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Polícia do Rio intensifica buscas por traficante que fugiu da cadeia

Depois da fuga de Jean do 18, 15 presos são transferidos em Bangu

Comunidade LGBT+: Brasil tem uma morte violenta a cada 34 horas

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Dados analisados pelo Grupo Gay da Bahia apontam que, somente em 2022, mais de 250 pessoas da comunidade LGBT+ morreram de forma violenta no país

O Brasil é o país onde pessoas da comunidade LGBT+ são mais assassinadas no mundo; a cada 34 horas é registrada uma morte. Somente em 2022, foram contabilizados 242 homicídios e 14 suicídios entre o grupo. Os dados foram analisados e divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).

As forças de segurança no Rio de Janeiro estão mobilizadas para localizar o paradeiro de Jean Carlos Nascimento dos Santos, conhecido como ‘Jean do 18’, que fugiu da cadeia na madrugada de domingo (29). Ele é apontado como um dos traficantes mais perigosos e violentos do Estado.

Jean do 18 estava preso na Penitenciária Lemos de Brito, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. Ele fugiu com dois comparsas utilizando uma corda feita com lençóis. Os três saíram pelo muro dos fundos do presídio. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que as circunstâncias do episódio estão sendo apuradas. Logo depois do ocorrido, as visitas foram suspensas e o presídio passou por vistoria. Por segurança, 15 detentos integrantes da facção criminosa de Jean Carlos Nascimen- to dos Santos foram transferidos ainda no domingo para outras unidades prisionais. Jean do 18 chefiava o tráfico no Morro do 18, em Água Santa, zona norte do Rio. Em sua ficha criminal de Jean do 18, consta uma tentativa de invasão ao fórum de Bangu, em 2013. O objetivo do traficante era executar um juiz e resgatar criminosos que prestariam depoimento.

Em 2016, Jean do 18 foi indiciado por matar o próprio advogado, identificado como Roberto Rodrigues. O motivo: ele não conseguiu libertar dois comparsas do traficante que estavam presos.

Homem é preso por suspeita de matar a ex-namorada e dar tiro na própria perna para fingir assalto

O suspeito chegou a levar a jovem para uma unidade de saúde em Duque de Caxias, mas ela não resistiu aos ferimentos.

O corpo de Yasmin foi sepultado neste domingo (29) no Cemitério de Belford Roxo, município onde morava.

Homem foi preso em flagrante por feminicídio na Baixada Fluminense. Yasmin Sousa da Silva tinha 21 anos. Reycharleson Nicolau foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense por ser suspeito de atirar e matar Yasmin Sousa da Silva, de 21 anos. A prisão aconteceu neste sábado (28) em Duque de Caxias.

O homem tentou mentir para a polícia dizendo que, na sexta (27), eles tinham sido vítimas de um assalto e que os bandidos não teriam conseguido levar o carro e, por isso, teriam atirado. No então, segundo a polícia, a perícia revelou que ele tinha atirado na própria perna depois de atirar na cabeça de Yasmin.

A polícia apreendeu munições e a arma que foi usada no crime. Testemunhas também foram ouvidas e afirmam que ele havia ido armado na casa da jovem no dia anterior ao crime.

Reycharleson também tem antecedentes por violência doméstica. A Justiça do RJ vai decidir se ele irá para o sistema prisional.

Registros do GGB apontam que, entre 1963 e 2022, 6.977 pessoas da comunidade LGBT+ foram mortas de forma violenta no país. O estado com mais casos é o Nordeste, seguido do Sudeste e, respetivamente, Norte, Centro-Oeste e Sul. Entre as vítimas, os gays compõem 52% das mortes violentas. Em segundo lugar ficam as travestis e transexuais, com 42%. A idade das vítimas é predominante entre 18 e 29 anos de idade. Pessoas travestis, transexuais e transgênero são assassinadas antes de completar 40 anos; 83% delas morreram entre os 15 e 39 anos. Para o Prof. Luiz Mott, fundador do GGB e iniciador dos relatórios de mortes violentas dos LGBT+, “é absolutamente inconcebível nossa sociedade civilizada conviver com 12 casos de apedrejamento e esquartejamento de gays e travestis. Nem nos países islâmicos e africanos mais homofóbicos do mundo, onde persiste a pena de morte contra tal segmento, ocorre tanta barbárie!”. O presidente da Aliança Nacional LGBT, Dr. Toni Reis, apresentou cinco propostas a curto prazo para a erradicação das mortes violentas LGBT+ no Brasil. Entre elas estão a educação sexual e de gênero em todos os níveis escolares; a aplicação exemplar de dispositivos legais de criminalização do racismo homotransfóbico; políticas públicas que garantam a cidadania plena desse grupo; e incentivo para que as vítimas denunciem sempre todo tipo de discriminação.

Fundado em 1980, o Grupo Gay da Bahia é a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos de LGBT+ no Brasil. Atualmente, o GGB funciona como uma organização que oferece espaço e apoio a outras entidades da sociedade civil que trabalham com a comunidade LGBT+, especialmente no combate à homofobia e na prevenção do HIV/aids. As ações da organização contribuem para o alcance do ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 10, meta da Agenda 2030 da ONU que visa a redução das desigualdades.

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