Edição 1172

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Mário Quintana

Foi um poeta, tradutor e jorMestre da palavra, do humor e da síntese Prêmio Jabuti. Página 3

A placa comemorativa foi simbolicamente descerrada pelo Reitor da Unesp, Paschoal Barretti, pelo Diretor da Faculdade de Medicina, Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza e pelo Vice-Diretor, Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção e pelas Professoras Doutoras Rubia de Aguiar Alencar e Milena Temer Jamas. Página 4

Grande lançamento literário da Cronista de Botucatu, Maria De Lourdes Camilo de Souza, escritora que colabora com o Diário da Cuesta. O lançamento será na Caridade Portuguesa Maria Pia, dia 10 de agosto, das 15 as 18 horas, no Centro Histórico de Botucatu.

A CRONISTA DE BOTUCATU

A já conhecida e repetida máxima de Pitigrilli de que niguém lê prefácio veio-me à lembrança quando a autora me solicitou que escrevesse algumas palavaras para o seu primeiro livro...

Não é fácil... É tarefa penosa, meticulosa, difícil...

Não é nada fácil falar do estilo literário da crônica que é o melhor caminho para os iniciantes começarem a gostar de ler. A crônica é gostosa de ler, com boas histórias, não muito longas, abordando o lado cômico, melancólico, irônico e poético do cotidiano.

A autora é uma escritora que além de crônicas escreve contos e novelas, mas é na área da crônica que se destacou entre nós...

A autora, Maria De Lourdes Camilo de Souza é uma escritora que vem se destacando desde o início do webjornal Diário da Cuesta. Hoje, amplamente reconhecida, já pertence à ABL – Academia Botucatuense de Letras e participa das coletâneas da APEB – Associação dos Poetas e Escritores de Botucatu.

A autora tem os olhos bem abertos para o milagre do fugaz, do passageiro. Saber capturar os descuidos da vida, com seus dramas, o seu lirismo, o cenário do cotidiano com as pessoas e os fatos em sua fugacidade... O cronista, às vezes, registra em seus textos alguma permanência maior desses acontecimentos.

A autora tem o olho clínico que pega os fatos mais simples e os coloca no alto como uma celebração...

Botucatu tem o orgulho de contar como des-

EXPEDIENTE

taque cultural a presença da escritora Elda Moscogliato. Alma e organizadora da ABL – Academia Botucatuense de Letras, Elda era considerada a Cronista de Botucatu. Militante no jornalismo com suas crônicas, desde a época do saudoso Pedro Chiaradia, Elda registrou o nosso cotidiano, destacou os principais eventos da cidade, retratou as personalidades da nossa comunidade com suas respectivas ações a favor da cidadania positiva...

Hoje, podemos dizer com orgulho: Botucatu tem a sua cronista e ela se chama Maria De Lourdes Camilo de Souza!

Parabéns! AVANTE! (AMD)

(Prefácio do livro “Da Pandemia à Academia”, de Maria De Lourdes Camilo de Souza)

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

Diário da Cuesta 2

Entrevista com a Cronista de Botucatu, Maria De Lourdes Camilo Souza

DIÁRIO: O que a motivou a escrever um livro?

Autora: Era um sonho de infância.

Sempre gostei de ler e achava que um dia eu seria escritora.

Achava que era chique.

Via filmes sobre a vida de escritores, com sua máquina de escrever, varando a noite inspirados e fumando seu cachimbo, morando numa casa perto do mar, com aquela vista belíssima, e suspirava.

A única coisa que dispensava era o cachimbo.

Acabei atrasando para concretizar meu sonho, porque tinha que trabalhar para ajudar em casa, pagar a Faculdade.

DIÁRIO: Porque resolveu sobre agora?

Autora: Comecei despretensiosamente a escrever pequenos textos como distração durante o lockdown da pandemia em 2020.

Foi através desses textos que o meu amigo Armando, nobre diretor deste jornal, me descobriu e gentilmente me propôs divulgar meus textos, nem preciso mencionar que foi uma honra.

Aceitei imediatamente e com esse incentivo surgiu a obrigatoriedade de levar mais a sério e não como um passatempo simplesmente.

tucatuense de Letras, na vaga cujo patrono é o muito estimado Dr. Sebastião de Almeida Pinto.

Segui as orientações recebidas e me candidatei a ela, sendo aceita.

Teria que fazer uma tese sobre o meu patrono, que conheci pessoalmente e fui vizinha dele e sua família, quando morei ali na Rua Dr. Cardoso de Almeida.

Dediquei-me a preparar essa tese e a apresentei aos confrades em 01/09/2023.

Achava que por não ter nenhum livro da minha autoria editado não estava capacitada a essa honrosa indicação

Foram meses de estudo e valeu a pena.

DIÁRIO: Como foi a sua adesão às coletâneas da APEB - Associação dos Poetas Escritores Botucatuenses?

Autora: No ano de 2022, graciosamente Dr. Armando me indicou para a Jenifer Donida, poeta e a Presidente da APEB.

Entrei em contacto com ela e enviei o meu currículo e uma das minhas crônicas.

No lançamento da Coletânea tive a grata emoção de ver meu nome e meu texto num livro físico, entre os poetas e escritores de Botucatu. Foi uma grande emoção.

Este é o 3° ano que participo, agora com 2 crônicas.

DIÁRIO: E como foi seu ingresso á Academia Botucatuense de Letras?

Autora: Foi com surpresa que recebi a indicação do Dr. Armando Moraes Delmanto para a Academia Bo-

DIÁRIO: Qual o assunto deste livro ?

Autora: Juntei algumas das muitas crônicas que tenho arquivadas, para este meu primeiro livro. Tenho além das crônicas, 3 novelas com poucos capítulos, uma que ainda não está finalizada, mas para a qual já tenho um super e emocionante final.

DIÁRIO: Como se decidiu pela Filos Editora?

Autora: Faz anos que procuro, entrei em contacto com algumas, mas não me animei, e no início de 2024 me surgiu essa editora.

Resolvi investir, desistindo de buscar patrocínio da Prefeitura Municipal de Botucatu, porque queria que o Dr. Armando fizesse o prefácio deste livro.

DIÁRIO: Qual a sensação de ver seu primeiro livro impresso?

Autora: Foi a sensação de vitória.

Escrevi para uma sobrinha que reside na Inglaterra, que contasse para suas filhinhas, que a sua Tia avó aos 74 anos estava lançando seu primeiro livro.

A exemplo de Cora Coralina, a grande poetisa goiana, que também lançou livro com mais de 70 e que eu me sentia no lucro.

Ela respondeu que suas filhas estavam orgulhosas da Tivó, como elas me chamam.

Minha profissão hoje é escritora, conscientizei-me desse fato ao finalizar o contrato com a editora.

“Um pouco dele...”

O meu pai já foi embora, na hora dele, conforme o tempo de cada um.

Como acredito em Deus, agradeci a Ele pelo pai que tive. Meu pai fez o que pode por nós, sua família.

Parece que ele não tinha vontade de nada para si mesmo. Sua traia de lida nunca veio de Selaria; era, sua traia de lida, cheia de pedaços, sobras, emendas, nós em pontas de cordas.

Bão de laço, nunca comprô um laço. Lembro que ganhô um de um afilhado que foi prô Mato Grosso. Deve de tá, esse laço, com o Alencar, seu neto e meu filho.

Se não tinha bota feita sob medida, tinha um cano de bota que cobria as botinas e protegia as canelas dos pastos sujos. O Nê Tavares, amigo de meu pai, também usava cano de botas. Ele também já foi embora e deixô tristeza lá em casa.

Nunca um chapéu novo e chic, nunca uma bombacha, um pala novo. Nem mesmo uma nova bainha da faca antiga, que ele nunca largava, por precisão da lida.

Mas me pôs no dedo um anel de formatura...

Gozado, o meu pai foi embora, mas não me deixou hora nenhuma, dia nenhum. Ele tá em mim, na minha prosa, no meu jeito de vivê, nos meus valores. Se erro, não aprendi com ele e, pra ser justo, nem com a mãe.

Possa ser eu pros meus filhos o que o meu pai foi pra mim.

Sabe, ser pai é fácil, difícil é ser exemplo e merecer saudade. Simples assim.

Artes de Vinício Aloise

Sessão solene marca 35 anos do curso de Enfermagem

Evento também celebrou 25 anos de criação do Departamento de Enfermagem

Sexta-feira, dia 02 de agosto, a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP) realizou a Sessão Solene da Congregação em comemoração ao 35º aniversário do início das atividades acadêmicas do Curso de Graduação em Enfermagem, além de celebrar o 25º aniversário de criação do Departamento de Enfermagem

A cerimônia foi presidida pelo reitor da UNESP, Professor Pasqual Barretti. A mesa diretora foi composta pelo diretor da FMB e Presidente do Grupo Administrativo do Campus (GAC), Professor Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza; pela coordenadora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Botucatu, Dra. Maria Cristina Heinzle da Silva Machado; pelo vice-diretor da FMB, Professor Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção; pela vice-presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo (COREN), Ana Paula Guarnieri; pelo Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB),José Carlos Souza Trindade Filho; pelo diretor-presidente da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (FAMESP), Antônio Rúgolo Júnior; pela chefe do Departamento de Enfermagem da FMB, Profa. Dra. Milena Temer Jamas; e pela coordenadora do curso de Enfermagem da FMB, Profa. Dra. Rubia de Aguiar Alencar.

Após as devidas apresentações e introduções, a Profa. Titular Cristina Maria Garcia de Lima Parada realizou uma apresentação sobre os impactos na sociedade do Curso e do Departamento de Enfermagem da FMB, trazendo fatos e dados para os presentes. Um vídeo institucional do Departamento de Enfermagem também foi mostrado, ressaltando a importância do curso.

Antes do início das homenagens, a professora Marielle Gobo de Oliveira e as graduandas Gabrielle Oliveira Silva, Giovanna Maria Camargo Campanella, Gabriela Soares Ferreira, Yasmin Tárcila da Silva Cruz e Ana Clara Jennings Moraes enriqueceram a comemoração com uma encantadora apresentação musical. Em seguida, o evento celebrou figuras fundamentais na trajetória da enfermagem na faculdade. Receberam homenagens a Profa. Dra. Milena Temer Jamas, cuja liderança moldou o Departamento de Enfermagem e a Profa. Dra. Rubia de Aguiar Alencar, cujo trabalho foi crucial para a excelência do curso de graduação. Também foram reconhecidas a Profa. Titular Cristina Maria Garcia de Lima Parada, por sua contribuição à enfermagem brasileira, e a Profa. Emérita Carmen Maria Casquel Monti Juliani, a primeira a ser

agraciada com o título de Professora Emérita pela Enfermagem. A importância do Programa de Pós-Graduação foi destacada com uma homenagem à Profa. Associada Vera Lúcia Pamplona Tonete, enquanto o Prof. Associado Guilherme Correa Barbosa foi celebrado por sua dedicação ao Programa de Residência. Além disso, foram homenageados a Profa. Dra. Marli Teresinha Cassamassimo Duarte e o Prof. Titular Francisco Eduardo Martinez, ambos por sua atuação histórica no ensino de graduação.

O papel fundamental dos servidores técnicos-administrativos foi reconhecido com homenagens a Fernando de Oliveira Alcarde e Jordana Revoredo Chaves, pelo seu impacto no desenvolvimento do curso. Finalmente, a Enfermeira Dra. Simone Cristina Paixão Dias Baptista foi destacada por sua trajetória exemplar como egressa dos cursos de graduação e pós-graduação.

O evento marcou um importante momento para o Departamento de Enfermagem da FMB, destacando os 35 anos de história do Curso de Graduação em Enfermagem e os 25 anos de atuação do Departamento, evidenciando a trajetória de sucesso e o impacto positivo na formação de profissionais de saúde. O legado desses anos de dedicação e trabalho é um testemunho do sucesso alcançado e uma fonte de inspiração para o futuro.

LINHA DO TEMPO

Como parte das comemorações dos seus 25 anos de funcionamento e dos 35 anos de criação do Curso de Graduação em Enfermagem, o Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP) preparou uma linha do tempo que traz, ano após ano, os fatos mais relevantes para a construção dessa história.

O material será utilizado em exposições itinerantes que ocuparão diversos espaços a serem definidos. O primeiro deles é o prédio da administração da Faculdade de Medicina. Os visitantes poderão conferir a exposição de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

(Mário Roque/Carlos Pessoa - Assessoria de Comunicação e Imprensa - ACI/FMB)

EsporteDestaque em

Na busca pelo ouro!

Após início oscilante, seleção feminina disputará a final olímpica para tentar a inédita medalha de ouro.

O Brasil entra em campo no próximo sábado para a disputa de sua terceira final olímpica no futebol feminino.

A equipe que tem Marta sua liderança, superou as adversidades e uma disputa de primeira fase muito aquém do esperado, onde a classificação veio após o país se classificar entre os melhores terceiros colocados do torneio, além da perda de suas principais atletas, seja por lesão ou suspensão.

Na fase eliminatória do torneio, o Brasil conseguiu melhorar sua postura nos jogos, corrigiu as principais falhas da equipe, superando seleções que vivem um melhor momento na modalidade, eliminando as francesas, donas da casa nas quartas de final, além de superar as atuais campeãs do mundo na semifinal, Espanha.

Em sua terceira final, as brasileiras terão pela terceira vez o mesmo adversário: Os Estados Unidos.

A equipe acabou sendo superada nas outras ocasiões em que chegou à decisão, ficando a medalha de prata nos Jogos de 2004, realizados em Atenas, e novamente, quatro anos mais tarde, em 2008, nos Jogos de Pequim.

Vencer as americanas e trazer o ouro para casa seria a coroação máxima merecida pelas jogadoras, que desde o início da modalidade no Brasil competem em situação de desigualdade se comparado ao futebol masculino.

O ouro seria um marco extraordinário, tendo um impacto profundo no desenvolvimento e na popularização do futebol feminino no Brasil, inspirando uma nova geração de jogadoras além de atrair mais investimentos, patrocínios e apoio ao esporte no país.

Seria a consolidação do legado de jogadoras como Marta, Formiga, Cristiane e outras veteranas que têm lutado por reconhecimento e sucesso internacional há anos, podendo elas veêm seus esforços recompensados, tornando-as verdadeiras lendas do esporte.

Deve-se levar em conta ainda que o ouro em Paris poderia ser um catalisador para mudanças estruturais no esporte, promovendo mais igualdade em termos de condições de treino, salários e exposição midiática, tendo a conquista um impacto social significativo, promovendo a igualdade de gênero, reforçando a importância do esporte feminino como parte essencial da cultura esportiva brasileira.

Que todo o trabalho e esforços sejam recompensados e o futebol feminino brasileiro possa, enfim, trazer o tão almejado ouro olímpico.

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