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Diário da Cuesta

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Dia 6 de Dezembro comemoramos o Dia do Papai Noel! Mas porque essa data? Bem, nesse dia é comemorado o Dia de São Nicolau um arcebispo que costumava ajudar os pobres e necessitados de sua cidade, colocando moedas de ouro nas chaminés das casas durante toda época de Natal. Anos depois, muitos milagres foram atribuídos a São Nicolau fazendo com que ele virasse um santo. Foi na Alemanha que sua imagem se tornou um Símbolo Natalino e se espalhou para o mundo todo, e é por isso que o dia do Papai Noel é comemorado nessa data!

PREFEITO FABIO LEITE:

Reunião com os Vereadores Eleitos e anúncio de seu Secretariado. Nomes novos e recondução de membros do governo de Pardini, numa garantia da continuação administrativa. No Parque Tecnológico, Fábio Leite fez a apresentação de seus auxiliares e apresentou os pontos básicos de sua gestão à frente da Prefeitura Municipal de Botucatu. Pagina 5

Origem da roupa de Papai Noel

Hoje, o Papai Noel tem uma longa barba branca e usa uma roupa vermelha com detalhes em branco. Possui um gorro vermelho e leva um cinto de botas pretas. Além disso, ele carrega um grande saco de presentes.

Mas nem sempre foi assim. As primeiras imagens de Papai Noel apresentavam um homem magro, outras se assemelhavam a um duende. E as suas roupas eram escuras, em tons de marrom e verde.

O cartunista alemão Thomas Nast (1840-1902) trabalhou durante anos no desenho do Papai Noel. Em uma delas, publicada pela revista Harper’s Weeklys, o Papai Noel apresenta o seguinte aspecto:

Foi somente em 1931, através de uma campanha publicitária da Coca-Cola que o Papai Noel ganhou o aspecto mais próximo do que conhecemos hoje:

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO:

Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

O NATAL NA LITERATURA

ELDA MOSCOGLIATO

Muito antes dos evangelistas devem ter sido os anjos, no seu coro de vozes celestiais, que primeiro contaram, como poema literário, a glória daquela brilhantíssima Noite. Seria essa a fonte primitiva, jorrada dos céus, que vem inspirando os artistas da pena, na composição das mais lindas páginas natalinas da antologia universal.

Os pastores depois, eis que foram eles despertados pelo brilho invulgar da Estrela e pelo cantar dos anjos. Dirigiram – se na direção da gruta e quedos e emocionados prostraram –se diante do Menino. Aquele encontro enternecedor e humilde deve ter – lhes despertado o dom da narrativa. A partir de então, reunidos no campo, na vigília do rebanho ou à noitinha, ao redor do lume acolhedor, pautaram seu linguajar rude e simples na narração sempre renovada e sempre encantadora da história do Presépio. Essa é a origem da poesia jogralesca e popular que enriquece desde priscos tempos o cancioneiro popular.

Papini diz que por insondáveis desígnios do Alto, primeiro acolheram o Deus – Menino, os anjos do céu. Depois, a Natureza estática e silenciosa da madrugada de luz, moldura do Universo que é obra divina. A seguir, os animais: o jerico e o boi, que lhe acalentaram os membros frágeis de Homem – Deus, com seu bafo morno e bom, contra os rigores do frio. Logo após, os pobres. Os humildes pastores foram se aproximando. Traziam nas vestes de pele o suor do pastoreio. Sua língua era tartamudeante e sua mente tolhida. Mas o coração era simples e puro.

Bem mais tarde chegaram os Reis Magos. Traziam consigo a sa-

bedoria e a ciência de seu tempo. Porém, sabiam o que buscavam. A Estrela guiou – lhes os caminhos. Viram o Menino já crescido e voltaram, cada qual, após os simbólicos tributos, aos seus rincões distantes. E não se ouviu mais falar deles. Estaria ali, o enigmático mutismo da Ciência que mal dirigida se afasta voluntária e ostensivamente das origens divinas das coisas da Criação? Os evangelistas marcaram também o Nascimento de Cristo e cada um, no seu estilo peculiar, fixou a única imperecível história que transpõe os tempos e que ilumina, faz vinte séculos já, os horizontes da Cristandade.O retábulo do Presépio tem sido tema universal, em todas as Artes. Visualizamos aqui, o Natal na literatura dos povos. Dos recônditos da palavra escrita surge – nos a narrativa sempre enternecedora, sempre cálida aos nossos sentidos, sempre encantadora. Não há escritor que como tal se tenha, grandiloquente ou bisonho, famoso ou insipiente que não conte em seu acervo literário, com ao menos uma composição sobre o Natal.

E por surpreendente e misterioso dom, essa fonte inspiradora é imarcescível. As antologias multiplicam – se periodicamente em todos os idiomas. Coletâneas rigorosamente selecionadas apresentam os melhores contos da Literatura Universal. Dentre eles destacam – se como clássicos, nomes mundialmente consagrados. Esses,são multidão.

São páginas riquíssimas de conteúdo humano, traçadas com muito colorido e encanto. Homens e mulheres, artistas todos, firmaram seu talento, a sua acuradíssima sensibilidade para sobrelevar tão somente, num singelo conto natalino, a chama viva e transcendente da Fé. Porque histórias de Natal, escrevem – se com grande sensibilidade, com real talento e sobretudo, com o coração.

CRÔNICA DE ÁLBUNS DE FIGURINHAS DE FUTEBOL NUM TEMPO QUE PASSOU

Revivo minha infância nos idos do século passado quando as figurinhas de jogadores de futebol eram coladas nos álbuns com goma-arábica. Próximo de casa havia uma agência dos Correios, lá era o melhor lugar para colar figurinhas, havia na bancada potinho de vidro com tampa de plástico acoplada a um pincel. Os álbuns preenchidos davam o direito a receber bola oficial, número cinco, de capotão de couro. Era muito difícil completar esses álbuns, havia figurinhas carimbadas, editadas em quantidades reduzidas. As estampas dos jogadores dos principais times do país vinham enroladinhas em balas de açúcar. No início os meninos apreciavam o doce, com o tempo se enjoavam do sabor ordinário delas. Desprezadas, iam ao lixo tão logo eram retiradas as quatro figurinhas que nelas estavam abraçadas.

Nesse tempo havia na cidade de Botucatu uma sucursal da imprensa que se incumbia de receber e distribuir jornais e revistas para bancas e prover aos assinantes dos jornais da época: Correio Paulistano, Folha da Manhã, Diário de São Paulo, A Gazeta, Diário Popular e o ainda hoje, único sobrevivente, O Estado de São Paulo. A revista ”O Cruzeiro” chegava à cidade por esse escritório. A essa agência cabia a tarefa de circulação das figurinhas e a troca de álbum preenchido pelo brinde. Numa certa ocasião, meu irmão conseguiu -- que sorte -- encontrar duas carimbadas enroladas numa mesma bala. Eram das mais difíceis, o ponta-esquerda Nilo, do América e o Newton Santos (desse jeito escrito), do Botafogo, ambos os clubes da então Capital Federal, o Rio de Janeiro. Para completá-lo foi muito importante levar nosso álbum quando fomos a São Paulo visitar a Tia Iracema, irmã de meu pai. Ela residia na Rua Fidalga onde ficamos alguns dias curtindo o finzinho das férias escolares. Trocamos muitas estampas nessa ida à capital. Num tempo sem violência e, sem o medo que ela nos causa agora, dois meninos do interior, com álbum às mãos e bolsos cheios de repetidas, percorríamos a Vila Madalena que se parecia como uma cidade interiorana. No começo dessa rua, na quina do Cemitério São Paulo, havia uma ponte de madeira sobre um córrego. Algo, porém, marcava a grande diferença urbana: o bonde. O bonde da linha vinte e oito que saía da Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Ma-

ppin e do Teatro Municipal, cujo ponto final estava na Rua Fradique Coutinho Íamos muito ao terminal campear figurinhas. As ruas eram de terra batida, somente entre os dois trilhos de aço havia asfalto. Medida adotada para preservar a madeira dos dormentes onde são fixados os trilhos. Em conversa com pessoas enfileiradas à espera do bonde nessa parada ficamos sabendo que uma das figurinhas do álbum era do jogador Alfredo Ramos, zagueiro do São Paulo “Ali é a casa dele”, apontavam-nos, os adultos.

Retorno ao interior com álbum cheio, bola cheia e cheio de meninos no campinho da casa do Doutor Cícero, Engenheiro da Estrada de Ferro Sorocabana, pai do Sérvulo, nosso colega que conseguiu junto à sua mãe, dona Ione, a liberação do local para um especial campeonato de quatro times que jogariam todos contra todos. Se preciso fosse avançariam noite adentro, pois a quadra possuía holofotes, mordomia que a ferrovia oferecia aos seus mais importantes funcionários, residir em uma das três mansões situadas na Rua Victor Atti. Na casa vizinha à do Dr. Cícero residia o Dr. Chafic Jacob, anos depois foi o Presidente da Sorocabana

Era um dia de fevereiro, férias escolares de verão. Felicidade. Alegria. Lazer. Grande expectativa para o torneio com bola oficial, marca Drible, aprovada pela Federação Paulista de Futebol Lá pelas tantas o Torneio foi mais do que interrompido; precoce e definitivamente acabado. O Petit, filho do dentista Dr. Lauro e da dona Pequê, professora particular de francês, beque estabanado, defensor na base do chutão, num desses enviou a pelota contra a ponta de um arame grosso que sustentava no alto o alambrado. Nesse momento ouviu-se o “choro” triste de uma bola novíssima, o chiado do ar que se escapava de sua câmara. Caiu “morta”, vazia, no saibro atrás de um dos gols. Nem preciso dizer, mas baixou uma tristeza incontida em todos os craques, a metade deles no jogo e a outra metade nos bancos que havia ao redor do campo. E o meu irmão, João, dono da bola, desolado, ainda teve de ouvir demorado sermão de minha mãe que não se conformava com a perda do valioso brinquedo em tão poucas horas. Não chegou durar um dia sequer. Mamãe Joaquina: “chega, não tem mais dinheiro para figurinhas...” e reforçando o castigo “e nem para os gibis”. Trabalho, em vão, de dois meses a juntar figurinhas: comprando as intragáveis balas; conseguindo outras com as trocas e algumas no jogo do bafo, para tão breve uso do cobiçado prêmio.

Restou-nos a tênue lembrança de áureos tempos. Tempos belíssimos. Saudosos.

Fábio Leite divulga secretariado e composição do novo governo

Anúncio foi feito durante coletiva no Parque Tecnológico. Confira os nomes que vão compor o executivo de Botucatu a partir de 02 de janeiro

O Prefeito eleito de Botucatu Fábio Leite anunciou nesta quinta-feira (05) seu secretariado. A divulgação ocorreu durante entrevista coletiva durante a manhã no Parque Tecnológico

Alguns nomes foram adiantados durante a semana pelo Acontece Botucatu, que adiantou também mudanças na estrutura do secretariado nas principais pastas da futura administração Fábio Leite/André Spadaro

Confira os nomes anunciados

O novo governo será empossado no dia 01 de janeiro e começa a trabalhar efetivamente no dia seguinte. Primeiro foram anunciados os nomes ligados ao gabinete do Prefeito:

Primeira Dama e Presidente do Fundo Social de Solidariedade – Marcela Leite. Marcella Martin de Souza Leite, casada com nosso Prefeito Fábio Leite.

Secretário do Prefeito – André Rogério Barbosa – Curumim. André Rogério Barbosa, o Curumim, vereador eleito em Botucatu.

Em seguida a equipe dos secretários:

Assistência Social – Rosemary Ferreira dos Santos Pinton: Servidora pública municipal desde 2010.

Administração – Hércules José dos Santos: Servidor público municipal concursado há mais de 32 anos. Graduado em Administração de Empresas.

Agricultura – Marcelo Leonardo: Formado pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu, com mestrado e doutorado em irrigação e drenagem pela mesma instituição.

Comunicação – Cinthia Cristina de Souza Al-Lage: Formada em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade do Sagrado Coração (atual Unisagrado) e pós-graduação em Estratégias Competitivas de Mercado.

Cultura – Maria Cristina Cury Ramos: Atriz formada pela Faculdade Paulista de Artes de São Paulo e pelo Curso Técnico Profissio-

nalizante do Teatro Escola Macunaíma de São Paulo.

Desenvolvimento Econômico – Luis Fernando Nicolosi Bravim: Graduação em Tecnologia Naval pela Faculdade de Tecnologia de Jaú (1995), MBA em Gestão Empresarial pela FGV, mestrado em Engenharia (Energia na Agricultura-Logistica) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e doutorado em Engenharia (Energia na Agricultura – Logística) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006).

Educação – Gilberto Mariotto Peres: Formado em Administração de Empresas pela Unifac Faculdades Integradas de Botucatu, pós-graduado em Gestão Empresarial pela FGV, em convênio com Unifac, e pós-graduado em Logística pela FGV.

Esporte – Clarita Cristina Balestrin: Educadora física, é pós-graduada em Gestão, com competências voltadas para a administração de recursos, planejamento e execução de políticas públicas; Especialização em Fisiologia do Esporte; e Gerontologia.

Fazenda – Luis Guilherme Gallerani: Graduado em Administração, pós-graduado em Gestão Pública e especialização em orçamento público. Funcionário público de carreira há mais de 25 anos.

Governo – André Gasparini Spadaro: Médico e vice-prefeito eleito.

Habitação – Rodrigo Fernandes Michelin: Graduado em Arquitetura e Urbanismo (1999) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie;

Infraestrutura – Rodrigo Colauto Taborda: Engenheiro Civil pela Faculdade de Engenharia de Bauru (UNESP).

Meio Ambiente – Bianca Picado Gonçalves: Bióloga e Advogada.

Procuradoria – Alisson Forti: Possui graduação pela Faculdade de Direito de Bauru – ITE (2008).

Saúde – Eder Lupi: Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Bauru, atualmente conhecida como UNESP, e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo

Segurança – Laudo Gomes da Silva: É tecnólogo em Segurança Pública. Em 1988, por meio de concurso público, iniciou sua carreira no Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Turismo – Roberta Sogayar: Turismóloga, e possui ampla experiência em turismo atuando em diferentes frentes.

Zeladoria – Márcio dos Santos: Servidor público municipal, formado em Gestão Pública e Tecnólogo em Secretariado.

Em seguida foram apresentados os responsáveis por duas autarquias:

Botuprev – Walner Clayton Rodrigues: Graduado em Ciências Contábeis pela Faculdade Integrada de Botucatu (UNIFAC) em 2007 e especialista em Administração Pública e Gerência de Cidades pela UNINTER em 2011.

Parque Tecnológico – Daniel da Cruz Lopes: Formação em Administração de Empresas – Faculdades Integradas de Botucatu; Pós-Graduação/MBA – Auditoria – UNIP/SP

(Acontece Botucatu)

Viagens # Fé

Breve passagem por Valença do Minho, uma eurocidade amuralhada

Construída sobre uma pequena colina, Valença do Minho fica no extremo norte de Portugal, na fronteira com a Galiza, na Espanha, a mais antiga da Europa, com alguns limites estabelecidos desde o tempo do Condado Portocalense e do Reino de Leão.

Embora tenha sido formada no século X, a sua história começou na época romana, quando era conhecida como Contrasta. Durante a Idade Média ela foi importante centro comercial e militar, tanto que a sua fortaleza setecentista é uma das principais fortificações militares do Velho Mundo.

São, pelo que soubemos, cerca de 5 quilômetros de perímetro amuralhado, com vista para o rio Minho, cuja travessia se faz por uma centenária ponte rodo-ferroviária.

Essa fortificação fica no topo de dois outeiros e é formada por dois polígonos separados por um fosso. Entrando nas muralhas vemos uma localidade muito agradável para passear a pé. Regina e eu estivemos lá pela manhã e andamos tranquilamente por ruelas tortuosas, com calçadões de pedra e casinhas brancas.

De fato, é um burgo medieval intramuros, tem hoje 13 mil moradores e pertence ao distrito de Viana do Castelo. Decorada com belíssima azulejaria, há séculos recebe e acompanha o trajeto dos peregrinos de Santiago de Compostela, sendo muitas vezes o último repouso português dos caminhantes.

Tivemos sorte de apreciar os serviços de restauro por ora feitos em algumas de suas igrejas e, dentre estas, visitamos a Matriz de Santa Maria dos Anjos, de estilo românico,

erguida no século XIII, cujo interior é pequeno e singelo.

São Teotônio, o primeiro santo português, era valenciano, morreu em 1162 e foi canonizado no ano seguinte. Amigo e conselheiro espiritual de Dom Afonso Henriques, o primeiro rei que fundou Portugal, ele é honrado em sua terra com a estátua erguida no largo da Capela do Bom Jesus.

Com Tui, na vizinha Espanha, Valença firmou em 2012 um protocolo de cooperação. Brotou assim a Eurocidade Valença-Tui, o novo modelo de cidadania de espaço singular, que é uma das sete bem-sucedidas eurocidades ibéricas.

Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 52 livros sobre a história regional.

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