Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento

Page 1


Organizadora

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Mestre em Morfologia e Doutora em Ciências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Capacitada em Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo CBI of Miami e Terapia Alimentar pelo Instituto Edkarla Almeida.

Formação Internacional em Seletividade Alimentar pela Inclusão Eficiente e Sensorialidade Oral pelo Equipo Envuelo.

Formação em Get Permission Approach: da Avaliação à Terapia pelo Get Permission Institute. Formação em Sequential Oral Sensory (SOS) Trained Feeding Therapist pelo SOS Approach to Feeding.

Aprimorada em Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) pela Universidade de São Paulo (USP).

Aprimorada em Transtornos Alimentares na Infância e na Adolescência pela USP.

Fundadora do Instituto Ressignificar.

Presidente do Simpósio de Dificuldades Alimentares (Simda).

Coordenadora da Pós-graduação em Terapia Alimentar da Nutmed.

Idealizadora e Coordenadora da Frente de Nutricionistas contra Gordofobia.

Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento

Copyright © 2026 Editora Rubio Ltda.

ISBN 978-65-88340-94-3

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora.

Produção

Equipe Rubio

Diagramação

IO Design

Capa

Bruno Sales

Imagem de Capa ©iStok.com/gpointstudio

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS,

RJ

S466

Seletividade alimentar – Da definição ao tratamento / organização Mariana CattaPreta. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Rubio, 2025.

320p. : il. ; 23cm.

Inclui bibliografia e índice

ISBN 978-65-88340-94-3

1. Distúrbios alimentares. 2. Distúrbios alimentares - Tratamento. 3. Nutrição Avaliação. I. Catta-Preta, Mariana.

25-99366.0

Gabriela Faray Ferreira Lopes - Bibliotecária - CRB-7/6643

CDD: 613.2

CDU: 613.2

Editora Rubio Ltda.

Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l. 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ

Tel: 55(21) 2262-3779

E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br

Impresso no Brasil

Printed in Brazil

Colaboradores

Alana Barroco da Costa Bandeira de Mello

Nutricionista Pediátrica pela Universidade Estácio de Sá (Unesa), RJ.

Pós-graduada em Terapia Nutricional em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pós-graduanda em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

Aperfeiçoada em Transtornos do Neurodesenvolvimento e Transtornos Alimentares pela ABA

Acessível e pelo CBO of Miami.

Capacitada em Parentalidade pelo Instituto Debora Marques (RJ), Terapia Alimentar pelo Instituto Edkarla Almeida (PB) e Nutrição Comportamental pelo Instituto de Nutrição Comportamental (SP).

Aprimorada em Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) pela Universidade de São Paulo (USP).

Formação Internacional em Seletividade Alimentar pela Inclusão Eficiente.

Certificada PRT nível 1 – Koegel Autism Center – Stanford University, EUA.

Terapeuta Alimentar pelo Instituto SOS Approach to Feeding.

Sócia-fundadora do Espaço Cores (Comportamento, Reabilitação e Saúde), RJ.

Andréa da Costa Pereira

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nutricionista Materno-infantil com experiência em Pediatria em Casos Atípicos pela UFRJ.

Mestre em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da UFRJ.

Especialista em Nutrição Clínica e Terapia Nutricional pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.

Experiência em Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos e Serviços em Terapia Nutricional Pediátrica pela GANuttrir, RJ.

Capacitada em Terapia Alimentar em Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) pela Academia Nutrição e Autismo.

Ariane Rodrigues Cabral

Nutricionista pela Universidade Estácio de Sá (Unesa), RJ.

Mestranda em Ciências da Nutrição pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Pós-graduanda em Nutrição na Prática Clínica e Escolar pelo Método Nutrikids/Faculdade Focus, PR.

Pós-graduada em Nutrição Materno-infantil e Educação e Nutricional pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo (Fameesp).

Docente da Graduação em Nutrição na Universidade Candido Mendes, RJ.

Bruna de Siqueira Barros

Médica pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Residência em Pediatria na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Mestre e Doutora pelo Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas da Faculdades de Ciências Médicas da Uerj.

Especialista em Pediatria e Nutrologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (Braspen/SBNPE).

Ex-presidente do Departamento Científico de Nutrologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj) – 2022-2024.

Pediatra do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

Pediatra Nutróloga do Serviço de Nutrologia Pediátrica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Médica Consultora da GANuttrir, RJ.

Camilla de Chermont Prochnik Estima

Graduada em Nutrição pela Universidade Santa Úrsula (USU), RJ.

Pós-doutorado em Epidemiologia pelo Instituto de Medicina Social (IMS), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (Pronut-USP).

Mestre em Nutrição Humana pelo Instituto Josué de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (INJC/UFRJ).

Aprimoramento em Transtornos Alimentares pelo Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim).

Ex-conselheira do Conselho Regional de Nutricionista da 4a Região (CRN4) – Gestão 2019-2021.

Idealizadora e Coordenadora do Grupo de Estudos em Comportamento Alimentar do Rio de Janeiro (Gecarj).

Idealizadora e Coordenadora da Frente de Nutricionistas contra Gordofobia.

Debora Marques

Nutricionista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul)/VP

Consultoria Nutricional, SP.

Pós-graduada em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil pela UFRJ.

Pós-graduada em Educação Parental pela Faculdade Brasília/Escola da Educação Positiva (FBR/EEP). Formação em Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC).

Certificações em Disciplina Positiva: para profissionais de primeira infância, educação parental e encorajamento (PDA).

Certificação em Comunicação Não Violenta pelo Instituto Tiê e pelo Instituto CNV Brasil.

Certificação em Educação Parental pela Escola da Educação Positiva (EEP).

Certificação em Neurociências e Trauma para Profissionais da Infância pelo Instituto Trauma Care. Professora da Pós-graduação em Nutrição Materno-infantil e Terapia Alimentar da Nutmed.

Dryelle Azevedo

Graduada em Fonoaudiologia pela Faculdade Integrada do Recife (FIR).

Especialista no Atendimento de Crianças Neurodivergentes.

Pós-graduada em Motricidade Orofacial com enfoque em Disfagia pelo Hospital A.C.Camargo Cancer Center, SP.

Pós-graduada em Comunicação Humana e Distúrbios da Voz pelo Centro de Estudos da Voz (CEV).

Aprimoramento em Apraxia da Fala na Infância e Certificações internacionais em Get Permission, SOS Approach to Feeding, Alimentação Integrativa, Alimentação Responsiva, Conceito Bobath, Integração Sensorial e Prompt Básico e Avançado.

Idealizadora da Cozinha Terapêutica.

Especialista no Tratamento de Distúrbios Alimentares Pediátricos.

Sócia-fundadora da Clínica Despertar, Referência em Atendimento Multidisciplinar para Crianças com Atraso no Neurodesenvolvimento.

Edkarla Almeida

Nutricionista pela Afya Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (FCM-PB).

Pós-graduada em Nutrição Materno-infantil pelo IPGS.

Pós-graduada em Nutrição com Foco em Autismo, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e T21 pelo Center for Public Administration and Government Studies (Ceapg).

Em formação no DIR FLOORTIME 201.

Capacitação na Abordagem pelo Get Permission Approach pelo Get Permission Institute.

Terapeuta Alimentar pelo SOS Approach to Feeding.

Mentora de Nutricionistas na Área de Terapia Alimentar pelo Instituto Edkarla Almeida, PB. CEO da SOS Alimentação.

Fundadora do Instituto Edkarla Almeida.

Elisabete Cartolano

Graduada em Fisioterapia pela Faculdades Reunidas da ASCE (Frasce).

Pós-graduada em Neuropediatria pela Universidade Estácio de Sá (Unesa).

Especializada no Conceito Neuroevolutivo Bobath Baby e Infantil combinado com Integração Sensorial pela Clínica de Reabilitação Dra. Monika Müller.

Formação em Método Therasuit Básico e Avançado pela Izabela Koscielny – Cervim.

Estimulação Transcraniana TDCS Aplicada à Reabilitação Infantil.

Formação em Dynamic Movement Intervention (DMI) – nível C pela Habilistar.

Certificada em Cursos de Desenvolvimento Motor e Aspectos Biomecânicos e Cinesiológicos de 0 a 2 anos, Desenvolvimento Típico e Atípico, pelo Centro de Estudos em Neuroreabilitação (Cern).

Curso Sensório-motor Oral de Bebês em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Centro de Terapia Intensiva (CTI) Infantil com Rina van der Walt.

Curso de Marcha “Pediatric Gait and Spasticity Management” com Audrey Yasukawa e Trish Martin. Curso de Órteses “Management of the Foot and Ankle in Patients With Central Nervous System Dysfunction pelo Cern.

Docente de Fisioterapia Respiratória, Fisioterapia na Saúde da Criança e Estágio em Ambientação na Universidade Estácio de Sá (Unesa).

Docente de Desenvolvimento Infantil, no Curso de Pós-graduação da Unisaúde e da Nutmed. CEO do Consultório Facilitar Fisioterapia.

Fernanda Catharino

Médica formada pela Universidade Iguaçu (Unig), RJ.

Pós-graduada em Pediatria pela Escola Médica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Pós-graduada em Nutrição Materno-infantil pelo Instituto Andreia Friques (IAF), SP.

Pós-graduada em Suplementação Infantil pela Academia Brasileira de Medicina Funcional e Integrativa (ABMI).

Consultora em Amamentação pela Bianca Balassiano.

Formação em Laserterapia pela DMC ABC Academy.

Instrutora BLW pelo Instituto Aline Padovani.

Formação em Capacitação em Alergia Alimentar pelo Instituto de Alergia Campinas, SP.

Professora da Pós-graduação de Nutrição Materno-infantil, Dificuldades Alimentares e Saúde da Mulher e Fertilidade do IAF, SP.

CEO da Clínica Fernanda Catharino Pediatra, RJ.

Glauciane de Mello Oliveira

Nutricionista pela Universidade Estácio de Sá (Unesa).

Formação em Terapia Alimentar (Nutmed).

Formação em Seletividade Alimentar pelo CBI of Miami.

Capacitação para Intervenção em Transtornos Alimentares no Autismo pelo ABA Acessível.

Capacitação em Nutrição e Suplementação no Transtorno Espectro Autista e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) pela Academia Nutrição e Autismo.

Jaqueline Elaine Luiz Fernandes

Médica, Pediatra, Alergista e Imunologista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Título de Especialista em Alergia e Imunologia pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (Sbai).

Membro da SBP.

Membro da American Academy of Pediatrics (AAP).

CEO da Clínica Jaqueline Fernandes Pediatra.

Jenniffer Pires

Psicóloga e Mestre em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental na Infância e na Adolescência pelo CBI of Miami. Educadora Parental Certificada em Disciplina Positiva pelo Positive Discipline Association (PDA), EUA.

Pós-graduanda em Psicopatologia pelo Instituto de Psicologia Baseada em Evidências (InPBE) e em Psicoterapias e Intervenções Familiares pela VilaELO.

Fundadora da Clínica Núcleo Crescer.

Professora da Pós-graduação em Terapia Alimentar da Nutmed.

Juliana Alves de Oliveira Marçal

Nutricionista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ.

Pós-graduada em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil pela UFRJ.

Pesquisadora do Projeto Infância e Poluentes Ambientais (Pipa) da UFRJ.

Atendimento Clínico na Clínica Juliana Marçal Serviços Nutricionais Ltda.

Palestrante e Docente de Pós-graduação no Nutmed (RJ) e no Instituto LG – Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

Idealizadora da fanpage Alergia Alimentar na Escola.

Karine Nunes Costa Durães

Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo, SP.

Especialista em Nutrição Clínica em Pediatria pelo Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Especialista em Fitotetapia pela Faculdades Famep.

Especialista em Neurociência e Comportamento pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Atendimento clínico na Clínica Karine Durães Nutrição Materno-infantil Ltda.

Founder e Curadora da Empresa em Educação em Nutrição Materno-infantil Multiplicar.

Leticia Tinoco de Toledo Garcia

Nutricionista pela pela Universidade Santa Úrsula, RJ.

Especialização em Nutrição Clínica Funcional pelo Valéria Paschoal (VP) – Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP.

Especialização Lato Sensu em Nutrição Clínica pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Mestra em Educação e Promoção de Saúde com ênfase em Transtornos Alimentares pela Plymouth State University – New Hampshire, EUA.

Experiência em Tratamento Transtornos Alimentares em Residential Facility – Monte Nido & Affiliates – Boston – MA, EUA.

Membro do Comitê de Diversidade, Equidade e Igualdade da Academy for Eating Disorders (AED). Idealizadora e Coordenadora da Frente de Nutricionistas contra Gordofobia.

Coordenadora Científica do Grupo de Estudos do Comportamento Alimentar do Rio de Janeiro (Gecarj).

Coordenadora de Comunicação do Núcleo de Atenção aos Transtornos Alimentares, Obesidade e Saúde Mental (Nata) Espaço de Saúde, RJ.

Lívia Rodrigues

Psicóloga Clínica Cognitivo-comportamental pela Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), PB. Pós-graduada em Psicologia Cognitivo-comportamental pelo Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa (Cintep).

Formação em Terapia de Esquemas pelo Wainer Psicologia.

Formação na Abordagem Get Permission Approach.

Terapeuta Alimentar pelo SOS Approach to Feeding.

Sócia-fundadora da SOS Alimentação – Centro de Desenvolvimento Alimentar Infantil.

Luísa Coutinho

Pediatra pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Gastrenterologista Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Mestra em Medicina pela Pós-graduação em Ciências Médicas da Uerj.

Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Especialização em Nutrição Infantil pela Ludwig-Maximilians – Universitat Munchen, Alemanha. Gastrenterologista Pediátrica do Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da UFRJ.

Mariana Soffientini

Médica Neurologista Infantil e Pediatra pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Título de Especialista em Neurologia Infantil pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Pós-graduanda em Análise do Comportamento Aplicada pelo CBI of Miami.

Mônica Müller Taulois

Pediatra pelo Hospital do Andaraí, RJ.

Residência Médica em Gastrenterologia e Metabolismo Pediátrico pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HSE).

Pós-graduada em Gastrenterologia Pediátrica pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Mestre em Ensino de Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Médica visitante do Serviço de Gastroenterologia e Hepatologia Infantil – Equipe do Dr. Samy

Cadranel – Hôpital Universitaire des Enfants Reine Fabiola, H.U.D.E.R.F, Bélgica.

Médica dos Centros de Referência para Fibrose Cística – Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Gastrenterologista Pediátrica voluntária na Associação Caminho Azul, RJ.

Natasha Ganem

Médica Psiquiatra pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Título de Especialista em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil (Abenepi).

Coordenadora no Brasil da Selective Mutism Association (SMA).

Fundadora da Associação Brasileira de Mutismo Seletivo e Ansiedade Infantil (Instituto Abramute) e do Instituto de Psiquiatria Integrada.

Colunista do site Babycenterbrasil e palestrante.

Professora de Pós-graduações Médicas e da Pós-graduação em Terapia Alimentar da Nutmed.

Paula Grace Rezende Ballesté

Nutricionista pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.

Especialista em Nutrição Enteral e Parenteral e Nutrição em Neuropsiquiatria pela Unyleya.

Especialista em Nutrição Clínica Funcional, Fitoterapia e Ortomolecular pela Faculdade Redentor.

Especialista em Nutrição no Autismo, Síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) pelo CEAPG.

Capacitada em Dificuldades Alimentares pela Academia do Autismo.

Renata Gomes Dias

Nutricionista pela Universidade Augusto Motta (Unisuam), RJ.

Pós-graduanda em Nutrição Materno-infantil pelo Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).

Capacitada em Terapia Alimentar pelo Instituto Edkarla Almeida.

Capacitada em Seletividade Alimentar no Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Inclusão Eficiente.

Tailaine Melissa Hoffmann

Nutricionista pela Universidade Versus Veritas (Univeritas).

Especialista em Nutrição Pediátrica e Escolar pela Plenitude Educação.

Especialista em Nutrição Esportiva pelo Centro Universitário Vale do Iguaçu (Uniguaçu).

Capacitada em Terapia Alimentar pelo Instituto Edkarla Almeida.

Educadora Parental pelo Instituto Eduque Bem.

Thais de Souza Mattos

Nutricionista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Especialista em Nutrição Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Capacitada em Terapia Alimentar, Seletividade Alimentar e Parentalidade pelo Instituto Edkarla Almeida e Instituto Debora Marques.

Formação em Autismo, Introdução Alimentar, Dificuldade Alimentar, Desenvolvimento Infantil e Manejo Comportamental pela Academia de Nutrição, Autismo e Inclusão Eficiente.

Sócia do Instituto Ressignificar.

Professora de Pós-graduação em Terapia Alimentar da Nutmed.

Thais Siqueira de Moraes Perricelli

Nutricionista pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP).

Especialista em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Gama Filho (UGF).

Especialista em Comportamento Alimentar pela Faculdade IPGS.

Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade pela Universidade Veiga de Almeida (UVA).

Doutoranda em Psicanálise, Saúde e Sociedade pela UVA.

Nutricionista do Corpo Clínico do Clínica de Estudos e Tratamento em Transtornos Alimentares e Obesidade (Cettao) da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Professora de Pós-graduação na área de Transtornos Alimentares e Comportamento Alimentar da Faculdade IPGS.

Vanessa Monteiro

Nutricionista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Formação Continuada em Nutrição Materno-infantil pelo Instituto de Puericultura e Pediatria

Martagão Gesteira (IPPMG) da UFRJ.

Especialista em Nutrição Clínica pelo Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).

Especialista em Nutrição Materno-infantil pelo Instituto Andreia Friques, SP.

Especialista em Fitoterapia Funcional pela Santa Casa da Misericórdia de São Paulo.

Especialista em Saúde da Mulher e Fertilidade pelo Instituto Andreia Friques, SP

Formação na Abordagem Get Permission.

Formação em Atualização em Alergia Alimentar pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

Formação em Alergia Alimentar pelo Instituto de Alergia Campinas, SP.

Professora da Pós-graduação em Terapia Alimentar da Nutmed.

Pós-graduanda em Suplementação Pediátrica pelo Instituto Andreia Friques, SP

Yan Yoshimitsu Sato

Graduado em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Formação Internacional em Integração Sensorial – Clasi.

Formação Internacional combinada do conceito neuroevolutivo Bobath e Integração Sensorial –Instituto Inclusão Eficiente (I. E.).

Coordenador de formação em Seletividade Alimentar no Transtorno do Espectro Autista – I. E. Formações Internacionais sobre Desenvolvimento Infantil em Estados Unidos, Chile, Argentina, Espanha e Portugal – I. E.

Formação Internacional no Therapeutic Listening Systems – Unyte.

Professor do Curso de Pós-graduação em Desenvolvimento Infantil e Intervenção Precoce – I. E.

Supervisor Clínico junto ao I. E.

Responsável Técnico e Gestor da Clínica Sato, PE.

Dedicatória

Dedico este livro a todas as famílias que me confiaram o seu bem maior para ajudá-los no processo de ressignificar o ato de comer.

Agradecimentos

À minha mãe por SEMPRE ser exemplo e incentivo.

Ao meu pai, in memoriam, por me apoiar sempre em vida.

Ao meu namorido, Flavio, por me apoiar em todas as minhas loucuras e desafios e por estar ali, sempre torcendo por mim.

À minha irmã, Fernanda, e aos meus sobrinhos (Davi, Daniel e Érica), por serem combustíveis.

Aos meus irmãos, Rodrigo e Frederico, e às minhas sobrinhas, Manu e Maria Clara, por todo o amor.

À minha sogra, por cuidar de mim como uma segunda mãe.

Aos meus familiares, por compreenderem minhas ausências e ainda assim me amarem.

À minha amiga, Gisele Santos, agora parceira de trabalho, que esteve ao meu lado em TODAS as fases da minha vida.

Às minhas amigas de uma vida inteira: cada encontro não é terapia, mas é terapêutico.

À minha mentora e agora amiga Edkarla Almeida, por ter me mostrado o universo das dificuldades alimentares e que é possível fazer uma nutrição mais divertida.

A todas as pessoas que formam a equipe do Instituto Ressignificar por fazerem do meu sonho um sonho nosso!

A Organizadora

Apresentação

A seletividade alimentar na infância é um dos desafios mais frequentes enfrentados por profissionais da saúde, educadores e famílias. Muito além de “frescura” ou “fase passageira”, esse comportamento pode comprometer o estado nutricional, o desenvolvimento infantil e a qualidade de vida da criança e de toda a família.

Pensando nisso, o livro Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento surge como uma obra completa e prática, voltada a profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre o tema de forma integrada, sensível e baseada em evidências.

Escrito por especialistas de diferentes áreas, o livro percorre desde os conceitos fundamentais e critérios diagnósticos até as estratégias de avaliação e intervenção, sempre com foco na atuação multidisciplinar. Nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e pediatras contribuem com olhares complementares, valorizando o cuidado centrado na criança e no fortalecimento da relação com os cuidadores.

Mais do que oferecer respostas prontas, a obra convida à reflexão e ao diálogo entre profissionais e famílias, promovendo um cuidado mais empático, eficaz e sustentável.

Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento é leitura essencial para quem deseja transformar desafios alimentares em oportunidades de conexão, aprendizado, desenvolvimento e ressignificar o ato de comer!

A Organizadora

A formação do comportamento alimentar humano é permeada por inúmeros desafios, refletindo a complexidade de um dos aprendizados mais sofisticados da nossa espécie: aprender a comer. Ao longo de todos os ciclos da vida, a alimentação ocupa um papel central, influenciando atividades, pensamentos e escolhas cotidianas, sendo considerada uma verdadeira “zona de intersecção” entre as diversas dimensões da experiência da vida humana. Como bem descrevem Birch e Fisher (1998), “os padrões alimentares são aprendidos em um contexto social e emocional, com influência tanto das predisposições biológicas quanto das experiências ambientais”. Comer é, portanto, um fenômeno multidimensional, determinado por fatores biológicos, sensoriais, emocionais, culturais e sociais, o que torna a história alimentar de cada indivíduo única. Comer revela quem somos, de onde viemos e como nos relacionamos com o mundo. A seletividade alimentar representa um dos grandes desafios no desenvolvimento do comportamento alimentar infantil. Embora muitas vezes considerada um comportamento típico e transitório de determinada fase do desenvolvimento na infância, em alguns casos pode persistir e assumir proporções que comprometem o crescimento, o desenvolvimento físico e a saúde mental do indivíduo. Para além do impacto nutricional, essas dificuldades afetam o convívio familiar, a socialização e o desenvolvimento global da criança, gerando prejuízos em múltiplos níveis e impactos profundos tanto na saúde infantil quanto no bem-estar dos familiares. Compreender esse quadro exige uma abordagem transdisciplinar, capaz de integrar aspectos nutricionais, psicossociais, biológicos e ambientais.

Diante de tamanha complexidade, a obra Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento surge como uma contribuição essencial para este campo do conhecimento. Ao oferecer uma abordagem ampla e integrada, o livro percorre desde os conceitos fundamentais e critérios diagnósticos até as práticas terapêuticas baseadas em evidências, reunindo saberes das diversas áreas que compõem a equipe transdisciplinar indispensável no cuidado a esses casos.

Combinando rigor científico e experiência clínica, a organizadora da obra, Mariana Catta-Preta, demonstra uma qualidade singular: a capacidade de aliar conhecimento técnico e sensibilidade no atendimento a crianças e famílias que enfrentam este desafio. Os autores convidados compartilham dessa mesma excelência, apresentando um panorama atual e consistente sobre o tema.

Mais do que um compilado teórico, esta obra oferece ao leitor ferramentas práticas para compreender e intervir de maneira ética, cuidadosa e eficaz. Trata-se de um guia indispensável para nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, pediatras e todos os profissionais envolvidos no cuidado infantil.

Este livro é, acima de tudo, um convite ao estudo aprofundado e à prática responsável, sendo leitura essencial para aqueles que desejam atuar com competência e segurança no manejo da seletividade alimentar.

Juliana Bergamo Vega Nutricionista Infantil e Especialista em Transtornos Alimentares. Supervisora Clínica do Atendimento a Crianças com Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) (Ambulim/Protad) no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP).

Sumário

1 Conceitos, Histórico e Definições das Dificuldades Alimentares, 1

Mariana Catta-Preta

2 Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo, 25

Natasha Ganem

3 Como Avaliar um Paciente com Seletividade?, 41

Edkarla Almeida • Alana Barroco da Costa Bandeira de Mello • Ariane Rodrigues Cabral • Glauciane de Mello Oliveira • Mariana Catta-Preta

4 Suplementação e Dificuldades Alimentares, 53

Fernanda Catharino • Vanessa Monteiro

5 Tratamento das Dificuldades Alimentares, 73

Alana Barroco da Costa Bandeira de Mello • Ariane Rodrigues Cabral • Glauciane de Mello Oliveira

6 Papel do Gastropediatra na Investigação das Causas Orgânicas, 103

Luísa Coutinho • Mônica Müller Taulois

7 Imunologia e Tratamento Nutricional da Alergia Alimentar, 131

Jaqueline Elaine Luiz Fernandes • Juliana Alves de Oliveira Marçal

8 Papel do Nutricionista no Tratamento das Dificuldades Alimentares, 145

Mariana Catta-Preta • Renata Gomes Dias • Thais de Souza Mattos

9 Papel do Fonoaudiólogo no Tratamento das Dificuldades Alimentares, 161

Dryelle Azevedo

10

Papel do Terapeuta Ocupacional no Tratamento das Dificuldades

Alimentares, 171

Yan Yoshimitsu Sato

11 Papel do Psicólogo no Tratamento das Dificuldades Alimentares, 181

Jenniffer Pires • Lívia Rodrigues

12 Papel da Fisioterapia no Processo Alimentar, 189

Elisabete Cartolano

13 Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo e Seletividade Alimentar (Picky Eating) no Adulto: Muito Além do Chato para Comer, 215

Camilla de Chermont Prochnik Estima • Leticia Tinoco de Toledo Garcia •

Thais Siqueira de Moraes Perricelli

14 Dificuldade Alimentar em Crianças com Paralisia Cerebral e com Erros

Inatos do Metabolismo, 229

Bruna de Siqueira Barros • Paula Grace Rezende Ballesté • Andréa da Costa Pereira

15 Alimentação Complementar, Comportamento Alimentar e Estilos Parentais:

Qual a Relação com a Seletividade?, 239

Debora Marques • Tailaine Melissa Hoffmann

16 Seletividade Alimentar nos Transtornos do Neurodesenvolvimento, 265

Mariana Soffientini

17 Comportamento Alimentar Infantil e Influência nas Dificuldades

Alimentares, 277

Karine Nunes Costa Durães

Índice, 287

Conceitos, Histórico e Definições das Dificuldades Alimentares

INTRODUÇÃO

Os problemas alimentares na primeira infância têm se tornado bastante comuns e são uma grande preocupação tanto para os pais quanto para os profissionais de saúde em todo o mundo.1-3 Eles variam seus níveis de gravidade e, muitas vezes, estão associados a uma série de efeitos negativos nos aspectos orgânicos, psicológicos, de desenvolvimento e sociais.4-6 Tais questões abrangem uma variedade de problemas heterogêneos, cujos desenvolvimento e manutenção envolvem muitos fatores diferentes. Este fato torna sua classificação complicada e, como resultado, muitos pesquisadores dão diferentes definições, fazendo com que haja heterogeneidade nos estudos e complexidade de conceituar e classificar as dificuldades alimentares.

EPIDEMIOLOGIA

Uma combinação de observação clínica, entrevista e uso de questionário é comumente aplicada para avaliar questões alimentares em crianças.7 A estimativa da prevalência em grande escala geográfica, entretanto, não é viável pela avaliação clínica. Portanto, o uso de questionários validados é necessário, os quais proporcionam a coleta de informações mensuráveis e comparáveis. As estimativas da prevalência de problemas de alimentação em crianças com desenvolvimento típico apresentam desvios consideráveis na literatura, atribuídos tanto às discrepâncias nos métodos de avaliação quanto às questões de definição. Estas estimativas variam de 1,4% a 59% em crianças com desenvolvimento típico e até 80% em crianças com transtornos do desenvolvimento.8-28 A maioria dos estudos existentes utilizou conjuntos de perguntas para avaliar problemas alimentares, enquanto apenas um aplicou um questionário confiável que relatou um perfil de comportamento

Publicação do DSM-I Já existia a classificação de AN 1952

Definição de Food Avoidance

Emotional Disorder (FAED) por Higgs 1989

Definição de alimentação seletiva por Bryant-Waugh e Kaminski 1993

Bryant-Waugh atualiza e publica novos conceitos (AR, RA e DF)*

Chatoor publica um artigo com critérios diagnósticos para transtornos alimentares em crianças e jovens

Publicação do DSM-V com a inclusão do Transtorno Alimentar

Restritivo Evitativo (TARE)

Junqueira publica um guia caracterizando seletividade de dificuldade alimentar

Goday publica uma sugestão de consenso sobre DAP

William Gull fixa o termo anorexia nervosa (AN)

Caso Ellen West, de Ludwig Binswanger

Pervasive Refusal Syndrome ou Síndrome da Recusa Global, termo fixado por Lask

Publicação do DSM-IV com a inclusão dos transtornos alimentares da primeira infância

Publicação dos critérios de (GOS) Great Ormond Street por Lask

Kerzner publica um guia prático de investigação clínica das DAS em crianças pequenas

Kerzner e Chatoor publicam um guia para classificar e gerenciar DAS

Norris publica um artigo sugerindo subtipos de TARE

A SBP publica o Guia de Orientações – Dificuldades Alimentares

Figura 1.1 Linha do tempo sobre a história das questões alimentares AR: alimentação restritiva, RA: recusa alimentar; DF: disfagia funcional; DAP: distúrbio alimentar pediátrico (do inglês, pediatric feeding disorder); DAS: dificuldades alimentares.

Tratamento das Dificuldades Alimentares

Alana Barroco da Costa Bandeira de Mello

Ariane Rodrigues Cabral

Glauciane de Mello Oliveira

INTRODUÇÃO

As dificuldades alimentares e a escassez de pesquisas científicas que englobam todas as nomenclaturas descritas fazem com que encontremos desafios na busca de tratamentos validados cientificamente. Além disso, o grupo totalmente heterogêneo e as possibilidades etiológicas envolvidas nas recusas alimentares fazem com que muitos profissionais encontrem dificuldades para estabelecer um protocolo de atendimento eficaz.1

Pioneiro na conceitualização de dificuldades alimentares, o estudo de Kerzner et al. (2015)2 sugere que distúrbios alimentares na primeira infância devem ser agrupados sob o termo abrangente transtorno alimentar restritivo evitativo (TARE), incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Pediatria, em 2013, como citado no Capítulo 1, Conceitos, Histórico e Definições das Dificuldades Alimentares. Alguns grupos clínicos sustentam que é impossível determinar que toda recusa ou comportamento alimentar inadequado parte de um transtorno alimentar, sendo possível haver sintomas que cursam com causas puramente orgânicas, como é o caso do distúrbio alimentar pediátrico (DAP).3 Ainda existe uma carência de estudos que evidenciem resultados a longo prazo em consequência de suas recentes categorização e definição nos manuais diagnósticos. Na ciência, há uma quantidade consistente de casos clínicos e poucos estudos controlados e randomizados, ou seja, com alta evidência científica que revelem protocolos específicos para tratar a evitação e a restrição alimentar.4 Por se tratar de um comportamento multifatorial que pode derivar de uma condição, transtorno ou doença que cursa com sintomas e grupos heterogêneos, preconiza-se que o tratamento seja baseado em abordagens multidisciplinares e

Interage

1. Prova o alimento lambendo lábios ou dedos

2. Lambe o alimento com a língua toda 3. Morde um pedaço, mas cospe ou derram a 4. Morde um pedaço e segura na boca por um tempo, mas cospe ou derram a 5. Morde um pedaço, mastiga e manipula na boca, mas cospe tudo ou grande parte

6. Mastiga e engole um pouco, mas cospe ou derrama alguma parte

7. Mastiga, engole tudo com água

8. Mastiga, engole todo o bolo

1. Usa a ponta dos dedos para tocar o alimento 2. Usa mais de um dedo e não somente a ponta para tocar o alimento 3. Toca a comida com a mão inteira 4. Coloca a comida no braço e no ombro 5. Coloca a comida no peito e no pescoço 6. Coloca a comida na cabeça 7. Coloca os alimentos no queixo ou nas bochechas 8. Leva a comida ou bebida próximo ao nariz 9. Leva o alimento aos lábios 10. Toca a comida com os dentes 11. Leva o alimento à língua

1. Auxilia no preparo da comida 2. Usa utensílios ou recipiente para servir ou colocar a comida ou a bebida para os outros 3. Usa utensílios ou recipientes para servir ou colocar a comida ou a bebida FORA do próprio espaço 4. Usa utensílios ou recipientes para se servir no próprio prato ou espaço

1. Fica no mesmo ambiente em que o alimento

2. Permanece à mesa com o alimento do outro lado da mesa

3. Permanece à mesa como alimento no meio da mesa

4. Permanece à mesa com o alimento perto, mas FORA do prato

5. Tolera o alimento em seu prato ou em seu espaço pessoal

1. Tolera o cheiro do alimento no ambiente 2. Tolera o cheiro do alimento na mesa 3. Tolera ao cheiro próximo ao seu espaço pessoal 4. Inclina-se ou pega o alimento para cheirar

5.3 Etapas da Escalada do Comer, segundo os estágios do SOS Approach to Feeding

Fonte : elaborada pelas autoras.

Figura
Tolera
Cheira Toca

Figura 5.4 Etapas do esticamento alimentar da batata industrializada para a cenoura in natura

Fonte: elaborada pelas autoras.

Iogurte industrializado de morango fora da embalagem original Iogurte industrializado de morango

Iogurte natural com pedaços de morango

Iogurte batido com morango

Figura 5.5 Etapas do esticamento alimentar do iogurte sabor morango para o morango in natura

Fonte: elaborada pelas autoras.

Um estudo publicado por Fishbein et al. (2006)32 realizado com dez crianças com seletividade alimentar extrema avaliou a eficácia do Food Chaining. Oito crianças já haviam passado por outras intervenções, sem sucesso e quatro necessitavam de suporte enteral. A abordagem do Food Chaining realizada de maneira domiciliar proporcionou a participação dos pais com suporte de terapeutas experientes com o tempo mínimo de 30min/semanas durante três meses. Após este período, todas as crianças aumentaram seu repertório alimentar (p <0,05), passando de uma mediana

Batata chips caseira
Batata chips industrializada
Batata-doce chips
Cenoura chips
Cenoura crua
Morango

Cooperação

Colaboração com os membros da equipe, incluindo os pais.

Desenvolvimento

A alimentação é construída sobre uma base de experiências positivas apropriadas ao desenvolvimento

Harmonia

Os adultos determinam a direção e as crianças determinam o ritmo.

Valorização

Reconhecimento do papel do terapeuta como algo que oferece aos pais e filhos opções viáveis e bem-sucedidas.

Bem-estar

As crianças comem melhor quando se sentem bem.

Apoio

Os pais são apoiados na alimentação bem-sucedida de seus filhos.

Observação atenta

É guiada por uma leitura sensível das dicas.

Relacionamento

A alimentação é um relacionamento de confiança e segurança.

Autonomia

Baseia-se no que funciona com comedores felizes e autodirigidos, que gostam de comer, confiam em suas habilidades alimentares e estão internamente motivados para comer o suficiente.

Celebração

Celebram-se a hora das refeições e o amor pela comida.

Figura 5.6 Dez conceitos da Get Permission

Papel do Nutricionista no Tratamento das Dificuldades Alimentares

Mariana Catta-Preta

Renata Gomes Dias

Thais de Souza Mattos

INTRODUÇÃO

Os nutricionistas desempenham papel fundamental em ajudar indivíduos com dificuldades alimentares e suas famílias a entender a interação entre alimentação, nutrição e bem-estar, além de apoiar comportamentos alimentares que se alinham com seus objetivos de tratamento e recuperação.1 O cuidado nutricional contribui para melhorar a qualidade de vida e as taxas de morbidade, sendo o profissional nutricionista uma peça extremamente importante na equipe multidisciplinar que acompanha esse tipo de paciente.2

Embora as diretrizes atuais de prática clínica recomendem avaliação dietética, educação e intervenção como parte do tratamento multidisciplinar de questões alimentares,3,4 há uma falta de orientação detalhada para nutricionistas sobre o que o tratamento para dificuldades alimentares deve abranger.

No que diz respeito às responsabilidades do profissional da Nutrição, o nutricionista é aquele profissional que prescreve alimentação e suplementação e elabora o diagnóstico nutricional do paciente, visando ao seu bem-estar e à busca de suprir as necessidades dos pacientes de forma adequada.5,6

O escopo da prática dietética no tratamento de dificuldades alimentares é diverso, mas, no mínimo, deve incluir um processo de cuidado nutricional personalizado que:7-9

■ Corrija deficiências nutricionais e promova o estado nutricional ideal.

■ Aborde o papel da alimentação e da nutrição adequada no bem-estar físico e mental.

■ Forneça educação nutricional para desafiar crenças imprecisas sobre alimentos e ressignificar o ato de comer.

Tabela 8.1 Modelo de anamnese clínica (continuação)

4. Antecedentes patológicos pessoais (APP):

▪ Doenças prévias e atuais

▪ Internações, cirurgias e traumas

▪ Alergias e intolerâncias

▪ Uso de medicamentos

5. Antecedentes neonatais e obstétricos:

▪ Idade gestacional no nascimento

▪ Tipo de parto (normal, cesárea, fórceps)

▪ Peso e estatura ao nascer

▪ Apgar e intercorrências neonatais

6. Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM):

▪ Idade da aquisição dos marcos motores (sustentar cabeça, sentar, engatinhar, andar)

▪ Desenvolvimento da fala e socialização

▪ Controle esfincteriano

7. Antecedentes familiares (AF):

▪ Doenças crônicas na família (diabetes, hipertensão, transtornos genéticos)

▪ Histórico de alergias e doenças hereditárias

8. Histórico alimentar:

▪ Aleitamento materno e tempo de duração

▪ Introdução alimentar (alimentos sólidos, restrições)

▪ Hábitos alimentares atuais (horários, variedade, preferências)

▪ Ambiente alimentar (como são as refeições, quem prepara, onde elas acontecem)

9. Hábitos de vida:

▪ Rotina de sono

▪ Atividades físicas e lazer

▪ Escolarização e aprendizado

10. Exame físico:

▪ Peso, estatura, IMC

IMC: índice de massa corporal.

A avaliação de sinais clínicos de deficiências nutricionais pode ser realizada conforme os dados contidos na Tabela 8.2.

Alimentação

Complementar,

Comportamento

Alimentar e Estilos

Parentais: Qual a Relação com a Seletividade?

INTRODUÇÃO

O processo de introdução da alimentação complementar (IAC) está inserido dentro dos primeiros mil dias do bebê, que vão desde a gestação até os 2 anos de idade. O leite materno é o primeiro alimento que o bebê recebe logo ao nascer e a recomendação é que o aleitamento materno se estenda até os 2 anos de idade ou mais. A partir do sexto mês de idade, momento em que o bebê costuma apresentar os sinais de prontidão, ele se encontra preparado para ser apresentado aos alimentos que irão complementar o leite materno, que continua sendo a principal fonte de energia e nutrientes, até que o bebê complete 1 ano de idade. A introdução adequada da alimentação complementar a partir dos 6 meses de vida é um fator relevante para a manutenção do estado nutricional e de saúde da criança.1-4

Nos primeiros 2 anos de idade, os bebês e as crianças pequenas alcançam muitos marcos de desenvolvimento: aprendem a sentar, engatinhar, ficar de pé, andar e conversar; portanto, a relação com a comida, com o cuidador e com o ambiente é impactada por essas mudanças e o comportamento alimentar vai sendo moldado durante esse período.5 Os cuidadores têm influência decisiva no autocontrole da ingestão alimentar e na formação do padrão de comportamento alimentar.6 Nesse período, a escolha dos alimentos merece atenção especial, pois é quando os hábitos alimentares estão sendo formados. O papel da família nessa escolha é muito importante: adultos e crianças devem participar desse processo de formas diferentes. Os adultos escolhem os alimentos saudáveis e adequados, e a criança pode fazer sua escolha entre eles. O envolvimento da criança na escolha dos alimentos e no preparo das refeições deve ser estimulado ao longo do processo, conforme a criança vá desenvolvendo habilidades, pois permite que ela vivencie as tarefas cotidianas relacionadas à alimentação.1

Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento de coordenação motora fina, que começam a aparecer entre 8 e 9 meses de vida, é responsável pelas atividades cujos músculos menores têm participação mais ativa e envolvem mãos, pulsos e dedos. Porém, para que a criança aprimore essa habilidade, é necessário que ela seja estimulada. Um importante exemplo disso é o aperfeiçoamento do movimento de pinça, que pode ser trabalhado por meio do corte em brunoise.1,31 A Figura 15.2 mostra exemplos seguros de apresentar os alimentos nas diferentes fases da IAC.

Quando o bebê completa seu primeiro ano de vida, ele já é capaz de comer a “comida da família” e mostra maior necessidade de autonomia, além de apresentar coordenação motora fina mais eficiente, o que garantirá que tenha mais facilidade com a autoalimentação utilizando talheres. Entre 1 e 2 anos de idade, os dentes molares começam a nascer e, inicialmente, pode ser motivo de desconforto ao se alimentar, mas depois possibilita uma mastigação ainda mais efetiva, sobretudo de alimentos mais fibrosos.1,28,30,46 De 1 a 2 anos de idade, a criança também aperfeiçoa os passos e aprende habilidades, como pular e correr. Logo, talvez já não queira mais ficar sentada por tanto tempo, pois se trata de uma fase em que ela sente a necessidade de explorar as habilidades novas.28 A agitação na hora da refeição aparece como um dos fatores que influenciam na pressão que os pais exercem sobre a criança para que ela coma.45 Outro aspecto importante é que a IAC atua como a primeira oportunidade de aprendizado de um aspecto social muito importante: a comensalidade, que aborda o “conviver à mesa”, o comer coletivo e a forma como fazemos isso. Com o avanço da tecnologia e o uso indiscriminado dos aparelhos eletrônicos, o ato de praticar a comensalidade vem sendo interrompido. A IAC surge como uma grande oportunidade de perpetuar essa prática, pois o ato de se alimentar junto com o bebê que está em processo de aprendizagem favorece maior aceitação alimentar.

Figura 15.2 (A a C) Banana, manga e melancia em formato seguro e compatível com as habilidades do bebê: 6 a 7 meses de vida, amassados na colher (1); 6 a 7 meses de vida, em pedaços maiores e macios para o bebê agarrar com as mãos (2); a partir de 8 a 9 meses de vida, quando já consegue fazer pinça digital (3)

Comportamento Alimentar Infantil e Influência nas Dificuldades Alimentares

Nunes Costa Durães

INTRODUÇÃO

Segundo Alvarenga et al. (2019),1 o comportamento alimentar são as ações e as condutas alimentares regidas por um conjunto de cognições (pensamentos, crenças, conhecimentos e valores) e afetos. Comer é um ato que faz parte da nossa rotina e permeia nossa existência, moldando nossa saúde, nossas relações e nossas emoções. A relação com a comida pode ser um paralelo à relação que tecemos com a vida. Portanto, comer é muito importante. E desenvolver uma curiosidade natural não só em relação ao que comemos, mas também em relação ao por que comemos o que comemos, que situações nos implicam ter essa ou aquela decisão alimentar, que sentimentos e sensações buscamos ao comer, nos ajuda a direcionar os caminhos para uma vida mais saudável, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Observar nosso comportamento alimentar é se dar conta de padrões já existentes de respostas humanas e usufruir desse conhecimento em nossas práticas rotineiras e nossa prática clínica. Especialmente com nossas crianças, que estão em plena plasticidade neural, fase ideal para a construção da base dos hábitos mais saudáveis. O apetite, a ingestão alimentar e os fenômenos relacionados à alimentação das crianças, incluindo os comportamentos alimentares, são profundamente relevantes para a saúde e o bem-estar de indivíduos, famílias e sociedades.2

COMO INFLUENCIAR O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DA CRIANÇA

O ambiente doméstico é considerado um dos cenários mais significantes quando se trata da transmissão de hábitos alimentares entre gerações. As características físicas do ambiente doméstico envolvem o acesso e a disponibilidade de diferentes

Reflexivo

“Preciso de tempo para confiar.”

Essa criança é observadora e cautelosa. Antes de aceitar um novo alimento ou rotina, ela precisa processar e se sentir segura e confortável.

Características

■ Prefere ambientes calmos e previsíveis.

■ Come devagar, observa o prato e sente o cheiro antes de experimentar.

■ Pode recusar alimentos novos por precisar de tempo, e não por resistência definitiva.

Na prática alimentar

■ Precisa de repetição gentil: oferecer o mesmo alimento diversas vezes, sem forçar.

■ Pode se fechar totalmente se sentir pressão.

■ Gosta de saber com antecedência o que vai acontecer.

Como acolher esse perfil

■ Não apresse. Respeite seu tempo.

■ Avise com antecedência sobre novidades: “hoje vamos ter um alimento novo no prato, mas tudo bem só experimentar”.

■ Mantenha a rotina e evite estímulos excessivos durante as refeições.

Interativo

“Comer é estar com o outro.”

É a criança social, que come melhor quando sente conexão, alegria e participação.

Para ela, o momento da refeição é também um momento de encontro.

Características

■ Entusiasma-se com o ambiente e com as pessoas à volta.

■ Gosta de comentar os sabores, ajudar a montar a mesa e sentir-se parte da experiência.

■ Pode perder o interesse se estiver sozinha ou em um ambiente silencioso e sério demais.

■ É a criança do movimento!

A

Abordagem(ns)

- comportamentais no tratamento da seletividade alimentar, 157

- Maudsley, 34

- terapêuticas, 74

Acidemia metilmalônica isolada, 235

Acidúria glutárica tipo 1, 235

Aleitamento materno, 113

Alérgenos alimentares, 136

Alergia(s)

- à proteína do leite de vaca, 139

- alimentar, 107, 120, 131

- - tratamento dietético na, 137

- e intolerâncias alimentares, 32

Alimentação, 5, 103

- complementar, 239

- disfuncional, 105

- e o papel ocupacional, 176

- e sistema respiratório, 203

- inadequada, 3

- infantil, 164

- responsiva, 253

- restritiva, 5, 8

- seletiva, 7, 8

Alinhamento biomecânico, 199, 200

Alterações nas funções do sistema estomatognático, 164

Amamentação, 191, 241

Ambiente alimentar, 279

Análise

- do comportamento, 83, 85

- do contexto familiar, 184

Anamnese, 44, 146, 165

- psicológica, 183

Anemia, 56

Anorexia, 6

- infantil, 11

- nervosa, 10, 26, 32

Ansiedade, 30, 32

- social, 32

Aparente falta de interesse em comer ou comer, 76

Apetite reduzido, 19

Apoio, 95

Aripiprazol, 268

Articulações temporomandibulares, 163

Asfixia, 246

Atrasos no desenvolvimento global, 207

Aumento gradual das quantidades, 80

Autogerenciamento, 225

Autonomia, 95

Avaliação

- antropométrica, 45

- clínica, 45

- cliniconutricional dos pacientes com dificuldades alimentares, 146

- da deglutição, 167

- da fala e da linguagem, 167

- da mastigação, 166

- da motricidade orofacial, 167

- de um paciente seletivo, 41

- do estado nutricional, 45

- do paciente

- - com dificuldades alimentares, 182

- - com seletividade alimentar pelo gastropediatra, 113

- dos exames, 148

- fonoaudiológica, 165, 166

- individual, 45

- laboratorial e radiológica, 114

- médica, 225

- segmentar do controle de tronco, 198

- sensorial oral, 167

Aversões sensoriais alimentares, 11

B

Barreira intestinal, 133

Base(s)

- de suporte, 201

- para avaliação dos indivíduos com dificuldades alimentares, 177

Bem-estar, 95

Benzodiazepínicos, 35

Biomecânica do sentar, 199

Bulimia nervosa, 10, 26

Buspirona, 267

C

Cálcio, 49, 54, 150

- fontes alimentares, 55

Carboidratos, 150

Celebração, 95

Ciproeptadina, 35

Citrulinemia tipo I, 234

Cobalamina, 60, 150

Comensalidade, 25

Competência, 157

Comportamento(s)

- alimentar, 96, 154, 239, 277

- da criança diante dos alimentos, 166

- depressivos, 218

- normal relacionado ao desenvolvimento, 33

Condições pós-cirúrgicas, idosos ou em quimioterapia, 33

Conexão, 156

Confiança, 157

Conforto, 157

Constipação, 125

- e seus impactos no transtorno do espectro autista, 123

- intestinal, 107, 108, 112

Cooperação, 95

Correção das carências nutricionais, 148

Cozinhaterapia, 98

Crianças

- atípicas, 207

- seletivas e anêmicas, 59

Critérios diagnósticos segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5a Edição, 27

D

Dados da gestação e nascimento, 113

D-cicloserina, 35, 267

Defeitos do ciclo da ureia, 234

Deficiência(s)

- de CPS1, 234

- de ferro, 56

- de NAGS, 234

- de ômega-3, 67

- de vitamina D, 62

- de zinco, 69

- nutricionais relacionadas às dificuldades alimentares, 48

Deglutição, 164, 165

- comprometida, 165

Dentes, 163

Desenvolvimento, 95, 193, 194

- de preparações alternativas, 141

- do bebê, 248

- e rotinas alimentares, 96

- motor e sentar, 199

- motor oral, 166

- ósseo, 55

Desnutrição, 70

Dessensibilização sistemática, 78, 81

Devolutiva da avaliação, 47

Dez conceitos da Get Permission, 95

Diagnóstico, 216

Diário alimentar, 45

Diarreia aguda, 69

Dificuldades

- alimentares, 5, 15, 16, 183, 185, 229

- - bases para avaliação dos indivíduos com, 177

- - definições, 4

- - e deficiência

- - - de ômega-3, 67

- - - de vitamina D, 62

- - - de zinco, 69

- - em crianças

- - - com erros inatos do metabolismo, 233

- - - com paralisia cerebral, 230

- - epidemiologia, 1

- - etapas do tratamento das, 48

- - tratamento das, 185

- comportamentais, 183

- sensoriais, 183

Disbiose, 125

Disfagia funcional, 5, 9, 10

Disfunção de integração sensorial, 176

Displasia de quadril, 209

Distorção da imagem corporal, 223

Distrofias musculares, 207

Distúrbio(s)

- alimentar

- - características, 161

- - causas, 161

- - pediátrico, 5, 17, 18, 105, 165

- - - plano de intervenção para, 169

- - sinais de alerta, 161

- da interação intestino-cérebro, 108

- do eixo intestino-cérebro, 113

- gastrintestinais

- - não relacionados ao autismo, 115

- - no transtorno do espectro autista, 119

- neuromusculares, 55

Divisão de responsabilidade, 257

Doença(s)

- celíaca, 107-109

- do refluxo gastresofágico, 107-109, 121

- gastrintestinal(is), 32, 108

- - associadas ao transtorno do espectro autista, 120

- inflamatória intestinal, 108, 111, 125

- - impactos no transtorno do espectro autista, 124

- metabólicas hereditárias, 233

- péptica, 108

Dor, 117 E

Educação

- alimentar e nutricional, 152

- e o treinamento dos cuidadores, 42

Eficiência, 208

Eliminação do alérgeno, 139

Encaminhamentos, 149

Encefalopatia aguda, 233

Enfoque multidisciplinar, 42

Envolvimento sensorial, 81

Erros inatos do metabolismo, 229, 233, 236, 237

Escala

- de Aversão Alimentar (Food Avoidance and Aversion Inventory [PAAI]), 217

- de Atitudes Alimentares (EAT), 217

Escalada do comer, 251, 252

Esofagite eosinofílica, 107, 108, 110, 122

Esticamento alimentar, 92

Estilo(s) parental(is), 181, 239, 255

- autoritário, 182, 256

- na alimentação, 19

- negligente, 182, 257

- permissivo ou indulgente, 182

Estímulo(s), 84

- sensoriais, 198

Estratégias práticas de exposição, 96

Estruturas do sistema estomatognático, 163

Etiologias orgânicas gastrintestinais relacionadas a distúrbios alimentares, 107

Evitação alimentar, 221

- com base nas características sensoriais do alimento, 28

Exame(s)

- complementares, 114, 115

- físico, 146

Exigência, 181

Exposição

- gradual dos alimentos, 78-80

- repetida, 280

Extinção, 85

F

Facilitação social, 281

Fala, 164

Falta de interesse em comer ou pelo alimento, 29

Família, 278

Fases do tratamento baseado na família, 82

Fatores sensoriais da alimentação, 172

Fenilcetonúria, 234

Ferro, 49, 56, 150

- heme, 58, 59

- não heme, 59

Fibra, 150

- A-delta, 117

- C, 117

Fisioterapia

- no processo alimentar, 189

- respiratória, 203

Fobia

- alimentar, 28

- específica, 32

Folatos, 151

Fome, 252

Fonação, 164

Fonoaudiólogo, 161

Fontes alimentares

- de ferro, 58

- de vitamina

- - B12, 61

- - D, 63

Food chaining, 90, 92, 93

Formas de suplementação

- de vitamina

- - B12, 62

- - D, 64

Fórmula infantil, 113

Formulários importantes para avaliação do paciente seletivo, 45

Funções do sistema estomatognático, 164

Gastropediatra, 103

Get Permission Approach, 94, 168

Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos, 242

H

Hábitos de vida, 114

Harmonia, 95

Hierarquia alimentar de 12 passos, 87

Hipersensibilidade alimentar, 134

- mediadas por imunoglobulina e, 135

- não mediadas por imunoglobulina e, 135

- reações mistas, 135

Hipertensão, 54

Hipocalcemia, 54

História

- alimentar, 114

- de possíveis sinais e sintomas gastrintestinais, 114

- familiar, 114

- pregressa de infecções ou doenças crônicas, 114

- social, 114

Histórico

- alimentar, 166

- de saúde geral, 166

Homocistinúria clássica, 234

I

Imagem corporal, 223

Imunologia, 131

- básica do trato gastrintestinal, 131

Individualização das necessidades, 140

Ingestão diária recomendada, 53

Inibidores seletivos da recaptação da serotonina, 34

Integração sensorial, 173

Intervenção(ões)

- baseadas na família, 96

- não medicamentosas, 268

- psicológica, 225

Introdução da alimentação, 167

- complementar, 243, 245, 248, 251

- em crianças atípicas, 208

L

Leite

- de vaca, 139

- materno, 191

Língua, 163

Lorazepam, 35

M

Malformação anatômica, 113

Malignidades ocultas, 33

Mandíbula, 163

Mastigação, 164, 165, 249

- inadequada, 165

Maxilares, 163

Medo

- de comer, 19

- de consequências aversivas, 76, 265

Método

- participativo ou misto, 247

- reequilíbrio toracoabdominal, 204

Mil dias do bebê, 240

Mirtazapina, 267

Modelagem, 81

Motricidade orofacial, 168

Músculos mastigatórios, 163

N

Nutrição e alimentação saudável, 96

Nutricionista, 145

O

Observação atenta, 95

Olanzapina, 35, 267

Ômega-3, 66, 68, 151

Osteoporose, 54

PPadrões de dificuldades alimentares, 104

Palato, 163

Paralisia cerebral, 207, 208, 229, 230

Parasitoses, 113

Participação, 210

Período de ouro, 190

Perturbação alimentar, 27

Pica, 7

Plano de intervenção para distúrbios alimentares pediátricos, 169

Postura e estabilidade, 199

Práticas

- alimentares positivas, 279

- coercitivas e controladoras, 279

Prevenção de seletividade alimentar, 257

Problemas

- alimentares na primeira infância, 1

- com dieta ou hábitos alimentares inadequados, 3

- dentários, 54

Processamento da dor no transtorno do espectro autista, 117

Programas de treinamento para pais, 97

Proteína total, 150

Protrusão lingual, 244

Psicoeducação, 94, 96

Psicólogo, 181

Punição, 85, 86

Q

4C para os nutricionistas, 156

Questionário temperamento alimentar infantil, 45

Questões alimentares, 20

R

Raquitismo, 54

Rastreio alimentar, 45

Recomendação(ões)

- de ingestão por faixa etária

- - de cálcio, 55

- - de ferro, 57

- - de ômega-3, 67

- - de vitamina

- - - A, 65

- - - B12, 60

- - - D, 63

- - de zinco, 69

- proteica, 54

Recordatório alimentar, 114

Recusa alimentar, 5, 9, 16, 251

Reforço, 81, 84-86

- positivo, 81

Relacionamento, 95

Respiração, 164, 165

- comprometida, 165

Responsividade, 181

Resposta, 28, 84

- negativa condicionada associada a ingestão alimentar, 28

Riboflavina, 150

Risco cardiovascular, 55

Risperidona, 268

Rotina de atividades físicas, 114

S

Saciedade, 252

Segurança, 208

Seletividade alimentar, 10, 16, 19, 41, 42, 215-218, 220, 223, 255, 266

- abordagens comportamentais no tratamento da, 157

- condições orgânicas gastrintestinais associadas à, 106

- e transtorno do

- - déficit de atenção e hiperatividade, 273

- - espectro autista, 270

- nos transtornos do neurodesenvolvimento, 265

- prevenção de, 257

Sensibilidade sensorial, 76, 265

Sentar estável, 196

Sequential Oral Sensory Approach, 86, 88-90, 168

Sinais

- de carências nutricionais, 148

- de disfunção sensorial, 166

- de fome, 252

- de prontidão, 192, 243, 244

- de saciedade, 252

Síndrome(s)

- da recusa global, 6, 10

- genéticas, 207

Sistema

- estomatognático, 162

- respiratório, 203

Sobrecarga de ferro, 59

SOS Approach, 86, 88-90, 168

Substituições adequadas nas receitas, 141

Sucção, 164

Suplementação, 53

- de cálcio, 55

- de ferro, 57, 58

- de ômega-3, 67

- de vitamina

- - A, 65

- - B12, 61

- - D, 63

- de zinco, 69

Suporte e envolvimento familiar, 96, 97

Sustentação corporal na posição de sentar, 244

T

Tabela de ingestão diária recomendada de nutrientes, 54

Técnicas

- de manejo de ansiedade, 96

- para exposição gradual, 81

Temperamentos alimentares, 281-284

- integrador, 284

- interativo, 283

- questionador, 282

- reflexivo, 283

Teoria do “controle do portão” (gate control theory), 118

Terapeuta ocupacional, 171

Terapia

- alimentar, 97, 98, 153

- cognitivo-comportamental adaptada para transtorno alimentar restritivo evitativo, 75

- ocupacional, 171

- - e dificuldades alimentares, 172

Teste de sensibilidade, 46

Tolerância oral, 134

Traços de personalidade, 218

Transições, 204

Transtorno(s)

- alimentar(es)

- - da primeira infância, 7, 12

- - da reciprocidade, 11

- - da regulação do estado, 11

- - especificados, 3

- - não especificados, 3

- - pós-traumático, 11

- - restritivo evitativo, 2, 3, 13, 25, 26, 28-31, 33, 35, 36, 75, 215-218, 220, 223, 267

- - - apresentações clínicas, 28

- - - diagnóstico diferencial, 31

- - - epidemiologia, 30

- - - etiologia e fatores associados, 29

- - - impactos

- - - - nutricionais, 35

- - - - psicossociais, 36

- - - tratamento, 33, 267

- de ansiedade, 32, 218

- de compulsão alimentar, 26

- de ruminação, 7

- depressivos, 30

- - maior, 32

- do apego reativo, 31

- do déficit de atenção e hiperatividade, 273

- do espectro

- - autista (TEA), 32, 116, 266, 270

- - - e distúrbios gastrintestinais, 116

- - da esquizofrenia, 32

- do neurodesenvolvimento, 265, 266, 269

- emocional de evitação alimentar, 6, 10

- factício, 32

- mentais, 219

- neuromusculares/neurológicos, estruturais ou congênitos, 31

- obsessivo-compulsivo, 30, 31, 218

Tratamento

- baseado na família, 81, 268

- com base na família, 34

- das dificuldades alimentares, 73, 145, 161, 171, 181, 185

- dietético na alergia alimentar, 137

- fonoaudiológico, 167

- medicamentoso, 98, 267

V

Valorização, 95 Vídeos, 45

Vitamina

- A, 48, 64, 151

- B2, 150

- B12, 60, 150

- C, 49, 151

- D, 62, 151

- D3, 151

- do grupo B, 49

- E, 151

- K, 151

Z

Zinco, 50, 68, 150

A seletividade alimentar na infância é um dos desafios mais frequentes enfrentados por profissionais da saúde, educadores e famílias. Muito além de “frescura” ou “fase passageira”, esse comportamento pode comprometer o estado nutricional, o desenvolvimento infantil e a qualidade de vida da criança e de toda a família.

Pensando nisso, o livro Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento surge como uma obra completa e prática, voltada a profissionais que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre o tema de forma integrada, sensível e baseada em evidências.

Escrito por especialistas de diferentes áreas, o livro percorre desde os conceitos fundamentais e critérios diagnósticos até as estratégias de avaliação e intervenção, sempre com foco na atuação multidisciplinar. Nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e pediatras contribuem com olhares complementares, valorizando o cuidado centrado na criança e no fortalecimento da relação com os cuidadores.

Mais do que oferecer respostas prontas, a obra convida à reflexão e ao diálogo entre profissionais e famílias, promovendo um cuidado mais empático, eficaz e sustentável.

Seletividade Alimentar – Da Definição ao Tratamento é leitura essencial para quem deseja transformar desafios alimentares em oportunidades de conexão, aprendizado, desenvolvimento e ressignificar o ato de comer!

Áreas de interesse
Nutrição Pediatria

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.