O temporal que devastou o interior deixou claro: a CPFL que nasceu em Botucatu sob a liderança do engenheiro Manfredo Costa, já foi símbolo de excelência técnica e referência nacional. A “Energia de São Paulo”, que uniu a CPFL, Cesp, Eletropaulo e Comgás nos anos 80, chegou a ser mais forte que a Petrobras. Mas governos posteriores a desmontaram em nome de interesses políticos. O resultado? Hoje, privatizada e distante de suas origens, a CPFL falha em garantir o básico: energia rápida e confiável para a população atingida pelos temporais.
E D I T O R I A L
A tempestade, a energia e a memória necessária
O temporal que atingiu nossa região trouxe destruição, insegurança e, sobretudo, a prolongada escuridão da falta de energia elétrica. Mais uma vez, a população paga a conta da ineficiência, enquanto aguarda a boa vontade de uma concessionária que deveria oferecer não apenas o serviço, mas a confiança.
A demora da CPFL em restabelecer o fornecimento de energia escancara um problema estrutural: a perda da qualidade profissional que, um dia, foi marca registrada da empresa. É preciso recordar que a CPFL nasceu aqui, em Botucatu, da antiga Companhia de Luz, liderada pelo engenheiro Manfredo Costa. Sua trajetória sempre foi marcada pela excelência técnica e por um padrão de gestão que a tornou referência nacional.
Tive a oportunidade, em 1983, de participar da equipe do professor José Goldemberg, no governo Franco Montoro, quando se estruturou a unificação das empresas estaduais de energia. CESP, CPFL, Eletropaulo e Comgás formaram a Energia de São Paulo, conglomerado que chegou a ter mais força econômica que a própria Petrobras.
Naquele período, foi preciso criatividade e ousadia. Como membro do Grupo de Gestão Empresarial, coube-me propor a solução estatutária que permitiu a unificação sem depender de um processo jurídico demorado: uma mesma presidência para as quatro empresas, vice-presidentes executivos atuando em cada companhia e diretorias distribuídas de forma equânime. Funcionou. E funcionou bem.
A CPFL, em especial, era unanimemente reconhecida pela sua competência técnica e por seu compromisso com o consumidor. Infelizmente, governos posteriores desmontaram a Energia de São Paulo, fragmentando o que estava consolidado e abrindo espaço para privatizações feitas sem a devida preocupação com qualidade ou continuidade. Foi assim com a CPFL, como foi com a Fepasa e o Banespa: empresas estratégicas, entregues a interesses imediatistas.
O resultado está diante de nós: populações inteiras às escuras, cidades vulneráveis, e a sensação amarga de que retrocedemos. Uma empresa que um dia foi símbolo de eficiência hoje não consegue responder de forma satisfatória às emergências que a sociedade enfrenta.
O temporal passou. Mas a memória precisa permanecer. Se não aprendermos com a história, a cada nova queda de energia, viveremos de novo o mesmo apagão de responsabilidade.
A DIREÇÃO.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Professor José Goldemberg e Governador Franco Montoro
Diário da Cuesta 3
VIAJANDO NO TEMPO: 40 ANOS DEPOIS...
Recebi um pedido de amizade no Facebook de um amigo e colega de trabalho na CESP. Fiquei surpreso. Não esperava esse reencontro, mesmo que virtual. Há mais de 25 anos não tinha contato e nem encontrava esse amigo Esse reencontro me levou a uma “viagem no tempo”... Há dias rememorando aquele período, talvez um dos mais importantes em minha carreira profissional. Tenho muito orgulho de ter atuado e de ter podido participar, de forma efetiva, desse importante e vitorioso período da história política paulista. No ano de 1983, pertenci à equipe dos professores José Goldemberg/Jacques Marcovitch durante o governo inovador de Franco Montoro. Pertenci à Coordenadoria de Gestão Empresarial da Presidência da Energia de São Paulo (CESP, CPFL, Eletropaulo e Comgás), tendo como coordenador, Jovelino de Carvalho Mineiro.
GRUPO DE GESTÃO EMPRESARIAL - ENERGIA SÃO PAULO
Em 1983, durante o governo de Franco Montoro, a Energia São Paulo (formada pela presidência unificada da CESP, CPFL, ELETROPAULO e COMGÁS) Era a maior empresa da América Latina, à frente da Petrobrás. Sob a presidência do prof. José Goldemberg, uma equipe de jovens compunha a Assessoria de Gestão Empresarial: da esquerda p/ direita, Milton Costa, Nelson Toledo, Anito Stainbck, Jovelino Carvalho Mineiro (coordenador), Armando Moraes Delmanto, Francisco Altenfelder Silva e José Roberto Zachi.
Participei da elaboração do projeto jurídico da Presidência Unificada das empresas de energia paulista. Na Coordenadoria de Gestão Empresarial que assessorava a Presidência Unificada da Energia de São Paulo passei a dar plantão semanal nas empresas unificadas (Cesp, CPFL e Eletropaulo). Nessa experiência administrativa tive a oportunidade de conhecer e vivenciar a empresa modelo que era a CPFL. Hoje, privatizada, sem padrão de qualidade, incapaz de atender com eficiência a quem mais precisa. É registro histórico!
Devido ao bom desempenho da gestão do prof. Goldemberg à frente da Energia São Paulo, em 1983, o coordenador da Gestão Empresarial foi convidado para participar, em 1984, da reestruturação do Setor de Publicidade do Governo Estadual. Tive a oportunidade de também participar dessa tarefa com prazo determinado. Antes mesmo do final de 1984 já estávamos de volta à CESP.
Convidado, em 1985, assumi o Departamento Administrativo da CESP, responsável pela administração dos imóveis (da capital e do interior) da empresa e das frotas de veículos (utilitários, carros, caminhões) de aviões e de helicópteros , além das áreas de serviços técnicos e manutenção. Durante o ano de 1985, representando a CESP, participei juntamente com o Tenente Coronel Mário José de Almeida Pernambuco e do Major Antonio Moreira Soares de Azevedo (da Chefia da Casa Militar do Governo do Estado), da compra na Inglaterra (Chester), do Jato Executivo Bae 146 da British Aerospace, destinado ao uso do governador do estado, substituindo 5 aeronaves de pequeno porte e de muitos anos de uso. Também em 1985, novamente pela CESP e na companhia dos mesmos representantes da Casa Militar, seguimos para os Estados Unidos (Jupiter/Flórida), mais especificamente para a fábrica da SIKORSKY AIRCRAFT EXPORT CORPORATION, onde foi efetuada a compra do HELICÓPTERO SIKORSKY S-76 (o conhecido TROVÃO AZUL), nº de série 76-00171, da UNITED TECNOLOGIES INTERNACIONAL INC. O helicóptero era para uso do governador e de sua equipe de governo (Blog do Delmanto, 22/05/2014)
Justiça atende pedido da Prefeitura e determina que CPFL apresente plano emergencial em 24 horas
Cidade foi atingida por ventos superiores a 100 km/h, que derrubaram mais de 100 árvores, destelhou mais de 50 casas e afetou a prestação de serviços na área de saúde e educação
A Prefeitura de Botucatu obteve na Justiça uma decisão favorável em ação movida contra a CPFL Paulista, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica no município. A medida foi tomada após a cidade enfrentar graves problemas no abastecimento desde a forte tempestade da última segunda-feira (22), que provocou danos à rede elétrica urbana e rural.
Botucatu foi atingida por ventos superiores a 100 km/h, que derrubaram mais de 100 árvores, destelhou mais de 50 casas e afetou a prestação de serviços na área de saúde e educação. Na decisão, o juiz determinou, em caráter de urgência, que CPFL apresente nas próximas 24 horas:
· Um plano de contingência compatível com as dimensões de Botucatu, garantindo a continuidade do fornecimento de energia;
· Projetos e cronogramas de trabalho preventivo para o período de maior incidência de chuvas.
O descumprimento da decisão acarretará multa diária de R$ 100 mil à concessionária.
A Prefeitura havia ingressado com o pedido após cobrar providências diretamente na sede da empresa, em Campinas, diante da demora na normalização do serviço. A decisão judicial reforça o caráter essencial do fornecimento de energia, que impacta diretamente serviços públicos como abastecimento de água, funcionamento de escolas e hospitais, além de causar prejuízos
à população.
“Nossa cidade não pode ficar refém da ineficiência da concessionária. Ingressamos na Justiça para garantir que Botucatu tenha respostas rápidas e medidas concretas, porque estamos falando de um serviço essencial, que não pode falhar”, destacou o prefeito Fábio Leite.
A Prefeitura segue acompanhando de perto as ações da CPFL e mantém suas equipes mobilizadas para dar suporte à população até que o fornecimento de energia seja plenamente restabelecido.
Relembrando o caso
Uma tempestade com fortes chuvas e ventos que alcançaram uma velocidade de, aproximadamente 100 km/h, no início da tarde desta segunda-feira (22), deixou a população de Botucatu em alarde.
Em razão da força desse fenômeno da natureza que ocasionou a queda de mais de 100 árvores e 45 destelhamentos de residências, além de quedas de muros, de placas, reservatórios de água, obstrução de ruas, totens, semáforos inoperantes, entre outros prejuízos, seguidos de interrupção da energia elétrica, de água e serviços de telefonia, em diferentes pontos da Cidade, o prefeito Fábio Leite decretou estado de calamidade pública na Cidade.
(TRIBUNA DE BOTUCATU)
Notas&Fotos Adelina Guimarães
BOTUCATUENSES TALENTOSAS
Renata Rebello Mendes Gomes, com utrajetória profissional de sucesso, atualmente é pesquisadora e nutricionista da Universidade Federal de Sergipe e é Nutricionista da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica, mês passado.
Lucia S. Queiroz Tonete - Sexta-feira foi agraciada com placa comemorativa por seus 10 anos como Vice-Presidente do Departamento Jurídico da The Walt Disney CompanyBrasil e repartiu os louros com sua equipe.
TANGO GOURMET
Data: 01 de outubro
Música: Tango de Astor Piazzolla com Cristina Andreatti ao piano e Guilherme Corrêa ao violino
Gastronomia: Menu de inspiração argentina preparado pelo Chef Alexandre Mendonça.
Antonella Dinucci a jovem que há anos tem se destacado no esporte de esgrima em Campeonatos Brasileiros e Internacionais. Acumula muitas medalhas nesse esporte que exige inteligência, estratégia e condicionamento físico.
