ED 3 CBO2020 ESPECIAL CBO20206|SET ESPECIAL
Retinopatia Diabética
Na manhã deste domingo, dia 6 de setembro, especialistas se reuniram na sala 8 para falar sobre retinopatia diabética. Em painel moderado por Carlos Augusto Moreira Neto e Silvana Maria Pereira Vianello, um dos assuntos abordados foi como conduzir o tratamento de edema macular em caso de paciente que queira engravidar já que é contra-indicado o uso de anti-VEGF durante a gestação.
Paulo Henrique de Avila Morales falou da importância de ter a paciente e a família mais perto do médico neste momento. “Você não vai convencê-la a não engravidar, então tem de trazê-la mais perto porque existem alterações hormonais e fatores vaso dilatadores que aceleram o processo. Se a pessoa já tem retinopatia há maiores chances de aborto no início da gravidez”, comentou. O médico Paulo Augusto de Arruda Mello Filho contou que costuma pedir exame beta HCG em paciente com diabetes 1 antes de iniciar o tratamento com antiangiogênicos porque às vezes ela não sabe que está grávida. “É um quadro que evolui muito rápido e a principal forma de tratar edema (o anti-VEGF) não pode ser usada. Para quem deseja engravidar, eu daria 4 meses da última aplicação para liberar a gestação. É importante colocar um cinto de segurança porque a estrada será sinuosa”, disse.
Evandro Luis Rosa aprovou a conduta do colega. “Isso é genial porque diminui o risco e a paciente se sente mais protegida. Tenho história de uma paciente que piorou a retinopatia e não sabia que estava grávida. Se não tiver a retinopatia diabética controlada, vai se tornar proliferativa e pode terminar a gestação com quadro mais grave. Neste caso, anos depois de ter tido o bebê, ela não tem mais retinopatia”, exemplificou. Um ponto levantado por todos os participantes do painel é que independente do momento da pessoa, já grávida ou prestes a engravidar, o importante é deixá-la saber que médico e paciente estarão juntos nesta jornada.
Gestão e oftalmologia
Gestão de Serviços Oftalmológicos: Como e Quando Ensinar? foi tema de painel realizado na manhã do dia 6 setembro durante o CBO 2020. Coordenado por Cristiano Caixeta Umbelino, Frederico Valadares de Souza Pena e José Beniz Neto, a atividade discutiu a importância do conhecimento de gestão para o dia a dia.
Paulo Marcos Souza comentou que a medicina digital tem de entrar não só na parte assistencial, mas também na administrativa. “No Instituto Latino Americano de Gestão de Saúde criamos uma plataforma de aprendizado à distância e reunimos autores para elaborar cursos com foco gerencial que não são encontrados na academia”, explicou. Entre esses cursos estão ética, novos formatos de pagamento e governança. “Conclamo os colegas a aprenderem. Tem de ter demanda pelo aprendizado, pelo auto-conhecimento”, finalizou. Professora da Universidade de Miami, Zélia Correa, pontuou os tópicos que são importantes na formação fora do Brasil. Entre eles estão psicologia das lideranças e cooperação, interação com políticos, questões éticas e legais, relações com a indústria farmacêutica e regulamentação profissional. “Fora do país somos constantemente vigiados para ter uma conduta que espelhe a reputação da nossa profissão”, ressaltou. Para terminar, ela disse que liderança é baseada em inspiração e não em dominação, em cooperação e não em intimação.
Já Maria Auxiliadora Monteiro Frazão explicou que o caminho do conhecimento exige versatilidade para percorrer espaços nunca antes percorridos. “O campo de atuação das profissões tem tido
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