ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
98 anos
PIB em Juiz de Fora celebra aniversário com a realização de 100 batismos
Cuidado ambiental
PEPE ensina crianças sobre a importância de cuidar da natureza
Esperança viva
Projeto da CB Fluminense leva suporte físico, emocional e espiritual aos enlutados
Homenagem
Juventude Batista Capixaba é homenageada na Câmara de Vitória por seus 60 anos
Notícias do Brasil Batista Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista
EDITORIAL
Encerramos novembro com gratidão e propósito
Novembro chega ao fim, e com ele concluímos um mês profundamente significativo para a Convenção Batista Brasileira.
Através do Mês da Educação Teológica, fomos lembrados, mais uma vez, da importância de formar líderes comprometidos com a Palavra, capazes de servir com excelência e convicção às igrejas e à sociedade.
Ao longo das últimas semanas, vivemos jornadas marcantes:
A Reunião do Conselho Geral da
CBB nos convidou a olhar para o futuro com responsabilidade; a 2ª Conferência Top Líderes nos inspirou a continuar desenvolvendo lideranças relevantes; e a Conferência Global Multiplique renovou nosso compromisso com a missão e o discipulado.
Também celebramos datas que expressam a diversidade e a riqueza da vida batista: o Dia Batista de Oração Mundial, unindo-nos à nossa família global; o Dia Nacional das Mensageiras do Rei, lembrando o impacto de
meninas e jovens no serviço cristão; o Dia do Diácono Batista, honrando o ministério de cuidado e serviço; e o Dia do Ministro de Música Batista, reconhecendo aqueles que conduzem a igreja em adoração.
Encerramos o mês celebrando o Dia Nacional de Ação de Graças, oportunidade de reconhecer que tudo o que fazemos, planejamos e construímos procede da graça de Deus.
Que este novembro deixe em nós uma memória de fé, dedicação e uni-
dade. E que sigamos adiante fortalecidos, prontos para viver um novo ciclo de desafios e oportunidades, sempre lembrando que nossa missão continua: servir ao Senhor com alegria e fidelidade.
O Jornal Batista segue ao lado das igrejas, registrando, celebrando e inspirando a caminhada de cada batista no Brasil.
Que Deus nos conduza firmes rumo ao que Ele ainda fará em nosso meio. Boa leitura e que Deus te abençoe! n
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946);
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Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
Firmes na Palavra do Senhor
Carlos Elias de Souza Santos pastor da Primeira Igreja Batista em Campo Grande - RJ
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para julgar os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12 -NAA).
A Carta aos Hebreus foi dirigida a cristãos judeus pressionados por perseguição e tentação ao retrocesso. O autor mostra que, em Cristo, Deus oferece o verdadeiro “descanso” prometido (4.1–11), e conclui destacando o ministério da Palavra (4:12–13): ela é viva, eficaz, penetrante e discernidora — ninguém pode esconder-se da Palavra de Deus. Ela é viva (porque possui vida), eficaz (é poder em ação), irresistível e penetrante (pois nada fica oculto ao seu escrutínio). (4.12–13).
1) A Palavra de Deus é Viva: Deus
fala “Hoje” (4.7; 4.12a) — Palavra atual e autoritativa. O autor cita o Salmo 95 dizendo que Deus “fala por Davi… Hoje” (4:7). A Escritura, embora escrita no passado, é Palavra do Deus vivo para a igreja hoje. Por isso ela é “viva” (zōsa): não é arquivo morto, mas voz atual do Senhor. A autoridade da Palavra deriva do próprio Deus que fala nas Escrituras (Hebreus 1.1; 3:7; II Timóteo 3.16-17; I Pedro 1.23-25). A comunidade precisava ouvir novamente, hoje, o chamado à fé perseverante: não endureçam como a geração do Êxodo. Quem deseja ouvir Deus falar ainda hoje, precisa ler as Escrituras Sagradas. Muitos livros nos inspiram, somente a Bíblia nos transforma.
2) A Palavra de Deus é Eficaz: conduz pela fé ao descanso (4.1-11; 4.12a) — poder em ação. A mesma mensagem (“boas-novas”) foi anunciada a Israel e a nós (4.2). No entanto esse anúncio não foi aproveitado por alguns “por não ter sido recebido por meio da fé”; porém, para os que creram
pela fé, a Palavra efetuou a sua entrada no descanso (4.3). O descanso é um dom inaugurado em Cristo, temos “paz” com Deus (já), será consumado no porvir (ainda não). “Palavra Eficaz” (energés) é poder em ação — a Palavra realiza os propósitos de Deus (Isaías 55.10–11). A comunidade vacilava. O autor afirma: a Palavra não é ineficaz; ela cria, sustenta e conduz ao fim (ao propósito de todas as coisas).
3) A Palavra de Deus é Discernidora: expõe e cura o coração (4.12b–13) — nos alerta sobre a prestação de contas. Neste momento o autor usa a metáfora da “espada de dois gumes” e comunica profundidade e inevitabilidade: a Palavra vai ao ponto mais íntimo (“alma e espírito, juntas e medulas”) e julga (kritikós) pensamentos e intenções. Nada fica oculto “aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (4:13). A Palavra é o instrumento de Deus para expor e preparar-nos ao tribunal. Em tempos de pressão, cresce a tentação de raciona-
lizar pecados e justificar o retrocesso. A Palavra desmonta o autoengano, traz convicção e chama ao arrependimento perseverante.
Se a Bíblia é a voz de Deus (Vox Dei), ela é normativa para o culto público, a doutrina dos cristãos, sua ética e sua missão. Não consultamos a Bíblia como opinião entre muitas; submetemo-nos a ela como a voz de Deus. Precisamos da Palavra não só para consolo, mas para uma cirurgia espiritual — ela confronta motivações, alinha desejos e forma o caráter semelhante ao de Cristo.
A Bíblia é a voz de Deus hoje (viva), o poder de Deus em ação (eficaz) e o juízo de Deus em amor (penetrante/ discernidor) nos chamando para o exercício de uma fé obediente. O caminho ao descanso não é pelo esforço autônomo, mas pela perseverança na Palavra que aponta e aplica Cristo. Quando a Palavra volta ao centro, Deus traz reforma, aliança e vida. Portanto: firmemo-nos na Palavra de Deus. n
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Consideração, uma expressão do amor cristão
“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.” Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Romanos 12:10; Filipenses 2:3)
O Dicionário Online da Língua Portuguesa define “consideração” como, dentre outras coisas, “reverência, apreço ou estima que se expressa em relação a algo ou alguém; deferência: uma pessoa por quem tenho muita consideração”. Essa definição descreve uma virtude cada vez mais rara em nossos dias. Vivemos tempos em que as pessoas falam sem pensar, julgam sem conhecer e tratam o próximo como descartável. Muitos buscam apenas seus próprios interesses e, assim, a falta de consideração se manifesta de inúmeras formas: no trânsito, no trabalho, nas redes sociais, nos lares e, lamentavelmente, até entre irmãos em Cristo. A disputa por uma vaga de estacionamento, um gesto impaciente, uma palavra ríspida, comentários impensados na internet, a pressa em ter razão — tudo isso revela corações que perderam a sensibilidade. Em meio a uma sociedade marcada pela indiferença e pelo egoísmo, os salvos são chamados a viver de modo diferente — a expressar consideração, como reflexo do amor cristão.
A consideração é mais do que boa educação ou gentileza; é uma virtude espiritual, fruto de um cora-
ção transformado por Deus. Ela se manifesta no cuidado com o outro, na prática da bondade, do respeito e do amor altruísta. O apóstolo Paulo escreveu: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12.10). E também: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Filipenses 2:4). Esses mandamentos nos chamam a colocar o outro em lugar de valor — não por mérito humano, mas por amor divino. Considerar o próximo é enxergá-lo como alguém criado à imagem de Deus, digno de respeito, atenção e compaixão.
Filipenses 2 nos apresenta o maior exemplo de consideração: o próprio Cristo. Ele, sendo Deus, não Se apegou à Sua glória, mas Se esvaziou, tornando-Se servo por amor a nós. Jesus tratou-nos com dignidade e misericórdia, mesmo sendo pecadores. Não havia mérito algum em nós, mas houve graça n’Ele. “Ele tomou sobre Si as nossas dores” (Isaías 53.4) — e isso é consideração em sua mais elevada expressão. O Senhor não apenas pensou em nós; Ele agiu em nosso favor.
Praticar consideração é agir com o coração de Cristo nas pequenas coisas do dia a dia. É ouvir antes de falar (Tiago 1.19), evitar julgamentos precipitados (Mateus 7.1-2), tratar os outros com cortesia e paciência (Colossenses 3.12-13), agradecer, pedir desculpas e perdoar. É respeitar compromissos, valorizar o tempo do outro, ser compreensivo com os fracos e gentil até com os que nos tratam com
O poder que nos liberta espiritualmente
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
Enquanto estava pregando sobre Sua obra, o Senhor Jesus afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida: ninguém pode chegar ao Pai a não ser por Mim” (Jo 8.12). Esta declaração, espiritualmente definitiva, continua identificando a eficácia transformadora do Cristo, cujo
indiferença. A consideração não é fraqueza — é força espiritual que vence o orgulho.
A Bíblia nos oferece exemplos claros. Davi demonstrou consideração por Mefibosete, um homem esquecido e incapacitado, apenas por amor e fidelidade à aliança com Jônatas (II Samuel 9). Em contrapartida, o servo incompassivo da parábola (Mateus 18.23-35) recebeu misericórdia, mas não teve consideração com quem lhe devia pouco. O primeiro espelhou o coração de Deus; o segundo, a dureza de quem não compreende o amor que recebeu.
Que tal, hoje mesmo, demonstrar consideração por alguém? Ligue ou visite um enfermo, ore com ele e o
impacto confirmava a fé dos Seus discípulos, a despeito de todas as atitudes de rejeição advindas dos diferentes grupos rejeitadores do Nazareno.
Diz a lenda que, para cada cristão que morria nas arenas do Império Romano, pelo menos dez pessoas se impressionavam, ao ponto de se decidirem a viver como cristãos, daquele ponto em diante. n
encoraje. Pense em alguém que te magoou e considere perdoá-lo. Dirija a palavra àquele que te ignora. Demonstre apreço por alguém esquecido. Um simples “como vai você?” pode significar muito para quem sofre em silêncio. Cumprimente com um sorriso aquele vizinho difícil. Pequenos gestos de consideração podem mudar o dia de alguém — e até o rumo de uma vida.
A consideração é uma expressão viva do amor cristão. Quem ama segundo o padrão de Cristo respeita, valoriza e honra o outro. Que nossas palavras e atitudes revelem o caráter do Senhor, para que o mundo veja, através de nós, o poder do amor que considera e serve. n
Cleber Montes Moreira pastor da Igreja Batista de Vila Antunes, em Cajati - SP
Olavo Fe ijó
pastor & professor de Psicologia
Pontos de convergência entre educação cristã e educação teológica
Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil
A educação teológica batista marca a vida de todos quantos frequentam os arraiais denominacionais de uma igreja batista. Da tenra infância à quarta, quinta idade, todos somos por ela alcançados.
E a educação cristã? Desde o berçário? Desde o ventre materno? Onde elas realmente se fundem, se complementam, interagem? Tem suas características peculiares? São distintas no cumprimento da missão?
Vamos refletir?
A educação teológica é definida “como um processo histórico e estratégico voltado à formação ministerial”. (OLIVEIRA, 2002). Já a educação cristã, “definida de maneira simples, é o ministério de levar o crente à maturidade em Jesus Cristo” (DOWNS, 2001). Ambas convergem na centralidade da Bíblia, na formação integral do ser humano e no compromisso com os valores cristãos.
A Bíblia, tão cantada e comentada como fundamento absoluto para o ensino das doutrinas, do fomento da fé e prática cristã, é o livro-texto para a formação de líderes e pastores. Ou seja, a base da educação teológica. Para a educação cristã, a base continua a mesma com ênfase na aplicação dos princípios bíblicos no cotidiano do crente, promo-
vendo uma cosmovisão cristã. Essa cosmovisão subsidia a elaboração de uma matriz curricular que tem a Bíblia como “fonte única de direcionamento e conteúdo que promove um ambiente de mudanças e de transformação, como também relações que vão se construindo e mudando a partir do conhecimento, identidade, poder e consciência”. (DURÃES e RAMIRO, 2018)
Valores cristãos como amor, justiça, humildade, serviço e integridade, fundamentados na Bíblia e potencializado pela educação teológica encontram na educação cristã uma extensão do ambiente de atuação, impactando a sociedade, Igreja e família. A educação teológica tem sua ênfase na formação ministerial. Contudo, ambas buscam fortalecer a identidade cristã e o papel transformador da fé na sociedade, compartilhando uma missão comum: formar pessoas comprometidas com Cristo, com o seu Reino e preparadas “para viver para a glória de Deus e cumprir o seu papel como cristão na igreja e no mundo” (PDER-CBB, 2010)
A educação cristã permeia o dia a dia do crente, na busca de uma educação holística, que contempla o desenvolvimento intelectual, emocional, espiritual e social do indivíduo. De mãos dadas com a educação teológica, a formação visa formar líderes que sejam equilibrados em caráter, conhecimento e prática ministerial,
promovendo uma vida consagrada, ética que reflita o viver em Cristo. Ser exemplo dos fiéis é parte essencial da formação teológica. Elas se integram em revelar o ser humano como criação divina, com potencial para viver de forma plena e transformadora num mundo que precisa ver a luz de Cristo brilhar. (ARMSTRONG, 1994)
O educador cristão já trabalha com a formação de uma cosmovisão bíblica no ambiente da igreja, mostrando como a teologia se aplica à família, trabalho, cultura e ética por meio de métodos didáticos eficazes como ensino por projetos, aprendizagem ativa e uso de recursos diversos, tornando o ensino teológico mais dinâmico e relevante. É missão do educador cristão “saber como as pessoas aprendem e ensinar de acordo com tal conhecimento, ajudando-as a responder à Palavra de Deus com crescimento e obediência” (CHOUN, 1999)
A educação cristã enfatiza o discipulado e a vida em comunidade, exigindo que o conhecimento teológico se evidencie na formação de líderes que discipulam e servem com humildade, indo além da pregação e ensino de conteúdos bíblicos. O papel do educador cristão é alinhar os currículos teológicos às necessidades reais da igreja local, evitando uma formação distante da prática. Assim, torna-se uma educação teológica mais encarnada, mais
relacional, mais transformadora, contribuindo para uma geração de líderes que conhecem a Palavra, vivem a Palavra e ensinam a Palavra com paixão e relevância. (ARMSTRONG, 1994)
Referência bibliográfica
ARMSTRONG, H. Bases da Educação Cristã. Rio de Janeiro: JUERP, 1994.
CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA. Departamento de Educação Religiosa. Plano Diretor de Educação Religiosa Batista no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Convicção, 2010.
CHOUN JR, R. J. Escolhendo e usando métodos criativos. In: GANGEL, K. O. e Howard, G. Manual de Ensino para o Educador Cristão, Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
DOWNS, P. Introdução à Educação Cristã. São Paulo: Ed. Cultura Cristã, 2001.
DURÃES, I. O. e RAMIRO, E. C. Educação Cristã: Reflexões sobre desafios e oportunidades. São Paulo: Reflexão Ed., 2018.OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. Perfil Histórico da Educação Teológica Batista no Brasil. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES BATISTAS DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA – ABIBET, 14., 2000, Fortaleza. Anais […]. Fortaleza, 2000. Disponível em: www.igrejabatista.net Acesso em: 25 out. 2025. n
O desafio demográfico do Brasil e a fé cristã
Pr. Gilson Bifano
Foram divulgados recentemente dados relevantes sobre a natalidade no Brasil, trazendo à tona um cenário demográfico em transformação.
Conforme o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a estrutura familiar brasileira transformou-se significativamente nas últimas duas décadas. Casais sem filhos, por exemplo, aumentaram de 14,9% das famílias em 2000 para 26,9% em 2022. Essa mudança é atribuída à crescente participação feminina no mercado de trabalho, à queda da natalidade e ao envelhecimento populacional. Em contraste, os casais com filhos, que outrora constituíam a maioria, viram sua proporção diminuir de 63,6% para 45,4% dos lares. Um dado notável é o expressivo crescimento de pessoas vivendo sozinhas, passando de 12,2% em 2010 para 19,1% em 2022 — o equivalente a quase um em cada cinco lares, representando um salto de 4,1 milhões para 13,6 milhões de indivíduos.
Em relação à natalidade, o número de nascimentos no Brasil, segundo o IBGE, atingiu seu menor patamar em 47 anos, marcando cinco anos consecutivos de queda.
Certamente, esses dados nos convidam a profundas reflexões. A primeira e inegável consequência da queda da natalidade é o envelhecimento populacional. Esse desequilíbrio acarreta implicações negativas em diversas frentes, abrangendo as esferas econômica, familiar e social.
Como cristãos, somos chamados a debruçar-nos sobre este tema e a propor caminhos que busquem o equilíbrio. Precisamos, inclusive, reconhecer que, como parte da sociedade, podemos estar contribuindo para esse desarranjo social. Basta observar a realidade dos casais cristãos para questionar quantos filhos têm sido trazidos ao mundo.
No passado, era comum que casais cristãos tivessem famílias grandes. Contudo, ao longo das décadas, assistimos a transformações sociais que,
de diferentes formas, influenciaram a redução do número de filhos – desde tendências globais como as “políticas” de dois filhos ou filho único, até a atual realidade de muitos casais optando por não ter filhos. A “política” tácita de “casais sem filhos” parece hoje prevalecer.
É imperativo que retomemos a mensagem bíblica que encoraja casais cristãos a terem filhos. Isso é fundamental não apenas para a própria fé, mas também para o bem-estar da sociedade. Um dos propósitos divinos do casamento, conforme Gênesis 1:28, é a formação e a propagação da espécie humana através da geração de descendentes.
Ao gerarem filhos, os casais cristãos não apenas cumprem um mandamento, mas também colaboram na formação de uma grande família espiritual, levantando uma descendência que possa refletir o caráter de Cristo. Filhos, jamais, devem ser vistos como empecilhos para um casal que anseia obedecer e cumprir os propósitos de Deus.
Neste cenário de profundas transformações demográficas, a perspectiva cristã nos convida a ir além dos dados e a enxergar a família e os filhos como dons preciosos de Deus, um legado para as futuras gerações. Ao abraçarmos a vocação de gerar e educar filhos segundo os princípios do Evangelho, estamos não apenas reequilibrando a balança demográfica, mas, acima de tudo, construindo uma sociedade alicerçada em valores eternos e contribuindo para o avanço do Reino de Deus na Terra.
Que os casais cristãos, com fé e ousadia, compreendam a dimensão profética de sua paternidade e maternidade, sendo luz e esperança em tempos de incerteza, e que cada criança seja recebida como uma bênção e uma oportunidade de manifestar o amor divino ao mundo. n
Por: Gilson Bifano Diretor do Ministério OIKOS oikos@ministeriooikos.org.br
A Missão da liderança na Igreja
Ildo Ioris extraído de www.adiberj.com.br
O apóstolo Paulo instrui Timóteo a transmitir fielmente a verdade do Evangelho a homens idôneos, capazes de ensinarem outros. Nesse texto, vemos que a missão da igreja não nasce em ideias humanas, mas está firmada na Palavra de Deus. A ordem é clara: receber, guardar e transmitir o ensino de Cristo. E o que da minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e idôneos para instruir a outros (II Timóteo 2.2).
A Igreja cumpre sua missão quando proclama as Escrituras com fidelidade. O ensino bíblico não apenas informa, mas forma discípulos que,
por sua vez, formam outros, criando um ciclo de multiplicação espiritual. O foco não é quantidade, mas qualidade: pessoas comprometidas com a verdade, que vivem e transmitem com integridade.
A missão da Igreja não mudou: comunicar a Palavra de Deus ao mundo. Cada crente, transformado pela obra de Cristo na cruz, identificado em Sua morte, sepultamento e ressurreição, é chamado a ouvir, viver e proclamar o Evangelho de Cristo Jesus. A fidelidade ao ensino bíblico garante que a missão da igreja permaneça firme até a volta de Cristo.
Para isso, cada líder e crente precisa morrer para o velho eu, pois em nossa carne não habita bem algum. Porque eu sei que em mim, isto é,
na minha carne, não habita bem nenhum; pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. (Romanos 7.1820).
Pilares da missão no ensino:
1. Cristocêntrica – Cristo é o centro da mensagem, o cabeça da Igreja e a plenitude de Deus (Colossenses 1.15-20).
2. Dependência do Espírito Santo – é Ele quem nos capacita a guardar e transmitir a verdade (II Timóteo 1.14).
3. Evitar discussões inúteis – debates vazios apenas dividem e cor-
rompem os ouvintes (II Timóteo 2.14).
4. Cheia de mansidão – corrigir não é impor, mas conduzir ao arrependimento (II Timóteo 2.25).
5. Transformadora – a verdade deve gerar fé, amor e conformidade à imagem de Cristo.
Assim, a liderança da igreja deve ensinar com fidelidade, sustentada pelo Espírito, não para vencer debates, mas para transformar vidas. O ensino não é arma de coerção, mas meio de graça que conduz ao arrependimento.
Que o Senhor nos dê sabedoria e discernimento para ouvir, receber, guardar e compartilhar o verdadeiro Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. n
Você sabe o que é o Dia de Missões?
Redação de Missões Nacionais
Campanha Missionária é tempo de muita alegria para o povo batista, pois nesse momento nos unimos de uma forma especial para aprender sobre missões, orar pelos missionários, contribuir para o trabalho nos campos e muito mais. É maravilhoso saber que irmãos dos quatro cantos do país estão mobilizados pensando sobre um só tema: Minha Pátria para Cristo!
Envolver-se com a obra missionária é um privilégio tão grande que a sua igreja não pode ficar de fora. Por isso, se a sua igreja não realizou a Campanha 2025, ainda dá tempo de participar do “Dia de Missões”, um dia separado para vivermos um tempo missionário em nossa nação.
Preparamos algumas sugestões do que a sua Igreja poderá fazer no dia 7 de dezembro, o primeiro domingo do mês. As ideias são variadas e você deve observar quais delas mais se encaixam no seu contexto. Lembre-se de usar o material da Campanha, pois lá temos muitas ferramentas que vão ajudar a sua Igreja a viver missões de uma forma mais intencional: missoesnacionais.org.br/campanha
9h - Reunião de Oração
Pelo que orar? Temos 4 ênfases na Campanha 2025. Invista um tempo em oração por cada uma delas. Você pode dividir o grupo em duplas ou trios, fazer orações em voz alta e até mesmo momentos individuais.
1. Ocupar os grandes vazios batistas
2. Fortalecer e replantar igrejas enfraquecidas
3. Transformar realidades
4. Alcançar os não alcançados do Brasil
10h - EBD Missionária
Aproveite o encontro da Escola
Bíblica Dominical para compartilhar sobre a Campanha, as ênfases, alguns dados de Missões Nacionais.
11h - Culto da Manhã
Vamos realizar um culto todo em torno de Missões!
• Coloque a música tema na sua ordem de culto.
• Para a mensagem, nós também temos uma sugestão no site da Campanha.
• Nesse culto, faça um levantamento de oferta especial para o trabalho missionário.
• Realize um momento de oração pensando nas ênfases que você já trabalhou na reunião de oração e na EBD.
13h - Almoço Missionário
É isso mesmo! Vocês podem orga-
nizar um almoço na Igreja e direcionar o valor arrecadado para abençoar os campos missionários.
15h - 17h - Atividades para o período da tarde
Algumas sugestões: Cinema Missionário, Roda de Conversa Missionária, Bazar Missionário, Feira Missionária, Passeata Missionária.
18h - Culto da Noite
Para esse momento, sua igreja pode seguir a ideia do culto da manhã, mas com uma novidade: a participação das crianças.
• Você pode transmitir o clipe da música infantil ou cantá-la com a banda.
• Realize o momento de oração com foco nas novas gerações.
• Assim como no culto da manhã, faça um levantamento de oferta especial para o trabalho missionário.
Prepare-se para enviar uma oferta missionária especial!
Uma Igreja mobilizada para a obra missionária também é uma Igreja que oferta com amor e generosidade. Que privilégio é poder participar do trabalho nos campos por meio das nossas orações, das nossas ações e dos nossos recursos financeiros.
Você sabia que no Blog do Promotor nós temos uma parte específica para pensarmos sobre oferta missionária? Acesse: missoesnacionais.org. br/blog e saiba mais.
Aproveite as sugestões e veja a melhor forma de organizar esse dia missionário em sua igreja. Organize os horários, pense nas atividades e não se esqueça de divulgar para todos se programarem. Para conferir o material completo sobre o Dia de Missões, acesse: missoesnacionais.org.br/dia-de-missoes. Será certamente um dia especial, para a glória de Deus! n
Diáconos Batistas do Agreste de Pernambuco realizam 2° Congresso
Jénerson Alves
jornalista, membro da Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE
Diáconos e diaconisas Batistas de vários municípios do Agreste pernambucano, e até da Região Metropolitana do Recife, reuniram-se no 2° Congresso dos Diáconos Batistas do Agreste, que ocorreu no sábado, 08 de novembro, véspera do Dia do Diácono Batista. A programação contou com atividades na tarde e na noite. O evento foi realizado pela Associação dos Diáconos Batistas do Agreste (ADBA-PE) na Igreja Batista Memorial, situada no Bairro Kennedy, em Caruaru-PE. Sintonizado com a Convenção Batista Brasileira (CBB), o tema do congresso foi “Diáconos, anunciemos o Amor Gracioso!”, com divisa em I João 3.16a: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós”. Com início às 14h, o evento contou com uma palestra do pastor Marcos Santos, da Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE (Ibec), o qual dissertou acerca da importância do chamado para o serviço do Senhor. O pastor ressaltou a necessidade da prepara-
Participantes refletiram sobre importância do chamado para o serviço do Senhor.
O tema do congresso foi “Diáconos, anunciemos o Amor Gracioso!”
ção espiritual, acadêmica e emocional para levar o Amor Gracioso ao mundo. “Mais do que palavras, deve o diácono ter um estilo de vida em conformidade com a Palavra de Deus. Quem é direcionado por Deus, por Ele também é honrado”, afirmou. O Ministério de Louvor da Ibec participou do momento. A programação ainda teve um momento de homenagens, capitaneado pela diaconisa Vânia Bezerra (Primeira Igreja Batista em São Bento do Una).
A irmã Isa Mendes (diaconisa na Primeira Igreja Batista no Parque Capibaribe, no município de São Lourenço da Mata) realizou um momento mis-
sionário, compartilhando experiências acerca da evangelização e formação de discípulos.
À noite, foi dada sequência à programação, com um Culto de Gratidão pelo Dia do Diácono Batista do Brasil. A liturgia começou com cânticos entoados pelo Ministério de Louvor da PIB em São Bento do Una. O grupo Azanate, da Igreja anfitriã, também participou do culto. A mensagem ficou sob a responsabilidade do pastor Jorge Souza, da Primeira Igreja Batista em Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho - PE. Na prédica, ele exortou os irmãos a perseverarem na
fé, mencionando o texto da primeira carta a Timóteo, o qual o apóstolo Paulo fala que quem desempenha bem o diaconato alcançará posição de honra. “Melhor do que começar bem, é terminar bem”, enfatizou. Para o presidente da ADBA-PE, diácono Pedro Araújo, o momento foi muito edificante. “Este congresso proporcionou aos diáconos e às diaconisas aprimorarem a comunhão com irmãos de várias igrejas, além de aprofundar a reflexão sobre o ministério diaconal, cujo foco é servir, amar e contribuir para a expansão do Reino de Deus na terra”, concluiu. n
Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí - RJ apresenta musical “A Arca de Noé”
Mais de nove mil pessoas assistiram a apresentação.
Mais uma vez, o mês de outubro foi inesquecível para toda a nossa Igreja e para a nossa amada comunidade.
A Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí - RJ, através do Projeto “Amor e Arte”, apresentou o Musical “A Arca de Noé”, pela segunda vez, para crianças das redes municipal, estadual e particular de Educação, e para inúmeros irmãos de diversas Igrejas de nossa cidade e de algumas cidades vizinhas.
Barra do Piraí foi absoluta e intensamente impactada!
A inclusão e a acessibilidade foram asseguradas, de forma inusitada, através de intérpretes de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que, caracterizadas, traduziam os diálogos ao lado dos personagens, propagando amplamente todas as falas e canções.
Apesar de o Musical “A Arca de
Crianças das redes municipal, estadual e particular de Educação da cidade assistiram o espetáculo
Noé” ser uma forma lúdica de evangelismo alegre e descontraído, em certos momentos, percebemos a emoção dos nossos visitantes, que por vezes vinham às lágrimas.
Com mais de 200 servos voluntários envolvidos, tomados de grande disposição e amor à Obra, a mensa-
gem da obediência de Noé à ordenança de Deus foi proclamada e observada pelos olhinhos curiosos e atentos do público infantil; assim como a fidelidade de Deus para com Noé e sua família foi compreendida, reconhecida e admirada por todos. Vidas, famílias foram alcançadas.
Testemunhamos o agir de Deus naquele lugar.
Cerca de nove mil pessoas assistiram ao Musical em nove sessões.
Toda honra e toda glória sejam dadas ao nosso Deus e Pai por essa oportunidade ímpar que nos proporcionou uma experiência indescritível. n
Bruna J. Duarte
membro da Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí - RJ
Pr. Márcio Santos participa da 53ª Assembleia da CB do Equador e do Encontro Anual de Pastores
Kátia Brito
jornalista da Convenção Batista Mineira
Nos dias 1, 2 e 3 de novembro foi realizada em Ambato a 53ª Assembleia da Convenção Batista do Equador, reunindo cerca de 250 participantes. O evento marcou um tempo de celebração, fortalecimento de vínculos e renovação do compromisso missionário das igrejas batistas equatorianas.
O diretor-executivo da Convenção Batista Mineira e vice-presidente da UBLA, pastor Márcio Santos, participou da programação, além de estar presente também no Encontro Anual de Pastores Batistas do Equador, realizado no dia 1º de novembro, que contou com cerca de 140 pastores.
“A participação do pastor Márcio é extremamente importante, pois ele pôde conhecer de perto as necessidades existentes no Equador. Ele é
Wagner Fernandes
Diretor-executivo da Convenção Batista Mineira também é vice-presidente da UBLA.
um homem de Deus com uma visão de Reino. E graças a isso podemos formar alianças e convênios que vão fortalecer a obra batista no Equador e em toda a América Latina, pois juntos podemos alcançar até os confins da terra”, afirmou pator Luis Avecilla, presidente dos pastores do Equador.
O pastor Parrish, diretor-executivo da UBLA, destacou: “O pastor Márcio transmitiu uma mensagem muito encorajadora e inspiradora. Foi muito edificante para os pastores e para todos os presentes. O desafio que ele apresentou em sua mensagem mobilizou a todos. Ele nos inspira com seu trabalho no Brasil e com sua visão de cooperação entre convenções, mostrando como a experiência da Convenção Batista Mineira pode fortalecer outras nações. Como líder da UBLA, sua voz foi um chamado especial para nos unirmos como batistas da América Latina.”
com lideranças
com a Convenção Batista Mineira a partir dessa e outras ações com a participação do pator Marcio estão cada vez mais fortalecidos. Existem muitos projetos, como o Minas Radical, onde já temos enviado jovens da América Latina a participar e sabemos que existem outros nos quais podemos es-
treitar essa relação. Da mesma forma, o trabalho com os pastores é fundamental para a consolidação contínua do ministério pastoral no Equador.” Em suas palavras, o pastor Márcio Santos expressou gratidão e alegria pela oportunidade e a importância dessa aliança para a propagação do Evangelho:
“O povo equatoriano é querido e sempre nos faz sentir amados. Agradeço a Deus pela oportunidade de servir com minha família. Em especial agradeço aos pastores Eusebio Pinguil e Luis Avecilla pela honra e confiança deste convite. Os Batistas equatorianos receberam o abraço do povo Batista mineiro, representado por nosso querido presidente, pastor Sandro Ferreira. Como batistas mineiros vamos continuar contribuindo com o avanço do Evangelho na América Latina, pois cremos ser essa a vontade de Deus para o nosso continente!”. n
Igreja Batista Betel - SP recebe o pastor Carlos Chagras
Pr. Getúlio Gonçalves Ferreira Jr. deixa a Igreja após mais de 22 anos.
pastor, membro da Primeira Igreja Batista em São Caetano do Sul - SP
Na noite de 27 de setembro, um misto de emoções tomou conta do templo da Igreja Batista Betel de Santo André - SP. Muitos sorrisos e choros se confundiram naquela ocasião. Fa miliares, amigos, pastores e membros de várias Igrejas, inclusive de outras denominações, estiveram para presti giar o culto de posse do pastor Carlos Francisco das Chagras.
A abertura cantada com os irmãos Leonardo e Rafaela Pacheco. Pai e filha iniciaram em dueto a música “Nos braços do Pai”, finalizando com a participação da irmã Beatriz Sousa e as jovens do grupo coreográfico. Em seguida assume a palavra o pastor Getúlio Gonçalves Ferreira Junior, que deixa a Igreja Batista Betel após mais de 22 anos de serviço ao Reino de Deus e dirigiu a programação que se seguiu: chamou o momento de confraternização e a equipe de louvor. Após realizar uma oração, o pastor Getúlio falou sobre as circunstâncias que o levaram a entender de Deus o tempo de entregar o pastorado e se aposentar do ministério.
O Conjunto Feminino Betel participou logo após, regido pelo ministro de música Levi Lopes da Silva que depois dirigiu a leitura bíblica e depois chamou a irmã Damaris Santana da Fonseca para reger o hino 611 HCCQue alegria neste dia.
A mensagem da noite também foi trazida pelo pastor Getúlio, refletiu sobre o texto de Deuteronômio 10,12-13 sob o tema “De coração para coração”. Durante a exposição, enfatizou que nossa vida começa com um passo de fé quando confiamos em Cristo Jesus, lembrou ao obreiro estar ciente sobre a solidão no ministério e o valor de estar em comunhão com o povo de
Deus, deixando claro, ainda, que a obediência ao Senhor é para o nosso bem.
Mais algumas canções ainda iriam fazer parte da programação, com o Conjunto Madrigal, precedendo a palavra de encorajamento e boas-vindas da líder da MCM da Betel, irmã Noemi da Silva Ferro, dirigida ao pastor Carlos e sua esposa Elaine, presenteando-os com dois cadernos de oração.
Um belo momento de homenagem ainda foi trazido pelos jovens Lucas e Melina Vieira das Chagras (filhos do casal), Victor Hugo e Mayra Mó (respectivamente genro e futura nora) e dois irmãos da Igreja Batista Peniel, Paula Moraes e Davi Fernandes com a música “É Ele”, sucedida pela palavra emocionada dos filhos ao pai, seguida de mais uma palavra de representantes da igreja Batista Peniel, greja que ocupou aproximadamente 60% do total de cerca 250 pessoas presentes na solenidade.
O ato de posse, com a leitura do termo, foi a ocasião em que irmãos do lado de fora surpreenderam a todos com fogos de artifício. E o pastor Getúlio entregou ao pastor Carlos relatórios financeiros, lista de membros da Betel e famílias agregadas, calendário e as chaves da Igreja.
A oração de imposição de mãos contou com os 12 pastores presentes mais os membros da Diretoria Estatutária da Betel. O momento histórico e feliz foi aplaudido pela plenária e seguido pela palavra institucional do pastor Sebastião Custódio de Oliveira Neto, presidente da Associação das Igrejas Batistas do ABC, quem realizou a oração.
Antes de impetrar sua primeira bênção apostólica como pastor presidente da igreja, o pastor Carlos Chagras agradeceu aos presentes, aos pastores, amigos e familiares. E ainda fez menções às três igrejas presentes, como a Igreja Batista em São Mateus, à Batista Novas de Paz, onde se batizou, casou-se, foi ordenado e serviu como pastor titular por 10 anos e sete meses e à Igreja Batista Peniel, que agora deixa após 12 anos e 10 meses. A programação foi encerrada, então, com a bênção seguida do hino 560 HCC - Olhando para Cristo.
Deus seja louvado pela família do pastor Carlos e pela Igreja Batista Betel, umas das 98 Igrejas do ABC, que recebem de braços abertos o novo obreiro da região, pela salvação dos perdidos sem Cristo e para a Glória do Deus vivo. n
Pr. Marcio
Batistas no Equador
Leitura do Termo de Posse
Igreja Batista de Santa Cruz da Vitória - BA comemora 70 anos de organização
Programação de aniversário foi realizada em dois dias.
Ao longo de 70 anos, a comunidade viveu momentos de conquistas e desafios, sempre testemunhando a fidelidade de Deus
Diretoria da Associação Batista Itapetinguense
A Igreja Batista de Santa Cruz da Vitória - BA comemorou, em outubro, sete décadas de sua organização. Fundada em 16 de outubro de 1955 pela Primeira Igreja Batista de Itabuna - BA, a Congregação celebrou seu jubileu com dois dias de culto especial. Atualmente, a Igreja está sob a liderança do pastor interino Luiz Roberto
PIB
Pereira da Silva.
Ao longo de 70 anos, a comunidade viveu momentos de conquistas e desafios, sempre testemunhando a fidelidade de Deus. Para marcar a data histórica, a programação contou com a participação da cantora Patrícia Nadab e Banda, além dos pastores Gamaliel Pina, da Primeira Igreja Batista de Iguaí, e Gildésio Moreira, da Igreja Batista Emanuel em Iguaí. Os cultos foram realizados no Colégio Estadual CMEJG, devido à reconstrução
do templo da Igreja.
Os dias de celebração foram marcados por louvores que emocionaram a congregação e mensagens bíblicas consideradas impactantes pelos participantes. O clima foi de profunda gratidão e renovação da fé, reforçando a convicção da igreja de que 2025 será um ano de restauração.
Em mensagem oficial, o secretário-executivo interino da Associação Batista Itapetinguense (ABI), pastor Neilton
de Juiz de Fora -
Ferreira Ramos, destacou a importância da congregação para a região. “Enquanto Associação Batista Itapetinguense, louvamos ao Senhor pela existência, história e testemunho da Igreja Batista de Santa Cruz da Vitória. Que Deus continue abençoando esta amada igreja, sustentando-a em sua missão e serviço no Reino”, afirmou.
A Diretoria da ABI reiterou seu apoio e celebrou junto à igreja este marco significativo. n
MG celebra
98
anos
com reinauguração do templo e 100 batismos
Igreja viveu um fim de semana histórico de gratidão e celebração.
A Primeira Igreja Batista de Juiz de Fora - MG (PIBJF) viveu um fim de semana histórico de gratidão e celebração pelos 98 anos de fundação. O aniversário foi marcado pela reinauguração do templo, recentemente reformado, e pela realização de 100 batismos, um marco espiritual e missionário para a Igreja e suas Congregações.
“Foi um momento muito especial para a PIBJF. Estamos falando de 98 anos de história e de um trabalho frutífero liderado pelo pastor Aloísio Penido há mais de duas décadas. A celebração também simbolizou a reinauguração do templo e contou com a presença das nove igrejas satélites da PIBJF, incluindo uma congregação em Maryland, nos Estados Unidos. Um culto abençoado, com casa cheia, que alegra não apenas a Igreja local, mas toda a Convenção Batista Mineira”, destacou o pastor Ramon Márcio
Pr. Aloizio Penido, da PIBJF, durante batismos
de Oliveira, diretor-executivo adjunto da CBM.
O pastor Aloísio Penido expressou sua gratidão por este marco na caminhada da igreja: “Foi uma alegria imensa celebrar os 98 anos da PIBJF, reinaugurar o templo e realizar 100 batismos em um único domingo. Louvo a Deus pelo que Ele tem feito através da nossa Igreja, plantando novas Congregações e levando pessoas ao conhecimento de Jesus.”
Pr. Aloizio Penido, Pr. Ramon Marcio e sua esposa Jesiane
O pastor Nagib, pastor auxiliar da PIBJF, ressaltou a importância social e espiritual do momento: “Há 13 anos mantemos um trabalho com depen dentes químicos em Juiz de Fora, e hoje tivemos a alegria de batizar sete internos do nosso centro de recupera ção. É um testemunho vivo do poder transformador do Evangelho.” Entre os batizados, muitos expres saram profunda emoção. “É uma fe licidade muito grande estar aqui na inauguração do templo e mais ainda
estreando no batismo. Toda a minhacível”, disse Luciene Fernandes. Outro batizando declarou: “Hoje estou firmemília. É uma alegria enorme viver esse
O culto foi um verdadeiro marco na história da PIBJF, reafirmando seu compromisso com o Evangelho e com a expansão do Reino de Deus em Juiz de Fora, em Minas Gerais e além das fronteiras. n
Katia Brito jornalista da Convenção Batista Mineira
Carmen Lígia
missionária da JMM no Panamá e Líder Regional do PEPE nas Américas
Trabalhamos com as crianças dos PEPE’s a importância de cuidar da natureza que Deus nos deu para que o mundo seja melhor e mais bonito. Ensinamos sobre sustentabilidade, de forma prática, envolvendo não apenas as crianças, mas também suas famílias, na vivência e no cumprimento deste propósito. Por isso, neste mês, quero compartilhar como o PEPE tem feito a diferença ao cuidar do mundo que o Senhor nos confiou – conforme o Salmo 24.1 nos lembra: “a Terra e tudo o que nela há pertencem ao Senhor”. Em um recanto repleto de fé e compromisso, a unidade PEPE Pampanitos de Jesús, na cidade de San Juan Nonualco, em El Salvador, se tornou um símbolo vivo de amor pela criação. Graças a uma valiosa parceria com o Ministério do Interior, 600 árvores – frutíferas, madeireiras e ornamentais – chegaram à comunidade, dando vida a uma vibrante campanha de reflorestamento. A jornada reuniu líderes, voluntários e membros da igreja que, com ferramentas nas mãos e corações dispostos, transportaram e plantaram cada muda como um ato de amor e responsabilidade no cuidado com a criação de Deus. Cada árvore plantada é mais do que um ornamento: ela proporciona sombra para o futuro, ar puro para todos e representa um passo firme rumo à restauração do ecossistema local.
A iniciativa não apenas embeleza o ambiente, como também nos inspira a cuidar da Terra como um dom divino. Ver as crianças carregando as mudas,
cavando buracos e sujando as mãos com a terra – deixando suas marcas em um mundo onde florestas são destruídas pela ambição humana – nos impactou profundamente. Elas estão plantando algo que crescerá com elas. Porque onde há união, propósito e fé, os frutos sempre aparecem! Temos outros PEPE’s, em vários países, com hortas sendo cuidadas, especificamente, pelas crianças. Elas mesmas plantam e colhem legumes e verduras para sua alimentação. Entre o que estão cultivando e colhendo estão pepinos, rabanetes, milho, pimentão, tomates e abóboras. As crianças
PEPE ensina sobre cuidado ambiental Deus levanta líderes locais no Sul da Ásia
aprendem a se alimentar de forma saudável e valorizar o alimento.
No PEPE Colômbia foi implementada a campanha “Mãos Limpas, Corações Saudáveis”, em que as crianças aprenderam, por meio de jogos e músicas, a importância de lavar as mãos antes de comer e depois de brincar. O consumo de água limpa e a prática de comer lanches saudáveis também foram reforçados. As atividades ajudaram a desenvolver hábitos de higiene e alimentação que fortalecem a saúde física das crianças.
No PEPE trabalhamos com educação, evangelização, saúde emocional e
física e, também, ensinamos as crianças a fazerem a diferença cuidando da natureza criada por Deus! Que, assim como as crianças, como igreja de Cristo, coloquemos as mãos na terra para cuidar do mundo atual e oferecer um futuro melhor. Mesmo vivendo em “cidades de pedra”, podemos fazer a nossa parte para transformar o nosso entorno em uma floresta tropical! Não deixe de orar pelas crianças alcançadas nos 44 países onde temos PEPE.
E seguimos juntos, porque ainda falta muito trabalho para completar a nossa missão! n
Aaron e Paula Costa missionários no Sul da Ásia
Desde que chegamos ao sul da Ásia, há quase sete anos, um jovem, em especial, chamou a nossa atenção. Ele já era cristão e, desde o início, sentimos fortemente que Deus tinha um propósito diferente, um chamado especial para ele. No entanto, ainda não sabia disso. Mesmo assim, sentimos a necessidade de caminhar ao lado dele, apoiá-lo e, de alguma forma, guiá-lo.
Na época ele era solteiro e se preparava para ingressar na polícia. Ele passou no exame, continuamos mantendo contato e o convidando para
participar do nosso projeto. Com o tempo, ele se casou com uma jovem da mesma fé, alguém que também tinha um coração voltado para servir, e que já trabalhava conosco. Deus foi unindo nossos caminhos de uma maneira linda. Aos poucos, ele começou a se envolver mais com o trabalho; primeiro, duas vezes por semana, depois mais, até que hoje ele atua conosco em tempo integral. Durante todo esse tempo, nós víamos o potencial, mas ele ainda não conseguia enxergar. Muitas vezes quisemos conversar sobre o chamado que acreditávamos que Deus tinha para sua vida, mas, curiosamente, o Senhor nunca permi-
tiu que esse assunto fosse além das nossas orações. Hoje, entendemos que Deus queria, Ele mesmo, falar ao coração daquele jovem. E foi exatamente o que aconteceu. Neste mês, quando estávamos prestes a iniciar as atividades do projeto, ele chegou, visivelmente tocado, e disse: “Preciso conversar com vocês. Deus me chamou. Quero deixar tudo e seguir o meu chamado. Já falei com a minha esposa, que também sente o mesmo. Queremos nos dedicar à obra de Deus. Conversei com o meu pastor e ele me orientou a procurá-los, pois vocês são nossos mentores”. Foi um dos momentos mais marcantes do nosso
tempo aqui! Após tantos anos orando e esperando, ver o cumprimento do que Deus colocou em nossos corações foi emocionante! E o mais bonito é perceber que foi o próprio Deus quem falou com ele, no tempo certo, do jeito dEle. Entendemos que esse é um dos maiores propósitos do nosso trabalho aqui: não apenas abençoar as famílias e as crianças atendidas pelos projetos, mas ver líderes locais levantados por Deus para continuar a obra. Louvado seja o Senhor, que faz tudo perfeito em Seu tempo! Pedimos que ore por este casal, por seus ministérios, decisões e por suas vidas! n
PIB Aparecida de Goiânia - GO promove ação missionária em Uruãna e impacta a cidade
Equipe da Igreja realizou diversas ações e muitas pessoas foram alcançadas.
Convenção Batista Goiana
Entre os dias 24 e 26 de outubro, a Primeira Igreja Batista de Aparecida de Goiânia - GO (PIBAG) realizou uma ação missionária na cidade de Uruãna, levando apoio aos missionários Alef e Mayara. A mobilização contou com a participação de 28 voluntários, que atuaram com dedicação, fé e ousadia em uma evangelização discipuladora e intencional.
Durante os três dias de atividade, a equipe promoveu cultos ao ar livre e no templo local, proclamando o amor de Cristo e levando mensagem de esperança à comunidade. A ação resultou em impacto significativo na cidade: 30 crianças foram alcançadas, cinco
pessoas tomaram a decisão por Jesus e oito realizaram reconciliações.
missionário em todo o estado, mos trando como Deus tem agido por meio
dos obreiros e Igrejas comprometidas com a expansão do Evangelho. A PIB Aparecida de Goiânia - GO espera que seu exemplo inspire outras Igrejas Ba tistas goianas a se envolverem na obra
missionária, seja por meio do apoio, “Como são belos os pés dos que anunciam boas-novas!” (Romanos
Missões Estaduais da CB Fluminense implementa
Projeto “Esperança
Viva” em cemitérios do estado
Daniel Cunta pastor, coordenador de Evangelismo e Missões da Convenção Batista Fluminense
“Chorar com os que choram”. O princípio de Romanos 12.15 foi vivido nos dias 01 e 02 de novembro em cemitérios de cinco cidades do estado do Rio de Janeiro. Muitas foram as histórias compartilhadas com os missionários e voluntários que participaram deste ato de amor organizado por Missões Estaduais da Convenção Batista Fluminense. Denominado “Esperança Viva”, o projeto foi realizado nas cidades de Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti, São Sebastião do Alto e Nova Friburgo e levou suporte físico, emocional e espiritual aos enlutados.
Uma a uma elas iam entrando pelos portais. Pessoas levando nas
Cinco cidades receberam as ações.
mãos quase sempre flores e nos olhos, lágrimas. Nessa hora um copo d´água, um abraço e uma palavra de esperan ça mudavam os semblantes. Munidos de folhetos elaborados para a ocasião e com evangelhos de João os participantes ofereciam orações, reflexões bíblicas, abraços e atendimentos de enfermagem com aferição de pressão quando preciso. O consolo do Espírito Santo foi levado e as pessoas desabafaram sobre suas dores e marcas causadas pela partida do ente querido, algumas deixaram ainda os nomes dos parentes para serem citados nos cultos realizados ali.
“Sabemos que há trabalhos realizados em outros cemitérios do estado, mas a proposta é uma ação intencional, com uma mesma identidade, que gere frutos para o Reino e que haja uma igreja local para cuidar das pessoas alcançadas”, disse o coor -
denador de evangelismo e missões da CBF, pastor Daniel Martins Cunta. Elaborado pelo missionário Fernando Boa Sorte, que atua na Capelania a enlutados de Missões Estaduais, o projeto vai além do acolhimento no dia de finados. “Estamos propondo a direção dos cemitérios que tenham um espaço durante a semana para que o agente de capelania possa realizar atendimentos com orações e aconselhamento a pessoas que forem ao local”, explicou o missionário.
Cada ação teve uma Igreja base, mas foram muitas as Igrejas participantes. Foram quatro cemitérios com ações que duraram cerca de 7h.
A Primeira Igreja Batista de Niterói, Segunda Igreja Batista de Vista Alegre, em São Gonçalo, com presença da associação local), Igreja Batista Fonte Carioca, em São João de Meriti, Primeira Igreja Batista do Alto, em São
Sebastiao do Alto, e Igreja Batista do Prado, em Nova Friburgo, apoiaram os impactos, equipando-os e outras enviaram membros para os treinamentos e para as ações nos cemitérios. Segundo a liderança, o objetivo é ampliar o número de Igrejas nos próximos anos, alcançando milhares de pessoas com a Palavra de Deus em mais cemitérios, em outros municípios.
Participaram do projeto, além de missionários, voluntários da PIB de Niterói, Primeira Igreja Batista em Aldeia da Prata, Igreja Batista Ebenézer em Santa Luzia, Assembleia de Deus Ministério Deus Proverá, Primeira Igreja Batista de Alcântara, PIB de Cabuçu, Igreja Batista do Prado, em Nova Friburgo, SIB de Vista Alegre, Igreja Batista do Calvário, Associação Batista Gonçalense, IB Fonte Carioca, Igreja Batista Vilar Formoso, PIB do Alto e Igreja Batista Parque José Benício. n
A mobilização contou com a participação de 28 voluntários, que atuaram com dedicação, fé e ousadia
Igrejas em todo o estado do Rio de Janeiro participaram da ação
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
JUBAC é homenageada em sessão
solene pelos
seus 60 anos na Câmara Municipal de Vitória - ES
Cerimônia reuniu líderes antigos e atuais da organização.
Juventude Batista Capixaba
A Câmara Municipal de Vitória - ES realizou, na noite de 07 de outubro, uma sessão solene em comemoração aos 60 anos da Juventude Batista Capixaba (Jubac). A iniciativa foi proposta pelo vereador Davi Esmael.
A cerimônia reuniu ex-presidentes da Jubac, antigos membros de diretorias, líderes que marcaram diferentes gerações e, claro, a juventude atual, que mais uma vez compareceu com entusiasmo. O encontro celebrou a tra-
jetória da Jubac e sua contribuição ao longo de seis décadas de serviço, formação e impacto espiritual no estado.
A homenagem destacou não apenas o legado construído, mas também o compromisso das novas gerações que seguem escrevendo a história da Jubac. Os organizadores expressaram gratidão a todos que fizeram e continuam fazendo parte dessa caminhada. Que Deus continue abençoando cada vida que compõe os 60 anos da Jubac, ontem, hoje e no futuro que está por vir. n
Colóquio do Seminário Equatorial destaca estudos sobre hermenêutica bíblica e literatura dos Salmos
Evento reuniu professores, estudantes e pesquisadores em torno do tema da interpretação bíblica e seus desafios contemporâneos.
doutorando em Comunicação, membro da Primeira Igreja Batista em Murinin - PA e jornalista voluntário no Seminário Teológico Batista Equatoria
Nos dias 09 e 10 de setembro, o Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE) promoveu seu 5º Colóquio, reunindo professores, estudantes e pesquisadores em torno do tema da interpretação bíblica e seus desafios contemporâneos. O evento, realizado na Capela da Instituição, contou com comunicações, palestras, mesas redondas e relatos de experiência que abordaram diferentes perspectivas sobre a hermenêutica das Escrituras.
Na sessão de comunicações, se destacaram a análise bíblica do Salmo 91, com a apresentação da egressa Florestina Cândida Rocha Giraldi e do discente João Pedro dos Reis Bessa, que discutiram a estrutura literária dos Salmos e as características específicas do texto. O egresso e Especialista Geovani Rafael Vanderlei Alves trouxe a reflexão “A hermenêutica de Satanás: o uso e a aplicação que o Diabo fez do Salmo 91.11 na tentação de Cristo”. Também participaram da programação em outras atividades, os professores da casa Dr. David Bledsoe (por vídeo), Dr. Samuel Marques Campos, Me. Ulicélio Valente, além do Me. José Elidio de Queiroz Júnior.
O 5º Colóquio reafirmou o compromisso da instituição com a formação teológica crítica e fundamentada
Segundo o professor Samuel Campos, coordenador do Colóquio, o
quisa “Movimentos, Religiosidades e Filosofias Contemporâneas: desafios à fé e à pregação cristã”, vinculado ao Seminário Equatorial e ao Seminário do Sul.
“O 5º Colóquio do Seminário Equatorial apresentou à comunidade acadêmica e às igrejas as pesquisas que temos desenvolvido por meio do nosso Grupo. Esperamos que os participantes tenham sido edificados e que possam ter refletido sobre como lidar melhor com a Palavra de Deus para edificação da igreja e para a glória de Deus”, afirmou o professor.
Pedro dos Reis Bessa, integrante do grupo de pesquisa, participar do Colóquio foi uma oportunidade de crescimento acadêmico e espiritual.
“Junto com a irmã Florestina, escrevi sobre o livro de Salmos como literatura e fizemos uma análise do Salmo 91. O Colóquio foi – e está sendo – importante para que eu aprenda como me relacionar com a pesquisa e a produção científica na área da Teologia”, destacou o acadêmico.
Com uma programação diversa e aprofundada, o 5º Colóquio reafirmou o compromisso da instituição com a formação teológica crítica e fundamentada, promovendo o diálogo entre fé, academia e prática pastoral. n
Pr. Tiago Lopes, diretorexecutivo da CBEES
Líderes anteriores participaram da cerimônia Solenidade reuniu líderes, ex-líderes e juventude atual
Os quatro pilares da educação da UNESCO e os valores e fundamentos da Educação Cristã
Marisnede Mendes Batista membro da Primeira Igreja Batista em Teresina - PI, professora, psicopedagoga, psicóloga Educacional, educadora Cristã, coordenadora de Ministério com Crianças, capelã Escolar
Em 1999, a UNESCO publicou o famoso relatório “Educação: Um Tesouro a descobrir”, no qual foram apresentados os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Esses princípios se tornaram referência mundial e influenciaram a educação contemporânea em diversos contextos.
Os quatro pilares da educação da UNESCO representam uma nova visão para um sistema educacional que visa formar cidadãos conscientes, críticos e preparados para enfrentar os desafios do mundo atual.
No entanto, para o educador cristão, surge uma reflexão necessária: Como esses pilares dialogam com os valores e fundamentos da Educação Cristã? Como aplicar esses princípios à Educação Cristã?
1. Aprender a conhecer
Segundo a UNESCO, “aprender a conhecer” é desenvolver uma cultura ampla e a capacidade de aprender continuamente.
Na perspectiva cristã, aprender é muito mais do que acumular informações: é buscar a verdade que transforma e liberta (João 8.32). Jesus ensinou de forma prática e vivencial — “[…] vós mesmos dai-lhes de comer” (Mateus 14.16) — chamando seus discípulos a experimentar o que aprendiam.
O educador cristão deve conduzir o aluno a discernir, refletir e compreen-
der o mundo sob uma cosmovisão cristã, reconhecendo Deus como a fonte de toda sabedoria (Provérbios 1.7; Tiago 1.5).
Aprender torna-se um processo ativo, participativo e significativo — o aluno aprende quando se envolve, quando experimenta e quando percebe sentido no que aprende.
2. Aprender a fazer
Para a UNESCO, “aprender a fazer” envolve adquirir competências e habilidades para atuar na sociedade.
Na visão cristã, o fazer está ligado ao servir. Jesus enviou os setenta discípulos (Lucas 10.1-11) para viverem o que haviam aprendido — levando paz, curando e anunciando o Reino.
Na Educação Cristã, o trabalho é vocação, e cada atividade deve ser feita “fazei tudo para a glória de Deus” (1Coríntios 10.31).
Ensinar a fazer é ajudar o aluno a desenvolver talentos com propósito, ética e responsabilidade diante do Criador.
3. Aprender a conviver
A UNESCO destaca a importância de viver em harmonia, respeitando as diferenças e cooperando.
Faz parte da educação cristã aprender a lidar com pessoas diferentes, tratar os outros com respeito e agir com gentileza. Conviver é amar e servir. Jesus ensinou: “Não será assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se poderoso entre vós, seja esse o que vos sirva; […]” (Mateus 20.26).
A sala de aula cristã deve ser um espaço de comunhão e empatia, onde o amor de Deus se manifesta nas relações humanas. O papel do educa-
dor é abrir espaço para que os alunos aprendam a conviver, se conheçam e respeitem uns aos outros. Em um mundo marcado pelo egoísmo e pela intolerância, a sala de aula cristã torna-se um laboratório do amor de Deus, onde cada um é valorizado e desafiado a crescer em comunhão.
4. Aprender a ser
O quarto pilar, “aprender a ser”, segundo a UNESCO, está relacionado ao desenvolvimento da personalidade e da autonomia.
A educação cristã busca formar o ser humano em todas as suas dimensões — espírito, alma e corpo. Jesus chamou seus discípulos de amigos (João 15.15), revelando um relacionamento de confiança, liberdade e crescimento. Assim, aprender a ser é descobrir quem somos em Cristo e viver de acordo com os valores do Reino de Deus.
Na visão cristã, ser é compreender a própria identidade como criatura de Deus. O homem não cria suas próprias leis; ele reconhece e obedece às leis do Criador. Como afirma Solano Portela: “Aprender a ser é reconhecer a distância que nos afasta da perfeição divina e nos lançarmos às misericórdias de Deus na esperança de redenção”. O educador cristão auxilia o aluno a descobrir quem ele é em Cristo, formando um ser integral — espírito, alma e corpo — que vive segundo os valores do Reino.
Conclusão
Os quatro pilares da educação apresentam princípios relevantes para a formação humana.
Na educação cristã, esses pilares ganham novo significado:
Aprender a conhecer buscar a sabedoria de Deus;
Aprender a fazer servir com amor e excelência;
Aprender a conviver viver em comunhão e graça;
Aprender a ser refletir a imagem do Criador em todas as dimensões da vida.
Jesus é nosso maior exemplo. A Bíblia diz que Ele crescia em sabedoria, estatura, graça e comunhão (Lucas 2.52).
O grande objetivo da Educação Cristã é transformar vidas — mais do que repassar conteúdos, o educador é chamado a ser instrumento de Deus para moldar o coração e o caráter de seus alunos. Ser educador cristão é formar discípulos que aprendem, servem, convivem e vivem para a glória de Deus.
Referências
Apostila Educação Cristã – Marcos Davi F. de Andrade ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE ESCOLAS INTERNACIONAIS (ACSI). Fundamentos Pedagógicos.
BÍBLIA SAGRADA. Almeida Século 21.
PLANO DIRETOR DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA BATISTA NO BRASIL. Rio de Janeiro: Convenção Batista Brasileira, 2010.
PORTELA, Solano. O que estão ensinando aos nossos filhos. SP: Editora Fiel, 2012
UNESCO. Educação: Um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Paris: UNESCO, 1999.
O crescimento na verdade e no amor de Deus não é opcional, mas expressão da semelhança de Cristo
Genivaldo Felix pastor, diretor do Seminário Teológico
Batista Goiano
“Pelo contrário, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. (v. 15)
Tradução: “Antes, sendo verdadeiros com amor, cresçamos na direção dele em todos os aspectos, o qual é a cabeça, o Cristo”.
Dando continuidade ao tema do crescimento, o Paulo inicia o versículo 15 com a expressão “pelo contrário”, apontando para uma direção oposta à imaturidade mencionada no versículo anterior. A pergunta que se impõe é: o que devemos fazer? E mais: o que acontece quando uma igreja se esquece da verdade ou do amor?
O termo grego traduzido por “seguindo a verdade” implica mais do que simplesmente falar a verdade. Significa praticar, viver e manter a verdade em amor. O crescimento tem lugar e o corpo se edifica em amor. Verbos com esse sufixo indicam ações contínuas e significativas. O crescimento aqui proposto por Paulo é crescer em tudo, em todas as áreas da vida, em Cristo, que é a cabeça da Igreja.
Segundo Júlio Zabatiero, (2009), “a edificação do corpo acontece quando cada um de seus membros realiza seu trabalho sob a direção de Cristo. O trabalho de todos nós deve ser realizado em um ambiente de amor e honestidade. Ademais, o alcance do ministério é integral, pois devemos crescer “em tudo naquele que é o cabeça, Cristo.” John Stott observa que essa expressão é frequentemente mal tradu-
zida. O apóstolo Paulo não está apenas incentivando uma comunicação sincera, mas sim uma vida que aplica e manifesta a verdade com amor. Ele denuncia o desequilíbrio de alguns que, embora comprometidos com a verdade, são severos e ásperos em sua abordagem. “A verdade torna-se dura se não for suavizada pelo amor; o amor torna-se fraco se não for fortalecido pela verdade”.
O versículo termina com a afirmação: “Cristo é a cabeça”. Isso nos lembra que não devemos ser guiados por nós mesmos, nem por lideranças humanas apenas, mas por Cristo. Ele é a fonte da nossa direção, da nossa unidade e do nosso crescimento. Conforme Keller e Coekin (2019, p. 234), “Precisamos ter conversas bíblicas uns com os outros. Elas são uma forma de ensino que promove maturidade e nos faz crescer na semelhança com Cristo”. A Bíblia nos revela tanto a verdade de Deus quanto o amor de Deus. Nenhum dos dois é opcional.
“Nele o corpo inteiro, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a correta atuação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo no amor”. (v. 16)
Tradução: “De quem o corpo inteiro, estando ajustado e unido por meio de cada ligação de sustentação, conforme a ação apropriada de cada parte, promove o crescimento do corpo, para edificação de si mesmo em amor”.
“Nele”, isto é, em Cristo, está o centro da vida e da unidade da igreja. Paulo recorre à analogia do corpo humano: a igreja como organismo vivo, interdependente, ajustado e
suprido por Cristo. Ele é quem provê a direção, a nutrição e a vitalidade necessárias para o crescimento de todos os membros. É Deus estabelecendo uma relação com a sua Igreja nesta geração.
Os termos “juntar”, “ligar”, “ajustar” apontam para a coordenação harmoniosa entre as partes do corpo. A ideia de “junta” remete à conexão por onde flui o suprimento. No contexto grego, o termo era também usado para descrever o sustento oferecido por um provedor, como um marido que cuida da esposa, ou a provisão para um coral público. Aplicado aqui, reforça que Cristo é quem supre e mantém o corpo unido e operante. A expressão “segundo a correta atuação de cada parte” destaca que cada membro tem uma função específica e vital. A igreja cresce de forma saudável quando todos contribuem, servem e se edificam mutuamente em amor.
Assim, sua igreja precisa de você! Precisa do seu dom, da sua presença, da sua cooperação. Efésios 4.1-16 nos ensina que devemos preservar a unidade, contribuir com nosso ministério e buscar a maturidade espiritual como expressão da semelhança com Cristo.
Considerações Finais
Neste breve estudo expositivo, vimos que: Jesus designou homens e mulheres para a diversidade de ministérios e a variedade de dons espirituais no contexto da igreja; todos estamos sendo aperfeiçoados para a obra do ministério, visando a edificação do Corpo de Cristo; esse aperfeiçoamento nos conduz à unidade da fé e ao pleno
conhecimento do Filho de Deus, em busca da maturidade cristã; o crescimento da igreja se dá na verdade e no amor, sob a direção de Cristo, nossa Cabeça; o ministério não é privilégio de poucos, mas responsabilidade de todos que compõem o Corpo de Cristo e a edificação da igreja local depende do envolvimento fiel, humilde e amoroso de cada membro com os dons que Deus concede. Que o Senhor nos ajude a viver esse chamado, crescendo em tudo naquele que é a Cabeça: Cristo. Nas palavras de Jesus: “A fim de que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17.21). Amém!
Referências
AZEVEDO, Israel Belo de. No compasso da graça: comentários às epístolas aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses e aos Colossenses. Rio de Janeiro: JUERP, 2012.
HAHN, Eberhard; BOOR, Werner de. Cartas aos Efésios, Filipenses e Colossenses. Comentário Esperança. Curitiba: Esperança, 2006.
HOEHNER, Harold W. Efésios. Comentário Exegético. São Paulo: Vida Nova, 2023.
KELLER, Timothy; COEKIN, Richard. 90 dias em Gálatas, Juízes, Efésios. São Paulo: Vida Nova, 2019. RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave linguística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995. STOTT, John. Lendo Efésios. Viçosa: Ultimato, 2019.
ZABATIERO, Júlio. Novos caminhos para a educação cristã. São Paulo: Hagnos, 2009. n