Série de Relatórios Nuvei

Guia de Expansão Global para Mercados de Alto Crescimento
PARTE 4: ÍNDIA & CHILE

Série de Relatórios Nuvei
01 Visão geral
02 A crescente importância dos mercados de alto crescimento
03 Fatores por trás da expansão dos mercados emergentes
04 Destaques regionais: Índia e Chile
05 Tendências da Índia
06 Métodos de pagamento na Índia
07 Tendências do Chile
08 Métodos de pagamento no Chile
09 Superando barreiras: como navegar nos desafios regulatórios e de consumo
10 Tendências futuras: opapel da tecnologia nos pagamentos
11 Conclusão: a vantagem competitiva da Nuvei em mercados de alto crescimento
12 Metodologia
Na quarta edição do Guia de Expansão Global da Nuvei, voltamos nosso olhar para a Índia e o Chile — dois países que reúnem várias características de mercados dinâmicos e em rápida ascensão. A Índia abriga a maior população do mundo e também a economia que mais cresce. Seu sistema de pagamentos em tempo real, o UPI, foi criado especificamente para o contexto local e já se tornou o maior do mundo em volume de transações. Impulsionado por investimentos do governo e pelo avanço das soluções de pagamento lideradas por fintechs, o país está passando por uma transformação profunda na forma como os consumidores compram e pagam online.
Já o Chile se destaca como uma das nações mais estáveis e com maior renda da América Latina, com forte atividade de comércio internacional. O país vem evoluindo rapidamente para um modelo de eCommerce digital-first, com acesso quase universal à internet, alto uso de cartões e um ambiente regulatório que incentiva o comércio digital transfronteiriço. Ambos os países funcionam como portas de entrada estratégicas para o Sul da Ásia e para a América Latina — cada um com seus desafios e oportunidades para empresas que buscam crescer internacionalmente.
O que este relatório se propõe a fazer
Este relatório explora os principais motores de crescimento, as tendências de pagamento e os comportamentos do consumidor que estão moldando os mercados da Índia e do Chile hoje.
Também vamos destacar os principais desafios regulatórios e de infraestrutura que as empresas internacionais devem considerar, além de analisar o papel de tecnologias emergentes — como inteligência artificial e pagamentos em tempo real — na evolução do comércio digital nessas regiões.
Sobre a Nuvei
A Nuvei combina expertise global em pagamentos com uma abordagem consultiva na criação de soluções. Nosso trabalho inclui o desenvolvimento de insights estratégicos exclusivos de mercado, que ajudam empresas a fortalecer suas estratégias de crescimento.
Este guia, parte da nossa série global, foi criado para apoiar empresas que estão navegando pelos desafios da expansão internacional — desde atender expectativas locais até se adaptar a mudanças nas regulamentações de pagamento.
A importância dos mercados de alto crescimento para as empresas
Com populações consumidoras em expansão, acesso à internet cada vez mais amplo e infraestrutura financeira em rápida modernização, Índia e Chile estão crescendo a passos largos — mais pessoas estão conectadas e os sistemas financeiros estão evoluindo. Para as empresas, esses mercados representam uma grande oportunidade para crescer globalmente e sair na frente. Apesar disso, Índia e Chile ilustram dois caminhos bem distintos rumo ao status de mercado de alto crescimento:
• A Índia, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, tem uma população várias vezes maior que a dos Estados Unidos (4x maior) e da Europa (2x maior). Somando isso a um PIB previsto de US$ 4,19 trilhões em 2025 — o quarto maior do mundo — e a uma taxa de crescimento econômico sustentada de 8,2% ao ano desde 2021, a Índia é, sem dúvida, um gigante impulsionado pela escala 1
• Uma população jovem e conectada tem preparado o país para uma verdadeira transformação digital. Iniciativas do governo, como o programa Digital India, junto ao crescimento explosivo das plataformas de pagamento em tempo real, colocaram milhões de indianos dentro da economia digital formal.
• O eCommerce, que antes se concentrava nas grandes cidades, agora cresce mais rapidamente nos estados mais remotos — impulsionado pela popularização dos smartphones e pela melhora na logística de última milha
• O Chile, por outro lado, representa uma economia madura e de alta renda dentro da América Latina. Com 19,86 milhões de habitantes e um PIB per capita superior a US $ 17 mil, o país se destaca como um dos mais ricos da região, à frente da Argentina (US$ 14187) e do México (US$ 13.790) 2
• Grande exportador de produtos agrícolas e líder mundial na produção de cobre, lítio e iodo, o Chile combina alto poder de compra com um ambiente regulatório favorável aos negócios e forte integração ao comércio global
• Com 33 acordos de livre comércio que cobrem 88% do PIB mundial e tarifas de importação regionalmente baixas, o Chile oferece um dos caminhos mais acessíveis para empresas internacionais que desejam expandir sua atuação na América Latina.3 A taxa de penetração do eCommerce no país saltou para 89% em 2024 (ante 58% em 2020), e as transações cross-border já representam quase um quarto de todas as vendas online. 4
O que isso significa para as empresas
Índia e Chile são bastante diferentes em escala, infraestrutura e comportamento de pagamento. O ritmo de crescimento da Índia na última década tem sido impressionante — e mesmo com uma possível desaceleração entre 2024 e 2025, o país deve continuar sendo a economia que mais cresce no mundo.
Um mercado consumidor em expansão, infraestrutura em evolução e um vasto pool de talentos fazem da Índia uma aposta promissora para investimentos de longo prazo.
Já o Chile está no extremo oposto do espectro populacional. Ainda assim, ocupa uma posição estratégica nas rotas comerciais da América Latina, tem uma população com relativa estabilidade financeira e grande potencial de crescimento — especialmente nos setores de energia renovável e mineração.
Do comportamento mobile-first na Índia ao uso predominante de cartões no Chile, osucesso nesses mercados depende de encontrar os consumidores onde eles estão — no digital, na cultura e nas finanças. Para as empresas dispostas a adaptar suas estratégias e mergulhar nas particularidades de cada ecossistema de pagamento, tanto a Índia quanto o Chile oferecem oportunidades muito promissoras.
A ascensão de mercados como Índia e Chile é resultado da convergência de forças demográficas, econômicas e tecnológicas. Apesar de seguirem caminhos distintos, os dois países compartilham características essenciais dos mercados de alto crescimento: populações jovens e conectadas, avanço da inclusão financeira e uma grande abertura para adotar novos comportamentos digitais em escala.
Entre o que está se digitalizando e o que já é digital
• A idade média da população indiana é de 28,8 anos — uma geração nativa digital que está impulsionando o crescimento do eCommerce e a inovação nos meios de pagamento. Só em 2024, opaís deve ganhar 33 milhões de novos consumidores (com um gasto médio estimado de cerca de US$ 12 por dia), reflexo direto de uma classe média em expansão e com mais renda disponível.5
A inclusão digital na Índia já não se limita mais às classes mais altas ou aos grandes centros urbanos — a penetração da internet ultrapassou 55% em 2025, expandindo o acesso para regiões cada vez mais amplas do país.6
O aumento no número de pessoas com contas bancárias, o crescimento acelerado do setor de “social commerce” e o surgimento de conceitos como “entregas hiperlocais” estão levando os consumidores indianos a comprar cada vez mais online — em busca de mais variedade de produtos e melhores preços
• O perfil demográfico do Chile é mais maduro, com idade média de quase 36,9 anos, mas o país está entre os mais avançados digitalmente na América Latina. A penetração da internet ultrapassou 94% em 2023 — e 70% desse acesso já é via fibra óptica.7
O número de assinaturas de celular supera o total da população, o que indica que o uso de múltiplos dispositivos é comum. Esse nível de conectividade eleva as expectativas dos consumidores: experiências de compra digitais fluidas e pagamentos rápidos e seguros já são o mínimo esperado para se manter competitivo
5Measured in 2017 purchasing power parity, or PPP, prices. Wolfgang Fengler, Homi Kharas, Juan Caballero, and Luis Simoes “How the World Consumer Class Will Grow from 4 Billion to 5 Billion People by 2031,” Brookings, July 25, 2023, https://www.brookings.edu/articles/how-the-world-consumer-class-will-grow-from-4-billion-to-5-billion-people-by-2031/, accessed August 2024. | 6Internet penetration rate in India from 2014 to 2025; Statista | 7Chile: Country Regulation Overview – 2024; Omdia | 8G20 Global Financial Inclusion Action Plan, https://www.gpfi.org/publications/g20-2023-financial-inclusion-action-plan, accessed August 2024. | 9PCMI | 10’Doing business 2020’; World Bank; October 2019 | 11PCMI | 12PCMI
Inclusão como motor de crescimento
• A transformação digital da Índia está sendo impulsionada pela iniciativa governamental Digital India, que tem ampliado significativamente o acesso à internet e a alfabetização digital em áreas urbanas e rurais. Hoje, mais de 77% dos adultos têm conta bancária um salto impressionante em relação aos 35% registrados em 2011 Segundo o G20, o impacto do Digital India Initiative acelerou “uma jornada que levaria 47 anos por meios tradicionais” para a economia indiana 8
Somada ao desenvolvimento de infraestrutura digital pública, essa transformação tem como destaque oUPI (Unified Payments Interface), sistema que viabiliza pagamentos instantâneos e gratuitos já amplamente adotado em todo o país
• O Chile, por sua vez, conta com uma população altamente bancarizada: 97% dos chilenos têm acesso a serviços financeiros, incluindo carteiras digitais 9 Como uma das economias mais estáveis da América Latina, o país oferece um ambiente de negócios favorável No último relatório “Doing Business” do Banco Mundial (2020), o Chile ocupou a 59ª posição à frente de Brasil (124º), Colômbia (67º) e México (60º). 10 Uma economia pautada pela transparência, boas relações diplomáticas e baixas barreiras de importação faz do Chile um dos mercados mais acessíveis da região para empresas estrangeiras, sem a necessidade de constituir uma entidade legal local.
Índia e Chile têm algo importante em comum: o celular é o principal motor do comércio digital.
Na Índia, 77% das vendas online aconteceram via smartphones em 2025 — e essa fatia deve subir para 80% até 2027.11
As compras feitas por aplicativos de redes sociais como Instagram, WhatsApp e Facebook, somadas à explosão dos apps de delivery, estão consolidando cada vez mais esse comportamento mobile.
No Chile, apesar de os dispositivos móveis representarem uma fatia menor (58%), o avanço é notável: há apenas quatro anos, esse número era de 32% A mudança mostra como o uso do mobile para compras online tem crescido rapidamente no país 2
O que isso significa para as empresas
A combinação desses fatores faz da Índia e do Chile exemplos claros de como os mercados de alto crescimento não estão apenas acompanhando os modelos tradicionais — estão ultrapassando barreiras e definindo novos padrões de adoção do comércio digital.
Índia POPULAÇÃO (2025) 1,4 BILHÃO PIB (2025): ~US$4,19 TRILHÕES
VOLUME DE ECOMMERCE (2024)
US$182 BILHÕES
PARTICIPAÇÃO CROSS-BORDER 11,5%DO ECOMMERCE EM 2024, COM PROJEÇÃO DE 11% ATÉ 2027
CRESCIMENTO ANUAL PROJETADO (2024–2027) +16% (ATINGINDO US$ 274 BILHÕES)
PARTICIPAÇÃO DO MOBILE COMMERCE 77% EM 2025, COM EXPECTATIVA DE CHEGAR A 80% EM 2027
O tamanho da Índia é incomparável. A infraestrutura digital — impulsionada por iniciativas como o UPI e o Aadhaar — tem gerado impacto real em comunidades desconectadas, rurais e sem acesso ao sistema bancário. Apesar da penetração do eCommerce ainda estar em torno de 27%, isso indica muito mais um potencial inexplorado do que um sinal de estagnação. O volume de vendas online segue alto, mesmo com menos de 30% da população comprando digitalmente.13
As transações internacionais também estão crescendo: só em 2025, as vendas cross-border devem alcançar US$ 22,1 bilhões, representando 10% do total. E não para por aí — esse número deve subir para US$ 29,6 bilhões até 2027 (11% do total), com um crescimento médio de 15% ao ano entre 2023 e 2027.14
Os setores que mais puxam essa tendência são: moda internacional, eletrônicos e produtos de viagem — reflexo direto de uma população jovem, conectada e educada, que está impulsionando o consumo digital.
O ecossistema de eCommerce na Índia também é extremamente competitivo, com gigantes como Flipkart, Amazon e nomes locais como JioMart disputando fatias do mercado. O avanço do mobile-first e do social commerce — especialmente em cidades de “Tier 2”, como Jaipur, e de “Tier 3”, como Amritsar — abre novas oportunidades para empresas globais dispostas a se adaptar e se destacar em mercados menos saturados e com forte apelo por experiências digitalizadas.
Na Índia, o termo “sistema de tiers” costuma se referir à classificação das cidades com base em critérios como população, atividade econômica e infraestrutura. As cidades são geralmente divididas em três categorias: Tier 1 (grandes metrópoles), Tier 2 (cidades médias) e Tier 3 (cidades menores e municípios do interior).
A Índia ainda vive uma das transformações digitais mais rápidas entre as grandes economias globais. Com uma população jovem e mobile-first, e com o governo central priorizando investimentos em infraestrutura digital, o país tem um potencial enorme a ser explorado — especialmente por marcas dispostas a adotar uma estratégia de localização inteligente, mesmo com o grande volume de mercado já existente.
O mercado de eCommerce indiano atingiu US$ 181,9 bilhões em 2024 e deve crescer a uma taxa anual de 16%, alcançando US$ 274,2 bilhões até 2027 — com uma penetração ainda abaixo de um terço (27%).15 Para efeito de comparação, a penetração do eCommerce na China já chega a 47%, e nos EUA ultrapassa 50%, o que mostra o enorme espaço de crescimento que a Índia ainda possui.
Cidades de Tier 2 e Tier 3 — junto aos seus inúmeros municípios satélites — estão puxando uma fatia surpreendente do consumo online, superando até alguns centros urbanos de Tier 1 Consumidores sensíveis a preço, mas com acesso ao mobile, estão usando plataformas digitais para acessar uma variedade maior de produtos que muitas vezes não estão disponíveis ou acessíveis — localmente.
15 PCMI | 16“Travel and Tourism Sector in India:” Start Up India, .https://www.startupindia.gov.in/content/sih/en/bloglist/blogs/TourismSector.html, accessed October 2024.
O eCommerce da Índia está se diversificando rapidamente, indo além do varejo tradicional:
• Varejo online representa 46% do volume de eCommerce em 2025 e deve alcançar US$ 130,8 bilhões até 2027
• Viagens correspondem a 14% do mercado e devem crescer a um ritmo de 18% ao ano, atingindo US $ 38,7 bilhões em 2027 — impulsionadas por plataformas como MakeMyTrip, Cleartrip e Booking.com. Segundo a McKinsey, os gastos com viagens na Índia devem crescer 9% ao ano até 2030, reforçando o ritmo acelerado de expansão do setor de turismo online
• Aplicativos de mobilidade e delivery, como Uber e Ola, já representam 10% do volume total de eCommerce, com crescimento acelerado puxado pela demanda urbana por transporte e entrega de alimentos.
• O modelo de entrega hiperlocal, ou “quick commerce” — que oferece entregas ultrarrápidas em áreas pequenas como bairros ou cidades menores — está ganhando força nos grandes centros urbanos. Empresas como Blinkit, Zepto e Swiggy Instamart já oferecem entregas em menos de 15 minutos
A economia do turismo também está impulsionando o crescimento das vendas online de viagens na Índia. Com uma ampla variedade de experiências de nicho — como turismo médico, de bem-estar, aventura e espiritual — o país já abriga mais de 1.500 startups do setor, segundo a iniciativa Startup India.16 Essas empresas estão viabilizando o planejamento e a reserva de serviços de viagem ou oferecendo soluções tecnológicas para prestadores de serviços turísticos.
por vertical (participação %)
A Índia é um dos líderes globais em compras via dispositivos móveis. Em 2025, 77% de todas as transações de eCommerce no país ocorrerão por celular e esse número deve chegar a 80% até 202717
Paralelamente, o social commerce — ou seja, compras realizadas diretamente por plataformas como Instagram, Facebook e WhatsApp está se tornando cada vez mais comum, especialmente nos segmentos de moda e beleza. Segundo um estudo do ISB Institute of Data Science em parceria com a Ecom Express, a categoria de moda e acessórios
representa 60% do volume das transações online, seguida por beleza, cosméticos e cuidados pessoais (11%); eletrônicos (10%); casa, cozinha e escritório (8%); e saúde, esportes e fitness (5%).18
De acordo com a Deloitte, esse segmento por si só pode representar uma oportunidade de US$ 55 bilhões até 2030.19 À medida que o acesso digital se amplia e a infraestrutura evolui, oecossistema de comércio digital da Índia não está apenas crescendo — está, na verdade, redefinindo o que será o eCommerce para a próxima geração de consumidores.
Os consumidores indianos demonstram uma forte sensibilidade a preço — algo que, possivelmente, está ligado à alta penetração do mobile no país.
• Cerca de 66% dos consumidores afirmam que “sempre” ou “frequentemente” usam o celular para pesquisar preços, promoções e disponibilidade de produtos online — um índice bem acima da média global, que é de 56% 20
• A política de devoluções também é uma preocupação relevante: 57% dos compradores usam seus smartphones para buscar informações sobre as regras de troca e devolução antes de finalizar uma compra. 21
Durante entrevistas realizadas com stakeholders do setor, muitos destacaram que contratar profissionais locais tem sido essencial para obter insights de mercado relevantes e adaptar produtos e serviços às preferências culturais e regionais. Outra estratégia considerada eficaz tem sido entrar no mercado indiano por meio de alianças estratégicas com grupos locais ou parceiros que já tenham forte presença e conhecimento profundo do país.
17 PCMI | 18“E-Commerce Boom in India: Current Trends and Prospects,” Invest India https://www.investindia.gov.in/team-india-blogs/e-commerce-boom-india-current-trends-and-prospects, accessed October 2024. | 19“‘Social Commerce Set for Growth, Concern of Authenticity Looms Large,’” Business Standard, April 7, 2024. https://www.business-standard.com/industry/news/social-commerce-set-for-growth-concernof-authenticity-looms-large-124040700339_1.html, accessed October 2024. | 20 “Global Consumer Insights Pulse Survey: India Perspective,” PricewaterhouseCoopers, June 2023. | 21 “Global Consumer Insights Pulse Survey: India Perspective,” PricewaterhouseCoopers, June 2023. | 22Est. for 2015. CIA – The World Factbook, https://www.cia.gov/the-world-factbook/countries/united-arab-emirates/summaries/#:~:text=Ethnic%20 groups,12.8%25%20(2015%20est.), accessed September 2024.
A transformação do cenário de pagamentos na Índia tem sido impulsionada, principalmente, pelo sucesso de iniciativas como a Unified Payments Interface (UPI) — um marco dentro da estratégia do governo para promover a inclusão financeira. Como resultado, a preferência dos consumidores tem migrado fortemente do dinheiro em espécie para os pagamentos via celular, carteiras digitais e cartões habilitados para transações internacionais.
UPI:
Um novo padrão global para pagamentos em tempo real
Lançado em 2016 pela National Payments Corporation of India (NPCI), o UPI tornouse o maior sistema de pagamentos em tempo real do mundo em volume de transações. Ele permite transferências instantâneas e gratuitas entre contas bancárias, usando endereços virtuais de pagamento, QR codes ou apps móveis.
A adoção do UPI disparou após a pandemia, especialmente com a eliminação das taxas de transação, e só em 2023 a plataforma processou mais de 100 bilhões de transações.
• O UPI representou 53% dos pagamentos de eCommerce em 2023, com projeção de chegar a 57% até 2027
• Também foi o principal fator para a queda do uso de dinheiro em espécie: a participação do dinheiro físico nos pagamentos presenciais caiu de 71% para 18% desde a pandemia
• O sucesso do UPI virou referência internacional. A NPCI já firmou acordos para expandir a aceitação do sistema em países como Sri Lanka, França, Emirados Árabes Unidos, Butão, Maurício e Singapura
• No caso dos Emirados Árabes Unidos, espera-se que o uso do UPI cresça progressivamente no eCommerce local, por dois motivos: primeiro, porque a expansão internacional da solução é uma prioridade estratégica para as autoridades indianas; segundo, porque os indianos representam cerca de 35% da população do país, quase três vezes mais que a população nativa dos Emirados 22
Apesar do domínio do UPI, outros métodos continuam relevantes:
• Cartões de crédito internacionais representaram 37,7% dos gastos com eCommerce em 2023.23
A expectativa é de crescimento modesto (CAGR de 13% entre 2023 e 2027), à medida que novas soluções de pagamento locais ganham força 24
• Carteiras digitais como PayTM e PhonePe (com mais de 300 milhões e 500 milhões de usuários, respectivamente) detinham uma fatia de 15,3% em 2025 e devem crescer a um ritmo de 21% ao ano, atingindo US $ 21,9 bilhões até 2027.25
• Cartões de débito domésticos também têm presença relevante, com 14,3% do volume de eCommerce em 2025, e crescimento projetado de 16% ao ano até 2027. 26
• Buy Now, Pay Later (BNPLCompre Agora, Pague Depois) ainda tem uma participação pequena, mas está crescendo rápido, com projeção de expansão de 24%ao ano, puxada por players como LazyPay, Zest e Flipkart
por método de pagamento (participação
Com uma fatia tão significativa das transações de eCommerce acontecendo via dispositivos móveis (77%), os sistemas de pagamento na Índia precisam, cada vez mais, ser otimizados para checkouts em aplicativos e navegadores mobile. Os consumidores, já bastante acostumados com o ambiente digital, passaram a esperar funcionalidades como confirmação instantânea, segurança biométrica e uma experiência de compra sem atritos.
Para conquistar esse público, os comerciantes devem priorizar interfaces de pagamento compatíveis com mobile, além de investir em ferramentas antifraude integradas desde o início. Embora o ecossistema de pagamentos da Índia ainda esteja se alinhando com as tecnologias mais avançadas do mundo, o país já está estabelecendo novos padrões em volume e escala — e se consolidando como um dos principais mercados emergentes na adoção de pagamentos digitais.
POPULAÇÃO (2025) 19,86 MILHÕES PIB (2024) ~US$330 BILHÕES
CRESCIMENTO ANUAL DO ECOMMERCE (2023–2027) 10% VOLUME DE ECOMMERCE (2024) ~US$35,3 BILHÕES PARTICIPAÇÃO DO CROSS-BORDER
O Chile representa um tipo diferente de oportunidade. Com a segunda maior renda per capita da América do Sul e uma população altamente digitalizada, opaís é um mercado maduro e estável — ideal para estratégias de expansão internacional.
O uso de cartões, carteiras digitais e pagamentos via celular já é padrão para os consumidores chilenos, que são exigentes e digitais por natureza. Entre as categorias mais populares no eCommerce estão roupas (mais da metade — 52% — dos chilenos afirmam comprar roupas online), alimentos (26%), tecnologia (25%) e beleza (24%).
O comércio cross-border está em franca expansão. Entre os oito países analisados, oChile foi o que apresentou a maior fatia de eCommerce internacional da América Latina, com 23% do volume total oriundo de compras internacionais.27
Esse comércio internacional já é parte do dia a dia no país — facilitado por baixas tarifas de importação, um ambiente regulatório eficiente e amplo acesso a cartões de crédito internacionais.
Como já mencionamos, as políticas favoráveis aos negócios fazem com que empresas estrangeiras possam entrar no mercado chileno sem precisar estabelecer uma entidade local, o que reduz significativamente a complexidade operacional.
A infraestrutura digital chilena rivaliza com a de economias mais desenvolvidas, como Hong Kong ou Emirados Árabes Unidos — um cenário sustentado por altas taxas de adoção de cartões, crescimento no uso de carteiras digitais e demanda crescente por serviços baseados em conveniência, como apps de transporte e entregas de supermercado com foco na “última milha”.
O Chile se destaca na América Latina como um dos mercados mais digitalmente avançados e economicamente estáveis da região. Com uma das maiores taxas de penetração da internet e alto poder de compra, o país oferece uma base estratégica e atraente para empresas que desejam expandir na América do Sul — especialmente aquelas com foco em crescimento cross-border..
Um cenário de eCommerce maduro e acessível
O volume de eCommerce no Chile alcançou US$ 35,3 bilhões em 2024 e deve crescer a uma taxa média de 10% ao ano, chegando a US$ 45,7 bilhões até 2027
As compras online já fazem parte do cotidiano da maioria dos consumidores: a penetração do eCommerce chegou a 89% em 2024, um salto impressionante em relação aos 58% registrados apenas quatro anos antes. 28
2023 2024 2025 2026 2027
O varejo online lidera essa tendência, respondendo por 69% do volume total de eCommerce, com forte crescimento previsto até 2027. Dentro desse avanço, ocomércio cross-border também ganha força: 26% das vendas online em 2025 vieram de empresas internacionais — e esse número deve subir para 28% até 2027 29
Grande parte desse resultado se deve ao ambiente regulatório favorável aos negócios no Chile. Em comparação a outros países da América Latina, o país criou uma base sólida para facilitar a entrada de novos players no mercado e o acesso rápido ao comércio internacional.
• O mobile commerce representou 61% das transações online em 2025, um salto impressionante em relação aos 32% registrados em 2019 — sinal claro da rápida evolução no comportamento digital dos consumidores chilenos.
• Entre os setores que mais crescem, destaque para:
– Varejo online, que alcançou 66% de participação de mercado em 2025.
– Aplicativos de transporte e delivery, como Rappi, PedidosYa e Uber Eats, com crescimento de 21% ao ano.
– Turismo, com crescimento de 9% ao ano, devendo atingir US$ 6,3 bilhões até 2027.
– SaaS, crescendo a um ritmo de 16% ao ano, o que mostra um ambiente digital cada vez mais favorável ao B2B.
Os consumidores chilenos são digitais por natureza — e esperam cada vez mais conveniência, confiabilidade e acesso a produtos internacionais.
Fonte: PCMI
O consumidor médio chileno está acostumado a comprar em grandes redes varejistas: 64% afirmam preferir plataformas como Mercado Libre, Paris, Falabella, Lider e Ripley na hora de fazer compras online. Por isso, não é surpresa que as categorias de produto mais populares no eCommerce do país sejam moda, eletrônicos e alimentos 30
A maior parte do público consumidor online está na faixa etária de 26 a 40 anos. Além disso, 36% pertencem ao grupo socioeconômico D, ou seja, fazem parte da classe média baixa 31
Esses dados mostram que o eCommerce no Chile não está restrito a uma elite econômica — e que o consumidor médio tem acesso a marcas modernas e consolidadas, com suporte para diversos métodos de pagamento digitais
Resumindo: empresas internacionais encontram no Chile um ambiente estável, escalável e com barreiras de entrada relativamente baixas, além de uma base de consumidores já acostumada a comprar de marcas do mundo todo.
O ecossistema de pagamentos no Chile é um dos mais maduros da América Latina — marcado por uso generalizado de cartões, alta inclusão financeira e forte adesão ao consumo internacional. Para empresas que conseguem alinhar suas estratégias às preferências locais — com foco em conveniência, segurança e experiências de checkout compatíveis com cartões — o Chile se apresenta como um mercado relativamente simples de acessar.
Cartões dominam o comércio digital
Diferente de muitos outros mercados de alto crescimento, os cartões de crédito internacionais são o principal método de pagamento no eCommerce chileno, respondendo por 58% dos gastos online em 2024, com expectativa de crescimento para 60% até 2027. A alta taxa de bancarização (97%) e a confiança dos consumidores chilenos em pagamentos com cartão são os principais fatores por trás dessa liderança.
• Cartões de débito representam mais 20% do volume de eCommerce, elevando a participação total dos cartões para mais de três quartos das transações online.
• Transferências bancárias e carteiras digitais estão em crescimento, com 9% e 7%de participação de mercado, respectivamente
• Pagamentos indiretos em dinheiro, como cartões-presente, vouchers, pagamento na entrega e códigos pré-pagos, representam apenas 2% dos gastos online.
• Já os cartões de crédito de uso exclusivo doméstico estão em queda — passando de 2% em 2024 para uma projeção de 1%até 2027. 32
De modo geral, empresas que desejam operar no Chile devem garantir que suas plataformas aceitem cartões internacionais (Visa, Mastercard, American Express) para evitar abandono de carrinho.
Apesar do domínio dos cartões, vale destacar que carteiras digitais e transferências bancárias ainda têm muito espaço para crescer — nenhum desses métodos ultrapassa 10% do volume total de compras online no país
Mesmo assim, os sinais de crescimento são claros:
• As carteiras digitais detinham 7% de participação em 2024, com destaque para Mach e MercadoPago — provedores bem estabelecidos e com histórico de escalabilidade em outros mercados da América Latina
• As transferências bancárias representaram 9% das transações, especialmente utilizadas para compras de maior valor ou pagamentos recorrentes. Soluções como o Khipu ajudam a tornar esse processo mais simples e intuitivo.
Esses métodos alternativos são mais populares entre consumidores jovens e nativos digitais, especialmente em ambientes de compra mobile — e devem ganhar mais relevância à medida que novas gerações entram no mercado de trabalho.
Os consumidores chilenos são digitalmente exigentes — e estão acostumados a checkouts rápidos e sem fricção. Com o avanço do mobile commerce (projeção de mais de 60% até 2027), aumenta também a demanda por funcionalidades como: pagamentos tokenizados, armazenamento de dados de cartão, e compatibilidade com carteiras digitais mobile
Além disso, pagamentos parcelados continuam sendo amplamente utilizados nas compras com cartão, especialmente para produtos de maior valor.
Para ter sucesso no Chile, os comerciantes devem priorizar uma experiência de checkout centrada no cartão, complementada por carteiras digitais e opções de transferência bancária para atender à demanda crescente.
Também é essencial oferecer suporte a múltiplas moedas e garantir transparência fiscal, especialmente para quem vende via cross-border
Embora Índia e Chile ofereçam um imenso potencial de crescimento, eles também apresentam obstáculos regulatórios, operacionais e relacionados ao consumidor que podem dificultar a entrada no mercado. Empresas que desejam expandir precisam estar preparadas para lidar com nuances locais — como logística, proteção de dados, tributação e confiança do consumidor.
Índia: complexidade em grande escala
O ambiente regulatório da Índia está correndo para acompanhar uma base de consumidores em expansão e uma economia digital em crescimento.
O governo introduziu diversos marcos regulatórios importantes para fortalecer a governança do eCommerce e a proteção de dados:
• A Lei de Proteção de Dados Pessoais Digitais (2023) estabelece regras sobre como as empresas devem coletar, armazenar e usar os dados dos consumidores
• A Lei de Tecnologia da Informação (2000) é a base do arcabouço jurídico da Índia para regular o eCommerce. Ela inclui disposições para proteger as informações privadas dos clientes e aplicar penalidades contra crimes cibernéticos
• As Regras de Proteção ao Consumidor (2020) regulam e protegem os consumidores em questões como reembolsos, devoluções e qualidade dos produtos
• Empresas estrangeiras devem fazer parceria com uma entidade ou distribuidor indiano e enfrentar altas tarifas de importação, além do Imposto Integrado sobre Bens e Serviços (IGST), que pode chegar a 28%
Fora das cidades maiores, as áreas rurais da Índia podem ser bastante desafiadoras do ponto de vista logístico. As redes de entrega e a infraestrutura de armazenagem ainda estão se desenvolvendo e estão bem atrás de países mais avançados que também são considerados “de alto crescimento”.
A prevenção a fraudes e a construção da confiança do consumidor são áreas críticas. As empresas devem considerar sistemas robustos de verificação de identidade e educar os usuários sobre práticas de pagamento seguras para gerar confiança e reduzir o abandono de carrinho.
O ambiente regulatório do Chile é relativamente simples, especialmente para empresas estrangeiras. O principal diferencial do seu arcabouço regulatório é a não exigência de uma entidade local para operar no país em vendas internacionais. Os processos alfandegários também são notavelmente mais ágeis do que em outros países da América do Sul.
No entanto, estar em conformidade com as leis locais de eCommerce é essencial:
• A Lei de eCommerce de 2022 exige transparência em relação a preços, condições de pagamento, disponibilidade de estoque e prazos de entrega
• A proteção de dados é regida pela Lei de Proteção de Dados Pessoais, com reformas futuras previstas para se alinhar aos padrões europeus de privacidade
Serviços digitais estrangeiros estão sujeitos a um IVA de 19%, embora compras de baixo valor e pouco frequentes (abaixo de US$ 30) possam estar isentas. Por isso, vendedores internacionais recorrentes devem garantir conformidade fiscal
Demanda por segurança
Apesar da alta alfabetização digital, especialmente entre os consumidores mais jovens, as preocupações com fraudes persistem em ambos os mercados.
Os consumidores indianos principalmente os de cidades de Tier 2 e Tier 3 estão cada vez mais atentos à segurança. Eles esperam autenticação multifator, integração com UPI e confirmação em tempo real dos pagamentos, além de suporte em idioma local e design otimizado para dispositivos móveis. Experiências de checkout via app, login biométrico e verificação por OTP são consideradas expectativas mínimas.
Tanto na Índia quanto no Chile, tokenização, criptografia SSL e design responsivo para mobile são funcionalidades essenciais que sinalizam credibilidade e segurança para o usuário final.
À medida que o comércio digital amadurece, a próxima onda de avanços será moldada por tecnologias que elevam a velocidade, a segurança e a personalização na experiência de pagamento. Para as empresas, manter-se na dianteira significa se preparar para um ecossistema de pagamentos mais inteligente, interoperável e centrado no consumidor.
Pagamentos em tempo real e expansão de infraestrutura
A Índia continua sendo referência entre os mercados emergentes em volume de pagamentos em tempo real por meio do UPI, que hoje processa bilhões de transações por mês sem cobrar taxas.
O sistema está evoluindo para oferecer suporte a pagamentos recorrentes, detecção avançada de fraudes e operações internacionais. Com o anúncio da expansão da aceitação do UPI para Singapura, Emirados Árabes Unidos e França, a Índia estabelece um novo padrão.
Sua atuação como infraestrutura nacional de pagamentos digitais provavelmente será replicada por outros mercados emergentes nos próximos anos.
O Chile ainda é um mercado dominado por cartões, mas já começa a adotar opções alternativas e em tempo real, como Khipu para transferências bancárias e integrações com carteiras digitais como MercadoPago e MACH. À medida que cresce a demanda por checkouts mais rápidos — especialmente no mobile — a adoção de sistemas em tempo real deve acelerar.
Ambos os mercados estão cada vez mais expostos a fraudes online, especialmente em transações móveis e internacionais. A inteligência artificial (IA) e o Machine Learning (ML) estão se tornando ferramentas essenciais para combater fraudes, reduzir recusas indevidas e otimizar taxas de conversão:
• Na Índia, onde a sensibilidade a preço é alta, a IA também está sendo usada para gestão dinâmica de preços e estratégias promocionais inteligentes Grandes players como Flipkart, Amazon India, Myntra, Nykaa e Meesho usam IA para precificação dinâmica, previsão de demanda e promoções hiperlocais —ajustando preços em tempo real com base em demanda, concorrência, sazonalidade e níveis de estoque
• No Chile, grandes varejistas omnichannel como Falabella e Cencosud estão usando análises baseadas em IA para prever demanda, otimizar estoque, criar merchandising dinâmico e personalizar promoções — aumentando conversão e fidelidade em canais online e físicos.
No cenário geral, o setor digital altamente competitivo do Chile está acelerando os investimentos em plataformas de comércio com IA/ML, com foco em experiências personalizadas, programas de fidelização e eficiência operacional, especialmente com o crescimento do uso mobile.33
O mercado latino-americano de IA no varejo aponta que o Chile representa aproximadamente 12% da participação regional, com destaque para aplicações em otimização de cadeia de suprimentos, experiência do cliente e marketing personalizado
Para empresas internacionais, ferramentas de prevenção de fraude baseadas em IA são cada vez mais indispensáveis para atender às expectativas locais em termos de segurança de transações e análise de risco em tempo real.
Na Índia, os ecossistemas de super apps — como PhonePe e PayTM — estão integrando pagamentos com seguros, crédito e serviços de poupança, criando jornadas completas de compra dentro de uma única interface. Da mesma forma, o social commerce segue em expansão, com plataformas como WhatsApp, TikTok e Instagram sendo cada vez mais utilizadas para descoberta de produtos, vendas e pagamentos
A crescente adoção de carteiras digitais no Chile, aliada a comportamentos cada vez mais orientados ao mobile, aponta
para uma transição semelhante rumo a casos de uso mais integrados de finanças embarcadas — especialmente à medida que os pagamentos parcelados e os programas de fidelidade se tornam padrão.
À medida que tecnologias globais continuam chegando a esses mercados — e players locais seguem adotando e inovando — os comerciantes precisam se preparar para cenários competitivos onde velocidade, personalização e confiança definem a experiência de pagamento
Índia e Chile representam duas novas fronteiras do comércio digital global Suas diferenças em escala, infraestrutura e perfil demográfico — reforçam a diversidade dos mercados que mais crescem atualmente. Ainda assim, ambos oferecem oportunidades promissoras para empresas prontas para expandir de forma estratégica, com soluções adaptadas às expectativas locais em relação a pagamentos, tecnologia e confiança.
A Índia representa uma oportunidade vasta e acelerada, onde consumidores mobile-first e uma infraestrutura apoiada pelo governo estão redefinindo a forma como mais de um bilhão de pessoas realizam transações. O UPI tornou-se uma referência global em pagamentos em tempo real, e o comércio digital está se expandindo para regiões que antes eram pouco conectadas. Para os comerciantes, isso significa adaptar aos sistemas locais, antecipar mudanças rápidas e oferecer experiências que pareçam nativas — especialmente no mobile.
O Chile, por sua vez, oferece um mercado estável e de alta renda, com comportamentos digitais sofisticados e um ambiente regulatório claro para empresas internacionais. Com alto uso de cartões, crescente adoção de carteiras digitais e um ambiente favorável ao comércio cross-border, o Chile é uma base ideal para expansão na América Latina — sem a complexidade operacional comum na região.
A expertise global da Nuvei permite que empresas expandam para mercados como esses com total confiança. Por meio de uma abordagem consultiva, ajudamos os negócios a entenderem as preferências do consumidor, otimizarem suas estratégias de pagamento e reduzirem fricções no processo de checkout.
A Nuvei oferece:
• Mais de 720 métodos de pagamento globais e alternativos
• Presença em mais de 200 mercados, incluindo suporte para transações internacionais na Índia e no Chile
• Ferramentas de prevenção a fraudes e riscos baseadas em IA
• Integrações líderes em carteiras digitais, cartões e pagamentos em tempo real
• Soluções de Merchant of Record para simplificar a conformidade fiscal e reduzir custos operacionais
Para empresas que estão expandindo em mercados de alto crescimento, a Nuvei é mais do que um provedor de pagamentos — somos um parceiro estratégico, oferecendo inteligência, tecnologia e suporte para maximizar seu potencial global e acelerar sua receita.
Para desenvolver os dados e análises de cada mercado no PCMI eCommerce Datapack, primeiro, o PCMI compila todos os dados disponíveis publicamente de fontes oficiais, incluindo bancos centrais, autoridades bancárias, relatórios financeiros de empresas, câmaras de comércio, associações de eCommerce, associações de fintech , imprensa local, relatórios de mercado e estatísticas governamentais e dados do Banco Mundial e de organizações internacionais afiliadas. A equipe do PCMI analisa os dados com uma abordagem crítica, identificando lacunas, erros e inconsistências nesses dados para prepará-los para a pesquisa primária.
Em seguida, o PCMI realiza entrevistas com partes interessadas locais do setor de eCommerce para esclarecer, aprofundar e simplificar os dados coletados por meio de pesquisas secundárias. Na criação deste conjunto de dados em 2024, a PCMI entrevistou mais de 80 executivos de eCommerce, incluindo bancos, compradores, gateways de pagamento, provedores de serviços de pagamento, comerciantes e consultores. Por fim, o PCMI realiza uma análise rigorosa dos resultados primários e secundários, aproveitando a perspectiva dos nossos dados históricos recolhidos desde que começámos a construir este conjunto de dados em 2015, para chegar aos resultados.
A metodologia adota uma abordagem de cima para baixo, utilizando dados macro da indústria e a perspectiva de agregadores da indústria (ou seja, compradores, PSPs), em vez de uma abordagem de baixo para cima, baseada em pesquisas com consumidores.
Na medida do possível, o conjunto de dados é construído utilizando números oficiais reais, tais como volumes oficiais de cartões de crédito e débito, transferências bancárias e outros relatórios oficiais de métodos de pagamento. A pesquisa primária combinada com o conhecimento institucional é combinada para fazer as estimativas e suposições necessárias para chegar a todas as repartições do conjunto de dados.
As projeções são calculadas com base na opinião das partes interessadas do setor e levam em consideração fatores como inflação, crescimento do PIB e regulamentação. A PCMI evita fazer projeções baseadas no lançamento de novos produtos ou funcionalidades, devido à natureza imprevisível de tais lançamentos. Observe que a PCMI reserva-se o direito de revisar os dados históricos à medida que novas informações forem disponibilizadas.
Neste conjunto de dados, a nossa análise de eCommerce abrange todas as compras online de bens e serviços, independentemente do dispositivo ou método de pagamento utilizado.
Nossa análise inclui:
• Compras feitas por cidadãos locais usando todos os métodos de pagamento emitidos localmente
• Compras internacionais feitas com métodos de pagamento emitidos localmente
• Compras B2C e B2B que passam por uma finalização de compra de eCommerce
• Todos os setores verticais de produtos e serviços, incluindo viagens, varejo e bens e serviços digitais
O varejo é definido como: Todos os produtos físicos adquiridos diretamente do comerciante ou mercado
Viagens é definida como: Serviços de viagens, incluindo passagens aéreas, aluguel de carros, pacotes turísticos, hotéis e estadias AirBnB
Transporte compartilhado e carona são definidos como: Serviços digitais que incluem serviços como aplicativos de carona e entrega
Os jogos online são definidos como: Gaste em jogos online ou compras dentro do jogo, que podem ser jogados via celular, desktop ou console dedicado. Isto não inclui apostas desportivas, jogos online ou jogos de azar
O streaming online é definido como: Streaming de vídeo e música, normalmente adquirido por assinatura
Outro é definido como: Produtos e serviços digitais adicionais, incluindo apostas esportivas e jogos de azar online, educação online, downloads digitais, recargas de celular e compras recorrentes, como contas mensais, pagamentos de seguros, pagamentos de mensalidades escolares, taxas de associação de adquirência de casa própria, estacionamento, impostos e licenças governamentais, se forem pagos online em um gateway de eCommerce. Essas despesas não estão incluídas se forem pagas online por meio de banco online ou débito direto em cheque ou conta poupança. Estão incluídos pagamentos recorrentes para cartão de crédito ou débito, assim como pagamentos únicos em uma plataforma como o Botón PSE na Colômbia.
SaaS é definido como: a compra de entrega de software acessada por meio de serviços em nuvem, e não por meio da instalação desse software em um computador ou outro dispositivo. Nossos dados incluem compras de SaaS feitas por meio de um site online/processo de checkout, incluindo assinatura e modelos de pagamento recorrente, ou seja, Microsoft Office, Slack, Hubspot, Canva, Dropbox, etc.
Podem ser pagos tanto para fins de consumo quanto para fins comerciais e ambos são capturados em nossos dados. Não incluímos compras SaaS que não sejam feitas por meio de uma finalização de compra online oficial, como pagamentos de faturas por meio de banco online ou transferência eletrônica.
Todos os métodos de pagamento emitidos localmente, incluindo:
• Cartões de crédito e débito emitidos localmente, transferências bancárias online, plataformas de pagamento em dinheiro como Oxxo no México ou Fawry no Egito, carteiras digitais como PayPal, MercadoPago, ApplePay, dinheiro na entrega e outros métodos de pagamento diversos
Observe as seguintes definições:
Pagamento em dinheiro é definido como: Uma plataforma de eCommerce que permite ao comprador fazer um pedido online, receber um código de barras ou PIN exclusivo e usar esse código de barras ou PIN para efetuar o pagamento em dinheiro em uma loja de varejo afiliada. Essas plataformas geralmente permitem o pagamento por transferência bancária online. Os exemplos incluem Oxxo no Mèxico e PagoFácil, na Argentina.
Carteira digital: PCMI define uma carteira digital como mecanismo de pagamento que armazena qualquer fonte de financiamento em arquivo, incluindo cartão de crédito, cartão de débito, conta bancária ou saldo armazenado, e usa essa fonte de financiamento para remeter o pagamento. O volume de eCommerce cai na categoria de carteira digital se a marca da carteira for selecionada na finalização da compra, mesmo que uma fonte de financiamento diferente (como um cartão de crédito) seja finalmente selecionada como fonte de financiamento. Os exemplos incluem carteiras preparadas como PayPal, TigoMoney e MercadoPago.
Observe: Carteiras de cartões tokenizados ou carteiras de passagem, como ApplePay, estão incluídas no volume de cartões de crédito e débito.
Transferências bancárias: Quando aplicável, o PCMI nomeia o esquema específico de transferência bancária, como UPI ou Pix. Se o esquema de transferência bancária for selecionado na finalização da compra, esse volume será classificado como o esquema definido, e não como o banco ou carteira digital usado para executar o pagamento.
BNPL: é definido como um botão de pagamento oferecido por uma fintech BNPL que permite ao comprador financiar a compra no momento da finalização da compra, com diversos métodos de pagamento, incluindo cartões de crédito, débito, transferência bancária ou dinheiro. As ofertas do BNPL que ocorrem dentro de um ecossistema de carteira (como o MercadoCrédito) não são consideradas aqui.
Métodos de pagamento híbridos: Os métodos de pagamento que agrupam vários desses métodos de pagamento sob uma marca são especificados pelo seu nome, ou seja, PagoEfectivo, Fawry.
Nossa análise exclui:
• Pagamentos feitos por visitantes internacionais com métodos de pagamento emitidos internacionalmente
• Pagamentos P2P
• Vendas realizadas nas redes sociais e pagas em dinheiro ou através de solução de pagamento A2A
Notas específicas do paíss
• Na África do Sul, o Instant EFT é considerado nos métodos de pagamento OZOW e Stitch..
Outras especificações técnicas
• Salvo indicação em contrário, todas as moedas são expressas em dólares americanos.
• Observe que os números contidos nas figuras e tabelas podem não somar devido a arredondamentos
Observe que nossos números podem não incluir o volume de apostas esportivas ou jogos de azar online pago por meio de voucher em dinheiro ou outro volume que esteja fora do alcance de compradores de cartão e transferências bancárias.