RESSOCIALIZAÇÃO
R-E-C-O-M-E-Ç-O “MUITAS VEZES É AQUI QUE A PESSOA PERCEBE QUE PRECISA MUDAR” ESTUDO. É esse o argumento que o diretor da unidade prisional de Barra do Garças, Maicon Brasil tenta mostrar aos presos que querem mudar de vida e uma nova chance na sociedade
40 GENTE Centro-Oeste - edição nº 15
FOTOS: SEMANA7.COM
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os que não conhecem a história da evolução estrutural de Barra do Garças podem achar que sua Cadeia Pública sempre foi um despropósito crivado no centro comercial da cidade, mas se engana quem pensa assim. No início dos anos 1960, quem estivesse à altura de onde hoje é a "Numa cadeia existem muitas coisas ruins: praça Sebastião algemas, bombas, gás de Alves Júnior pimenta, tiros de barracha poderia avistar e também reais. Mas às vezes acontecem coisas pessoas transi- boas, como as que temos tando em frente aqui: escola, serigrafia, aquele presídio, corte e costura e outros cursos. Isso depende graças a total do querer de cada um", Maicon Brasil, diretor ausência de de Barra do casas naquele na unidade Garças trecho. À época
em que foi construída pelo italiano Polaco, há cerca de 73 anos, no governo de Arnaldo Estêvão de Figueiredo (1947-1950) quando a então Barra Cuiabana não passava de uma vila de garimpos, com uma rua margeando seu porto onde hoje é o bairro Cidade Velha que viu seu posto policial ser transferido para o cerrado que margeava o Córrego do Monjolo hoje “coberto por uma lápide de cimento” nas palavras do memorialista barra-garcense Pedro Lopes Miranda, de 83 anos, ouvido por Gente. Aquele passado não existe mais e, enquanto isso, a 1ª Delegacia de Polícia foi construído em 1980, sob coordenação do então delegado Aldemar Araújo Guirra. A mão de obra voluntária coube aos seus apenados e o