Com o propósito de ser um espaço de conhecimento para auxiliar nas decisões de gestores, executi-
vos e líderes, o EmpreInove ocorre hoje, a partir das 13h, no Clube Tiro e Caça, em Lajeado.
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Espaço para formar talentos
OPINIÃO RODRIGO MARTINI
Uma solução de mobilidade
Estrela avalia projeto de “bonde”
OPINIÃO VINI BILHAR
Empresa completa meio século
História da Nimec se entrelaça com a logística regional.
CPI EM LAJEADO
Éder Spohr (MDB) pede que mais 56 obras sejam investigadas. Mozart Lopes (PP) e Ramatis de Oliveira (PL) defendem foco nos apontamentos já protocolados. Enquanto isso, câmara prepara contratação de perita para elaboração dos laudos.
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OPINIÃO FILIPE FALEIRO Matrimônio sem festa
Censo mostra mudança no comportamento dos casais.
Fernando Schüller Rodrigo Barbosa Guilherme Amaral
Rodrigo Sousa Costa Joarez Jose Piccinini Alaidete Brenner
Equilíbrio e conhecimento para crescer
OEmpreInove 2025 ocorre em um cenário nacional volátil, em que ter informação é fundamental para entender quando é preciso prudência e arrojo. Na macroeconomia, aparente estabilidade: inflação sob controle e consumo em recuperação. Ao mesmo tempo, a economia patina em baixo crescimento, investimento tímido, alto juros e uma agenda da gestão pública irregular. O evento de hoje reúne executivos, analistas e empreendedores para debater o que se pode esperar para este fim de ano e para 2026, ano eleitoral. Para o setor produtivo, o entendimento parte da necessidade de estabilidade fiscal, como forma de garantir mais previsibilidade.
Períodos que antecedem as eleições costumam ser de improviso. É quando a política tende a se sobrepor à técnica, e o curto prazo ganha espaço sobre o planejamento”
Períodos que antecedem as eleições costumam ser de improviso. É quando a política tende a se sobrepor à técnica, e o curto prazo ganha espaço sobre o planejamento. Tudo pelo voto. O país experimentou esse ciclo, com altos custos: perda de credibilidade, retração do investimento e desequilíbrio nas contas públicas.
Empreender exige equilíbrio. É entender que cada decisão empresarial está inserida em um contexto maior, sujeito às escolhas do Estado e ao comportamento do mercado. Por isso, o EmpreInove busca cumprir o papel de aproximar o pensamento econômico do debate político e reforçar a importância da previsibilidade como base para o desenvolvimento.
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
“Era meu sonho me formar”
O tenenteaposentado Recioli dos Santos, 81 anos, acabadeconcluirumapósgraduaçãonoIFSul. NaturaldeMontenegro emoradordeLajeado, Recioli fez aniversário em 18 de maio e celebrou a datacomumaconquista queresumesuatrajetória dedisciplinaecuriosidade. Ele defendeu o trabalho intitulado Relato de experiência:demilitarpara atordepoisdos60anos, apresentadonoInstituto Federal Sul-Rio-Grandense –CampusLajeado.Ocurso: Especializaçãoemsaberes paraosanosIniciaisdo Ensino Fundamental. A defesafoiacompanhada depertopelaesposae pelafilha,queassistiram orgulhosasànovaetapa da vida do tenente aposentado
Sempre. Desde jovem eu tinha vontade de estudar, mas não foi fácil. Tentei fazer magistério em Montenegro, só que na época o curso não existia para homens. Esse sempre foi o meu sonho, trabalhar com crianças. A vida me levou por outros caminhos, fui militar, mas o desejo de aprender ficou. Aos 60 anos me formei em Teatro, e aos 77 comecei a pós-graduação no IFSul. No dia 3 de novembro deste ano, aos 81, defendi
minha tese para trabalhar com as séries iniciais. Era o meu sonho, e eu realizei.
Como foi sua infância e o que ela tem a ver com o desejo de sabedoria?
Minha infância não foi fácil. Comecei a trabalhar aos sete anos como leiteiro para ajudar meu pai e minha mãe. Mas isso me amadureceu. Eu caía, voltava e seguia em frente. Fui militar, trabalhei muito, e tudo isso só me fortaleceu. Hoje, como pós-graduado, não quero dar aula de segunda a sexta. Quero conversar com pessoas dos sete aos setenta e dois anos. Fiz a minha formação assim, da vida. Comecei aos sete e finalizei aos oitenta e um. Agora quero bater papo com as crianças. É isso que eu quero.
O senhor foi discriminado em algum momento na aula?
Fui, sim. Eu não sou branco e, por isso, fui muito apelidado. Isso me machucava, mas hoje devolvo a todos o meu conhecimento.
Sou um vencedor. Quando digo que devolvo, é em forma de sabedoria, de aprendizado. Criei uma peça de teatro chamada Os Visio-
nários, porque o teatro também foi um sonho meu, e me dediquei a ele com amor. Tive vários sonhos, e o de ser pai foi um deles. Hoje tenho duas filhas que me enchem de orgulho.
O que o senhor aprendeu estudando com as pessoas?
Aprendi a respeitar quem me respeita e a gostar ainda mais dos jovens. Eles me tratam com carinho porque fomos colegas, dividimos a mesma sala. Aconteceram muitas coisas bonitas na escola, mas uma eu nunca esqueci. Um dia, o professor disse para a turma: “Vocês têm uma enciclopédia com vocês, respeitem e aprendam com ele.” Aquilo me emocionou. Até então, eu achava que não era importante, mas naquele dia o professor me colocou num pedestal. E tudo mudou. As pessoas começaram a conversar mais comigo, e eu percebi o valor que o conhecimento tem quando é compartilhado.
O que o senhor pretende fazer agora, para o futuro?
Vou ficar até quando o Criador deixar. Quero fazer palestras curtas para jovens, conversar, trocar experiências. É isso que quero.
Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
Neitzke
ACERVO PESSOAL
LAJEADO
Oprocesso licitatório para coleta de resíduos em Lajeado avança mais uma etapa. A empresa Fênix Infraestrutura e Serviços de Limpeza Urbana, de Brasília, foi habilitada ontem e declarada vencedora da fase de avaliação documental. Caso o processo corra dentro da normalidade, a expectativa é que o contrato para prestação de serviços seja assinado no início de dezembro.
LICITAÇÃO DO LIXO
Próximos passos
- Empresas interessadas têm até 10 de novembro para apresentar recursos;
- Fênix pode apresentar contrarrazão até as 23h59min do dia 13;
- Após análise das documentações, decisão é tomada pela prefeita Gláucia Schumacher;
- Se o processo transcorrer dentro da normalidade, contrato deve ser assinado em dezembro;
- Do contrário, a quinta colocada no certame, Via Brasil Sustentabilidade, será convocada.
Mudanças propostas
- Implantação de 500 contêineres, para coleta mecanizada, em bairros com maior densidade populacional
- Organização de rotas e aumento de equipes divididas em mais turnos
- Ações permanentes de educação ambiental Prazo para recurso ca aberto até o dia 13 de novembro
Empresa de Brasília vence etapa de habilitação
Fênix Infraestrutura e Serviços de Limpeza Urbana, de Brasília, teve documentação de capacidade operacional aprovada pelo município. Prazo de recurso fi ca aberto até a próxima semana. Caso processo ocorra dentro da normalidade, serviços iniciam em dezembro
As empresas participantes do certame, mesmo que desclassificadas do processo, ainda podem apresentar recursos. Após avaliação dos documentos, a decisão deve ser tomada pela prefeita Gláucia Schumacher, explica o procurador-geral do município, Natanael Zanatta. A proposta apresentada pela Fênix, que foi a quarta colocada no certame, foi de R$ 32,1 milhões. O procurador esclarece que a habilitação ocorreu após a avaliação de registros em diversas etapas. “A licitação é dividida em fases. Verificamos planilhas de custos e também documentos que comprovem a capacidade técnica e operacional. As primeiras empresas colocadas no certamos não passaram verificação financeira”, frisa Zanatta.
NATANAEL
ZANATTA
PROCURADOR-GERAL DE LAJEADO
Pedidos de recursos
Três empreendimentos apresentaram intenção de recorrer. O prazo para formalizar o pedido vai até 10 de novembro. As empresas Transportes Serviços do Vale (1ª colocada no certame), Via Brasil Sustentabilidade e Serviços de Limpeza Urbana (5ª colocada) e Ecopal Reciclagem e Transportes (9ª colocada) devem apresentar recurso.
“As empresas podem se manifestar em relação à
habilitação, bem como aos casos de desclassificação em etapas anteriores”, ressalta. Após as manifestações, a Fênix tem prazo de três dias para apresentar contrarrazão. “Nenhuma classificação foi imediata. Todas as empresas tiveram oportunidade de análise de documentos complementares”.
Sobre a empresa
A Fênix atesta anos de experiência na área de gestão de
- Instalação de ecopontos de pequeno e médio portes em escolas, praças e parques
resíduos. Além disso, faz parte do Consórcio Paulista de Limpeza Urbana (CPLU), com atuação em subprefeituras de Cidade Ademar, Ipiranga e Jabaquara, pela prefeitura de São Paulo. Além disso, Zanatta também menciona a prestação de serviços no Rio de Janeiro e Brasília.
Contrato emergencial
Enquanto o processo licitatório segue em tramitação, o município mantém contrato emergencial com a Coleturb. Diante de reclamações na coleta diária, o procurador reforça que a coletora recebe por tonelada recolhida e que o foco no momento é garantir a prestação de serviços. “Após a licitação, caberá avaliar eventuais responsabilizações”, diz.
A administração afirma que não haverá interrupção no serviço de coleta. A empresa vencedora deve iniciar as operações imediatamente após a homologação e assinatura do contrato com a nova empresa. “Caso seja necessária uma renovação, será avaliado a necessidade do período”, complementa.
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Um VLT para conectar a “nova” e a “velha” Estrela
Ogoverno de Estrela trabalha em parceria com agentes do setor privado para angariar recursos e interessados na implantação de um novo modal viário urbano na cidade, conectando o centro antigo da cidade com as pujantes localidades de Costão e vizinhos.
Trata-se de um “Veículo Leve sobre Trilhos”, o nem tão popular assim VLT. Em resumo, e sem milongas, é um sistema de transporte público urbano que opera de forma similar a um “bonde moderno”, ou um “metrô ao ar livre”, operando no nível do solo e geralmente à energia elétrica. Em recente entrevista ao
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Conexão Regional, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agronegócio de Estrela, Rafael Mallmann, falou sobre o plano da administração municipal para disponibilizar este meio de transporte sustentável, silencioso e costumeiramente projetado para se integrar a outros modais de transporte público e, assim, facilitar o deslocamento das pessoas de forma mais ágil e harmoniosa durante o dia e a noite. E não é um investimento barato. Pelo contrário. Os investimentos são altíssimos e tudo vai depender da estratégia do município – e dos empresários – para tornar o traçado da Ferrovia do Trigo atraente aos possíveis investidores. E é justamente isso que os atores desse complexo movimento realizam nos bastidores: uma estratégia para atrair investidores.
Benoitt ataca Caumo e (também) atinge Gláucia e Gabriel
A sessão da câmara de vereadores de Lajeado dessa semana foi recheada de polêmicas, novas denúncias e momentos curiosos. E a principal curiosidade ficou por conta do vereador Ramatis de Oliveira (PL), suplente que assumiu a cadeira do titular Luís Benoitt (PL), o atual Secretário de Meio Ambiente (Sema). O fato é o seguinte: vereador de oposição, Antônio Oliveira (Podemos) criticou Benoitt e a Sema em função do evidente problema no recolhimento de lixo. Em resposta à crítica, Benoitt “pediu” a Ramatis para ler uma mensagem dele durante a sessão plenária. E Ramatis obedeceu – ou “atendeu” – ao pedido do titular da cadeira. Na mensagem, Benoitt ataca o ex-prefeito Marcelo Caumo (União Brasil), o atual
Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e pré-candidato a deputado federal – ou estadual –, e também criticou a equipe jurídica do atual governo de Gláucia Schumacher (PP). “Sabemos e concordamos que o problema do lixo existe. E cada dia que existe falha na coleta, o fiscal emite uma notificação à procuradoria. Talvez esteja na hora do Jurídico (da prefeitura) punir financeiramente a empresa”, provocou. E foi além. “O ex-prefeito Caumo tomou conhecimento em maio de que não poderia mais renovar com a
TIRO
- Ainda sobre a CPI das obras públicas, em Lajeado, o vereador Ederson Spohr (MDB) solicita apoio dos colegas vereadores para incorporar 56 novas denúncias ao processo de investigação. Até o momento, a comissão investiga 50 denúncias de supostas irregularidades.
- Em Venâncio Aires, o vereador Elígio Weschenfelder (PSB) afirmou em plenário que denunciou ao Ministério Público o suposto uso irregular de veículo público. Segundo o vereador, o secretário de Cultura Sandro Kroth teria utilizado o carro para ir à farmácia em um sábado à tarde. Em resposta, o secretário disse que naquele dia ele trabalhava no ensaio geral da escolha das soberanas e passou na farmácia para comprar band aid para as candidatas.”. - O governo de Estrela anuncia a concorrência pública para executar serviço de “restabelecimento Parcial da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leo Joas”, localizada no bairro das Indústrias, e parcialmente destruída na enchente de 2024. A sessão ocorre no dia 12 de novembro.
- Suspensa em setembro pela Comissão de Ética da Câmara de Teutônia, Neide Schwarz (PSDB) já retornou ao plenário após os 60 dias de afastamento. O reencontro com os colegas ocorreu na sessão dessa terça-feira, onde ela falou sobre suposto desvio de função de concursados, criticou a proposta de concessão do bloco 2 das rodovias estaduais e deixou um recado. “A lei do retorno não falha.”
- Ainda em Teutônia, os vereadores já receberam o projeto de lei da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026. E o orçamento do município está estimado em R$ 281 milhões.
CPI já avança a outras empresas. E pode chegar a outras secretarias
Responsável por tornar públicas as denúncias de supostas irregularidades em obras públicas pagas pelo governo de Lajeado, o vereador Ederson Spohr (MDB) trouxe um ingrediente novo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Na sessão de terça-feira, o emedebista apresentou suspeitas sobre uma segunda empresa terceirizada, cujos serviços contratados são muito semelhantes aos acordos com a PDS, e que por coincidência possui o mesmo representante legal. Neste caso,
dências? Aliás, pouco se cita o ex-prefeito Caumo nos assuntos ‘lixo’ e ‘Corsan’. Será que é porque ele faz parte do governo Gabriel (Souza, o vice-governador)”. A fala ainda repercute nos corredores da prefeitura de Lajeado e, também, no Palácio Piratini.
Spohr desconfia que a própria obra contratada teria beneficiado diretamente um imóvel ligado a um suposto responsável da empresa. Uma trama complexa e que vai exigir uma investigação cada vez mais minuciosa por parte, também, do Ministério Público. Sem falar em outros contratos de outras secretarias que ainda serão avaliados por Spohr. Diante de tudo isso, é muito improvável que a CPI termine em 2025. E dificilmente acabará em uma completa “pizza”.
Contraproposta à Corsan/Aegea
O governo de Lajeado entregou ontem aos representantes da Corsan/Aegea a contraproposta para assinar - ou não - o aditivo de contrato para atender o Marco Legal do Saneamento. O documento é balizado pelo estudo da empresa Azimute, e propõe novos termos à proposta original. “Ficaram de avaliar e retornar. Nada definido, até porque proposta final passará pelo MP, também”, avisa o vice-prefeito Guilherme Cé, que participou do encontro na prefeitura. Em tempo, o MP solicita que tudo esteja resolvido até dia 15 de dezembro.
AERÓDROMO DE ESTRELA
Sem emenda parlamentar, grupo de trabalho mira o
A bancada gaúcha no Congresso Nacional votou as prioridades nessa terça-feira e decidiu não aplicar emendas parlamentares no projeto de modernização e pavimentação do Aeródromo Regional do Vale do Taquari, instalado junto à ERS-129, em Estrela. Uma decisão que não surpreendeu a maioria dos agentes público e privado da região que encabeçam um grupo de trabalho para debater o futuro do aeródromo. “Eles querem o
que dá mais voto”, afirma um empresário. E faz sentido. Não é segredo pra ninguém que as famigeradas emendas parlamentares são utilizadas (em boa parte dos casos) para abastecer e criar currais eleitorais. Diante
Funrigs
do cenário, e mesmo sem desistir por completo dos recursos dos deputados – a expectativa é receber emendas na “segunda leva” de projetos, prevista para o segundo semestre de 2026 – o grupo de empresários, pilotos, líderes regionais e políticos que luta pela pavimentação da pista deve retomar o plano anterior e reivindicar recursos do Fundo do Plano Rio Grande, o Funrigs, uma fonte considerada “mais técnica”.
MOBILIZAÇÃO POR MELHORIAS
Aeródromo de Estrela recebe 20 voos por mês
Pista de grama é usada por aeronaves privadas e para treinamentos de pilotos. Líderes reforçam pedido por pavimentação
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Oaeródromo regional de Estrela registra em média, 20 operações aéreas particulares por mês, entre pousos e decolagens. Somente nos últimos quinze dias, foram dez voos, conforme dados do portal FlightAware, que monitora a movimentação de aeronaves em todo o país. Os registros incluem deslocamentos entre cidades como Concórdia, Bauru, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Rio Pardo. Segundo o responsável pela administração do espaço, Marcos Müller, o aeródromo recebe cerca de cinco voos semanais, número que pode variar conforme as condições climáticas. “Chegamos a receber até oito voos em algumas semanas, porém o espaço ainda é limitado e dependemos do tempo para operar. Todos os voos são privados”, explica.
Inaugurado em novembro de 2017, o aeródromo é administrado pela Empresa Pública de Logística de Estrela (E-Log) e passou por adequações até receber a autorização de funcionamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A estrutura conta com pista não asfaltada de mil metros por 18 de largura, além de hangares. O local, contudo, não possui sistema de balizamento noturno nem abastecimento de combustível, o que impede operações durante a noite e limita o tipo de aeronave que pode utilizar o espaço.
Data | Origem - Destino
15/10 | Bauru - Estrela
16/10 | Concórdia - Estrela
20/10 | Rio Pardo - Estrela
22/10 | Frederico Westphalen - Estrela
23/10 | Estrela - Estrela (voo local)
26/10 | Concórdia - Estrela
27/10 | Porto Alegre -Estrela
28/10 | Santa Cruz do Sul - Estrela
31/10 | Concórdia - Estrela
02/11 | Rio Pardo - Estrela
Treinamentos
Além dos voos privados, a pista de Estrela também serve como ponto de treinamento para alunos da Escola de Aviação de Eldorado do Sul. De acordo com o piloto e instrutor Iuri Dias, o local é usado semanalmente para os chamados voos de toque e arremetida, parte do treinamento prático dos alunos do curso de piloto comercial. “Os voos saem de Eldorado e seguem até Estrela para os exercícios de pouso e decolagem. É uma pista com características diferentes, de grama e leves ondulações, o que ajuda na formação dos pilotos”, destaca Dias. Ele reforça, contudo, a importância da manutenção constante da pista, que precisa estar com o corte baixo e em boas condições para garantir segurança nas operações. “Em dias de chuva, por exemplo, é preciso aguardar mais de 24 horas para a secagem completa”, afirma.
Projeto de ampliação
O debate sobre a qualificação do aeródromo voltou à pauta nas últimas semanas, impulsionado por empresários e lideranças regionais que utilizam o espaço com frequência. A principal reivindicação é a pavimentação e elevação da pista, hoje de grama, para ampliar a capacidade de operação e receber aeronaves de maior porte.
O projeto, orçado em R$ 15,6 milhões, foi apresentado pela CIC-Vale do Taquari à bancada gaúcha no Congresso Nacional, na última semana, contudo, não foi escolhido pela maioria. O plano prevê a pavimentação da pista de mil metros, instalação de sistema de drenagem e sinalização conforme as normas da Anac, além da implantação de balizamento noturno, cercamento da área e asfaltamento do acesso ao local.
Um projeto também foi protocolado no governo do Estado pelo governo de Estrela com a intenção de captar recursos via Funrigs.
Conforme registros do portal FlightAware, entre 15 de outubro e 2 de novembro, duas aeronaves particulares utilizaram a pista de Estrela em diferentes rotas.
IURI DIAS PILOTO E INSTRUTOR
VALE DO TAQUARI
Maior reivindicação dos empresários é pela pavimentação e elevação da pista para pouso de aeronaves maiores
GABRIEL SANTOS
EGR estuda melhorias no acesso à Estação Rodoviária
Trecho é considerado crítico para a empresa e motoristas reclamam de confusão no acesso à cidade
Motivo de dor de cabeça para motoristas e moradores, o acesso à Estação Rodoviária voltou à pauta da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). A concessionária estuda, junto à administração, a retomada de um projeto de parceria públicoprivada para melhorar o trecho nas imediações, entre os bairros Moinhos e Florestal. Apesar das conversas, ainda não há data definida para o início das obras. A proposta, que surgiu ainda em 2022, prevê a criação de uma via lateral para desafogar o tráfego no
trecho. A iniciativa, no entanto, foi interrompida após as enchentes que atingiram o Vale do Taquari, em 2023 e no início de 2024. De acordo com o diretorpresidente da EGR, Luis Fernando Vanacor, o tema voltou a ser discutido com o governo
municipal. “Chegamos a tratar dessa parceria em 2022 e 2023, mas as chuvas e as emergências acabaram atrasando os planos. Agora que as rodovias estão em melhores condições de tráfego, é possível retomar o assunto”. Vanacor afirma que o trecho em
questão é um dos mais críticos da região e que o fluxo aumentou consideravelmente após a reconstrução das pontes e desvios afetados pelas cheias. “Hoje,
com as manutenções constantes e o pavimento em melhores condições, conseguimos voltar a pensar em soluções pontuais que melhorem a ligação entre as rodovias e o perímetro urbano.”
Concessão da EGR
A EGR mantém atualmente cerca de 630 quilômetros de rodovias sob responsabilidade, distribuídos em dois blocos regionais. No Vale do Taquari, a empresa atua na ERS-130, entre Cruzeiro do Sul e Encantado, e na ERS-129, com trechos que passam por Roca Sales, Colinas e Estrela.
Entre os exemplos, Vanacor cita a recuperação da ponte da ERS130, concluída em apenas 30 dias após o lançamento da primeira viga. “Foi um trabalho intenso, com empresas locais e uma logística que mobilizou toda a região. Conseguimos restabelecer o trânsito em um prazo que parecia impossível.”
Com o processo de concessão das rodovias estaduais previsto para 2026, a EGR deve seguir com obras pontuais até o período de transição. “Não é o momento de pensar em prazos longos, mas sim em resolver gargalos que afetam diretamente o tráfego e a segurança”, afirma o diretor.
Acesso à cidade pela 130 é considerado um dos principais gargalos
Painéis e palestras abordam inovação, política e saúde corporativa em um dos maiores encontros empresariais do RS
Serviço LAJEADO
OEmpreinove 2025 ocorre hoje, no Clube Tiro e Caça, com estimativa de reunir mais de mil pessoas. Voltado para executivos, gestores e empreendedores, o evento debate as transformações no ambiente de negócios e o futuro das empresas.
A programação se propõe a traçar cenários e perspectivas para 2026, em um contexto de incertezas políticas e desafios estruturais para o crescimento econômico. A programação mescla debates com líderes empresariais, palestras de especialistas do RS e do país e momentos de networking entre executivos e investidores.
Promovido pelo Grupo A Hora e pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), o evento chega à edição de 2025 consolidado como um dos principais fóruns de economia, inovação e liderança corporativa. Conta como patrocinadores a Corsan, Colégio Sinodal Gustavo Adolfo, Cooperativa de Crédito Sicredi, Lyall Construtora e
12h: credenciamento
13h: abertura
13h15min: painel com Empresários
Mediação: Rodrigo Souza Costa (Federasul)
Participantes: Joarez José Piccinini (Randoncorp / Banco Randon) e Alaidete Brenner (Goemil S/A)
15h: Rodrigo Barbosa, especialista em Engajamento Digital e IA
Tema: “Oportunidades da Transformação Digital”
16h: intervalo e networking
16h30min: Fernando Schüller, cientista político e professor do Insper
Tema: “Brasil: o que vem pela frente?” 17h30min: Guilherme Amaral, CEO da Dale Carnegie Minas Gerais
Tema: “Os desafios da saúde mental dos líderes e equipes”
Incorporadora, Dale Carnegie. O apoio é do Instituto Nutels e Brasrede.
Sustentabilidade
A abertura está marcada para 13h, após o credenciamento dos participantes. O evento inicia com o Painel com Empresários, mediado pelo presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa, e contará com dois nomes de destaque no cenário corporativo: Joarez José Piccinini, diretor de Relações Institucionais da
A proposta é inspirar e conectar lideranças em torno do desenvolvimento regional e da geração de oportunidades”
RODRIGO
SOUZA COSTA PRESIDENTE DA FEDERASUL
Randoncorp e presidente do Conselho do Banco Randon; Alaidete Brenner, sóciafundadora e presidente da Goemil S/A, uma das maiores indústrias de moagem do país.
O painel debate competitividade, governança e sustentabilidade, a partir de conceitos sobre inovação e sucessão empresarial, como aspectos estratégicos para a longevidade das empresas.
“A proposta é inspirar e conectar lideranças em torno do desenvolvimento regional e da geração de oportunidades”, afirma Rodrigo Souza Costa, que conduz o debate.
Tecnologia
Às 15h, o especialista em engajamento digital e inteligência artificial, Rodrigo Barbosa, apresenta a palestra “Oportunidades da Transformação Digital”. A
Palestrantes
Presidente da Federasul (Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul). Responsável por conduzir o painel de abertura. Atua na interlocução com o setor produtivo e no fortalecimento do empreendedorismo regional.
Cientista político, professor do Insper e colunista de economia e sociedade. Ex-secretário de Justiça e Desenvolvimento Social do RS. Reconhecido por análises sobre comportamento político, democracia e reformas institucionais.
Especialista em Engajamento Digital e Inteligência Arti cial com atuação em projetos de transformação tecnológica e gestão de equipes híbridas. Atua como consultor e palestrante em inovação, marketing digital e uso estratégico de IA nos negócios.
Diretor de Relações Institucionais da Randoncorp e Presidente do Conselho do Banco Randon Referência em inovação industrial e governança corporativa. Lidera o relacionamento institucional de um dos maiores grupos de transporte e mobilidade do país.
imersão aborda como a tecnologia redefine processos, acelera decisões e amplia o alcance das marcas. Com experiência em treinamentos corporativos
CEO da Dale Carnegie Minas Gerais, Carnegie Master e Diretor da Actum Treinamento. Especialista em desenvolvimento humano, liderança e performance organizacional. Atua com programas de formação em comunicação assertiva, gestão emocional e cultura corporativa.
Presidente da Goemil S/A , indústria de moagem e derivados de cereais. Empreendedora e executiva do agronegócio, com trajetória marcada pela expansão da empresa e defesa da liderança feminina no setor industrial.
e aplicação prática de IA em negócios, Barbosa deve conduzir uma reflexão sobre como pequenas e médias empresas podem competir em um mercado de plataformas e automação.
Fernando Schüller
Rodrigo Barbosa Guilherme Amaral
Rodrigo Souza Costa
Joarez Jose Piccinini Alaidete Brenner
Filipe Faleiro
filipe@grupoahora.net.br
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Nimec: meio século sobre rodas
Em um país onde seis em cada dez empresas encerram as atividades antes de completar cinco anos, chegar aos cinquenta é um marco cronológico, fruto de resiliência e boa gestão. É o caso da Nimec Logística.
A ligação da família Nicaretta com o transporte começou antes do CNPJ. Registros de 1946 mostram Francisco David Nicaretta ao lado do primeiro caminhão da família. A empresa, oficialmente criada em 1975, cresceu acompanhando o ritmo da economia brasileira: ampliou rotas para São Paulo e Curitiba, modernizou a frota e, nos anos 2000, incorporou tecnologia de rastreamento via GPS, antecipando tendências logísticas que hoje são padrão no setor.
Em 2023, a Nimec transferiu sua sede para Estrela, em um complexo de 25 mil metros quadrados, com dez mil metros de área de armazenagem. A nova estrutura consolida o modelo de operação integrada que conecta Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
Mas o legado da Nimec não se mede apenas em quilômetros percorridos. Durante as enchentes que atingiram o Estado em 2023 e 2024, a empresa cedeu espaço, caminhões e estrutura para apoio humanitário e operações de resgate, gesto que reafirma compromisso com a comunidade.
À frente do negócio, o CEO Fábio Nicaretta carrega o olhar de quem cresceu dentro da empresa e o propósito de quem entende o peso de um sobrenome. Filho de um dos fundadores, Reni Nicaretta, Fábio lidera a Nimec há 29 anos e sintetiza a filosofia herdada: “Meu pai e outros empreendedores visionários acreditaram que era possível construir uma empresa sólida, baseada em trabalho, seriedade e palavra dada.”
Com 150 caminhões na frota e mais de 15 milhões de quilômetros rodados, ele projeta o futuro com foco em inovação, tecnologia e responsabilidade ambiental. “Sempre com o mesmo propósito: fazer bem feito e com alma”, resume o executivo.
Que o próximo meio século continue sendo escrito sobre rodas, e guiado pela mesma direção: trabalho com propósito.
Indicadores
DOLAR:
IBOVESPA:
IGP-M (Out): ( - ) 0,36%
Economista da Fecomércio-RS analisa cenário global
A economista da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, apresentou em evento do Sindilojas Lajeado uma análise sobre os cenários internacional, nacional e empresarial. Segundo ela, o PIB mundial deve crescer 3,2% em 2025, abaixo do ritmo pré-pandemia. O avanço do protecionismo, as eleições de Donald Trump e o envelhecimento populacional na Europa estão redesenhando a globalização.
Patrícia projeta o PIB brasileiro de 2,3% em 2025, mas alerta para desaceleração em 2026 com a reforma tributária e as eleições sendo os grandes protagonistas. A Selic, hoje em 15%, deve cair para 12,5% até 2026. Ela ainda destacou o envelhecimento da população e o peso crescente das despesas públicas. Ao final, reforçou o recado aos empresários presentes: “Não transformar um negócio é fadá-lo ao fim.”
EmpreInove projeta cenário de 2026
Ocorre hoje, no Clube Tiro e Caça, um dos principais eventos empresariais do ano em Lajeado: o EmpreInove. Promovido pela Acil e pelo Grupo A Hora, o encontro reúne palestrantes e painelistas para discutir o tema “Brasil, o que vem pela frente”. Entre os destaques da programação está o cientista político Fernando Schüler, doutor em Filosofia pela UFRGS e professor do Insper,
conhecido por suas análises sobre o cenário nacional. O evento propõe uma reflexão sobre os desafios e oportunidades que aguardam o país. Em um mundo cada vez mais conectado, o EmpreInove reforça o papel dos empreendedores regionais em antecipar tendências e preparar-se para o futuro. As atividades iniciam às 13h e seguem até o início da noite.
DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
OBRAS EM LAJEADO
Vereadores divergem sobre inclusão de 50 denúncias na CPI
Éder Spohr (MDB) pede que mais 56 obras sejam investigadas. Mozart Lopes (PP) e Ramatis de Oliveira (PL) defendem foco nos apontamentos já protocolados
LAJEADO
Ototal de denúncias a serem apuradas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pode dobrar. Ao menos é o que reivindica Éder Spohr (MDB). Na sessão desta semana, o emedebista apresentou o pedido para mais 56 serviços, executados pela PDS Obras Ltda, serem analisados. O requerimento será formalizado na próxima semana.
Para justificar a inclusão, Spohr apresentou dados de uma obra na Rua Natalício Heineck, bairro Florestal. Trata-se da construção de calçada. De acordo com Spohr, houve superfaturamento de quase
500% no valor pago em março deste ano, porém executado ainda em 2024, durante o governo anterior. Além disso, o endereço, segundo o vereador, é o mesmo de outra empresa cujo o proprietário é também responsável pela PDS. “Fizeram a calçada deles mesmo. Isso é quase inacreditável! Quando falo que estamos diante do maior escândalo de corrupção de Lajeado, não são só os valores, isso aqui é uma sem-vergonhice, uma canalhice”, disparou. Mozart Lopes (PP), presidente da CPI, disse que serão analisadas as 50 primeiras denúncias e há necessidade de um entendimento sobre os custos para remover estruturas consolidadas e verificar obras que estão debaixo da terra. “Das 50 iniciais, 20 foram desidratadas
e não vai rolar. Sobrou 30 e agora tem mais 56? Neste pacote até 23 de dezembro vamos fazer um relatório destas 50!”, garantiu. Ramatis de Oliveira (PL) pediu para presidência garantir a transmissão de todos os encontros da CPI, uma vez que em reunião com a perita indicada pela justiça, um acordo previa foco nos 50 apontamentos inicialmente apresentados. “Tá querendo jogar para o público. Vamos fazer um trabalho sério, sem pão e circo!”, solicitou.
Perícia e demais investigações
Nesta semana, poderá ser efetiva a contratação da perita para elaboração de laudos das primeiras obras. A agenda com a PDS, prevista para esta semana foi cancelada, bem como, uma reunião com Gilberto Vargas, o Giba, autor do dossiê que deu origem a CPI.
Em paralelo ao trabalho dos vereadores, uma sindicância solicitada pela prefeita Gláucia Schumacher está em andamento. Após análise de documentos, os servidores estão na fase de oitivas de testemunhas. Há possibilidade de prorrogação no prazo inicial de 30 dias. Há ainda a investigação pelo Ministério Público (MP), coordenada pelo promotor João Pedro Togni.
Henrique Pedersini
Requerimento para inclusão de obras será formalizado na próxima semana
HENRIQUE PEDERSINI
www.coquetel.com.br
Perturbação de espírito por desejo
Animal como o Gaguinho (inf.)
Que não é lógico
Compõem a paisagem do interior de Minas
Descarga emocional Encher de pessoas
CRUZADAS
Técnica de tratamento da hemofilia Roedora
Fere; machuca Samba, MPB e funk Marcelo (?), apresentador
Comandei; governei
Autônomo; independente
Prática executada por assaltantes (pl.) Caminha rápido como os cavalos
Supressão de fonema (Gram.)
Letra que identifica o sotaque inglês
Setor de cultivos (red.)
Ordem zoológica dos sapos
Dispositivo intrauterino (sigla)
A zona mais oleosa do rosto "(?) de Nós Está Mentindo", série de TV Grupo sanguíneo do doador universal Som para imitar supostos fantasmas Cantora de "Royals"
Inofensivos Gás de minas de carvão
Raça de cães gigantes Monarca
Formato de certos decotes
Mechas de cabelos
Erasmo Carlos, cantor
Parte de casas onde fica o varal
Forma de tratamento dado às freiras
Véspera, em inglês
Publicações Legais
Profissionais de escolas
Período que encerra a Antiguidade Clássica
3/eve — tas. 5/grisu — lorde.
BANCO 23
ÁRIES: Agir em equipe será a melhor maneira de conseguir o que deseja, Áries, seja no trabalho ou na vida pessoal.
TOURO: Aproveite para se reinventar, realizar sonhos, investir na sua imagem e promover as mudanças desejadas na carreira ou nas parcerias.
GÊMEOS: Desacelere, pratique meditação e cultive a serenidade. As melhores ideias e soluções virão em momentos de silêncio.
CÂNCER: Comece um novo trabalho ou tratamento médico. Será bom momento para reformular a rotina e cuidar da saúde física e mental.
LEÃO: Criatividade e entusiasmo com novos projetos não faltarão hoje. Aproveite para reinventar a vida e romper barreiras nas relações.
VIRGEM: Valerá também marcar presença nas redes e ampliar conexões com pessoas de outras localidades.
Solução
LIBRA: Decida mudanças com mais clareza e desenhe estratégias. Hora de investir no seu futuro, vencer burocracias e firmar um contrato promissor.
ESCORPIÃO: Mudanças valerão a pena se elevarem seus padrões e diminuirem atritos. Evite gastar dinheiro por impulso.
SAGITÁRIO: Objetivos pessoais ficarão mais claros. Conte com poder de comunicação e mobilidade. Negociações serão bem-sucedidas!
CAPRICÓRNIO: Conversas de hoje despertarão novos focos de interesse e poderão resultar num projeto ambicioso que terá tudo para dar certo.
AQUÁRIO: Será um bom momento também para ampliar conexões, entrar num grupo ou reformular a equipe.
PEIXES: As comunicações estarão abertas. Circule e fique por dentro das tendências. Hora de decidir o futuro e dar uma virada de vida!
ESTOQUE DE SANGUE
Hemovale enfrenta queda nas doações e alerta para níveis críticos
Com redução de quase 50% nas doações, Banco de Sangue reforça apelo à comunidade e destaca a importância de manter o fluxo constante de doadores para garantir atendimento aos pacientes
LAJEADO
Com média diária necessária de 35 doações, o Hemovale tem recebido cerca de 20 doadores, número insuficiente para atender a demanda. A queda nas doações tem deixado os estoques em nível crítico e aumentado o tempo de espera por transfusões.
“O cenário atual é preocupante, pois tivemos uma queda brusca, quase pela metade. Para evitar prejuízos aos pacientes, fazemos uma avaliação criteriosa das situações mais urgentes”, explica Marina Vieira, enfermeira responsável pelo banco de sangue.
Para equilibrar os estoques, o Hemovale intensifica campanhas e apelos à comunidade. Os tipos sanguíneos com níveis mais baixos são O- e A-, que tradicionalmente apresentam maior escassez. No entanto, todas as tipagens são aceitas.
Solidariedade em ação
Mesmo diante da baixa procura, exemplos de solidariedade têm inspirado outras pessoas. O casal
Sílvio César Neto, 53, e Ana Zélia
Alves da Silva, 47, moradores de Arroio do Meio, doou sangue pela primeira vez. “Já vinha pensando em doar e agora coincidiu com a necessidade de um amigo. Quero repetir a experiência quando voltar de viagem”, contou Sílvio.
Para Ana Zélia, o gesto é simples e recompensador.
“Hoje doo para alguém que não conheço, mas amanhã pode ser alguém da minha família. É rápido e vale muito a pena.”
A jovem Júlia Tiggemann, 20, dedicou a manhã para doar sangue à mãe internada no Hospital Bruno Born. “É uma forma de ajudar.
Sempre incentivo colegas e amigos a fazerem o mesmo.”
Outra estreante, Mariah Zart, 21, aproveitou o momento em que estava apta após cumprir os prazos exigidos por tatuagens e piercings. “Sempre quis doar. É gratificante saber que
posso ajudar pessoas que nem conheço.” Inspirada por ações nas redes sociais, ela decidiu mobilizar amigos e familiares sobre o tema.
Como doar
Uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas. Para ser doador, é preciso pesar mais de 50 quilos, estar em boas condições de saúde e ter dormido ao menos seis horas na noite anterior. A triagem clínica feita no Hemovale avalia se o candidato está apto, considerando critérios como ausência de sintomas gripais, diarreia e restrições temporárias após vacinas, dentre outras. O processo de doação é rápido, cerca de dez minutos, e pode ser agendado no Hemovale, que funciona junto ao Hospital Bruno Born, pelos telefones (51) 37480442 ou WhatsApp (51) 982080885. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h, e aos sábados, das 7h30 às 11h.
Maira Schneider
mairaschneider@grupoahora.net.br
Hemovale intensifica campanhas e apelos à comunidade
MAIRA SCHNEIDER
OBITUÁRIO
LOURDES MARIA REGINATTO STRAMARI, 81, faleceu ontem, 5. O velório ocorre na Capela São
Valentim, de Linha Leopolda, em Doutor Ricardo. O sepultamento ocorre hoje, 6, às 9h, no cemitério da mesma comunidade.
MARCELO MULINARI, 45, faleceu ontem, 5. O velório ocorre na Capela Mortuária Municipal de Canabarro, em Teutônia. O sepultamento ocorre hoje, 6, às 9h, no Cemitério Municipal de Canabarro.
FRIDA BIRKHEUER, 91, faleceu na terça-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Linha Orlando, em Marques de Souza.
ERICO RIEDNER, 95, faleceu na terça-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Beija Flor Costão, em Estrela.
NELSO ISIDORO BAGGIO, 72, faleceu na terça-feira, 4. O sepultamento ocorreu no cemitério de Linha Emília, em Dois Lajeados.
VERA CRISTIANE DA ROSA, 45, faleceu na terça-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Barreiros, Bom Retiro do Sul.
SOM QUE EMBALA A LARGADA
SEXTETO TEMPERO BRASIL SE
APRESENTA NO CIRCUITO DOS VALES
Formado por trompete, saxofone tenor, trombone, guitarra, baixo e bateria, o grupo promete envolver os participantes com um repertório variado, que mescla MPB, rock e pop rock
Público poderá curtir apresentação gratuita, com repertório variado e animação garantida
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Osom brasileiro vai marcar o ritmo da largada do Circuito dos Vales 2025. No dia 23 de novembro, a partir das 8h15min, o Sexteto Tempero Brasil sobe ao palco montado no Centro Administrativo, em Teutônia, para um show gratuito e repleto de energia. A atração encerra o ciclo de apresentações do projeto “Cultura em Movimento”, que ao longo do ano levou diferentes expressões artísticas ao público do evento.
Formado por trompete, saxofone tenor, trombone, guitarra, baixo e bateria, o grupo promete envolver os participantes com um repertório variado, que mescla MPB, rock e pop rock. “O repertório será de astral elevado, com muito ritmo e alegria. A expectativa é das melhores, pois o Circuito dos Vales é um evento consolidado e de enorme prestígio. Será
um prazer poder mostrar nosso trabalho”, afirma o maestro e trombonista Astor Jair Dalferth, fundador e arranjador do grupo.
UM TEMPERO MUSICAL GENUINAMENTE BRASILEIRO
Criado em março de 2009, o Tempero Brasil nasceu com o propósito de valorizar a música instrumental, a improvisação e a criação autoral. Seus arranjos — em grande parte escritos por Dalferth — dão liberdade aos músicos para explorar diferentes estilos e criar momentos únicos em cada apresentação.
O sexteto já percorreu diversas regiões do Rio Grande do Sul, passando por cidades como Lajeado, Estrela, Encantado, Santo Ângelo, Ijuí e Panambi, em projetos como Trenó do Sexteto
e Tempero Musical. O grupo também mantém o espetáculo “Duendes Musicais”, apresentado no período de Natal, em que os integrantes se caracterizam de duendes e levam música e alegria às ruas.
REPERTÓRIO DE CLÁSSICOS E CRIAÇÕES PRÓPRIAS
Entre os compositores que inspiram o grupo estão Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Hermeto Pascoal, Duke Ellington, Chick Corea e Astor Piazzolla, entre outros. O Tempero Brasil transita por gêneros como Bossa Nova, Samba, Choro, Forró, Blues, Jazz e Soul, sempre com espaço para a experimentação e o improviso. Além das releituras, o sexteto também apresenta músicas autorais, compostas por Astor
Jair Dalferth e Lucas Brolese, que reforçam a identidade e o compromisso do grupo com a difusão da cultura musical brasileira.
O projeto cultural conta com o estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais o patrocínio de Girando Sol, Fasa, Goemil, Metanox, Beira Rio e Stock Center. É uma realização do Jornal A Hora e do Ministério da Cultura – Governo Federal – Do lado do povo brasileiro. O projeto valoriza e apoia a música como linguagem e prática artística, e incentiva as
manifestações culturais do RS. Os shows têm classificação indicativa livre para todos os públicos e entrada gratuita.
TRAJETO E CAMISETA
O Circuito dos Vales revelou nessa semana o trajeto e também a cor da camiseta para última etapa. Mais informações podem ser obtidas na página do Circuito dos Vales no Instagram.
DIVULGAÇÃO
por Raica Franz Weiss
Alunos arrecadavam R$ 4 mil em pedágio solidário
A Escola Estadual de Ensino Médio Guararapes, de Arroio do Meio, organizava um pedágio beneficente na entrada e saída da cidade. O objetivo da ação era arrecadar fundos para ajudar o aluno Lucas Matias de Oliveira, que estava com problemas de saúde e diversas despesas médicas.
Com cartazes e fotos do menino, os alunos da 8ª série, juntamente com a direção, professores e assistência social se empenharam no pedágio solidário. A ideia partiu dos colegas de Lucas, que queriam ajudar o amigo de alguma forma. Ao todo, a iniciativa arrecadou R$ 4 mil e foram contabilizadas cerca de 1,5 mil contribuições.
Encantado celebrava Jantar dos Comerciários
O tradicional Jantar dos Comerciários era realizado no Clube Comercial de Encantado e reunia trabalhadores, familiares e amigos. Na noite, além do jantar, houve distribuição de brindes e a escolha dos comerciários do ano. Emerson Zanella e Nelcila de Martini foram escolhidos Comerciário e Comerciária do Ano de 2005. A eleição era feita entre os colegas de trabalho.
Turismate animava Ilópolis
A festa da erva-mate, a Turismate 2005, ocorria nas imediações do Parque do Ibama, em Ilópolis. A festa reuniu mais de 20 mil pessoas. Na época, a reportagem dizia que Ilópolis levava a fama de produzir a melhor erva-mate do país. No evento, era possível acompanhar todas as etapas de produção da erva-mate numa exposição disposta ao longo do Parque.
Ilópolis de fato é conhecida como Cidade da Erva-mate, isso porque o próprio nome do município carrega esse significado, já que “ilo”, em latim, significa erva e “pólis”, em grego, representa cidade. A primeira edição da Turismate ocorreu em 2003, também no Parque do Ibama. A última edição do evento foi em 2023 e não foi confirmada para 2025.
Serrano escolhia Pretto para presidente
A Sociedade Desportiva Recreativa e Cultural Serrano, de Jacarezinho, em Encantado, realizava sua assembleia geral ordinária. Na ocasião, foi feita
a prestação de contas do último mandato e houve as eleições para a próxima diretoria. Em 1975, foi eleito pela quarta vez consecutiva o vereador João
Carlos Pretto para presidente da sociedade. Como vice, foi eleito Claudio Vian. O Conselho Deliberativo era constituído por Pio Lorenzi, Plínio Giacomolli, Avelino Sangalli, Noeli Paderiva, Davi Antônio Sangalli e Nilson Frigeri.
Também conhecida como Esporte Clube Serrano, a entidade existe ainda hoje em Linha Jacarezinho e é ativa no esporte regional. A fundação oficial foi em 1962, mas alguns registros falam que as atividades iniciaram ainda em 1922.
Hoje é
- Dia Nacional do Amigo da Marinha do Brasil
- Dia da Malária nas Américas
- Dia Nacional do Riso
Santo do dia: São Leonardo de Noblac
Emerson e Nelcila
FILIPE FALEIRO
Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br
Casamento sem convidados
Símbolo de status social e estabilidade, perde o protagonismo. De um patrimônio nacional, o casamento vira secundário na vida dos casais. Dados do Censo mostram que, pela primeira vez, as uniões de consenso (aquelas sem cerimônia civil ou religiosa) ultrapassaram os matrimônios formais.
Em 2022, 38,9% das pessoas viviam em relações informais.
A conhecida União Estável, das escovas de dente juntas e a divisão das contas ganham propulsão. O casamento civil ou religioso caiu para 37,9%.
Tais números revelam uma transformação na estrutura social e econômica do país. O que antes era um rito de passagem, de um grande evento para marcar o início da vida a dois, hoje se converte em algo pragmático, silencioso e, muitas vezes, restrito.
As razões vão além da religião ou da vontade individual. O
que está em curso é a questão econômica. Sem previsibilidade ou renda suficiente, o mito da festa virou luxo. Claro, tudo tem relação com as esferas sociais.
O IBGE mostra que a união informal é realidade para mais da metade dos casais com renda de até meio salário mínimo per capita. Nesse grupo, 52,1% vivem juntos sem registro. O casamento completo é para quem ganha mais de cinco salários (54,3% deles ainda seguem o ritual).
A antropologia nos ajuda a entender o fenômeno: o casamento sempre foi um espelho da economia. Nas sociedades rurais, era o pacto entre famílias e heranças; na era industrial, um contrato moral que garantia estabilidade e força de trabalho.
Na economia do fluxo, do aplicativo e do aluguel, o vínculo se adapta à lógica da instabilidade. A união consensual é, antes de tudo, uma resposta cultural aos novos tempos.
Números
(Censo 2022)
38,9% dos casais vivem em uniões consensuais (sem casamento civil ou religioso).
Pela primeira vez desde 1960, esse formato ultrapassou os casamentos formais.
O grupo com casamento civil e religioso caiu de 42,9% (2010) para 37,9% (2022).
Casamento apenas civil: subiu de 17,2% para 20,5%.
Casamento apenas religioso: caiu de 3,4% para 2,6%.
Na faixa etária de 20 a 29 anos, 24,8% vivem em união consensual.
Entre 30 e 39 anos, o índice sobe para 28,5%.
Concessão: preço e transparência
O governo do Estado segue firme no cronograma de concessão das rodovias do Bloco 2. Mas, enquanto o Piratini avança com discurso de convicção, as entidades empresariais ampliam o tom de cautela.
Na manhã de ontem, quartafeira, 5 de novembro, a diretoria da Federasul reforçou um ponto central: o debate não é mais sobre a necessidade das concessões e sim sobre o quanto se paga e o quanto se sabe.
O preço máximo de R$ 0,19 por quilômetro continua a ser visto como elevado. Mais do que isso, há desconfiança sobre a estrutura do projeto. O governo apresentou cronogramas detalhados apenas para os cinco primeiros anos, mas os anos seguintes permanecem sem clareza. É um modelo de longo prazo, mas com transparência de curto alcance.
A cobrança por previsibilidade é legítima. O investimento anunciado, R$ 6 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão de aporte público, é robusto, mas exige controle social efetivo. As entidades querem
acesso aos projetos técnicos e aos critérios que definem a sequência das obras. Sem isso, a parceria público-privada corre o risco de reproduzir a lógica de sempre: contrato sólido, entrega parcial. O que o setor produtivo pede é simples: justiça tarifária e informação completa. No
modelo proposto, o pedágio é permanente, mas a contrapartida ainda é abstrata. No meio disso, a sociedade observa um dilema que vai muito além do valor da tarifa: trata-se de confiar novamente em um modelo que da década de 1990 até agora prometeu muito e entregou pouco.
ARTIGO
MAURO FALCÃO
advogado e escritor
Quando o Estado sobe o morro para esconder sua ausência
Afavela não nasceu por acaso. Ela é o resultado de uma engenharia social silenciosa, conduzida ao longo de décadas por uma elite que, ao moldar a cidade, empurrou os pobres para longe — como se a desigualdade pudesse ser removida com pás de concreto e muros invisíveis. O morro e a periferia surgiram como refúgio, não por escolha, mas por expulsão.
O Estado, que deveria ser o guardião de todos, sempre serviu aos que habitam o topo da pirâmide. Seu olhar, enviesado e seletivo, raramente se volta para as vielas e becos onde a sobrevivência é diária. Na ausência do Estado, o vazio foi ocupado. Forças paralelas se ergueram, oferecendo uma falsa proteção, um simulacro de pertencimento. “Deixem-nos aqui, e tudo ficará em paz” — dizem. E a paz, comprada pelo medo, instalou-se como regra.
Essas forças compreenderam melhor do que o Estado o que o povo precisava: alimento, reconhecimento, alguma forma de poder sobre a própria miséria. Em troca, exigiram silêncio, lealdade e, sobretudo, proteção. A comunidade, então, tornouse escudo. E nesse escudo, os criminosos encontraram seu refúgio.
Mas todo poder precisa de combustível — e o combustível é o dinheiro. É fora da favela que ele nasce e retorna. São os consumidores das zonas nobres, dos condomínios murados e das festas luxuosas, que sustentam o império que fingem repudiar. A mão que aponta o dedo é a mesma que paga o preço do vício.
E no meio dessa engrenagem cruel, há mais uma vítima esquecida: o policial. Filho do povo que o Estado abandonou, ele é lançado ao morro como soldado de uma guerra que não criou”
E no meio dessa engrenagem cruel, há mais uma vítima esquecida: o policial. Filho do povo que o Estado abandonou, ele é lançado ao morro como soldado de uma guerra que não criou. O governante, que jamais subiu o beco nem sentiu o cheiro da pólvora, ordena de longe que ele avance — e arrisque a vida, se preciso for. A cada operação, o policial paga com o corpo a dívida moral de uma sociedade que finge não ter culpa.
Enquanto isso, o discurso moralista ecoa: “A favela é perigosa, é o berço do crime.” Mas o crime não nasceu na favela, ele apenas encontrou nela abrigo. Nasceu da indiferença, da exclusão e da cobiça dos que nunca precisaram descer o morro para saber o que é fome.
Está passando da hora de invertermos o olhar. Não há como compreender a violência sem compreender a ausência que a antecede. A favela não é o problema, é o espelho. Um espelho que reflete o fracasso coletivo de uma sociedade que criou suas próprias sombras e, agora, teme o que vê.
Quinta-feira, 6 novembro 2025
Fechamento da edição: 18h
Encanta Hub abre para formar talentos e impulsionar inovação
REGIÃO ALTA | |
Quinta-feira, 6 novembro 2025
Estrutura
A primeira etapa do Encantado
ENCANTADO
Um dos maiores projetos da educação de Encantado, o Centro de Inovação e Tecnologia Encanta Hub será inaugurado amanhã, 7, às 16h. O espaço ocupa o prédio de dois andares do antigo campus da Universidade do Vale do Taquari (Univates) em área superior a três mil metros quadrados, no bairro São José.
O prefeito Jonas Calvi destaca que a inauguração representa a concretização de um sonho.
“Quando lançamos o projeto do Centro em novembro do ano passado, todos se impactaram com o prédio abandonado. Agora queremos mostrar o que conseguimos fazer. Um terço de toda a estrutura será ocupado nesta primeira fase, mostrando o quanto ainda podemos avançar”, destaca.
A secretária de Educação e Inovação, Stéfanie Casagrande, explica que o Encanta Hub tem foco educacional e será o principal instrumento do Pacto Municipal pela Educação, lançado em 2023. “A proposta é tornar Encantado um polo na geração de talentos. Vamos atender adolescentes do 6º ao 9º ano no contraturno, além de formar professores nas novas vertentes da educação”, afirma.
A primeira etapa ocupa uma área de 400 metros quadrados, inclui salas de aula, biblioteca circular, coworking, miniarena, recepção e a sala de resiliência climática. As próximas fases preveem a recuperação do restante do térreo e a reforma do segundo andar. A prefeitura já
Hub ocupa uma área de 400 metros quadrados, distribuídos com os seguintes espaços:
Duas salas de aula
Biblioteca circular
Espaço Coworking
Miniarena Recepção
Sala de resiliência climática
STÉFANIE
CASAGRANDE,
SECRETÁRIA DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Queremos criar uma governança formada por diferentes entes da sociedade, para que o Encanta Hub não dependa apenas do poder público"
captou R$ 500 mil pelo Fundo
Regenera, do Instituto Gerdau, e busca novos recursos por meio de editais como o Trilhas RS e cotas de empresas parceiras para dar sequência à revitalização. “O nosso cálculo é de R$ 5 milhões para deixar todo o prédio pronto”, comenta Stéfanie.
Segundo Calvi, o próximo passo é atrair parceiros para movimentar o espaço. Ele
Centro de Inovação e Tecnologia será inaugurado amanhã, 7. Estrutura revitalizada ocupa prédio do antigo campus da Univates
Primeira etapa ocupa uma área de 400 metros quadrados e inclui salas de aula, biblioteca circular, coworking, miniarena, recepção e a sala de resiliência climática
também lembra da lei municipal de incentivo à tecnologia, que inclui a redução do ISS para empresas do setor. “Temos o desafio de reter e atrair talentos.
A EVCOMX, por exemplo, foi a primeira startup a se instalar aqui e já fatura por Encantado, atendendo clientes em vários estados”, ressalta. Stéfanie reforça que a gestão do centro deve ser compartilhada. “Queremos criar uma governança formada por diferentes entes da sociedade, para que o Encanta Hub não dependa apenas do poder público. Não podemos depender do próximo gestor, da próxima secretária. Os projetos bons tem que continuar”, observa a secretária, que confirma a intenção de contratar um profissional para ser o responsável pela gestão do Encanta Hub.
Nova era
Para o CEO da EVCOMX, Rodrigo Dalla Vecchia, o projeto tem potencial transformador. “É um espaço fantástico, que alia educação e tecnologia. Cidades que investiram em educação, como Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, se tornaram polos de inovação. Encantado segue esse caminho. Investir em educação é um passo de médio e longo prazo, mas transforma a comunidade”, comenta.
Dalla Vecchia vê o Encanta Hub como um catalisador para reter talentos e estimular o crescimento regional. “Estamos vivendo uma nova era do conhecimento. Um hub que acolhe a educação e empresas de tecnologia é essencial para desenvolver a economia local e evitar a fuga de talentos”, diz.
Temos o desafio de reter e atrair talentos.
A EVCOMX, por exemplo, foi a primeira startup a se instalar aqui e já fatura por Encantado, atendendo clientes em vários estados"
Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br
JONAS CALVI, PREFEITO DE ENCANTADO
MATHEUS LASTE
Encanta Hub, inovação na prática
Ainauguração do Centro de Inovação e Tecnologia Encanta Hub é o ponto de partida para Encantado cumprir a ambiciosa meta estabelecida pelo Pacto Municipal da Educação de ser referência nacional na geração de talentos em 10 anos.
Embora as primeiras atividades ocupem apenas uma parte do revitalizado prédio de dois andares do antigo campus da Univates, no bairro São José, é inegável a expectativa que a
ação gera não só na cidade, mas também na região.
O Encanta Hub materializa um dos grandes planos de governo de Jonas Calvi (PSD), de elevar o patamar da educação de Encantado com olhar voltado à inovação e ao empreendedorismo.
O engajamento e a parceria de empresas locais, e até de outras regiões, são fundamentais para o projeto ter sustentabilidade financeira e cumprir seu propósito. Encantado não pode perder essa oportunidade!
diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI
Manifesto pela Rota do Pão e Vinho
É quase uma cartada decisiva! A Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) confirma para 19 de novembro, às 14h, na sede do Sicredi Região dos Vales, em Encantado, a audiência pública regional em defesa da Rota do Pão e Vinho.
A mobilização reunirá lideranças do Vale do Taquari e da Serra Gaúcha, além de representantes do Governo do Estado. A ideia é reforçar os argumentos para garantir a obra de pavimentação como prioridade no orçamento do Fundo Rio Grande (Funrigs). O valor projetado se aproxima dos R$ 170 milhões para o trecho de 38 quilômetros entre Anta Gorda e Roca Sales.
E convenhamos, quem está próximo ao governador Eduardo Leite e ao vice Gabriel Souza, sabe da importância do projeto e pode “dar uma força”. Perguntem aos secretários Juvir Costella, Ronaldo Santini e Marcelo Caumo, só para citar três do alto escalão.
Expectativa no Jacarezinho!
Alunos, professores e familiares aguardam com expectativa definições sobre a construção da nova Escola Estadual Antônio de Conto, no bairro Jacarezinho. E há perspectivas otimistas após as últimas reuniões no Palácio Piratini. Pelo menos é o que demonstram os líderes encantadenses, como o prefeito Jonas Calvi (PSD) e o vereador Leonardo Lorenzi (MDB), morador da comunidade.
A estrutura do tradicional educandário, que homenageia o primeiro morador eleito prefeito de Encantado e se aproxima dos 70 anos de história, está abandonada desde a enchente de maio de 2024. As aulas ocorrem no prédio da Faterco/Uergs, no bairro Lambari, e movimentam 158 estudantes do 1º ao 9º ano, além de 18 crianças na educação infanti. As negociações entre o governo local e o Estado seguem. A tendência é que a Administração adquira a área no Jacarezinho (há três terrenos em análise, em locais afastados do risco de inundação) e o Estado construa o prédio. Há dúvidas sobre o número de salas, cinco ou nove. Após ser concluída, há chance de voltar a ser municipalizada.
O espaço da antiga estrutura, que no início dos anos 80 foi repassado ao Estado, também deve voltar ao controle do município. Por ser área alagável, há plano de transformar em opção de lazer no futuro.
Vale uma champanhe!
“É motivo de comemorar com uma champanhe”. A ousada sugestão foi feita pelo vereador de Encantado, Valdecir Gonzatti (PSDB), na tribuna desta semana, ao destacar a absolvição da colega de partido Joanete Cardoso das denúncias de irregularidades na prestação de contas da campanha eleitoral de 2024. E a frase, lógico, gerou sorrisos, cornetas e brincadeiras entre os demais parlamentares.
Otimismo na 129
Domingo, 9, faz um mês do início de fato das obras de pavimentação da ERS-129, em Roca Sales. E a movimentação intensa e contínua de máquinas tem entusiasmado os moradores da Fazenda Lohmann. Os mais otimistas já apostam que em fevereiro, a continuar nesse ritmo, já será possível iniciar a colocação da camada asfáltica. Nessa semana, uma das etapas do trabalho se concentrou na instalação de galerias na região conhecida como Bicudo.
Eu pergunto:
Qual a chance de o projeto da Rota do Pão e Vinho ser contemplado com recursos do Funrigs?
• Em Roca Sales, o prefeito Mazinho (PP) está incomodado com "os egos" de quem quer ser "o pai da criança" de obras e projetos de reconstrução, como a nova ponte do centro e a pavimentação da ERS 129. O desabafo veio durante fala na tribuna na sessão desta semana da Câmara de Vereadores. "O brilho é da população", disse o gestor.
Em Encantado, o vereador Ivanor Daltoé (União Brasil) pediu vistas ao projeto de incentivo à empresa Hedera. A atitude, segundo o experiente político, não tem relação com a empresa, mas foi em tom de protesto pelo fato de o prefeito Jonas Calvi (PSD) não ter lhe dado retorno sobre questionamentos pontuais. Daltoé, que é aliado ao governo, está incomodado com a demora no agendamento de exames de saúde.
• Ainda em Encantado, o vereador Claudinho (MDB) alerta sobre a necessidade de atrair os turistas do Cristo Protetor para o comércio do centro. "Só vão na Igreja e depois vão embora", lamenta.
• Após anunciar o encerramento do contrato com a Clínica PA+ 24h, o governo de Encantado decide ampliar o horário do posto de saúde do bairro Navegantes, próximo ao centro da cidade. O atendimento vai das 7h às 21h, quatro horas a mais do que o atual. A mudança será implantada a partir de 24 de novembro.
Pequenas sementes, grandes descobertas
ARádio A Hora apresentou o 30º episódio do programa “O Segredo da Infância”, com a participação especial dos alunos e professores da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Lajeadinho, de Encantado. Mediado por Ana Fausta Borghetti, facilitadora de processos de inovação, o encontro abordou o tema “Semente de quê?”, fruto de um projeto pedagógico que desperta nas crianças a curiosidade e o encantamento pela natureza.
A diretora Tais Daltoe explicou que o projeto surgiu de uma pergunta simples feita por um aluno. “O que é isso que está aqui no meio da fruta? O que é essa bolinha preta?” A partir dessa curiosidade, toda a escola se envolveu. “É um projeto que engloba a escola toda. São sementes que estão no cotidiano deles, na hora da fruta, na hora do lanche”, contou.
Para Ana Fausta, a força do trabalho está em ouvir as crianças e permitir que a descoberta ocorra de forma natural. “Quando a gente dá ouvido para as crianças, o trabalho flui com mais tranquilidade. Eles estão descobrindo o mundo, e tudo para eles é maravilhoso”, afirmou.
A professora Raquel Pierine Tubias relatou que o estudo das sementes se tornou uma verdadeira jornada de descobertas. “Esse projeto surgiu da curiosidade deles. A gente vem trabalhando ao longo dos meses com frutas e outras sementes que fazem parte da alimentação. Fizemos pratos com feijão, arroz, milho e lentilha, mostrando que tudo isso também são sementes”, explicou. As crianças aprenderam que algumas precisam ser cozidas antes de comer, enquanto outras, como o amendoim e as nozes, podem ser consumidas cruas. “Eles provaram até pistache e grãode-bico. Fizeram cara estranha, mas provaram”, brincou a professora.
Durante o bate-papo, Miguel Hennika, de 5 anos, mostrou que aprendeu muito. “A semente do abacate é grandona, como uma bolona”, disse. Ao ser questionado se dá para comer, respondeu rápido: “Não”. E completou: “Se tu plantar, vai virar uma árvore. A madeira do abacate é bem grande, aí vai aguentar”. O menino também explicou por que a melancia nasce no chão: “Porque ela é pesada, os galhos não conseguem aguentar a melancia”.
Já Larissa Hennika, também de 5 anos, contou o que descobriu sobre o girassol: “A sementinha do girassol planta na terra, depois dá água, daí depois nasce a raiz, depois o caule e a flor.” A menina ainda revelou que plantou um pinhão para levar para casa de presente de Natal: “E está nascendo um pinheirinho”.
As crianças também fizeram experiências com jabuticaba. “A gente viu a semente da jabuticaba”, lembrou Miguel. “Tem algumas que são grandes”, completou Larissa.
Para Ana Fausta, as pequenas
descobertas representam grandes aprendizagens. “Parece pouca coisa, mas eles estão criando um laço maior com a natureza, com o cuidado e com as sementes”, refletiu. A diretora Tais revelou que o projeto deve continuar: “A nossa ideia é ter um Sementário futuramente, e até um pomar. Temos um pátio grande, vamos explorar bastante”, afirmou.
As lições vão muito além da biologia. Segundo Raquel, o projeto também busca envolver as famílias e promover consciência ambiental. “Fizemos um girassol com material reciclado e outros brinquedos sustentáveis. É importante que as famílias entendam de onde vem o alimento, como chega ao mercado, e valorizem quem planta”, destacou. Raquel ainda compartilhou um experimento que vem despertando curiosidade na turma: “Temos na sala um caroço de abacate dentro de um copo transparente com água, perto da janela para pegar claridade. Estamos na expectativa dele brotar até o final do ano letivo”, revelou.
Ana Fausta, Raquel e Taís com as crianças Miguel e Larissa
DIOGO FEDRIZZI
Erva-mate é destaque na COP30 com estudo sobre descarbonização
Pesquisa desenvolvida
pela Seapi e Appemat será apresentada em Belém (PA) como exemplo de produção sustentável
ORio Grande do Sul levará à 30ª Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) — que ocorre de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará — quatro painéis sobre a contribuição da agropecuária brasileira para um futuro de baixa emissão de carbono. Entre eles, um trabalho realizado em Ilópolis colocará a erva-mate como protagonista de uma discussão global sobre sustentabilidade e descarbonização.
O estudo, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) em parceria com a Associação dos Produtores e Parceiros da Erva-Mate do Alto
Taquari (Appemat), analisou os fluxos de gases de efeito estufa em três sistemas de cultivo da planta: mata nativa, cultivo a pleno sol e cultivo sombreado
entre araucárias. Os resultados apontam que o sistema sombreado apresentou o menor potencial de aquecimento global, demonstrando-se uma alternativa ambientalmente sustentável e com maior capacidade de acúmulo de carbono no solo e na vegetação.
Segundo pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA/ Seapi), o cultivo sombreado não apenas reduz as emissões de dióxido de carbono equivalente
Pesquisadores da Seapi com os equipamentos instalados em Ilópolis
(CO₂e), como também reforça o papel estratégico da ervamate na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Além disso, o aumento da matéria orgânica no solo melhora a qualidade e a produtividade das lavouras, fortalecendo o equilíbrio entre conservação ambiental e geração de renda.
Reconhecimento internacional
Para o presidente da Appemat, Clóvis Roman, a participação na COP30 representa um marco para a região produtora.“É um estudo que começou em 2023, com as tratativas e a instalação das estações, e hoje estamos prontos para apresentar esses números”, explica. A apresentação dos dados ocorrerá no dia 16 de novembro, com a participação da integrante da Appemat, Ariana Maia, que representará os produtores locais
Na sede do Ibramate e Appemat, o presidente Clovis Roman e a integrante que irá a COP30, Ariana Maia
Esses dados são fundamentais para abrir novos mercados e oportunidades comerciais baseadas em práticas sustentáveis”
junto à equipe da Seapi. “Esse reconhecimento mostra o potencial da erva-mate para capturar gases de efeito estufa e reforça a sustentabilidade da cultura, que é nativa da nossa região. Esses dados são fundamentais para abrir novos mercados e oportunidades comerciais baseadas em práticas sustentáveis”, destaca Roman. O dirigente ressalta que, além do impacto ambiental positivo, o estudo tem reflexos diretos na economia regional.“É uma nova maneira de buscar mercados para o produto. A COP é uma vitrine mundial, com países e legislações atentos a essas questões. Estar lá com um trabalho dessa importância coloca Ilópolis e o Alto Taquari em um novo patamar de visibilidade”, completa. O painel “Erva-mate e o futuro verde: descarbonização, florestas e comunidade” integra o conjunto de apresentações da Seapi na COP30, ao lado de temas como pecuária no bioma Pampa, arroz sustentável e o projeto Reflora, que resgata o DNA e promove o florescimento precoce de árvores nativas brasileiras.
ILÓPOLIS
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
CLOVIS ROMAN PRESIDENTE DA APPEMAT
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Anita Garibaldi faz pré-estreia do espetáculo que levará ao Enart
Grupo de Artes Nativas apresenta neste sábado, 8, a lenda que deu origem ao nome da cidade, em uma noite de emoção, arte e celebração da cultura gaúcha
O que é o Enart?
ENCANTADO
OGrupo de Artes Nativas (GAN) Anita Garibaldi, de Encantado, vive um dos momentos mais marcantes da trajetória. Após conquistar a vaga na Força
A do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) — a principal competição do tradicionalismo no Rio Grande do Sul —, o grupo promove neste sábado a préestreia, um espetáculo que antecipa o trabalho que será levado ao palco sagrado de Santa Cruz do Sul. Para a patroa Valéria Maria Bertamon Belotti, 47 anos, o sentimento é de alegria, dever cumprido e gratidão. “A Força A é extremamente disputada. Estar nela é conviver e competir com grupos renomados, o que nos enche de orgulho e também de responsabilidade”, destaca.
O Anita Garibaldi não se apresenta com invernada artística no Enart desde 2023. Em 2024, o foco foi nas modalidades individuais, período que serviu como tempo de maturação e reconstrução. “Foi um momento de preparo e amadurecimento. A temática, objetivos e estrutura foram repensados. Hoje, temos um trabalho mais sólido, construído em conjunto por dançarinos, instrutores, coordenação de pais e equipe técnica”.
O Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) é o maior evento competitivo do tradicionalismo do Rio Grande do Sul, promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Reúne os melhores grupos do Estado em diversas modalidades artísticas, com destaque para as danças tradicionais gaúchas, que dividem os grupos entre as Forças A e B.
A dedicação se reflete nas longas horas de ensaio — finais de semana de quatro a oito horas e práticas durante a semana com até quatro horas de duração. “É uma entrega linda de ver. São jovens que, mesmo com compromissos de faculdade e trabalho, mantêmse firmes para representar nossa cidade e nossa cultura”.
Ansiedade e emoção
Com o Enart próximo, a expectativa toma conta da equipe. Valéria define o momento como um misto de ansiedade, cansaço e felicidade. “Os dançarinos convivem intensamente. Ensaio após ensaio, nasce um sentimento de família. Eles sabem da responsabilidade de representar o Anita e Encantado e querem entregar o melhor”, afirma. A pré-estreia é considerada fundamental no processo. É o
um amor absoluto e transformador, que se entrelaça com os elementos da natureza e culmina na lenda do Vulto de Encantado”, revela Valéria.
momento de testar o espetáculo diante do público, ajustar detalhes técnicos e sentir o impacto emocional da apresentação. “É onde avaliamos figurinos, trocas de roupa, tempos de cena e, principalmente, o controle emocional. A presença da comunidade nos ajuda a fortalecer essa energia”, ressalta.
A lenda
O espetáculo deste ano mergulha nas raízes da própria cidade de Encantado. Ele apresenta a lenda que deu origem ao nome do município. “Vamos contar uma história de amor de Anaí e Maná,
A proposta do grupo é emocionar o público com dança, música e poesia. A trilha sonora traz letras originais compostas por Gabriela Rocha, integrante, coreógrafa e instrutora do grupo. Gilmar e Gabriel assinam a coreografia, além do suporte técnico de Daniel Dalmolin, Rafael Garcia, Anderson e Thais.
Diferente de anos anteriores, em que o grupo apostava em alegorias, o Anita Garibaldi decidiu voltar-se à essência da dança e da poesia.
“Este ano, nossa arte está focada na expressão corporal e nas letras das músicas, que são verdadeiras poesias. O público pode esperar um espetáculo de sensibilidade e força, com a bravura como valor central”.
Valéria destaca que o elenco adulto reúne 33 dançarinos, muitos deles crescidos dentro da entidade, dançam juntos desde as primeiras invernadas. “São famílias inteiras envolvidas, que acompanham os ensaios, ajudam nas ações e vivem intensamente esse projeto.”
Rede de apoio
O trabalho do GAN Anita Garibaldi é sustentado por uma rede ampla de apoio. A patroa cita o empenho do casal coordenador Marilda e Vanderlei, da patronagem, e o envolvimento direto da comunidade e empresas locais, como Sicredi, Baldo, Dália Alimentos e Supermercado Pottrich. “São empresas que fazem parte da nossa rotina e acreditam na importância de manter viva a cultura gaúcha. Sem esse suporte, nada seria possível”, reconhece.
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Proposta do grupo é emocionar o público com dança, música e poesia
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Proerd forma 247 alunos de todas as escolas da cidade
Cerimônia reuniu estudantes do quinto ano de instituições públicas e particulares do município
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
ENCANTADO
Oauditório do Sicredi Região dos Vales, em Encantado, foi palco da maior formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à
Violência (Proerd) já realizada no município. Ao todo, 247 alunos do 5º ano de escolas públicas e particulares participam da cerimônia celebrando o encerramento das atividades de 2025.
O tenente Nilson Friedrich, instrutor do programa e integrante da Brigada Militar, destacou a importância do projeto, que completa 27 anos de atuação no Rio Grande do Sul. “É um programa que traz informações que os estudantes vão utilizar durante toda a vida. Falamos sobre respeito,
responsabilidade e como fazer boas escolhas. Mostramos as consequências do uso do cigarro, do álcool, do vape, e também como resistir à pressão de outras pessoas”, reforçou.
Durante as aulas, os estudantes aprendem sobre temas como bullying, cidadania, empatia, autocontrole emocional e convivência social. “Trabalhamos também com situações de
frustração e tristeza, mostrando que sempre há uma saída. Ensinamos as crianças a identificar sua rede de apoio — adultos de confiança a quem podem recorrer em momentos de dúvida ou desespero”, destacou Friedrich.
O aumento no número de formandos neste ano é resultado da ampliação do atendimento do programa. “Algumas escolas têm turmas multisseriadas, com alunos do 4º e 5º ano juntos. Para atender todos, damos aula um ano sim e outro não nessas escolas.
Isso contribuiu bastante para o aumento”, explica o tenente.
Embora o Proerd tenha versões voltadas também à educação infantil, ensino médio e até aos pais, a prioridade da Brigada Militar é atender as turmas do 5º ano, com crianças entre 10 e 11 anos.“É uma idade ideal. Elas já têm discernimento, mas ainda estão formando opiniões.
É o momento certo para reforçar valores e estimular escolhas
saudáveis e responsáveis”, completou Friedrich.
Entre os participantes da formatura estava o promotor de Justiça Heráclito Mota Barreto Neto, que destacou o impacto social do programa.“Foi a primeira vez que participei de uma formatura e fiquei muito contente e emocionado com o entusiasmo das crianças. Num tempo em que vemos tantas delas envolvidas com redes sociais, é muito positivo vê-las engajadas num projeto que prega valores. Trabalhando no combate ao tráfico há mais de dez anos, percebo que o melhor caminho é a prevenção — e é isso que o Proerd faz. O verdadeiro combate está na prevenção e na intervenção precoce”, afirmou.
A cerimônia de formatura contou com a presença de autoridades, familiares e representantes da Brigada Militar, celebrando uma das iniciativas mais tradicionais de prevenção e educação cidadã do município.
Além dos alunos, formatura contou com a presença de autoridades, familiares e representantes da Brigada Militar
Programa completou 27 anos no RS e contempla alunos entre 10 e 11 anos
FOTOS: ANA JÚLIA GONZATTI
Sicredi Região dos Vales apresenta trabalhos do Programa A União Faz a Vida
Evento celebrou as atividades realizadas em 2025 nos municípios de Encantado, Anta Gorda e Putinga
OSicredi Região dos Vales conclui mais uma edição do Programa A União Faz a Vida. O evento que marcou a apresentação das atividades desenvolvidas em 2025 ocorreu na sede da
realizados 45 projetos nas 17 escolas participantes.
cooperação e cidadania por meio da educação cooperativa, assim como inspirar os educadores com novas formas de ensinar e aprender.
Em 2025, o tema “A imaginação como ferramenta de cooperação: o real e o simbólico fazem a vida coletiva” explorou estratégias pedagógicas, metodologias ativas e ferramentas que estimulam o protagonismo dos alunos no processo de aprendizagem, destacando a força da imaginação e o poder transformador das histórias.
instituição financeira cooperativa, em Encantado, e reuniu 160 gestores e educadores escolares dos municípios de Anta Gorda, Encantado e Putinga.
A programação contou com a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos ao longo do ano. Ao todo, foram
O Programa A União Faz a Vida, promovido pelo Sicredi Região dos Vales, em parceria com as secretarias municipais de Educação, e com assessoria pedagógica da Universidade do Vale do Taquari (Univates), enalteceu nesta edição a força da imaginação e o poder transformador das histórias, temas trabalhados com os educadores durante as formações. Ao longo de quase três décadas de atuação na região, o Programa busca desenvolver os princípios de
O presidente do Sicredi Região dos Vales, Ricardo Cé, reforça o papel essencial dos educadores na construção de um futuro melhor. “Hoje, celebramos os projetos desenvolvidos com os alunos e o poder transformador da imaginação e das histórias. Esses elementos são pontes para o conhecimento, para o afeto e para a construção de um mundo mais sensível e criativo. Vocês inspiram, despertam sonhos e cultivam futuros. Deixo aqui o nosso reconhecimento e gratidão”, destaca.
ENCANTADO
Encontros na câmara reuniu representantes de mais de 130 famílias de Muçum
IVAN RODRIGUES/DIVULGAÇÃO
C365vezesnovaledotaquari@gmail.com
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Morro Thomas: um mirante gastronômico no Vale 365 VEZES NO VALE
olinas ostenta uma das paisagens panorâmicas mais espetaculares do Vale do Taquari. Em plena área urbana, a vista privilegiada de 180 graus revela o charme do rio em sua plenitude. De lá, é possível avistar mais de dez cidades da região.
Neste cenário de tirar o fôlego, o casal Edgar Momberger e Graciela Thomas instalou o Morro Thomas Gastrobar, ponto turístico que literalmente transformou uma área antes destinada ao plantio de grãos e que permaneceu ociosa por anos.
Atualmente, quem visita o mirante encontra diversas mesas, paletes e bancos para contemplar o cenário de cinema. A dica é permanecer até o entardecer e aproveitar todo o charme do pôr do sol.
O gastrobar do Morro Thomas oferece várias delícias no cardápio — desde pizza na tábua até porções de pastéis, batata frita e tábuas de frios. A carta de bebidas inclui refrigerantes, cervejas, sucos, vinhos e espumantes.
Há ainda uma opção especial de cesta de piquenique, disponível mediante reserva — uma experiência diferenciada que une gastronomia e contemplação da natureza.
O ponto turístico abre aos sábados, domingos e feriados, a partir das 14h30. Pets são bem-vindos. A entrada custa apenas R$ 10,00 — um valor simbólico diante de tanta beleza.
Para o futuro, os proprietários já planejam a instalação de um espaço para cafés coloniais e cabanas, elevando o destino a um novo patamar turístico. As novidades podem ser acompanhadas em @morrothomas.
Localização:
Centro de Colinas
Atendimento:
Sábados, domingos e feriados, a partir das 14h30min (em dias de chuva não abre);
Entrada: R$ 10,00 por pessoa
A dica é acompanhar o entardecer do topo do morro, localizado na área urbana de Colinas
Espaço gastrobar do Morro Thomas oferece cardápio completo de lanches e até cestas de piqueniques sob agendamento
Com mesas, bancos e paletes espalhados no gramado, Morro Thomas tem uma das paisagens panorâmicas mais lindas do vale