A Hora – 08 e 09/11/2025

OPINIÃO

Silêncio sobre os trilhos

Aferrovia gaúcha foi símbolo de integração e progresso. Na Ferrovia do Trigo, a riqueza da produção dos anos de 1970 a 1990 era levada para todas as regiões e até para fora do RS. Hoje, se desmancha diante da omissão e da inércia. Trilhos estão sendo retirados pela concessionária Rumo e levados a outros estados, enquanto o governo federal ainda não apresenta o relatório prometido há quase um ano sobre o futuro da malha Sul. O resultado é um vácuo de gestão que ameaça desativar para sempre a principal ligação ferroviária do estado com Santa Catarina. Esse desmonte vai além do descumprimento contratual ou da precarização de um ativo logístico. Representa o colapso de um modelo que há décadas se distancia da função que deveria exercer.

A omissão custa caro. Cada metro de trilho arrancado representa anos de atraso em infraestrutura, competitividade e desenvolvimento”

As concessões ferroviárias, firmadas com o fim da autarquia ferroviária, nunca foram acompanhadas de metas claras de investimento nem de instrumentos efetivos de fiscalização. A União concedeu, mas não acompanhou. A concessionária operou, mas não investiu.

A omissão custa caro. Cada metro de trilho arrancado representa anos de atraso em infraestrutura, competitividade e desenvolvimento. O mínimo que se espera das autoridades é transparência, ação coordenada e compromisso com a história e o futuro logístico das ferrovias.

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Diretor Executivo: Adair Weiss

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“O tênis não ajuda só na parte física, mas também na parte mental das pessoas”

Natural de Santana do Livramento, Antônio

Carlos Garcia de Lima, 49, escolheuLajeadopara morar. Ele é uma das referênciasdaregiãono tênis,esportequevoltaa crescer e está em alta no paísenoValedoTaquari. Professoreinstrutor,é umdosresponsáveispor disseminarapráticado esporte

Quando que o tênis entrou na tua vida?

Conheci o tênis dos 9 para 10 anos de idade no Clube Campestre de Livramento. Eu e meu irmão fomos convidados para trabalhar de “boleiros”, recolhendo bolinhas para os tenistas jogarem, e assim eles conseguiam ter mais tempo só para o jogo.

Pensou em ser um tenista profissional?

Nunca vislumbrei ser profissional, éramos de família muito humilde, sem condições financeiras de treinar ou viajar para jogar. Querendo ou não, o tênis é um esporte que exige ter um pouco de dinheiro para competir.

Quando o esporte virou tua profissão?

Aos 17 comecei a pensar em trabalhar com o tênis na área de aulas. Aos 21 passei a trabalhar exclusivamente como instrutor.

Qual é o perfil de aluno que te procura para iniciar nas aulas de tênis?

A maioria dos alunos são o que chamamos de tênis social. Pessoas que

nunca jogaram e querem iniciar. Mas tenho alunos de todas as idades. Normalmente as pessoas despertam o interesse pelo tênis e nos contatam via WhatsApp. Não é preciso ter experiência, apenas boa vontade de aprender.

Percebes um aumento no interesse pelo tênis? Quais os motivos?

É um esporte que voltou a crescer no Brasil, muito em função da aparição do João Fonseca. Aqui na região temos o Lajeado Open, que acaba de realizar a quarta edição. Estamos vivendo um bom momento.

Para além da parte esportiva, qual a importância do tênis e o que ele oferece de ajuda ou melhora na vida do praticante?

O tênis não ajuda só na parte física, mas também na parte mental das pessoas. No convívio social. É um esporte completo e que pode ser transformador na vida das pessoas.

“É um esporte que voltou a crescer no Brasil, muito em função da aparição do João Fonseca. Aqui temos o Lajeado Open, que acaba de realizar a quarta edição. Estamos vivendo um bom momento”

Região possui três aeródromos (de grama) homologados na Anac

OVale do Taquari possui uma ligação histórica com a aviação. Mas o assunto sempre esteve um tanto distante de uma significativa parcela da nossa população. Aliás, continua assim. Não é arriscado afirmar que a maioria das pessoas nascidas ou radicadas em nossa região desconhece – ou desconhecia até pouco tempo – a presença de três aeródromos já homologados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em nossa vizinhança – dois municipais em Estrela e Guaporé, um particular em Teutônia, além de um heliponto em Lajeado –, e por onde passam dezenas de aeronaves de diferentes tamanhos

Plano Diretor em Arroio do Meio

Após protelar a realização da audiência pública do novo Plano Diretor, o governo de Arroio do Meio, em parceria com a Universidade do Vale do Taquari e o governo estadual, reagendou o encontro para a próxima terça-feira, dia 11 de novembro, na sede da Acisam. Um momento importante para traçar um futuro mais seguro, sustentável e resiliente ao município, mas que também precisa ser economicamente viável.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

Free Flow pode iniciar só em 2028. Até lá, é bom compreendê-lo!

TIRO

e características. Há um produtivo tráfego aéreo sobre nossas cabeças, que movimenta a economia, auxilia hospitais, encurta distâncias e negócios, gera riqueza, abre oportunidades, aproxima investidores e potencializa o turismo. Mas o assunto ainda não é de domínio público, reforço. Diante disso, resta claro que as entidades precisam se envolver mais nesta temática e movimentar as respectivas bases. É preciso debater com mais intensidade as alternativas logísticas. E, além de lutar pela pavimentação das pistas de pouso e decolagem municipais, também é preciso ouvir as proposições e provocações por um aeroporto regional ao Vale do Taquari.

Menos

Bolsa Família

O governo de Arroio do Meio divulga a redução de 46% no número de beneficiários do programa federal Bolsa Família. No início de 2025, eram 543. Hoje são 286. Um trabalho observado e coordenado pela Secretaria de Assistência Social, que atende ao que sempre deveria ser o principal propósito do Bolsa Família: a emancipação financeira e social das pessoas mais vulneráveis.

Já escrevi sobre isso. Mas é importante reforçar. Se tudo ocorrer conforme as pretensões do governo estadual, o edital de licitação publicado nessa sextafeira vai a leilão em 13 de março de 2026, às 14h, e o contrato com a nova concessionária responsável pelas rodovias estaduais do Vale do Taquari (130, 129 e 453) pode ser assinado já no mês de agosto. Entretanto, é provável que algumas circunstâncias possam atrasar algumas etapas. Afinal, um trâmite desta magnitude deve sempre chamar a atenção de diversos órgãos independentes – ou nem tanto –, como o Tribunal de Contas do Estado, a Assembleia Legislativa, o Ministério Público e, também, eventuais empresas e/ ou consórcios derrotados na concorrência pública. Diante disso, alguns analistas estimam que o contrato possa ser assinado até novembro de 2026. A partir disso, a concessionária terá prazo de um ano para adaptação e só então iniciaria a cobrança por meio do já amplamente divulgado modelo free flow, com a cobrança automática e sem cancelas. Ou seja, ainda restariam mais de dois anos para a população compreender e se preparar para o novo modelo e, assim, evitar multas no futuro.

DEFESA CIVIL DO VALE

Edital para Centro Regional deve ser lançado em dezembro

O Coronel Luciano Boeira, chefe da Casa Militar do RS e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, garantiu em entrevista ao Frente e Verso que o edital de licitação para o Centro Regional de Defesa Civil será lançado ainda em 2025. A obra deve ser feita na sede campestre do Daer, em Lajeado, junto à ERS-130, no bairro Campestre. E vai servir para concentrar atendimentos regionais e estaduais em situações de emergências climáticas e outros eventos. Além disso, o governo estadual deve abrir em novembro o edital para construção do Centro Estadual de Defesa Civil, em Porto Alegre, e que promete seguir os melhores exemplos visitados Brasil e mundo afora.

- A Justiça condenou um ex-prefeito do município de Glorinha e sua esposa, então secretária municipal de Educação, por ato de improbidade administrativa. A sentença reconheceu a ilegalidade na dispensa de licitação para contratação de palestrante, realizada em 2017.

- Idealizador da 1ª Aquibom, que ocorre neste fim de semana, o advogado e empresário Mauro Hauschild quer tornar Bom Retiro do Sul a “cidade-irmã” de Gramado. Para isso, quer fortalecer o laço já criado pelo artesão bom-retirense Orival da Silva Marques, o “Xixo”, responsável por dar forma, em madeira, ao “Kikito”, a estatueta entregue aos vencedores do Festival de Cinema entre 1973 e 1989.

- Perguntinha básica: o Vale do Taquari está organizado para pleitear uma nova ponte entre Lajeado e Estrela durante a audiência pública da ANTT, que ocorre em menos de duas semanas?

LIXO EM LAJEADO

Licitação pode ser judicializada?

Já escrevi e reforço: informações de bastidores apontam à possível judicialização do processo licitatório referente ao serviço de recolhimento de lixo em Lajeado. Aliás, já deixaram os bastidores e chegaram ao plenário da câmara de vereadores. Na sessão do dia 14 de outubro, Vavá (MDB) falou sobre o acúmulo de lixo em frente às residências, restaurantes, creches e demais espaços em diversos bairros da cidade. E alertou para o risco de judicialização do processo

licitatório. “Há rumores que a empresa vai entrar na justiça”. O colega emedebista Waldir Blau corroborou. “A segunda empresa (desclassificada) vai entrar na justiça.” Como citei à época, não são informações oficiais. São pressupostos apresentados – em público – por dois opositores e mastigado nos bastidores. Mas, e respondendo à manchete deste tópico, sim, a licitação pode ser judicializada. “Mandados de Segurança” e afins são da regra do jogo. E sempre há quem aposte alto nestas regras.

Essas pré-candidaturas para 2026...

Alguns nomes já são bem conhecidos. Maneco Hassen (PT) e Marcelo Caumo (União Brasil) não escondem de ninguém e fazem questão de reforçar, a cada aparição pública, o desejo de concorrerem a deputado estadual e federal em 2026. É bem verdade que o ex-prefeito de Lajeado anda titubeando e pode, sim, mudar os rumos e também concorrer a uma vaga na assembleia gaúcha. Mas por ora segue a versão inicial. Prefeito de

Muçum, Mateus Trojan (MDB) também se manifestou publicamente sobre a intenção de ser deputado estadual. Além deles, outros atores conhecidos (uns mais, outros bem menos) da política regional já manifestaram o mesmo interesse. Mas de forma um tanto discreta e, por vezes, “cheia de dedos”. E, paralelo a tudo o que é público, ainda há quem aposte alto em um outsider reconhecido por movimentos regionais audaciosos...

vinibilhar@grupoahora.net.br

VINI BILHAR

“A região e o estado vão seguir crescendo, e isso passa por uma infraestrutura

O cooperativismo segue como alicerce das nossas comunidades. Unir empreendedorismo, negócios e o sentimento de pertencimento tem impulsionado o segmento na região. Com 50 anos dedicados ao cooperativismo, Erineo Hennemann celebra o momento da cooperativa e o papel da Certel ao chegar nos 70 anos de fundação. Tudo isso, para seguir impulsionando o desenvolvimento do Estado

Quais inovações impulsionam o notável crescimento da Certel?

Erineo José Hennemann - O sistema cooperativo, em especial a Certel no setor energético, demonstra todo o desenvolvimento, impulsionado pela inovação tecnológica. A distribuição moderna exige alto padrão de tecnologia e pessoal qualificado, garantindo segurança e rapidez no serviço. Essa busca por melhorias resultou no crescimento para cerca de 80 mil associados, que recebem energia de qualidade uniforme e tarifas competitivas. A cooperativa manteve sua credibilidade superando adversidades, focando em investimentos na continuidade da qualidade e, sobretudo, na geração de energia. Acreditamos que a infraestrutura elétrica de ponta é essencial para o progresso regional e estadual.

Qual o grande foco da Certel?

Hennemann - A Certel se prepara estrategicamente para a liberação do mercado de energia em 2028, visando a preferência do consumidor. Esse preparo inclui o

de qualidade”

fortalecimento e a qualificação da equipe, sustentados por uma visão de futuro e análise de cenários. O planejamento une gestão e governança, priorizando a integração do associado. A cooperativa dividiu sua área em seis microrregiões, realizando reuniões trimestrais com delegados eleitos, garantindo um modelo de relacionamento transparente e eficaz.

Como um dos princípios do cooperativismo, a Certel segue olhando o cenário social?

Hennemann - A Certel alia gestão e governança a um forte compromisso social, desenvolvendo numerosos projetos em cultura, lazer e saúde, inseridos no modelo cooperativo de apoio à comunidade. O meio ambiente é inegociável: toda a energia gerada é integralmente renovável, garantindo o fornecimento de forma sustentável e sem prejuízo ambiental.

Qual o principal projeto da Certel a curto prazo?

Hennemann - A Certel mantém o foco na geração de energia, com

o projeto Vale do Leite no Rio Forqueta, que abastecerá cerca de 20 mil pessoas. O grande objetivo é a Usina de Bom Retiro do Sul, que pode atender 100 mil, sendo prioritária apesar dos custos elevados e prazos estendidos pelas enchentes, por fornecer energia limpa e segura. Em paralelo, investe em infraestrutura com uma nova sede em Lajeado de 2.400 m² (R$ 9 mi), para concentrar todos os negócios e facilitar a logística de atendimento. A inauguração é prevista para fevereiro do próximo ano, celebrando 70 anos. A cooperativa também busca parcerias para acompanhar a rápida inovação tecnológica do setor.

Qual o papel do ativo humano da cooperativa?

Hennemann - O cooperativismo, e a Certel em particular, adota uma filosofia de ser uma empresa mais humana. A valorização do ser humano e do conhecimento é vista como um fator determinante para o sucesso da cooperativa. Garantir um olhar atento às pessoas e suas habilidades é uma preocupação central para o futuro da Certel.

O que é essencial para o futuro do Vale do Taquari?

Hennemann - Apesar do alívio logístico trazido pela nova ponte, o futuro do Vale exige uma organização política mais forte e a união das lideranças regionais e estaduais. É crucial que elas se articulem em torno de objetivos claros para a região, abrangendo tecnologia, infraestrutura logística e turismo. O progresso e a superação de desafios dependem diretamente desse trabalho conjunto e da visão de futuro das lideranças.

Indicadores

Dólar: R$ 5,33

Ibovespa: 153.720,75

Grupo Imec anuncia novo Diretor Comercial

O CEO do Grupo Imec, Fabiano Pivotto, anunciou nesta semana a chegada de Carlos Dante Proveti como novo diretor comercial da companhia. Com mais de 35 anos de experiência no varejo alimentar brasileiro, o executivo traz uma trajetória marcada pela atuação em grandes redes nacionais e internacionais do setor. Ao longo de sua carreira, passou por empresas como Makro Atacadista, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart, Grupo BIG, Cencosud e COOP, acumulando ampla vivência em gestão comercial e estratégias de mercado.

A diretoria comercial, sob seu comando, abrangerá também as áreas de Marketing e Supply Chain do

PIONEIRISMO

Aquibom abre novo ciclo na aquicultura do Vale e do estado

Atividades técnicas marcaram o primeiro dia da feira. Evento em Bom Retiro do Sul desperta para negócios, inovação e troca de conhecimento

A1ª Aquibom, Feira

Estadual de Aquicultura começou sexta, 7, e transforma o Recanto Novo Paraíso, em Bom Retiro do Sul, em um polo de encontros e negócios. Desde as primeiras horas da manhã, o público compareceu ao espaço. Com visitantes vindos de várias regiões, inclusive do norte do estado, o primeiro dia foi marcado por movimento intenso, palestras técnicas, expositores, gastronomia, música e anúncio de novidades. O evento, idealizado e realizado por Mauro Hauschild,

demonstra a aposta em um novo modelo de desenvolvimento regional, mais conectado ao campo, à sustentabilidade e ao turismo. “Mesmo com os alertas climáticos, as pessoas estão vindo. Isso mostra que acreditam na proposta e reconhecem a importância dessa atividade”, afirma.

Segundo ele, a montagem da feira atravessou a madrugada. “Às duas da manhã (de sexta-feira) ainda estávamos aqui, montando a estrutura, espalhando brita e ajustando os detalhes. Tudo isso para que o público fosse recebido da melhor forma. A Aquibom é um sonho coletivo, e começou da maneira que esperávamos, com o povo participando.”

O recanto, cercado por mata e cortado por trilhas e áreas de lazer, ganhou ares de um parque temático rural.

Mais de 100 expositores

O Rio Grande do Sul tem um enorme potencial hídrico, e o Vale do Taquari é o coração dessa produção”

econômico do Vale se for tratada como negócio e não apenas como atividade complementar.”

estão distribuídos entre pavilhões e espaços abertos, mostrando produtos e tecnologias voltadas à piscicultura, à aquicultura e ao turismo rural. Uma praça gastronômica com 13 espaços de alimentação completa o circuito, com cardápio variado e foco nos pratos à base de peixe.

Nós vamos falar muito de peixe, mas também vamos também falar um pouco na feira de turismo rural, por exemplo, e mostrar tudo o que dá pra gente fazer, com bons espaços. Queremos transformar o Farol da Luz numa representação do nosso Cristo.” EDIVILSON

MAURO HAUSCHILD IDEALIZADOR

Destaques para a piscicultura e aquicultura

O secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, participou da abertura e elogiou a mobilização local.

“A piscicultura é uma atividade que movimenta o campo e a cidade. É renda, é alimento e é desenvolvimento sustentável. O RS tem um enorme potencial hídrico, e o Vale do Taquari é o coração dessa produção”, afirma. Brum ainda destaca que o governo trabalha na criação de políticas de crédito e incentivos para ampliar o número de agroindústrias voltadas ao setor.

Durante a manhã do primeiro dia, o empresário e economista Ardêmio Heineck reforçou o papel da iniciativa privada. “O que o Mauro está fazendo é mais do que uma feira, é uma semente de futuro. É a união entre o setor produtivo, o turismo e a visão empreendedora. A piscicultura pode ser o próximo salto

Hauschild também apresentou números e metas que ajudam a dimensionar o alcance do projeto. Segundo ele, a estrutura montada em Bom Retiro deve se transformar em centro permanente de referência. “A partir do ano que vem, se tudo correr bem, pretendo produzir aqui cerca de 3,6 milhões de alevinos por ano. Isso vai exigir mais gente trabalhando em todas as etapas, desde a criação até a engorda e o abate. E, acima de tudo, precisamos de uma agroindústria que compre e distribua o produto, para garantir continuidade e renda aos produtores.”

Ele ressalta que o processo de consolidação da cadeia passa também por um trabalho de convencimento. “Ainda temos uma cultura de produção de subsistência. O que queremos é mostrar que o peixe pode se transformar em um negócio profissional, com licenciamento, qualidade de água, manejo e rastreabilidade. É uma mudança de mentalidade. E o Vale tem as condições ideais para isso.”

Cultura local

Além da parte técnica e de negócios, a Aquibom também resgata o sentimento de pertencimento e valorização regional. Uma das homenagens mais simbólicas será ao escultor Xixo, criador do Kikito, troféu do Festival de Cinema de Gramado. O clima de integração entre tradição, cultura e empreendedorismo marcou o primeiro dia. Famílias circularam entre os pavilhões,

produtores aproveitaram para fechar parcerias e autoridades reforçaram o papel da feira como uma nova vitrine do interior gaúcho. “Queremos que as pessoas tragam suas cadeiras, tomem chimarrão, curtam o pôr do sol. A Aqubom é sobre trabalho, mas também sobre convivência e amor pelo que se faz”, resume Hauschild. Outra tradição que se mantém é o chimarrão, sendo um evento, acima de tudo, gaúcho, a tradicional bebida não poderia faltar em meio aos pavilhões. Entre os expositores, o grupo RS Cuias, de Fazenda Vilanova, marca presença na feira com cuias personalizadas, modelos infantis e acessórios. “É uma alegria participar de um evento estadual. A gente trabalha o ano todo e, quando chega numa feira assim, vê que vale a pena”, destaca Nelsi Reinheimer, empresária do ramo.

Farol da Luz e Rota dos Açores

A feira também abriu espaço para novos projetos de valorização turística. Entre eles está o Farol da Luz, que será construído na localidade de Serro dos Gomes e promete se tornar um símbolo de Bom Retiro do

Sul, um “Cristo do Vale” que une turismo e natureza. O local deve abrigar uma pousada e mirante, criando um novo roteiro de visitação permanente, segundo Mauro. Outra iniciativa é a Rota dos Açores, que integrará Bom Retiro, Taquari, Fazenda Vilanova, Itapá e Paverama. O projeto tem por objetivo restaurar casarões, ruínas de senzalas e prédios históricos, promovendo um circuito que resgata a colonização açoriana.

“Essa rota vai resgatar a origem e a identidade cultural da região, aproximando história e turismo”, explicou Hauschild. As cinco câmaras de vereadores envolvidas já discutem a criação oficial do roteiro.

Programação

A 1ª Aquibom segue até domingo, 9, com feira comercial, debates técnicos e atrações culturais. Na noite de sexta-feira, o destaque foi o show do grupo Tchê Barbaridade. No sábado, 8, ocorre o primeiro Dia Municipal da Aquicultura, encontros de prefeitos e palestras sobre associativismo e mercado, além dos shows de Di Propósito, Lucas & Felipe, Grupo do Bola e Aperte o Play. O encerramento, no domingo, 9, terá o Show da Família da Rádio Popular, com Banda Studio, Tchê Guri, Alma Nova, Estação New e DJ Bottezzini.

Rumo retira trilhos da ferrovia e leva para SC

Trechos da malha sul são desmontados a partir de Santa Tereza. Região aguarda relatório do Governo federal sobre plano de recuperação do modal e teme desativação completa da principal ligação do RS com o estado vizinho

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Partes da malha ferroviária gaúcha estão sendo removidas pela concessionária Rumo Logística e levadas para Santa Catarina. O material inclui trilhos, fixadores e componentes de linhas férreas do eixo principal da Malha Sul.

Observado por moradores locais e pelo grupo “Aventureiros do TPS (Tronco Principal Sul)” o desmonte ocorre a partir da estação de Santa Tereza, passando por Alcântara, Jabuticaba, Coronel Salgado, Feitor Faé, São João e Silva Vargas. Entre cada um dos pontos, são cerca de 22 quilômetros.

Pelo informado pela Rumo Logística, a ação faz parte de um processo de remanejamento para pontos da malha sul que seguem em operação. A empresa sustenta que as ações seguem as normas e estão dentro das autorizações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por fiscalizar o contrato.

Nas três décadas de concessão, não houve investimento para modernização dos ramais. Com trilhos antigos e sem manutenção, locomotivas ultrapassadas e mais lentas tornaram a opção pelo modal pouco atrativa.

Junto com isso, a Rumo também

Grupo de Aventureiros chama atenção sobre desmonte da única ligação ferroviária com Santa

O que diz a Rumo

A concessionária informa que realiza, de forma contínua, ações de manutenção em diferentes trechos da ferrovia e que a realocação de trilhos e outros materiais faz parte de um processo de remanejamento para pontos da malha sul que seguem em operação. Essa movimentação é feita dentro das normas do setor, com autorização do poder concedente, e prevê obrigações de recomposição ou indenização, quando aplicáveis. A iniciativa tem como objetivo preservar a integridade da malha e garantir a segurança das operações.

A empresa ressalta ainda que permanece em diálogo com o Governo Federal sobre a situação da infraestrutura ferroviária no Rio Grande do Sul, fortemente impactada pelas enchentes de 2024, e segue atuando dentro de todas as autorizações legais e regulatórias emitidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O que diz a lei:

passou a ofertar poucas linhas. Sem periodicidade e prazos de entrega sem previsão, a malha gaúcha se tornou a mais ociosa do país.

Segundo a ANTT, a solução das ferrovias gaúchas, como de toda a malha Sul, depende de definição de política pública a cargo do Ministério dos Transportes, após encerramento do grupo de trabalho criado para discussão do futuro da concessão. Nesse intervalo, a concessionária tem informado algumas necessidades de transferência de materiais dentro da própria malha para otimizar trechos que continuam com transporte, com a promessa de reposição.

Preocupação regional

O trecho desativado não faz parte da Ferrovia do Trigo, usada para o projeto Trem dos Vales. Mesmo assim, o trabalho da Rumo gera preocupação entre líderes regionais. Para o presidente da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Rafael Fontana, é preciso respostas.

“Ainda que não seja o trecho turístico, precisamos saber o motivo dessa retirada. A ferrovia é patrimônio público, pertence à União e sob responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).”

De acordo com ele, desde a grande inundação de maio de 2024, o governo federal não apresentou qualquer plano para recuperação da ferrovia gaúcha. “Foi feito um

• Conforme a Resolução ANTT nº 5.945 de 1º de junho de 2021, qualquer desativação definitiva de trecho ferroviário requer:

• Requerimento formal da concessionária à ANTT

• Comunicação aos usuários e municípios afetados

grupo de trabalho entre a Secretaria Nacional das Ferrovias e a concessionária, sem nenhum resultado”, critica.

O relatório deveria ter sido entregue entre fevereiro e março deste ano. Desde então, o prazo já foi prorrogado três vezes (primeiro para junho, depois para julho e depois para o fim de setembro).

O grupo de trabalho tem a participação do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, de Leonardo Ribeiro, integrante da Secretaria Nacional de Ferrovias. Também estão o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão, e o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos.

A missão é estabelecer um documento sobre as condições da ferrovia, onde são possíveis manutenções, quais trechos precisam ser desviados ou reconstruídos. Também estabelecerá a origem dos investimentos, quanto sairá do setor público e quais são de responsabilidade da concessionária.

Proposta rechaçada

O governo federal entregou um pré-estudo, com a proposta de fatiar a Malha Sul em três novos corredores logísticos, com novos

• Análise técnica pela ANTT

• Decisão mediante Deliberação da Diretoria Colegiada da ANTT

• Desvinculação de bens certificada por Portaria da Superintendência competente

leilões previstos para o ano que vem. Os projetos são conduzidos pela Infra S.A., estatal de planejamento do setor de transportes.

As divisões propostas incluem: Corredor Paraná, entre Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC); Corredor Gaúcho, ligando o norte e oeste do RS ao porto de Rio Grande; Corredor São Paulo–Uruguaiana, para integração com o centro-oeste do país.

Esse modelo foi criticado pelas equipes dos governos dos três estados da Região Sul do país. Conforme o secretário estadual adjunto dos Transportes, Clóvis Magalhães, não foi aceito o fatiamento da malha. “O que os quatro estados do Sul defendem é a integralidade do sistema. A lógica de segmentar só fragiliza ainda mais. Precisamos de uma nova ferrovia, não de mais sucateamento”, critica.

Ao todo, o RS tem mais de 3,6 mil quilômetros de ferrovias. Ao longo das últimas três décadas, houve um processo de degradação e apenas 921 km estavam ativos. “O declínio do transporte ferroviário não começou com a tragédia climática. Veio pela falta de investimentos das concessionárias, primeiro com a antiga ALL e, depois, com a Rumo. Nossa capacidade logística caiu ano após ano.”

Programa redefine mapa viário e impõe rigor técnico às concessionárias

Edital do governo prevê R$ 6 bilhões em investimentos e parte de um modelo mais detalhado, com padrões de desempenho e obrigações ambientais

Oedital publicado pelo governo do Estado nessa sexta-feira, 7 de novembro, confirma a abertura da concorrência internacional para concessão do Bloco 2 de rodovias, um dos mais estratégicos da malha estadual. A licitação envolve 409 quilômetros de estradas, R$ 6 bilhões em investimentos e uma nova lógica de exploração e controle, centrada em desempenho, segurança e resiliência climática, conforme previsto nas regras do Estado. Com 196 páginas, o Programa de Exploração da Rodovia (PER) detalha o plano técnico. Define desde o tipo de drenagem e sinalização até os prazos de recuperação estrutural, padronização das intervenções e cronograma de obras. O leilão está marcado para o dia 13 de março de 2026, às 14h, na B3, em São Paulo. As propostas deverão ser entregues no dia 9 de março, entre 10h e 12h, também na sede da bolsa. O contrato terá duração de 30 anos, e o vencedor será definido pela menor tarifa

Cronograma do Free Flow

Início: na data de assinatura do contrato.

Prazo máximo para implantação: até o 14º mês.

Plano de Comunicação ao Usuário: até o 9º mês.

Operação plena: 24 horas por dia, todos os dias.

Prazo para demolição das praças antigas: até 18 meses após a assinatura.

135, 324 e 453. Nos dez primeiros anos de concessão, a futura administradora deve investir R$ 4,6 bilhões, com prioridade para obras estruturais e serviços operacionais. A modelagem do projeto foi feita em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Três fases obrigatórias

buracos, nivelar acostamentos, repor sinalização e eliminar riscos imediatos de segurança.

A segunda, de “Recuperação”, começa no 13º mês. É a fase de reforço do pavimento, recomposição de pontes e viadutos, modernização de drenagem e início das duplicações. A “Manutenção”, terceira e mais longa, inicia após as obras estruturais (décimo ano) e se estende até o fim do contrato, para garantir níveis de conforto, aderência e vida útil de pavimento.

Quando começa o free flow

O free flow (tecnologia que permite o pagamento de pedágio sem parada) deve ser implantado pela concessionária em até 14 meses após o início do contrato. O período de implantação começa na assinatura do contrato e abrange toda a estrutura física, equipamentos e sistemas necessários ao funcionamento. Depois disso, o sistema deverá operar 24 horas por dia, todos os dias da semana, com redundância na identificação dos usuários por meio de leitura automática de placas (OCR).

Até o 9º mês da concessão, a empresa deve apresentar um Plano de Comunicação com o Usuário, informando sobre a mudança do modelo de cobrança, incluindo sinalização, campanhas explicativas e canais de atendimento.

Durante a transição, o sistema atual de pedágio (praças com cobrança manual ou automática) continuará operando. O prazo máximo para demolição das praças físicas substituídas pelo free flow é de 18 meses a partir do contrato.

Obras e padrões

O edital exige 182 quilômetros de duplicações, 71,5 quilômetros de terceiras faixas, 745 quilômetros de acostamentos e 37 passarelas de pedestres, além de obras de segurança e modernização. Todas as rodovias do bloco são de pistas simples, com trechos limitados de terceira faixa.

As rodovias deverão atingir o padrão Classe I de rodovia, com marginais em áreas urbanizadas, passarelas cobertas e acessíveis (NBR 9050) e rampas de escape em trechos íngremes.

Também passam a ser obrigatórias medidas de resiliência climática, em especial nos vales do Taquari e Forqueta. Cada projeto executivo deverá incluir cálculo hidrológico e soluções de contenção de encostas, como galerias pluviais reforçadas e taludes estabilizados.

Operação e controle

O contrato obriga a implantação do Centro de Controle Operacional (CCO) e de um sistema de monitoramento

Tanto a 453 quanto a 130 terão que ser duplicadas nos primeiros dez anos do contrato. Estado almeja que concorrência derrube o preço máximo da tarifa, estipulado em R$ 0,19 por km/rodado

integral por câmeras, sem pontos cegos. O Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) terá ambulâncias, guinchos leves e pesados, caminhões-pipa e pontos de parada e descanso para caminhoneiros, com atendimento 24 horas.

Abrangência

O Bloco 2 passa por 32 municípios, que concentram 17,5 % da população gaúcha. A duplicação da ERS-130, a ampliação da RSC-453 e as melhorias na ERS-129 deverão alterar o fluxo logístico entre o Vale do Taquari, o norte do Estado e a Serra. Segundo o secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi, isso reduzirá o tempo médio de viagem e amplia a capacidade de escoamento da produção. “Para nós, o projeto está maduro. Foi feito com rigor técnico para atingirmos resultados concretos de qualidade e segurança. Acreditamos que a concessão coloca as rodovias da região em um novo estágio”, afirma o secretário.

Em Belém, propostas de resiliência no Vale do Taquari ganham destaque

Agentes regionais marcam presença durante a COP30, entre os dias 10 e 21 de novembro. Projetos inovadores na reconstrução das cidades serão apresentados durante a conferência, bem como pesquisas de adaptação

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

Matheus Giovanella Laste mateuslaste@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

OVale do Taquari, uma das regiões mais afetadas por eventos climáticos extremos no ano passado, marca presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará. Desde o enfrentamento às propostas de resiliência, gestores públicos e privados apresentam medidas utilizadas no período de reconstrução e propostas de adaptação.

A realidade da região e as ações de reconstrução, aliadas à adapta-

Temos que mudar o perfil. Não podemos pensar o urbanismo sem pensar nas soluções baseadas na natureza”

ção climática, ganham destaque internacional durante a conferência. Projetos que propõe medidas baseadas na natureza, inovação como apoio e recuperação e pesquisas voltadas à descarbonização colocam o Vale do Taquari em variados painéis durante a COP.

Projetos resilientes na gestão pública

A formatação de projetos que incluem as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) ganha espaço na administração de Estrela e o município se destaca com o avanço de planos sustentáveis. A mudança de perspectiva ao pensar o urbanismo será abordada pela prefeita Carine Schwingel, a convite da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), no dia 11 de novembro.

Além de conscientizar gestores públicos acerca do assunto, a prefeita aponta a necessidade de ampliar o acesso a recursos para que os projetos sejam executados. Ela também avalia que as oportunidades precisam chegar às cidades do interior. Atualmente, o município desenvolve cinco propostas com medidas resilientes.

“As enchentes ensinaram que temos que formar uma gestão sustentável. Temos que mudar o perfil. Não podemos pensar o urbanismo sem pensar nas soluções baseadas na natureza. Precisamos de caminhos de financiamento para colocar isso em prática. Sabemos que é caro e que a grande maioria dos municípios não tem acesso”, avalia Carine.

Em preparação à COP, a gestora apresentou, durante a C40 no Rio de Janeiro, um dos projetos de resiliência climática em desenvolvimento no município. Na avaliação dela, o Vale do Taquari, que recebeu destaque nacional durante as enchentes de 2024, precisa utilizar a projeção para buscar soluções de adaptação climática.

Inovação para solução climática

Movimento de impulso a inovação e tecnologia, o Pro_Move Lajeado leva ações e projetos de desenvolvimento a Belém. O obje-

tivo, segundo o diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento e Inovação Local (Agil), Tiago Guerra, é apresentar o potencial da quádrupla hélice para solução de problemas, inclusive relacionados ao meio ambiente.

O Pro_Move atua sob o conceito da quádrupla hélice, modelo que integra poder público, universidades, iniciativa privada e comunidade. Essa estrutura permite o desenvolvimento de projetos de transformação social e fortalecimento da cultura de inovação, explica o diretor-executivo. “É um ecossistema que também funciona como apoio”, comenta Guerra.

Entre os projetos executados estão a construção de unidades habitacionais, bolsas de capacitação e parceria para capital de giro em apoio a empresas que foram atingidas pelas cheias, sobretudo em Lajeado. Além disso, novas ações para o município têm parecer favorável, com investimentos de aproximadamente R$ 15 milhões.

Recuperação ambiental

A criação de um Plano Estadual de Recuperação Ambiental do Vale do Taquari também é projetada ao âmbito internacional. O tema, defendido pelo deputado estadual Professor Bonatto (PSDB), busca garantir resiliência climática e proteção ambiental sem abrir mão da produção agrícola na região.

Na avaliação do parlamentar, a construção precisa acontecer de maneira resiliente. O projeto prevê reflorestamento de áreas degradadas, adoção de práticas de manejo ambiental e uso de tecnologias sustentáveis, bem como apoio a agricultores familiares. A matéria tramita na Assembleia Legislativa do RS.

“É necessária a criação de atividades que impulsionem esse olhar. Precisamos agir com responsabilidade e construir políticas públicas que conciliem a preservação do meio ambiente e a força da agricultura”, afirma o deputado. Ele também abordará o Programa Estadual do Mercado Regulado de Créditos de Carbono (PMRCC).

Após catástrofe, prefeita de Estrela aponta importância de implementar projetos de resiliência climática

Vale como referência

Um trabalho desenvolvido em Ilópolis coloca a região em destaque internacional. A erva-mate se tornou protagonista de uma discussão global sobre sustentabilidade e descarbonização. O tema será abordado em painel sobre a contribuição da agropecuária brasileira para um futuro de baixa emissão de carbono durante a conferência.

O estudo, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) em parceria com a Associação dos Produtores e Parceiros da Erva-Mate do Alto Taquari (Appemat), analisa os fluxos de gases de efeito estufa em três sistemas de cultivo da planta: mata nativa, cultivo a pleno sol e cultivo sombreado entre araucárias.

Os resultados apontam que o sistema sombreado apresentou o menor potencial de aquecimento global, demonstrando-se uma alternativa ambientalmente sustentável e com maior capacidade de acúmulo de carbono no solo e na vegetação. Para o presidente da Appemat, Clóvis Roman, a participação na COP30 representa um marco para a região produtora.

“É um estudo que começou em 2023, com as tratativas e a instalação das estações, e hoje estamos prontos para apresentar esses números”, explica. A apresentação dos dados ocorrerá no dia 16 de novembro, com a participação da integrante da Appemat, Ariana Maia, que representará os produtores locais junto à equipe da Seapi. O dirigente ressalta que, além do impacto ambiental positivo, o estudo tem reflexos diretos na economia regional.“É uma nova maneira de buscar mercados para o produto. A COP é uma vitrine mundial, com países e legislações atentos a essas questões. Estar lá com um trabalho dessa importância coloca Ilópolis e o Alto Taquari em um novo patamar de visibilidade”, completa.

Estar lá com um trabalho dessa importância coloca Ilópolis e o Alto Taquari em um novo patamar de visibilidade”

Sobre a COP

30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. O evento ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.

ENCANTADO

Omunicípio deu mais um passo importante rumo à transformação e ao desenvolvimento com a inauguração do Centro de Inovação e Tecnologia Encanta Hub. O evento marcou a entrega oficial do espaço que ocupa o antigo prédio da Univates, no bairro São José, e que agora se consolida como símbolo de reconstrução, modernização e aprendizado. A solenidade ocorreu na sexta-feira, 7.

“Não foi fácil conseguir virar a chave na educação, mas os nossos professores compreenderam isso muito rapidamente. Hoje temos essa conexão, esse pensar Encantado, para programar os próximos 25 anos, temos esse compromisso e responsabilidade. Ter esse espaço disponível, nos enche de orgulho. Venham conhecer, se deixem pertencer e participar desse momento e se conectem com o que Encantado vem desenvolvendo”, salientou o prefeito Jonas Calvi na inauguração.

Com mais de três mil metros quadrados de área, o Hub foi concebido para impulsionar o conhecimento, a criatividade e a formação de jovens e educadores. O prédio, que havia sido desativado há anos, passou por ampla revitalização promovida pela Prefeitura de Encantado, com recursos próprios e apoio de empresas parceiras responsáveis por doações de mobiliário e aportes financeiros.

Nesta primeira fase, cerca de 400 metros quadrados estão em funcionamento. O local reúne salas de aula, biblioteca circular, coworking, miniarena, recepção e uma Sala de Resiliência Climática, destinada ao monitoramento e à prevenção de desastres naturais — uma

Encantado inaugura o Encanta Hub, novo marco em inovação e educação

Espaço apresenta nova fase integrando aprendizado, tecnologia, ensino e reconstrução comunitária

inovação que conecta o ambiente educacional às demandas reais da comunidade.

O Encanta Hub é o principal instrumento do Pacto Muni-

cipal pela Educação, lançado em 2023, e nasce com foco em preparar adolescentes e professores para os desafios das novas vertentes da educação. O espaço

Não foi fácil conseguir virar a chave na educação, mas os nossos professores compreenderam isso muito rapidamente”

atenderá alunos do 6º ao 9º ano no contraturno e promoverá a formação continuada de docentes, aproximando tecnologia, sustentabilidade e práticas inovadoras de ensino.

A inauguração representa a realização de um projeto iniciado há cerca de um ano e marca o início de uma nova etapa de crescimento. Um terço da estrutura foi ocupado nesta primeira fase, com previsão de expansão nas próximas etapas, que contemplarão a conclusão do térreo e a reforma do segundo andar.

O prédio foi cedido ao município por cinco anos, com possibilidade de renovação, e o investimento total estimado para a revitalização completa é de R$ 5 milhões. Até o momento, R$ 500 mil já foram captados por meio do Fundo Regenera, do Instituto Gerdau. A prefeitura segue em busca de novos recursos por editais como o Trilhas RS e por meio de parcerias com empresas locais.

Prêmio estadual

O projeto também ganha destaque fora do município. O

Encanta Hub será reconhecido com o Troféu Magis na 31ª edição do Prêmio Líderes e Vencedores, promovido pela Federasul e pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A cerimônia de entrega está marcada para o dia 30 de novembro, em Porto Alegre.

A premiação homenageia iniciativas que contribuem para o desenvolvimento econômico e social do Estado, e o Encanta Hub foi escolhido por representar uma união exemplar entre educação, inovação e reconstrução comunitária, consolidando Encantado como referência em políticas públicas voltadas ao futuro.

Festival Encantado Criativa

O Encanta Hub promove o primeiro grande evento aberto à comunidade escolar: o Festival Encantado Criativa. Marcado para a próxima terça, 11, o festival é a celebração de inauguração do espaço, com foco em conectar diretamente estudantes, educadores e famílias com o que há de mais moderno em tecnologia e educação.

A programação gratuita, que ocorre das 8h às 20h30, foi desenhada para desmistificar a tecnologia e estimular o aprendizado prático.

Este festival marca um momento simbólico, sendo o primeiro contato da comunidade com o Hub, que nasce da reconstrução da cidade. O objetivo é que os participantes sintam-se parte integrante do novo ecossistema de inovação.

“Queremos que cada estudante e professor que passar por aqui veja o Hub como uma extensão da sua própria sala de aula, uma ponte para o futuro que estamos construindo juntos”, afirmou Stefanie Casagrande, secretária de Educação de Encantado.

Após novos acidentes, Guarda Municipal bloqueia cruzamentos na Benjamin Constant

Interrupções ocorrem nos acessos das ruas Urbano Jaeger e 25 de Fevereiro. Não há perspectiva de liberação dos trechos

LAJEADO

AGuarda Municipal de Trânsito de Lajeado interditou, na manhã dessa sexta-feira, 7, dois cruzamentos da Avenida Benjamin Constant, entre os bairros Moinhos d’Água e Bom Pastor. A medida foi adotada após a sequência de acidentes registrados no trecho.

Os bloqueios ocorreram nos acessos da rua Urbano Jaeger e da rua 25 de Fevereiro — este último é o mesmo ponto onde, há alguns meses, dois jovens morreram em um acidente e onde, mais cedo nesta sexta-feira, um homem ficou ferido em nova colisão.

A tendência é de que o bloqueio persista no local até que sejam feitas melhorias para minimizar os riscos a motoristas e pedestres. Ao longo deste ano, o número de acidentes na Benjamin se aproxima de 130.

Indignação

A ação da Guarda Municipal nessa sexta foi motivada por mais um acidente de trânsito, ocorrido no começo da manhã de hoje.

O local é o mesmo cruzamento onde, há alguns meses, Lucas Becker, de 18 anos, e Ana Gomes, de 17, morreram em um grave acidente.

O acidente envolveu uma Mitsubishi Pajero, com placas de Lajeado, e um Ford Ka, de Arroio dos Ratos. O motorista do Ka foi socorrido pelo Samu e encaminhado para atendimento médico. Em vídeo gravado logo após a ocorrência, um morador questiona a falta de medidas no trecho.

“Até quando? Quantas vidas mais vão precisar se perder pra alguém

fazer algo aqui?”, desabafa. Moradores afirmam que o ponto concentra um histórico de acidentes e relatam dificuldades de

visibilidade no trecho, que possui descida, subida e novo declive antes do cruzamento. O trânsito ficou parcialmente bloqueado até

a remoção dos veículos.

Dez horas antes, na noite de quinta-feira, 6, outro acidente havia sido registrado na rótula da Benjamin Constant com a rua Barão do Triunfo, no bairro Florestal. Um motociclista sofreu fratura na perna e também foi atendido pelo Samu.

Videomonitoramento

Na semana passada, o governo de Lajeado anunciou reforço na fiscalização da Benjamin Constant. A ação, que combina o uso de videomonitoramento com equipes motorizadas, tem como objetivo reduzir o número de acidentes e coibir infrações recorrentes na principal via urbana do município.

Duas equipes da Guarda Municipal participaram da operação na semana passada com motocicletas. A corporação intensificou a presença nas ruas e deve manter as autuações com base nas imagens das câmeras de segurança instaladas ao longo da avenida.

Nova atualização foi publicada pelo município, que atribui resultado à política de inserção de famílias no mercado de trabalho

Arroio do Meio reduz em 46% o número de beneficiários do Bolsa Família em 2025

Em onze meses, Arroio do Meio registrou redução no número de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família. Em janeiro de 2025, eram 534 beneficiários, e a atualização de novembro aponta 286 pessoas inscritas, uma queda de 46,4% no período.

De acordo com o prefeito Sidnei Eckert, o resultado é fruto de um trabalho integrado entre a Secretaria de Assistência Social e o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que desde o início do ano vêm atuando para promover a inclusão produtiva das famílias.

“Nosso objetivo nunca foi retirar o benefício por retirar, mas sim garantir que essas pessoas conquistem autonomia. Fizemos um trabalho próximo, de acompanhamento e capacitação, e hoje todas as pessoas que deixaram o programa estão empregadas em Redução foi atribuída ao

empresas de Arroio do Meio”, destaca.

Famílias cadastradas

Até a pandemia de 2020, Arroio do Meio tinha 90 famílias cadastradas no programa Bolsa Família. Entretanto, o número de beneficiários cresceu para 534 até janeiro de 2025.

O valor do auxílio também passou a ser de R$ 600, uma elevação em comparação aos valores anteriores, que variavam entre R$ 80 e R$ 400, conforme a necessidade de cada família.

Rodeios celebram o orgulho campeiro

CTG Querência do Arroio do Meio e Piquete

Estância do Rincão, de Taquari, promovem festas que unem competição, música, devoção e integração

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Ofim de semana será marcado por duas celebrações campeiras que prometem reunir laçadores, prendas, peões e famílias de toda a região. Em Arroio do Meio, o CTG Querência promove a 22ª Festa Campeira, com mais de R$ 35 mil em prêmios e uma estrutura tradicionalista completa. Já em Taquari, o Piquete Estância do Rincão chega à terceira edição do rodeio, que terá entrada franca, atrações musicais, brinquedos para as crianças e provas de laço com alto nível de competição. Até domingo, 9, o CTG Querência do Arroio do Meio é palco de um dos maiores eventos tradicionalistas da região. A 22ª Festa Campeira tem como destaque o 1º Duelo Querência, que distribuirá R$ 12 mil em prêmios, seguido da 1ª Batida da Taça Sicredi. No sábado, a programação começa cedo, com

as provas de laço nas categorias Patrão, Capataz, Senhor, Veterano, Vaqueano, Pia, Guri, Prendinha, Irmão e Pai e Filho. Também será disputado o Laço BPR Mix (acima de 40 anos), além das provas de quartetos e duplas.

O domingo reserva o 2º Duelo Prendas Pérola do Vale Bela Vista Esquadrias/Vidraçaria, que distribui R$ 3 mil, além das finais das duplas, quartetos e a tradicional Vaca Parada, atração infantil que encanta o público. Com narradores renomados como Jeferson Souza (Fofão), Gustavo Curtinaz, Alexandre Francischueti e Marco Antônio, o evento reforça o compromisso da entidade com o lema “tradição e respeito campeiro”.

Taquari de porteira aberta

Em Taquari, o Piquete Estância do Rincão promove o 3º Rodeio, o segundo consecutivo no Passo da Barca. O evento, que se firma entre os mais acolhedores do Vale, mantém a tradição de porteira aberta e entrada gratuita. “Nunca cobramos ingresso. Queremos que o povo venha, participe, traga as crianças. Nosso objetivo é manter viva a tradição e ensinar os pequenos o valor do campo e da amizade”, afirma o patrão Genildo Costa.

A expectativa é reunir cerca

Quando a gente faz o bem, planta uma corrente positiva. Que Deus abençoe todos e que tenhamos um baita rodeio”

GENILDO COSTA PATRÃO

de 80 quartetos, em provas que incluem o Duelo de Prendas (R$ 3 mil), o Duelo de Laço (R$ 7 mil) e a Taça principal (R$ 10 mil), divididos em três forças. Haverá ainda o Laço 40 Anos, o Laço Inclusão e disputas de duplas e quartetos. A festa começa na sexta-feira com baile e segue até o domingo, quando o público poderá aproveitar brinquedos gratuitos para as crianças, em substituição às antigas brincadeiras campeiras.

O patrão destaca que o evento terá homenagens às padroeiras Nossa Senhora da Assunção e Nossa Senhora Aparecida, em um gesto de fé e gratidão.

“Quem depende do gaúcho é o gaúcho mesmo. Quando a gente faz o bem, planta uma corrente positiva. Que Deus abençoe todos e que tenhamos um baita rodeio”, completa.

CTG Bento Gonçalves promove festival

Evento ocorre neste sábado com 40 casais e entrada simbólica

LAJEADO

O CTG Bento Gonçalves, de Lajeado, promove neste sábado, 8, o Festival de Danças Gaúchas de Salão. Cerca de 40 casais se apresentam em diferentes categorias, entre elas pré-mirim, adulta e veterana.

A patroa da entidade, Marilda Oliveira, destaca que em virtude do Enem, o evento foi reduzido para uma data. Mesmo com a mudança de formato, o público pode esperar um grande espetáculo, garante a patroa. “Os dançarinos são fantásticos, e o objetivo principal é a valorização da nossa cultura. É um encontro de pessoas, de cultura e de tradição”, acrescenta.

O festival terá apresentações repletas de ritmo, harmonia e emoção, em um ambiente de confraternização entre participantes e visitantes. “Nós recebemos público de vários lugares, e muitos casais que visitam outras regiões também vêm para cá. É um momento de rever amigos e celebrar o

Os dançarinos são fantásticos, e o objetivo principal é a valorização da nossa cultura”

que temos de mais bonito no tradicionalismo”, comenta Marilda.

Ao longo dos anos, o CTG Bento Gonçalves busca inovar dentro do movimento tradicionalista, e aposta em formatos que tornem as apresentações mais atrativas e acessíveis. “Tentamos trazer para o palco as danças com todas as figuras e expressões culturais, para que o público se sinta envolvido e motivado a participar”, completa a patroa. O evento tem entrada simbólica de R$ 10, válida para acompanhar todas as apresentações do dia. No local também haverá venda de lanches e almoço para os participantes e visitantes. “Vai ser um dia muito agradável, um verdadeiro encontro da cultura e da tradição que cultivamos há tanto tempo”, conclui Marilda.

“NOMES DO BRASIL”

No Vale, Maria e João predominam na maioria das cidades

Cidades da região seguem tendência verificada no país e no RS, conforme IBGE. No entanto, há algumas especificidades, com destaque para sobrenomes de origem alemã e italiana no topo em sete municípios

Nome mais comum entre os brasileiros, Maria aparece 1.940 vezes nos registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Lajeado, a cidade mais populosa do Vale do Taquari. Isso representa 32,6% a mais do que o segundo nome mais frequente, Ana.

Segundo o IBGE, Maria deriva do hebraico Miriam, que significa “vidente” ou “senhora soberana”. Outras origens também são consideradas: do sânscrito Maryáh (“virgindade” ou “pureza”). Por sua forte presença na tradição cristã, o nome também representa devoção religiosa e maternidade.

É um nome comum, fácil de escrever. Eu o considero bonito.”

Antes eu achava que era nome de avô, de gente mais velha. Agora vejo que tudo é cíclico. Está passando a era dos Enzos e voltando a era dos Josés.”

As revelações fazem parte do site Nomes do Brasil, divulgado esta semana pelo IBGE. Levantamento retrata a população brasileira em 1º de agosto de 2022

Em Santa Clara do Sul, Maria também lidera as estatísticas entre os nascidos de 1940 a 2009, período que inclui o nascimento de Maria Inês Siebeneichler, em 1972. Aos 53 anos, ela recorda que os pais tinham o costume de registrar os filhos com dois nomes. “É um nome comum, fácil de escrever”, diz.

Embora registrada como Maria Inês, é pelo primeiro nome

que costuma ser chamada. O sobrenome, Siebeneichler, no entanto, não está entre os mais comuns na cidade. Ela carrega o sobrenome há cinco décadas e salienta gostar dele pela pronúncia fácil e simples. “Eu o considero bonito”, salienta. As revelações fazem parte do site Nomes do Brasil, divulgado esta semana pelo IBGE. A ferramenta interativa permite consultar a ocorrência, período de nascimento, concentração geográfica e idade mediana de pessoas com determinados nomes e sobrenomes. O levantamento retrata a população brasileira em 1º de agosto de 2022, data base do Censo 2022.

Nome que virou marca

A professora aposentada Maria Helena Pretto, de 74 anos, nasceu em 1951, época em que o nome Maria estava em alta. Ela diz ter orgulho de carregá-lo. “Adoro meu nome. Maria tem relação com a mãe de Jesus, e Helena vem da mitologia grega, significa luz, deusa”, conta.

Desde a infância, fez questão de ser chamada pelos dois nomes. “Na escola, os alunos sempre me chamavam de Maria Helena. Gosto dos dois juntos, faz parte de quem eu sou.” O nome foi escolhido pela irmã mais velha, Nadir, que insistiu para que a recém-nascida recebesse o nome composto. “Ela chorou e se debateu até convencer os pais”, relembra.

Um Silva que representa muitos outros

O presidente da câmara de vereadores de Estrela, Daniel da Silva, tem um cargo destaque e carrega no nome uma herança que atravessa gerações. Pelo lado do pai, é Silva. Pelo lado da mãe, Müller, de origem alemã. Mas quem sobressai são os Silva. “As famílias eram grandes. Meus avós tiveram nove filhos, e todos levaram

o sobrenome adiante. Hoje, calculo que haja uns 40 Silvas só do lado do meu pai”, conta. Ele diz ter se surpreendido ao descobrir que Silva vem do latim e significa “selva” ou “floresta”. “Não sabia o significado.” Para Daniel, é um sobrenome forte e guerreiro, que combina com a história deles.”

Na escola, os alunos sempre me chamavam de Maria Helena. Gosto dos dois juntos, faz parte de quem eu sou.”

O sobrenome é simples e comum, mas carrega poder e identidade. “É o mais popular, e a gente fica feliz de estar levando ele adiante, alcançando pessoas e histórias que talvez nem conhecêssemos”, afirma. Entre risos, lembra do comentário feito no grupo de família em família ao saber da pesquisa dos sobrenomes.“O Silva está por cima.”

Homenagem a duas gerações

José Caetano Ost, de 40 anos, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Encantado, carrega no nome a memória dos dois avós. O paterno se chamava José, nascido no dia de São José. O materno, Caetano, veio ao mundo no dia de São Caetano. A mãe fez questão de unir as duas homenagens no registro do filho.

Na infância, ele pouco se identificava com o nome. “Na primeira série, a professora chamava José, José, José, e eu não respondia. Eu não sabia que era eu. Só descobri quando uma colega disse: ‘Teu nome é José Caetano’, lembra, rindo. Hoje, ele usa os dois. “Quem me conhece chama de Caetano, quem não me conhece, de José Caetano.” O apreço pelo nome veio com o tempo. “Antes eu achava que era nome de avô, de gente mais velha. Agora vejo que tudo é cíclico. Está passando a era dos Enzos e voltando a era dos Josés”, diz, bem-humorado.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Na região

Em 37 das 38 cidades do Vale do Taquari, Maria é o nome

feminino mais recorrente, de acordo com os dados do IBGE.

A exceção fica para Doutor Ricardo, onde Ana lidera o

Aponte a câmara para o QR Code e saiba mais

ranking. Já entre os homens, João lidera em 27 cidades. Outros que aparecem entre os mais recorrentes são Gabriel (Colinas, Sério e Westfália), José (Bom Retiro do Sul e Paverama), Luis (Canudos do Vale e Capitão), Paulo (Forquetinha) e Pedro (Poço das Antas).

Já entre os sobrenomes, Silva lidera na maioria das cidades da região. As exceções ocorrem em Capitão (Fachini), Dois Lajeados (Baggio), Doutor Ricardo (Giacobbo), Forquetinha (Noll), Poço das Antas (Schneider), Vespasiano Corrêa (Michelon) e Westfália (Ahlert).

Em outras cidades, há sobrenomes de origem alemã e italiana que também aparecem com destaque, entre os cinco mais comuns. Casos de Moresco (Anta Gorda), Caliari (Canudos do Vale), Zanatta (Coqueiro Baixo), Dullius (Cruzeiro do Sul), Heinen (Mato Leitão), Valer (Nova Bréscia), Bianchini (Pouso Novo), Ongaratto (Relvado), Mallmann (Estrela e Santa Clara do Sul), Schmitz (Sério) e Bettio (Travesseiro).

PELA REGIÃO

Os nomes e sobrenomes mais comuns nas seis cidades mais populosas do Vale

LAJEADO

Nomes:

Maria 1.932

Ana 1.303

João 1.198

Paulo 756

José 703

Sobrenomes:

ESTRELA Nomes:

Maria 943

TEUTÔNIA Nomes:

ENCANTADO

Rodrigues 611

Mallmann 469

Mais de 3,7 mil candidatos têm inscrições confirmadas na região

Aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio ocorre em seis municípios do Vale do Taquari. Provas ocorrem neste e no próximo domingo, dias 9 e 16. Grande maioria dos participantes são concluintes do Ensino Médio e possuem 17 anos

karine@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Aaplicação das provas do Exame Nacional do ensino Médio (Enem) 2025 inicia no próximo domingo, 9, em quase todo o território nacional. Dados do Ministério da Educação (MEC) apontam que mais de 3,7 mil pessoas têm inscrição confirmada no Vale do Taquari. Cerca de 1,5 mil são concluintes do Ensino Médio. As provas serão aplicadas em seis cidades da região. Instituições educacionais de Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Lajeado, Taquari e Teutônia recebem os candidatos. Para a aplicação do exame, os portões abrem ao meiodia e fecham às 13h, no horário de Brasília. Depois do horário, nenhuma entrada é permitida. A prova começa pontualmente às 13h30min.

No primeiro dia, a prova será composta por 90 questões objetivas que englobam Linguagens e Ciências Humanas, bem como a redação. Na aplicação seguinte, no dia 16, o exame abordará Matemática e Ciências da Natureza. Os alunos concluintes do 3º ano do Ensino Médio podem realizar a prova e concorrer as vagas no ensino superior no próximo ano.

No Brasil

Mais de 4,8 milhões de candidatos confirmaram a inscrição para o Enem neste ano. Segundo o Ministério da Educação, o número representa um aumento de 11,22% em relação ao ano passado e de 38% em relação a 2022. Cerca de 3 milhões de inscrições foram gratuitas, a maioria de alunos que estão em fase de conclusão do Ensino Médio.

RS como destaque

O Rio Grande do Sul se destacou com o maior número de escolas estaduais entre as 50 melhores notas do Enem 2024. Ao todo, 12

Aplicação de provas na região

ARROIO DO MEIO

200 inscrições confirmadas 81 concluintes do Ensino Médio

ENCANTADO

646 inscrições confirmadas 303 concluintes do Ensino Médio

ESTRELA 441 inscrições confirmadas 194 concluintes do Ensino Médio

LAJEADO

1.521 inscrições confirmadas 567 concluintes do Ensino Médio

TAQUARI

384 inscrições confirmadas 157 concluintes do Ensino Médio

TEUTÔNIA

545 inscrições confirmadas 265 concluintes do Ensino Médio

escolas gaúchas figuraram na lista nacional. Entre as instituições, a Eeem 25 de Maio, de Imigrante, ocupou o quarto lugar no ranking. O Estado também registrou participação recorde. De acordo com o Inep, 70,4 mil concluintes do Ensino Médio em escolas públicas se inscreveram para a prova, o equivalente a 89% dos formandos.

- Documento de identificação: carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997 ou passaporte (se for estrangeiro). Também serão aceitos os documentos digitais e-Título, CNH digital e RG digital; - Caneta preta: é permitido marcar o gabarito apenas com caneta esferográfica de cor preta com material transparente. Leve mais de uma, caso a sua comece a falhar; - Lanches: alimentos como biscoitos, castanhas, chocolate e barras de cereal são recomendados, já que dão energia; - Água: leve sua própria garrafa.

O QUE LEVAR O QUE NÃO LEVAR

- Materiais escolares: caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borracha, réguas e corretivos;

- Livros, manuais e anotações impressas;

- Tablets, pen-drives, calculadoras, agendas eletrônicas, alarmes, chaves com alarme, fone de ouvido ou qualquer outro componente eletrônico.

POSSÍVEIS TEMAS PARA REDAÇÃO

- Papel da sociedade da defesa dos direitos de crianças e adolescentes no mundo virtual

- Impactos das mudanças climáticas

- Consequências sociais do vício em apostas

- Implicações da Inteligência Artificial no aprendizado

- Inclusão social de pessoas neurodivergentes

Seis municípios do Vale sediam a aplicação das provas. Em Lajeado, um dos locais que receberá os candidatos será a Univates

Fenachim celebra quatro décadas com a escolha das novas soberanas

Evento neste sábado abre oficialmente as comemorações da 18ª edição da Festa Nacional do Chimarrão, com homenagens, música e o espetáculo do Grupo Tholl

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

VENÂNCIO AIRES

AFesta Nacional do Chimarrão (Fenachim) chega a um momento histórico neste sábado, 8 . No Ginásio Poliesportivo do Parque do Chimarrão, Venâncio Aires conhecerá o novo trio de soberanas que representará o município na 18ª edição do evento, que em 2026 completa 40 anos de tradição.

A cerimônia, que inicia às 19h, promete uma noite repleta de emoção e cultura. O público poderá assistir ao desfile das dez

candidatas, acompanhadas pela Clube Orquestra Venâncio Aires, que executará ao vivo o repertório escolhido por elas. Em um dos pontos altos da programação, as soberanas das 17 edições anteriores retornarão à passarela. A condução do evento ficará a cargo de Daiara Stein, rainha da 14ª Fenachim, e do jornalista da

Josmar Leite. A partir das 21h, o palco será tomado pelo Grande Espetáculo Tholl, que une teatro, dança e circo em uma apresentação marcada por acrobacias e figurinos exuberantes.

Durante a noite, as candidatas passarão por desfiles coletivos e individuais, apresentações artísticas e momentos de

interação com o público e os jurados. O anúncio oficial do novo trio está previsto para ocorrer por volta das 22h. Os ingressos custam R$ 10 antecipado e R$ 20 no dia do evento, e podem ser adquiridos com as candidatas. A organização também solicita a doação de 1 quilo de alimento não perecível,

Candidatas

Amanda Reck Schmidt, 21

Catiéli Bergenthal, 18

Fátima Tais Neitzel, 28

Janice Inês Staffen Mueller, 29

Josiane Inês Soares, 28

Maiéle Aline dos Santos, 29

Mariana Eugenio, 20

Stéfani Almeida de Oliveira, 23

Taliana Beatriz da Silva, 25

Vanessa Gabriela Krammes, 28

que será destinado ao Gabinete da Primeira-Dama e, posteriormente, repassado a famílias em situação de vulnerabilidade social. O concurso inclui seis etapas de avaliação: prova escrita e redação (20%), entrevista individual (30%), desfile na noite final (25%), mateada (15%) e participação em compromissos oficiais (10%). Uma das novidades desta edição é a premiação em dinheiro. Serão R$ 10 mil, R$ 5 mil para a rainha e R$ 2,5 mil para cada princesa.

Espaço feito para viver cada instante

Construtora Diamond Execução: @finger.mariperin

ODesign só faz sentido quando carrega a sua alma. E é nos detalhes silenciosos que a vida se mostra inteira. Assim foi pensado um apartamento projetado pela Construtora Diamond com os móveis da Mari Perin & Finger Móveis Planejados.

Um espaço pensado para ser vivido em cada detalhe. Por isso, no projeto, cada detalhe da decoração foi desenhado para transformar rotinas em momentos especiais.

A personalização durante a obra trouxe amplitude e aconchego, revelando a beleza da integração entre sala gourmet e cozinha. Um espaço fluido, feito para viver, receber e aproveitar cada instante.

Por entre o cuidado e a arquitetura

As empresas Arabesco Acabamentos, Nicaretta Estúdio de Arquitetura e a Nuan Clinic receberam convidados para o evento Talk na sede da Arabesco nessa quinta-feira, 6. O encontro proporcionou para os presentes um diálogo sobre quando o cuidado, a estética e a arquitetura caminham juntos promovendo uma experiência sensorial íntima.

EmpreInove reúne lideranças no CTC

A quinta-feira, 6, foi marcada pela 4ª edição do EmpreInove, evento que reuniu diversos empresários e gestores para debater o futuro dos negócios. A programação ocorreu nas dependências do Clube de Tiro e Caça (CTC) de Lajeado, numa realização da Associação Comercial e

Industrial de Lajeado (Acil) e do Grupo A Hora. O encontro trouxe especialistas de destaque nacional em política, economia e gestão empresarial para discutir estratégia, inovação e comportamento organizacional e oferecer uma análise mais precisa sobre o cenário nacional diante de tantas incertezas.

UMAS & OUTRAS

CARLOS MARTINI Administrador

Circulando por aí

O “Bondinho da Urca” já funciona há mais de um século lá pelas bandas do morro Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. Quem já viveu algum tempo por lá sabe que é uma das principais atrações turísticas da chamada Cidade Maravilhosa (cheia de “encantos” mil...), em complemento da referência maior e mais relevante da cidade: a bela estrutura do Cristo Redentor, no alto do morro Corcovado. É claro que os “fundamentos” do Redentor são BEM mais profundos que os do Bondinho, embora esse em certos aspectos talvez tenha exigido até mais engenharia pra ser viabilizado à época. A origem dos recursos necessários e de planos iniciais são um pouco diferenciados, mas os respectivos históricos de implantação não são muito diferentes em suas essências. O meu Cumpadi Belarmino andou por lá e apesar de alguma

eventual vertigem gostou muito de curtir ao máximo ambos os atrativos locais.

Pensando nisso: onde poderia ser implantado um bondinho aéreo também aqui pelas bandas do Taquari, cruzando o rio entre dois morros e visualizando belas paisagens?

Subindo na Casa do Morro, imaginou primeiro uma conexão entre Cruzeiro do Sul e Estrela. Também pensou nas imediações da Lagoa da Garibaldi ou da Harmonia, ou entre o morro Gaúcho e o de Fazenda Lohmann, no Roncador e o Thomas, Santa Clara e Forquetinha, entre vários outros pontos aprazíveis cruzando vales, rios e montanhas valedoquarienses.

Certamente o Cumpadi não é o primeiro e nem será o último a botar asas na sua imaginação nesse sentido. E alguma iniciativa vai surgir, mais cedo ou mais tarde, tomara que mais cedo.

ARTIGO

LIVRE PENSAR

No creo em brujas, pero que las hay, las hay. (ditado popular na Galícia espanhola).

Um “Roque” no Supremo Xadrez?

Quem entende alguma coisa do jogo de Xadrez deve conhecer o que é um “roque”, uma movimentação simultânea entre uma torre e o rei, com potencial de alterar significativamente a situação tática e até estratégica no tabuleiro. Pelo jeito está acontecendo (ou prestes a acontecer) alguns discretos mas relevantes “roques” nas tais supremas togas.

A conferir como poderá ficar a nova configuração, inclusive entre os diferentes coloridos das peças. E que talvez de “novo” mesmo não tenha nada.

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Desclassificados

Troco uma vassoura administrativamente correta de enxugar custos e despesas, por uma mangueira politicamente correta de irrigar gastos e benesses em geral.

A diferença fica por conta do aumento da inflação, ou da taxação, ou dos juros da dívida pública ampliada, tanto faz. Pendura aí que mais tarde a gente vê, de qualquer jeito quem vai pagar o pato no final das contas é Sua Excelência o Contribuinte.

Neta para a nona:

- Vó, qual era o seu maior sonho quando jovem?

- Casar e ser feliz!

- Ao mesmo tempo??

MARCOS FRANK

Médico Neurocirurgião

Pequenas frases, grandes verdades

Henry Louis Mencken que ficou mundialmente conhecido como H.L. Mencken, foi um jornalista, ensaísta, crítico social, satírico e linguista norte-americano. Ele foi uma das figuras literárias e intelectuais mais influentes dos Estados Unidos no século XX. Ele se tornou conhecido por seu estilo de escrita cáustico, sarcástico e sua defesa fervorosa das liberdades individuais.

Para mim ele é o americano que mais se parece com Millôr Fernandes, a quem considero um dos grandes gênios brasileiros e que provavelmente seria maior do que Mencken se escrevesse em inglês. O chamado “Sábio de Baltimore” nasceu em 1880 e faleceu em 1956. Para homenagear esse grande escritor político aqui seguem 12 citações extraídas da obra de Mencken:

1. Toda eleição é uma espécie de leilão antecipado de bens roubados.

2. Um bom político é tão impensável quanto um ladrão honesto.

3. Um político é um animal que pode ficar em cima do muro e ainda assim manter as duas orelhas no chão.

4. Democracia é uma crença patética na sabedoria coletiva da ignorância individual.

5. Democracia também é uma forma de adoração. É a adoração de chacais por burros.

6. Democracia é a arte e a ciência de comandar o circo da jaula dos macacos.

7. Democracia é a teoria de que as pessoas comuns sabem o que querem e merecem obtê-lo com prazer e esforço.

8. Todo homem decente tem vergonha do governo sob o qual vive.

9. Se um político descobrisse que havia canibais entre seus eleitores, ele prometia a eles missionários para o jantar.

10. Para cada problema complexo há uma resposta clara, simples e errada.

11. O objetivo da política prática é manter a população alarmada (e, portanto, clamando para ser levada à segurança) ameaçando-a com uma série interminável de duendes, todos eles imaginários.

12. À medida que a democracia se aperfeiçoa, o cargo de presidente representa, cada vez mais, a alma do povo. Caminhamos em direção a um ideal elevado. Em algum dia grandioso e glorioso, o povo simples da terra finalmente alcançará o desejo do seu coração, e a Casa Branca será adornada por um completo idiota.

365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Patrocínio

Sítio de Progresso inaugura cabana de frente à cascata gigante

Com 98 metros, a Cascata do Moinho é símbolo máximo do turismo em Progresso. A queda de água fica ao lado da área urbana e guarda importância histórica por ter abrigado uma pequena usina hidroelétrica no passado.

De frente a esse verdadeiro tesouro natural, o Sítio Campiol instalou uma aconchegante cabana. A nova opção de pernoite tem dois quartos com cama de casal – um deles fica no mezanino, ostenta uma banheira de hidromassagem e sacada com vista privilegiada para a queda de água. A hospedagem é ideal para quatro pessoas, mas abriga até seis hóspedes graças ao sofá-cama. A sala e cozinha ficam em ambientes integrados, com banheiro enorme, fogo de chão na área externa e visão panorâmica dos vales.

Com 12 anos de história, o Sítio Campiol iniciou no turismo com uma trilha ecológica até os pés da Cascata do Moinho. Aos poucos foi integrando novas atividades e hoje, além da trilha e hospeda -

gem, tem área de camping, estrutura para acampamentos e café colonial.

É um dos principais destinos turísticos de Progresso e tem perspectivas de projetos futuros, ressalta o administrador e proprietário, Alecson Julio Campiol. A trilha pode ser feita qualquer dia, sem necessidade de agendamento.

O custo é apenas R$ 5,00. Trata-se de uma caminhada de aproximadamente dois quilômetros pela sombra das árvores e costeando o riacho.

O caminho é bem sinalizado. A dificuldade maior fica para alguns percursos íngremes. Há vários bancos para quem cansar e um mirante de frente a cascata. Para aproveitar a área de camping, o custo é de R$ 10,00 a entrada e R$ 20,00 no caso de acampamento. O espaço conta com várias mesas, churrasqueiras e atrativos como o balanço e um minimuseu.

Já o café colonial é servido num espaço criado especificamente para eventos. A experiência pode ser adquirida tanto por grupos maiores quanto por casais que se hospedam ou

passam pelo ponto turístico. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 51 99381-3315 ou pelas redes sociais @sitiocampiol no Instagram.

Diagnóstico traça panorama da pecanicultura gaúcha

Estudo revela perfil dos produtores, produtividade média e desafios da cadeia no RS

ESTADO

ODiagnóstico da Pecanicultura no RS, lançado nesta quinta-feira, durante o Encontro Nacional de Pecanicultura, em Cachoeira do Sul, traça o perfil e os principais desafios dos produtores de noz-pecã no estado.

O levantamento, conduzido pela Secretaria da Agricultura (Seapi) e Emater/RS-Ascar, ouviu 319 produtores de todas as regiões gaúchas ao longo de 2024.

O estudo mostra que 70,5% dos cultivos estão em propriedades com até 50 hectares, predominando em áreas de agricultura familiar, onde a cultura compõe a renda junto com a bovinocultura e lavouras temporárias. Ainda assim, há um grupo crescente de empreendedores rurais que investem em pomares de maior escala como alternativa econômica.

Mais da metade dos produtores (65,5%) recebe assistência técnica, sendo 54% via Emater, enquanto 34% ainda não contam com

O estudo mostra que 70,5% dos cultivos estão em propriedades com até 50 hectares, predominando em áreas de agricultura familiar

acompanhamento especializado. A maioria dos pomares (68,6%) ocupa até quatro hectares.

A produtividade média subiu de 868 kg/ha em 2021/22 para 1.105 kg/ha em 2022/23. No entanto, 41% dos pomares produzem menos de 500 kg/ha, e apenas 13,7% superam 2.000 kg/ha, refletindo a diferença de manejo e estrutura entre propriedades.

As principais cultivares são Barton (88%) e Melhorada (48%), seguidas por Shawnee e Importada. Entre os problemas mais relatados estão antracnose, sarna e formigas, além de danos por caturritas e percevejos.

O levantamento também aponta entraves estruturais: baixo preço pago ao produtor, mão de obra escassa, falta de produtos fitossanitários registrados e carência de maquinário adequado. O ciclo longo até o início da produção também é visto como um obstáculo à expansão da cultura. Durante o encontro, o coordenador do Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecanicultura (Pró-Pecã), Paulo Lipp, destacou a importância de fortalecer o mercado interno e as exportações, ressaltando que a consolidação da cadeia depende de organização setorial e agregação de valor.

Problema dentário causado por erosão do esmalte ou retração da gengiva

Serviço útil na entrega pelo Correio "Ê, (?)", gíria que indica frustração Evidenciar

Combateram na 2a Guerra, na Itália

Talismã Está bem! (pop.)

Senhora (abrev.)

Marca facial de Stalin

Local de prática do "rafting"

Intérprete musical Comando (fig.)

Sucesso de Chico César (MPB)

A letra do início da frase (Gram.)

Soma, em inglês A atitude enérgica masculina

Divisão do ano Lés-nordeste

mais alta montanha da Turquia

Chefe etíope Preguiçosa; ociosa

Entidade à qual é ligada a Unesco (sigla) Cobertura hemisférica de observatórios

Compôs "Saveiros" Evento esportivo

Retirar mato de terreno

"(?) publica": os bens do povo (lat.) Buscavam o Velocino de Ouro (Mit. gr.)

HORÓSCOPO

ÁRIES: Será um bom momento para mudar o ambiente social, ampliar contatos e investir nos estudos.

TOURO: Assuntos financeiros continuarão em destaque e interferirão na escolha de parceiros e no casamento.

GÊMEOS: Finalize uma atividade e inicie outra, ou dê espaço a novas relações. Viagem a dois aprofundará o vínculo, saia da mesmice no amor!

CÂNCER: Antigos padrões serão transformados, encontre novas maneiras de se relacionar e aprofunde vínculos.

LEÃO: Concretize uma mudança. Você poderá se afastar de um grupo e entrar em outro, aprofundar vínculos e criar novos projetos.

VIRGEM: Será um bom momento para dar uma virada de vida, se destacar na profissão e brilhar publicamente. Sucesso!

LIBRA: A semana terminará com vínculos estáveis e escolhas sábias. Descubra melhores opções de investimentos

ESCORPIÃO: A precisão nas palavras causará grande impacto em negociações. Organize as finanças e comece um novo ciclo de vida.

SAGITÁRIO: Um ciclo chegará ao fim. Decida rumos e amplie a mobilidade e autonomia. Poder de conquista em alta!

CAPRICÓRNIO: Você poderá se afastar de uma amizade que não se alinha aos seus valores e fortalecer novos vínculos. Respeite sua intuição!

AQUÁRIO: Será um bom momento para conquistar novos espaços, aumentar o protagonismo e brilhar com sua originalidade.

PEIXES: Determine metas e conquiste a confiança de parceiros. Mudanças acontecerão de dentro para fora e trarão reformulações importantes.

OBITUÁRIO

LORENO MEIER, 95, faleceu na sexta-feira, 7. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Daltro Filho, em Imigrante.

ELTON PAULO UHLMANN, 62, faleceu na quinta-feira, 6. Os atos fúnebres ocorreram no Crematório Kist, em Venâncio Aires.

AMELINO PORTO, 94, faleceu na quinta-feira, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Linha Taquari Mirim, em Venâncio Aires.

ZELINDA MUTINELLI GREBIN, 85, faleceu na quinta-feira, 6. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Florestal, em Lajeado.

ESPORTE E NEGÓCIOS

CORRIDA ILUMINADA MARCA NOVA

FASE DO CIRCUITO DOS VALES

Evento é o primeiro fora do calendário oficial organizado pela equipe, que agora amplia atuação com novas parcerias e projetos para 2026

OCircuito dos Vales entra em uma nova etapa de expansão. Consolidado como o maior circuito de corridas de rua do interior do Rio Grande do Sul, o projeto agora passa a oferecer a estrutura e expertise para a realização de eventos em parceria com outras entidades, empresas e administrações municipais. A primeira experiência desse novo modelo será a Corrida Iluminada, em Westfália, que inaugura uma fase de diversificação e crescimento da marca. Miguel Lucian, um dos promotores do Circuito dos Vales, destaca que o objetivo é levar o padrão de qualidade já reconhecido nas cinco provas anuais para um número maior de cidades e públicos. “Podemos oferecer capacidade técnica, organizacional, comercial e de comunicação com padrão Circuito dos Vales a mais eventos. Os eventos de corrida têm muito a crescer em todo o mundo e em nossa região. Queremos oferecer mais qualidade para alcançar novos públicos e formar novos corredores”, explica. A parceria para a Corrida Iluminada surgiu após o sucesso da 3ª etapa do Circuito dos Vales realizada na cidade-sede. O resultado no número de inscritos e a organização do circuito abriu caminho para a nova parceria. “A população de Westfália abraçou o evento e com certeza vai repetir isso em um novo evento, principalmente por ser uma corrida que já tem história na cidade”, detalha Lucian. O evento marca um divisor de águas para a equipe. “Ela será o primeiro evento de corrida além do Circuito dos Vales que a nossa equipe organiza. Se torna um marco importante, pois temos a previsão de, em pouco tempo, anunciarmos um calendário de provas, novas e já existentes, que terão a nossa gestão e assinatura”, afirma.

EXPANSÃO

Deivid Tirp, coordenador geral do Circuito dos Vales, destaca que o diferencial do Circuito está em oferecer uma estrutura completa, que vai além da parte esportiva. “Oferecemos muito mais do que apenas a realização da parte técnica. Em função da participação do Grupo A Hora, conseguimos oferecer muito mais visibilidade para as marcas e cidades envolvidas. O desafio que sempre buscamos é gerar o máximo de resultados positivos para todos os envolvidos: participantes, apoiadores, patrocinadores e o município que apoia a iniciativa”, enfatiza.

A projeção é de crescimento rápido. Para 2026, o Circuito dos Vales deve ampliar

significativamente o número de eventos sob sua gestão. “Já temos projetos em andamento para, em 2026, termos de oito a dez provas sob nossa organização. Alguns são eventos que já existem e nós assumimos a realização, mas também temos projetos novos e até mesmo inovadores”, revela Lucian.

A nova fase reforça a ambição da equipe de se tornar referência em todo o Rio Grande do Sul. “Hoje o Circuito dos Vales já é o maior circuito de corridas de rua do interior do estado. Queremos ser referência na organização de provas em nosso estado, proporcionar qualidade, experiências marcantes e buscar sempre evoluir e inovar no segmento”, completa Tirp.

INSCRIÇÕES ABERTAS

Interessados em participar da primeira edição da Corrida Iluminada, que ocorre em 13 de dezembro, em Westfália, podem se inscrever no site circuitodosvales.com.br.

FORQUETINHA ACELERA COM SEMIFINAL DO BRASILEIRO DE JEEP E GAIOLA CROSS

Evento reúne competidores de cinco estados e promete fim de semana de adrenalina, gastronomia e turismo

Pretto caetano@grupoahora.net.br

Acidade de Forquetinha será o centro das atenções dos apaixonados por velocidade neste fim de semana. No sábado e domingo, o município recebe a semifinal do Campeonato Brasileiro de Jeep e Gaiola Cross, um dos maiores eventos off-road do país.

As disputas ocorrem na sede do Jeep Clube Forquetinha, reunindo pilotos de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. As provas iniciam às 9h, com programação até as 17h no sábado e até as 15h no domingo, quando acontecem as grandes finais.

Entre os momentos mais aguardados estão a final feminina de gaiolas e a estreia da categoria Jeep Premium, que promete encantar o público com potência e emoção nas pistas. Também serão disputadas as categorias Jeep Cross Aspirado, Jeep Cross Turbo, Gaiola Cross Aspirado 4×2 e Gaiola Cross Turbo 4×2.

MUNICÍPIO NO CENÁRIO NACIONAL

Segundo o membro do Jeep Clube Forquetinha e organizador

da prova, Maurício Allgayer, cerca de 50 pilotos estão confirmados na etapa. “Eu e meu pai viajamos o Brasil inteiro para competir, corremos também na Argentina, sempre levando o nome do Vale do Taquari e de Forquetinha. Acabamos fazendo muita amizade e todo pessoal que visitamos, acaba vindo para nossa etapa”, diz.

Além das corridas, o evento contará com praça de alimentação oferecendo lanches, bebidas e, no domingo, churrasco a quilo, cuca e saladas. O ingresso custa R$ 10 e dá acesso aos dois dias de programação. A entrada com bebidas não será permitida. Allgayer, que herdou do pai Roni, também piloto, a paixão pelas corridas, reforça que o

Jeep Clube de Forquetinha é um dos únicos do Brasil com sede própria. “Temos uma estrutura boa com tudo que é necessário para entregar comodidade aos pilotos e também ao público.” O prefeito Vianei Noll destacou o impacto positivo da competição para a cidade. “A Administração Municipal será parceira na realização do evento, pois iniciativas como esta movimentam a economia local, fortalecem o turismo e valorizam a comunidade”, ressaltou. Com estrutura reforçada e trilhas preparadas especialmente para o desafio, Forquetinha se consolida como referência no cenário off-road nacional, unindo esporte, lazer e integração entre municípios e estados.

PRÓXIMO DO Z4

INTER CONVOCA O TORCEDOR

PARA CONFRONTO DECISIVO

Colorado recebe o Bahia neste sábado e pode entrar na zona de rebaixamento em caso de derrota

Cada vez mais próximo da zona de rebaixamento, o Internacional tem uma chance importante de voltar a vencer e respirar um pouco mais aliviado no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, 8, recebe o Bahia às 18h30min, no Estádio Beira-Rio. A Rádio A Hora transmite o confronto. Com 36 pontos, a equipe de Ramón Díaz tem três de vantagem para o Santos, primeiro fora do Z4. Derrota para o Bahia, aliada a vitórias de Santos e Vitória, fariam o Inter entrar na zona de rebaixamento ao fim da rodada.

DIAS DECISIVOS

Mercado cumpriu suspensão contra o Vitória e volta a campo contra o tricolor baiano

Caso vença, o clube gaúcho pode subir até o 13º lugar.

Para o confronto, o Colorado contará com os retornos de Borré e Mercado, que cumpriram suspensão diante do Vitória. O time titular deve ter: Ivan; Mercado, Vitão e Juninho; Vitinho, Thiago Maia, Bruno Gomes, Bruno Tabata e Bernabei; Alan

Patrick e Borré.

SECA DE GOLS

Para voltar a vencer o Inter precisa, primeiro, voltar a marcar gols. Já são quatro jogos seguidos sem ir às redes, o que iguala uma marca negativa que não acontecia desde 2023. Os últimos gols

marcados pelo time de Ramón Díaz foram no 2 a 0 sobre o Sport, em 19 de outubro. Borré e Bruno Henrique foram às redes. O Inter passou em branco contra Bahia, Fluminense, Atlético-MG e Vitória. São 382 minutos sem gol.

CLUBE CONVOCA TORCIDA

Mesmo com promoções e até gratuidade, a expectativa do Inter é que 25 mil torcedores se façam presentes no estádio colorado. Os sócios das categorias carteira vermelha, cadeira locada, parque check-in e patrimonial clube, além de entrada liberada, poderão ainda levar um acompanhante sem custos. Torcedores da modalidade campeão do mundo, nada vai nos separar, academia do povo e parque ingresso terão acesso gratuito ao estádio. Não-sócios podem comprar ingressos por apenas R$ 20 em todas as áreas livres do estádio.

FIM DE SEMANA DE ATENÇÃO DENTRO E FORA DOS GRAMADOS

Em situação um pouco mais confortável do que a do rival, mas ainda preocupado com a proximidade da zona de rebaixamento, o Grêmio enfrenta neste domingo, 9, o Fortaleza, às 20h30min, no Castelão. Com 39 pontos, a equipe de Mano Menezes tem seis de vantagem para o Santos, o primeiro time no Z4. Em Fortaleza, o Grêmio não contará com Pavón, suspenso pelo terceiro amarelo. Amuzu pode ser preservado por desgaste, e Monsalve deve ganhar espaço entre os titulares.

Quem também não estará presente é o técnico, com Mano Menezes suspenso. Sidnei Lobo deve estar a frente da equipe na casamata.

O provável Grêmio tem: Tiago Volpi; João Lucas, Noriega, Kan-

BAHIA VAI MAL FORA DE CASA

Quinto colocado com 52 pontos, o Bahia sustenta a boa campanha nos jogos na Arena Fonte Nova. Fora de casa, o time treinado por Rogério Ceni está próximo de alcançar a pior marca como visitante no século. O Tricolor Baiano vem de cinco tropeços seguidos longe de casa e tenta reagir para não repetir um desempenho que não ocorre desde 1996. Para o confronto, o provável time titular tem: Ronaldo; Arias, David Duarte, Ramos Mingo e Luciano Juba; Acevedo, Jean Lucas e Michel Araujo (Everton Ribeiro); Ademir, Cauly e Tiago.

CLASSIFICAÇÃO

nemann e Marlon; Dodi, Arthur, Alysson, Edenilson e Amuzu (Monsalve); Carlos Vinícius.

NA VICE-LANTERNA

O Leão tenta deixar a vice-lanterna. Com 29 pontos, o Fortaleza está a cinco do primeiro fora do Z4. O técnico Martín Palermo contará com o retorno de Pochettino, que cumpriu suspensão no clássico.

ELEIÇÃO NO SÁBADO

O Grêmio saberá neste sábado o próximo presidente do clube, que comandará durante o triênio 2026-2028. Paulo Caleffi, da Chapa 1, e Odorico Roman, da Chapa 2, concorrem pelo voto dos associados. A votação ocorre entre 10h e 17h e poderá ser realizada

de forma online ou presencial. Estima-se que cerca de 42 mil sócios estejam aptos a votar. Não há uma precisão quanto ao horário para anúncio do vencedor, mas o Grêmio espera que o processo seja rápido. O clube utiliza como parâmetro as últimas eleições e acredita que possa ser divulgado um resultado cerca de 30 minutos após o término da votação.

por Raica Franz Weiss

Documentos estavam escritos em alemão

Languiru inaugurava indústria de laticínios

A Cooperativa Languiru estava às vésperas de completar seus 50 anos. Para marcar a data, em 2005, foi inaugurada a indústria de laticínios própria da cooperativa. A Languiru iniciaria com a industrialização de leite longa-vida na nova unidade, leite B pasteurizado, bebida láctea e iogurte. A marca Mimi, criada em 1963 pela Languiru, tinha sido relançada em maio de 2003, com o leite em saquinho

plástico (barriga mole).

O complexo de laticínios ficava no bairro Teutônia, numa estrutura de 4,7 mil metros quadrados. A obra tinha iniciado em maio de 2005 e foram cerca de R$ 9 milhões de investimento. A ideia, no futuro, era expandir a produção para creme de leite, doce de leite e queijos. Até então, a Languiru atuava no segmento de rações, suínos, aves, laticínios e supermercados.

Bom Retiro encontrava urna de 100 anos

No Dia da Reforma, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB) de Bom Retiro do Sul abria sua pedra fundamental depois de cem anos do início da construção da estrutura. Uma urna com diversos materiais foi encontrada.

Foram cerca de 90 minutos para lascar a pedra e chegar até o centro dela, onde estava a urna. O primeiro prefeito de Bom Retiro do Sul, Edgar Silvestre Drehmer, foi convidado para tirar a cápsula de dentro da parede. A urna era feita de ferro e, dentro dela, estavam documentos datados de 1905: jornais, livros de hinos evangélicos, moedas e relatos da época. A maior parte dos materiais estava escrita em alemão ainda. A Igreja Evangélica tinha começado a ser construída em 1905 e foi inaugurada por volta de 1906.

Sábado é

- Dia do Radiologista

- Dia Mundial do Urbanismo

Domingo é

- Dia do Hoteleiro

- Dia Nacional dos Clubes Esportivos Sociais

- Dia Internacional contra o Fascismo e o Antissemitismo

- Dia do Técnico em Eletrotécnica

Santo do dia: São Deodato

Santo do dia: Santo Orestes

Terminava a construção do Banrisul de Lajeado

A agência do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) em Lajeado estava quase pronta. O prédio já tinha sido erguido na esquina das ruas Júlio de Castilhos com a Francisco Oscar Karnal, onde continua até hoje. Na época, os jornais traziam que a estrutura tinha dois pisos, além de um andar no subsolo, que seria reservado para os encontros sociais dos funcionários da agência. A novidade era que o prédio teria ar condicionado e música ambiental na sala de espera dos clientes.

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

CPI: perícia das 50 obras em 90 dias

AComissão Parlamentar de Inquérito (CPI) terá uma avaliação técnica das obras denunciadas por supostas fraudes ou erros de execução pela empresa PDS. O contrato com a perita foi encaminhado nessa sexta-feira e o objetivo é analisar os 50 apontamentos durante os próximos 90 dias. Os vereadores receberão cinco lotes com 10 laudos para otimizar os trabalhos da comissão. Mesmo assim, está posto: o assunto seguirá ao menos nos primeiros meses de 2026 e isso envolve o recesso parlamentar de janeiro, a formação do Legislativo e até as estratégias de candidatos para eleições de 2026.

A opinião profissional é um balizador para que a CPI não se mantenha com a queda de braço entre Éder Spohr (MDB) e Mozart Lopes (PP) onde um lado sustenta que há crimes e o outro defende o contrário. A demora na definição sobre a análise técnica adiou as agendas com donos da empresa PDS e com Gilberto Vargas, o “Giba”, autor do dossiê, os dois encontros estavam marcados para o decorrer da semana.

Quanto e quem

Para ter um prognóstico especializado, a câmara desembolsa R$ 89 mil no total. O valor incluir todos os levantamentos, mas não eventuais danos ao patrimônio público. Por isso, obras que estão abaixo da terra, receberão uma avaliação indireta. A perita indicada pelo

E as eleições de 2026?

A CPI está ligada com candidaturas e apoios na eleição geral de 2026. Como alguns dos apontamentos são de obras executadas no período em que Marcelo Caumo era o prefeito de Lajeado, como fica a possibilidade do atual secretário de estado ingressar no MDB e, mais do que isso, ter apoio dos vereadores da sigla em uma eventual campanha? Spohr foi um dos que falou na tribuna que apoiava Caumo em uma tentativa de eleger-se para Assembleia Legislativa ou Câmara dos Deputados. Além disso, há o rodízio de nomes na câmara. Se a CPI vai ingressar no próximo ano, o PP terá que manter Mozart na casa se quiser sua participação no trabalho de blindagem de governo. Isso representa ajustar a situação de suplentes que fizeram mais votos. São eles: Lisandra Quinot, Heitor Hoppe e Daia Bauer.

ARTIGO

ROGÉRIO WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa

Vista eterna para o mar

Uma das frases que sempre me chamaram atenção vem do mercado imobiliário, especialmente nas regiões litorâneas: “vista eterna para o mar”. Ela aparece em anúncios, placas e conversas como um selo de valor. E, de certo modo, é mesmo. O mar é a grande estrela do litoral — é ele quem atrai as pessoas, viabiliza empreendimentos, desperta sonhos, traz calma e dá sentido a toda aquela paisagem. Ter uma vista para o mar significa proximidade e conexão. Talvez por isso essa expressão tenha se tornado tão poderosa: ela simboliza mais do que uma localização privilegiada. Representa o desejo humano de estar perto daquela imensidão que inspira e nos faz sentir parte de algo bem maior.

Sempre tive essa vontade — de um dia poder estar seguidamente próximo ao mar, vê-lo da janela e, em silêncio, sentir sua presença. Mas o que me faz pensar não é apenas o encanto de estar perto do mar, e sim o peso que essa frase ganhou. “Vista eterna para o mar” virou um atrativo de negócios, uma promessa capaz de mover decisões, despertar emoções e iniciativas.

judiciário é a engenheira civil Claudia Diehl, especializada em auditoria, avaliações e perícia de engenharia. Neste momento não há indicativo de inclusão das 56 denuncias indicadas por Spohr (MDB) na lista oficial da CPI. Aliás, o pedido enfrenta grande resistência nos dois outros integrantes, Ramatis e Mozart.

Rapidinho…

- Em Encantado, Jonas Calvi (PSD) será prefeito até 2028. Sim, tem bastante tempo! Porém, Enoir Cardoso (PP) e Gilson Conzatti (MDB) estão de olho no próximo pleito. Também são cotados os vereadores Joanete Cardoso (PSDB) e Daniel Passaia (União Brasil)

- O governo estadual avança com o projeto de concessão das rodovias do Bloco 2, que envolvem as vias do Vale do Taquari. Até quem defende o repasse para a iniciativa privada, acredita que uma pesquisa eleitoral de 2026 e a posição de Gabriel Souza, atual vice-governador, pode influenciar nos planos.

- Em Estrela, vale uma reunião entre o governo e os vereadores, tanto os da base quanto oposicionistas. A pauta necessária é o futuro da ferrovia que a prefeita Carine Schwingel tenta municipalizar junto a Rumo Logística. Me parece que há um ruído quanto ao que projeta o governo e aquilo que imaginam os integrantes do Legislativo.

No fundo, o que o comprador busca não é apenas um imóvel. É uma sensação: de liberdade, de plenitude, de conquista. É o direito de dizer “tenho uma vista para o mar” — mesmo sabendo que o mar muda a cada minuto. É curioso como essa busca sempre fascinou tanta gente. Não é à toa que o ambiente litorâneo vem recebendo cada vez mais pessoas, ano após ano. Grandes desafios e oportunidades na infraestrutura.

No fundo, o que o comprador busca não é apenas um imóvel. É uma sensação: de liberdade, de plenitude, de conquista”

E então me pergunto: qual é a frase que está na mente das pessoas e as move para frente? Qual é o “mar” de cada um? No mercado, nas empresas, nas carreiras — o que representa essa vista eterna que guia decisões e desperta propósitos?

Marcas e pessoas que conseguem ocupar esse espaço simbólico — que traduzem um desejo em palavras simples — conquistam algo raro: relevância. Uma boa frase, um propósito claro, um lema que inspira. Tudo isso ajuda a fixar valor, criar lembrança e gerar conexão.

Assim como um imóvel se destaca pela vista, uma marca se diferencia pela sua mensagem. Por isso, pensar em frases, slogans ou propósitos não é detalhe estético: é estratégia. É o que dá valor ao negócio, sentido à escolha e com boas iniciativas gera resultados.

Talvez “vista eterna para o mar” tenha um impacto maior em mim do que na maioria das pessoas. Mas é justamente assim que nascem as boas ideias — começam pessoais, tocam o íntimo e depois encontram eco em outros. E, quando isso acontece, podem se transformar em grandes oportunidades. No fim, o mar está sempre em movimento, com uma energia inesgotável que me encanta. Ele muda a cada instante e, ainda assim, mantém sua essência. Talvez seja essa a magia das frases que ficam, das marcas que perduram: elas nos lembram que tudo muda, mas que sempre existe uma direção a seguir. Assim como o mar, seguimos em movimento — buscando, em cada escolha, novos desafios. E qual é a sua frase que dá sentido?

Fim de semana, 8 e 9 novembro 2025

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 13º | MÁX: 20º O sábado começa com abundante nebulosidade e chuva na região.

Entre a saúde e a estética

Com o aumento dos procedimentos estéticos e a pressão por padrões de beleza nas redes sociais, especialistas alertam para os riscos da comparação e destacam a importância de escolhas conscientes e individuais.

“As pessoas estão mais abertas a buscar ajuda”

Psicóloga graduada na Univates, formada em Terapia cognitivo comportamental e terapia do esquema pela Wainer Psicologia Cognitiva, Maria Júlia Lohmann Wagner destaca a importância da profissão para a saúde e o bem-estar comum

O que te fez escolher a profissão e como foi esse início?

O interesse por histórias de vida e pela mente humana sempre estiveram muito presentes em mim. Desde cedo, eu me encantava em tentar entender o comportamento humano e a complexidade das relações. Mas, além desse interesse natural, houve também uma motivação muito pessoal: minha mãe enfrentou um quadro grave de depressão que a afetou profundamente e acabou me deixando sozinha aos três anos. Acredito que, de alguma forma, compreender esse diagnóstico sempre foi uma forma de buscar sentido e reparo — uma tentativa de entender o que a afastou, e de transformar essa dor em cuidado. E entendo que isso aumenta meu comprometimento com cada ser humano que chega até mim, uma forma de conseguir ser o suporte que a minha mãe precisava. Compreendendo a importância da infância como base da saúde mental, eu abracei essa área com o desejo de mudar o mundo, comecei com palestras em escolas, projetos de inteligência emocional para pais e filhos, conteúdos na rede social. Em dois meses, a minha agenda estava lotada. Fiz a transição para o atendimento adulto e hoje sigo atendendo somente esse público, tão engajada como quando iniciei o consultório somente com as crianças, o retorno foi muito rápido, pois já estava muito posicionada como psicóloga. E o que favoreceu esse crescimento e reconhecimento, foi fruto da dedicação, empenho, bom atendimento e saber contribuir com conhecimento em diversos espaços.

EXPEDIENTE

Quais os maiores desafios da profissão hoje?

Um dos maiores desafios da Psicologia atualmente é lidar com a superficialidade com que temas complexos sobre saúde mental são tratados nas redes sociais. Há uma avalanche de conteúdos sobre ansiedade, autoestima e traumas — mas nem sempre com embasamento técnico ou sensibilidade clínica. Isso gera tanto curiosidade quanto confusão, e exige de nós, profissionais, um compromisso ético ainda maior com a clareza e a verdade. Outro grande desafio é cuidar de quem cuida. A prática clínica demanda presença, empatia e escuta profunda, e isso só é possível quando o próprio psicólogo se mantém em constante processo de autoconhecimento, terapia e supervisão. É um trabalho que exige preparo, mas também humanidade.

Como você percebe a

área hoje e o que nota como evolução daqui pra frente?

Vejo a Psicologia vivendo um momento muito bonito de expansão e amadurecimento, ganhado cada vez mais espaço e reconhecimento. Falar sobre saúde mental deixou de ser tabu e passou a ser uma necessidade coletiva. As pessoas estão mais abertas a buscar ajuda, e isso representa um avanço imenso — sinal de uma sociedade que começa a compreender que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo. Acredito profundamente que a Psicologia é uma profissão do futuro — não apenas porque cresce em demanda, mas porque representa um novo modo de viver. O mundo está acelerado, ansioso e saturado de estímulos, e a escuta psicológica surge como um contraponto essencial: um espaço de pausa, reflexão e reencontro com a singularidade.

EDITORIAL

O espelho e a essência

Vivemos a era do reflexo amplificado. Nunca fomos tão vistos, tão fotografados, tão editados. A imagem tornou-se uma extensão da identidade. E, em muitos casos, um campo de batalha silencioso entre o que somos e o que gostaríamos de parecer ser. Os procedimentos estéticos, cada vez mais acessíveis e sofisticados, prometem corrigir imperfeições, mas também alimentam uma busca que pode facilmente escapar ao controle. A de corresponder a um ideal de beleza que muda a todo momento. Cuidar da aparência não é futilidade. O corpo é parte do que nós somos. O problema começa quando o cuidado se transforma em comparação. Quando a autoestima passa a depender de quantos rostos iguais desfilam nas redes sociais, a singularidade começa a desaparecer. A padronização estética, mascarada como liberdade de escolha, acaba impondo novas prisões. É preciso entrar na onda e viver em um aperfeiçoamento

O verdadeiro cuidado com a beleza começa quando paramos de querer ser outros, e passamos a olhar, com gentileza, para quem já somos.”

constante.

Autenticidade, nesse contexto, é um ato de coragem. É escolher o próprio ritmo, entender que procedimentos devem servir à pessoa, e não o contrário. É buscar informação de qualidade, profissionais éticos e, principalmente, saber o que se quer melhorar e por quê. O espelho, afinal, deve ser um ponto de encontro entre o que se vê e o que se sente. O verdadeiro cuidado com a beleza começa quando paramos de querer ser outros, e passamos a olhar, com gentileza, para quem já somos.

Textos: Bibiana Faleiro Imagens: Paulo Cardoso Diagramação: Lautenir Junior Coordenação: Felipe Neitzke

Prevenção e escuta desde a infância

O cuidado com as crianças é o ponto de partida para famílias mais saudáveis e equilibradas

A médica gastropediatra Letícia Remus defende que o cuidado com os hábitos e o bem-estar das crianças é uma oportunidade de transformar toda a família e garantir saúde para o futuro

“Opediatra é o primeiro grande médico. A consulta é sempre uma oportunidade de conhecer, escutar e transformar a vida de toda a família”, afirma a médica gastropediatra Letícia Remus, que vem se destacando por unir duas áreas da saúde: a

pediatria e a Medicina do Estilo de Vida.

Letícia explica que essa vertente médica, ainda recente no Brasil, tem como foco a prevenção e o manejo de doenças crônicas a partir da mudança de hábitos, baseandose em evidências científicas e em técnicas como a entrevista

A saúde sempre vai custar menos do que a doença.”

O que é a Medicina do Estilo de Vida

Uma abordagem médica baseada em evidências que busca prevenir e tratar doenças crônicas por meio da modificação de hábitos comportamentais. Seus pilares são:

motivacional e a psicologia positiva. “Ela é essencialmente preventiva. Muitas vezes, apenas com a melhora dos hábitos é possível manejar ou até reverter algumas doenças crônicas”, explica.

medicina do estilo de vida”, diz. Essa abordagem, segundo ela, valoriza o tempo, a escuta e o olhar empático do profissional. “A partir da escuta atenta e do não julgamento, a família se sente segura para se abrir. O profissional se torna um parceiro do cuidado”, afirma. Entre os seis pilares da Medicina do Estilo de Vida, Letícia cita a alimentação saudável, a prática de atividade física, o sono adequado, o manejo do estresse, os relacionamentos saudáveis e o controle de substâncias e estímulos tóxicos, incluindo o uso excessivo de telas. “Quando melhoramos um desses pilares, há um efeito sinérgico nos outros”, explica. Ela também destaca o conceito de epigenética, que demonstra como os hábitos

Alimentação saudável Atividade física regular Sono de qualidade Manejo do estresse Relacionamentos e conexões sociais Redução de tóxicos (como álcool, drogas e excesso de telas)

Criado nos Estados Unidos em 2004, o movimento chegou ao Brasil em 2018, com a fundação do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

A especialista ressalta que a pediatria, por natureza, já é uma medicina do estilo de vida, pois trabalha com o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. “Vejo uma plena conexão entre as duas áreas. A pediatria, na sua essência, é podem influenciar a expressão dos nossos genes e até das gerações futuras. “Melhorando a minha epigenética, posso passar isso para as próximas gerações. É uma janela de oportunidade que começa na infância”, afirma.

Os limites da estética

Responsabilidade e autoconhecimento são essenciais para evitar exageros e complicações nos procedimentos

Em uma era em que filtros, influenciadores e padrões digitais moldam a aparência coletiva, a busca pela perfeição estética se tornou um campo delicado entre o desejo e o risco dos procedimentos. Para a médica em

especialização em dermatologia Samantha Barchinski, é justamente nesse ponto que se define a fronteira entre a estética saudável e o desequilíbrio. “Muitos pacientes vêm procurando a estética para resolver problemas que, na realidade, não existem. Querem alcançar uma imagem irreal, influenciada pelo que veem nas redes sociais”, afirma.

Segundo ela, a internet tem alimentado distorções de autoimagem que se manifestam em consultório, aproximando-se de quadros psiquiátricos como o transtorno dismórfico corporal. “É papel do profissional perceber quando o paciente está extrapolando o que é o belo e o saudável. Quando isso entra num limite perigoso, é nossa responsabilidade indicar um tratamento psicológico ou psiquiátrico”, defende.

A médica reforça que a qualificação técnica e ética do profissional é importante. “Quanto mais qualificado, mais responsável ele será pelo que está fazendo no outro.” Casos graves, embora raros, ilustram os riscos de procedimentos mal indicados ou executados de forma inadequada. “Já houve casos fatais, como o de uma paciente que sofreu um AVC após uma rinomodelação mal conduzida. É algo que pode acontecer até com materiais aprovados, se não houver

Especialistas alertam para o cuidado com o equilíbrio, buscando autenticidade e não comparação

preparo e segurança”, alerta. Nos últimos anos, o conceito de beleza também passou por transformações. O que antes era o “boom do não natural”, com rostos completamente modificados por preenchimentos e toxinas, deu lugar ao movimento “quiet beauty”, centrado na naturalidade e no equilíbrio. “Hoje o objetivo é parecer você mesmo, só que descansado, radiante. As pessoas não entendem o que você fez, mas percebem que algo melhorou — e é isso que deveria ser o foco”, diz

Samantha.

Ela lembra, porém, que a estética responsável não se resume a agulhas e cremes caros. “Não adianta fazer bioestímulo de colágeno se você não ingere proteína o suficiente. O corpo precisa de base saudável: alimentação adequada, exercício físico, sono e saúde mental. Sem isso, não há resultado duradouro.”

O cuidado diário, segundo a médica, deve ser individualizado e acessível. Samanta ainda reforça o que considera o pilar número um da estética consciente: a proteção solar. Busca por pertencimento Nos últimos anos, a procura por procedimentos estéticos cresceu de forma expressiva,

um movimento que, segundo a cirurgiã-dentista Luana Reck, foi impulsionado especialmente após a pandemia. Com a suspensão temporária das cirurgias, os tratamentos minimamente invasivos ganharam espaço e popularidade.

Para Luana, a estética, em muitos casos, tornou-se uma forma de pertencimento. “A

gente quer estar parecido com as pessoas à nossa volta, com quem a gente admira”, comenta. Mas esse desejo, alerta ela, pode levar à perda da individualidade.

A filosofia de trabalho na clínica onde atua é justamente

Soraya Vickert, fisioterapeuta realmente faz diferença é cuidar da saúde, da pele e dos hábitos.”

ideal é que a pessoa olhe pra ti e diga: ‘Nem percebi que tu faz procedimentos’.”

A profissional ressalta que o trabalho com estética vai além da técnica, envolve também um aspecto emocional. “É quase uma psicologia dentro do consultório. A gente precisa ajudar o paciente a entender o que é beleza, o que é bonito nele e o que realmente vale realçar.” Essa conversa, segundo ela, é essencial para evitar exageros e alinhar

Luana Reck, cirurgiã-dentista bonito em cada um, sem perder a naturalidade.”

Luana explica que muitos pacientes ainda buscam resultados imediatos, o que nem sempre é o melhor caminho. “O que a gente entrega não é uma coisa de resultado rápido. A ideia é trabalhar a qualidade da pele pra pessoa daqui a dois anos se sentir mais bonita e mais jovem do que há dois

Outro ponto importante é que a perfeição absoluta não existe, nem deve ser o objetivo. “Um rosto nunca é igual dos dois lados. Essa assimetria é o que traz naturalidade. Quando a gente tenta deixar tudo perfeito demais, é aí que surge a

artificialidade.”

O equilíbrio entre tecnologia e bom senso também é um desafio atual da estética. A profissional cita os novos equipamentos e técnicas que surgem a cada ano. “Claro que sempre vão aparecer novidades, mas nem tudo que é novo é revolucionário.

A gente precisa estudar muito antes de trazer uma tecnologia para o consultório.”

Mesmo diante da expansão do mercado e da pressão estética das redes sociais, Luana acredita que há um movimento crescente de conscientização. “As pessoas estão começando a entender que não é sobre mudar o rosto, e sim sobre se sentir bem. A beleza não é o que a gente encontra no outro, é o que a gente aprende a enxergar na gente mesma.”

Entre o cuidado e o exagero

A fisioterapeuta dermatofuncional e biomédica em formação, Soraya Vickert, defende um caminho mais consciente na estética. Para ela, o papel do especialista vai muito além de aplicar técnicas, é entender o paciente como um todo e valorizar o que cada um tem de mais bonito, sem perder a naturalidade.

“A ideia não é modificar ninguém, e sim realçar aquilo que tu tem de mais bonito”, afirma Soraya.

Segundo a profissional, a maioria de suas pacientes chega ao consultório por

O mercado global de cirurgias e procedimentos estéticos foi estimado em US$ 82,6 bilhões em 2023, com mais de 15,8 milhões de procedimentos cirúrgicos e 19,1 milhões de não-cirúrgicos naquele ano.

No Brasil, são realizados cerca de 1,5 milhão de procedimentos estéticos por ano.

O mercado brasileiro de estética está projetado para alcançar um faturamento de US$ 41,6 bilhões até 2028, o que coloca o país como o 3.º maior mercado global desse tipo.

O segmento de saúde, beleza e bem-estar no Brasil registrou um crescimento de 16,5% em 2024 entre franquias desse segmento.

indicação e busca resultados sutis. O público predominante é formado por mulheres entre 40 e 50 anos que, muitas vezes, estão fazendo um procedimento estético pela primeira vez. “Elas confiam em nós porque percebem que o nosso foco não é vender, mas cuidar”, explica.

Nosso objetivo é auxiliar mulheres no cuidado com a saúde e prevenção em meio à vida real”

Ciclos de Cuidado: um convite ao bem-estar em todas as fases da vida

Workshop idealizado por nutricionistas une ciência, escuta e leveza para ajudar mulheres a cultivarem saúde e equilíbrio Luisa Arruda nutricionista

Um momento para desacelerar, respirar e reconectar-se com o próprio corpo. Assim nasce o Ciclos de Cuidado, workshop idealizado pelas nutricionistas Eveline Bald e Luisa Arruda, que há mais de uma década atuam com uma nutrição voltada à prevenção, ao acolhimento e à educação em saúde. O evento ocorre no dia 12 de novembro, na Donum Saúde Integrada, e promete ser um encontro íntimo e transformador sobre saúde da mulher, prevenção e longevidade.

Segundo as organizadoras, a ideia surgiu de uma necessidade observada no consultório: “Frente a uma forte demanda de orientar e apoiar mulheres e pacientes, planejamos com cuidado e carinho uma forma de ajudar e acolher essas mulheres, e assim surgiu o evento Ciclos de Cuidado”, explica Eveline.

Mais do que um encontro, o Ciclos de Cuidado propõe um movimento por mais consciência e leveza em cada fase da vida, oferecendo um espaço de pausa, escuta e aprendizado. A proposta é unir a ciência da nutrição ao cuidado prático do dia a dia, com trocas genuínas, conhecimento científico e experiências reais.

“Nosso objetivo é auxiliar mulheres no cuidado com a saúde e prevenção em meio à vida real, às rotinas e necessidades da mãe, da mulher, da profissional. Queremos oferecer apoio e ferramentas práticas para

cultivar saúde e bem-estar em todas as fases”, afirma Luisa. O evento é aberto a mulheres de todas as idades, que desejam se cuidar, prevenir e buscar caminhos para o equilíbrio físico e emocional. A programação inclui falas das nutricionistas, um coffee break funcional, degustações, dinâmicas e momentos de troca com o grupo, além de algumas surpresas preparadas especialmente para as participantes.

Eveline e Luisa adiantam que novas edições estão nos planos: “Podem ocorrer com temas diferentes, sempre com o propósito de orientar e apoiar nosso público com todo cuidado e atenção, afinal, cuidar da saúde está no nosso DNA”, garante Eveline.

Planejamos com cuidado e carinho uma forma de ajudar e acolher essas mulheres”

Eveline Bald, nutricionista

O evento é aberto a mulheres de todas as idades, que desejam se cuidar, prevenir e buscar caminhos para o equilíbrio físico e emocional

Serviço

Data: 12 de novembro

Local: Donum Saúde

Integrada

Investimento: R$ 109,00