Lançamento do livro “A História de Botucatu” no 5º Aniversário do Diário da Cuesta

Ohomem só existe porque tem um passado. É o relato de como ele chegou até aqui que o faz inteiro. Sem isso não teríamos referência, não saberíamos o que somos e de onde viemos. Desde quando nós estávamos à beira do fogo e olhavamos o céu procurando direções, tinhamos noção da importância de nossa história. Os mais velhos a passavam para os mais novos em um relato oral. Daí nascia o herói, o vilão, as lembranças alegres e as lembranças tristes, daí vinha o orgulho de pertencer àquele povo. A História de Botucatu é assim, cheia de conquistas, de povos que tentaram ficar e que tiveram de partir de outros que, através de lutas e, por que não, um certo amor pelo lugar, conquistaram o direito de povoar esta cidade. Viva o povo botucatuense! Que é tão rico em seu passado, e soube assim fazer o seu presente. Incomparável.
A História de Botucatu
Armando Moraes Delmanto
Armando Moraes Delmanto
Armando Moraes Delmanto

O dia 10 de novembro ficará marcado em minha vida e na história cultural de Botucatu
O lançamento da segunda edição impressa de A História de Botucatu, coincidindo com o quinto aniversário do Diário da Cuesta, foi um encontro de caminhos, como trilhos que se unem na mesma estação.
A Estação Sorocabana, símbolo que escolhi desde a primeira edição digital em 2010, voltou a ser metáfora desse momento: porta de entrada do progresso no passado, inspiração para levar adiante a cultura no presente.
Agradeço profundamente a todos os amigos, familiares, leitores e colaboradores que estiveram presentes — fisicamente ou em pensamento — nesta celebração. Cada gesto de apoio fortalece a certeza de que preservar a memória é também semear o futuro.
Seguimos viagem, com fé e esperança, na trilha da cultura e da história de nossa terra. Armando Moraes Delmanto

Simbolismo maior: é como se duas histórias que ajudamos a construir se encontrassem no mesmo trilho...
Simbolismo maior: é como se duas histórias que ajudamos a construir se encontrassem no mesmo trilho...

“A ESTAÇÃO foi porta de entrada do progresso. A internet, a nova Estação do conhecimento. Entre trilhos e redes, segue a viagem da memória.”
“A ESTAÇÃO foi porta de entrada do progresso. A internet, a nova Estação do conhecimento. Entre trilhos e redes, segue a viagem da memória.”
“Assim como a ESTAÇÃO foi porta de entrada de notícias e cultura no século XX, a internet se tornou a nova estação do conhecimento no século XXI.” (AMD)
“Assim como a ESTAÇÃO foi porta de entrada de notícias e cultura no século XX, a internet se tornou a nova estação do conhecimento no século XXI.” (AMD)


10 de novembro, celebramos duas viagens que se encontram na
o
da
em herança para Botucatu. Gratidão a todos que caminharam comigo nessa jornada.” (AMD)
e levar adiante a cultura. Poder transformar memória em livro e livro em herança para Botucatu. Gratidão a todos que caminharam comigo nessa jornada.” (AMD)
Apresentação

A Estação de Trem sempre foi emblemática. Ficou em nossa memória como ponto de partida e de chegada. É merecedor de um estudo sociológico a influência que exerceu, desde 1889, a Estação da Sorocabana em Botucatu.
Cidade pequena, conhecida como “boca do sertão”, foi daqui que partiram as “paralelas poderosas” da EFS na conquista do interior pelo oeste do Estado. Muitas cidades nasceram e cresceram graças ao progresso que chegava pelas locomotivas.
A Estação se tornou o centro de tudo: lugar por onde passavam notícias, mercadorias, esperanças e tristezas. Mais que isso, era o verdadeiro “point” da comunidade “botocuda”. Afinal, quem não tinha que passar pela Estação, uma ou outra vez?
Nos anos 50, tive o privilégio de conhecer e usar a Sorocabana em sua fase de glória. Nem se pensava em viagem de automóvel até São Paulo: era de trem que se ia à Capital. A Estação deu origem ao Bairro da Estação, que cresceu em torno dela. Ali estavam o Bar, o Restaurante, as comemorações familiares e a espera pelos amigos e parentes. Tudo isso fruto da ousadia da Sorocabana em vencer a Cuesta e chegar a Botucatu.
A Estação Sorocabana foi, portanto, a principal porta de entrada de Botucatu. Por ela chegavam não apenas pessoas, mas também o conhecimento e a cultura, os avanços científicos e as novidades do mundo. Ela representava o caminho do progresso. Por isso, em 2010, escolhi sua imagem para a
capa do meu primeiro livro digital sobre a História de Botucatu. Foi um gesto simbólico: a velha Estação, que outrora abriu as portas do interior para o mundo, tornava-se agora o emblema da nova forma de difundir a cultura — a internet.
No Terceiro Milênio, ainda no início do século XXI, partimos para essa ousada e pouco conhecida forma de propagar ideias através do “mundão sem dono” que é a rede mundial. Não por acaso, em 2007 a Amazon lançava o Kindle, marco da revolução digital nos livros. De lá para cá, a evolução tecnológica foi avassaladora.
Agora, quinze anos depois daquela primeira edição digital, este livro impresso atualiza e preserva o registro histórico de Botucatu.
Uma nova viagem parte da Estação — desta vez, não sobre trilhos, mas pelas páginas que guardam a memória de nossa terra.
Armando Moraes Delmanto


Entrevista com o autor do livro “A Pequena Pátria”, Armando Moraes Delmanto: RELEMBRANDO
Como começou sua carreira literária?
Este livro mostra exatamente como começou minha iniciação nas letras. E lembro sempre das palavras do professor Agostinho Minicucci: “percebe-se quando alguém começa a sentir os comichões literários que coçam mais do que variola agonizante...” Consegui a publicação do meu primeiro artigo no jornal “Folha de Botucatu”, em 1962 e, em 1963, com a publicação do jornal estudantil, “Tribuna do Estudante”, do Colégio La Salle, consegui a minha primeira realização no jornalismo...
Em 1965 você foi para São Paulo para cursar Direito?
Sim, aconteceu que eu fazia o curso científico no La Salle com o objetivo de cursar Medicina quando houve um teste vocacional para minha classe e, no meu teste, deu Direito e Política. Eu me transferi para o curso clássico e prestei vestibular e ingressei nas faculdades de Sociologia & Política e de Direito do Largo de São Francisco. (USP).
E o jornalismo continuou a ser um grande objetivo?
Eu sempre sonhei em exercer a profissão de jornalista no “Estadão”(Ö Estado de São Paulo). Dizia para os amigos que ainda seria Diretor do “Ëstadão”... rsrsrs. Esse jornal centenário, a meu ver o melhor do Brasil, representava uma verdadeira Universidade da Cultura Nacional. Já havia sido aprovado como Revisor do “Estadão”, em 1967, através de seu então Redator Chefe, Flávio Galvão, quando meu pai me solicitou para representar Botucatu no Gabinete do recém eleito Governador do Estado, Roberto de Abreu Sodré. Mudança radical nos meus projetos...
históricos sobre Botucatu e um estudo que pesquisei muito sobre a Revolução Constitucionalista de 1932: o livro “A História da Vitória Política Paulista: 1934”, de 2020. Hoje, continuo no jornalismo através do Blog do Delmanto e do webjornal “Diário da Cuesta”.
E essa história da “Pequena Pátria” e as “memórias de um menino interno que descobriu o caminho da esperança”?

Então você se afastou do jornalismo?
Não. Através do conceituado jornalista Arruda Camargo que fazia Editoriais para os principais jornais paulistas, tive minha inciação como colunista de jornal. Ele foi meu padrinho... Foi no Diário de Comércio & Indústria onde eu tinha uma coluna diária sobre os problemas da juventude, depois passei a ter coluna nos jornais semanais Shopping News e City News, também abordando os temas importantes para a inserção da juventude no exercício da cidadania. Disso resultou o meu primeiro livro: “Ä Juventude: Participação ou Omissão”, em 1971 Com o Arruda Camargo, tive uma experiência inesquecível: ainda calouro da Faculdade de Direito tive a oportunidade de conhecer o poeta Paulo Bomfim... Convidado pelo Arruda Camargo participei, no final dos anos 60 de reunião na casa do poeta, quando fui apresentado por ele à verdadeira “instituição cultural” que era Aureliano Leite e para a “lenda viva”, o “Tribuno da Revolução Constitucionalista”, Ibrahim Nobre... Imaginem o que isso representou para um jovem estudante “botucudo” que chegava à capital cheio de sonhos e encontrava, de uma só vez, “os referenciais maiores da alma paulista...”
E foi o início de sua atuação como jornalista e escritor? Exato. E vieram outros desafios, outros jornais e uma série de livros
R- Fiquei empolgado com o resgate desse período de minha vida no final dos anos 50 e início dos anos 60. O mundo todo estava passando por uma mudança radical nos costumes, na música e na arquitetura. Os gênios de Niemeyer e Burle Max iriam sacudir a concepção urbanística brasileira: primeiro na Pampulha, em Belo Horizonte levados por Juscelino Kubitschek, ao depois em São Paulo com o Parque do Ibirapuera levados por Jânio Quadros nas comemorações do IV Centenário e, finalmente, em Brasília novamente com Juscelino, planejando e construindo a Nova Capital com projetos arquitetônicos ousados e maravilhosos... E Botucatu não poderia ficar de fora: primeiro a contrução da “Brasilinha” e a Fonte Luminosa, como ficaram conhecidas as marquises construídas na parte de cima do Bosque nas comemorações do Centenário de Botucatu e, em 1957, a construção de nosso primeiro “arranha-céu”, o nosso primeiro edifício. E surgia o “PEABIRU HOTEL”, orgulho dos botucatuenses. Esse é o cenário do livro “A Pequena Pátria”...
E Botucatu vivia tempos de muitas e ousadas mudanças, não é?
Botucatu recebia os Colonos Belgas vindos do Congo após a independência daquele país e recebia, também, os Irmãos Lassalistas que adquiriram o Colégio Arquidiocesano (hoje, LA SALLE), vindos do Rio Grande do Sul, trazidos pelo então Arcebispo Metropolitano, Dom Henrique Golland Trindade que foi aluno do Colégio La Salle de Porto Alegre. Os Lassalistas eram conhecidos e reconhecidos como excelentes educadores. Em Botucatu eles consolidaram a máxima de Botucatu ser a cidades dos “BONS ARES E DAS BOAS ESCOLAS”... Felizmente pude viver esse período de tantas transformações e ser, eu mesmo, fruto da educação escolar dos lassalistas. No livro, mostro a experiência enriquecedora que foi o Internato do Liceu Coração de Jesus por 2 anos e a busca do meu lugar e o encontro de amigos até o meu retorno à Pequena Pátria. Aqui pude me realizar e me encontrar sempre contando com a minha família, a amizade de meus amigos e a orientação educacional e positiva dos Irmãos Lassalistas. Repito: fiquei empolgado com o resgate desse período de minha vida Esse é o cenário do livro...
O livro Pioneiro:
“A Juventude: participação ou omissão”

Foi o primeiro livro, o primeiro sonho cívico, a primeira caminhada cidadã...
Também foi a primeira vez que a Bandeira Nacional – símbolo maior da nacionalidade! – foi estilizada com todo o civismo da proposta do livro, de forma ousada, corajosa e brilhante pela artista plástica e designer Ida Gardini.
A dedicatória do livro já trazia a sua particularidade coletiva: dedicado aos colegas da universidade engajados na luta pelo Novo Brasil.
LEITURA DINÂMICA
Este ano de 2025 tem sido especial e produtivo para o advogado, jornalista e memorialista Armando Moraes Delmanto. Com o lançamento de 4 livros, ele marcou com destaque o 5º Aniversário do Diário da Cuesta: “A Pequena Pátria”, em abril deste ano; “Memórias de Botucatu 4”, no mês de junho; “Memórias de Botucatu 5”, em 9 de Julho em homenagem aos aniversários da Revolução Constitucionalista e da Fundação da ABL – Academia Botucatuense de Letras e, agora, o lançamento da edição impressa de “A História de Botucatu” no 5º Aniversário do jornal “Diário da Cuesta”. Ufa! Sucesso!

1
– Neste livro, Delmanto relata experiências vividas num colégio interno. São memórias de um menino no Internato: Descobrindo o Caminho da Esperança.
2
– Procurando divulgar Botucatu, o livro
“Memórias de Botucatu 4”, traz o histórico institucional de Botucatu, além de reportagens especiais publicadas no Diário da Cuesta.



Uma jornada vitoriosa!
10 de novembro de 2025, 5º aniversário do Diário da Cuesta.


3
Constitucionalista
–
4
No 5º aniversário do Diário da Cuesta, o lançamento da 2ª edição impressa de “A História de Botucatu”, o primeiro livro digital de Botucatu, lançado em primeira edição digital em 2010.



