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Recursos Humanos
Recursos Humanos | Humans Resources
Os nossos Colaboradores são o maior património da nossa organização, onde cada um dá e coopera como parceiro de suporte em espírito colaborativo e de confi ança, baseado numa relação de respeito, justiça e consideração, com o propósito de criar novas ideias e maiores sinergias no plano organizacional.
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Our Employees are our organization’s greatest asset, where each one gives and cooperates as a supportive partner in a spirit of collaboration and trust, based on a relationship of respect, justice and consideration, with the purpose of creating new ideas and greater synergies in the organizational plan.
As pessoas são o maior património da organização e cada colaborador é tratado com respeito, justiça e consideração. People are the organization’s greatest asset and each employee is treated with respect, fairness and consideration.
Presidente da Fundação Aldeias SOS, Luísa Lobo é galardoada Mulher do Ano President of Foundation- SOS Villages, Luísa Lobo is awarded Woman of the Year
A presidente da Fundação Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, Luísa Lobo foi distinguida com um dos mais nobres prémios atribuídos a Mulher Cabo-Verdiana, na V edição da Gala “Somos Cabo Verde”, como Mulher do Ano, no dia 18 de outubro na cidade da Praia. No seu discurso de agradecimento a “Mulher do ano”, que foi escolhida pelo público, fez um apelo a todos os cabo- -verdianos: que apadrinhem uma criança das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, que plantem uma árvore fruteira e que ajudem a pôr em prática a nova Lei criada em Cabo Verde para diminuir o uso abusivo do álcool. A Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, orgulha-se, por ter uma pessoa de tamanha nobreza na presidência, pois é da nossa convicção que com mais pessoas como Luísa Lobo, o mundo se tornará um lugar melhor para as nossas crianças.
The president of Foundation, SOS children` villages Cape Verde, Luísa Lobo was distinguished with one of the most noble prizes awarded to Cape Verdean women, at the 5th edition of the Gala “We Are Cabo Verde”, as Woman of the Year, on October 18 in the city of Praia. In her speech of thanks the “Woman of the Year”, which was chosen by the public, she appealed to all Cape Verdeans: to sponsor a child from the SOS Children’s Villages Cape Verde, to plant a fruit tree and to help put in practice the new Law established in Cabo Verde to reduce alcohol abuse. The SOS Children’s Villages Cabo Verde is very proud, to have a person of such nobility in the presidency, it is our belief that with more people like Luísa Lobo, the world will become a better place for our children.
Capacitação contínua e empoderamento dos colaboradores: Uma das grandes apostas da SOS Cabo Verde
De forma a garantir capacitação contínua e o empoderamento dos colaboradores SOS têm sido uma das grandes apostas da SOS Cabo Verde, todos os esforços têm sido feitos, no sentido de colocar ao dispor dos mesmos um leque variado de formações, workshops, promoção de visitas de estudo, entre outras formas de promover e incentivar a excelência no exercício das suas funções enquanto promotores da organização. Das formações e workshops realizados com sucesso destacamos, o workshop sobre Gestão Baseada em Resultados, ministrado por colaboradores da SOS internacional e regional, dirigida a nossa Equipa Nacional de Gestão, onde os colaboradores, entre outras ações, tiveram a oportunidade de desenvolver capacidades e habilidades em Gestão Baseada em Resultados. Os nossos cuidadores (Mães e Tias SOS, Educadores de Jovens e Psicólogos) participaram na X edição da formação promovida para cuidadores SOS que objetiva, fomentar a paixão e dedicação no cuidado e desenvolvimento de competências; contribuir para a melhoria do seu bem-estar, bem como muni-los de competências básicas que lhes permitem dar respostas satisfatórias no que diz respeito às suas relações interpessoais. Ainda, enquadrado no plano de formação anual de 2019, em parceria com o Corpo de Bombeiros da Praia, promovemos uma ação de formação aos colaboradores sobre as Técnicas de Primeiros Socorros e Uso de Extintor. A formação que contou com as vertentes teórica e prática, teve como objetivo principal, transmitir aos colaboradores noções básicas de primeiros socorros e de manuseio e utilização de extintores em caso de fogo ou incêndio. A organização continua apostando nos intercâmbios e trocas de experiências, para o estreitamento dos laços e aquisição de
experiências com as Associações Nacionais (NA) de diferentes países. No âmbito da troca de experiências, os nossos colegas tiveram a oportunidade de conhecerem as experiências de outros países como, Benim, Gana, Brasil, Alemanha e a sede da organização na Áustria. O Diretor Nacional Dionísio Pereira, esteve de visita a alguns países como Senegal, Portugal e Áustria, com o propósito de reafi rmar as estratégias da organização e formular as próximas etapas com foco no fortalecimento da capacidade e na melhoria de qualidade das federações. Convívios entre os colaboradores da organização têm sido promovidos com o propósito de fomentar a motivação e o engajamento dos mesmos através do fortalecimento do espírito de equipa. A par dessas ações, outras iniciativas têm sido tomadas como forma de encorajar, motivar e fazer engajar cada um à Família SOS.
Continuous training and empowerment of its employees: one of the great bets of SOS Cabo Verde
In order to ensure continuous training and the empowerment of SOS employees has been one of SOS Cabo Verde’s great bets, every effort has been made to provide them with a wide range of training, workshops, promotion of visits by study, among other ways to promote and encourage excellence in the exercise of their functions as promoters of the organization. Of the training and workshops carried out successfully, we highlight the workshop on Results Based Management, given by international and regional SOS employees, directed to our National Management Team, where employees, among other actions, had the opportunity to develop skills and abilities in Results-Based Management. Our caregivers (Mothers and Aunts SOS, Youth Educators and Psychologists) participated in the 10th edition of the training promoted for SOS caregivers that aims to foster passion and dedication in the care and development of skills; contribute to the improvement of their well-being, as well as providing them with basic skills that allow them to give satisfactory answers regarding their interpersonal relationships. Also, as part of the 2019 annual training plan, in partnership with the Praia Fire Department, we promoted a training action for employees on First Aid Techniques and Extinguisher Use. Also, included in the annual training plan 2019, in partnership with the Praia Fire Department, we promote an action of training for employees on First Aid Techniques and extinguisher use. The training, which included theoretical and practical aspects, was to convey to employees basic knowledge of fi rst aid and the handling and use of extinguishers in the event of fi re. The organization continues to focus on exchanges and exchanges of experiences to have- closer links and acquire experience
with the National Associations from different countries. In the context of exchange of experience, our colleagues had the opportunity to know the experiences of other countries as Benin, Ghana, Brazil, Germany and the organization’s headquarters in Austria. National Director Dionísio Pereira was visiting in some countries such as Senegal, Portugal and Austria, with the purpose of reaffi rming the organization’s strategies and formulating the next steps with a focus on strengthening the capacity and improving the quality of the federations. Gatherings among the organization’s employees have been promoted with the purpose of fostering employee motivation and engagement through the strengthening of team spirit. Alongside these actions, other initiatives have been taken in order to encourage, motivate and to engage each SOS family.
Alexandre Rocha: de Criança SOS a Diretor de Programas das Aldeias SOS
Alexandre Rocha é um dos rostos que espelham o impato do trabalho da Aldeias Infantis SOS Cabo Verde nestes 35 anos. Acolhido aos 4 anos na Aldeia de Assomada, Alex, como é conhecido por todos, faz parte do grupo das primeiras crianças que constituíram a família SOS Cabo Verde. Uma família cuja missão é transformar vidas de crianças sem os cuidados parentais. Segundo o fundador das Aldeias Infantis SOS, Hermann Gmeiner, o que uma criança em situa-ção de vulnerabilidade precisa em primeiro lugar, é de uma família. Ao Alex e as cerca de 500 crianças acolhidas na SOS Cabo Verde, desde 1984, foram-lhes proporcionados um lar de amor e uma mãe, ganharam vários irmãos e a esperança de um futuro melhor. Segundo Alex, “para quem está de fora, trata-se de uma organização que cuida de crianças e adolescentes, mas, para os internos a Aldeias Infantis SOS é sinónimo de uma grande família”. Enquanto adolescente/jovem o nosso “menino prodígio” foi sempre ativo e presente em todas as atividades culturais, desportivas, lúdicas e pedagógicas organizadas na Aldeia. Guiado pelo espírito de liderança, ele também estava à frente de vários grupos de jovens na comunidade, tendo desempenhado a função de Presidente da liga das Associações Juvenis de Santa Catarina. Deixou a Aldeia em 1999, aos 19 anos, para uma vida independente, tendo logo naquele ano, começado a trabalhar como líder de jovens na Aldeia, que o viu crescer. Como um bom fi lho, Alex absorveu todos os ensinamentos que recebeu na família SOS, e co-mo líder de jovens teve a preocupação de orientar e aconselhar os seus irmãos que se prepara-
-vam para uma vida autónoma. “O trabalho como líder de jovens, foi essencialmente de entrega. Com os jovens do lar constru-ímos uma relação de irmandade, que permanece intacta até então. Em todos os momentos tive
a preocupação de os orientar para uma vida independente ao deixarem os programas SOS”, sublinha Alex. Tendo exercido a função de líder de jovens com sucesso, no ano de 2010, foi promovido a Dire-tor para o Desenvolvimento de Programas da Aldeias Infantis SOS Cabo verde, função que de-sempenha até hoje. Como Diretor de Programas tem como principal desafi o, manter a consistência e a qualidade do cuidado proporcionado pelas Aldeais SOS, sem perder a identidade, independentemente das conjunturais, sociais, políticas e económicas ou mesmo das pessoas que estão à frente da orga-nização. Pai de 4 fi lhos e um colaborador que se destaca pela sua competência e dedicação, Alex é con-siderado um exemplo. Que o digam a sua fi lha e a irmã que ganhou na Aldeia: Maria José Freire - foi uma criança SOS e hoje exerce a função de Diretora dos Recursos Hu-manos e Desenvolvimento Organizacional. “A minha relação com o Alex é de irmandade. É um amigo especial que Deus me deu. Estamos sempre juntos em todos os momentos (tristeza e alegria) e é uma pessoa de total confi ança. Como pai é um exemplo, cuida dos seus fi lhos com extrema dedicação, é muito amoroso e brincalhão. Como colaborador, Alex é um profi ssional de excelência, sempre comprometido com a missão da Organização. É um líder nato e tudo o que faz tenta fazê-lo com perfeição”, enfatiza a irmã e colega Maria José Freire. Laura Rocha, 16 anos: fi lha
“Papá é tudo para mim. Não tenho palavras para descrever o tamanho da gradeza do meu pai. Só sei que não conheço ninguém igual a ele, e tenho que o agradecer por tudo o que fez e con- -tinua a fazer por mim e toda a minha família”, sublinha Laura. De olhar sereno, fala mansa e um sorri
so sempre a oferecer, Alexandre Rocha segue fi rme na entrega à sua família, ao trabalho e as causas sociais, sempre guiado pelo espírito de liderança, de forma a cumprir o seu maior desejo, que é fazer a diferença na vida dos que ama e dos que mais precisam.
Alexandre Rocha: from SOS Child to Programme Director of SOS Villages
Alexandre Rocha is one of the faces that refl ect the impact of the work of SOS Children’s Villages Cabo Verde in these 35 years. Welcomed at the age four in SOS Village of Assomada, Alex, as he is known to all, is part of the fi rst children`s group who formed the SOS Cabo Verde family. A family whose mission is to transform children’s lives without parental care. According to the founder of SOS Children’s Villages, Hermann Gmeiner, what a vulnerable child needs in the fi rst place is a family. Alex and the approximately 500 children hostd in SOS Cabo Verde, since 1984, have provided them a home of love and a mother, gained several brothers and hope for a better future. According to Alex, “for outsiders, this is an organization that takes care of children and teenagers, but for the interns, the SOS Children’s village is synonymous with a great family”. As a teenager / young man our “prodigy boy” was always active and present in all cultural, sporting, playful and educational activities organized in the Village. Guided by the spirit of leadership, he was also in charge of several youth groups in the community, having served as President of the league of Youth Associations in Santa Catarina. He left village in 1999, at the age of nineteen, for an independent life, and that year, he started working as a youth leader in Village, where he grew up. As a good son, Alex has absorbed all the teachings given to the SOS family, and as a youth leader he was concerned with guiding and advising their brothers who were preparing for an autonomous life. “The work as a youth leader, was essentially delivery. With the young peo
ple in the home we built a brotherhood relationship, which has remained intact until then. At all times I had the concern to guide them towards an independent life when they left the SOS programs”, emphasizes Alex.
“… For outsiders, it is an organization that cares for children and adolescents, but for inmates SOS Children’s Villages is synonymous with a large family”.
Having successfully served as a youth leader in 2010, he was promoted to Director of Development Program at SOS children`s Village Cabo Verde, a role he still holds today. As Director of Program, his main challenge is to maintain the consistency and quality of the care provided by SOS Village, without losing his identity, regardless of the circumstances, social, political and economic or even the people who are in charge of the organization. Father of four children and a collaborator who stands out for their expertise and dedication, Alex is considered an example. Let your daughter and the sister who gained in the Village say: Maria José Freire - was an SOS child and now holds the role of Director of Human Resources and Organizational Development. “My relationship with Alex is a brotherhood. He is a special friend that God has given me. We are always together at all times (sadness and joy) and is confi dence person”. As a father he is an example, he takes care of their children with extreme dedication, he is very loving and playful. As a collaborator, Alex is a professional of excellence, always committed to the Organization’s mission. He is a born leader and he do his job with perfection” emphasizes his sister and colleague Maria José Freire. Laura Rocha, 16 years old daughter: “Daddy is all to me. I have no words to describe my deep love for him and the size of my father’s greatness. I really know that I don’t know anyone like him, and I have to thank him for everything he did and continues to do for me and my whole family” underlines Laura. With a serene look, a soft voice and a smile always on offer, Alexandre Rocha remains fi rm in his dedication to his family, to work and to social cau
ses, always guided by the spirit of leadership, in order to fulfi ll his greatest desire, which is making a difference in the lives of those who love and those who need it most.
Mãe Tereza: “há 18 anos venho testemunhando a SOS Cabo Verde a transformar vidas”
Sou Natália Silva, 44 anos, mais conhecida por Mãe Tereza, da Casa Familiar nº 9 na Aldeia de Assomada. Há 18 anos faço parte da família SOS, e durante toda a minha experiência nesta organização, tenho tido a oportunidade de testemunhar a SOS Cabo Verde SOS a transformar vidas. É uma transformação que tem como base o amor, e ninguém fi ca inerente a ela. Sejam as crianças acolhidas, as Mães, Tias, educadores de jovens, ou mesmo os demais colaboradores que fazem parte das equipas pedagógica e administrativa. Cheguei aqui aos 26 anos, a procura de um emprego, mas logo na minha primeira semana, trabalhando como Tia SOS senti que pertencia a este lugar, e tinha encontrado o meu verdadeiro lar. O desejo de ser Mãe SOS que logo desabrochou em mim, veio a se concretizar aos 32 anos. Com a realização deste sonho, vieram os primeiros desafi os. Na minha casa tinha 5 crianças, sendo uma delas portadora da síndrome de down. Era uma criança imperativa e ao mesmo tempo com muitas limitações. O amor, a paciência e a minha fé espiritual foram e continuam sendo os meus maiores aliados. Com esses 18 anos, ao serviço da Aldeias SOS, descobri que ser Mãe SOS, não é apenas o dar, na verdade, recebemos muito mais do que damos. Todo o afeto que demostramos as nossas crianças, é recíproco, e elas nos retribuem de forma bem especial. Dos meus fi lhos, tenho todo o amor e a ternura de uma criança e de forma sincera e afetuoso. Para mim não há nada mais valioso do que isso. Os meus fi lhos fazem parte de mim, e não vejo nenhuma diferença entre a nossa família e as demais famílias convencionais. Não sei viver sem eles! Nas minhas folgas, visito a minha mãe e sempre levo dois ou três comigo, de forma sequencial. No entanto quando celebramos as festas do meu município, fechamos a casa aqui na Aldeia e vamos para a casa da minha mãe. Vivemos momentos de muita alegria e confraternização junto a minha família biológica. Elas são sobrinhos dos meus irmãos, netos da minha mãe e primos dos meus sobrinhos. A concretização de um pai ou uma mãe, é testemunhar as conquistas dos fi lhos. Desde que comecei a fazer parte da família SOS, tenho tido a oportunidade de ver as conquistas dos meus fi - lhos. Da criança imperativa e cheia de limitações a se tornar independente e num dos adolescentes mais carinhosos e “beijoqueiros” da Aldeia; da criança que vivia em situação de rua, que logo quando do seu acolhimento tinha comportamentos agressivos a se tornar o conselheiro dos seus irmãos, ou mesmo das que acolhi ainda pequenos e hoje trilham os seus caminhos de forma independente. Nem nos meus melhores sonhos, pensei viver momentos tão sublimes, como as que a família SOS me proporciona. Aqui amo e cuido dos meus fi lhos e sou cuidada e amada por eles. Escuto-os e eles são meus ouvidos quando preciso desabafar. Cumpro os meus deveres como Mãe SOS e em compensação recebo o amor.
Mother Teresa: “for eighteen years I have been witnessing the SOS Cabo Verde to transform lives”
I am Natália Silva, forty-four years old, better known as “Mother Teresa”, from family house nº 9 in SOS Children’s Village of Assomada. I have been part of the SOS family for eighteen years, and throughout my experience in this organization, I have had the opportunity to witness SOS Cape Verde to transform lives. It is a transformation that is based on love, and no one is inherent in it. The children hosted, the Mothers, Aunts, youth educators, or even other employees who are part of the pedagogical and administrative teams. I came here at the age of 26, looking for a job, but then in my fi rst week, working as SOS Aunt I felt that I belonged to this place, and I had found my true home. The aspiration to be a SOS Mother, which soon blossomed in me, came to fruition at the age of thirty-two. With the realization of this dream, came the fi rst challenges. In my house I had fi ve children, one of them carrying the down syndrome. He was a hyperactive child and at the same time with many limitations. The love, the patience and my spiritual faith were and continue to be my greatest allies. With these eighteen years, at the service of SOS Villages, I realized that being a SOS Mother is not just giving, in fact, we receive much more than we give. All the affection that we demonstrate our children is reciprocal, and they repay us in a very special way. Of my children, I have all the love and tenderness of a child and in a sincere and affectionate way. For me there is nothing more valuable than that. My children are part of me, and I see no difference between our family and other conventional families. I cannot live without them! On my days off, I visit my mother and I always take two or three with me, sequentially. However, when we celebrate the festivities in my municipality, we close the house here in the village and go to my mother’s house. We live moments of great joy and fraternization with my biological family. They are nephews of my brothers, grandchildren of my mother and cousins of my nephews. “kisser” teenagers in the village; of the child who lived on the streets, who, right after receiving them, had aggressive behaviours to become the adviser to his brothers, or even those I took in when they were young and today walk their paths independently. Not in my best dreams, thought to live so sublime moments, such as the SOS
The realization of a father or mother is to witness the achievements of their children. Since I started being part of the SOS family, I have had the opportunity to see my children’s achievement. From the imperative and full of limitations child to becoming independent and one of the most affectionate and
family provides me. Here I love and care for my children and I am cared for and loved by them. I listen to them and they are my ears when I need to vent. I fulfi l my duties as SOS mother and in return I receive love.
Grande Entrevista com Orlando Mascarenhas sobre os 35 anos da Aldeias
Atrás de toda esta obra, estão os benfeitores. Pessoas que com dedicação e acima de tudo com muito amor, encetaram todos os esforços para fazer de Cabo Verde um lugar melhor para as nossas crianças. Um deles é o Sr. Orlando Mascarenhas. Um homem conhecido pela sua amabilidade, benevolência e entrega às causas sociais. É de louvar a fé, a tenacidade e o esforço empreendido em conjunto com as autoridades cabo-verdianas e de seus companheiros, que abraçaram a causa, para conseguir arrancar com o projeto da Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, com os resultados que hoje reconhecemos. Nesta entrevista fi ca a saber mais sobre o trabalho da Aldeia Infantis SOS nesses 35 anos em Cabo Verde, através do Sr. Orlando Mascarenhas.
O Sr. Mascarenhas foi um dos fundadores da Aldeias Infantis SOS Cabo Verde. Quais os primeiros passos para a construção da primeira Aldeia em Cabo Verde? Devo dizer que logo depois da independência nacional em 1975, fui convidado pelo Primeiro Ministro de Cabo Verde, o Comandante Pedro Pires, a presidir o Instituto Cabo-Verdiano de Solidariedade (ICS). Na altura Cabo Verde não tinha recursos, então todo o movimento internacional fazia-se através do ICS. Naturalmente que aceitei essa proposta porque para mim era algo extremamente motivante digamos
muito sensível e sensibilizador uma vez que também era o meu objetivo participar no processo do desenvolvimento nacional. O projeto Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, surgiu em 1979, quando o Presidente da República, ao tempo Aristides Pereira, fez uma visita ao Senegal
e nessa visita, teve a oportunidade de conhecer a Aldeia Infantil SOS Senegal. Ficou muito sensibilizado com o trabalho realizado pela organização, e regressou a Cabo Verde com a missão de encetar esforços para a construção de uma Aldeia no nosso país. Com esta missão, como Presidente do ICS, pus-me de imediato em contacto com as Aldeias Infantis SOS Kinderdorf. Trocamos correspondências, fi zeram- -se várias conversações e acabaram por mandar uma delegação ofi cial a Cabo Verde. Quando a delegação aqui chegou, o nosso Primeiro Ministro já se se tinha inteirado da situação e mostrou interesse nesse processo e então iniciaram- se as conversações e negociações para a construção de uma Aldeia Infantil SOS em Cabo Verde. Com isso concluiu-se que deveria ser em Santa Catarina, Assomada. Mas, é evidente, que para se chegar à construção, houve um conjunto de processos e de trabalhos.
Pararelo à construção das Casas Familiares, o projeto também contemplou a comunidade com a construção do primeiro jardim infantil em Santa Catarina. Como foi este processo? O jardim era extremamente importante porque o objetivo era integrar a população local. Tinham que fazer parte da Aldeia e a Aldeia da comunidade. Então o jardim infantil serviu de imediato como um atrativo e um elemento de apoio às crianças que não tinham acesso ao pré-escolar. O jardim começou desde logo a receber as crianças dos 3 aos 6 anos. Como foi o processo para o acolhimento de crianças nas Aldeias? O processo para o acolhimento das crianças na Aldeia levou algum tempo. Primeiramente porque era preciso um trabalho social para apurar de fato a necessidade de acolhimento de uma criança na organização. Começamos com um número bastante pequeno e aos poucos as casas foram atingindo a capacidade máxima que é de 10 crianças por cada casa familiar.
Como foi o processo para o recrutamento e capacitação das Mães SOS? Pois, esta parte foi extremamente delicada, porque ninguém conhecia o funcionamento do lar na ocasião. As pessoas que eventualmente podiam ser recrutadas para mães também não conheciam o processo, então teve de se começar pelo formação e capacitação das Mães SOS. Algumas mães inclusive, foram para o Senegal para ver o funcionamento das casas familiares SOS naquele país.
Além do trabalho com as crianças nas Aldeias, como a organização tem trabalhado com as suas famílias biológicas? O trabalho da SOS Cabo Verde vai além do Aldeias. Estamos nas comunidades trabalhando para o empoderamento das famílias. É um trabalho de grande relevância, porque mesmo no quadro das diretivas superiores, aconselham a que as crianças estejam o mínimo possível nas Aldeias, que haja todo um trabalho do retorno das crianças às suas origens, às suas famílias. Quer dizer nos cuidados internos que se está a fazer agora há uma ideia de que se deve fazer todo um trabalho, de que acolhem as crianças em difi culdade, mas na medida do possível, deve- -se fazê-las reintegrar nas suas famílias. Porque o melhor local para as crianças, é efetivamente na sua família.
Na altura, em algum momento pensaram em desenvolver um projeto com tamanho impacto? Na altura o objetivo primário das Aldeias SOS era ajudar as crianças em Cabo Verde face à situação de pobreza e difi culdades. Hoje, quando se analisa os trabalhos nas Aldeias pode-se dizer que foi muito além dessa proposta inicial, porque de fato a organização além de acolher crianças em situação de vulnerabilidade, trabalha para a formação e integração de jovens na cadeia social do país.
Qual a sua relação com a SOS Cabo Verde hoje? Fui o fundador desde os anos 80, continuei sempre a ajudar e a participar como padrinho, colaboro ainda nas atividades e hoje sou inclusive o Presidente da Assembleia Geral da Fundação das Aldeias SOS. Fui eleito nestas últimas eleições e tenho colaborado juntamente com os outros dirigentes na organização, nos contatos com padrinhos, empresas, e outras organizações no sentido de apoiarem a causa SOS.
Great Interview with Orlando Mascarenhas on the 35 years of SOS Children´s Villages Cabo Verde
Behind all this work are benefactors. People who with dedication and above all with a lot of love, launched every effort to make Cabo Verde a better place for our children. One of them is Mr. Orlando Mascarenhas. A man known for his kindness, benevolence and delivery to social causes. It is to be commended the faith, the tenacity and the effort made jointly with the Cape Verdean authorities and their companions, who embraced the cause, to be able to start with the project of SOS children`s village Cabo Verde, with the results that we recognize today. In this interview, you will learn more about the work of SOS children`s Village during these 35 years in Cabo Verde, through Mr. Orlando Mascarenhas.
Mr. Mascarenhas was a founder of SOS Children’s Villages Cabo Verde. What are the fi rst steps towards the construction of the fi rst village in Cabo Verde?
I must say that soon after independence in 1975, I was invited by Prime Minister of Cabo Verde, Commander Pedro Pires, to chair the Cape Verdean Institute for Solidarity (ICS). At the time Cabo Verde had no resource, then all international movement was made through the ICS. Of course, I accepted this proposal because for me it was something extremely motivating, very sensitive and sensitizer since it was also my goal to participate in the national development process. The project SOS Children’s Villages Cabo Verde, came in 1979, when the President of the Republic at the time Aristides Pereira, visited Senegal and this visit he had the opportunity to know the SOS Children’s Village Senegal. Was very touched by the work carried out by the organization and re
turned to Cabo Verde with a mission to bring initiate efforts to build a village in our country. With this mission, as president of the ICS, I put myself in contact with the SOS Children’s Village Kinderdorf. We exchanged correspondence, several conversations took place and ended up sending an offi cial delegation to Cabo Verde. When the delegation arrived here, our Prime Minister was already acquainted with the situation and showed interest in the process and then were started talks and negotiations for the construction of an SOS Children’s Village in Cabo Verde. Thus, it was concluded that it should be in Santa Catarina, Assomada. But, it is evident, that to start the construction there was a set of process and works.
Similarity, the construction of the Family Homes, the project also included the community with the construction of the fi rst nursery in Santa Catarina. How was this process? The nursery was extremely important because the objective was to integrate the local population. They had to be part of the village and the community village. Then the nursery served immediately as an attractive and an element of support for children who had no access to preschool. The nursery started to receive children from three to six years old.
How was the process for childcare in the Villages? The process for host children to the village took some time. Firstly, because social work was necessary to ascertain the need for a child to be hosted into the organization. We started with a very small number and gradually the houses were reaching the maximum capacity of 10 children for each family home.
How was the process for recruiting and training SOS Mothers? This part was extremely delicate, because nobody knew how the home worked at the time. The people who could eventually be recruited for mothers also did not know the process, so it had to start with the training and qualifi cation of SOS Mothers. Some mothers even went to Senegal to see the functioning of the SOS family houses in the country. In addition to working with children in the Villages, how the organization worked with their biological families? The work of SOS Cabo Verde goes beyond Villages. We are working in communities to empower families. It is a work of great relevance, because even within the framework of superior directives, they advise that children are as little as possible in the Villages, that there is a whole effort to return children to their origins, to their families. It means in the internal care that is being carried out now, there is an idea that a whole job must be done, that children in diffi culty are hostd, but as far as possible, they should be reintegrated into their families. Because the best place for children is actually in their family.
At the time, did you ever think about developing a project with such an impact? At the, the primary objective of SOS Villages was to help children in Cabo Verde by the diffi culties of poverty situation. Currently, when analysing the work in the Villages, it can be said that it went far beyond this initial proposal, because in fact the organization, in addition to welcoming children in situations of vulnerability, works to train and integrate young people in the country’s social chain.
At Present, what is your relationship with SOS Cabo Verde? I was the founder since the 1980s, I always continued to help and participate as a godfather, I still collaborate in activities and currently I am the President of the General Assembly of the SOS Villages foundation. I was elected in these last elections and I have collaborated with other leaders in the organization, in contacts with sponsors, companies, and other organizations to support the SOS cause.
Papa Dionísio: “Meu herói, meu exemplo!”
Que palavras podemos usar neste momento? Como homenagear pessoas que foram, são e que sempre serão de suma importância em nossas vidas? Palavras não defi nem tudo o que fi zeram por nós, para que continuemos a triunfar rumos nossos caminhos. Cada um de nós benefi ciários deste programa temos a nossa história, e em cada história, a importante presença de heróis que por muitas vezes nos salvaram de situações difíceis, nos ensinaram grande parte do que aprendemos e de certeza continuaremos a ter o apoio desses heróis que são vocês: nossas mães SOS, nossos pais SOS, nossas tias SOS e nossos tios SOS. Nesta data especial parámos para pensar quantas vezes tiveram de deixar de realizar os vossos sonhos, de estar com as vossas famílias para que nossos sonhos fossem realizados. Este gesto não tem preço e hoje em nome dos que passaram por aqui, que hoje já são adultos, os que estão longe e não puderam estar aqui e a nós ainda benefi ciários deste maravilhoso programa, juntamo-nos à família SOS para prestar a nossa homena
gem. Aproveitamos para em especial dirigirmos ao “Papá Dionísio” Não é despercebido por nós o seu esforço, a sua dedicação por estes dois pequenos mundos dentro da ilha de Santiago Muitas vezes pode até transparecer que viajamos na maionese, mas a cada visita suas sábias palavras são lembradas com carinho e vemos no senhor o nosso modelo, no seu jeito de ser, o exemplo da vida, o ser humano que é, o que nos leva a crer que Deus precisou de um soldado destemido e forte e por isso o designou para esta missão. Querido “Papa Dionísio”, leve consigo a certeza de que a marca que deixará em nós será eterna e receba o nosso simples gesto “35 anos, 35 toques de carinho”. 1. O mundo precisa de mais “Dionísios” 2. Que a cada amanhecer encontre forças para continuar a fazer o bem 3. 35 anos da Aldeias SOS, 25 anos de serviço…que trabalheira connosco hein, por isso agradecemos de coração 4. Você é uma força e um ser humano incrível! 5. O aniversário é da Aldeia, mas seu também por toda a dedicação, parabéns 6. Do nosso jeito nós amamos-te 7. You are brave!! 8. O mundo está cheio de heróis e um dos meus é você 9. Obrigada pela oportunidade de fazer parte desta grande família 10. Que adianta escrever se não consigo expressar toda a minha gratidão “adoro-te” 11. Meu herói! Meu exemplo! 12. As Aldeias SOS de Cabo Verde estão em boas mãos! 13. Você é a minha inspiração 14. Você é o meu exemplo a seguir 15. Eu só vim entregar um coração cheio de carinho 16. Não deve ser fácil, mas vejo que é com muito amor que lidera esta missão 17. Um grande chefe e um excelente líder 18. Não sei como funciona, mas sei que representa sempre a nossa Aldeia e queria dizer que o faz tão bem!! 19. Desejo muitas felicidades ao senhor por ter um coração tão belo, nesta vida em que o afeto, a harmonia, o carinho e o amor são os maiores anseios da natureza humana 20. Obrigado por ser esta força da natureza 21. Como é maravilhoso ver o brilho nos seus olhos com as nossas conquistas
Papa Dionísio: “My hero, my example!”
51 51 What words can we use right now? How to pay tribute to peoples that were, are and always will be of paramount importance in our lives? Words do not defi ne everything they did for us. we will continue to triumph in our ways. Each one of us benefi ciaries of this program we have our story, and each story, the important presence of heroes which often saved us from diffi cult situations have taught us much of what we learn and certainly will continue to have the support of these heroes that are you. Our SOS mothers, parents, aunts and uncles. In this special date we stop to think how many times you had to stop making your dreams, to be with your families, in order to make our dreams become true. This act is priceless and today on behalf of those who passed through here, which are now adults, those who are far away and could not be here and for us that still benefi ciaries of this wonderful program, we join the SOS family to pay our tribute. We take the opportunity to address in particular ““Papa Dionísio” Their effort, their dedication for these two small worlds within the island of Santiago, is not unnoticed for us. Often it may even appear that we travel in mayonnaise, but at each visit his wise words are remembered with affection and we see in you our model, in his way of being, the example of life, the human being he is, what leads us to believe that God needed a fearless and strong soldier and therefore appointed him for this mission. Dear “Papa Dionísio”, take with you the certainty that the mark you will leave on us will be eternal and receive our simple gesture “35 years, 35 touches of affection”. 1. The world needs more “Dionísios” 2. That every dawn fi nd the strength to continue to do good 3. 35 years of SOS Villages, 25 years of service ... works with us, so we thank you from the heart 4. You are a force and an incredible human being 5. The anniversary is the Villages, but also yours, considering all your dedication… congratulations 6. Our way we love you 7. You are brave!! 8. The world is full of heroes and one of mine is you. 9. Thank you for the opportunity to be part of this big family 10.What good is writing if I cannot express all my gratitude “love you” 11. My hero! My example! 12. The Cabo Verde’s SOS Villages are in good hands! 13. You are my inspiration 14. You are my example to follow 15. I just came to deliver a heart full of affection 16. It shouldn’t be easy, but I see that it is with great love that you lead this mission 17.A great boss and an excellent leader 18. I don’t know how it works, but I know it always represents our Village and I wanted to say that you do it so well!! 19. I wish you much happiness for having such a beautiful heart, in this life in which friendliness, harmony, affection and love are the greatest longings of human nature 20. Thank you for being this force of nature 21. How wonderful to see the sparkle in your eyes with our achievements
Text: SOS Children
