PRÉDICA: LUCAS 13.10-17 ISAÍAS 58.9b-14 HEBREUS 12.10-17
11º DOMINGO APÓS PENTECOSTES
25 AGO 2019
Marcia Blasi Ketlin Lais Schuchardt
Como é viver encurvado?
1 Introdução Mulher, você está curada – disse Jesus. Palavras simples e fascinantes nos são apresentadas no evangelho previsto para pregação neste domingo. Palavras simples, sem gritaria nem alarde, transformaram a vida da mulher encurvada e das pessoas que presenciaram a cena. O relato não apresenta uma longa lista de pedidos e súplicas manifestados pela mulher. Na verdade, a mulher nem ousou solicitar uma cura. É Jesus quem a vê, chama, toca e cura, libertando-a de viver “encurvada”. Os textos que acompanham o evangelho também estão centrados na libertação e na promessa de vida boa. Isaías revela como é maravilhosa a promessa de Deus para todas aquelas pessoas que praticam a justiça, que vivem a solidariedade e se auxiliam mutuamente. A comunidade de hebreus também é chamada a viver com esperança e fé: Levantem suas mãos cansadas e fortaleçam os seus joelhos enfraquecidos (v. 12). Lucas 13.10-17 foi trabalhado no Proclamar Libertação 37. Como já foi dito lá: “O tema que perpassa as leituras é o projeto de libertação de Deus. A libertação acontece em diferentes tempos e lugares, onde as pessoas clamam por ajuda e onde já não têm mais forças para lutar” (Blasi, 2012, v. 37, p. 257).
2 Exegese A narrativa da cura de uma mulher por Jesus num sábado, enquanto ele ensinava na sinagoga, é contada apenas por Lucas. O texto enfatiza a missão de Jesus e o seu compromisso de vida plena para todas as pessoas. Jesus “usa” a cura para auxiliar as pessoas que estão na sinagoga a pensar como vivem e seguem as leis do sábado. O texto inicia com a informação de que era sábado e Jesus estava numa sinagoga ensinando. O sábado era dia de descansar, aprender e ouvir a palavra de Deus na sinagoga. Pela tradição, sábado era dia de dedicar-se somente a Deus. Portanto não era permitido trabalhar. Era permitido dedicar-se ao convívio familiar e, aos homens, estudar a Torá. Enquanto Jesus ensinava, entrou na sinagoga uma mulher que, por apresentar uma enfermidade, provavelmente era vista como impura. Mesmo assim,
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