REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #498

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ÍNDICE

Ana Isabel Soares (pág. 20)

Carlos Manso (pág. 24)

Fábio Jesuíno (pág. 28)

Sílvia Quinteiro (pág. 32)

Albufeira Carpe Nox 2026 (pág. 36)

Teatro Municipal António Pinheiro reabriu em Tavira (pág. 40)

Encerramento da Semana Europeia do Desporto em São Brás de Alportel (pág. 48)

Gala dos 55 anos da Região de Turismo do Algarve (pág. 74)

Supertaça do Algarve de Futsal (pág. 96)

«Do Terreiro ao Mundo» no Centro Cultural de Lagos (pág. 108)

Bernardo Emídio no Choque Frontal ao Vivo (pág. 130)

Um livro: «Pedro Páramo», de Juan Rulfo Ana Isabel Soares, professora

edro Páramo, ou o caminho das pedras

Quando li pela primeira vez a novela que Juan Rulfo publicou em 1955, ao terminar, fechei o livro e fiquei a olhar para nada, para o monte de pedras a desmoronar-se que era Pedro Páramo naquele último parágrafo. Ao fim de mais de cem páginas em que, quase a abrir a narrativa, uma personagem informava Juan Preciado – o filho que vai à procura do pai – que Páramo já tinha morrido, ele põe-se “a caminho” da morte, que é o fecho da novela. Haverá na literatura outras obras (serão todas, afinal) em que personagem e discurso são uma e a mesma coisa, tão cosidas uma à outra, tão unidos os destinos – de terminar e não acabar de morrer, renascendo para sempre no retomar da leitura. Mas Pedro Páramo (e Pedro Páramo) é de pedra. Não é da solidez nem da imobilidade que é pedra, nem é pedra única, singular. Leio isso mesmo desde o momento (a frase) em que Preciado entra em Comala, a “aldeia sem ruídos” e ouve “cair os [...] passos sobre as pedras redondas que empedravam as ruas”. Porque é um texto de pedra, é um texto de ruído – o ruído que fazem as pedras nas pedras, os passos “ecoando contra as pedras”, as rodas das carroças nas pedras (“ranger das pedras sob as rodas”) ou nas pedras o vazio (“Esta aldeia está cheia de ecos.

Parece que estão fechados no interior das paredes ou por baixo das pedras”). São seres vivos, as pedras de Comala, as pedras de Comala que se fazem vivas nas palavras de Rulfo. Assim como as suas personagens, quase todas “mortos velhos”, espíritos cuja existência está para lá do que comummente se conhece como vida – também elas são pedra, animada por uma espécie de sangue divino: “Deus esteve comigo esta noite [...] era noite quando voltei a mim [...] quando me endireitei, salpiquei as pedras com o sangue das minhas mãos”.

Foi depois de ver os filmes de António Reis e Margarida Cordeiro que uma crítica suíça terá comentado com a cineasta que via neles a mesma atmosfera de um livro mexicano. Cordeiro e Reis reconheceramse na obra de Rulfo e quiseram fazer, a partir dela, um filme (após a morte de Reis, Margarida Cordeiro tentou vários anos, mas acabou por desistir do projeto – duro destino). Porque também as suas obras “arrancava]m] luz às pedras, irisava[m] tudo de mil cores”.

(Em Portugal, Pedro Páramo foi traduzido por Rui Lagartinho e Sofia Castro Rodrigues e editado na Cavalo de Ferro em 2004).

Foto: Vasco Célio

Desigualdade em Portugal: nascer pobre continua a ser uma fatalidade

Carlos Manso, economista e membro da Direção Nacional da Ordem dos Economistas

uma altura de eleições autárquicas, que dizem ser o nível de gestão política mais próxima das populações e dos seus problemas, verificamos a existência e manutenção de um problema grave e que tem estado ausente dos debates nacionais, regionais e locais.

O elevador social português está avariado e nascer pobre em Portugal continua, em larga medida, a ser uma fatalidade. Vários estudos recentes, desde «Portugal, Balanço Social 2023 – Nota Intercalar» e «To Have and Have Not – How to Bridge the Gap in Opportunities» mostram que o chamado elevador social está praticamente bloqueado, incapaz de oferecer igualdade de oportunidades a quem parte de condições mais desfavorecidas. A transmissão intergeracional da pobreza permanece estável ao longo das décadas, e os fatores que condicionam a mobilidade social repetem-se de forma preocupante.

Entre os determinantes mais relevantes está a educação, dado que os filhos de pais com apenas o ensino básico têm o dobro da probabilidade de viver na pobreza em comparação com os filhos de pais com ensino secundário. Apenas um em cada cinco destes jovens chega ao ensino

superior, contrastando com três em cada cinco quando os pais têm, pelo menos, o secundário. A profissão e a situação laboral dos pais também pesam fortemente: crescer num agregado em que o pai estava desempregado ou desempenhava funções não qualificadas aumenta substancialmente o risco de pobreza na idade adulta.

Já ter pais em profissões intermédias ou intelectuais reduz esse risco para valores residuais. O contexto familiar é outro elemento crítico, onde famílias monoparentais ou numerosas enfrentam taxas de pobreza acima dos 20 por cento, enquanto situações de privação material na infância, como a ausência de uma refeição proteica diária ou de material escolar, praticamente duplicam a probabilidade de um adulto ser pobre.

As condições habitacionais também contam, como crescer em casas arrendadas ou em instituições de acolhimento agrava a vulnerabilidade e limita a mobilidade futura e até o local de nascimento e crescimento influencia, já que viver em zonas rurais aumenta o risco de pobreza face a áreas urbanas mais densas.

O retrato atual é claro, a mobilidade social em Portugal não melhorou de forma significativa nas últimas gerações e uma comparação entre indivíduos nascidos nas décadas de 60, 70 e 80 mostra que a probabilidade de transmitir a pobreza aos

filhos se mantém estável, sem sinais de rutura estrutural e isto apesar do progresso no acesso ao ensino superior, diz-nos que a condição de origem continua a ser uma característica muito forte do futuro económico, revelando que o esforço individual não é suficiente para compensar as desigualdades de partida.

Perante estes diagnósticos, e existem outros que confirmam as conclusões destes, torna-se urgente repensar as políticas públicas para reativar o elevador social. Infelizmente, este tema saiu da agenda política na última década. A educação deve continuar a ser a alavanca central, com maior investimento na qualidade do ensino em contextos desfavorecidos e com mecanismos que previnam o abandono escolar precoce e perceber onde estamos a falhar nesta matéria.

O apoio à infância e juventude deve ser reforçado, garantindo acesso universal a alimentação saudável, material escolar e atividades extracurriculares, porque a pobreza infantil é a principal via de reprodução da pobreza adulta. A habitação, que agora está na ordem do dia, é outro fator decisivo, precisando de soluções estáveis e acessíveis, através de programas

públicos e políticas de arrendamento que garantam dignidade e segurança.

O mercado de trabalho também tem de ser repensado, reduzindo a precariedade, promovendo a requalificação profissional e valorizando salários nos setores de baixa remuneração, porque sem emprego estável e digno, não há inclusão real. Ter em atenção que setores com baixas remunerações, são mais afetados por uma imigração que tenha como objetivo manter esses níveis de remuneração baixos e controlados, dificultando uma remuneração justa.

Finalmente, é essencial apoiar famílias monoparentais e numerosas, cujas condições estruturais as colocam num risco acrescido de pobreza, através de medidas fiscais e sociais que compensem as desigualdades.

Enfrentamos, como País, um paradoxo, porque, apesar de décadas de crescimento económico e de melhorias no nível de vida, o elevador social permanece avariado. A sociedade não pode aceitar que o futuro de uma criança seja determinado pelo contexto em que nasceu, e que a verdadeira medida do desenvolvimento não pode ser apenas o aumento do PIB, mas também a capacidade de garantir que cada geração tem mais oportunidades do que a anterior.

Sem essa ambição, continuaremos a ser um país onde a igualdade de oportunidades é uma promessa por cumprir. Temos de perceber onde estamos a falhar. Pensem nisto.

Nota: Este artigo de opinião apenas reflete a opinião pessoal e técnica do Autor e não a opinião ou posição das entidades com quem colabora ou trabalha.

O Espírito Português: Desenrascados e Empreendedores por Natureza

Fábio Jesuíno, empresário

s portugueses

possuem no seu

ADN uma

combinação única de desenrascanço e empreendedoris mo que define profundamente a sua identidade nacional e molda a sua rica história. Esta fusão singular de qualidades tem raízes ancestrais na nossa cultura e tradição, forjando a nossa identidade coletiva ao longo de séculos de desafios e conquistas.

O desenrascanço português, essa capacidade inata de encontrar soluções criativas e práticas para os obstáculos do quotidiano, casa perfeitamente com o espírito empreendedor que levou os nossos antepassados aos quatro cantos do mundo. Desde as navegações e descobrimentos até aos dias de hoje, esta combinação de improviso inteligente e visão comercial continua a caracterizar o povo português, tornando-se uma marca distintiva da nossa forma de estar e de enfrentar os desafios da vida.

Os navegadores portugueses eram autênticos visionários e empreendedores, que arriscaram tudo na descoberta de novos mundos e oportunidades inexploradas. A sua extraordinária capacidade de adaptação a culturas e

ambientes distintos, de estabelecer relações comerciais duradouras e de explorar recursos naturais desconhecidos constituiu o alicerce da expansão do Império Português.

O «desenrascanço» e o espírito empreendedor permanecem como marcas distintivas dos portugueses. Ao longo dos séculos, demonstrámos uma notável capacidade para identificar oportunidades de negócio e criar empresas de sucesso nos mais diversos setores económicos.

A capacidade de inovar, assumir riscos calculados e persistir perante adversidades são características intrínsecas de muitos empreendedores portugueses. A globalização e a revolução digital criaram horizontes inéditos para o empreendedorismo, e os portugueses têm sabido capitalizar essas oportunidades de forma inteligente.

No mundo contemporâneo, caracterizado pela incerteza e complexidade crescentes, a capacidade de «desenrascanço» revela-se mais crucial do que nunca. As empresas e indivíduos que conseguem adaptar-se rapidamente às transformações, desenvolver soluções inovadoras para desafios complexos e aproveitar

oportunidades emergentes são aqueles que alcançam maior sucesso.

A cultura do «desenrascanço» representa um ativo estratégico valioso para Portugal, permitindo-nos enfrentar os desafios futuros com otimismo e determinação. Por esta razão, é fundamental promover a inovação, o empreendedorismo e a criatividade – um verdadeiro investimento no nosso futuro coletivo.

A história portuguesa é uma narrativa épica de superação, criatividade e espírito empreendedor. O «desenrascanço»,

enquanto traço distintivo da nossa identidade cultural, tem sido fundamental na construção da nossa personalidade nacional e no nosso êxito ao longo de séculos.

Sinto-me cada vez mais orgulhoso de ser português, «desenrascado» e empreendedor!

Planeamento familiar à portuguesa

ortemente condicionadas pelo regime do Estado Novo e sob a influência determinante da Igreja, as temáticas da educação sexual e do planeamento familiar permaneceram, até à Revolução de 1974, confinadas ao domínio estritamente familiar. Apenas a partir de então começaram a delinear-se políticas públicas que reconheceram na educação sexual e no acesso ao planeamento familiar não apenas uma necessidade social, mas também uma questão de cidadania e de saúde.

Na década de 80, os centros de saúde assumiram um papel crucial na garantia de acesso gratuito à contraceção. Já no início do século em que vivemos, a educação sexual tornou-se obrigatória em contexto educacional e escolar, diluindo-se os conteúdos por várias disciplinas. Entre estas, a polémica Educação para a Cidadania, vista por alguns como uma espécie de convite precoce à devassidão e origem de todos os males da Pátria. Fez-se, então, o que, ante os perigos desta magnitude, costuma ditar o bom senso: cortou-se o mal pela raiz.

E se outrora eram os púdicos que rasgavam as vestes e temiam a perdição das almas dos seus inocentes rebentos, agora são os libertinos que se erguem em

protesto, convencidos de estar perante um recuo civilizacional. A meu ver, não passa de má vontade e de uma notável falta de apreço pelo zelo - quase hercúleo - do esfoço governativo.

Finalmente, alguém ousou pôr cobro ao esbanjamento do erário público e, como não podia deixar de ser, as críticas não tardaram. Depois de se terem investido avultadas somas em aulas, brochuras, campanhas publicitárias, palestras e distribuição gratuita de contracetivos, ocorre-me perguntar: terão, porventura, desaparecido as doenças venéreas, as gestações na adolescência e outras, igualmente não planeadas? Responderme-ão que diminuíram. Mas não se extinguiram, pois não? Impunham-se, por isso, medidas drásticas: menos despesa e uma nova abordagem pedagógica que, em vez de se dissipar no ar, deixasse marca e memória.

Investigou-se, refletiu-se — porque o assunto não se presta a ligeirezas — e determinou-se, com inexorável sabedoria, encerrar maternidades. Uma solução genial, nunca antes equacionada. Agora os partos ocorrem onde dita o acaso: em casa, no patamar de um prédio, numa ambulância encostada à berma da estrada ou, para maior transparência e efeito pedagógico, na esplanada de um café. Ali mesmo, entre um galão e uma torrada com manteiga nos dois lados, assiste-se, ao vivo e a

cores, ao milagre da vida. E, convenhamos, nada ensina melhor do que a observação direta dos factos. Garanto-vos que, se me tivesse sido dado assistir a um parto natural enquanto tomava a bica, os meus filhos nunca teriam vindo ao mundo. E sempre eram menos dois a apinhar as escolas públicas e a sobrecarregar o SNS. Pode parecer insignificante, mas grão a grão… Com o que se teria economizado, quem sabe se não haveria já aviões a aterrar no novo aeroporto de Lisboa e se não teríamos até brindado à primeira viagem do TGV.

Catastrofistas de serviço, arautos do fim do mundo, aceitem a evidência: tomaram a criatividade e o engenho por incompetência e deixaram que o azedume vos toldasse o discernimento. Admitam o óbvio: estamos perante a mais eficaz, económica e inesquecível estratégia de planeamento familiar à portuguesa.

Albufeira Carpe Nox 2026 chega com mais inovação e várias surpresas

programa de Fim de Ano Albufeira

Carpe Nox 2026 foi apresentado, no dia 26 de setembro, no Rooftop do Hotel

Kimpton Atlântico Algarve, em São Rafael, enquadrado por um cenário magnífico de mar, pôr-do-sol e o som envolvente de um conjunto de cordas

feminino. A cerimónia contou com a presença de elementos do Executivo, das Juntas de Freguesia, da APAL – Agência de Promoção de Albufeira (entidade parceira do evento), empresários, representantes de várias entidades e associações do concelho e arrancou com um vídeo genérico do Fim de Ano, ao que se seguiram as intervenções de João Costa, da TavolaNostra, (empresa produtora), de Desidério Silva, presidente

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

da APAL, e de José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira.

Durante a apresentação do programa, o edil sublinhou que o Albufeira Carpe Nox é diferente de edição para edição, uma estratégia para gerar expectativa e motivação para que as pessoas regressem a Albufeira para a celebrar o Fim de Ano. “Apostamos na qualidade, na diversificação e na inovação do programa. Trata-se de um conceito diferente do paradigma habitual dos programas de Passagem de Ano, que consiste num espetáculo musical e fogo-de-artifício. Para além disso, o Albufeira Carpe Nox tem um enquadramento paisagístico único – a Praia dos Pescadores – que não é possível imitar”.

aproveitou para lançar um repto aos empresários para que “mantenham os seus estabelecimentos abertos durante estes dias, para que consigamos transmitir uma imagem positiva e de qualidade do destino durante todo o ano”.

José Carlos Rolo referiu ainda que, quem vem para o Fim de Ano na Praia dos Pescadores, acaba por ficar mais dias, contribuindo para dinamizar a economia local, a nível da ocupação hoteleira, restauração e comércio na zona. “Assim, para complementar o Albufeira Carpe Nox, temos um programa paralelo que tem sido um êxito ao longo dos anos”, disse, numa alusão ao Paderne Medieval (31 de dezembro a 4 de janeiro) e ao Street Food sem Fronteiras com a curadoria do Chefe Nuno Bergonse (31 de dezembro a 3 de janeiro). O autarca

A 31 de dezembro, o areal da icónica Praia dos Pescadores volta a encher-se então de milhares de pessoas a vibrar na última noite do ano. O programa começa às 22h, com um concerto dos Silence 4, a banda de Coimbra, de David Fonseca, que se volta a juntar para celebrar os 30 anos de carreira e o maior Fim de Ano em Portugal, num palco arrojado e interativo, com projeção vídeo, iluminação e cenografia inovadora que promete um espetáculo imersivo e emocionante, como já vem sendo habitual nas edições anteriores do evento. Depois a festa prolonga-se pela noite dentro com o DJ Wilson Honrado. No dia 1 de janeiro, o primeiro pôr-do-sol do ano é abrilhantado com o concerto dos Quatro & Meia, também na Praia dos Pescadores.

O «novo» Teatro Municipal António Pinheiro reabriu finalmente portas em Tavira

pós uma requalificação profunda, o Teatro Municipal António Pinheiro voltou a abrir portas a Tavira e à região, no dia 27 de setembro, devolvendo à comunidade um dos seus espaços culturais mais emblemáticos. O regresso à principal sala de espetáculos do concelho faz-se tendo como mote o retomar das práticas culturais e o reencontro com as artes.

A programação da primeira temporada artística é plural e ambiciosa, pensada para todas as idades e públicos, onde tradição e modernidade se encontram e dialogam. Nos dias 27 e 28 teve lugar a reabertura oficial com o espetáculo, encomendado pelo Município de Tavira, com a cantora Viviane, uma das vozes mais carismática da música portuguesa, e a Banda Musical de Tavira que celebra, este ano, o seu centenário. Foi um encontro único que aliou a tradição enraizada de uma instituição centenária à

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina e Município de Tavira

criatividade contemporânea de uma artista reconhecida nacionalmente – um diálogo entre gerações que honrou o passado, celebrou o presente e projetou o futuro da cultura em Tavira.

O dia 1 de outubro, Dia Mundial da Música, foi assinalado com o concerto da soprano de carreira internacional, Sofia Escobar. No dia 5 é a vez da Orquestra do Algarve apresentar-se com um programa de excelência. Seguem-se outros nomes da cena musical portuguesa: os Capitão Fausto (26 de outubro), Nena (2 de novembro) e A Garota Não (29 de novembro), três projetos de referência que cruzam linguagens, estilos e gerações.

O teatro e as artes de palco estarão, igualmente, em destaque. A 18 de outubro, Fernando Mendes apresenta a

comédia de revista «Insónia» e a 24 de outubro (data em que se assinala o aniversário da inauguração do Teatro em 1917) Ruy de Carvalho sobe ao palco com o espetáculo-homenagem «Ruy, História de(Vida)». O Teatro recebe também iniciativas dedicadas às famílias e à infância. A 25 de outubro, o projeto Musicalmente apresenta «O Melhor Primeiro Concerto», dedicado a bebés, pais e cuidadores.

A 31 de outubro, a Companhia Nacional de Bailado, passados mais de 20 anos, volta a Tavira no âmbito do protocolo com o OPART, apresentando «Quatro Cantos num Soneto / Minus 16». O espírito inclusivo afirma-se com a apresentação de PONTES invisíveis, em colaboração com a Associação Vo’Arte, a Fundação Irene Rolo, a Banda Musical de Tavira e a D Dance Cia, num

espetáculo que celebra a diversidade, partilha, música, dança e o vídeo.

A 6 de novembro, Tavira vive um momento único: pela primeira vez a cidade acolhe uma ópera completa com a apresentação de «La Traviata», de Giuseppe Verdi. Uma grandiosa produção em três atos, com orquestra, solistas da Companhia Opera2001 e o Coro Lírico Siciliano que trará ao palco a intensidade de uma das obras mais célebres do repertório operático mundial. Ainda neste mês, um dos pontos altos será o espetáculo «À Primeira Vista», com Margarida Vila-Nova, um retrato intenso e profundamente humano das fragilidades e contradições das relações. Novembro conta, ainda, com o espetáculo de stand up comedy «Namastê», de Inês Aires Pereira.

Com enfoque na criação local, terá lugar o ciclo Entre Marés e Acordes que desafia artistas de Tavira a criarem em conjunto. Nesta edição, os Poetas Cantados e os G.I.G.G.Y. partilharão o palco num concerto inédito, feito de cumplicidade artística e da fusão entre poesia, música e experimentação sonora. Em dezembro, a música associa-se às celebrações identitárias e festivas. No dia 4, o Teatro assinala o 14.º aniversário da inscrição da Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO com um concerto do projeto tavirense Marenostrum.

Este espaço renovado recebe também o Festival de Bandas da Banda Musical de Tavira, o trabalho final da oficina de expressão dramática da Associação Armação do Artista, intitulado «Era uma vez no Sotavento» e a

tradicional Audição de Natal da Academia de Música de Tavira. A estas iniciativas soma-se o Concerto de Coros de Natal de Tavira que reunirá, num mesmo espetáculo, o Coro Jubilate Deo, o Grupo Coral de Tavira e o Coro da Academia de Música de Tavira. Tempo ainda para o Concerto de Natal da Glenn Miller Orchestra, diretamente de Nova Iorque. Uma das formações mais lendárias do jazz e swing mundial trará a magia intemporal da era dourada das big bands, transformando o primeiro Natal do renovado Teatro num acontecimento verdadeiramente memorável.

O Natal será assinalado, ainda, com o clássico «O Quebra-Nozes», um dos bailados mais aclamados do repertório universal, e com «Movimento e Magia: o Natal de Tavira em Movimento», criado

pela D Dance Cia e Academia de Música de Tavira, com apresentações em dias distintos. A temporada encerra em tom de sátira com Maria Rueff e Joaquim Monchique, protagonistas de «Lar Doce Lar», que exploram com ironia e humor as tensões e absurdos da vida doméstica.

Paralelamente, o foyer do Teatro acolhe dois momentos expositivos: a mostra «Retratos Contados de Ruy de Carvalho», dedicada à vida e obra do ator, com 98 anos de vida e 83 de carreira, permitindo ao público revisitar o percurso de uma das figuras maiores da cultura portuguesa. Entre 15 de novembro e 15 de dezembro, a exposição de fotografia «REFLEXOS» documenta o longo processo criativo e de pesquisa em Tavira do espetáculo comunitário «PONTE Invisível»,

desenvolvido pela CiM – Companhia de Dança, Vo’Arte, Banda Musical de Tavira, D Dance Cia e a Fundação Irene Rolo.

O cinema manterá a sua presença regular, com as Segundas de Cinema, dedicadas ao cinema comercial e a programação do Cineclube de Tavira, focada em cinematografias de autor e alternativas. Em novembro, Tavira volta a integrar a Festa do Cinema Francês, trazendo ao público o melhor da produção contemporânea francesa. Mensalmente, será possível participar nas visitas guiadas «O Avesso da Cena», que visam dar a conhecer as zonas habitualmente inacessíveis ao público –como a teia, os camarins ou a régie –permitindo descobrir os bastidores e o funcionamento interno de um teatro. Paralelamente, serão desenvolvidos projetos de mediação

artística envolvendo a comunidade escolar do concelho, através de oficinas, espetáculos e conversas, aproximando os mais jovens das artes e criando hábitos de participação cultural desde cedo. Serão promovidas, igualmente, ações de formação na área da cultura.

Em 2026, o Teatro acolhe o tradicional Festival de Charolas, o espetáculo «AmarAmália», pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo do coreógrafo Vasco Wellenkamp e a aclamada peça de teatro «Catarina e a Beleza de Matar Fascistas», com texto e encenação de Tiago Rodrigues. O primeiro trimestre do próximo ano conta, ainda, com João Baião e a sua contagiante energia em «Baião d’Oxigénio».

Festa de Encerramento da Semana Europeia do Desporto 2025 homenageou Isaac Nader e Reinaldo Teixeira

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

ste ano, o Encerramento da Semana Europeia do Desporto aconteceu em São Brás de Alportel, no dia 29 de setembro, resultado da parceria entre a Direção Regional do Algarve do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude e o Município de São Brás de Alportel, sendo

igualmente de destacar a estreita colaboração e cooperação com as restantes autarquias, associações de modalidade e clubes desportivos. Por ocasião desta grande Festa, o IPDJ homenageou o atleta Isaac Nader, que se sagrou campeão mundial dos 1.500 metros, assim como Reinaldo Teixeira, eleito Presidente da Liga de Futebol e, pelo IPDJ, dirigente do ano.

O Centro Desportivo de São Brás de Alportel transformou-se, naquele final de tarde, início de noite, num enorme campo desportivo #BEACTIVE, com 24 modalidades desportivas presentes e a realização de uma marcha e corrida. Entre ambas as dinâmicas, foram muitos os participantes a praticar exercício físico, de todas as idades e condições. Uma festa onde se respirou saúde, muita animação e energia positiva, honrando o verdadeiro conceito de «Desporto para Tod@s».

Vítor Guerreiro, Presidente da Câmara Municipal de S. Brás de Alportel, Aurora

Cunha, atleta olímpica e embaixadora do PNED – Plano Nacional de Ética no Desporto, e Custódio Moreno, Diretor Regional do IPDJ Algarve, foram os anfitriões que fizeram as honras deste megaevento desportivo. Entre os cerca de 60 convidados de honra que fizeram questão de marcar presença contaram-se muitos dirigentes das associações de modalidade, federações e clubes desportivos, atletas olímpicos, campeões mundiais e europeus, embaixadores PNED, treinadores, representantes de Municípios, da CCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional

Republicana, do SIS – Serviço de Informações de Segurança, entre muitos outros. Um final de dia inesquecível que espelhou a força e o dinamismo do desporto no Algarve.

Recorde-se que a Semana Europeia do Desporto é uma iniciativa da Comissão Europeia, que visa promover a prática de

desporto e atividade física, bem como sensibilizar para as numerosas vantagens de ambos. É um acontecimento à escala europeia, com atividades que decorrem em vários países, de 23 a 30 de setembro. No Algarve, durante esta semana, foram realizados mais de 200 eventos/iniciativas, de natureza diversa, em todos os concelhos algarvios.

Gala dos 55 Anos da RTA marcou celebrações do Dia

Mundial do Turismo no Algarve

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Algarve assinalou o Dia Mundial do Turismo (27 de setembro) com um programa festivo e diversificado que envolveu residentes, visitantes e parceiros do setor e cujo ponto alto foi a Gala dos 55 Anos da Região de Turismo do Algarve, realizada no Salão Miralago do Casino de Vilamoura.

O evento juntou diversas personalidades, dirigentes associativos e autarcas e foi pautado por várias homenagens e distinções, começando desde logo pelo justo reconhecimento aos trabalhadores da RTA e aos seus expresidentes Desidério Silva e João Fernandes. Foram depois atribuídas Medalhas de Mérito Turístico à Federação Portuguesa de Ciclismo, AFPOP – Associação de Residentes Estrangeiros em Portugal, Hélio Ramos, Tertúlia Algarvia, Agigarve, Loulé

Criativo, Via Algarviana, Rota Vicentina, Grupo Pestana, João Leal, Orquestra do Algarve e à Lavrar o Mar – Cooperativa Cultural CRL. A Medalha de Ouro do Turismo foi entregue a Paulo Pinheiro (título póstumo), Elidérico Viegas (título póstumo), Luís Filipe Madeira, Reinaldo Teixeira, Alberto Mota Borges, Pedro Latvia e Isolete Correia.

No encerramento das comemorações dos 55 anos de vida da Região de Turismo do Algarve, André Gomes lembrou que, desde a sua fundação, em 1970, a RTA foi liderada por personalidades que marcaram de forma indelével a instituição e o destino, como Pearce de Azevedo, Joaquim Manuel Cabrita Neto, Luís Filipe Madeira, Horácio Cavaco, Paulo Neves, Hélder Martins, António Pina, Nuno Aires, Desidério Silva e João Fernandes, “cada um com um papel

determinante na construção do legado que hoje celebramos” “Graças ao seu trabalho, o Algarve consolidou-se como o principal destino turístico nacional e uma referência internacional”, elogiou o atual líder do Turismo do Algarve, cargo para o qual foi eleito em 2023.

Um caminho que não foi sempre fácil, “pois o Algarve enfrentou crises económicas que abalaram o turismo internacional, a mais recente pandemia que paralisou o mundo, fenómenos de instabilidade geopolítica que afetaram os fluxos aéreos, e até os efeitos das alterações climáticas, que nos desafiam a gerir de forma mais sustentável os nossos recursos, em especial a água”. “Enfrentámos também mudanças estruturais ligadas à sazonalidade, à transformação digital, à evolução das preferências dos viajantes e à crescente

exigência dos residentes em compatibilizar turismo com qualidade de vida. Mas, em todas estas circunstâncias, o Algarve soube responder com resiliência e criatividade: diversificou a sua oferta, reforçou a conectividade aérea, apostou em novos produtos turísticos e consolidou a sua imagem de destino seguro, autêntico e acolhedor”, salientou André Gomes, motivo pelo qual “hoje, não celebramos apenas um passado de vitórias: celebramos, sobretudo, a capacidade de nos reinventarmos e de continuarmos a ser líderes no panorama turístico nacional e internacional”

Para o dirigente, o futuro do turismo joga-se em terrenos que exigem responsabilidade e constante inovação. “A sustentabilidade deixou de ser uma opção para passar a ser uma exigência do nosso tempo, dos viajantes e das

comunidades locais. O Algarve está comprometido com uma agenda de transformação que integra tecnologia, inovação e adaptação às alterações climáticas”, frisou. É nesse caminho que se insere o selo de eficiência hídrica Save Water, um projeto pioneiro a nível nacional que já permitiu reduzir significativamente o consumo de água nos empreendimentos turísticos da região. “São medidas concretas como esta que mostram que é possível avançar com ambição, preservando ao mesmo tempo os recursos naturais que sustentam o nosso destino”, apontou, acrescentando que a “sustentabilidade também se mede na forma como conseguimos estender a atividade turística a todo o ano e a todo o território, distribuindo melhor os benefícios do setor e envolvendo todas as comunidades” “Queremos que o Algarve continue a ser reconhecido

pelas suas praias e pelo golfe, mas também pelas suas serras, aldeias, vinhos, gastronomia, cultura e eventos. Apostar em experiências diversificadas, que valorizam tanto o litoral como o interior, significa oferecer oportunidades a mais pessoas, reduzir a pressão sobre os recursos e reforçar a identidade autêntica da região. É este o desafio: sermos um destino competitivo, mas também equilibrado, justo e inclusivo”, defende André Gomes.

Certo é que a competitividade internacional da região nunca foi tão forte e a ligação direta aos Estados Unidos, iniciada este ano, revelou-se uma verdadeira aposta ganha. Em 2024, o número de dormidas de turistas norteamericanos já ultrapassou em cerca de 93 por cento os valores registados no

período pré-pandemia e, até julho de 2025, esse mercado continua a crescer de forma expressiva, com mais 13,7 por cento de dormidas face ao ano anterior. “Tudo isto confirma o enorme potencial dos EUA para o futuro do Algarve. Este resultado evidencia como a diversificação de mercados é essencial para aumentar a resiliência do destino e reduzir a dependência dos fluxos tradicionais. O mesmo se aplica aos mercados nórdicos, que têm vindo a crescer de forma consistente e que procuram cada vez mais produtos ligados à natureza, ao bem-estar, à gastronomia e à autenticidade”, destacou André Gomes. “Hoje, os visitantes chegam não apenas pelas praias e pelo golfe, mas também pela cultura, pelo património, pelos vinhos e pelas experiências únicas que só o Algarve sabe oferecer — fruto do

trabalho, da visão e da dedicação de muitos de vós que aqui estão esta noite”, declarou.

Tudo isto contribuiu para a valorização da marca «Portugal» e o Algarve é, para muitos, a porta de entrada no país, sendo também a imagem que levam para o mundo: um destino que combina tradição e modernidade, hospitalidade e qualidade. “Prova disso são os reconhecimentos internacionais que o Algarve tem repetidamente conquistado, com as nossas praias distinguidas como as melhores do mundo e os nossos campos de golfe reconhecidos entre os mais prestigiados da Europa e do planeta. Cada galardão acrescenta valor à região, mas também ao país, projetando a nossa identidade e reforçando a confiança de quem nos escolhe. Somos, por isso, parte

essencial do prestígio que Portugal conquistou na cena internacional e um dos maiores embaixadores da marca nacional no mundo”, salientou o presidente da RTA.

Recorde-se que o turismo é, como refere a ONU Turismo, a indústria da paz e do sorriso e é essa a essência que André Gomes quer continuar a cultivar: “A de uma região que acolhe, que partilha e que se reinventa, sempre com as pessoas no centro. Nesta noite celebramos, não apenas o Dia Mundial do Turismo e os 55 anos da Região de Turismo do Algarve, mas também a vitalidade, a criatividade e a determinação de todos os que contribuem para o sucesso desta atividade”.

Campinense e Louletano conquistam Supertaça do Algarve de Futsal

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Pavilhão

Multiusos 25 de Abril, em Almancil, recebeu, no dia 28 de setembro, a Supertaça do Algarve de Futsal, organizada pela Associação de Futebol do Algarve com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, e assistiu a duas partidas bastante equilibradas e com desfecho incerto até ao apito final do árbitro.

Em Seniores Femininos, a Juventude Sport Campinense e o SBRU Parchalense bateram-se de igual para igual e terminaram o tempo regulamentar empatadas a zero, por mérito das duas guarda-redes e por algumas finalizações à boca da baliza menos conseguidas. A vitória acabou por sorrir, no desempate por grandes penalidades, por 4-3, para a equipa do concelho de Loulé, numa partida emocionante em que qualquer uma das formações teria sido uma justa

vencedora. Vanessa Batista, guardaredes da Juventude Sport Campinense, foi eleita a melhor em campo.

Em Seniores Masculinos, a partida colocou frente-a-frente duas equipas do concelho de Loulé, o Louletano Desportos Clube e o Quarteira Futsal Clube, num jogo impróprio para cardíacos. O Louletano tomou a liderança inicial, os oponentes de Quarteira viraram o resultado para 3-1 e, nos minutos finais da primeira parte, aproveitando os livres diretos, o Louletano repôs a igualdade.

A segunda parte foi ainda mais intensa e jogada a um ritmo avassalador, com alternâncias sucessivas no marcador. Quando já se começava a pensar que a partida iria também para as grandes penalidades, o Louletano marcou o golo final com menos de dois minutos no cronómetro. Depois, foi gerir, com muita garra, o resultado até ao apito final, numa vitória por 6-5 na derradeira partida de um fim-de-semana onde Almancil foi a capital do futsal algarvio. Miguel Brito, do Louletano Desportos Clube, foi considerado o melhor em campo.

CENTRO CULTURAL DE À NOVA PRODUÇÃO DE PARA A COMPANHIA INSTÁVEL

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

LAGOS ASSISTIU DE CLARA ANDERMATT INSTÁVEL

o Terreiro ao Mundo» é a nova criação da conceituada coreógrafa Clara Andermatt para a Companhia Instável com base na tradição dos Pauliteiros de Miranda, tendo subido ao palco do Auditório Duval Pestana do Centro Cultural de Lagos no dia 26 de setembro. “É a dança que atravessa o tempo. Os passos desenham laços de fé, luta e ofício. O que começa no adro expandese para além, em corpo e memória, segue caminho, faz-se mudança e força viva”, descreve a companhia.

O novo espetáculo da Companhia Instável para 2025 responde ao desafio lançado pelo Teatro Municipal de Vila Real, que propôs um projeto a partir do universo dos Pauliteiros de Miranda e para o qual foi convidada a coreógrafa Clara Andermatt. Com raízes na chamada «dança das espadas», são uma das principais expressões tradicionais do nordeste transmontano, com elementos guerreiros, religiosos e rituais. E, desde abril de 2025, as Danças Rituais dos Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro integram o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

«Do Terreiro ao Mundo» tem Direção e Coreografia de Clara Andermatt, Composição Musical de Luís Pedro Madeira, Assistência Artística e Ensaiadora Vera Santos e é interpretada por Afonso Cunha, Deeogo Oliveira, Noel Quintela, Sérgio Cobos, Tiago Miguel e Tiago Soares. A produção da Instável –Centro Coreográfico é, conforme referido, uma encomenda do Teatro Municipal de Vila Real em coprodução com o Centro Cultural de Lagos. A Instável – Centro Coreográfico é apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.

BERNARDO EMÍDIO ALENTEJANO AO AO

EMÍDIO LEVOU O CANTE

AO CHOQUE FRONTAL VIVO EM PORTIMÃO

Texto: Vera Lisa| Fotografia: Vera Lisa

o dia 25 de setembro, o auditório do TEMPO – Teatro Municipal de Portimão recebeu mais uma edição do programa Choque Frontal ao Vivo, da Alvor FM, apresentado por Júlio Ferreira e Ricardo Coelho e que contou com a presença do músico Bernardo Emídio.

Natural de Beja e com apenas 30 anos, Bernardo Emídio tem já um percurso que espelha a riqueza e a versatilidade da música portuguesa. O gosto pela música surgiu cedo e aos 10 anos iniciou-se como baterista numa banda de rock, antes de prosseguir estudos no Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Mais tarde, aprofundou conhecimentos de jazz no Hot Club, criando uma base sólida e aberta a diferentes linguagens.

Aos 17 anos juntou-se aos Adiafa, onde se destacou como percussionista e vocalista. Com o grupo partilhou o palco com alguns dos maiores nomes do panorama nacional e participou em mais de nove discos. Em 2025, surpreendeu o país ao apresentar-se a solo no Got Talent Portugal, competição televisiva onde alcançou a final e conquistou tanto o público como o júri. No passado dia 28 de abril lançou o seu primeiro EP, trabalho que reflete a sua visão artística e o desejo de reinventar o Cante Alentejano, tradição que defende com paixão e criatividade.

Durante a sua passagem pelo Choque Frontal ao Vivo, Bernardo Emídio não só interpretou alguns temas, como também partilhou histórias da sua carreira, falou sobre o novo projeto e revelou a sua perspetiva para o futuro do Cante Alentejano, que pretende manter vivo e em constante renovação.

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