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1. Introdução Os hábitos de consumo mudaram e estão cada vez mais conscientes e sustentáveis. As empresas, em busca de agradar seus consumidores, inovam e avançam em relação aos produtos veganos, livres de crueldade e eco friendly. Tais mudanças podem ser acompanhadas tanto nas indústrias de moda e beleza, quanto no ramo alimentício. Percebe-se que, conforme o debate sobre os direitos dos animais foi ampliado, novas vertentes dentro de movimentos como o Vegano e o Vegetariano surgiram. A exemplo disso, destaca-se a filosofia Cruelty-Free (Livre de Crueldade). Este movimento discute a libertação animal dos laboratórios e opõe-se aos testes in vivo. Unido ao Vegano, cobra da indústria o fim da exploração de espécies não-humanas. Esta causa é diretamente atrelada à vegetariana e possui fundamentos do veganismo. Por tal ligação, defendem o mesmo ponto de vista em relação ao trato do ser humano com as demais espécies e almejam a quebra do paradigma antropocêntrico e especista socialmente arraigado. É notável que as mídias tradicionais, sobretudo a televisiva, raramente veiculam informações sobre os ideais Cruelty-Free, ou em relação à vivissecção1, e, quando o fazem, apenas o lado benéfico dos experimentos ganha visibilidade, consequentemente, o sofrimento em que os animais são submetidos não recebem menção. Tal atitude pode ser compreendida como uma tentativa de inibir o conhecimento do público sobre a causa. Desta forma, patrocinadores, que ainda não baniram este tipo de teste, são preservados de possíveis perdas de consumidores. Todavia, com a popularização de conteúdos no âmbito digital, o ativismo próvida animal fortaleceu-se e ganhou mais adeptos. Atualmente, sites e blogs independentes e as redes sociais, tornaram-se principais veículos de fomento para quem busca este tipo de informação. O Facebook, por exemplo, aumenta a possibilidade de interação direta entre usuários por meio da ferramenta dos grupos de afinidades. Assim, facilita a comunicação dos internautas que possuem ideias similares. O Instagram, por sua vez, é tão expressivo quanto o Facebook e, por ser
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Termo dado à prática de utilizar animais vivos como cobaias em experimentos laboratoriais, psicológicos, medicinais, entre outros.