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Diário da Cuesta

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DIA DA ÁRVORE

21 de setembro

O Dia da Árvore é comemorado no dia 21 de Setembro. Esta data foi escolhida por anteceder o início da primavera no Hemisfério Sul que, dependendo do ano, pode ocorrer entre os dias 22 e 23 de setembro. O objetivo deste dia é conscientizar sobre a importância da preservação das árvores e das florestas, incentivando a proteção do meio ambiente com atitudes que trazem benefícios à natureza. Com destaque, o DIÁRIO DA CUESTA homenageou a EMBAÚBA: Árvore Símbolo da Cuesta de Botucatu!

Em noite tensa, Chef de Botucatu Marina Queiroz Tonete vence prova em grupo e segue na disputa do MasterChef Confeitaria

O 2º episódio do MasterChef Confeitaria 2025, exibido nesta terça-feira (16), foi marcado por tensão, fortes críticas dos jurados e mais uma eliminação. O confeiteiro Lucas Constantini deixou a disputa após seu grupo apresentar doces com erros considerados fatais.

Em meio ao clima acirrado, a chef Marina Queiroz Tonete, de Botucatu, voltou a se destacar. Após vencer a primeira prova da temporada, ela integrou a equipe campeã do desafio em grupo, garantindo mais uma vitória em sua trajetória no reality gastronômico.

Marina foi a primeira escolhida pelo líder Léo, vencedor da prova de eliminação do episódio anterior. Com 27 anos de dedicação à culinária e à docência, a botucatuense acumula experiência em grandes escolas, como a Le Cordon Bleu, onde chegou ao cargo de diretora acadêmica, além de estágios em restaurantes estrelados na Europa.

Apontada como uma das favoritas pelos jurados e pelos próprios concorrentes, Marina segue firme na competição, despertando admiração e também a atenção estratégica dos adversários. (BOTUCATU ONLINE)

Botucatu receberá verba do PAC de 71 milhões para combater pontos críticos de alagamento

O Prefeito de Botucatu, Fábio Leite, confirmou que a cidade será contemplada com um aporte histórico de recursos federais. O município conquistou R$ 71 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverão ser destinados a obras de drenagem no município. PÁGINA 2

Botucatu receberá verba do PAC de 71 milhões para combater pontos críticos de alagamento

Botucatu receberá verba recorde do PAC: R$ 71 milhões para combater pontos críticos de alagamento

O Prefeito de Botucatu, Fábio Leite, confirmou que a cidade será contemplada com um aporte histórico de recursos federais. O município conquistou R$ 71 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deverão ser destinados a obras de drenagem no município.

O convênio foi assinado na tarde desta quinta-feira, 18 de setembro, em Brasília, pelo prefeito Fábio Leite.

O valor é considerado o maior já destinado à cidade em infraestrutura, superando os R$ 56 milhões aplicados pela Sabesp na construção da represa do Rio Pardo.

De acordo com o prefeito, os projetos foram elaborados pela equipe técnica da Prefeitura e priorizam regiões que convivem

com problemas recorrentes de alagamentos. Entre os locais previstos estão o Lavapés, a área da Rodoviária, o bairro Tanquinho, além de vias como a Rua Tenente João Francisco e a Major Matheus.

Fábio Leite destacou que boa parte dos projetos de drenagem em Botucatu foram elaborados ainda na gestão de Mário Pardini quando Botucatu sofreu inundações, alagamentos e quedas de pontes numa grande tragédia urbana. O Prefeito destacou a importância de muitas ajudas, citando o deputado João Cury, a Câmara Municipal que teve seu presidente, vereador Cula, presente na solenidade., destacando também a atuação da Câmara Municipal da Gestão Pardini.

A Prefeitura de Botucatu realizou um levantamento com seus técnicos e selecionou os pontos mais críticos da cidade, para executar intervenções estruturais importantes. (Fonte: Leia Notícias e Acontece Botucatu)

Que a Embaúba é uma árvore típica do cimo da Cuesta de Botucatu? Pois é, a Embaúba que também é conhecida por Umbaúba, Ambaíba, Ambaúba, Imbaúva ou Imbaúba, é árvore da família das Moráceas (cecropia palmata); é árvore de tronco indiviso. Embaubal é o bosque de embaúbas. Também é chamada de árvore-dos-macacos ou árvore-da-preguiça ou torém. O antigo traçado férreo da Sorocabana passava por Vitória (Vitoriana), Lageado e...Embaúba... Sim, Embaúba é uma pequena Vila pertencente a Botucatu que até hoje é procurada pelos amantes da pesca por ser um local ideal e piscoso. Hoje, o descuido e o desrespeito à natureza reduziu muito o número de Embaúbas em nossa região, mas podem ser encontradas na Cuesta e em vários pontos verdes de nossa cidade.

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

Contato@diariodacuesta com br Tels: 14.99745.6604 - 14. 991929689

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

CUESTA RASGADA

No princípio de uma manhã, soltei-me da ponta de uma folha de embaúba, lá do cimo da Cuesta. No início, quase devagar e flutuando, meu corpo começou a girar e a cair. Não havia escolhido o percurso a seguir e nem aonde queria chegar, mas, mesmo assim, atirei-me ao desafio que o destino havia escolhido, com a vontade férrea, que é comum aos seres determinados. Ao primeiro balanço da folha, dei um leve rodopio no ar e já pude divisar, do alto em que me encontrava, um cenário antes nunca imaginado. Pude observar, com os olhos de um menino curioso, os contornos de uma Cuesta extraordinária. À medida que eu viajava, pude ver a união exuberante da natureza. Eram árvores frondosas, médias, miúdas, todas em perfeita harmonia. Eram flores grandes e pequenas, frutos bonitos e outros nem tanto, mas o conjunto dessas diferenças, mostrava um resultado indescritível, uma aquarela divina, que jamais um ser humano conseguiu registrar numa tela ou num escrito.

E fui caindo.

E fui descendo.

Quanto mais ia me aproximando das copas das árvores, pude ir distinguindo as peculiaridades de cada uma. Era o amarelo puro de um Ipê, o rosado de uma Paineira, o verde claro de um Pau-de-Santo, as rugas de um Barbatimão, as folhas enfileiradas de um Cedro, o tronco tortuoso e comprido da Bracatinga, as bolinhas do Cinamomo, o amarelo do Bambu Canário, os espinhos da Mamica de Porca, o brilho das folhas miúdas do Sangue Negro, as vagens do Ingazeiro, as folhas de sobre tom da Fruteira de Lobo, a cor branca dos frutos do Salta Martim.

Nesse meu vôo livre, pude perceber, que por entre todo esse emaranhado de árvores e de vegetação rasteira, outro tipo de vida existia. Eram Preás em atividades incessantes, Pacas num contínuo remoer, Veados em bandos, Tamanduás escarafunchando cupinzeiros, Cachorros do Mato em matilhas, Gatos do Mato ariscos no

Cláudio de Almeida Martins

ambiente, Capivaras no tijuco, Sanhaços nos pés de amora, Sabiás, Coleira, Laranjeira e Póca nos pés de Guabiroba, Almas de Gato com ares de sonhadores, Jandaias arrelientas, Siriemas correndo atrás de pequenos insetos, e pude ouvir o zumbido do frenético vai e vem das abelhas e sentir o aroma do mel que produziam.

E fui descendo em queda livre até que toquei numa folha de amendoizeiro e escorri pelo seu tronco. Dali, precipitei-me novamente no vazio.

Agora minha viagem já se fazia mais rápida.

Fui girando.

Fui dando voltas e mais voltas.

Sabia que estava bem mais próximo a ter contato com uma nova realidade antes nunca experimentada.

E cheguei.

Bati numa rocha de cor escura e pelas suas fendas fui deixando parte de mim.

Deslizei rápido, mas não tão rápido que me impedisse de observar a realidade que se mostrava. Passei por grotas maravilhosas e encantadoras, que, se vistas por poetas ou escritores, com certeza se tornariam o centro de uma obra prima.

Despenquei de uma pedra lisa para a imensidão, não sei precisar quanto tempo fiquei no ar, mas foi o suficiente para ver que por um pequeno vão da mata, um grupo de pessoas caminhava. Consegui observar que não eram mais que três figuras e não estavam sós.

Junto a eles, cinco animais caminhavam. Eram burros carregados com tralhas, pelo que pude perceber, bem pesadas.

Os homens caminhavam lentamente, e de forma ritmada buscavam o acesso mais fácil não tocando nas vegetações à volta. Verifiquei que respeitavam-se mutuamente, a natureza permitia a passagem deles e eles, em contrapartida, não a agrediam.

Sei que não é possível, mas senti lágrimas correrem de mim, um casamento perfeito.

De repente, deixei de ver os homens e pude sentir que estava en-

trando em contato com outros iguais.

Entrei num turbilhão de irmãos. Todos unidos, presos a um só rumo. Segui, não me opus.

Com essa união me senti mais forte e mais rápido, a cada momento sentia encantamento diferenciado. Em determinado momento estava no centro de um redemoinho, em outro fazia parte de uma correnteza, em outro nas voltas dos remansos e, num relance, fui sumindo.

E fui me desfazendo.

Fui me sentindo mais leve.

Alcei vôo por entre as árvores em forma de neblina e fui alcançando suas copas.

E fui caminhando.

Num relance, senti que estava vendo a folha da Embaúba que me recolhera.

Fui-me distanciando.

Subi.

Viajei.

E como viajei.

Não sei quanto tempo girei pelos ares e por onde, só sei que divisei mundos diferentes, mundos verdes, secos, floridos, frios, agradáveis e indiferentes.

Não sei se foi por causa do meu nascimento, mas nunca deixei de pensar na minha folha de Embaúba e da Cuesta de minha infância. Nunca achei outra vista tão bela quanto àquela da primeira experiência.

Num momento, que para mim foi mágico, fui me formando como no início.

Senti que tomava corpo. Senti que os meus pedaços estavam se unindo novamente.

Em meio a fortes barulhos e clarões pude ir distinguindo meus novos rumos.

Foi rápido.

Desci felozmente num redemoinho e parei sobre uma superfície lisa. Quando abri os olhos novamente, vi que me encontrava numa folha de embaúba, no cimo da Cuesta.

Fiquei radiante de alegria.

Até que enfim estava de volta ao lugar que mais me agradava.

Aguardei ansioso para a viagem que por certo iria fazer.

Fiquei por um bom tempo repousando na minha folha mãe, sentindo a ternura e a carícia do amor materno.

Enfim o momento tão aguardado chegou.

Soltei-me com o maior prazer no devido momento, agora iria rever o meu cenário de sonho. Eu queria ver minha natureza estampada na retina dos meus olhos.

Onde, onde se escondera a minha infância?

Não conseguia mais ver muitas das árvores, irmãs de nascimento.

Aonde estavam os Sangues de Negro, as Paineiras, os Gravatás, os Ingazeiros?

Aonde estavam?

E os Sanhaços, os Bem-te-vis?

Cadê as Codornas, as Perdizes, cadê?

Muito pouco pude encontrar em meu retorno, e o que encontrei, estava todo escondido, camuflado, amedrontado.

Procurei pelas flores, pelos frutos e nada. O muito pouco é o nada para mim. Vestígios, nada mais que vestígios.

Dos homens, que observei respeitando o meu mundo, nem os rastros. Agora, percebi cicatrizes imensas encravadas na carne de minha Cuesta. Pude sentir o cheiro acre da poluição que as máquinas deixam ao subir pelas costas desse corpo sagrado.

As comitivas se tornaram predadoras.

Minha Cuesta foi rasgada. Tiraram dos meus olhos a beleza da minha infância e, em seu lugar, nada puseram.

Desta vez foi rápido.

Não consegui caminhar devagar, não tinha onde me segurar, desci velozmente.

Minha Cuesta, sou um pequeno pingo d’água que perdeu seu brilho porque você foi violentada, foi açoitada e não consegue mais mostrar sua beleza natural.

Minha Cuesta, você foi rasgada e não consegue mais viver feliz. Eu também não consigo mais viver, não consigo mais completar meu ciclo natural de vida.

Tudo mudou.

Os meus irmãos não podem ser normais, eles vivem se alternando, mudando suas trajetórias.

E assim ocorreram as inundações, surgiram os estios infernais, e minha Cuesta nunca mais foi igual. Estou em peregrinação constante pelos céus, atento a tudo que acontece na terra. No dia em que minha Cuesta receber o curativo, para fechar a sua ferida, volto à minha folha mãe, da Embaúba, e começo minha vida de pingo d’água, feliz, brilhante, e sei que, meus irmãos, generosos como são, se unirão a mim e assim retornarão as estações normais na Cuesta. Eu fui um pingo d’água e hoje sou vapor, mas posso retornar se você trabalhar para reunir meus pedaços.

As feridas podem ser curadas e para isso necessitam de muito amor e carinho. Sei que cicatrizes ficam, serão restos de uma história infeliz, da ação de ignorância violenta. Espero que, em minha próxima viagem, possa descer tranquilamente em minha folha mãe, e nunca tenha que atravessar um buraco de telhado para repousar, sobre a tela de quadro de Museu, que tenta retratar uma folha de Embaúba...extinta.

S. O .S.

S. O .S.....Cuesta

Cláudio de Almeida Martins (Acervo Peabiru)

A R T I G O O Gigante da Floresta

Acredita-se que o maior eucalipto e talvez um dos mais antigos do Brasil, esteja aqui em Botucatu, na Fazenda Lageado. As estimativas e estudos foram do professor Valdemir Antonio Rodrigues, falecido em 2019. O professor era docente aposentado do Departamento de Ciência Florestal em Botucatu e fundador do projeto “Trilha”.

Segundo os estudos “O Gigante da Floresta”, como foi apelidado, é da espécie Eucalyptus robusta, tem aproximadamente 100 anos, mais de 50 metros de altura e 9 metros de circunferência e veio parar em Botucatu por conta de estudos de celulose realizados há mais de um século na região.

O projeto “Trilha” tem o intuito de incentivar a visitação da população a essa árvore centenária. O projeto que agora esta nas mãos da Professora Renata Fonseca, esta em remodelação e será aberto ao público no próximo ano.

Docente do Departamento de Ciência Florestal, a professora Renata Fonseca nos conta como foi a chegada do eucalipto no Brasil:

(Foto: Bianca Camargo)

O “Eucalyptus robusta‘ é uma árvore nativa do leste da Austrália, frequentemente utilizada na silvicultura.

(Foto: arquivo pessoal)

Professora Renata Fonseca é docente do Departamento de Ciência Florestal há 23 anos

“O início dos eucaliptos no Brasil aconteceu em 1904, por intermédio do engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, que foi quem se interessou pelo estudo e cultivo da espécie por conta da sua pesquisa para a Companhia Paulista

de Estradas de Ferro. Ele precisava desenvolver um projeto de criação de Hortos Florestais, nesse intuito foram plantadas várias espécies para experimento, até ser escolhido o eucalipto, árvore nativa da Austrália.”

(Foto: Bianca Camargo)

Notas&Fotos Adelina Guimarães

SUCESSO NA SEGUNDA EDIÇÃO DA FLIB

A 2ª Feira Literária de Botucatu (FLIB), realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, promovida pela Faculdade de Medicina e Biblioteca da Unesp Rubião Júnior, reuniu escritores, artistas, livreiros, pro-

fessores e comunidade em quatro dias de intensa programação. Com o tema “Literatura, democracia e sustentabilidade”, o evento contou com rodas de conversa, oficinas, apresentações artísticas e musicais,

A escritora Socorro Acioli com Enilze S. N. Volpato e Alana Nogueira, na Biblioteca momentos antes da sua palestra

valorizando inclusão e diversidade. A FLIB consolidou-se como um dos maiores encontros literários da região, promovendo reflexões sobre o papel da literatura na sociedade contemporânea.

Grupo do “Joana de Angelis” durante apresentação na FLIB

A escritora Carmem Lucia da Silva apresentando a "Defesa da Capitu"

Plateia assistindo evento na Tenda da FLIB

VOTE EM BOTUCATU E COLOQUE NOSSA

CIDADE NO TOPO DO TURISMO NACIONAL

Botucatu está concorrendo ao Prêmio TOP Destinos Turísticos nas categorias Turismo Cultural e Turismo de Estudos e Intercâmbio. A votação popular vai até 10-de novembro de 2025, e sua participação é fundamental para levar esses títulos para nossa cidade!

Como votar: acesse topdestinossp.com.br e escolha Botucatu nas duas categorias. Vamos juntos mostrar para o Brasil o que faz Botucatu ser tão especial! Compartilhe com amigos e familiares e vote já! Compartilhe com amigos e familiares!

Monumento FCA – 60 anos que mostra um dos points turísticos na Fazenda Lageado, celebrada há anos por sua beleza

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