Chegamos à edição nº 100 da nossa revista escolar, um marco que reflete a força da educação e o talento dos nossos estudantes na rede municipal de Joinville. Foram centenas de histórias contadas, projetos divulgados e professores enaltecidos pelo trabalho que enriquece, fortalece e destaca a qualidade do ensino público da cidade.
Nesta publicação, a curiosidade e a criatividade se encontram em cada página: desde a descoberta de como surgiu o sistema Braille até a exploração das mutações nas plantas e seus impactos na natureza.
A Matemática também ganha destaque em diferentes perspectivas: seja por meio da biometria facial, da inclusão inspiradora de Enzo na Escola Municipal Amador Aguiar ou, ainda, do estudo cultural e lúdico do Tangram, na Escola Valentim João da Rocha.
Os alunos exploram temas fascinantes, como tipos de energia, dublês no cinema, a influência do TikTok na música e até a pergunta: “Como o chocolate é produzido?”
Nosso espaço também valoriza as práticas escolares, trazendo projetos que envolvem hortas, transportes com material reciclável e atividades criativas para aproximar teoria e prática.
Mais do que informação, esta edição celebra a educação viva, inclusiva e transformadora. Que cada página inspire nossos leitores a aprender, questionar e criar. Boa leitura!
ANA CAROLINE ARJONAS
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Tempo de brincar
Imprimindo desafios para estimular o raciocínio
Dublês: como é a participação nas produções?
Como o chocolate é produzido?
Pequenos momentos, zero likes e mil lembranças
Secretaria de Educação inaugura obras em escola
A magia da mutação: é possível mudar o formato de uma fruta?
Muito além das palavras: como o Braille foi criado? #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #27 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #15 #08 #10 diversão identificação capa como funciona? usinas spoiler notícias das escolas cultura pop desconecta wi-fi saideira mão na massa nosso planeta 100ª edição galerias educação transformaque diário escolar conhecimentos gerais
Energia que ensina
Como TikTok, Instagram e Spotify mudaram a música?
Há quantos meses a its Teens está nas escolas?
Você sabe identificar quais aves são carnívoras?
ESCANEIE
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Liberdade para ser
Alerta meteorológico: chuva artesanal iminente
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Tempo de
b r n i r c a
POR ROSALINA STIPP
MEDIADORA DE LEITURA DA EM PROFESSOR
JOÃO BERNARDINO DA SILVEIRA JÚNIOR
“Tempo de brincar”, de Ana Paula Escobar Freddi, é uma história infantil que relata a frustração de um garoto que esperava ansioso pelo sábado para ir à praia, mas o dia amanhece chovendo. Com o videogame estragado, ele resolve assistir à televisão, porém cai a energia. Ele fica indignado, mas encontra outras formas de diversão, pega sua capa de super-herói e parte para suas superaventuras. Depois do cansaço, a fome bate e sua mãe o deixa pedir sua pizza favorita e, assim, o garoto percebe um mundo maravilhoso longe das telas.
E tem mais... enquanto a chuva não passa, o menino resolve dar só uma espiadinha, sem compromisso, em sua lição de casa.
Um desafio!? Marcelino adora desafio. E você? Também gosta? Que tal então inventar uma história usando somente verbos, como ele o fez? Ficou muito bacana! O livro “Tempo de brincar” é pura diversão, inspiração e aprendizado!
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
Interpretar placas, seguir uma receita e ler livros podem parecer ações simples do cotidiano, mas, quando se fala em acessibilidade para pessoas com deficiência visual, essas tarefas são mais complicadas. Vivemos em um mundo onde as palavras estão presentes em todo o nosso redor e por muito tempo não houve um sistema acessível de leitura para que os cegos pudessem ter contato com diferentes informações. O isolamento e a dependência eram algumas das consequências dessa restrição, até que, no século 19, uma nova realidade contribuiu para que as pessoas com deficiência visual ganhassem um novo jeito de se comunicar com o mundo: o Sistema Braille. Após perder a visão dos dois olhos quando era criança, o jovem francês Louis Braille dedicou sua vida aos estudos até ganhar uma bolsa para o Instituto Nacional para Jovens Cegos, em Paris. Por lá, ainda adolescente, aprimorou os modelos de leitura já existentes até criar um novo método, que posteriormente se tornou sistema universal de leitura tátil e escrita.
Da ideia ao legado de Braille
O fundador do colégio, Valentin Haüy, havia criado e implementado na escola um sistema de alfabetização para os estudantes cegos — o método consistia em imprimir letras em alto-relevo, parecido com o Braille. No entanto, os alunos encontraram dificuldades para se adaptar a ele. Anos mais tarde, o oficial francês Charles Barbier de La Serre visitou a instituição no intuito de apresentar o código que havia criado no exército, por pedido de Napoleão Bonaparte. Conhecido como “escrita noturna”, o sistema foi criado para que os soldados pudessem ler as ordens recebidas no escuro — e a partir disso, o pequeno Louis, com apenas 12 anos, passou a estudar o sistema.
Anos mais tarde, em 1824, o método alternativo foi criado: com base nas letras do alfabeto francês e nos números, o sistema possuía 63 combinações em relevo.
Em 1837, passou por um revisão e foi divulgado em um livro feito por Louis. Apesar do modelo ser utilizado na instituição, a oficialização do Braille veio apenas em 1854, dois anos após o criador morrer de tuberculose.
O Braille no Brasil
O método começou a fazer sucesso internacional em 1855, quando foi apresentado na Exposição Internacional, em Paris. Por aqui, os esforços para implementar o sistema já haviam começado anos antes, quando José Álvares de Azevedo, que havia aprendido o Braille na França, retornou ao Brasil e fundou uma escola para a educação de cegos, com a autorização de Dom Pedro II, em 1850. No entanto, o sistema só foi introduzido no país em 1854, com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje conhecido como Benjamin Constant, após a morte de Azevedo. Para que o Braille conseguisse atender as necessidades da língua portuguesa, foi necessário fazer algumas adaptações.
Braille em cada detalhe
Com células em relevo, formadas por seis pontos em duas colunas verticais, a leitura é feita com o toque dos dedos — o sentido é sempre da esquerda para a direita.
As combinações representam uma letra, número, símbolo ou sinal de pontuação.
Já a escrita pode ser feita por um dispositivo manual onde os pontos são marcados em um papel, ou pela máquina de escrever. Com o avanço da tecnologia, foram criados equipamentos, como displays táteis e softwares de leituras, que facilitam a produção e distribuição de materiais em Braille.
O sistema pode ser usado em materiais didáticos, embalagens de medicamentos, botões de elevadores, sinalização em locais públicos e cardápios de restaurantes.
A MAGIA DA MUTAÇÃO:
É
POSSÍVEL MUDAR O FORMATO DE UMA FRUTA?
Sabe aquele milho amarelinho que encontramos durante os passeios na praia ou na festa junina? Ou a vibrante melancia representada nos desenhos com a Magali, da Turma da Mônica? Alguns alimentos têm características tão marcantes que são inconfundíveis, mas a verdade é que nem sempre foram assim — muitos estão completamente diferentes das suas versões “selvagens”.
Assim como os humanos foram evoluindo com o tempo, perdendo alguns atributos e ganhando outros, com as plantas foi o mesmo processo. Seja na mudança do padrão de uma folha ou pela necessidade de se adaptar a condições ambientais adversas, ao longo dos anos, de forma natural e por intervenção humana, as espécies passaram por diversas modificações até ficarem da forma como as conhecemos atualmente.
As técnicas de cultivo e a seleção dos melhores frutos vêm de milhares de anos. Para saber quais alimentos poderiam ser consumidos, nossos antepassados observavam os animais. Com esse conhecimento, foi a vez de aprender os ciclos de cultivo das espécies vegetais, e para facilitar ainda mais as plantações, passaram a selecionar as variedades mais vantajosas, cruzando-as para melhorar as safras futuras.
As mutações podem levar anos até se manifestarem. Para acelerar o processo e atender as maiores demandas do comércio atual, foram desenvolvidas tecnologias para aprimorar as características genéticas das plantas, alterando aparência, sabor, durabilidade e resistência.
O QUE É MUTAÇÃO?
Diferentemente das mutações representadas na cultura pop, com histórias mirabolantes de personagens com superpoderes ou criaturas aterrorizantes, isso está muito longe de ser verdade. Apesar de muitas vezes o termo possuir uma conotação negativa, nem toda alteração é prejudicial, há também aquelas que são neutras ou benéficas.
A mutação nada mais é do que uma mudança na sequência ou números do DNA, podendo ser causada naturalmente por erros durante a cópia do material genético ou induzida pela exposição a radiação e substâncias químicas.
MUTAÇÃO NATURAL
Tanto as mudanças naturais quanto artificiais trazem modificações positivas, como a diversidade genética, maior resistência a pragas e doenças, a adaptação a diferentes ambientes, o aumento da produção, a melhora na agricultura e na qualidade e segurança alimentar — para garantir que os produtos estão autorizados para o consumo, são realizados rigorosos testes pelos órgãos reguladores. Com um processo que pode levar décadas, a mutação natural gerou uma vasta lista de plantas com características únicas. Seja pela idade das células, os fatores genéticos da espécie ou pela replicação do DNA, as alterações podem originar brotos completamente diferentes da planta-mãe ou também efeitos menores, como manchas coloridas e grãos maiores.
A laranja de polpa vermelha, por exemplo, surgiu quando alguns genes diminuíram a intensidade de suas funções, fazendo com que houvesse um acúmulo de carotenóides (pigmentos naturais dos organismos) e alterasse a cor interna e a qualidade nutracêutica da fruta. Já no caso das amêndoas, durante o processo de domesticação houve uma perda no conteúdo do genoma da semente, resultando em um sabor mais doce.
MUTAÇÃO INDUZIDA
Há mais de 90 anos cientistas utilizam técnicas para ampliar a variabilidade e melhorar atributos das plantas. Por meio da exposição a radiação ou induzidos por agentes químicos e físicos, é possível criar mutações em pontos específicos de um gene, formando as características desejáveis para aquele fruto — como no caso das melancias sem sementes. Outra forma é “silenciar” as moléculas de hereditariedade, fazendo com que elas percam a função. A adaptação do cultivo do tomate em fazendas urbanas é um dos maiores exemplos: com esse método, a planta da fruta ficou menor e mais rápida. Já com a soja, o nível de gordura boa aumentou em mais de 50%.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), os países que mais possuem cultivares mutantes são China, Japão, Índia, Rússia e Países Baixos. Já os produtos mais modificados são de cereais (49,5%), plantas e flores ornamentais (21,9%) e leguminosas (15%).
ANTES E DEPOIS
• BANANA: as frutas selvagens eram compostas por grandes e duras sementes e uma polpa fibrosa, resultando em um gosto amargo, muito diferente do sabor doce e da textura macia de hoje;
• CENOURA: hoje elas são lembradas pelo tom laranja e pelas folhas verdes, mas cenouras tinham uma aparência que variava entre branco, amarelo e roxo, e eram menores, com raízes mais finas e ramificadas;
• ARROZ: para aumentar a proteína e a resistência contra pragas, foi desenvolvida uma maior variedade com os grãos;
• BATATA: foram elaboradas maneiras de deixar os tubérculos mais duradouros e com um maior teor de amido;
• PEPINOS: complemente diferente da aparência cilíndrica e alongada, os antigos pepinos eram redondos, cobertos de espinhos e considerado tóxicos;
• MORANGO: até chegar em uma fruta mais doce e maior, foram feitos cruzamentos de espécies;
• PÊSSEGO: com o tamanho próximo a uma cereja e uma grande semente, a polpa da fruta era mais fibrosa e o sabor mais azedo.
A transformação ocorreu por meio da seleção humana.
Com
fórmulas e cálculos, turma descobre a ligação entre a Matemática e a leitura facial
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Entender a lógica por trás da matemática e a forma como os números são capazes de ditar sequências e códigos é o verdadeiro intuito quando estamos aprendendo as contas e a ligação que cada uma delas pode ter com o dia a dia. Isso porque muito mais do que a subtração ou a adição, é por meio dos números que conseguimos interpretar realidades e até mesmo facilitar mecanismos que, ao menos, imaginávamos que dependiam dos algoritmos.
O QUE VOCÊ
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alunos descobrem como fórmulas e formas geométricas sustentam a tecnologia da biometria facial.
Tempo de leitura: 5 minutos
Um exemplo claro está no processo que existe para que uma leitura facial seja identificada e processada — seja aquela que fazemos para abrir determinado aplicativo ou quando estamos tentando entrar em algum prédio ou estabelecimento. O segredo está na forma de leitura que é feita, pautada em pontos específicos do rosto. Este aprendizado os estudantes da Escola Municipal Professora Virgínia Soares conhecem de perto, já que durante as aulas da professora Adriana Corrêa o foco foi decifrar esse enigma, em atividade nomeada “Biometria facial: triângulos e quadriláteros desvendando sua identidade”.
“A escolha do tema surgiu a partir de uma inquietação comum a muitos educadores, de como tornar o ensino da Matemática mais próximo da realidade dos alunos”, conta a educadora. A turma compreendeu que a biometria facial tem como base a análise de pontos específicos do rosto, levando em consideração ângulos, distâncias e proporções. “Com o auxílio de régua e transferidor, os alunos mapearam pontos estratégicos no rosto e traçaram linhas formando triângulos e quadriláteros, exatamente como nos sistemas de biometria.”
A iniciativa surgiu quando a professora assistiu a uma reportagem que falava sobre a implementação da tecnologia em Florianópolis, o que motivou o compartilhamento das informações e curiosidades com o grupo. “O projeto proporcionou aos alunos vivenciar de forma clara e impactante como a Matemática está ligada às inovações tecnológicas e como o estudo das formas geométricas tem um impacto direto e prático em diversas áreas”, afirma a profissional.
Testando pela primeira vez
Por mais que, no início, muitos ainda não tivessem conhecimento de como funcionava o processo e o que estava por trás da codificação, com o tempo, os estudantes compreenderam os pontos principais de leitura, identificando a forma como o processo é codificado. “Outro desafio foi lidar com o aspecto emocional da autoimagem; alguns alunos demonstraram constrangimento ou crítica ao próprio rosto. Ainda assim, a atividade abriu espaço para reflexões sobre identidade, diversidade e valorização das diferenças”, relembra a professora.
As extremidades, como olhos e boca, e as distâncias entre olhos e nariz, e entre boca e nariz, também foram avaliadas. “A Matemática fornece as ferramentas para medir, comparar e identificar padrões no rosto das pessoas. A tecnologia depende de cálculos envolvendo distâncias, ângulos, proporções e relações geométricas entre diferentes partes do rosto”, diz Adriana.
Para quem teve o primeiro contato com a técnica, a parte que mais chamou a atenção foi o momento de traçar as linhas, criando as formas geométricas. “Achei interessante, porque nunca tinha parado para pensar em como a biometria facial funciona, que por trás dessa tecnologia pudesse ter tantas fórmulas e cálculos”, conta a estudante Jéssica Hikari Nakamura Sakashita.
Os alunos aprenderam a ligação entre diversos pontos do rosto
Os estudantes utilizaram um boneco para demonstrar o conhecimento
APRENDIZAGEM
ADAPTADA GARANTE PARTICIPAÇÃO DE TODOS
Para garantir que todos os estudantes tenham a mesma oportunidade de aprendizagem, é importante olhar para todos os indivíduos e pensar em estratégias que atendam o desafio que cada um enfrenta. Nas aulas de Matemática da Escola Municipal Amador Aguiar isso é uma realidade. Na turma do quarto ano A, da professora Lidiana Ribeiro, em parceria com a auxiliar Silvia de Freitas, foi desenvolvido um ambiente acolhedor e adaptado para o estudante Enzo Acimar, durante o aprendizado sobre interpretação de diferentes tipos de gráficos e tabelas. “Ele demonstrou entusiasmo e dedicação ao interagir com os colegas, mostrando que as diferenças não limitam o aprendizado, mas sim enriquecem a experiência coletiva”, comenta Lidiana.
ESTUDANTES
APRENDEM
MATEMÁTICA E CULTURA ASIÁTICA
Aprender matemática vai além de resolver exercícios e lidar com números. Na Escola Municipal Valentim João da Rocha, durante as aulas das professoras Larice Silva e Cleo Delmondes, os estudantes dos quintos anos uniram os conhecimentos da cultura asiática com os conteúdos sobre o tangram, um quebra-cabeça chinês com sete peças geométricas.
As estudantes Elisa Cristina Wolff e Stella Junge se vestiram com roupas inspiradas nas gueixas para encenar a “Lenda do tangram”. Já os alunos Davi Correa Rudiger e Yan da Silva Ramos Amorim fizeram apresentações explicando o que cada acessório das gueixas significa na cultura chinesa e a origem do tangram.
Ainda durante a atividade, a professora integradora de mídias e metodologias (PIMM) Josiane Santos usou vestimentas inspiradas nas gueixas para contar a história do livro “As três partes”, e os estudantes confeccionaram as setes peças do tangram para construir as figuras.
Fotos:
EM
Amador
Aguiar/Divulgação
Fotos:
João da Rocha/Divulgação
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
INAUGURA OBRAS EM ESCOLA
Volta às aulas na Rede Municipal de Ensino
Depois de duas semanas de recesso escolar, cerca de 79 mil estudantes voltaram às aulas na Rede Municipal de Ensino de Joinville no início do mês passado. Ao todo, 166 unidades escolares receberam os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.
Antes da volta às aulas, os professores e demais profissionais das escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) participaram da reunião pedagógica para alinhamento entre as equipes. Os docentes ainda tiveram a parada pedagógica, em que receberam capacitação dentro do programa de formação continuada da Secretaria Municipal de Educação.
A Secretaria Municipal de Educação retomou as aulas após o recesso escolar com a inauguração da nova quadra coberta e das obras de reforma e ampliação da Escola Municipal Professor Aluizius Sehnem. O evento ocorreu na unidade localizada no bairro Espinheiros.
A escola passou por reforma em uma área de 1,2 mil metros quadrados, com revitalização de 12 salas de aula e três banheiros, além da climatização e modernização do refeitório, melhorias na horta pedagógica e aumento na cobertura do pátio. A unidade também foi ampliada em 787 metros quadrados, com a construção de cinco novas salas de aula, laboratório maker, laboratório de ciências, ateliê de arte, copa, cozinha e sanitários.
Outra obra realizada pelo município foi a cobertura da quadra poliesportiva, que ainda recebeu nova pintura, em uma área de 300 metros quadrados. Durante a inauguração, os atletas do Centro Esportivo Para Pessoas Especiais (Cepe) interagiram e jogaram basquete em cadeiras de rodas com alunos da escola.
O QUE VOCÊ
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alunos constroem protótipos de usinas e circuitos elétricos, aprendendo sobre geração de energia e sustentabilidade.
Tempo de leitura: 6 minutos
Com materiais reciclados, estudantes viram engenheiros por um dia e descobrem o poder de aprender brincando
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Talvez você nunca tenha parado para pensar, mas a energia está presente em diversas atividades que fazemos durante o dia a dia. Desde o momento em que colocamos o celular para carregar até o simples ato de ligar a TV, boa parte das tarefas que fazemos só é possível por conta de algo que não enxergamos, mas que sem ela teríamos uma vida muito diferente da que conhecemos — similar àquela que era vivida no século 19, quando ainda não existiam as usinas.
Por mais que a energia natural seja algo que sempre fez parte da natureza, esse mecanismo de produzir a eletricidade, como conhecemos hoje, foi o que possibilitou que criássemos diversas invenções e utensílios que facilitam a sobrevivência. Na Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou, a professora Letícia Lima Nogueira Vilodres levou um desafio aos alunos do oitavo ano, aproximando o grupo de uma produção que, muitas vezes, passa despercebida.
Tudo começou quando a profissional percebeu que eles teriam que aprender sobre os tipos de usinas geradoras, o caminho da distribuição da energia até as residências e a montagem de um circuito elétrico simples — e a alternativa foi incluir todos os tópicos em uma mesma atividade.
“Nosso objetivo era que os alunos fossem capazes de distinguir os diferentes tipos de usinas, refletissem sobre quais poluem mais e quais são consideradas limpas, entendessem os materiais usados na produção de energia e compreendessem o percurso da eletricidade. Para concluir, eles precisavam aplicar o conhecimento construindo um circuito elétrico que funcionasse”, explica a educadora.
O protótipo deveria ter a usina geradora, um poste de alta tensão, um poste de baixa tensão, os fios condutores e uma única casa. Para organizar a produção, os estudantes foram divididos em grupos para as energias eólica, hidrelétrica, nuclear, termoelétrica e solar.
Durante o desenvolvimento, Letícia percebeu que o estudo do circuito elétrico foi o mais desafiador, já que o grupo ainda não tinha familiaridade com o processo. “Conseguiram construir protótipos coerentes, com interruptores funcionando no telhado ou em partes móveis da casa. Quando explicaram todos os componentes de cada usina, ficou claro que os conteúdos tinham sido plenamente absorvidos”, comenta a professora.
Produção consciente e criativa
Além de compreender o funcionamento e a forma como cada tipo de energia é produzida, levando em consideração as facilidades e desafios de cada modelo, outro aspecto importante era que a turma não poderia usar isopor ou EVA na produção dos protótipos, uma forma de contribuir com o meio ambiente. “Acredito que ensinar sobre energia envolve pensar em sustentabilidade. Defendi para eles que não era necessário comprar nada para realizar um trabalho incrível. Pelo
contrário, aproveitamos brinquedos, peças de LEGO, bonecos, carrinhos e todo tipo de material. O mais importante era mostrar que é possível criar sem aumentar o consumo”, ressalta a profissional. Outro ponto observado por Letícia foi o desenvolvimento da criatividade. “Cada grupo encontrou soluções muito originais para representar os componentes das usinas e ainda conseguiu montar circuitos que acendiam luzes nas casinhas.”
Para diminuir o descarte de materiais, os estudantes tiveram o desafio de utilizar objetos que já possuíam
Engenheiros por um dia
Para quem aceitou o desafio e colocou a mão na massa, essa foi a oportunidade de aprender e dar sentido ao que é visto em sala de aula. “É muito legal aprender através de atividades divertidas, e essa não foi diferente. Foi muito divertido fazer as usinas, principalmente mexer com tinta, como relembrar a infância. Além disso, aprendemos sobre um conteúdo novo. Eu mesmo amei fazer esse trabalho”, conta
Eduardo Gabriel Anghinoni de Alvarenga. No caso de Gabriely Vitoria Varaldi Paz, a atividade ficou marcada pela participação do grupo e pelo desenvolvimento com os amigos. “Foi importante participar dessa atividade porque aprendi muito mais sobre usinas, coisas que eu nem imaginava. Tivemos bastante criatividade e foi muito bom de fazer.”
Fotos: EM Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou / Divulgação
As usinas nucleares foram um dos tópicos abordados
A turma criou maquetes representando diferentes tipos de energia
O QUE VOCÊ
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estudantes aprendem Matemática de maneira interativa.
de leitura: 8 minutos
Tempo
POR JULIANE GUERREIRO
Você já reparou como está cada dia mais difícil manter a concentração? O uso excessivo das telas e a busca por conteúdos rápidos afeta a nossa capacidade de nos concentrar em algo menos dinâmico, como uma aula de Matemática. Mas na Escola Municipal Professor Orestes Guimarães, em Joinville, a professora Andrea Pereira Eli teve uma ideia que mudou esse cenário, e o resultado foi um aprendizado mais divertido com alunos superfocados!
Pequenas peças, grandes desafios
A caixa de peças da professora Andrea inclui vários itens: pirâmide, tangram, cilindros, cubos, jogo de equilíbrio, animais de montar e outros jogos que se tornaram um verdadeiro desafio para os alunos. Afinal, embora sejam peças desenvolvidas para as crianças, não foi fácil, no início, fazer tudo se encaixar.
“No primeiro momento foi bem difícil, mas com o passar do tempo foi ficando legal. Para a parte geométrica, vimos que tiveram bastante dificuldade, ficavam raciocinando, olhando as peças do amigo para aprender, mas foi bem interessante”, conta Andrea. E prova disso é que a iniciativa foi aprovada pelas crianças, mesmo com os desafios.
Pensando a Matemática de uma forma diferente
O desafio da professora Andrea era duplo. A gente sabe que a Matemática não é daqueles componentes curriculares mais populares entre os alunos, né? Além disso, manter a concentração para aprender cálculos, formas geométricas e outros conteúdos pode ser difícil. Foi pensando em tudo isso que a professora decidiu ensinar de uma maneira diferente.
“Eu pensei em fazer uma coisa mais tecnológica e atual com a impressora 3D para chamar e prender a atenção dos alunos”, conta a professora regente das turmas do quarto ano. Assim, com o apoio do Espaço Maker da escola, ela imprimiu várias peças que estimulam o raciocínio lógico e ajudam a aprender Matemática de uma forma mais lúdica.
“Pensei no raciocínio lógico porque é uma coisa que eles precisam trabalhar, pois desfocam muito rápido. Já a parte da Matemática inclui o equilíbrio, os sólidos geométricos, conteúdos que já estavam no planejamento do mês e estávamos trabalhando”, explica a professora. E foi assim que a ideia ganhou vida com a impressora 3D.
“Olhando parece fácil, mas fazendo é difícil. Eu gostei mais do cubo, que são três peças para encaixar. Já o dinossauro foi o mais difícil, porque são muitas pecinhas para montar”, diz Samuel Gulini, 9. Aliás, é só colocar as pecinhas na frente dos alunos para ver como os rostos se transformam e concentração é o que não falta.
“Eu já tinha visto peças sendo montadas e mexer com elas foi bem interessante. É mais legal aprender mexendo porque você pode descobrir coisas, como o tangram, que tem formas que já existem e você pode criar novas. O jogo mais legal é o cubo, porque foi o mais desafiador para mim”, conta Livia Maria dos Santos Braz, 10.
O projeto ajuda os estudantes a desenvolverem o raciocínio lógico
Fotos:
Leve
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A tecnologia como aliada do aprendizado
É só falar em visitar o Espaço Maker que os alunos se empolgam. Afinal, ele tem tudo a ver com tecnologia, que é uma grande aliada para tornar o aprendizado mais divertido, lúdico e fácil. Além disso, essas tecnologias aproximam os estudantes das novas ferramentas desde crianças, um diferencial para o futuro.
Para a Nicolly da Silva, 9, a impressora 3D foi uma novidade. “Antes da escola eu nunca tinha visto. Foi diferente ver uma impressora em que você pode acompanhar o que ela está fazendo na hora. E depois é diferente porque a gente consegue sentir o material e entender um pouco mais sobre ele”, fala a aluna do quarto ano.
Já Rafael Heiler Leonardi, 10, tinha visto a impressora funcionando apenas em vídeos e ficou feliz em entender mais sobre essa tecnologia. “Eu gostei do projeto porque acho que é mais legal e fica mais fácil de aprender. Eu aprendi a montar várias coisas”, diz. Para ele, a pirâmide foi a peça mais interessante, enquanto o mosquito foi o maior desafio.
As peças foram impressas com a ajuda de um site que disponibiliza projetos prontos para a impressão e que foram escolhidos pela equipe da escola. A ideia era que os jogos fossem adequados para a idade das crianças, mas que também as desafiassem, como um estímulo para o raciocínio lógico.
A peça que demorou mais tempo para ser impressa foi o jogo de equilíbrio, em que duas crianças jogam por vez, tentando equilibrar e não deixar as peças caírem. Esse jogo levou três dias para ficar pronto, imprimindo durante a manhã, a tarde e a noite. E o melhor é que os alunos puderam acompanhar a impressão e a evolução das peças.
Para Lara Beatriz Guilherme, 9, a vivência foi ótima.
“É divertido ir ao Espaço Maker e foi muito legal montar as peças, porque é uma experiência nova e diferente, a gente consegue sentir”, explica. Assim, o que era difícil no começo se tornou mais fácil com o tempo, deixando a Matemática muito mais divertida.
“O lúdico chama a atenção deles, é muito mais motivador. Essa foi a proposta, de algo que chamasse a atenção, e foi bem proveitoso”, destaca a professora Andrea. Aliás, as peças seguirão na escola, disponíveis para que novos alunos descubram os desafios e estimulem o raciocínio e a concentração de uma
Rafael e Livia se divertem montando as peças
A criação das peças é uma das partes favoritas de Lara
Você sabia?
A primeira impressora 3D foi desenvolvida em 1984 pelo engenheiro estadunidense Chuck Hull. Naquela época, ele trabalhava com a luz UV para endurecer um tipo de líquido e fazer peças usadas em móveis. Porém, esse processo demorava demais e, por isso, ele decidiu criar outra tecnologia, a estereolitografia. Na prática, é como se um líquido virasse sólido quando uma luz especial encosta nele. A impressora 3D desenha um objeto passando essa luz no líquido, uma camada de cada vez, até formar o objeto completo. E foi assim que nasceu a impressora 3D, que hoje já está disponível também com outras tecnologias. Legal, não é?
Foto: Leve
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Samuel conseguiu vencer o desafio de montar o dinossauro
Nicolly manuseou uma impressora 3D pela primeira vez
DUBLÊS: COMO É A PARTICIPAÇÃO NAS PRODUÇÕES?
POR GUSTAVO BRUNING
Quando o protagonista de “Looney Tunes: de volta à ação”, comédia que combina live-action e desenho, nos mostrou as enrascadas de um dublê aspirante a ator, tivemos apenas uma palhinha dos desafios da profissão. Vemos Brendan Fraser atuando brevemente no arriscado papel, mas, na prática, a função do dublê é muito maior do que evitar que um ator se machuque em cena.
Os profissionais que atuam como substitutos dos intérpretes principais em momentos delicados já fazem parte do cinema há mais de um século. Essa missão não envolve só um bom preparo físico, mas também bastante técnica e entendimento de movimentos do corpo. Em casos específicos, exige domínio de habilidades em circunstâncias extremas, como montaria e direção
É comum que dublês performem saltos de grandes alturas, corram por longas distâncias, sejam pendurados por cabos, façam mergulhos profundos… os limites são intensos! Há ainda os que ficam diante de explosões e cenas repletas de fogo e aqueles que conduzem veículos em altíssima velocidade, enfrentando desde manobras arriscadas até capotamentos.
Conheça algumas cenas de filmes bem conhecidos que contaram com a participação de dublês!
Em junho deste ano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou que os dublês passarão a contar com uma categoria própria no Oscar. A novidade vai valer a partir da 100ª edição da premiação, em 2028.
Atenção aos detalhes
A intenção é fazer com que uma cena com dublê pareça ter, o máximo possível, a presença do ator original, sem deixar pistas de que envolve um profissional treinado. É por isso que o dublê escolhido precisa ter um porte físico correspondente à pessoa pela qual ele está tentando se passar. Além de utilizar o mesmo figurino, não é raro que dublês usem perucas semelhantes ao cabelo de quem estão copiando.
A emmagia ação
Se há uma franquia que exigiu dublês foi Harry Potter, principalmente pelo fato de muitas cenas arriscadas envolverem crianças e adolescentes. Isso inclui partidas de quadribol, duelos energéticos e mergulhos em tanques de água. Cada um dos três protagonistas, em muitos casos, tinha diversas opções de dublês a postos.
Uma troca evidente
Quem tem o olhar perspicaz consegue ver a dublê de Vanessa Hudgens em “High School Musical 2”. No filme da Disney, a personagem Gabriella Montez faz um bico de salva-vidas nas férias de verão, e em certo momento precisa pular na piscina, a partir de algumas pedras. É aí que entra em cena a substituta, que faz o salto com muita maestria.
Vontade não falta
Por mais que Tom Holland tenha feito aulas de balé, manje de parkour e tenha treinado intensamente para interpretar o Homem-Aranha, algumas façanhas demandam dublês. Ainda que alguns atores gostem da emoção de atuar em cenas desafiadoras, nem sempre recebem permissão para isso.
Pense no prejuízo que uma produção teria caso precisasse ser pausada por meses para que o protagonista se recuperasse de uma torção após uma acrobacia mal executada.
Viveu na pele
Jennifer Lawrence deu vida à destemida Katniss Everdeen na franquia Jogos Vorazes e, assim como sua dublê, protagonizou uma infinidade de cenas árduas. Após o último filme, em uma entrevista, revelou que não tinha mais interesse em atuar em cenas fisicamente arriscadas. A dublê da atriz também a acompanhou na saga X-Men, passando horas na cadeira de maquiagem para se tornar azul e interpretar a Mística.
Um aindapreparo maior
Um dos atores mais conhecidos por enfrentar riscos diante das câmeras é Tom Cruise. O rosto da franquia Missão: Impossível sempre encontra maneiras de estar nas alturas e estrelar cenas emblemáticas. Em “Missão: Impossível – Acerto de contas”, o sétimo filme, o próprio ator pilotou uma moto, saltou com o veículo a partir de um precipício e, em seguida, abriu o paraquedas. Foram meses de preparação para garantir um resultado épico.
Um substituto
Além dos dublês tradicionais, destinados a cenas que envolvem algum tipo de risco, há os dublês de corpo. Esses profissionais têm várias tarefas, incluindo a de se posicionar na cena em momentos em que o rosto do ator não aparece, como em tomadas de costas ou muito distantes. Eles permitem, também, que a produção prepare a iluminação e os enquadramentos da câmera, servindo como “modelos” e dispensando os atores originais, que geralmente custam mais caro à produção, dessa tarefa longa e cansativa. Durante as gravações de “Hannah Montana: o filme”, em 2008, Miley Cyrus tinha 15 anos e, por ser adolescente, tinha um limite de horas permitidas para estar no set. Uma dublê de corpo “fingiu” ser a atriz em algumas tomadas, como quando a personagem corre de um jornalista ou conversa com o pai na praia.
A mesma estratégia é empregada quando uma atriz interpreta gêmeas, tal qual Lindsay Lohan em “Operação cupido”. Nesses casos, a gravação das cenas em que as duas estão no mesmo quadro demanda uma dublê de corpo. Ela pode não revelar o rosto ou, na edição do filme, ser substituída pela atriz.
A gente adora o celular, mas ele pode deixar nossa mente cansada e o corpo travado. Então, que tal tirar um tempinho longe da tela e curtir outras coisas legais? Aqui vão cinco ideias que você vai gostar.
Caminhada de descobertas
Calce um tênis confortável e vá dar uma volta. Repare nas árvores, nos sons, nos cheiros e até nas pessoas que passam. É como dar um reset no cérebro.
Culinária para iniciantes
Tem gente que se sente melhor comendo um docinho, e por que não melhorar a experiência fazendo um brigadeiro de micro-ondas? Coloque o chapéu de chefe e siga a receita. Ingredientes: 1 lata de leite condensado; 1 colher de sopa de manteiga; e 3 colheres de sopa de chocolate em pó. Misture tudo, leve ao micro-ondas por 6 minutos (parando para mexer a cada 2 minutos) e pronto! Espere esfriar e saboreie.
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Leitura fora da tela
Você já deve ter ouvido alguém falar “Ah, mas o livro é bem melhor do que o filme”. Essa frase só ilustra o quanto a imaginação é poderosa e pode ser bem melhor do que as imagens prontas. Então comece tentando ler livros dos seus filmes
preferidos. Pode ser um gibi, como “Turma da Mônica Jovem”, ou livros como “A seleção” (Kiera Cass) — que não foi adaptado para filme (ainda), mas está aprovadíssimo pelas românticas de plantão — e “As Crônicas de Nárnia” (C.S Lewis).
Arte
manual
Desenhar, pintar, fazer origami, bordar ou montar pulseiras coloridas… Essas atividades estão super em alta nas redes sociais (como o famigerado Bobbie Goods) e ajudam a relaxar enquanto você cria algo único — atividade aprovada para todas as faixas etárias (inclusive pela estagiária da revista). Para deixar sua arte mais bonita, experimente contornar o desenho com uma caneta preta fina ou adicionar detalhes com cores vibrantes.
Minipiquenique com diversão
Pode ser no quintal, na varanda ou no chão da sala mesmo. Prepare um lanchinho, um suco e chame alguém para conversar. E para deixar tudo ainda mais divertido, leve um jogo de tabuleiro como Uno, Jenga ou Banco Imobiliário — com certeza serão memórias incríveis que você terá.
Dica extra: ficar longe do celular por algumas horas pode revelar talentos escondidos e trazer hobbies que você ainda nem conhece!
COMO TIKTOK, INSTAGRAM E SPOTIFY MUDARAM A MÚSICA?
POR LUCAS INÁCIO
Nem parece que faz pouco tempo que surgiu o termo “música de TikTok”. Uma expressão tão comum e presente no nosso dia a dia que pouca gente tem noção de que seu sucesso no Brasil tem apenas cinco anos e que a rede completa dez anos só em 2026. O termo se refere àquelas músicas chiclete, de memorização fácil, com alguma coreografia embutida ou potencial para viralizar.
Os mais jovens adoram; os mais velhos, nem tanto. Porém, se seus pais ou tios estão reclamando, vale lembrar a eles que cada geração tem sua expressão baseada na tecnologia de sua época. Aquela pessoa que está sempre repetindo as mesmas histórias é definida como um “disco arranhado”, referência ao disco de vinil, a forma mais popular de ouvir música até o começo dos anos 1990.
Quando alguém fala rápido demais ao ponto de ninguém entender nada, você pode dizer “calma, volta a fita e fala de novo”. Essa fita pode ser tanto a fita VHS (de vídeo) ou a fita cassete (de áudio), a qual tinha que rebobinar para ouvir novamente um determinado trecho que perdeu — quem dera fosse fácil igual o YouTube, que basta dar dois toques no canto da tela.
Do mesmo jeito, toda geração teve suas músicas de TikTok, ou as populares modinhas, só que adaptadas à sua época de um jeito diferente do que é feito hoje. Então vamos tentar entender como a tecnologia de cada época influencia diretamente na forma de fazer música e não só nas expressões populares.
Música mais curta é o que o povo mais curte
Inicialmente, tanto o Instagram quanto o TikTok permitiam vídeos de até 15 segundos. Com o tempo, passou para 30, 60 até chegar em três e dez minutos. Apesar de a duração ter mudado, há uma marca que ficou: o encurtamento das músicas. Seja para criar coreografias para trends ou pelo cuidado com os direitos autorais, os hits ficaram cada vez mais curtos.
Então, se você gostar da música, vai dar play de novo, e de novo, e de novo… e quanto mais reproduções, maiores os números e maiores as remunerações que as plataformas dão aos artistas ou às produtoras, tanto nas redes sociais quanto nos streamings.
Os tempos de outros tempos
Atualmente, artistas têm toda a oferta de tempo possível para lançar músicas do tamanho que quiserem nas nuvens. Porém, o que parece ter limites é a paciência do público, que tem na palma da mão todo o catálogo de álbuns, filmes, séries, podcasts e vídeos do YouTube para escolher.
Na prática, o auge dos álbuns longos foi na época dos CDs, entre os anos 1990 e 2000. Com seu potencial de 80 minutos de gravação e facilidade na distribuição, permitiu a artistas experimentarem faixas longas e explorar muitas músicas em um mesmo trabalho, afinal, o público comprava o CD completo e todas aquelas músicas.
O cenário era bem diferente do começo da música gravada, 100 anos antes, pois aí morava justamente o problema dos primeiros discos de vinil, lançados no fim do século 19, com capacidade de duas músicas de três minutos por lado, devido à rotação de 78 rpm (rotações por minuto). Nessa época, o foco eram as rádios e os singles, mas isso durou até os anos 50, quando a tecnologia diminuiu a rotação necessária para 33 rpm e aumentou o tamanho dos discos, que passaram a comportar até 30 minutos nos EPs (extended play) e 60 minutos nos LPs (long plays).
Tendência global
Introdução curtíssima, dança viciante e frases de efeito (fora as outras coisas que já falamos) são requisitos básicos para ser uma música de TikTok.
Usando como parâmetro a lista Hot 100 da Billboard, a mais renomada do mundo, as 100 músicas mais tocadas do ano 2000 tinham, em média, 4min10s de duração. Em 2018, era de 3min30s; e em 2021, era de 3min07s.
Se em 2016 apenas 4% das músicas que chegaram ao Top 10 mundial durante o ano eram consideradas curtas (menos de três minutos), em 2022 esse número já era de 36%. No Brasil subiu de 38% para 54% no mesmo período.
Não à toa, os discos nunca saíram de moda e sobrevivem hoje em dia, mesmo com preço alto. Mais do que um saudosismo ou o preciosismo do som da agulha percorrendo as ranhuras do vinil, ouvir um disco é um ritual que nos permite estar por inteiro em conexão com aquela música e com aquele ambiente, sem se preocupar com as notificações nem de ter que dançar bonito para uma câmera.
Está tudo bem usar as redes sociais para conhecer músicas novas, mas também é bom experimentar ouvir e dançar do jeito que a gente quiser, sem compromisso com a imagem, apenas pelo prazer da própria música. E nem precisa ter um hobby caro para estar presente apenas pela arte: basta dar o play no celular e deixá-lo apenas como um antigo toca-discos, com milhões de LPs ao seu dispor, em suas mais diversas formas — afinal, a tecnologia está aí para ajudar a sermos livres nas artes.
são carnívoras? identificar quais Você sabe
Em um jardim, um pequeno beija-flor pousa sobre uma flor vermelha para coletar o néctar. Enquanto isso, no alto de uma árvore, um tucano se delicia com as frutas. Já uma águia segue com seu voo veloz em busca de capturar um ratinho com suas garras afiadas. Seja pela disponibilidade de recursos, a adaptação ao ambiente ou a evolução do organismo, as aves apresentam diferentes formas de alimentação.
Consumindo desde grãos a vertebrados terrestres, esses animais estão divididos em:
• HERBÍVOROS: se alimentam de plantas, sementes e frutas, como papagaios;
• ONÍVOROS: possuem uma dieta variada, com alimentos de origem animal e vegetal, como as gaivotas;
• CARNÍVOROS: sua nutrição vem da carne de outros animais, como os gaviões.
Dentre as carnívoras, há aquelas que se destacam por suas características impressionantes. Conhecidas como “aves de rapina”, suas habilidades de caça as tornam brilhantes predadoras, contribuindo para o equilíbrio ecológico e no controle da população dos animais. O bico forte e curvado, as garras afiadas, a visão aguçada e as estratégias de voos são alguns dos principais atributos deste grupo.
Presentes em todos os continentes, existem mais de 550 espécies em todo o mundo e cerca de 100 estão no Brasil. Apesar de possuírem características semelhantes, seus comportamentos sociais e corpos podem variar, podendo pesar desde poucos gramas até 12 kg. Conheça algumas delas:
1. Águias: com uma excelente visão e um corpo robusto, as águias estão preparadas para caçar grandes presas, como coelhos. É possível encontrá-las em florestas tropicais, áreas costeiras e montanhas.
2. Gaviões: com habilidades ágeis e versáteis, os gaviões capturam desde insetos até répteis, roedores e outros pássaros. A maior ave de rapina do mundo está nesse grupo, o gavião-real, também conhecido como harpia. Com mais de um metro de comprimento, são capazes de chegar aos dez quilos e as garras podem ter mais de cinco centímetros de comprimento.
3. Urubus: apesar de possuírem uma má fama por se alimentarem de restos de animais mortos, os urubus desempenham um papel fundamental no meio ambiente, contribuindo na eliminação das carcaças, evitando a procriação de microorganismos e o aumento das doenças.
4. Corujas: com um visual marcante e encantador, as corujas são aves noturnas e com habilidades que as permitem enxergar com pouca luz e ter um voo silencioso. Assim, predam pequenos mamíferos, aves e insetos.
5. Falcões: com uma incrível agilidade e velocidade, o falcão-peregrino é o animal mais rápido do mundo, podendo atingir mais de 320 km/h em um voo. Essas características facilitam a caça, que envolve pequenos mamíferos e insetos.
Quando se fala em doce, há um ingrediente que sempre rouba a cena: o chocolate. Seja em bolos, mousses, sorvetes ou nos adorados brigadeiros, essa iguaria é uma das mais amadas e consumidas do mundo. Mas quem vê essas sobremesas prontas nem imagina que o processo começa com a extração de uma fruta. Presente em florestas tropicais — como as da terra natal dos oompa
loompas, para os fãs de “A fantástica fábrica de chocolate” —, o cacau é uma fruta com casca grossa e recheada de sementes envoltas por uma polpa branca por dentro, bem diferente da aparência das barras de chocolate que conhecemos.
Após a colheita, as sementes são separadas à fermentação, etapa em que a cor e o odor mudam. Em seguida, ocorre a secagem e a torra. Assim como no café, as amêndoas são tostadas em uma máquina especial, resultando no sabor e na
cor
característicos do chocolate.
A partir disso, as sementes são moídas até formarem uma pasta conhecida como licor de cacau, e, após ser prensado, a manteiga de cacau (a parte de gordura com que é feito o chocolate branco) é separada da massa de cacau — aqui é hora de definir qual vai ser o tipo do chocolate: ao leite e amargo, por exemplo. Assim, a massa de cacau segue para o refino e a temperagem, momento em que ganha a textura cremosa e é moldada em seu formato final.
por que algumas pessoas não sentem o gosto do doce?
Há sabores que são inconfundíveis, o doce do mel, o salgado da batata frita, o amargo do café e a acidez do limão — cada um desses gostos marca nossas experiências culinárias e são capazes de despertar diferentes memórias afetivas, como um prato preparado por algum familiar especial ou um momento divertido com os amigos.
Apesar de a comida ser uma das coisas que mais unem as pessoas, alguns indivíduos possuem uma vivência totalmente diferente ao terem uma percepção de paladar distinta. Estes podem ser diagnosticados com disgeusia.
O nome parece estranho, mas explica as mudanças no gosto dos alimentos, a diminuição no senso gustativo ou até mesmo a falta dele — o sintoma pode ser temporário, durar meses ou até mesmo levar à perda total do paladar. Existem alguns fatores que podem levar a isso:
• faringite e sinusite;
• Covid-19;
• tratamento oncológico;
• problemas nas glândulas salivares;
• tabagismo;
• e alguns tipos de medicamentos.
Essas condições podem fazer com que o sintoma atue de forma diferente em cada corpo. Por isso ele é dividido em cinco tipos:
1. Hipergeusia: a sensibilidade gustativa fica aguçada, fazendo com que os sabores sejam percebidos de maneira mais intensa;
2. Parageusia: causa um sabor diferente do verdadeiro, como um gosto azedo ao comer algo doce;
3. Hipogeusia: diminui a capacidade de sentir os sabores, podendo levar à perda de apetite;
4. Ageusia: perda total do paladar;
5. Fantogeusia: mesmo com a ausência de alimentos ou bebidas na boca, é possível sentir um sabor persistente, como um gosto metálico e amargo.
edição. Obrigado por fazer parte dessa história
Após a horta da unidade passar por uma revitalização, com a ajuda de seu Arlindo Votri e seu Artur Heidn Neto, as crianças da creche participaram da plantação de cenoura, alface, batata-doce, tomate e couve, acompanharam o crescimento das mudas e colheram alface. Nessa vivência, a professora Maiara Daniele Ardino, junto com as auxiliares Letícia Ardino de Oliveira, Carla Cristina Carvalho Pereira e Maria Vitória Jaschke da Silva, uniu a aprendizagem com o cuidado com a natureza.
CEI FÁTIMA JARIVATUBA
A professora Elaine de Oliveira Becker Lima desenvolveu atividades práticas e visuais para facilitar o aprendizado sobre sólidos geométricos.
As turmas do segundo ano da professora Anne Dias Marcilio, de Ciências Humanas, construíram peças com materiais recicláveis inspiradas nos meios de transporte.
EM
PROFESSOR JOÃO BERNARDINO DA SILVEIRA JÚNIOR JOÃO COSTA
POR SOPHIA PETSCHOW DA SILVA PARTICIPANTE DA OFICINA DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO NO POLO ATIVAMENTE DE ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO DE JOINVILLE
Pensamentos se manifestam e alcançar voo para fora da mente, Tornando vivas milhares de ideias aqui no Polo Ativamente. Encontram liberdade para ser, expressar-se e exteriorizar sentimento, Seja por meio da arte, robótica, comunicação e expressão, matemática ou razão.
Cada um tem seu talento, habilidade especial E uma capacidade de ir além, enorme potencial. Mas, para aflorar, é preciso de apoio e motivação, ser ouvintes para os desejos do coração.
As crianças com altas habilidades precisam de voz Para encontrar seu lugar e possibilidades. Por isso, venho por meio dessa prosa Pedir que incentivem aquelas que são curiosas E que cuidem das nossas crianças talentosas.
CHUVA ARTESANAL IMINENTE Alerta meteorológico:
O seu amigo vira a página da revista antes de você terminar e, de repente, o mundo parece acabar. A vontade é de iniciar uma discussão de três horas sobre respeito e paciência. Se essa cena parece familiar, você já experimentou a famosa “tempestade em um copo d’água” — a habilidade (não seria um defeito, não é mesmo?) de transformar um grão de areia em uma montanha. E se você não possui esse talento — sabemos que ninguém aqui vai admitir que já brigou (ou seria chorar?) pelo leite derramado —, hoje vamos ensinar como fazer tempestade num copo d’água.
MATERIAIS
• 1 copo;
• Espuma de barbear; • Água;
• Corante.
FAZENDO CHUVA
• Encha o copo com água, deixando dois dedos de espaço para a nuvem se formar.
• Preencha o restante do copo com a espuma de barbear. Se preferir, com uma colher dê formato de nuvens.
• O tempo está fechado, vai começar a chover. Adicione o corante espalhando por toda a espuma e veja a precipitação acontecer.
O QUE ISSO QUER DIZER?
Essa experiência exemplifica o processo de formação das chuvas. Ela demonstra que, após a evaporação da água e a formação das nuvens, a precipitação só ocorre quando elas estão completamente carregadas. É nesse momento que as nuvens adquirem uma coloração acinzentada, indicando que a chuva está prestes a cair.