho, inédito na região, executa exames com 28 parâmetros.

Há pouco tempo, a Secretaria Municipal de Saúde começou a realizar o exame de coagulograma. O aparelho Cronoquest, outra das aquisições recentes do município, permite avaliar se a coagulação do paciente está ou não dentro dos parâmetros normais. Hoje, o laboratório de Luciara faz 78 tipos de procedimentos, o que gera uma média mensal de 600 atendimentos.

DIDA SAMPAIO

FERROVIA PASSA PELO ARAGUAIA

Mato Grosso receberá R$ 4 bilhões para construção de 383 km de trilhos

A CIDADE DE ÁGUA BOA (localizada a 727 km de Cuiabá), sediou em 22 de novembro uma audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A discussão foi centrada na manutenção do traçado da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico). Solicitada pelo prefeito do município, Mauro Rosa (Maurão), a sessão foi requerida pelo deputado estadual Ondanir Bortolini (Nininho). O auditório da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na cidade foi pequeno para a ebulição dos debates contestatórios e reivindicatórios para que permaneça o traçado obedecendo o percurso de 383 km de Campinorte, em Goiás, às cidades mato-grossenses Água Boa (passando por Cocalinho) a Lucas do Rio Verde. Políticos, como deputados e o senador Wellington Fagundes (PR), empresários, técnicos e outros rubricaram um abaixo-assinado endereçado ao Ministério dos Transportes, Senado Federal e Tribunal de Contas da União (TCU), solicitando imediata realização da obra e manutenção do seu traçado.

Nininho disse na ocasião que “caso esse projeto não seja executado, conforme o já especificado, todo um trabalho de anos será desperdiçado”. O deputado referia-se a outra alternativa que vem sendo ventilada, com passagem por Querência, a cerca de 979 km de Cuiabá, no Norte Araguaia. O principal palestrante da noite, o economista e ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antonio Pagot, que dirigiu o órgão até 2011, defendeu a permanência da ferrovia por Água Boa e com isso engrossou o coro do Movimento Pró-Logística que acredita que a Fico vai proporcionar alívio para o escoamento dos grãos na região, permitindo a redução de custos do frete em até 25%, segundo cálculos do grupo.

Não será por falta de cargas que os vagões da Fico vão em busca de outras rotas no Araguaia. Numa recente avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção de soja e milho na região representa 32% da produção do estado, e até 2025 deve saltar de 20 milhões para 29 milhões de toneladas. Maurão disse que essa ferrovia “representa, além da redução nos custos de transporte, gera a oportunidade de novos

investimentos, a exemplo da exploração de minérios”. Segundo ele o Araguaia é uma fronteira agrícola importante para o país porque existem mais de 4 milhões de hectares de terras já degradadas pelas pastagens sem causar danos ao ambiente. “Esse trecho vai fortalecer a Ferrovia Norte-Sul. Futuramente será instalada uma escala em Lucas do Rio Verde para se tornar uma transcontinental com acesso a Barcarena, no Pará de onde segue para outros portos no Pacífico”, disse o prefeito água-boense. Para o presidente do Fórum Pró- -Ferrovia, Francisco Vuolo Filho, “o traçado original da ferrovia está chancelado, uma vez que todos os projetos (básico, estrutural, de questões ambientais, de viabilidade econômica, entre outros) foram aprovados. Desde 2010 estamos constituindo esses projetos e é importante que se mantenha porque foi muito bem pensado, principalmente, respeitando os recursos de áreas indígenas e ambientais. “Além de aumentar o trajeto, descartaria de início cerca de R$ 20 milhões que já foram gastos nos projetos do traçado original”.

Enquanto isso, o representante da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) Ronaldo Magalhães informou que caso o traçado seja mantido, há expectativa de início das obras ainda em 2019. O prazo de conclusão é de até 5 anos a partir de seu início. O investimento é da ordem de R$ 2,6 bilhões. Na entrevista logo após sua participação na audiência pública em Água Boa, em defesa da permanência do traçado da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico), no trecho de 383 km entre Campinorte (GO) a Água Boa (MT), o deputado Ondanir Bortolini (PSD) disse de entrada que “não há o quê mudar neste traçado, já está tudo definido”, afastando assim especulações que transferiria o possível local de embarque e desembarque para Querência, a 230 km ao norte.

Segundo o deputado, a escala em Água Boa beneficia o Vale do Araguaia “e foi por conta disso que encabeçamos um abaixo-assinado extraído na audiência e que vamos levar a Brasília, à ANTT (Agencia Nacional de Transportes Terrestres) e ao Ministério dos Transportes para que cesse qualquer possibilidade de mudança desse projeto executivo e de sua licença

ambiental”, disse. Em seus cálculos, uma eventual mudança acarretaria prejuízos da ordem de mais de R$ 20 milhões, sem contar a espera de pelo menos mais 5 anos. A audiência, ocorrida na noite de 22 de novembro, contou com a participação de 18 prefeitos da região, mais de 50 vereadores, políticos, lideranças sócias, empresários, sindicatos e instituições como a Aprosoja, todos em defesa da permanência do traçado da Fico com parada obrigatória em Água Boa, uma referência do agronegócio no Araguaia.

Membro efetivo da bancada ruralista na Assembleia Legislativa, Nininho tem sido espécie de porta-voz de fazendeiros em várias regiões do estado. Nesta sua recente visita ao Araguaia, à frente dessa audiência, ele defendeu a conclusão asfáltica de 120 km na BR-158 (entre a localidade Alô Brasil e Porto Alegre do Norte) que corta a reserva Marawatsede, antigo latifúndio Suiá-Missú, de 165 mil hectares, desocupados em 2013 em favor da etnia xavante.

Nininho acrescentou ainda que acredita nas medidas “eficazes” do presidente leito Jair Bolsonaro que estariam por vir e no futuro governador do estado, Mauro Mendes, “um empresário focado que vai empreender com as nossas lideranças. Voltando à questão asfáltica o deputado disse que defende “o asfalto passando por dentro da reserva, assim como o acesso até Alto Boa Vista. É mais prático, mais econômico do que esperar pelo asfalto de 180 km do Contorno Leste, que já foi licitado em seus dois trechos, mas que não sai do papel”, disse.

TORIXORÉU

FOTOS ASSESSORIA

AÇÕES PREVENTIVAS SÃO PRIORIDADES DE SAÚDE

A prefeitura municipal executa ações de prevenções para minimizar custos futuros

COM UM ATENDIMENTO inteiramente voltado à Atenção Básica, Torixoréu tem desenvolvido ações preventivas como a principal cartada no serviço de Saúde. Aproveitando os meses de outubro e novembro, o município realizou campanhas de combate a tipos de câncer e contra o mosquito transmissor da dengue. A prefeitura também busca manter boa mobilidade para os pacientes que precisam ser encaminhados aos polos regionais de Saúde.

No estado de Mato Grosso, a maior demanda de investimento ainda é a Saúde, que nos últimos anos passou por grave precarização. Todas as cidades sentiram a crise e o congelamento de repasses foi extensamente discutido. O que ajuda a desafogar os gastos do serviço são as emendas parlamentares, destinadas pelos deputados estaduais e federais a suas bases eleitorais. Mas, com outras demandas, sobretudo na infraestrutura, a região do Araguaia teve que se virar para que os serviços não entrassem em um colapso.

A secretária da pasta, Luzia Bento Carneiro, destaca que, apesar das dificuldades, o município tem conseguido gerir os serviços disponíveis. “Mesmo sem ter recebido de forma sistêmica os repasses do governo estadual, Torixoréu se sente orgulhosa por conseguir, em 2018, manter todas as equipes de atenção à saúde e vigilância completas.”

O município concentra-se em garantir os serviços da Atenção Básica e cuida para que sua população não adoeça. Por isso, além dos atendimentos gerais, dos em odontologia, em nutricionismo e em fisioterapia, a prefeitura executa todas as campanhas preventivas.

Para o Outubro Rosa e o Novembro Azul, a cidade realizou dois mutirões de detecção precoce de dois tipos de Câncer. No primeiro mês, foi coletado o material em 150 mulheres, pra a realização do exame Citopatológico de Colo de Útero. Já na vez dos homens, a rede municipal fez 45 exames de Antígeno Prostático Específico (PSA), que detecta a possibilidade de câncer de próstata. Esse último procedimento foi realizado em indivíduos na faixa etária de 50 a 70 anos, pois a alta idade é considerada um

fator de risco para a doença.

Em novembro, também ocorreu o dia “D” de mobilização de combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chicungunhya. A campanha aconteceu em parceria com o município vizinho de Baliza (GO), com equipes das duas cidades, nas ruas, orientando a população para eliminar os criadouros e focos de mosquito. “O período de chuvas iniciou, o que é motivo para o combate ao transmissor ser redobrado”, destaca a secretária.

A prefeita Inês Coelho (PP) também tem destinado atenção aos veículos do serviço de Saúde. Um dos cuidados que o município tem é em manter possíveis e fáceis os encaminhamentos para outras cidades. A prefeitura custeia casa de apoio em Cuiabá e em Goiânia para receberem os pacientes do programa Tratamento Fora de Domicílio.

ASSOCIAÇÃO

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AMA TEM NOVO PRESIDENTE

Prefeito de Santa Cruz do Xingu, Marcos Sá é eleito presidente para o próximo biênio

ÚNICO CANDIDATO ao cargo, Marcos Sá foi eleito, no dia 7 de dezembro, presidente da Associação dos Municípios do Araguaia (AMA). O prefeito de Santa Cruz do Xingu deve focar seu mandato em melhorias na área de saúde e de infraestrutura, na região.

O sucessor de Joel Ferreira, prefeito afastado de Bom Jesus do Araguaia, vai compor a diretoria da AMA com o vice-presidente, Adão Brechó, gestor de Novo Santo Antônio. Como primeiro secretário, fica o prefeito de São José do Xingu, Nenê da Oficina. Os três vão responder pela entidade nos próximos dois anos.

À Gente, Marcos Sá diz que decidiu se candidatar ao posto por acreditar na importância da associação para o desenvolvimento da região. Segundo ele, desde que se chamava Associação dos Municípios do Baixo Araguaia (AMBA), a entidade tem contribuído em atender as demandas do leste do estado.

“Ela foi ajudando a resolver vários problemas da região através da união, porque, na década de 90, essa região do médio e norte Araguaia era conhecida como o Vale dos Esquecidos”. Marcos afirma que ao longo desses mais de 20 anos de história, muita mudança pode ser atribuída à associação.

O novo presidente conta que se sentiu preparado a investir no desafio. “Me senti motivado à candidatura e, agora, acho que posso ser útil a nossa região. Já estou em discussão com outros prefeitos e já estamos criando projetos juntos.”

Como proposta, o presidente eleito considera urgente a implantação de mais Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Araguaia. Para ele, os 21 leitos de Barra do Garças não são suficientes a uma região com mais de 30 municípios.

Marcos propõe ainda agendas para melhorias no transporte escolar, ampliação do sinal de internet e energia, e um dos fatores que considera como de fundamental importância na região, a regularização fundiária, e na saúde, leitos na das cidades polos. “Não temos UTI na região de Água Boa, nem no regional de São Felix do Araguaia, nem no regional de Porto Alegre do Norte”, aponta. Outra prioridade da nova administração é reivindicar a conclusão das obras de pavimentação que conectam as cidades do Araguaia.

ELEIÇÕES DA AMM

Com 73% dos votos, Neurilan Fraga é reeleito para a presidência da Associação Mato-grossenses dos Municípios (AMM). A eleição, ocorrida também em 7 de dezembro, reuniu 112 prefeitos votantes. Será o terceiro mandato do ex-prefeito de Nortelândia a frente da entidade municipalista. Neurilan foi eleito para dirigir a AMM pela primeira vez em 2014, quando ainda era gestor do município mato-grossense. Com a modificação do estatuto da entidade, conseguiu se reeleger pela primeira vez em 2016, mesmo tendo encerrado seu mandato como prefeito. Agora, escolhido por 82 votos contra os 30 do adversário, Silvio José de Moraes Filho, o Silvinho, ele deve comandar a associação pelo biênio 2019/2020.

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