A temida e perigosa Monça

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E O G P R S E I A ÇA M N O A E D I A T

TEXTO

DE CAMILA

PIVA

ILUSTRAÇÕES DE JEFFERSON COSTA

E O G P R S E I A ÇA M N O A E D I A T

Copyright © 2025 Camila Piva (texto)

Copyright © 2025 Jefferson Costa (ilustração)

Copyright desta edição © 2025 Editora Yellowfante

Todos os direitos reservados pela Editora Yellowfante. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.

editora responsável

Sonia Junqueira

assistente editorial

Julia Sousa

revisão

Julia Sousa

Lorrany Silva

diagramação

Arthur Carrião

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Piva, Camila

A temida e perigosa Monça / texto de Camila Piva ; ilustrações de Jefferson Costa. -- 1. ed. -- Belo Horizonte, MG : Yellowfante, 2025. -- (Quebradas & coladas ; 2)

ISBN 978-65-6065-209-5

1. Literatura infantojuvenil I. Costa, Jefferson. II. Título. III. Série. 25-272072

Índices para catálogo sistemático:

1. Literatura infantil 028.5

2. Literatura infantojuvenil 028.5

Tábata Alves da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9253

CDD-028.5

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Pra minha irmã, Miriam, que é forte. E pras pequenas Olímpia e Áurea, que ainda vão aprontar muito por aí.

Camila Piva

Dedico à minha família. Aos que f oram, aos que estão e aos que virão.

Jefferson Costa

Finalmente, o Parque Encantado, um parque itinerante, chegou a Nova Z. A comunidade inteira estava em clima de festa, até mesmo o Caramelo, que já farejava as sobras de cachorro-quente e espetinho de carne pelo chão. Ele sabia que sua ração era a escolha mais saudável e que salsicha não era lá muito boa para a saúde, mas como resistir àquele festival de cheiros?

QUEM

SERÁ QUE INVENTOU A SALSICHA? SOU FÃ DESSA PESSOA!

Ana Cosme e Alice Damião estavam prontas, ansiosas por tudo o que iriam viver naquela tarde com os amigos Mustafinha e Cauê. Mas as avós das meninas pareciam estar em uma competição para saber quem demorava mais para se arrumar.

Prontas para a diversão, as quatro, com Caramelo a tiracolo, seguiram para buscar Mustafinha e Cauê na academia do seu Ahmed, que estava ocupado demais entrevistando candidatos para a vaga de instrutor de musculação havia meses.

Seu Ahmed era bastante exigente, e até aquele momento ninguém tinha conseguido impressioná-lo o suficiente para ser contratado.

No caminho, os amigos falavam animadamente sobre os brinquedos que mais gostariam de explorar no parque. Ana Cosme mal podia esperar pela roda-gigante, de onde planejava tirar fotos incríveis de Nova Z vista do alto.

Ela estava trabalhando na ideia de lançar um jornal para a comunidade, o Vozes de Nova Z , e acreditava que ali conseguiria a imagem perfeita para a capa da primeira edição.

Alice Damião declarou que seu brinquedo favorito era o carrinho de bate-bate, e Cauê imediatamente concordou – era o preferido dele também. Já Mustafinha, em sua primeira visita a um parque de diversões, queria experimentar de tudo, mas deixou claro:

– Eu topo tudo, menos aquela apresentação da temida e perigosa Monça.

– Relaxa, Mustafinha – disse Alice Damião, tentando tranquilizá-lo. – A mulher que se transforma em onça é só um truque de ilusionismo. É tudo um jogo de luzes e espelhos, não é de verdade. Você só vai tomar uns sustos divertidos, nada de mais.

– Tem certeza? – perguntou Mustafinha, ainda desconfiado. – Não parece tão tranquilo assim...

– Absoluta! Já vi antes, é teatro, pura encenação.

SE DIVERTIR COM SUSTOS? EU, HEIN, QUE COISA MAIS SEM GRAÇA.

– Funciona assim – continuou Alice Damião –, há duas atrizes, uma com e outra sem a fantasia de onça. Entre elas, tem um vidro que a gente mal percebe. Só dá pra ver se prestar muita atenção, porque, quando você entra, o lugar está todo escuro. A moça vestida de onça fica escondida atrás de uma cortina, bem posicionada. Da plateia, a gente não consegue vê-la. A única luz acesa está em cima da atriz sem fantasia. Aí, quando a luz se move da moça sem fantasia para a que está fantasiada, o reflexo da onça aparece no vidro. E aí... pronto! Parece que ela se transformou. Mas é só ilusão. É tudo de mentirinha!

Ao se aproximarem do Parque Encantado, os amigos correram animados para dentro dos portões. Caramelo já farejava ansioso à procura de petiscos. Com os ingressos comprados, partiram para explorar seus brinquedos preferidos, e a diversão finalmente começou.

Algumas horas depois, o anúncio do show da Monça soou pelos altofalantes, e os amigos, seguidos pelas avós, correram animados para o local da apresentação. Mustafinha ainda estava inseguro, mas Cauê, percebendo, ofereceu seu apoio.

– Se ficar com medo, pode segurar minha mão bem forte –disse Cauê.

Após um momento de hesitação, Mustafinha aceitou, sentindo-se um pouco mais corajoso com a ajuda do amigo.

Chegou a hora, meu povo, da grande atribulação, É a mulher-onça que vem bagunçar sua emoção.

PareC e m uito tranquila, toda fina e edu C a da, m a s cuidado, que ela é uma G r ande embos C a da!

Quando você menos espera, bem na sua direção, ei s a m o nça que vem vindo devorar seu coração.

Com seu olhar afiado e o passo sorrateiro, el a some e a Pa reC e n um pis C a r mais que ligeiro.

Quem enfrenta essa visão sem medo e sem vacilar s a i do par Q u e se gabando, com história pra contar!

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