Nesta edição de novembro da revista its Teens, embarcamos em uma verdadeira jornada do conhecimento, explorando desde a história da Pangeia até as descobertas que transformaram a medicina.
Conversamos sobre povos que vivem sem uma língua oficial e refletimos sobre como a geração Z está mudando a escrita na internet. No campo cultural, apresentamos filmes que exploram realidades virtuais, como Avatar e Jogador nº 1, e destacamos criações das nossas escolas, como a Semana das Olimpíadas e o Festival da Primavera.
Para os curiosos, apresentamos curiosidades sobre anéis de compromisso e tamanhos de sapato ao redor do mundo. Entre ciência e diversão, temos labirintos, montanhas-russas de papel e as trovas da turma 51. Sem esquecer das tradições, exploramos o chimarrão e o tererê.
Nesta edição, o conhecimento, a cultura e a criatividade se encontram em cada página. Boa leitura!
#falhanossa
Na editoria “Galerias” da edição nº 37 (setembro), na página 38, a primeira foto do lado esquerdo pertence ao Neim Orlandina Cordeiro, e não ao Neim Vila Cachoeira, conforme identificado.
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br
CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
/conteúdo
Labirinto Arte com representatividade
Você já pensou que até um gato pode gostar de livros?
Países que não têm língua oficial #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #08 #10 diversão produção artística capa como funciona? esporte spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta brasilidades galerias diário escolar conhecimentos gerais
Grandes descobertas médicas que mudaram o curso da história
Movimento que transforma
Mundos digitais, lições reais
Chimarrão vs. Tererê
Abreviações, gírias e emojis: como a Geração Z se comunica?
As trovas da turma 51
Continentes em movimento: o que foi a Pangeia?
Desafio do papel: quem cria o percurso mais irado?
Por que usamos anéis de compromisso?
Jornada do conhecimento
ESCANEIE O QR CODE e faça parte da próxima edição da revista its Teens
Acompanhe a revista its teens nas redes sociais
LABIRINTO
AJUDE O FOGUETE A VOLTAR PARA A TERRA
POR Waleska Regina Becker Coelho De Franceschi
Gerente de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação
Em “Crônica de gatos”, o escritor Rubens da Cunha conta uma história delicada e cheia de sentimentos sobre amizade, descobertas e o poder das palavras. O livro é ilustrado por Regina Marcis, que usa a técnica de fotocolagem para criar imagens criativas e encantadoras — verdadeiros convites à imaginação.
A história é narrada por alguém que ganha um gato e, junto com ele, vive o medo e a dúvida de cuidar de um ser vivo. Mas o gato não é comum: ele escolhe morar na estante de livros e parece compreender o valor da leitura, mesmo sem abrir uma única página. Ele “lê” com o olhar e com o corpo, ronronando como se sentisse cada palavra.
Com o tempo, o gato e o narrador criam uma amizade feita de livros, silêncio e carinho. Até que o gato vai embora, deixando um vazio cheio de lembranças. Um novo gato chega, mas é diferente, não se interessa pelos livros. Ainda assim, o narrador tenta se aproximar por meio da leitura, e algo mágico acontece: o novo gato começa a “ler” o dono, como se traduzisse seus sentimentos.
Mais do que uma história sobre gatos, este livro fala sobre o poder de ler, escrever e interpretar. Cada leitura nos transforma um pouco, nos ajuda a entender o mundo e a enxergar o que está nas entrelinhas. Crônica de gatos nos lembra que ler é também sentir, imaginar e descobrir quem somos — por dentro e por fora das páginas.
O segredo dos Sinais Mágicos Sérsi Bardari
Crescer é uma aventura Rosana Bond
Conexão Julieta Denise Becker
O que a terra está falando? Ilan Brenman
Uma das características mais marcantes que diferenciam o Brasil de outros países da América do Sul é o nosso idioma. Enquanto falamos português, a maioria dos nossos vizinhos são falantes do espanhol. A língua pode ser um elemento que separa povos, mas também fortalece a identidade nacional e facilita a comunicação, assim como é capaz de conectar diferentes regiões, como é nosso caso com nações africanas, como Angola e Moçambique, criando laços culturais. Oficializar uma língua para representar é uma estratégia de unificar o povo, facilitar o sistema administrativo do país — como na hora de criar leis e definir temas da educação — e quebrar barreiras de comunicação entre os cidadãos. No entanto, isso não significa que apenas aquele idioma é empregado naquela região. No Brasil, por exemplo, outras 200 línguas podem ser ouvidas além do português — dialetos indígenas e de imigrantes estão incluídos.
Agora é oficial!
Não é segredo para ninguém que a língua falada nos Estados Unidos é o inglês. Mas você sabia que foi apenas em março de 2025 que o idioma foi oficializado em nível nacional do país? Alguns Estados já adotavam a língua inglesa, devido à autonomia que as regiões possuem em sua legislação.
Anteriormente, era defendida na constituição a ideia de receber imigrantes de todo o mundo e fazer a integração se baseando nas diferenças de culturas e idiomas. A partir desse ano, todas as comunicações em órgãos federais devem ser feitas somente em inglês.
QUE NÃO TÊM
Sem língua definida
Ainda existem outras nações que preferem seguir sem definir uma única língua oficial, apesar de possuir um idioma predominante. Conheça alguns casos:
• Austrália: o sotaque australiano é um dos mais característicos quando se trata do inglês. No entanto, o país não estabeleceu nenhuma língua oficial na constituição, mesmo que o idioma seja amplamente usado na região.
• Reino Unido: incluindo a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, o Reino Unido tem o inglês como a língua predominante, mas a região nunca sentiu a necessidade de oficializar o idioma. O galês, gaélico escocês e o irlandês também são falados por lá.
• Maurícia: o arquipélago africano utiliza diferentes línguas. Enquanto o inglês e o francês são fortes nos setores governamentais e educacionais, o criolou mauriciano é o mais usado na vida cotidiana.
• México: seja pelos programas de televisão ou pelas músicas, o sotaque do espanhol mexicano se destaca entre os hispânicos, mas o idioma não é oficializado por lei no país.
• Vaticano: devido à pequena população e por ser um centro religioso, o menor país do mundo é flexível no uso das línguas. O latim é usado para os documentos oficiais e na liturgia, e o italiano, no dia a dia.
Mais de uma língua
No entanto, também há países que oficializam mais de um idioma.
Confira:
• Suíça: uma das características mais importantes para a identidade do país é o multilinguismo. Por lá existem quatro línguas oficiais — alemão, francês, italiano e romanche.
• África do Sul: ao longo dos anos, o país sofreu influências de diferentes regiões do mundo, o que causou a diversidade nos idiomas. O inglês, afrikaans, ndebele, pedi, swati, sotho, tsonga, tswana, venda, xhosa e zulu são os oficiais. No entanto, outras 30 línguas são ouvidas por lá.
• Índia: com mais de um bilhão de habitantes, o país possui o chocante número de 22 línguas oficiais (assamês, bengalês, bodo, dogri, guzerate, híndi, canará, caxemiriano, concani, maithili, malaiala, manipuri, marata, nepalês, oriá, panjábi, sânscrito, santale, sinde, tâmil, télugo e urdu). Mas a quantidade de dialetos na região é muito maior, ultrapassando 1,6 mil.
A medicina é uma área em constante evolução. Ao longo da história, episódios de epidemias, como a peste negra, a gripe espanhola e surtos de doenças, desafiaram os conhecimentos humanos e impulsionaram os avanços médicos, em busca de desenvolver tratamentos para que menos vidas sejam perdidas durante as crises.
Apesar de a tecnologia contribuir muito neste progresso, se engana quem pensa que foi apenas nas últimas décadas que os estudos começaram — há relatos de povos antigos, como egípcios e chineses, que realizavam procedimentos médicos, como cirurgias e o uso de ervas medicinais. Se na Pré-História os primeiros passos foram dados, a medicina como conhecemos hoje é o resultado de muito trabalho dos cientistas ao longo da história.
Enquanto o embalsamamento e a construção dos primeiros “hospitais” foram alguns dos avanços na medicina primitiva, outras descobertas dos últimos 400 anos ajudaram a salvar milhares de vidas. Conheça algumas delas:
Penicilina: o antibiótico que revolucionou o tratamento de doenças infecciosas foi descoberto em 1928, por Alexander Fleming. O bacteriologista observou como o fungo Penicillium notatum eliminava as bactérias ao seu redor, e a partir disso desenvolveu a substância. A criação é considerada uma das mais importantes da medicina moderna.
Anestesia: as primeiras cirurgias realizadas totalmente sem dor só foram possíveis a partir de 1846, quando o dentista William Morton passou a utilizar o éter como anestésico, revolucionando os procedimentos cirúrgicos.
Descoberta da circulação sanguínea: os conhecimentos sobre o bombeamento do sangue no corpo vieram à tona com a publicação da teoria sobre a circulação sanguínea de William Harvey, em 1628. O médico inglês mudou a compreensão da anatomia humana utilizada até então, ajudando nos estudos da fisiologia humana.
Radioterapia:
uma das mulheres pioneiras da ciência, Marie Curie, abriu as portas para novos tratamentos contra o câncer após seus estudos sobre a radioatividade. Em 1898, ela e seu marido, Pierre Curie, descobriram os elementos rádio e polônio, que foram utilizados para destruir células cancerígenas.
Estrutura do DNA: o conjunto de trabalho de três cientistas resultou na descoberta de como a informação genética é transmitida e codificada. James Watson e Francis Crick, com base nos estudos de Rosalind Franklin, desvendaram a estrutura em dupla hélice do DNA, o que serviu de base para pesquisas de doenças genéticas e do câncer.
Raio X: ao observar uma radiação desconhecida emitida por uma placa fosforescente em seu laboratório, o físico e engenheiro Wilhelm Röntgen a usou para capturar imagens do interior de objetos — o teste foi feito com a ajuda de sua esposa, que colocou a mão sobre a chapa fotográfica, resultando no desenho dos ossos de seus dedos. Com o Raio-X, foi possível visualizar fraturas ósseas e tumores de forma não-invasiva.
Vacinação: em 1796, Edward Jenner realizou um experimento utilizando material da varíola bovina, dando o primeiro passo para a criação da vacinação. O teste foi um sucesso e, em 1980, a vacina contribuiu para a erradicação da varíola, assim como na prevenção de diversas doenças infecciosas, como sarampo, poliomielite e febre amarela.
representatividade
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
projeto une educação antirracista e sustentabilidade.
Tempo de leitura: 5 minutos
A criação da estátua contou com a participação de crianças e familiares
Crianças e famílias colocam a mão na massa para criar um monumento que celebra diversidade e protagonismo
POR ANA CAROLINE ARJONAS
A representatividade é mais do que mostrar ou colocar em evidência pessoas e costumes distintos. Na verdade, é por meio desse ato que muitos conseguem se enxergar em espaços, personagens e realidades distintas, reforçando a ideia de que todos nós podemos ser o que quisermos, sem uma distinção de raça ou crença.
Entretanto, para que o resultado seja realmente plural, é preciso ir além do que está apenas nas leis ou livros — é importante que todos vivenciem a experiência de se sentirem representados pela cor de pele, pelo jeito do cabelo e pelas raízes que carregamos de nossos antepassados. No Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Pequeno Príncipe, as
crianças descobriram como unir arte, inclusão e reciclagem em um único projeto: a criação da estátua do Pequeno Príncipe Preto. A ação nasceu a partir de uma provocação do grupo de profissionais da unidade, que decidiu incluir as famílias e os pequenos em cada etapa do processo. A medida também foi uma forma de trazer
FRAGMENTOS E ARTE
O monumento foi criado pelo artista popular Juan Mandala, responsável por pensar em uma estrutura toda de ferro — e tudo feito em etapas para que as famílias e crianças pudessem participar. Com a estrutura pronta, os espaços foram sendo preenchidos com resíduos não recicláveis (esponjas velhas, embalagens metalizadas e restos de canetas).
Os pequenos também colocaram a mão na massa na hora da pintura, além de plantarem árvores ao redor da estátua.
A última etapa da atividade contou com a inauguração do monumento, junto com
o ator Junior Dantas, criador e intérprete do espetáculo teatral “O Pequeno Príncipe Preto”. “Foi um momento emocionante em que ele pôde falar sobre a importância desta representatividade para as crianças negras da nossa cidade e para o fortalecimento de uma comunidade antirracista”, diz Cintya.
Além da alegria em acompanhar a finalização da atividade, as crianças, familiares e profissionais da unidade contemplaram a arte vista de outra forma, agora com a importância da visibilidade e protagonismo.
um novo olhar para o personagem tão conhecido na infância, como conta a coordenadora de projetos Cintya Regina Lentz. “A escolha de instalar o monumento na praça em frente ao Neim foi uma forma de apresentar o posicionamento político da instituição, afirmando o compromisso com a educação antirracista.”
Todos participaram da construção do monumento do “Pequeno Príncipe Preto”
LEI Nº 10.639/2003
A inclusão de assuntos e informações sobre a história e cultura afro-brasileira e africana não é algo novo. Na verdade, a obrigatoriedade foi incluída em lei ainda em 2003, fazendo da norma a lei da educação antirracista. Entre os pontos abordados está a história da África, a importância da inclusão e da diversidade.
Fotos: Neim Pequeno Príncipe/Divulgação
Os pequenos se divertiram durante as atividades
NEIM ALESSANDRA ABDALLA PROMOVE “SEMANA DAS OLIMPÍADAS”
Em celebração ao mês do esporte, o Núcleo de Ensino Infantil Municipal (Neim) Alessandra Abdalla promoveu em outubro a “Semana das Olimpíadas 2025”. A iniciativa pedagógica visou integrar aprendizado, diversão e desenvolvimento infantil, inspirada nos valores olímpicos e na importância do movimento. As atividades envolveram turmas de dois a seis anos em modalidades adaptadas, focando no estímulo da coordenação motora, equilíbrio e noção espacial, sempre de maneira lúdica.
Mais do que o desenvolvimento físico, o evento priorizou a transmissão de valores como cooperação, respeito às regras, superação pessoal e espírito de equipe. Ao longo da semana, as crianças participaram de vivências que incluíram a escolha de cores e bandeiras para representar suas equipes, fortalecendo o sentimento de pertencimento. Os momentos de destaque foram a volta olímpica de abertura, os circuitos de atletismo e equilíbrio, as partidas de futebol e a festa de encerramento, com entrega simbólica de medalhas para todos os participantes.
O sucesso da “Semana das Olimpíadas” foi impulsionado pelo engajamento dos professores e profissionais da creche, que organizaram os espaços e conduziram as atividades com dedicação. A vivência reafirmou o compromisso da unidade com a formação integral, utilizando o esporte e a brincadeira como ferramentas essenciais para desenvolver habilidades de autonomia, convivência social e valores como amizade, respeito e solidariedade nas crianças.
Fotos:
NA CHEGADA DA PRIMAVERA, ESTUDANTES DA EJA SE REÚNEM EM FESTIVAL
Na antevéspera da estação mais florida do ano, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Florianópolis realizou o “Festival da Primavera” da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA). Durante a celebração houve apresentações de dança, música, teatro e outras manifestações artísticas. Além disso, ocorreram diversas atividades, jogos e brincadeiras, proporcionando um dia repleto de aprendizado e partilha de experiências. O agito festivo teve como sede a Escola Básica Municipal Professora Herondina Medeiros Zeferino, nos Ingleses.
A sétima edição do festival, que teve o tema “De onde eu vim também floresce!”, foi direcionada aos estudantes dos nove polos da
modalidade de Florianópolis, como proposta pedagógica de integração, cultura, esporte e lazer.
A abertura e o encerramento do 7º Festival da Primavera ficaram por conta do “Povo da Noite”, projeto de percussão organizado pelo programa e que tem como integrantes estudantes e professores.
A Educação de Jovens, Adultos e Idosos é uma modalidade de ensino em que pessoas a partir de 15 anos têm a oportunidade de se alfabetizar e concluir o ensino fundamental de forma pública e gratuita. No município, o segmento é realizado por meio de aulas presenciais e as matrículas acontecem durante todo o ano letivo.
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
alunos conhecem novos esportes em práticas corporais de aventura.
Tempo de leitura: 6 minutos
Com saídas de campo, turmas aprendem sobre novas modalidades, natureza e características culturais
Ficar muito tempo com o corpo parado é uma escolha que pode refletir não apenas no bem-estar, mas também em diversos aspectos do físico e da mente. Isso porque o tempo sem movimentação afeta diretamente a densidade óssea, a resistência e até mesmo o metabolismo. Na saúde mental, essa decisão implica na produção da dopamina e serotonina, hormônios responsáveis por aquela sensação de prazer e felicidade.
Porém, uma iniciativa tem modificado a ligação dos alunos com os esportes e as belas paisagens de Florianópolis. A atividade é do
professor de Educação Física André Filipe Nicácio, da Escola Básica Municipal (EBM) Mâncio Costa, que apresentou aos jovens do sexto ao nono ano a possibilidade de conhecer práticas como a corrida de orientação, slackline, skate, sandboarding, trilha e caiaque.
“O principal objetivo é proporcionar aos alunos experiências corporais significativas que envolvam desafios, superação pessoal, autonomia, cooperação e relação com a natureza ou com espaços urbanos”, frisa o educador. Nomeadas como práticas corporais de aventura, as atividades fazem parte do currículo escolar, mostrando que a movimentação não precisa ser algo que ocorre apenas nas aulas em quadra. “Estimulam a socialização e o sentimento de pertencimento, pois todos colaboram para o sucesso da experiência, ajudando um colega ou enfrentando juntos um desafio.”
Além de compreender o funcionamento e os limites do próprio organismo, os jovens passaram a conhecer outros espaços da cidade, como a trilha da Costa da Lagoa, a pista de skate da Trindade e as dunas da Joaquina. Ao observar os pontos e aquilo que constrói a Capital, entenderam que o ato de aprender não é restrito à sala de aula.
Fotos: EBM
Mâncio Costa/Divulgação
ATLETAS POR UM DIA
ENTRE MANOBRAS E CONHECIMENTOS
Para chegar em cada um dos espaços e conseguir colocar em prática as novas habilidades, a turma participou de muitos treinos e contou com o acompanhamento do professor. Foi assim que a postura indicada para cada esporte e as manobras características foram ensinadas. Cada interação também foi uma forma de promover a convivência entre os alunos, o senso de perigo em situações novas, o olhar atento à natureza e os aspectos culturais que compõem cada espaço público.
Para quem se aventurou nas modalidades propostas pelo professor, as aulas foram momentos de aprendizado e até mesmo de descoberta de novas possibilidades, como conta Alice de Moura Gonçalves Graciani, 12, do sétimo ano. “Foi uma surpresa trabalhar esses esportes mais radicais, porque nas aulas de Educação Física são esportes mais comuns. Não estava imaginando que iríamos praticar sandboard ou slackline na escola.”
No caso de Mariah Santos, 13, sétimo ano, a surpresa foi saber que as modalidades também podem ser praticadas por aqui. “É legal porque, além de termos mais experiências, talvez eu nunca tivesse praticado se não fosse na escola. E por ter essa oportunidade, talvez no futuro, eu pratique por gosto ou até profissionalmente”, conta a jovem.
SEM COMPETIÇÕES
Um dos pontos reforçados por Nicácio foi a postura que a turma manteve durante as interações. Isso porque eles entenderam que esse era um momento de praticar algo novo, e não de rivalidade. “Não há competição: cada estudante é encorajado a participar dentro de suas condições e limitações, promovendo o respeito às diferenças.”
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
estudantes demonstram dedicação em provas que avaliam o conhecimento em Florianópolis.
Tempo de leitura: 8 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Depois de muito preparo, horas de estudo, dúvidas selecionadas e conteúdos revisados, agora é real: o fim do ano se aproxima e, com ele, as responsabilidades de ir bem nas últimas provas do semestre, incluindo atividades como o Avalia Floripa e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) — a tão famosa prova que avalia o rendimento dos estudantes do quinto e nono ano do Ensino Fundamental, aplicada neste mês em todo o país. O resultado só ficará disponível no próximo ano, apontando o índice de aprendizagem em cada cidade.
Porém, junto com a alegria das festividades e aquela sensação de dever cumprido, enquanto vamos aos poucos nos despedindo das obrigações de mais um ano letivo, há outro momento que não pode ficar de fora: a famosa retrospectiva de tudo o que passamos, que aqui pode servir para recapitular o preparo e tudo o que foi aprendido em 2026.
Isso porque os alunos que participaram das provas — seja a aplicada pelo município ou a do governo federal — precisaram suar a camisa para compreender cada um dos conteúdos apresentados, driblando o nervosismo e entendendo que a educação é a soma daquilo que fazemos dentro e fora da sala de aula.
Para os estudantes, todo o esforço valerá
Levi da Cruz Neves é um dos alunos que está se preparando para as avaliações
PREPARAÇÕES
DOS MAIS VELHOS
Vitória conta com os livros e quadrinhos durante o estudo em casa
As provas exigiram estudo e controle emocional para bons resultados a pena com a premiação
O nono ano é aquele momento em que começamos a nos despedir das velhas tradições e passamos a abraçar as novidades. A partir de agora, a cabeça está focada em uma nova unidade, com outros desafios e com o pensamento no futuro — seja planejando uma carreira ou até mesmo um primeiro emprego.
Antes de iniciar essa nova fase na trajetória escolar, esses alunos participaram de um ano com testes do Avalia Floripa e também do Saeb. No caso de Alana Xavier do Prado, da Escola Básica Municipal (EBM) José Amaro Cordeiro, as notas e o passeio prometido pela Secretaria Municipal de Educação para as melhores turmas nas atividades e com bom rendimento são formas de colocar em evidência o esforço e a dedicação das turmas até o momento. “Acho uma boa recompensa por nosso esforço, conhecimento e pelo esforço de nossos professores”, conta o estudante.
O colega de escola Bernardo Xavier Damian também enxerga o lado positivo de ter vivenciado as experiências e barreiras ultrapassadas neste ano. “O maior aprendizado desse ano foi como conseguimos evoluir em várias matérias em pouco tempo”, fala o jovem.
Para a professora de Língua Portuguesa Marluce Marlene Raulzinho, esse é o momento de ver o esforço e a dedicação sendo concretizados por meio de algo capaz de mapear a educação no município. “O engajamento dos estudantes nesse momento mostra o amadurecimento deles, com um olhar voltado para o futuro, visando responsabilidade e compromisso com a escola e o estudo.” Aqueles que fazem parte da rotina dos jovens também aprenderam formas e mecanismos de impulsionar o desenvolvimento por meio de recompensas — algo palpável para os estudantes. “Como nota e conhecimento não são atrativos para um cérebro em desenvolvimento, com baixa autorresponsabilidade, ter um objetivo concreto, a curto prazo, ajuda a estimular”, frisa a professora de Matemática Adriane Rodrigues Coutinho.
Fotos: Jr. Somensi
ESTUDO PROLONGADO
No caso daqueles que estão no quinto ano, o estudo é em tempo integral, aumentando as possibilidades de aprendizado e também de desenvolvimento. Na EBM José do Valle Pereira, por exemplo, as turmas estão sendo acompanhadas de perto em atividades com professores de cada área — medida que deve acentuar os conhecimentos em Matemática e Língua Portuguesa.
Para Roni Péterson Barcellos Borges, que tem mais facilidade com cálculos do que com a interpretação de texto, o empenho em sala de aula continua mesmo fora da escola. “Estou tentando separar um tempo em casa para estudar as coisas que eu ainda tenho dificuldade, me esforçar nas matérias que ainda não conheço muito bem.”
Sophia Alcântara da Silva é daquelas que se organizam para priorizar o estudo, sabendo que cada detalhe faz diferença na hora da prova. “Eu sou aquela que revisa a matéria. Meio que eu estudo quando tem prova, porque a professora manda a gente estudar, e estudamos o que está no caderno.”
Enquanto alguns gostam de seguir a revisão padrão, relendo as próprias anotações, há quem encontre nos livros uma forma de melhorar a interpretação — como Vitória Sophia da Silva Palhano,
que adora histórias em quadrinhos. “Estou lendo bastante, peguei bastante livros na biblioteca. A professora colocou livros lá para levar pra casa, aí eu estou me preparando mais pra ler, pra saber responder as coisas do Saeb”, diz a estudante. Para a professora de Matemática Andressa Menger Gessinger, que fica à frente do aprofundamento da turma — encontro destinado aos alunos que já estão avançados no conhecimento —, o tempo a mais na escola deve fazer diferença nas notas. “Eu aprofundo mais o conteúdo, trago questões com um pouco mais de dificuldade para que eles avancem e consigam se preparar melhor.” A ideia do trabalho com grupos é intensificar aquilo que está sendo visto em sala de aula, desenvolvendo quem já compreendeu o esperado e pode avançar mais no conteúdo. Os professores e profissionais são os responsáveis por avaliar quem está pronto para o intensivo em cada matéria. “Estamos trabalhando também com as sequências didáticas e com a maratona, que trazem questões no modelo do Saeb para eles irem se preparando.”
Controlando o nervosismo
Tanto Vitória quanto Sophia ainda sentem certa ansiedade antes de começar a prova — e a verdade é que elas não estão sozinhas, já que muitos de nós temos a mesma sensação antes de iniciar algo novo, ainda mais quando cada detalhe está sendo avaliado. “A primeira prova do quinto ano eu fiquei espantada, mas eu só me acalmei e bebi água”, conta Sophia. A colega de sala compartilha a mesma técnica da água, sabendo que a avaliação é apenas uma parte do processo. “Eu sinto nervosismo, mas eu tomo bastante água, respiro fundo e faço a prova, porque eu sei que a prova não precisa disso tudo”, diz Vitória.
Roni está se preparando para as provas de fim de ano
Passeio com a turma
Uma das formas encontradas pela Secretaria Municipal de Educação para incentivar os estudantes no momento das provas — seja no Saeb ou no Avalia Floripa — foi ofertar às turmas a possibilidade de um passeio. A opção vale para as turmas do quinto e nono ano. Para garantir a saída, cada turma precisa ter 85% de participação nas duas avaliações e alcançar o mínimo de acertos — 70% no quinto ano e 65% no nono ano. As turmas não competem entre si: se todas atingirem as metas, todas viajam com transporte custeado pela prefeitura, podendo escolher o destino do passeio.
Sophia sabe que é importante manter a calma durante as provas
CONFIRA O NÚMERO DE PARTICIPANTES EM CADA ANO:
• Quinto ano: 85 turmas, 2.325 estudantes;
• Nono ano: 70 turmas, 2.006 estudantes;
• Total: 155 turmas e 4.331 estudantes.
Fotos: Jr. Somensi
Cada estudante utilizou sua própria técnica de estudo para controlar o nervosismo e otimizar o tempo
CONHEÇA FILMES QUE MOSTRAM UNIVERSOS FEITOS DE CÓDIGOS E PIXELS, MAS QUE
MOSTRAM COMO É A NOSSA HUMANIDADE QUE NOS MANTÉM VERDADEIRAMENTE CONECTADOS
POR GUSTAVO BRUNING
Um filme excelente é aquele que nos prende à história, que apresenta personagens interessantes e bem desenvolvidos ou que proporciona momentos de puro entretenimento ou uma boa reflexão quando os créditos finais começam a rolar. De forma objetiva, é aquela produção que promove uma verdadeira imersão no espectador.
Com o avanço tecnológico de realidades virtuais, assim como o uso cada vez mais acessível da inteligência artificial, nos deparamos com desafios inéditos. Surgem, com uma frequência surpreendente, novas maneiras de nos relacionarmos com ambientes e contextos que, antes, pareciam apenas coisas de cinema. Dos óculos com funcionalidades interativas impressionantes a ferramentas que alteram vídeos com bastante realismo, não faltam exemplos de inovação nessa nova era.
Confira longas-metragens que mostram, de modos distintos, como o real e o digital podem se misturar e nos fazer questionar identidades, limites e conexões.
A sociedade mudou completamente, resultado da quantidade massiva de pessoas no mundo e das diferenças sociais cada vez mais expressivas. O ano é 2045 e a maior parte da população já não vê mais brilho no real. É aí que um universo virtual, chamado Oasis, funciona como fuga e alternativa para ascensão. Essa é a premissa de “Jogador Nº 1”, uma aventura distópica que mostra como esse simulador de vida e suas dinâmicas de jogo atraem usuários e estabelecem parcerias.
A história se passa quase que completamente dentro da realidade virtual, que, com uma infinidade de gatilhos viciantes e competitividade extrema, contrasta com o pano de fundo cru e apático da vida real. Lá é possível existir de forma paralela, estudando, trabalhando e explorando o mundo. Ainda assim, a lição é clara: a nossa humanidade é o nosso bem mais precioso e está longe de ser simulada com perfeição.
“Jogador Nº 1” (2018)
N 1
O Oasis, de “Jogador Nº 1”, reúne centenas de easter eggs de outros filmes e jogos. Algumas dessas homenagens e referências são bem perceptíveis, como o carro DeLorean, de “De Volta para o Futuro”, e o King Kong, enquanto outras estão mais escondidas, como o Sonic e um gremlin. Confira alguns:
JOGADOR
O que fazer quando a existência do seu avatar, imerso em uma cultura totalmente diferente da sua, está se tornando mais significativa do que as experiências que o cercam na vida real? Esse é um dos desafios de Jake Sully, o protagonista de “Avatar”, superprodução do cineasta James Cameron. Na trama, ambientada na lua fictícia Pandora, o ano é 2154. A coexistência entre humanos e os povos de lá, os Na’vi, não é das melhores. É aí que o herói entra em cena e, por meio de um programa que cria versões artificiais dos nativos, ganha uma forma física alternativa, conectada a ele, que passa a se integrar à tribo. Essa imersão faz com que Jake faça conexões grandiosas, compreenda a natureza como nunca antes e, mesmo confinado em uma câmara enquanto seu avatar está em ação, sinta-se livre.
TRON
“Avatar” (2009)
AVATAR
“Tron: Uma Odisseia Eletrônica” (1982)
Um dos primeiros filmes a utilizar a computação gráfica em abundância e conectada à história, há mais de quatro décadas, foi “Tron: Uma Odisseia Eletrônica”, que virou referência em função da estética icônica do mundo virtual. É nessa realidade, ambientada em um sistema de computador, que Kevin Flynn entra para provar que uma empresa roubou suas criações. Produzido pela Disney, o longa não fez um sucesso estrondoso, mas hoje é considerado cult e já rendeu duas continuações. A primeira, “Tron: O Legado”, de 2010, mostra o filho do protagonista do clássico original preso no mundo digital. A mais nova, lançada em outubro de 2025, tem o retorno de Kevin Flynn e envolve um programa sofisticado trazido para a nossa realidade em uma missão perigosa.
“Pequenos Espiões 3: Game Over” (2003)
Se existe uma maneira de mergulhar realmente dentro dos filmes é por meio do 3D. E foi visitando esse formato que o terceiro capítulo de uma das franquias de espionagem mais divertidas foi concebido. “Pequenos Espiões 3: Game Over”, do criativo Robert Rodriguez, mostra o que acontece quando os irmãos Carmen e Juni Cortez vão parar dentro de um jogo de videogame. Por mais que os efeitos especiais aparentem estar defasados — o CGI evoluiu expressivamente em duas décadas —, essa aventura traz um vislumbre de como o cenário virtual dos jogos era bem explorado no cinema na época. Isso porque a dupla precisa sobreviver aos perigos de verdade das fases dessa competição para voltar ao mundo real. Infelizmente a versão tridimensional do filme, que precisa de óculos para ser assistida, ficou limitada aos cinemas e ao DVD — no streaming e na venda online há apenas a tradicional, em 2D.
PEQUENOS ESPIÕES
“Matrix” (1999)
MATRIX
Quando se trata de entrar em uma simulação de realidade, nenhum outro filme dos anos 1990 foi tão marcante quanto “Matrix”. O conceito do título representa uma criação das máquinas, que atua como ilusão digital e apreende a mente de humanos. A trama, por sua vez, promove reflexões profundas sobre o nosso poder de escolhas, a luta contra um sistema de manipulação da realidade e o alcance da nossa liberdade, começando com a consciência que temos do que nos cerca. Esse clássico, assim como as três continuações que ganhou desde então, não é apenas um exercício sobre questionamentos, mas também um espetáculo visual, com cenas que desafiam a lógica, efeitos revolucionários e lutas com coreografias impressionantes.
Os jovens de cada época são o reflexo exato daquilo que estão vivendo, como em um corte de cabelo, as escolhas da roupa ou as gírias que costumam usar — seja por escrito ou na hora de conversar com um amigo. Exemplos disso é como os Millennials e a Geração Z reinventaram a linguagem digital, transformando a comunicação em algo único, que diz muito sobre o momento atual do mundo. No entanto, essas novidades não surgiram apenas nas últimas décadas. A chegada da rádio permitiu que mais pessoas ouvissem notícias do outro lado do mundo e conhecessem novas músicas. A comunicação não visual também fez com que expressões populares, bordões e jingles moldassem a forma de falar da época. Anos mais tarde, a televisão também moldou o vocabulário popular.
Uma nova forma de se comunicar
Quando se trata das tecnologias digitais, as mudanças não vieram com a criação das redes sociais ou de aplicativos de conversas. Muito antes dos primeiros celulares surgirem, o pager (também conhecido como bipe) era usado para mandar recados secretos para os amigos — o aparelho até inspirou a criação dos emojis nos Japão.
Inventado na década de 1920, foi apenas no final do século 20 que a popularização veio, contabilizando milhões de usuários. Com uma pequena tela, o aparelho emitia um som característico para notificar quando recebia uma mensagem. Na maioria dos dispositivos era possível apenas enviar números, e foi devido a isso que surgiram os códigos secretos, principalmente nos países falantes de inglês. I love you era “143”, já “88” representava “beijos” para os alemães, devido à fonética, e na Ásia, “555” era usado como prefixo de ligação ou sinal de atenção. Em instituições e empresas, o costume também indicava situações específicas, como “911” e “187”.
Na era digital
Já a chegada dos computadores e das primeiras redes sociais — com a limitação de caracteres — fez com que as palavras se tornassem mais curtas e as abreviações tomassem conta, algo que é visto até os dias de hoje. Você virou apenas “vc”, beleza é “blz” e também encurtou para “tbm”. Os emoticons para representar emoções igualmente marcaram essa fase e estavam em quase toda finalização de mensagens — :D mostrava felicidade e :( indicava tristeza.
Atualmente ainda é comum encontrar essas abreviações, mas algo novo ganhou espaço: a adoção de gírias vindas de outros idiomas e a “abrasileiração” de termos, principalmente do mundo dos jogos. “Bugado”, por exemplo, vem de bug, ou seja, quando algo está confuso ou com falhas, já quando um jogador “dropa” algo quer dizer que ele soltou o objeto, da palavra drop
Outros costumes possíveis de serem observados nos dias atuais são o uso de letras minúsculas para iniciar frases — para dar um ar mais despretensioso — e a velocidade com que novos termos surgem e desaparecem. Muitos têm origem em memes e vídeos nas redes sociais.
Do teclado à caneta
E nada disso aconteceu por acaso. A Geração Z — assim como as mais novas (Alpha e Beta) — vive em um mundo cada vez mais rápido e com muitas mudanças em um curto período de tempo. Isso fez com que a comunicação também mudasse: os parágrafos são mais curtos, os vídeos são mais consumidos que textos, e figurinhas e emojis substituem as palavras na hora de mostrar emoção ou dar um novo tom à mensagem.
Apesar de facilitar na hora de engajar nas conversas ou escrever as legendas nas redes sociais, esses hábitos digitais podem trazer impactos negativos na hora de resolver questões discursivas em uma prova ou ao escrever um texto manualmente, sem a ajudinha dos corretores do celular.
É preciso ficar atento à pontuação e à acentuação, já que muitas vezes o uso das vírgulas é dispensável na internet. O vício em abreviações também pode dificultar na hora de lembrar a ortografia da palavra completa. Já a mistura de idiomas confunde quais termos fazem de fato parte do nosso vocabulário formal.
O mais importante é levar em conta em qual contexto você está escrevendo. Na internet o uso é mais livre, sem muitas preocupações em ser fiel às regras ortográficas. No entanto, em ambientes acadêmicos e profissionais, boa estrutura e escrita são essenciais para transmitir clareza e credibilidade, além de facilitar a compreensão do texto pelo leitor.
Com uma duração de quase 19 horas, o voo entre Nova York e Singapura é considerado o mais longo do mundo, sem conexões em nenhum outro país. A distância de 15.323 km aéreos separa o aeroporto JFK, nos Estados Unidos, do Aeroporto de Changi. Este é apenas um dos exemplos de viagens que exigem muitas horas dentro de um avião para chegar a outro continente, mas você sabia que nem sempre foi assim?
Composta por extensos oceanos, a Terra é dividida em seis grandes continentes — América, África, Ásia, Europa, Oceania e Antártica. No entanto, há milhões de anos, um supercontinente unia todos os blocos de terra que conhecemos hoje: a Pangeia.
Há cerca de 300 milhões de anos, durante a Era Paleozoica, a superfície terrestre era constituída pela Pangeia, uma imensa massa de terra banhada pelo oceano Pantalassa. Ao longo dos séculos, diversos cientistas buscavam explicar a mudança entre os continentes. Em 1596, o geógrafo Abraham Ortelius, criador do primeiro Atlas moderno, foi um dos primeiros a teorizar a ideia de que os continentes já estavam em posições diferentes, sugerindo que terremotos e inundações haviam afastado as Américas da Europa e da África. Mas foi somente três décadas mais tarde que o meteorologista alemão Alfred Wegener publicou um livro a respeito do supercontinente, com
uma ideia que explicaria o fenômeno: a teoria da deriva continental. Observando o formato da África e da América do Sul, percebeu que o “encaixe perfeito” dos dois territórios sugeria que, em algum momento do passado, eles estiveram unidos.
Outras evidências geomorfológicas, fósseis de répteis e espécies de plantas semelhantes entre os continentes o ajudavam na teoria. No entanto, havia
algo que ele ainda não havia justificado com precisão: como os os territórios se movimentaram. Estudos entre os anos de 1950 e 1960, muito após a morte de Alfred, conseguiram chegar a uma explicação. Observações de Harry Hess, em 1962, apontaram que as correntes de convecção no manto terrestre propiciavam que as massas de terras pudessem se mover, resultando na teoria das placas tectônicas.
ENTÃO, QUANDO O PROCESSO DE SEPARAÇÃO COMEÇOU?
Há cerca de 130 milhões de anos, o supercontinente começou a se fragmentar, se dividindo em dois territórios: Laurásia, composta pela América do Norte e Eurásia, e Gondwana, contando América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica. A separação causou também o surgimento de um novo oceano, o Tethys. Milhões de anos mais tarde, uma nova separação se iniciou, dando origem aos continentes e oceanos atuais: enquanto a América do Norte se afastou da Europa, esse processo se repetiu com a América do Sul, África e Oceania. A Índia, que havia se tornado uma ilha no oceano Índico, logo colidiu com a Ásia e se juntou ao território.
UMA HISTÓRIA DE BILHÕES DE ANOS
O QUE NOS ESPERA?
O mundo como o conhecemos hoje parece estar igual há muito tempo. No entanto, alguns pesquisadores defendem a ideia de que a transformação dos territórios é constante. A teoria de que a Terra passará por uma nova transformação daqui a 50 milhões a 200 milhões de anos é defendida por uma porção de cientistas, com a conexão entre a América do Norte e a Ásia, formando a Amásia.
Ainda que a Pangeia seja o supercontinente que mais tem evidências da existência, cientistas acreditam que antes da sua formação, outras estruturas de massas de terra já existiram, e que cada ciclo delas dura de 80 milhões a 200 milhões de anos.
O geólogo americano Christopher Scotese, da Universidade Northwestern, acredita na teoria de que, em 250 milhões de anos, a junção dos territórios será ainda maior, resultando em um supercontinente semelhante à Pangeia.
Conhecido originalmente por Nuna, e popularizado como Columbia, o suposto primeiro supercontinente foi estabelecido por volta de 1,7 bilhão de anos. Segundo artigos publicados na década de 1990, o sucessor Rodínia haveria se fragmentado há 750 milhões de anos.
POR QUE USAMOS
Os anéis de compromisso têm uma história longa e cheia de simbolismos, que começa há milhares de anos, muito antes de eles brilharem nos comerciais ou em propostas românticas.
A ideia de usar algo no dedo para simbolizar uma união vem lá do Egito Antigo, onde as pessoas acreditavam que um círculo representava a eternidade — afinal, ele não tem começo nem fim. Eles faziam os primeiros anéis com materiais como junco e papiro, e o costume de colocá-los no quarto dedo da mão esquerda tinha uma explicação bem poética: os egípcios acreditavam que ali passava uma veia que ia direto ao coração, a chamada “veia do amor”.
Os romanos, sempre fãs de um bom simbolismo, herdaram o hábito e deram sua própria interpretação. Para eles, o anel era uma espécie de contrato visual, um sinal claro de que alguém estava comprometido. Naquela época, os anéis eram feitos de ferro, simbolizando força e durabilidade, porque, claro, nada diz “nosso amor vai durar” como um metal resistente. Com o tempo, esses anéis evoluíram e começaram a ser feitos com materiais mais preciosos, como ouro e prata, o que adicionou um toque de luxo à tradição.
Na Idade Média, os anéis de compromisso ganharam ainda mais glamour, com pedras preciosas e inscrições românticas, mostrando que, além de simbolizar amor e compromisso, eles também podiam ser lindos acessórios. Foi nessa época que começaram a surgir rituais religiosos envolvendo os anéis, transformando-os em parte fundamental dos casamentos e no que conhecemos hoje.
O uso dos anéis continuou se espalhando pelo mundo, e cada cultura trouxe seu toque especial à tradição, mas a essência permaneceu a mesma: o anel é um lembrete visual de um compromisso. Ele é como uma pequena obra de arte que você carrega no dedo, representando uma promessa de amor, parceria e fidelidade.
QUAL SERIA O
EM OUTRO PAÍS?
Ao calçar o sapato, já notou que algumas palmilhas mostram a numeração de outros países? Enquanto no Brasil o calçado é 35, nos Estados Unidos o número é 6, e na Europa, 37. Mas por que existe essa diferença?
O sistema de numeração mais usado internacionalmente é o europeu, que se baseia no comprimento da área do sapato, utilizando o sistema métrico. Já no Brasil, o padrão é semelhante, mas a diferença é que, por aqui, devemos subtrair dois números em relação à classificação europeia. Ou seja, se você calça um tênis 38, quando for comprar um na Europa deve buscar pelo 40. O americano é o mais diferente, e tem semelhança com o inglês. Por lá, homens, mulheres e crianças seguem padrões individuais, baseados em polegadas. Se você calça 38 no Brasil, por lá deve procurar pelo número 8,5 ou 9, no caso dos sapatos femininos, e 7 ou 7,5 nos masculinos.
Quando se fala em bebidas típicas que unem amigos, aquecem
são as estrelas do Brasil. Eles podem parecer bem semelhantes mas as diferenças entre os dois são grandes. Então,
CHIMARRÃO O REI DAS MANHÃS FRIAS
O chimarrão é quase um símbolo do Sul do Brasil. Essa bebida quente, tradicional entre os gaúchos, tem toda uma vibe de aconchego. Ela é feita com erva-mate e água quente (mas sem ferver, para não queimar a erva!). O preparo exige uma cuia, que é como uma xícara, geralmente feita de madeira ou porongo, e uma bomba, que é um canudo de metal com um filtro na ponta. A principal característica do chimarrão é o sabor amargo. Ele não leva açúcar nem nada para adoçar, mas é exatamente isso que os fãs gostam! Para muitos, o chimarrão não é só uma bebida: é um ritual. Você prepara com cuidado, compartilha com amigos e aproveita o momento de tranquilidade. Ele é perfeito para dias frios, já que aquece o corpo e o coração. Além disso, é cheio de benefícios: a erva-mate é rica em antioxidantes e dá aquele boost de energia, ótimo para começar o dia com disposição.
conversas ou refrescam dias quentes, o chimarrão e o tererê
semelhantes à primeira vista, já que ambos são feitos com erva-mate, Então, bora descobrir o que torna cada um especial?
TERERÊ
O FRESCOR DOS DIAS QUENTES
Agora, se você acha que o chimarrão é só para quem vive em lugares frios, o tererê chega para mostrar que a erva-mate também tem seu lado refrescante. Ele é superpopular no Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso do Sul, onde as temperaturas são altas. A grande diferença aqui é que o tererê é servido com água gelada ou até com suco! Isso mesmo, em vez de água quente, você pode inovar com sabores como limão ou abacaxi.
O tererê é consumido na mesma cuia do chimarrão, mas o sabor é mais leve e refrescante, e é comum adicionar gelo para deixar tudo ainda mais geladinho. Ele é a cara dos dias ensolarados, ideal para bater um papo ao ar livre ou relaxar depois de uma manhã cheia. Assim como o chimarrão, o tererê também traz benefícios: hidrata e dá energia, mas com um toque de verão. Então, enquanto o chimarrão esquenta as manhãs frias, o tererê refresca as tardes quentes. Ambos fazem parte da cultura brasileira e mostram como a mesma erva-mate pode se adaptar a diferentes climas e estilos de vida. Se você ainda não experimentou nenhum dos dois, que tal provar e descobrir qual combina mais com você?
EBM Albertina Madalena Dias
EBM Adotiva Liberato Valentim
EBM Lupércio Belarmino da Silva
EBM Adotiva Liberato Valentim
Confira o que rolou nas unidades durante a Mostra de Cinema Infantil!
NEIM Poeta João da Cruz e Sousa
NEIM Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Albertina Madalena Dias
EBM Lupércio Belarmino da Silva
EBM Lupércio Belarmino da Silva
NEIM Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Batista Pereira
EBM Adotiva Liberato Valentim
EBM Lupércio Belarmino da Silva
NEIM Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Albertina Madalena Dias
EBM Adotiva Liberato Valentim
NEIM Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Albertina Madalena Dias
EBM Adotiva Liberato Valentim
EBM Maria Tomázia Coelho
EBM Lupércio Belarmino da Silva
EBM Adotiva Liberato Valentim
EBM Maria Tomázia Coelho
EBM Adotiva Liberato Valentim
EBM Batista Pereira
EBM Maria Tomázia Coelho
EBM Batista Pereira
NEIM Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Lupércio Belarmino da Silva
Eu quero bolo; Já tá lá no forno. Hoje, eu vi um ator vestido de castor.
(Manuel Pereira Moreira)
Eu tava com moeda de prata.
E vi uma gata.
Eu estava na rua.
E vi uma linda lua.
(Ana C. Maier Werner)
Hoje, eu ia tirar leite de uma vaca leiteira, mas não podia porque tinha que fazer pão.
À noite, estava em uma fogueira. Estava voltando pra casa e apareceu um cão.
(Davi Rodrigues Custódio)
Olhei pró céu e vi uma lua minguante. Acordei com fome e comi um elefante.
(Julia Manoele Ramos da Conceição)
Fui cuidar do meu gato,
E vi ele pegando um rato. Daí, fui comer um pão,
E pisei num anão.
(Nicollas Davi Beatto)
Hoje, minha mãe me acordou
Com carinho.
Ouvi um sonzinho.
Era um gatinho
Em meu coraçãozinho.
(Dulce Maria C. Maya)
Num dia chuvoso
Ouvi sua voz, E meu coração
Surgiu como novo.
(Nicole Saron dos Bastos)
O lápis
Um dia, na vida de um lápis. Ele sentia-se sozinho. Um menino queria comprá-lo. Mas outro dia, um menino foi e comprou o lápis. O garoto e o menino não sabiam que o lápis foi comprado numa loja mal-assombrada. Quando chegou na escola, os professores mandaram escrever um texto muito longo, e o menino tinha que escrever o texto todo.
Com o novo lápis, o menino queria escrever cada dia um pouco mais.
(José Pérez Barrios)
ALUNOS DA ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL (EBM) DARCY RIBEIRO
DESAFIO DO PAPEL:
QUEM CRIA O PERCURSO MAIS IRADO?
Você sabia que a Holanda tem um campeonato de bolinhas de gude totalmente diferente do que conhecemos? Não se trata de tirar bolinhas de um círculo, mas sim de uma corrida inusitada chamada Marble League. O campeonato foi fundado por Jelle Bakker, que já afirmou ter um nível de autismo, fazia dessa “brincadeira” um hobby e, depois de ganhar notoriedade em seu canal no YouTube, decidiu fazer disso sua profissão.
Inspirados por essa competição, que tal criar o seu próprio percurso? O desafio é montar uma pista longa para bolinhas de gude, com curvas sinuosas, quedas radicais e loopings irados, com um detalhe: usando papel! Nós daremos as dicas, a criatividade fica por sua conta.
Materiais:
• Papel A4 ou cartolina;
• Régua;
• Fita adesiva;
• Cola;
• Tesoura;
• Bola de gude.
Passo 1: para deixar sua montanha-russa mais firme, cole uma folha de papel A4 sobre a outra, ou utilize cartolina.
Passo 2: corte tiras com largura de quatro centímetros e meio. Faça marcações de um centímetro e meio em cada lado – eles serão as bordas para a bolinha não cair. Dobre as marcações.
Passo 3: para fazer uma curva, repita o passo dois e faça cortes espaçados, com a forma de um triângulo no final, em uma das laterais. Cole um ao lado do outro com fita adesiva.
Passo 4: para um looping, repita o passo dois e faça cortes de um centímetro e meio dos dois lados do papel. Cole a primeira ponta sobre a segunda, siga a mesma ordem até o fim.
Passo 5: uma rampa precisa de uma coluna de sustentação. Para isso, corte uma tira de cinco centímetros. Faça marcações de um centímetro na vertical, e na base faça outra marcação na horizontal, de um centímetro também. Corte até esta marcação, depois dobre formando um quadrado e cole as pontas uma sobre a outra.
Criatividade em ação!
Agora que você já sabe como criar as peças da montanha-russa, conecte cada uma e deixe sua criatividade agir para um percurso irado e cada vez maior.