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ENTREVISTA

A OBRA QUEBRA BARREIRAS NO SURINAME Eliseo Aquino

O Suriname foi uma colônia holandesa que abrigava escravos provenientes da África e recebia imigrantes indianos e chineses, grupos que mudaram completamente a sociedade, enchendo-a de costumes espirituais e rituais que se opõem ao avanço do Evangelho de Jesus Cristo.

O reverendo Dhankumar Busjit, supervisor do Movimento Missionário Mundial (MMM) nas três Guianas e Martinica, trabalha há 17 anos no Suriname. Em uma entrevista para a revista “Impacto Evangelístico”, ele expressa a realidade social e espiritual que este país sul-americano está atravessando. Pouco se sabe sobre o Suriname, mesmo há pessoas que pensam que é um país do continente africano, o que pode dizer sobre esta nação sul-americana? O Suriname é um país de muitas culturas. A maioria dos habitantes são quilombolas, vieram como escravos da África; também há indianos, chineses, ameríndios e europeus. Cada um deles tem sua própria religião, só 15% são cristãos evangélicos. Este país foi antigamente uma colônia holandesa. Hoje, a situação econômica é difícil, todos tentam conseguir algo para sobreviver, nas cidades é mais fácil porque podem conseguir algum emprego, mas no interior é difícil. As pessoas vivem da caça e da agricultura.

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Sendo um país que abriga diferentes culturas, como é realizada a evangelização no Suriname? É difícil, mas pela graça de Deus estamos chegando às almas. Por causa de seus costumes religiosos, os hindus e os muçulmanos se aferram a sua religião. Se você quiser pregar e sair com a Bíblia querendo lhes ensinar as escrituras, não será uma tarefa muito fácil; mas Deus está quebrando barreiras. Ele nos deu sabedoria e temos estratégias; primeiro, falamos com eles sobre coisas cotidianas, perguntamos-lhes como vai o trabalho e pouco a pouco falamos com eles sobre a Palavra de Deus. Existe uma necessidade espiritual no povo que compõe esta nação? Existe, sim. O Suriname precisa de Jesus, a razão é que existem diversas barreiras religiosas, muitas delas estão relacionadas a rituais e um pode sentir a atividade demoníaca. Várias vezes, durante uma campanha evangelística, podemos ver pessoas caindo no chão, possuídas pelo diabo, então tenho que intervir e repreender esses espíritos um por um. Uma vez, quando fui pregar em um quilombo, estava pregando e minha voz ficou fechada, mas pensei que era por causa da poeira. Depois, aconteceu o mesmo com a irmã que estava cantando um hino, em um jejum comecei a orar, eu me preparei e quando o culto começou, minha voz fechou novamente; começamos a repreender e observamos como uma mulher se chafurdava; repreendemos o diabo e quando ele saiu dela, recuperei minha voz e tivemos um lindo culto. Como a obra do MMM está trabalhando no Suriname? A obra está crescendo, não tão depressa quanto gostaríamos, mas está crescendo. Estamos construindo igrejas e há pessoas que estão chegando aos pés de Jesus Cristo, e também estamos crescendo, com alguma dificuldade, no interior do país. Há pessoas com práticas rituais e nós vemos como Deus as está libertando. Começamos a pregar aos ameríndios, apesar de que são indivíduos difíceis de converter, eles se acostumaram a receber algumas doações dos missionários. Uma vez, quando cheguei a um povo, um deles me perguntou sobre o pacote. “Os outros nos trazem pacotes”, disse ele. Eu disse: “Trouxe o melhor pacote, que é a Palavra de Deus”. Também estamos evangelizando os quilombolas que vieram ao Suriname como escravos da África e trouxeram muitos rituais para este país por causa de sua cultura. Temos muita oposição, mas quando eles são convertidos, o povo se torna muito amigável e se entrega completamente a Deus, e gostam de louvar e adorar o Senhor. A Obra foi capaz de chegar a todas as cidades e povos deste país? Só chegamos a uma pequena parte do Suriname. Há


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