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A vítima estava desaparecida desde dezembro de 2022

Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, neste domingo (29), um homem por matar e ocultar o cadáver do próprio pai, identificado como Cláudio Rodrigues de Moura. A vítima estava desaparecida desde dezembro de 2022. No dia 27 de janeiro deste ano, os investigadores foram acionados para verificar o encontro de cadáver dentro do poço de uma residência. No local, onde o pai morava com o filho, os policiais encontraram o corpo.

No dia seguinte, o autor compareceu à delegacia, mas apresentou contradições no depoimento. Depois, confessou ter matado o pai.

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Contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária. O autor foi encaminhado à audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.

Meu cunhado estava desaparecido desde o dia 20 de dezembro. O Gabriel deu essa festa no dia 9 [de janeiro], para comemorar o seu aniversário. Não foi nada de arromba, até porque a casa do meu cunhado era simples. Mas ele chamou meus sobrinhos de 10, 14 e 16 anos, além de uns poucos amigos. Meus sobrinhos voltaram cedo, porque são novos, mas acredito que ele e os amigos ainda te- nham dormido lá. Acreditamos que tenha feito isso para despistar — conta. O desaparecimento da vítima, identificada como Cláudio Rodrigues de Moura, de 55 anos, apenas foi registrado no dia 23 de janeiro, na 59ª DP (Duque de Caxias), já que Gabriel dizia aos familiares que o pai teria ido ao enterro de um amigo próximo, em

Mauá. Segundo Liliane, porém, os parentes de Cláudio desconfiaram das mensagens que recebiam da vítima, já que não pareciam ser escritas por ela. À polícia, a cunhada de Cláudio contou que foi até Mauá em busca de informações do cunhado, mas foi informada de que ele não compareceu ao velório. Passamos a desconfiar de uma coisa por vez. Minha sobrinha viu, no dia da festa que o Gabriel deu, que algumas coisas estavam faltando na casa do meu cunhado, como o tapete e a coberta. O Cláudio era muito humilde e não se desapegava assim das coisas que tinha. Depois, passei por lá e vi a dentadura dele na pia. Foi assim que passamos a estranhar.

As investigações do desaparecimento de Cláudio foram passadas para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O corpo de Cláudio foi encontrado poucos dias depois, no último dia 27. Fomos nós que encontramos o corpo. Estava num poço no terreno do meu cunhado.

Um lugar que ele usava para guardar coisas de obra e entulhos. Ele colocava tijolos lá.

Um dia, vimos que essas coisas que ficavam no poço estavam do lado de fora. Foi assim que encontramos. Esse poço era de difícil acesso, só se consegue acessá-lo se passar de lado. O Gabriel colocou o meu cunhado no poço e ainda colocou água lá. O corpo estava em estado de decomposição já, parece que o crime tinha acontecido havia cerca de 30 dias — explica Liliane.

A família de Gabriel, porém, não sabe o que pode ter motivado o crime, já que ele nunca demonstrou nenhum comportamento suspeito:

Meu cunhado fazia de tudo por ele, de tudo mesmo. Eu estava no parto do Gabriel, porque sou enfermeira, vi esse menino crescer. Ele sempre foi próximo da família, sempre respeitou o pai e a mãe. A única coisa de diferente foi que, quando os pais se separaram, quando ele tinha 14 anos, ele passou a ser mais introspectivo. Ficou um pouco mais distante da família. Mas não temos ideia do que pode ter motivado. A mãe e a irmã dele estão destroçadas. Todos estão muito mal.

Após o corpo do pai ser encontrado, Gabriel compareceu à delegacia para esclarecer os fatos e comprovar sua inocência. No entanto, segundo a polícia, sua versão apresentava contradições e inconsistências. Logo em seguida, ele confessou o crime.

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