





O Brasil virou palco fixo de um teatro sem graça, onde toga virou figurino e julgamento virou espetáculo. Agora, a peça em cartaz chama-se: “A execução política de Jair Bolsonaro”. O enredo? Um inacreditável “golpe de Estado por tentativa”. Fantasia pura.
Mas o roteiro não é novo. Em 2016, Dilma Rousseff caiu sem crime de responsabilidade — detalhe que a Constituição exige, mas que Michel Temer, o PMDB e o sempre presente PSDB decidiram ignorar. Foi golpe, mas com cenário institucional bonito. A plateia aplaudiu.
EXPEDIENTE
Quase dez anos depois, os atores mudaram, mas a direção continua a mesma. Alexandre de Moraes, ex-PSDB e apadrinhado de Temer, hoje estrela principal no STF. Gilmar Mendes, herança de FHC, segue como o “roteirista-mor” da encenação.
O espetáculo continua o mesmo: Justiça transformada em palco, democracia reduzida a adereço de cenário. A pergunta é inevitável: até quando o Brasil suportará viver sob as mãos desses diretores de ópera bufa jurídica que, de toga em punho, reescrevem a política nacional?
Porque uma coisa é certa: de tanto ensaiar farsas, corremos o risco de esquecer o que é Democracia de verdade.
A Direção.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
14.99745.6604 - 14. 991929689
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NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA
QUINTA-FEIRA, 30 de DEZEMBRO de 2021 ano II
Nº 357
X“Governança Global” é = “Ditadura Global”, ou seja, governo único, mão de ferro, nada de democracia... No Estado Novo, com Getúlio Vargas, tivemos um exemplo disso: o Ditador queimou, em praça pública, as bandeiras de todos os Estados Brasileiros. A União Soviética fez o mesmo: todos os países incorporados passaram a ser meros satélites do comunismo soviético. Agora, o FORO DE SÃO PAULO propõe implantar essa mesma teoria fracassada: primeiro na América do Sul e, depois, em toda a América Latina
Por quase duas décadas, os jornais e supostos oposicionistas brasileiros esconderam do grande público a existência do Foro de São Paulo, descoberto pelo advogado paulista José Carlos Graça Wagner, que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, e não faltou quem rotulasse seus denunciadores como “teóricos da conspiração”. De uns anos para cá, quando o Foro já tinha feito e desfeito governos em toda a América Latina, elegendo presidentes dos países do continente cerca de 15 membros da organização, seu nome começou a
aparecer aqui e ali em reportagens, como se o Foro fosse apenas uma entidade como outra qualquer.
Fundado em 1990 por Chaves, FHC, Lula e Fidel Castro — em maio de 2011, o “Foro de São Paulo é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime”, como escreveu em 2007 o filósofo Olavo de Carvalho, autor do best seller, O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Leia artigo da página 3
“Terminando agosto
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
Saímos estrada afora rumo a Piracicaba visitar a Tia Lucilla e os primos Levy e Margarete.
A cada curva da estrada os ipês iam alegrando o verde com suas alegres e bem-vindas flores amarelas.
Sem mesmo se anunciar grandes buganvílias totalmente rubras nos encheram os olhos de espanto.
Pegamos novos rumos desta vez, indo por Anhembi, uma estrada totalmente recapeada, um verdadeiro tapetão.
Os corações alegres renovados pelo dia que se prenunciava colorido pelo limpo céu azul e um sol que já se fazia inclemente nas 8 horas da manhã de domingo.
Deixamos que esses raios nos energizassem ainda mais.
E fomos descendo a serra com suas curvas que foram um pouco suavizadas, mas a paisagem nos deslumbrava os olhos e o ar fresco matinal hipnotizava os sentidos.
Íamos conversando ao som de músicas brasileiras antigas e alegres
Vez por outra um silêncio de vozes e os corações e mentes se descobriam cantarolando os estribilhos já conhecidos de algumas dessas canções.
Em pouco tempo vislumbramos os contornos do casario entranhado no verde e reconhecemos a torre da linda Igreja de Anhembi
Sem que nos déssemos conta já estávamos no meio da ponte sobre o Rio Tietê em sua baixa mostrando os guapés desenhados em meios as águas reluzentes pelo so, nos cegando.
Os olhos não reconheciam aquela nova estrada, mas seguíamos confiantes e na esperança de um dia abençoado e feliz.
Quando já nos aproximávamos de Piracicaba comecei a reconhecer alguns trechos e nomes de ruas.
Minha Tia e primos moram numa bela chácara que fica do outro lado da entrada da cidade.
Percorremos uns 9 km dessa nova entrada até o posto de gasolina que fica na entrada da rua que dá nos portões de entrada.
E que neste domingo estava muito movimentada por causa de um evento evangélico no Clube que fica defronte.
Primo Levy já abriu os portões e logo estávamos nos abraçando e matando as saudades.
A chácara está muito bem cuidada como sempre e dois grandes ipês se erguem majestosos num vibrante amarelo ladeando um enorme flamboyant, cujo tronco se via coberto de orquídeas brancas e pink floridas.
Tia Lucilla veio nos encontrar sorrindo com os braços abertos e nos envolver num abraço cálido e saudoso.
Ainda estou assimilando toda a energia maravilhosa desses momentos tão felizes e tudo e o tanto que conversamos.
Os celulares que carregamos tão ferrenhamente grudados nas mãos foram esquecidos longe, apenas sabíamos de suas presenças, quando a chegada de alguma nova mensagem se
fazia ouvir ao longe, mas nada interrompeu aquele convívio tão esperado.
Esquecemos inclusive de registrar as fotos e selfies.
Fomos “desfiando os novelos e as tramas desde os últimos momentos que estivemos juntos anos atrás, devagar e desfrutando da boa companhia, risadas, assombros frente novas com algumas boas surpresas e outras não tão boas.
E assim passamos da sala de visitas á sala de jantar que o primo preparou com um almoço farto e esmerado.
Voltamos á sala de visitas e a conversa correndo solta, entre uma xícara de café e novas estórias vindo á tona.
Quase no final da tarde chegou Maeli , linda filha dos meus primos e seu esposo Mateus e a família que veio de Indaiatuba passar o dia com eles.
Conversa vai, conversa vem, liga uma prima de Avaré nos convidando para o aniversário da filha, domingo que vem, e convidamos a Tia Lucilla para nos acompanhar e rever a irmã Cecília e ela nos saiu com essa: chacoalhou a cabecinha em negativa e cantando respondeu: “Piracicaba que eu amo tanto” .. como dizer.. “ nem pensar “
Essa mesma tia ainda lúcida, perto dos 90 anos, que com a cara e a coragem começou um empreendimento familiar próspero há 40 anos vendendo quentinhas.
Hoje contam com centenas de funcionários e servem refeições para muitas empresas de Piracicaba até São Paulo. Maeli trazia um pote de sorvetes da “Paris sorveteria” e logo voltamos alegremente á sala de jantar para saborear os doces, queijos mineiros, os sorvetes , e é claro, continuarmos os papos renovados.
Saímos de lá depois de longas e amorosas despedidas sob as cores do por de sol, e fizemos o caminho de volta, pelas ruas apreciando as luzes da Catedral que soberana se impunha entre o veludo da noite que descia, recortada pelo vermelho rubro pintando o céu piracicabano.