A Hora – 03/06/25

DEBATE SOBRE PEDÁGIOS

Audiência reforça coro de contrários às concessões

Modelo free fl ow, tarifas e impacto econômico para motoristas são os pontos de confl ito

Com maioria crítica ao modelo de concessão proposto pelo governo do Estado, audiência pública na câmara de vereadores de Lajeado reuniu deputados, vereadores e líderes setoriais para debater a concessão das rodovias do bloco 2. O plano do governo de Eduardo Leite prevê co-

brança automática (free flow). Empresários defendem viabilidade de investimentos pelo setor privado, enquanto parlamentares e movimentos contra os pedágios questionam custos à população em meio a reconstrução do RS. Projeto abrange 415 quilômetros em rodovias.

Grupo fortalece vínculo na Alemanha

Grupo de Estrela visita pela terceira vez Frankena, distrito do município de DoberlugKirchhai. Turnê pela Europa compartilha experiência e aprofunda conexões.

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ABRE ASPAS

Entre a urgência e o oportunismo

Oprocesso de concessão das rodovias do Bloco 2 no Vale do Taquari representa uma discussão complexa, com diferentes perspectivas e interesses. É indiscutível a necessidade de melhorias na infraestrutura viária regional, o que demanda planejamento e aporte financeiro. Para participação da iniciativa privada, existem questionamentos importantes sobre o modelo proposto, em especial no que diz respeito à prioridade de obras e mecanismos de cobrança.

“Por se tratar de um assunto complexo, qualquer simplificação é perigosa, seja por desconhecimento ou por oportunismo.”

A região convive há 27 anos com o sistema de pedágios, experiência que deixou lições amargas. O histórico desabona o modelo. Ao longo de quase três décadas, pouco se avançou.

Agora, há um formato diferente, mais moderno e que tem como prioridade a melhoria na infraestrutura viária. Serão mais de R$ 6 bilhões em investimento, um recurso jamais visto para obras em estradas.

Nas concessões anteriores, os contratos se limitavam à manutenção, socorro e atendimento mecânico. Ainda assim,permanecem questionamentos sobre como equilibrar os interesses dos usuários, do poder público e das concessionárias. Por se tratar de um assunto complexo, qualquer simplificação é perigosa, seja por desconhecimento ou por oportunismo. Há um ônus político em avançar com o pacote de concessões. O Estado sabe disso e a oposição política usa esse lapso entre o debate e a conclusão do edital como forma de desidratar grupos e agentes públicos favoráveis ao plano.

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“A observação de pássaros me levou a conhecer lugares raros”

Ajornalistaefotógrafa

Elise Bozzetto, 44, nasceu emLajeadoesentiuuma profundaconexãocoma naturezaaindanainfância, muitoporinspiraçãodo pai,admiradordeaves. Napandemia,descobriu “birdwatching”,em português,observaçãode pássarosemseuambiente natural. Elise inunda suas redes sociais com retratos deslumbrantesdepássaros e animais raros da fauna brasileira e transforma asfotosemregistros históricos da natureza.

Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Como tua infância te mostrou a paixão pela natureza?

Cresci com um pátio especial: quando abria a janela do meu quarto, minha vista era o Morro Roncador. Fomos os primeiros moradores do Bairro Universitário, ao lado de onde hoje é o Verdes Vales. Tudo era árvore, pequenas lavouras, e muito morro. De um lado, Roncador, do outro, Arroio do Meio com a exuberância de seu relevo. Ao longo dos anos, tudo foi virando casas e estradas. Perdemos a vista para o horizonte de um vistoso Vale. Neste ambiente, cresci. Minha infância foi correndo pelos matos, abrindo pequenas trilhas, brincando de cipó e admirando as aves que vinham ao quintal comer as laranjas e as sementes que meu pai jogava para elas. Ele era um profundo admirador da natureza e das aves.

Em que momento decidiu seguir pela fotografia?

A fotografia me escolheu. Durante uma atividade do Projeto Social da Univates, levei fotos para um trabalho da faculdade e, ao vê-las, meu professor sugeriu que eu seguisse esse caminho. Ele enxergou algo que nem eu percebi. A partir daí, passei a atuar também como fotógrafa. Durante a pandemia, descubro o birdwatching. Uma paixão se juntou à outra e hoje a observação de aves me levou a conhecer lugares que jamais conheceria como uma turista comum.

O que você aprendeu com a natureza?

Observar a natureza, o ciclo da vida, o comportamento de todos os seres que estão ali, profundamente conectados com o ambiente é perceber que um mundo inteiro se abre. Como seres humanos, perdemos esta conexão em algum lugar na nossa história.

A inteligência e a capacidade da natureza de seguir construindo e renovando mundos é incrível. Não é à toa que ela ainda resiste a nós, que tanto insistimos em destruí-la.

Como foi sua experiência na Amazônia?

Algumas experiências são difíceis de absorver, tanto mais colocar em palavras. A Amazônia foi uma delas. Ficamos cinco dias morando em um barco, refugiados no quieto, negro e imenso Rio Negro. Junho, época das cheias, a floresta descansa embaixo da

água. Navegávamos pela copa de árvores, brincando de exploradores do mar de verde que se colocava diante de nossos olhos. E como enchia os olhos aquele mar. De beleza e de lágrimas, pois a conexão escorre quando não encontramos outras formas de absorver tanta imensidão. É tanto verde, é tanta exuberância que não dá para entender como aquilo tudo segue de pé sob um solo arenoso, pobre e frágil. A botina, na pouca terra firme onde ficamos antes de imergir na floresta inundada, voltava cheia de areia para nossa casa, nosso barco. Deve ser algum tipo de mágica. É mágico, extraordinário, como diz o Lama Padma Samten, meu professor.

O que fotografar significa para você?

Contar histórias. Olhar para a alma dos seres. Observar com cuidado. Ver seu mundo interno coemergir no mundo do outro. A fotografia é o caminho de um “Insider”, porque, apesar de você registrar o que está fora, o faz com o olhar de dentro.

Berbigier assume a presidência e propõe mudanças administrativas

Presidente e demais membros do novo Conselho de Administração e Fiscal iniciaram o mandato na sexta-feira, 30

Também foram empossados os demais integrantes dos novos Conselhos de Administração e Fiscal

A Hora apresenta Educame durante evento estadual

A convite do Estado, programa participa da 2ª Reunião do Sistema Estadual de Proteção Ambiental, em Porto Alegre

LAJEADO

LAJEADO

Eleito pelos associados e com aprovação do Banco Central do Brasil, Luiz Mario Berbigier assumiu a presidência da Sicredi Integração RS/MG na sexta-feira, 30, durante reunião realizada na Sede Administrativa, em Lajeado. Na ocasião, também foram empossados os demais integrantes dos novos Conselhos de Administração e Fiscal, com mandatos até 2029 e 2028, respectivamente. Com 32 anos de experiência na cooperativa de crédito, Berbigier propõe mudanças administrativas que descentralizam o poder de decisão da presidência. Ele argumenta que “quando o poder de decisão se concentra em uma única pessoa, isso se torna perigoso.” Por isso, pretende envolver ainda mais os 13 conselheiros, responsáveis pelo controle estratégico da instituição. “É fundamental que eles estejam atentos aos indicadores financeiros, econômicos e sociais, para que a instituição consiga levar desenvolvimento e credibilidade a todas as regiões onde está inserida”, destaca. Além disso, o presidente menciona a intenção de lide-

rar uma gestão que estimule a sucessão, tratando o tema como uma política institucional, a ser mantida mesmo após o término de seu mandato. “É crucial criar oportunidades para todos, inclusive dentro da presidência. Temos pessoas extremamente capacitadas que podem assumir esses cargos, profissionais que vêm se preparando e são muito competentes. Queremos uma política que realmente coloque isso em prática. Acredito que é saudável ter concorrência e outras pessoas interessadas em crescer”, salienta.

Protagonismo cooperativista

Responsável por mais de 100 mil associados e administradora de R$ 7,5 bilhões, a Sicredi Integração RS/MG está consolidada no mercado financeiro cooperativo. É considerada uma instituição de grande porte e a segunda cooperativa mais antiga do país, com 119 anos de atividades ininterruptas. De acordo com o novo presidente, o grupo que assume segue com o compromisso de manter a cooperativa em crescimento, oferecendo produtos, serviços e taxas justas, priorizando a relação com o associado e com a comunidade.

Entre os projetos da nova gestão, Berbigier confirmou as celebrações pelos 120 anos da cooperativa, a serem completados em março de 2026, com ações voltadas à valorização da atuação comunitária. Também estão previstos o fortalecimento do planejamento de sucessão nos conselhos.

Conselho de Administração

Luiz Mário Leite Berbigier –Presidente

Katiane Luft – Vice-presidente

Delcio Dreissig – Conselheiro

Auri Luiz Schneider – Conselheiro

Werner Leindecker – Conselheiro

Ivan Cesar Klaus – Conselheiro

Maristane Mezacasa – Conselheiro

Volnei João Feit – Conselheiro

Orlando Stein – Conselheiro

Rodrigo Xavier Pinto – Conselheiro

Clécio Frederico Schwengber –Conselheiro

Erny Berghahn – Conselheiro

Marcéli Träsel – Conselheiro

Conselho Fiscal

Ari Kunzel – Conselheiro efetivo

Aline Isabel Führ – Conselheiro efetivo

Geraldo Augusto de Oliveira Quites –Conselheiro efetivo

Neli Madalena Heissler –Conselheiro suplente

O programa Educação Ambiental na Escola (Educame), desenvolvido pelo Grupo A Hora, é um dos destaques do 2º Encontro de Capacitação do Sistema Estadual de Proteção Ambiental, realizado na tarde dessa segundafeira, 2, em Porto Alegre. O convite partiu do governo do Estado, reconhecendo a relevância da iniciativa voltada à conscientização ambiental de estudantes do Vale do Taquari.

Integrando a programação da Semana Mundial do Meio Ambiente, o evento reúne mais de 500 participantes, entre técnicos, prefeitos, assessores, representantes de diferentes municípios e público em geral. A atividade oferece uma série de formações voltadas à gestão e proteção ambiental, com emissão de certificado aos participantes.

Durante o encontro, o Educame foi apresentado oficialmente

ao governador Eduardo Leite, que conheceu de perto os objetivos do programa. A iniciativa tem como foco principal levar a educação ambiental às escolas da região, promovendo o engajamento de crianças e adolescentes nas causas ecológicas.

A secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, destacou a importância da educação como ferramenta para a transformação social. “A educação é a base de tudo. Se a gente não conseguir se educar enquanto sociedade, nada dos nossos esforços vai alcançar o objetivo principal: que é o bem viver e a sustentabilidade, nossa com o meio onde estamos”, afirmou.

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de chamar a atenção para a preservação do planeta e o uso consciente dos recursos naturais.

Mudanças no Governo de Estrela?

Oalto escalão do governo de Estrela pode sofrer alterações já no primeiro ano de mandato da primeira prefeita da história de 149 anos do município, Carine Schwingel (União Brasil). Ao menos é esse o desejo de alguns agentes políticos que permeiam a oposição em solo estrelense. De concreto, apenas informações e breves conversas nos bastidores. Mas há quem aposte que os vereadores Canigia, do PL, e Ernani de Castro, do MDB, podem assumir muito em breve as secretarias de Obras e de Agricultura, respectivamente. E se isso de fato ocorrer, os suplentes de vereadores Felipe

Diehl (PL) – o primeiro suplente do PL, Pida Scheeren, já atua no governo – e Tiane Ruschel Cagliari (MDB) podem assumir as cadeiras no plenário. Questionada sobre o assunto, a prefeita não rechaça a possibilidade. Mas avisa que “não está conversando internamente sobre o assunto”. Faz poucos dias, aliás, a Executiva do PL em Estrela demonstrou preocupação com a proximidade entre agentes partidários e a administração municipal. Em tempo, e ainda sobre o alto escalão do governo, a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agronegócio Mariel Klafke pode deixar a função pública em breve.

Esquenta o debate sobre “cotas raciais” em Lajeado

Não deveria ser assim. Mas pelo jeito o debate sobre a implementação ou não das chamadas “cotas raciais” em concursos públicos realizados em Lajeado pode parar na justiça. E eu explico. O suplente de vereador Jones Fiegenbaum (PT) gravou um vídeo para as redes sociais com críticas (e imagens) ao posicionamento da coordenadora de RH da prefeitura, Alessandra Costantin, e do vereador Ramatis de Oliveira (PL). Ambos os posicionamentos ocorreram durante reunião das comissões internas da câmara na semana passada. E o representante do PL ficou ofendido com as críticas do representante do PT e pretende acionar o colega parlamentar na justiça.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

Mudanças na Sicredi Integração RS/MG

Os novos membros dos novos

Conselhos da Sicredi Integração RS/MG tomaram posse na manhã dessa sexta-feira, dia 30, durante reunião realizada na Sede Administrativa em Lajeado. Desta forma, iniciou oficialmente a gestão do novo presidente, Luiz Mário Berbigier, cuja atuação dentro da cooperativa iniciou em 1993. E as mudanças internas também já iniciaram. Fabrício Gloss volta de Minas Gerais para assumir como Diretor Executivo. Além dele, Mauro Sthör será o Diretor de Operações, e Diogo Baumm o Diretor de Negócios. Por outro lado, deixam os cargos os executivos Fabrício Diedrich e Liviane Bald.

Momento ideal (e legítimo) para debater o pedágio

É preciso registrar o importante movimento dos vereadores de Lajeado Ramatis de Oliveira e Mano Pereira, ambos do PL. Contrários ao pedagiamento no Rio Grande do Sul, eles capitanearam a realização de uma democrática audiência pública na noite de ontem. Com bons argumentos e argumentadores (afora alguns que insistem em discutir o “sexo dos anjos”) contra e a favor do modelo de pedágio free flow proposto pelo Grupo de Trabalho do Vale do Taquari – e aceito pelo governo estadual –, o encontro no plenário da câmara lajeadense demonstrou que o radicalismo e a lacração não levam a lugar algum. Debater com maturidade, respeito e conhecimento sempre será a melhor saída. Mesmo que você não mude de opinião (como é o meu caso), é sempre bom aprender mais e mais sobre o tema. Algo que faltou em momentos semelhantes. Como por exemplo, nos contratos com Sulvias e EGR.

TIRO

- Voluntários que participaram dos resgates durante as enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024 participaram de um simulado (treinamento) em resposta aos desastres. A ação ocorreu no sábado, ao lado da Usina do Gasômetro, na orla de Porto Alegre. Entre os participantes, o ex-coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Gilmar Queiroz.

- Aliás, já passou a hora do Vale do Taquari se mobilizar para a realização de simulados com agentes públicos e voluntários que atuaram (ou não) durante as recentes e trágicas enchentes. Treinar e adquirir conhecimento nunca é demais para bem enfrentar os momentos de crise.

- Contribuintes ainda reclamam de problemas pontuais no recolhimento de lixo em Lajeado. E cabe ao poder público e à empresa responsável ouvir as queixas com atenção. Afinal, o cliente sempre precisa ser devidamente atendido.

- O governo de Lajeado assinou no dia 22 de maio o contrato com a Vincere Engenharia para a construção de 56 unidades habitacionais no bairro Planalto. O valor do contrato é de R$ 6 milhões, tem duração de um ano, e visa atender as vítimas das recentes e trágicas enchentes.

- O mesmo governo de Lajeado também anuncia a contratação da empresa Artem Engenharia para a construção da nova Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro São Cristóvão, em um investimento (recurso do Ministério da Saúde) de R$ 7,8 milhões. O contrato é de 24 meses.

Política “menos ácida” em Arroio do Meio

Em recente entrevista ao Frente e Verso, o prefeito de Arroio do Meio brincou com esse colunista ao afirmar que eu estaria “menos ácido” em função de uma recente mudança de rotina que inclui corridas de longa distância e prática de outros esportes. Em suma, penso eu, ele quis dizer que eu estou mais “leve” e “paciente” se comparado a anos anteriores. E a recíproca é verdadeira. Desde que reassumiu a prefeitura, Sidnei Eckert (MDB) é exemplo a outros tantos gestores públicos ao compartilhar com o ex-prefeito, Danilo Bruxel (PP), os momentos de celebração pós-enchente no município. A mais recente ocorreu no sábado (foto), com a reinauguração de uma ponte na Linha Arroio Grande, por meio da parceria com a CIC/VT, o programa Reconstrói RS, a Federasul e a administração municipal. E eu reforço: é um baita exemplo de ambas as partes. A política agradece!

DÍVIDA

ZERO 2025

Governo propõe programa para renegociação de débitos

Ideia é possibilitar a contribuintes quitarem ou refinanciarem pendências com o município. Descontos para pagamentos à vista chegam a 80% dos juros e multas. Proposta foi protocolada semana passada na câmara de vereadores

LAJEADO

Após quatro anos, o governo municipal volta a propor um projeto para contribuintes quitarem ou refinanciarem suas dívidas

Dívida ativa chega a R$ 100 milhões em Lajeado, segundo Fazenda

com o município. Tramita na câmara de vereadores uma nova edição do Programa de Renego-

ciação da Dívida Ativa Municipal, o Dívida Zero 2025. A iniciativa busca o pagamento dos débitos para aumentar a arrecadação e melhorar a capacidade de investimento.

Hoje, segundo o secretário municipal da Fazenda, André Bücker, a dívida ativa de Lajeado, com as devidas correções monetárias, está em R$ 100 milhões, enquanto o orçamento municipal aprovado para 2025 fica na casa dos R$ 672 milhões.

O programa estabelece condições especiais de pagamento para inadimplentes regularizem pendências com o município, desde que inscritos em dívida ativa até 31 de janeiro de 2025, ou que estejam em contencioso administrativo tributário.

Conforme a proposta apresentada pelo município, entre as principais condições previstas estão a redução de 80% das multas e juros para pagamentos à vista, realizados em até 60 dias após a vigência da lei. Também proporciona descontos de até 60% para parcelamentos feitos em até 60 dias, sendo possível fazer em até 24 vezes.

Na justificativa, é citada a

importância do sistema tributário para a manutenção de serviços públicos essenciais, como saúde, educação e infraestrutura. “Por isso, o programa não estabelece a redução da multa e juros em 100%, de modo a evitar o comprometimento da receita e de não criar desigualdade com os contribuintes que pagam suas obrigações tributárias em dia”.

Iniciativa eventual

O “Dívida Zero” havia sido implementado pela última vez no município em 2021, no começo da gestão passada. Segundo Bücker, a ideia é que o programa de renegociação não ocorra todos anos, e também não se repita durante o mandato da prefeita Gláucia Schumacher. Situações como a pandemia de covid-19 e as enchentes recentes motivam a nova edição

“A ideia é possibilitar que os contribuintes possam regularizar suas pendências fiscais de maneira acessível, sem comprometer sua capacidade financeira, em especial se considerando as dificuldades verificadas nos últimos cinco anos, como a pandemia e as grandes cheias, que impactaram de forma expressiva boa parte da população, sejam pessoas físicas ou jurídicas”, salienta.

INFRAESTRUTURA VIÁRIA

Audiência debate prós e contra da concessão

Câmara de Lajeado reúne deputados, líderes empresariais e comunidade para avaliar a implantação do modelo free flow nas rodovias do bloco 2

Reunião na noite de segunda-feira, no Legislativo de Lajeado, reuniu grupos contra e a favor da proposta do governo Leite sobre a concessão das rodovias estaduais. Cerca de 50 pessoas acompanharam a audiência pública.

Com presença majoritária de críticos ao modelo, o evento reuniu parlamentares, representantes de entidades empresariais, vereadores de dez municípios e líderes comunitários.

Proposta pelos vereadores Ramatis de Oliveira e Mano Pereira (ambos do PL), a audiência foi organizada como uma reação ao formato apresentado pelo Estado, que prevê a adoção do sistema free flow (sem praças físicas). Na primeira versão, o plano estipulava uma tarifa média de R$ 0,23 por quilômetro rodado.

O principal argumento contrário está na estimativa de custo ao usuário. “Defendemos que as melhorias nas estradas sejam feitas com o dinheiro dos impostos, principalmente para o Vale do Taquari, região que está se reconstruindo após as tragédias”, diz o vereador Ramatis de Oliveira.

“Estamos aqui para representar o povo. As pessoas não querem pagar mais. Não é justo sempre cobrar das pessoas”, ressalta o parlamentar Mano Pereira.

Para o diretor de Infraestrutura da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Nilto Scapin, nos últimos seis governos, o Estado investiu, em média, R$ 463 milhões por ano em rodovias. “É um valor muito abaixo da necessidade. O custo de não fazer é maior: estradas precárias encarecem o transporte em mais de 65%”, frisa. Para ele, as concessões proporcionam participação da iniciativa privada para obras estruturantes. “Já sabemos que esses recursos

Saiba mais sobre o Bloco 2

- O plano de concessão inclui as ERSs 128, 129, 130 e 453, com trechos no Vale do Taquari.

- O sistema de cobrança será por pórticos automáticos (free flow), com 24 leitores ao longo de 415 quilômetros de rodovias.

- O contrato terá duração de 30 anos, com R$ 4,5 bilhões investidos nos primeiros dez anos.

- A tarifa teto proposta é de R$ 0,23 por quilômetro rodado (teto do leilão

Parâmetro estadual

- O governo estadual recebeu mais de 400 manifestações sobre o edital.

- Cerca de 60% das manifestações abordaram a tarifa.

- Ainda não houve resposta concreta às sugestões apresentadas.

- O governador Eduardo Leite afirmou que haverá redução na tarifa projetada.

- Não foram detalhados valores nem estratégias para manter o equilíbrio financeiro.

não virão do cofre do Estado e da União.” Segundo ele, a preocupação deve ser mais em relação a obras. “Os novos modelos de concessão estão sendo implementados em diversos estados do Brasil e em países desenvolvidos. Ninguém gosta de pagar pedágio, mas é necessário.”

O Bloco 2 envolve 415 quilômetros de rodovias, entre as quais trechos regionais nas ERSs-128, 129, 130 e 453. Uma das principais cobranças da região é reduzir a tarifa média de R$ 0,23 por quilômetro rodado, com a instalação de 24 pórticos de cobrança ao longo do trecho concedido. O investimento previsto é de R$ 6,7 bilhões, sendo R$ 1,3 bi de recursos do Fundo de Reconstrução do RS (Funrigs).

Modelo de cobrança automática

O diretor de Infraestrutura da CIC-VT, Leandro Eckert, destaca que o entendimento do grupo de trabalho do setor produtivo parte do pressuposto de que a concessão é necessária.

Na avaliação dele, o free flow é o método mais justo e correto de cobrança. “Ninguém gosta de pagar pedágio, mas se não fizermos isso estaremos fadados a perder empresas e investimentos. É preciso construir um modelo mais justo”, afirma Eckert.

- O primeiro estudo, feito em parceria com o BNDES, indicava um valor médio de R$ 0,23/km rodado.

- Representantes regionais defendem um teto de R$ 0,14/km.

Posição dos deputados

Como presidente da Frente Parlamentar Contra os Pedágios, Paparico Bacchi (PL) acredita ser necessário refazer os estudos. “Essa cobrança é excessiva sobre a população. Há pouco tempo passamos por uma tragédia. Nossas comunidades, os empresários e os agricultores, não têm como pagar essa conta.”

Na avaliação dele, o modelo é abusivo. “O Brasil tem 9,2% das rodovias sob pedágio. A China, que é o segundo país, tem 3,6%. Nosso custo logístico já é de 21% do PIB. Com esse pedágio, vai aumentar ainda mais.”

Também integrante da frente, Capitão Martim (Republicanos), defende o uso de recursos do Funrigs para custear obras antes de fazer a concessão. “Vamos usar os recursos que estão no caixa para fazer as obras e debater as concessões mais para frente. Sou favorável a bons modelos de concessão. Mas agora não é o momento.”

Preço da gasolina nas bombas pode cair para R$ 6,04 no RS

Petrobras reduz em R$ 0,17 o valor da gasolina para as distribuidoras. Sulpetro elogia medida e diz que ajustes no preço nas bombas será feito de maneira gradual

APetrobras anunciou ontem, 2 de julho, uma redução de 5,6% no preço da gasolina vendida às distribuidoras. O corte representa R$ 0,17 por litro e passa a valer a partir de hoje, terça-feira. Com a queda, o valor médio de venda do litro para as distribuidoras passa de R$ 3,02 para R$ 2,85.

Pelos cálculos da estatal, considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, o impacto nas bombas seja de R$ 0,12 por litro. Se o repasse for integral e não houver outras interferências, a gasolina comum (C) pode cair para uma média de R$ 6,04 no RS.

Conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio no Estado é de R$ 6,16, em pesquisa divulgada no fim de semana. O menor valor registrado foi de R$ 5,52, e o maior, R$ 7,39. A queda no preço da gasolina pode influenciar os índices de inflação. Segundo a consultoria Warren Investimentos, o IPCA de junho pode recuar entre 8 e 10 pontos-base, o que levaria

Redução para as distribuidoras começa a valer hoje. Sindicato dos postos acredita que redução no preço para o consumidor ocorrerá de maneira gradual nos próximos dias

a projeção anual de 5,3% para 5,2%.

Redução já esperada

O novo preço representa a primeira redução em mais de 300 dias de preço estável. Desde

dezembro de 2022, a Petrobras acumulava uma queda de R$ 0,22 por litro, o equivalente a 7,3%. Considerando a inflação do período, a diminuição real chega a R$ 0,60 por litro, ou 17,5%.

Para o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, a redução já era esperada diante do comportamento recente do mercado. “É salutar a redução de preços. Já havia uma tendência de que poderia acontecer isso”, afirma.

Dal’Aqua avalia que o consumidor deve perceber a queda gradualmente. Isso ocorre porque os estoques das

distribuidoras e dos postos foram adquiridos a preços diferentes. “As distribuidoras não baixam tudo de uma vez só. Isso é normal. Cada posto administra conforme as condições que melhor atendem seu negócio, inclusive para atrair o consumidor”, explica. De acordo com ele, o RS mantém preços médios abaixo dos praticados no Paraná e em Santa Catarina, puxados pela concorrência. “Temos muitos postos, inclusive pequenos, e isso gera uma competição natural. O mercado se regula com base nisso, mas o cenário é de imprevisibilidade”, avalia.

Temos muitos postos, inclusive pequenos, e isso gera uma competição natural. O mercado se regula com base nisso, mas o cenário é de imprevisibilidade”

vinibilhar@grupoahora.net.br

VINI BILHAR

“Economia da Experiência”: a emoção que vende

Ocomportamento do consumidor transforma a produção e, principalmente, a forma de entrega. É preciso fazer mais do que produtos ou serviços. As pessoas querem experiências. Esse conceito faz com que as companhias, empresas e instituições precisem repensar: como entregar um produto de qualidade e criar memórias, estabelecer afinidade e se tornar inesquecível?

A conexão emocional é o caminho. Em um mundo dinâmico, de instantaneidade e excesso de informações, é preciso ver como esse padrão de consumo interfere sobre as ofertas. No turismo do Vale do Taquari por exemplo. Uma região que se posiciona como um novo destino para visitantes do RS e do país.

Neste contexto, unir a diversidade gastronômica, cultural, religiosa e econômica precisa se aproximar do que há de essência na formação das comunidades, que mescla a

colonização açoriana, alemã e italiana, com um estilo de vida único deste pedaço do Rio Grande. Entre os sentidos, talvez o paladar interfira mais na memória afetiva. As lembranças do “Schweinebraten”, prato típico de Teutônia, o “chucrute” em Estrela, os Filós da parte alta do Vale e claro, o “Fervido” de Taquari. Agora, a região está prestes a oferecer mais uma dessas lem-

branças. No fim de semana volta a Suinofest 2025, em Encantado. Por tudo isso, olhar para negócios hoje, e para esse conceito de economia da experiência, o valor está além da entrega, está em fazer o outro sentir. É essa sensação que permanece, faz com que o visitante volte, que seja um propagador do que viu e ajude de maneira espontânea a “vender” aquilo que vivenciou.

Construtora Diamond celebra 28 anos de história e inovação

A Construtora Diamond comemorou ontem seus 28 anos de atuação no mercado imobiliário, consolidando uma trajetória de sucesso iniciada em Lajeado e expandida para Gramado e Balneário Camboriú. Referência em projetos de alto padrão, a empresa mantém o foco em qualidade, inovação e excelência na construção civil. Em 2025, um dos destaques é a nova Central de Vendas, inaugurada recentemente no bairro Americano. Com o setor aquecido nas regiões em que atua, a Diamond segue contribuindo para o desenvolvimento urbano. Parabéns ao fundador Hugo Schmidt, à dona Lovani e aos filhos Sidnei, Gustavo e Daniel. Que venham as três décadas, que serão celebradas em 2027!

• Gasolina - A Petrobras anunciou que, a partir de hoje, o preço da gasolina A para as distribuidoras será reduzido em 5,6%, passando para R$ 2,85 por litro — uma queda de R$ 0,17. A estatal não reajustava o combustível há 328 dias. Com a mistura de etanol, o impacto ao consumidor final será de R$ 0,12 por litro da gasolina C.

GoldenIP reúne equipe para celebrar 15 anos

Os 15 anos da GoldenIP foram comemorados em grande estilo no último sábado, dia 31. Equipe, fornecedores e parceiros reuniram-se no Garden Haus, em Lajeado, para celebrar o aniversário, rememorar a história da empresa e fortalecer os vínculos. A provedora de internet, com sede em Lajeado, atende também os municípios de Estrela, Santa Clara do Sul e Cruzeiro do Sul com fibra óptica de alta tecnologia, telefonia fixa e tem como marca o atendimento humanizado e suporte especializado.

SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Gestão de riscos e resíduos orgânicos estão entre os desafios da região

Especialistas ainda sugerem maior acesso à informação e políticas públicas para incentivar a participação comunitária na temática ambiental

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Informação, conscientização e gestão de riscos são alguns dos desafios atuais relacionados ao meio ambiente na região. Após um cenário de catástrofes nos últimos anos, o Vale se recupera, mas ainda tem o que evoluir. Por isso, órgãos públicos e instituições promovem a Semana do Meio Ambiente, de 2 a 6 de junho, e buscam debater soluções para o futuro.

Para a professora e pesquisadora da Univates, Luciana Turatti, a superação dos problemas ambientais dos últimos anos, e do que ainda está por vir em decorrência das mudanças climáticas, passa pela compreensão desse fenômeno global.

Ela afirma que a gestão de risco depende do acesso à informação e da compreensão desse tema.

“Temos uma parcela significativa da população que não compreende esses fenômenos, porque, por

Em Lajeado, cerca de 25 mil toneladas de resíduos orgânicos e mais de 1,3 mil toneladas de resíduos secos são produzidos por ano

vezes, insistimos em falar de forma complicada ou em utilizar termos que não são de conhecimento comum”, afirma.

A professora também acredita na importância de disseminar os resultados de estudos e pesquisas sobre o estado atual do planeta, e trazer ao debate público o tema ambiental.

“Além disso, é importante ter presente que nós, da geração adulta, não podemos nos afastar das nossas responsabilidades ambientais, repassando às crianças e adolescentes a tarefa de salvar o planeta”.

Menos lixo

Outra temática em evidência, hoje, é a geração, separação e tratamento de resíduos orgânicos. Doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária e professor da Univates, Odorico Konrad afirma que o foco deve estar na condução desses resíduos em casa, com soluções biológicas que permitam que os resíduos não sejam destinados ao aterro sanitário. Entre as estratégias, estão as composteiras caseiras, por exemplo.

O especialista afirma que, uma vez que esse lixo orgânico é misturado com o seco, ele faz com que parte desses materiais não possam ser mais reciclados. Além disso, permite a diminuição do volume de resíduos para transporte e depósito

até o aterro sanitário.

“Quando fica no aterro, esses resíduos se transformam no chorume, que tem um custo de tratamento elevado. Tudo isso também interfere nas mudanças climáticas e no que chamamos de efeito estufa”.

Konrad sugere políticas públicas que incentivem a comunidade a tratar os resíduos orgânicos em casa, com desconto no IPTU, por exemplo. Em Lajeado, cerca de 25 mil toneladas de resíduos orgânicos e mais de 1,3 mil toneladas de resíduos secos são produzidos por ano. Esse número tem aumentado ao longo dos anos. De 2022 a 2024, o aumento foi de 13,6 mil toneladas de resíduos orgânicos e 1,3 mil toneladas de secos.

Segundo o município, hoje, 100% do lixo vai para triagem, tanto seletiva, como orgânica. Cerca de 4% de todo o lixo triado vai para a reciclagem.

Programações

Para marcar a Semana do Meio Ambiente, a região organiza atividades alusivas ao tema. Na Univates, de 2 a 6 de junho, o Ecovates estará aberto para a comunidade conhecer o espaço, esclarecer dúvidas e descartar de maneira correta determinados tipos de resíduos. No Gramado Cultural do mês de junho, previsto para ocorrer no dia 15, também haverá um ponto de coleta do Ecovates. Além disso, o Museu de Ciências Univates promove a exposição “Polinização. A essência da vida: o grande serviço ecossistêmico”.

Organizada pela prefeitura de Lajeado, a Semana do Meio Ambiente iniciou no domingo, 1, com a 3ª Rústica do Meio Ambiente. No município, a programação segue com o teatro ambiental “Guardiões da Árvore Sagrada” direcionado para escolas, no Teatro Univates, na quinta-feira, 5. Já na sexta-feira e sábado, 6 e 7, ocorre a ação “Plante essa ideia”, com doações de mudas no Jardim Botânico de Lajeado. As atividades se encerram com a Feira de Adoção “Canil de portas abertas”, no Canil Municipal.

FUTURO DA MÃO DE OBRA

Certel e Senai inauguram centro para formar eletricistas

Espaço simula rede de distribuição de energia e representa avanço para qualificação técnica na região

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Uma estrutura inédita no Vale do Taquari dedicada à formação de profissionais para o setor elétrico será inaugurada nesta sexta-feira, 6, às 10h, na unidade do Senai de Lajeado. O projeto, feito em parceria com a Certel, simula uma rede real de distribuição de energia e visa qualificar alunos do curso em eletrotécnica e também promover reciclagens para profissionais já em atuação no segmento. A planta didática é composta por postes, transformadores, cabos e disjuntores, todos cedidos pela Certel. A ambientação reproduz, em escala, as condições que os eletricistas enfrentam nas ruas, desde a manutenção de redes até a religação de energia após

Cooperativa Certel e Senai inauguram complexo voltado ao curso de eletrotécnica na sextafeira, 6 de junho

temporais.

Conforme o diretor do Senai

Vale do Taquari, Jerry Hibner, o projeto surgiu de uma demanda identificada a partir da pesquisa

RUMO – O futuro da mão de obra na região, liderado pelo Grupo A Hora. “É um projeto de altíssimo impacto para a região. Entregamos algo que responde diretamente à necessidade da indústria e da comunidade”, afirma.

Conforme Hibner, a proposta nasceu com o objetivo de consolidar uma formação local em

SAIBA MAIS

CURSO DE ELETROTÉCNICA

SENAI LAJEADO

• O profissional de eletrotécnica trabalha com manutenção predial, projetos de engenharia, instalações elétricas nas indústrias e também sobre sistema de distribuição de energia.

• Começou a ser oferecido pelo Senai Lajeado em 2022.

eletrotécnica e evitar o êxodo de talentos. “Ter uma estrutura como essa aqui, dentro de casa, muda o jogo. Hoje temos condição de formar esse profissional de ponta aqui mesmo no Vale”, destaca. A cooperativa Certel, reconhecida como uma das melhores distribuidoras de energia elétrica do país, atua em 48 municípios com mais de 100 profissionais dedicados à manutenção, construção e atendimento emergencial. A parceria com o Senai consolida um plano de longo prazo para manter o nível de serviço da cooperativa.

Formação

com potencial de transformação

Desde 2022, o curso de eletrotécnica é ofertado pelo Senai em Lajeado. A estrutura do novo centro complementa o projeto inicia-

• A coordenação estadual do Senai autorizou a abertura do curso a partir de demanda levada pela unidade de Lajeado que se baseou nos resultados do programa RUMO – O Futuro da Mão de Obra na Região.

• Com isso, a escola no bairro São Cristóvão, conseguiu a habilitação e teve um investimento perto de R$ 1,5 milhão para compra de equipamentos, adaptação da estrutura física e materiais didáticos.

• Na simulação de rede, todos os materiais, como postes, fios, disjuntores, transformadores, foram repassados pela Certel.

do há dois anos, com investimento aproximado de R$ 1,5 milhão em equipamentos, estrutura física e materiais didáticos. “É uma entrega que nos posiciona como referência regional. Essa parceria com a Certel mostra o quanto o setor produtivo pode contribuir para a qualificação profissional”, afirma Hibner. A planta será usada tanto por alunos do curso técnico quanto para treinamentos especializados com foco em atualização e reciclagem. “É uma ação de formação contínua. Hoje, um trabalhador da Certel pode voltar ao Senai para aprimorar sua atuação em um ambiente controlado e realista”, acrescenta.

Distrito da cidade de Doberlug-Kirchhain possui grupo

chamado “Amigos do Brasil. Esta é a terceira vez que estrelenses visitam comunidade germânica. Vínculo entre os países iniciou em 1999 e perdura há mais de 25 anos

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

Arelação entre Frankena, na Alemanha, e cidades do Rio Grande do Sul completou 25 anos. O vínculo teve início em 1999, com a visita de uma moradora de São Leopoldo que viveu em Frankena durante a juventude. A viagem, realizada com a Rede Sinodal, estabeleceu o primeiro contato entre as comunidades. Frankena, distrito do município

LAÇOS INTERNACIONAIS

Estrela busca aprofundar parceria com cidade alemã

de Doberlug-Kirchhain, no estado de Brandemburgo, abriga o grupo “Amigos do Brasil”, com centenas de participantes. Segundo Carolin Winkel, integrante do grupo, o fortalecimento do vínculo ocorreu a partir de experiências semelhantes entre as localidades. Com cidades do Vale do Taquari, a conexão iniciou em 2001. A primeira visita a Frankena partiu do grupo da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (Oase), da comunidade Luterana de Estrela. Em 2005, os grupos folclóricos também visitaram o distrito e

trouxeram espetáculos de dança pela primeira vez. Representantes alemães estiveram em Estrela em 2005 e 2019, e também em Teutônia em 2023.

“A cada encontro, os laços se renovam. Mantemos contato frequente entre os grupos”, afirma Carolin. De acordo com ela, o comportamento mais afetuoso dos brasileiros contribuiu para fortalecer as relações. O grupo Amigos do Brasil buscou retribuir o acolhimento durante a chegada dos estrelenses.

Os Grupos Folclóricos de Estrela desembarcaram no Aeroporto de Frankfurt na tarde de sábado. Moradores de Frankena viajaram cerca de mil quilômetros, entre ida e volta, para recepcionar os músicos e dançarinos. Como forma de saudar os viajantes, entregaram lanches com comidas típicas do país.

O pastor Marcos Bechert, coordenador da viagem, destaca a receptividade demonstrada pelos alemães. “A grande maioria do grupo foi citada pelo nome durante

Durante apresentação, povo de Frankena se juntou às coreográ as que remetem à cultura brasileira

a chegada no aeroporto, pois são pessoas que nos conhecem e estavam esperando por nós. Fomos recebidos com muito carinho e entusiasmo pelas famílias que estavam nos aguardando em Frankena”, comenta.

Ajuda a Estrela após tragédia

Após a enchente que atingiu a região em maio de 2024, moradores de Frankena organizaram ações para auxiliar Estrela. Cerca de 8 mil euros foram arrecadados por meio de eventos beneficentes promovidos entre a comunidade. O valor foi dividido entre Estrela e São Leopoldo, o que totalizou mais de R$ 20 mil para cada município. Em Estrela, o recurso foi aplicado na Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer, no bairro Auxiliadora.

A doação também marcou os 25

anos da parceria e os 200 anos da Imigração Alemã no Brasil. O pastor relembra que a viagem dos grupos à Europa estava inicialmente agendada para maio de 2024. “Por conta da tragédia, não podemos comparecer e Frankena buscou maneiras de auxiliar”, conta.

Primeira apresentação da turnê

Com animação do público, a apresentação da sétima turnê dos Grupos Folclóricos de Danças Alemãs iniciou no domingo, 1º, com a participação da comunidade local. A programação incluiu culto, café típico e danças. O espetáculo passará por mais cidades da Alemanha, Áustria e Eslovênia. O coordenador dos grupos de danças alemãs, Andréas Hamester, ressalta o envolvimento dos moradores de Frankena no espetáculo. A apresentação, que reúne cultura germânica, músicas gaúchas, carnaval, samba e forró, fez com que a comunidade local participasse dançasse junto aos bailarinos.

Proposta de cidades coirmãs

A terceira visita dos grupos folclóricos de Estrela a Frankena reforça a parceria entre os municípios. Durante a viagem, será entregue proposta formal para estabelecer o título de cidades coirmãs entre Estrela e DoberlugKirchhain. Hamester afirma que a expectativa é ampliar o intercâmbio cultural consolidado ao longo de 25 anos. Doberlug-Kirchhain possui cerca de 8,5 mil habitantes.

REESTRUTURAÇÃO

Câmara de Estrela inicia reforma após um ano da enchente histórica

Obras devem durar 90 dias; retorno ao plenário simboliza resiliência após catástrofe climática

Após pouco mais de um ano da maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, a Câmara de Vereadores de Estrela deu início, nesta segunda-feira, 2, às obras de reforma em sua sede própria, duramente atingida pela enchente de maio de 2024. A expectativa é de que as Sessões Ordinárias retornem ao Plenário Bento Rodrigues da Rosa dentro de 90 dias. Com recursos da Defesa Civil

Nacional — no valor de R$ 139,9 mil — e após licitação vencida pela empresa Elisiane Oliveira Carpes Construções Ltda, as obras foram orçadas em R$ 115,9 mil.

O presidente da Casa, vereador Ernani de Castro (MDB), relembra o impacto da tragédia. “Mesmo sem sede, o Legislativo nunca parou. Todas as sessões foram realizadas, nenhum projeto ficou travado”, afirma. Ele destaca que, diante da gravidade da situação enfrentada pelo município na época, a Câmara optou por não investir imediatamente na reestruturação do prédio, priorizando ações como o aluguel social. Castro explica que a ideia é no futuro adquirir móveis em acrílico e metal, para evitar perdas em uma nova cheia. Além disso, o tradicional carpete será trocado por porcelanato. “A ideia quando entregar o prédio reformado ele tenha os móveis também”, explica.

A reforma inclui melhorias

Parte administrativa da câmara funciona no segundo andar

estruturais como pintura e instalações elétricas. Em paralelo, está em andamento a compra de novos móveis e equipamentos. A expectativa da Casa é que, com a

conclusão da obra, a Câmara volte a receber o público e retome integralmente sua atuação no espaço original, simbolizando mais uma etapa na reconstrução de Estrela.

CULTURA E ECONOMIA

Desde a cheia, as atividades parlamentares ocorreram de forma virtual, e mais recentemente no auditório do CEITEQ, sem presença de público.

Dança Bom Retiro reúne 25 mil pessoas na 10ª edição

Evento teve público recorde, estreou festival de música e ampliou atrações com carros antigos e feira de expositores

BOM RETIRO DO SUL

Bom Retiro do Sul viveu um fim de semana histórico com a 10ª edição do Dança Bom Retiro. O evento, que começou de forma modesta há uma década, atraiu neste ano mais de 25 mil pessoas ao Parque Pôr do Sol.

A estrutura foi ampliada para

receber um público que superou em mais de 100% a estimativa inicial de 12 mil visitantes.

“É emocionante ver como o evento cresceu. Hoje somos referência na região. É a arte movimentando a nossa cidade”, destacou Maira Lautert Scheeren, coordenadora do Dança Bom Retiro.

Mais de 2,2 mil bailarinos se apresentaram em dez categorias, em uma programação que envolveu escolas, academias e grupos de diferentes municípios. A praça de alimentação dobrou de tamanho em relação à edição anterior, garantindo mais conforto para o público.

A secretária de Educação, Cristiane de Souza, responsável pela organização, ressaltou a diversidade do festival. “Foi um trabalho extenso e o resultado mostrou que valeu a pena. O evento envolveu talentos locais e visitantes, fortalecendo nossa cultura.”

Expofeira reforça comércio local

Paralelamente ao festival de

dança, a Expofeira contou com mais de 60 estandes, a maioria representando empreendedores do próprio município. Produtos coloniais, artesanato, confecções e serviços variados foram oferecidos ao público.

Entre os expositores, Paulo Faleiro, dono de uma agroindústria no Faxinal do João da Costa, destacou os benefícios. “Feiras como essa ampliam nosso leque de clientes. Além das cucas, temos uma loja na ERS-287 com queijos, linguiças, cachaças, conservas e mais. Aqui conseguimos mostrar tudo isso a um público novo.”

O secretário de Indústria e Comércio, Clovis dos Santos, também avaliou positivamente a adesão. “A participação da comunidade foi fundamental. O movimento foi intenso do início ao fim.”

Para o prefeito Celso Pazuch, o evento representou um marco. “Foi um divisor de águas. Alcançamos um nível de visibilidade que nunca tivemos. Bom Retiro cresceu em notoriedade regional e estadual.”

HABITAÇÃO EM LAJEADO

Programa de regularização pode beneficiar 700 famílias

Iniciativa busca garantir direito de propriedade para famílias dos bairros

Santo Antônio e Morro 25. Mais de 440 cadastros já foram feitos

LAJEADO

Amanhã de sábado, 31, foi marcada por importante mobilização no ginásio do bairro Santo Antônio, em Lajeado. Famílias participaram de uma nova etapa do processo de regularização fundiária, que pode beneficiar até 700 famílias com a legalização dos terrenos onde vivem. A atividade é parte do programa federal Periferia Viva, e conta com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. O investimento previsto para execução é de R$ 2,7 milhões. Presente no local, a secretária de Desenvolvimento Social, Eliana Heberle, destacou a importância da mobilização comunitária e o avanço do projeto. “Reunimos uma grande parcela da comunidade. Foi muito importante a vinda deles. O Renato [representante da empresa] explicou todos os detalhes, e já saímos daqui com algumas assinaturas”, salienta. Segundo a secretária, servido-

ras da pasta visitariam, ainda no sábado à tarde, os moradores que já têm contrato gerado para colher as assinaturas. A próxima etapa será um mutirão para atualização do Cadastro Único (CadÚnico) no Residencial Novo Tempo, além de uma nova reunião no bairro Morro 25.

Critérios e etapas

O representante da Replantec, empresa responsável pelo projeto, Renato Gemelli, reforçou que o objetivo é beneficiar famílias de

baixa renda e que há um número mínimo de adesões para que o recurso federal seja efetivamente utilizado.

“O município já encaminhou a proposta para 700 famílias. Para garantir o recurso, precisamos de 351 contratos assinados. Já temos 440 cadastros feitos, mas ainda precisamos avançar na assinatura dos contratos”, explicou.

Segundo ele, o andamento do programa foi prejudicado nos últimos anos pela pandemia e pelas catástrofes ambientais, como as enchentes. Agora, a meta é acelerar o processo. “A secretaria está dando todo o apoio necessário,

informando e conscientizando os beneficiários da importância da assinatura”, afirmou.

Valores acessíveis

Os beneficiários do programa terão contrapartida simbólica ou proporcional à renda familiar. Quem recebe até R$ 2 mil por mês paga apenas R$ 50 em parcela única. Famílias com renda entre R$ 2.001 e R$ 3 mil contribuem com 5% da renda, enquanto aquelas com renda entre R$ 3.001 e R$ 5 mil pagarão 7,5%. De R$ 5.001

Reunimos uma grande parcela da comunidade. Foi muito importante a vinda deles […] já saímos daqui com algumas assinaturas” a R$ 7 mil, o percentual sobe para 10%.

Famílias com renda acima de R$ 7 mil também podem participar, desde que residam na área contemplada, mas o valor fixo sobe para R$ 977.

Ação social integrada

Além das explicações técnicas e da coleta de assinaturas, a ação teve caráter comunitário. O Cras esteve presente com atendimentos, e as crianças puderam aproveitar atividades recreativas. “Nosso educador social fez uma apresentação e trouxemos brinquedos. Foi um momento de integração”, destacou Eliana.

CRUZADAS

Consequência do tipo

mais grave de dengue Memória de celulares e computadores

Estâncias de águas medicinais

Roberto Medina, empresário carioca

Doença infecciosa conhecida como mal de Lázaro

Um

(?), personagem de Stallone

Burro, em inglês Sinfonia de Beethoven

Registros ano a ano

Ação causada pelo vazamento de torneiras

Gado para abate Pão de (?): doce

A parte ajustável de sutiãs Ilusório Ritmo do Carnaval baiano Singular

Navio de Cabral Carro de aluguel

Portanto Eletroencefalograma (sigla) (?) Reis, cantor de "Espatódea"

São (?), padroeiro dos artesãos

HORÓSCOPO

ÁRIES: Conversas inspiradoras trarão boas ideias e conexões novas. Viagens curtas e atividade física ajudarão a liberar o excesso de energia.

TOURO: Família e tarefas domésticas pedirão uma dose maior de tolerância. No amor, sonhos e expectativas poderão se realizar.

GÊMEOS: Comece um novo ciclo e aproveite o alto poder de comunicação com vários planetas em seu signo para divulgar projetos.

CÂNCER: A semana trará lembranças e reflexões profundas, especialmente sobre escolhas recentes. Aproveite para cuidar da saúde e reavaliar metas.

LEÃO: Participe de eventos, marque presença nas redes e compartilhe conhecimentos. No amor, confiança e companheirismo contarão pontos.

VIRGEM: Será um bom período para aprofundar vínculos e saber com quem você realmente pode contar. Cumplicidade e parceria no amor.

Solução

LIBRA: O amor dará um toque de poesia ao cotidiano, aproveite a inspiração para aumentar a produtividade e o autocuidado.

ESCORPIÃO: Será um bom período para decisões familiares e íntimas. Repense hábitos e implante um lifestyle mais leve e saudável.

SAGITÁRIO: Aproveite este período para aprender com novas referências e ampliar relações. Uma oportunidade no trabalho pedirá resposta rápida.

CAPRICÓRNIO: Demandas aumentarão com novas oportunidades no trabalho, se prepare com mais organização e disciplina.

AQUÁRIO: Evite distrações no trabalho e foque no que pode dar resultado concreto. Bom humor e leveza reforçarão a união no amor.

PEIXES: Casa e família continuarão em destaque nesta semana que pede mais cuidado com as bases afetivas e com o espaço íntimo.

APÓS ENXURRADAS

Nova ponte restabelece ligação entre Arroio do Meio e Capitão

Travessia fica na rua Júlio Schnack e une comunidades da Cascata e Arroio Grande Superior

Foi entregue na manhã desse sábado, 31, a nova ponte da travessa Júlio Schnack, restabelecendo a ligação entre as comunidades de Arroio Grande, em Arroio do Meio, e Cascata, no município de Capitão. A nova travessia permite uma alternativa de tráfego entre as duas comunidades que estavam isoladas desde as enchentes e deslizamentos de maio de 2024.

A estrutura faz parte do projeto Construindo Pontes pelo Associativismo, uma iniciativa da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, (CIC-VT) com financiamento do programa estadual Reconstrói RS.

Segundo o presidente da CICVT, Ângelo Fontana, a entrega integra a primeira etapa do programa, que prevê dez pontes ao todo em diferentes municípios da região. Durante a inauguração, Fontana também anunciou um novo aporte de R$ 1,7 milhão para obras em Arroio do Meio, incluindo a construção de mais duas pontes e intervenções de drenagem.

Para o prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert, a entrega

tem um peso simbólico e prático importante. “Essa ponte representa a reconexão de comunidades que ficaram isoladas no momento mais crítico da catástrofe. É um passo essencial para a retomada da vida no interior e a integração com Capitão”, destaca.

Elo estratégico

A nova ponte possui 12 metros de extensão e capacidade para suportar até 45 toneladas, consolidando-se como mais um elo estratégico para a infraestrutura de mobilidade da região, além de contribuir para o desenvolvimento econômico e social local. Com um investimento total de aproximadamente R$ 780 mil,

É um passo essencial para a retomada da vida no interior e a integração com Capitão”

a execução da obra contou com recursos provenientes de diversas fontes: 73% do financiamento foi garantido pelo programa Reconstrói RS, 25% por meio de investimentos privados, e 2% da administração municipal de Arroio do Meio.

INTER CHEGA A UM TIME COMPLETO NO DEPARTAMENTO MÉDICO

Fernando, Borré e Vitinho se somam a outros jogadores e preocupam Roger Machado na pausa das competições

As pausas para a Data Fifa e o Mundial de Clubes serão benéficas ao Internacional. O clube enfrenta um grande problema com as sucessivas lesões no elenco, que chegam a afastar um time inteiro de campo. Com as informações das lesões de Fernando e Borré nessa segunda-feira, e ainda aguardando a diagnóstico de Vitinho, o Inter chegou a um time completo de desfalques por lesões distintas. Os problemas passam por questões musculares, ligamentares e traumas.O clube aposta na pausa no calendário do futebol brasileiro para recuperar o elenco visando o segundo semestre.

A lista de desfalques nas últimas semanas tem: o goleiro

CAMINHOS DESENHADOS

Rochet, os laterais Bruno Gomes e Bernabei, os zagueiros Mercado e Victor Gabriel, o volante Fernando e os atacantes Vitinho, Carbonero, Ricardo Mathias, Valencia, Borré e Lucca Drummond. Os prováveis novos integrantes do DM são Fernando, que

tem lesão no ligamento cruzado posterior do joelho direito, Borré, com o abdômen machucado, e Vitinho com suspeita de trauma no braço direito. Ainda não há nada oficial sobre as situações, mas o Colorado se preocupa nos bastidores.

É possível montar um time com as baixas. Uma formação ofensiva seria composta por: Rochet; Bruno Gomes, Mercado, Victor Gabriel e Bernabei; Fernando, Vitinho e Carbonero; Ricardo Mathias, Valencia e Borré. Há, ainda, Lucca Drummond.

Fernando e Borré saíram lesionados na derrota para o Fluminense

PREVISÕES DE RETORNO

O clube aposta no retorno de um jogador para o último jogo antes da pausa para o Mundial: Ricardo Mathias pode voltar contra o Atlético-MG. Depois da parada, Victor Gabriel, Rochet, Valencia, Carbonero, Mercado e Bernabei devem voltar. Nos próximos 50 dias, apenas dois confrontos devem acontecer, fato que ajudará na recomposição do plantel. Bernabei tem previsão de retorno para agosto ou setembro. Fernando deve voltar em outubro na projeção mais otimista. Na mais pessimista, apenas em 2026. Borré tem previsão de retorno para após a pausa do Mundial. Os casos mais delicados são os de Bruno Gomes e Lucca Drummond. Os dois tiveram lesões ligamentares e as recuperações demoram cerca de nove meses para liberação para jogos oficiais pelo protocolo médico do Inter.

SORTEIOS DEFINEM FUTURO DAS COPAS

Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana. As três competições tiveram os caminhos desenhados na tarde de ontem a partir de sorteios. O Internacional terá duelos contra cariocas nas duas principais competições. O Grêmio, no playoff da Sul-Americana, sabe quem enfrentará se passar.

O primeiro sorteio definiu o futuro da Libertadores. O Internacional enfrentará o Flamengo. Classificado na liderança do grupo, o Colorado decide o confronto no Beira-Rio. As datas-base dos jogos são dias 13 e 20 de agosto. Caso avance, o Inter enfrentará o vencedor do duelo entre Cerro Porteño e Estudiantes. Logo em seguida a Conmebol definiu o caminho da Sul-Americana. O Grêmio está nos playoffs, onde já sabia que enfrentaria o

Alianza Lima, do Peru. Caso avance, o adversário das oitavas de final será a Universidad Católica, do Equador. Por fim, no último sorteio do dia, uma coincidência na Copa do Brasil. Um dia depois de perder em casa para o Fluminense, o Inter teve o Tricolor Carioca sorteado no seu caminho nas oitavas de final. Assim, os dois clubes voltam a se enfrentam dois anos após se cruzarem na semifinal da Libertadores.

As datas base dos confrontos são 31 de julho e 7 de agosto. O Grêmio não está mais na competição.

Renato Portaluppi voltará ao Beira-Rio para enfrentar o Inter na Copa do Brasil

RODADA DEFINE CAMPEÕES

EM TRÊS CAMPEONATOS

Municipais de Canudos do Vale e Roca Sales, mais a Taça Intermunicipal conheceram os melhores times da temporada

Três competições amadoras encerraram neste fim de semana – Canudos do Vale, Roca Sales mais a Taça Intermunicipal conheceram os destaques da temporada.

Em Canudos do Vale, em um jogo eletrizante, o Minuano conquistou o tetracampeonato. O Canarinho saiu na frente com dois golaços do atacante Saldanha. Porém, ainda na primeira etapa, com Alan e Ueslei.

No segundo tempo, o Canarinho bem que tentou marcar o gol que levaria a decisão para os pênaltis mas parou na defesa do Minuano. Com o 2 a 2, o Minuano ficou com a taça. Na disputa do terceiro lugar, o Nova Berlim venceu o 22 de Outubro no tempo normal por 3 a 0, mas nos pênaltis quem levou a melhor foi o 22.

Roca Sales

O Botafogo confirmou o favoritismo e conquistou o título. Jogando em casa, a equipe ficou no 1 a 1 com o XV de Novembro. Teteu marcou para os donos da

casa, enquanto que Maicon Amorim marcou para o XV.

No aspirante, o XV de Novembro devolveu a derrota sofrida no jogo de ida e venceu o Copalto por 2 a 0 – gols de Wesley e Panga. Na decisão por pênaltis, o Copalto venceu por 3 a 1.

Taça Intermunicipal

O Canabarrense voltou a vencer o Poço das Antas, dessa vez de virada e por 2 a 1 – dois gols de Igor. O resultado deu o terceiro título seguido ao time do Bairro Canabarro.

No aspirante, o Canabarrense também venceu de virada e por 2 a 1. O adversário porém era o outro clube de Poço das Antas, o 11 Amigos.

DESTAQUES

Em Progresso, o Flamengo largou na frente na decisão. Jogando em casa, o time venceu o São João por 3 a 1, destaque para o meia Patrick Dalbosco, autor de dois gols.

Imigrante e Estrela conheceram os primeiros finalistas.

RÚSTICA UNE ESPORTE, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Jessica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br

A manhã de domingo foi marcada por uma união de esporte, saúde e conexão com a natureza em Lajeado. A 3ª Rústica do Meio Ambiente reuniu centenas de participantes, em um percurso que simboliza a reconstrução da cidade após as enchentes históricas de 2024. Promovido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Saneamento, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal o evento teve trajetos de 5km e 10km, caminhada e uma corrida kids, reunindo pessoas de diferentes idades e perfis.

O trajeto da rústica passou por três importantes áreas verdes da cidade — os parques do Engenho (ponto de largada e chegada), Ney Santos Arruda e dos Dick —, todos atingidos pela enchente

histórica de maio de 2024.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Luis André Benoitt, a escolha do percurso foi simbólica. “A ideia inicial foi justamente criar uma interação entre as áreas verdes como símbolo de preservação. Esse evento representa a reconstrução e o recomeço, em total sintonia com a natureza”, afirma.

Entre os destaques da prova de 5km, esteve Uelito Santos Moreira, vencedor no geral masculino. Estreante na rústica, ele comemorou o resultado e desempenho e também elogiou o percurso.

“Achei o trajeto muito bom, com obstáculos que desafiam o atleta. Treinei bastante e vim com dedicação para fazer a diferença. O ambiente é incrível, parece que a natureza te dá mais energia enquanto corre. Foi uma experiência muito boa.”

CLÉO, A CADELA TERAPEUTA

Outro momento que chamou a atenção foi a participação de Lucas Isaque Senger, que correu ao lado da cadela Cléo. Integrante do projeto de sinoterapia da administração municipal, Cléo atua como cão terapeuta no Hospital Bruno Born, Adefil, CAPS e APAE, oferecendo suporte emocional.

“Gosto muito de correr, e minha prima sempre me incentiva muito. E correr com a Cléo é um apoio emocional. Ela me motiva e me dá força. É especial demais ter ela ao meu lado”, comenta.

Evento ocorreu nesse domingo e conectou os parques de Lajeado

Noite de tênis e homenagem a Rosa Martini Lohmann

O jantar de lançamento da 10ª Copa de Tênis do Clube Tiro e Caça de Lajeado apresentou as 58 duplas que dispu-

tariam o torneio. O momento também serviu de homenagem a Rosa Martini Lohmann, professora de tênis, que faleceu em

2005, de câncer. Na noite, Rosa foi lembrada como a grande responsável por difundir a modalidade esportiva na região.

Família de Rosa estava presente, entre eles, o colunista do A Hora, Rodrigo Martini, sobrinho dela

Indenização às vítimas do Chile

Há 20 anos, o governo chileno declarava o pagamento de indenizações às vítimas que foram presas ou torturadas durante o regime militar liderado por Augusto Pinochet, no Chile, um número que ultrapas-

sava 28 mil pessoas. Em 2005, uma nova lista com 1,2 mil nomes tinha sido entregue ao governo, entre os listados, estavam 87 crianças de até 12 anos que foram presas durante o regime. Pinochet governou o

Chile de 1973 a 1990. Em 1998, o ex-ditador foi preso em Londres sob um mandado de prisão internacional por violação aos direitos humanos. Pinochet não chegou a ser condenado e faleceu em 2006.

Hoje é

- Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil

- Dia Mundial da Bicicleta - Dia Nacional da Educação Ambiental - Dia do Profissional de RH Santo do dia: São Carlos Lwanga

Morria Emílio Treter, primeiro prefeito de Cruzeiro do Sul

A comunidade de Cruzeiro do Sul se despedia do seu primeiro prefeito, Emílio Treter Sobrinho. Ele foi enterrado no Cemitério Evangélico e seu velório reuniu centenas de pessoas na época. O falecimento ocorreu em abril de 1975, mas os jornais noticiaram em fins de maio. Há 50 anos, Treter estava na direção da Metalúrgica Cruzeiro, da Haenssgen e da Glucostark.

Um dos líderes do movimento emancipacionista, comemorou com Cruzeiro do Sul a emancipação em 1963. No ano seguinte, Emílio foi empossado como primeiro prefeito, junto ao seu vice Rubem Feldens. A confraternização da posse aconteceu em São Rafael.

Arcosul era destaque no Estado

Em Esteio, ocorria a entrega do prêmio “Distinção Industrial 1974”. Representando Lajeado, estava o vice-presidente da Acil, Ditmar Kirsch, e o prefeito Alípio Hüffner. Naquele ano, o prêmio foi

concedido a três empresas gaúchas cujos produtos “apresentaram avanço tecnológico em nível superior ao atual estágio do Estado”, explicavam os jornais da época. Em 1974, as empresas agracia-

das eram: Arcosul (de Lajeado), Semeato (Passo Fundo) e Metalúrgica Abramo Eberle (Caxias do Sul). O prêmio Distinção Industrial foi instituído em 1972 e sua última edição registrada foi em 2012.

LUCIANE FERREIRA

Jornalista

Semana do Meio Ambiente

Estamos na Semana Nacional do Meio Ambiente, criada no Brasil em 1981 com o objetivo de complementar a celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído pela ONU em 1972, na Conferência de Estocolmo, na Suécia.

De lá pra, evoluímos em muitos aspectos – destaco a pesquisa. Sabemos quem são os vilões e os mocinhos entre os combustíveis, sabemos o que gera o aquecimento global e conhecemos as suas consequências. Calculamos com precisão o desmatamento no bioma Mata Atlântica. Identificamos

a poluição das águas e dominamos as ações para despoluir.

Abismo

Lamentavelmente, há um abismo entre o conhecimento, a tecnologia, as descobertas e a prática. Reciclamos apenas 4% dos resíduos sólidos urbanos. O percentual brasileiro é o mesmo de Lajeado, por exemplo. Pecamos na separação em casa, na coleta e na destinação no aterro sanitário. Este é só um exemplo. Temos um longo caminho a trilhar. O passo precisa ser acelerado, sob pena de sofrer-

mos ainda mais com as consequências das nossas atitudes. Não esqueçamos a enchente de 2024!

Em destaque, o JBL

Escolhi a imaqem do Jardim Botânico de Lajeado para ilustrar a coluna de hoje, que trata exclusivamente sobre o Dia do Meio Ambiente. O JBL é o pulmão de Lajeado pela área de mata nativa que preserva. É um espaço que guarda espécies e ajuda a cobrir a cidade de verde com produção do horto. E, fundamentalmente, promove a educação ambiental.

Programações pelo 5 de junho

Nesta semana, prefeituras, escolas, ongs e tantas outras entidades organizam ações de conscientização pelo meio ambiente. Destaco a Feira Sustentável, iniciativa do Mesa Brasil Sesc e parceiros agroecológicos. A produção de alimentos sem agrotóxicos faz bem para saúde de quem os consome e para o próprio agricultor e sua família, que não ficam expostos aos agroquímicos, e não agride o meio ambiente. A feira ocorre na quinta-feira, das 13h30 às 16h, na rua José Schmatz, 1478, sede do Mesa Brasil, em Lajeado. Des-

gustação de receitas sustentáveis, troca-troca de hortifruti e doações de mudas estão na programação.

Bate-papo Verde

A Administração de Cruzeiro do Sul preparou diversas ações para esta semana. Uma delas é o Bate-papo Verde, na rampa pública. Estarão estudantes e integrantes da Patrulha Ambiental da Brigada Militar e do Departamento de Meio Ambiente.

Até sexta-feira, o Ecovates, da Univates, estará aberto para a comunidade conhecer o espaço, esclarecer dúvidas e descartar de maneira correta determinados tipos de resíduos. Serão recebidos eletrônicos (pilhas, baterias, aparelhos eletrônicos que não funcionam); óleo de cozinha usado; lâmpadas queimadas; garrafas/

Teatro para estudantes

A Secretaria do Meio Ambiente, Saneamento, Sustentabilidade e Bem-estar Animal de Lajeado convida as escolas a participarem do teatro ambiental “Guardiões da Árvore Sagrada”, na quinta-feira. A peça será exibida no Teatro Univates, em duas sessões, às 9h e às 14h. Inscrições pelo WhatsApp (51) 3982-1099 ou pelo link bit.ly/teatroambientalsema

embalagens de vidro; e medicamentos vencidos. Os resíduos devem ser entregues no Prédio 26, da Univates, das 8h às 11h e das 13h30min às 17h. Na sexta-feira, 6, haverá um ponto de coleta instalado no Prédio 7, das 8h às 17h. Não serão recebidos descartes de empresas. Boa semana!

Descanso sem estrutura expõe o descompasso entre norma e prática

OSenado Federal voltou a debater um tema que impacta diretamente o dia a dia de quem vive o transporte: o tempo de descanso dos motoristas profissionais. Realizada no dia 01 de abril, a audiência pública desenvolvida pela Comissão de Infraestrutura reacendeu a discussão sobre as recentes alterações promovidas pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Lei do Motorista (Lei nº 13.103/2015), que agora exige o cumprimento ininterrupto de 11 horas de repouso a cada 24 horas, sem possibilidade de fracionamento ou acúmulo semanal, como antes permitido.

A justificativa, em tese, é nobre: proteger o trabalhador, preservar vidas e promover segurança nas estradas. No entanto, como ressaltado por representantes do próprio setor e até por senadores presentes na audiência, o problema não está na intenção da lei, mas sim na distância entre a norma e a realidade brasileira.

A realidade, na minha visão, é que não existem pontos de parada suficientes, muito menos estruturados, para atender à exigência legal em grande parte das rodovias do país. E aqui não estamos falando de comodidade, mas do mínimo necessário: segurança, higiene, descanso digno. O próprio secretário nacional de Transportes, Adrualdo Catão, reconheceu essa deficiência e admitiu que os contratos de concessão não contemplam, em sua maioria, esses pontos de apoio. Enquanto isso, a fiscalização avança. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensificou a operação “Descanso Legal”, aplicando autuações a empresas e profissionais que não cumprem a nova regra. Mas como cumprir uma norma que não considera o cenário real das estradas brasileiras?

Do meu ponto de vista, à frente de empresas de transporte, as consequências são profundas. A impossibilidade de fracionar o descanso ou acumular os repousos semanais inviabiliza boa parte das programações logísticas, exige a contratação de mais motoristas, aumenta os custos operacionais e torna ainda mais difícil manter a pontualidade das entregas. Não se trata de má vontade, mas de um desafio prático gigantesco. Acredito que a consequência disso é previsível: aumento no custo do frete, risco de inflação em cadeia, retração da produtividade e mais um obstáculo ao crescimento de um setor que, sozinho, movimenta cerca de 65% de tudo o que é produzido no Brasil. E o mais preocupante: até mesmo os próprios motoristas têm se manifestado contrários à nova configuração da lei, pois também se veem prejudicados pela rigidez imposta, que nem sempre dialoga com suas preferências ou necessidades.

É evidente que a segurança deve ser prioridade. Mas segurança se constrói com diálogo, estrutura e planejamento, não apenas com penalidades. Como disse o senador Esperidião Amin, é preciso pensar em soluções que equilibrem a proteção ao trabalhador com a realidade logística nacional. A proposta da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de permitir maior flexibilidade por meio de instrumentos coletivos de trabalho com repouso mínimo de 8 horas parece um bom caminho, desde que pactuado com responsabilidade entre empresas e trabalhadores.

O que o setor precisa, mais uma vez, é de uma política pública coerente com a realidade. A norma, por si só, não muda o cenário. É necessário garantir infraestrutura, estimular boas práticas, investir em tecnologia e, principalmente, ouvir quem está na ponta da operação: os empresários e os motoristas. Só assim vamos conseguir avançar de forma segura, eficiente e economicamente viável.

Terça-feira, 3 junho 2025

Fechamento da edição: 18h

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21º O dia apresenta curtos períodos de sol, alternados por momentos de maior nebulosidade, quando pode ocorrer chuva fraca ou garoa.