MENSAGENS da ORGANIZAÇÃO
A cidade da Praia acolhe, de 15 a 18 de outubro do corrente ano, o XIII EELP – Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, desta feita sob o tema Central “Independencia, Literatura e Inteligência Artificial” e em celebração dos cinquenta anos de Cabo Verde livre e independente.
Pois, é com um misto de satisfação e entusiasmo que o país da morabeza receberá pela oitava vez consecutiva, este que já é um dos mais consagrados eventos literários da comunidade lusófona.
Desta feita, os escritores e o público presentes no certame, presidido por sua Excelência o Sr. Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, terão a oportunidade de debruçar e aprofundar os sub-temas: Literatura e desenvolvimento: o contributo da UCCLA; Camões e a diversidade das identidades literárias da Língua Portuguesa; Literatura, Liberdade e humanização: 50 anos de independência e Cultura e inteligência artificial. Efectivamente, trata-se de temáticas desafiantes e, obviamente, conectadas ao momento que o mundo e o país atravessam e cujos debates, certamente, contribiurão para um melhor entendimento do passado, uma compreensão mais efetiva do presente e uma atitude mais pró-ativa no tocante ao desafio de pensar o amanhã.
Ciente deste manancial a Câmara Municipal da Praia, tem presente que a literatura constitui um espaço de conformação de diferentes cosmovisões e de despertar de consciências num mundo pejado de incertezas, tem dispensado uma atenção especial à produção literária, enquanto suporte essencial na compreensão da realidade e na projeção de novos futuros, mas também, enquanto instrumento crucial na formação do pensamento crítico e ferramenta de resistência.
Jorge Garcia
Vereador da Cultura e Economia Criativa da Câmara Municipal da Praia
O XIII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa (EELP), representa o oitavo realizado no âmbito de uma iniciativa da Câmara Municipal da Praia, a que a UCCLA, União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, prontamente se associou.
Trata-se de um evento da maior relevância, que marca, a cada ano, não só, o enorme vigor, artístico e lírico, da Língua Portuguesa, mas também o dinamismo cultural e literário desta bela cidade capital.
Serve o presente ensejo para expressar, a propósito, o meu profundo agradecimento às digníssimas autoridades de Cabo Verde - essa terra de mar e de saudade e de sonhadoras e laboriosas gentes - ao senhor Presidente da Câmara Municipal da Praia, Dr. Francisco Carvalho, à vereação, e aos demais membros dos órgãos autárquicos e serviços municipais, pela constante colaboração e proficiente apoio no quadro de uma parceria com a UCCLA, que se revelou inovadora, criativa e fértil na promoção, no incentivo e na divulgação dos grandes nomes de escritores em português.
A presente edição assume particular pertinência e atualidade ao adotar o tema “Independência, Literatura e Inteligência Artificial”. Assim, refletir-se-á sobre os reptos imensos de hoje e do devir, a médio e a longo termo, no que respeita à arte, à cultura e à literatura das sociedades humanas, num contexto quase de ficção científica, quase de invenção pura, de máquinas que saberão pensar, que saberão, quiçá, até imaginar e sentir…
Temas diversos, mas ainda assim conexos, animarão, igualmente, o presente encontro, tais como “A literatura e o Desenvolvimento: o contributo da UCCLA” (no âmbito das comemorações do V Centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões e do Prémio de Revelação Literária “Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa”), “Literatura, Liberdade e Humanização: 50 Anos de Independência” e “Cultura e Inteligência Artificial”. Ao longo das várias edições do EELP, tem sido nossa preocupação congregar, em função dos temas propostos, personalidades de reconhecido mérito oriundas de todos os países
de língua oficial portuguesa. Já participaram nestes eventos escritores deveras renomados, premiados com os mais importantes galardões literários da lusofonia, incluindo seis vencedores do Prémio Camões: Arménio Vieira, Eduardo Lourenço, Germano Almeida, João Ubaldo Ribeiro, Pepetela e Mia Couto.
A todos os autores que aceitaram o convite para o presente XIII Encontro, manifesto sincera gratidão. Agradeço outrossim à prestigiada Academia de Letras Cabo-Verdiana e à Sociedade Cabo-Verdiana de Autores, bem como à Empresa de Mobilidade de Estacionamento da Praia, cujo inestimável patrocínio tem, ao longo dos anos, permitido a realização de tão prestigiada cerimónia.
A riqueza cultural de Cabo Verde — expressão de uma intensa e diversificada vida artística — encontra nos EELP um espaço privilegiado de partilha e valorização.
Cumpre também a estes encontros resgatar da memória grandes nomes da literatura cabo-verdiana, como Corsino Fortes e Jaime de Figueiredo, perpetuando o legado de quem construiu, com palavras, com ideias e com sonhos a identidade de Cabo Verde e da lusofonia.
No contexto das comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, muito me apraz ofertar à cidade da Praia, tão única e tão inspiradora, um busto desse grande poeta da Língua Portuguesa. Aquele que a formatou, sem condicioná-la, que a inventou, dando-lhe a possibilidade de crescer e de se diversificar, por exemplo, neste belo crioulo aqui falado.
Camões, o poeta antigo que falava de amor como ninguém, que descrevia, num lirismo inimitável e intemporal, os mais simples e os mais complexos sentires da alma lusófona, que nunca foi para si apenas portuguesa, mas antes era composta de múltiplos, de diversos e de complementares humores, emoções e pensamentos, tantos quantas as nações que, entretanto, se formaram e que falam o nosso idioma comum.
A presente oferta foi gentilmente patrocinada pela Porto Editora, a quem endereço uma palavra de reconhecimento e de muito apreço, tratando-se de uma empresa portuguesa de notoriedade, que muito contribui para o panorama da cultura e da educação em língua portuguesa.
Do lado da UCCLA, este gesto pretende simbolizar a união e a fraternidade entre Lisboa e a Praia, mas também Luanda, Bissau, Dili, Macau, São Tomé, Maputo, e todas as demais cidades membros da nossa União.
Muito me honra, além disso, que a entrega do busto de Luís de Camões e o respetivo descerramento aconteçam em paralelo com este Encontro de Escritores, justamente para marcar uma linha de enorme afinidade e de comunhão, em sede de cultura, mas também, mais em geral, em sede de cooperação, de entreajuda e de confiança mútua e coletiva.
Luís Álvaro Campos Ferreira
Secretário-Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa
PROGRAMA XIII EELP
16 A 18 DE OUTUBRO 2025 | CIDADE DA PRAIA, CABO VERDE
TEMA GERAL:
INDEPENDÊNCIA, LITERATURA, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
PARTICIPANTES
Adolfo Lopes – Cabo verde
Alice Goretti Pina – São Tomé e Príncipe
Arménio Vieira – Cabo Verde (com texto)
Cláudio Silva – Vencedor do Prémio Literário –Angola/Portugal
Dina Salústio – Cabo Verde
Emílio Tavares Lima – Guiné-Bissau
Germano Almeida – Cabo Verde
Hélia Correia – Portugal
Hélio Varela– Cabo Verde (vídeo)
Isabel Castro Henriques - Portugal (vídeo)
Israel Campos – Angola
Joaquim Ng Pereira – Macau/China
João de Sousa – A Bela e o Monstro editora/ edição comentada d’os Lusíadas, Portugal
Manuel Alegre – Portugal (com texto)
Manuel Pereira Silva – Cabo Verde
Nardi Sousa – Cabo Verde
Ozias Filho – Brasil
Paulo Veríssimo - Cabo Verde
Princezito – Cabo Verde
Ricardo Araújo Pereira – Portugal
Sérgio Raimundo – Moçambique
Silvino Évora – Cabo Verde
Teresa Moure Pereiro – Galiza
LOCAIS: Biblioteca Nacional de Cabo Verde e Hotel Barceló
TEMA GERAL:
INDEPENDÊNCIA, LITERATURA, INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
SUBTEMAS
1. LITERATURA E DESENVOLVIMENTO: O CONTRIBUTO DA UCCLA
A. V Centenário do Nascimento de Luís Vaz de Camões
B. PRÉMIO DE REVELAÇÃO LITERÁRIA: Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa
2. LITERATURA, LIBERDADE E HUMANIZAÇÃO: 50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA
3. CULTURA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
16 DE OUTUBRO
10h30 – 12h00 | ENCONTRO DE ESCRITORES COM ESTUDANTES:
uma escola secundária
Universidade de Cabo Verde
14h00 – 15h00 | ABERTURA OFICIAL (10m cada)
Local: Biblioteca Nacional de Cabo Verde
Presidente da ACL – Daniel Medina
Presidente da EMEP – José António Fernandes
Secretária-Geral Adjunta da UCCLA – Paula Leal da Silva
Vereador da Cultura e Economia Criativa – Jorge Garcia
Presidente da República de Cabo Verde – José Maria Neves (20m, com homenagem à INDEPENDÊNCIA e ao V centenário de Camões)
15h00 -15h45
| INAUGURAÇÃO DO BUSTO DE LUÍS DE CAMÕES
Local: Biblioteca Nacional de Cabo Verde
Presidente da República de Cabo Verde – José Maria Neves
Presidente da Câmara Municipal da Praia – Francisco Carvalho
Secretária-Geral Adjunta da UCCLA – Embaixadora Paula Leal da Silva
Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas – Augusto de Albuquerque Veiga
16h00 – 16h15 | PAUSA CAFÉ
LITERATURA E DESENVOLVIMENTO: O CONTRIBUTO DA UCCLA
LOCAL: Biblioteca Nacional de Cabo Verde
16h00 – 17h20
|
CAMÕES
E A DIVERSIDADE DAS IDENTIDADES LITERÁRIAS DA LÍNGUA PORTUGUESA:
Moderador: Rui Lourido
Com os Prémios Camões:
Arménio Vieira (Texto de)
Germano Almeida,
Manuel Alegre (Texto de)
Hélia Correia (Texto de)
Centro Cultural Português, em Cabo Verde
João Pinto de Sousa, editor da Bela e o Monstro e da obra Edição Comentada e Ilustrada d’Os Lusíadas
17h20 -18h00 | LITERATURA E HUMOR
Ricardo Araújo Pereira – Portugal
Perguntas e respostas da assistência
DIA 17 OUTUBRO
LOCAL: Hotel Barceló
LITERATURA E DESENVOLVIMENTO: O CONTRIBUTO DA UCCLA
9h30 – 10h15 | APRESENTAÇÃO DO PRÉMIO DE REVELAÇÃO LITERÁRIA UCCLACML: NOVOS TALENTOS, NOVAS
OBRAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
Coordenador Cultural da UCCLA – Rui Lourido
Germano Almeida, membro do júri
Premiado: Claúdio da Silva, Angola/Portugal
PAUSA CAFÉ
10h15 – 13h00 | LITERATURA E DESENVOLVIMENTO
Moderador: Paulo Veríssimo
Teresa Moure - Galiza
Joaquim Ng Pereira – Macau/China
Ozias Filho – Brasil
Daniel Medina – Cabo Verde
Vera Duarte – Cabo Verde
12h00 – 12h30 - DEBATE
15h00 – 17h30 | LITERATURA,
50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA
Moderadora: Cheila Delgado
LIBERDADE E HUMANIZAÇÃO:
• Isabel Castro Henriques (vídeo) – Portugal
• Alice Goretti Pina – São Tomé e Príncipe
• Manuel Pereira Silva – Cabo Verde
• Nardi Sousa – Cabo Verde
• Dina Salústio – Cabo Verde
17h00 -17h30 - DEBATE
DIA 18 OUTUBRO
LOCAL: Hotel Barceló
9h30 – 11h30 |
CULTURA, LITERATURA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Moderador: Adolfo Lopes
Sérgio Raimundo – Moçambique
Israel Campos – Angola
Emílio Tavares Lima – Guiné-Bissau
Silvino Évora – Cabo Verde
Hélio Varela (Gravação) – Cabo Verde
Princezito – Cabo Verde
11h30 -12h00 - DEBATE
12h00 - 12h45 | ENCERRAMENTO -
Secretária-Geral Adjunta da UCCLA – Paula Leal da Silva
Presidente da Câmara Municipal da Praia – Francisco Carvalho
Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas – Augusto Veiga
ATIVIDADES PARALELAS:
Lançamento do Livro do Escritor Manuel Pereira Silva (Manecas) – 18 de outubro, 17 horas, Paços do Concelho
Feira de Sabores & Tradições – via pedonal do Plateau, 15 a 31 de outubro, das 10 horas às 17 horas
BIOGRAFIAS
ALICE GORETTI PINA
Alice Goretti Dias Xavier de Pina, criadora de moda santomense com marca registada Goretti Pina Fashion reside em Portugal desde o ano 2000. Formada em Direito, com especialidade em Criminologia, cursou também Escrita Criativa para Televisão, Gestão Empresarial e Marketing para a Indústria do Vestuário.
Trabalhou como professora e como mediadora intercultural nas áreas da Saúde, Educação e Intervenção Comunitária.
Foi finalista do Prémio PALOP do Livro 98. Ganhou o concurso “Criar Lusofonia” promovido pelo Centro Nacional de Cultura/Ministério da Cultura de Portugal, em 2010 e em 2014.
Tem sido agraciada com algumas homenagens em reconhecimento do seu trabalho na literatura, nas artes, na cultura e na intervenção cívica tendo sido a mais recente, o Troféu Afrolic, em outubro de 2023, UFES – Brasil.
Tem textos publicados em diversas antologias de poesia e de conto em vários países.
O romance No dia de São Lourenço / O Encanto do Auto de Florípes tem servido de base para teses académicas.
É Embaixadora de São Tomé e Príncipe da União Mundial de Escritores e Artistas.
Foi distinguida com o Prémio Literário “Guerra Junqueiro” em 2024.
ADOLFO VARELA
Adolfo Lopes Varela (N’Gosi Nelly) nasceu no Tarrafal de Santiago, Cabo Verde, a 14 de abril de 1993. Escritor, poeta e investigador. Licenciado em Ciências Políticas e
Relações Internacionais e com curso de Especialização Tecnológica em Gestão
Administrativa de Recursos Humanos, ambos pela Universidade Lusófona. Mais tarde, especializou-se em Direitos Humanos, com enfoque na igualdade e equidade de género, pela Universidade Metropolitana de Manchester, no Reino Unido. É Mestre em Gestão Administrativa dos Recursos Humanos e do Conhecimento pela Universidade Jean Piaget. A sua escrita é influenciada pela poetisa cabo-verdiana Ineida Nelly e pela escritora e dramaturga nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, fusão de referências que inspirou o nome literário N’Gosi Nelly.
Em 2014, estreou-se com a obra Rabés di Mundu, num concurso para jovens escritores promovido pela Corpos Editora, Porto, Portugal. Em 2022, integrou a antologia poética Canja pa nos Alma. Nesse mesmo ano, participou na segunda fase do projeto de investigação sobre as variedades linguísticas de Cabo Verde, com foco na ilha do Sal, trabalho que dará origem ao segundo volume da coletânea Sanpabadiu. Em 2023, publicou o primeiro romance, No Colour Love (Kriolidades), explorando influências do português, espanhol, italiano, wolof, mandinga e fula. Em 2024 lançou Dunas Sem Areia, romance no contexto da descolonização portuguesa. Em setembro de 2025 lançou Mares de Águas Secas.
CHEILA DELGADO
Cheila Cristina Évora Delgado é uma apaixonada pela escrita criativa, natural de Ribeira Grande na ilha de Santo Antão, Cabo Verde. Formada em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas pela Universidade Estadual de Londrina, no Brasil, Cheila faz a sua estreia com o livro de poesias “Poetisa não, por favor” (2023).
Especialista em conteúdos para o marketing digital, editora do blog da Páginas Amarelas de Cabo Verde de 2015 a 2024. No voluntariado atuou como Coordenadora de Comunicação da Geração B-Bright, uma plataforma jovem que incentiva a liderança e a criatividade entre os jovens, de 2021 a 2024.
Cheila também foi Coordenadora de Comunicação do TEDx Praia 2021, um evento internacional que licencia organizações independentes em diversos países. Mentora do Projeto Escrita Criativa na Escola Primária Eugénio Tavares, em 2023/2024. Atuou como Docente na Universidade Lusófona de Cabo Verde no ano letivo 2023/2024. Atualmente é Coordenadora de Comunicação da Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS).
CLÁUDIO DA SILVA
Cláudio da Silva nasceu em 1974 no Huambo, Angola, e vive em Lisboa, entre o centro e a periferia, desde 1978. É licenciado em Línguas Estrangeiras Aplicadas e bacharel em Teatro. É actor, encenador, tradutor, dramaturgo, dramaturgista e poeta e tem desenvolvido o seu percurso profissional nas áreas do Teatro, Cinema, Dança e Televisão.
Recebeu o prémio SP/RTP Melhor Actor de Cinema pela interpretação no Filme do Desassossego de João Botelho (2011), o Globo de Ouro SIC/Caras para melhor actor de Teatro pela interpretação em Se Isto é Um Homem de Rogério de Carvalho (2021) e venceu a 10ª edição do Prémio Revelação Literária UCCLA/C.M.Lisboa pela autoria de Boi (2025). É co-fundador e dinamizador da Associação Cultural e Ecológica Palettentheater Kollektiv.
DANIEL MEDINA
Daniel Medina nasceu em Cabo Verde e é professor universitário, jornalista, escritor, formador e investigador.
É presidente do Conselho Independente da Radiotelevisão Cabo-Verdiana, presidente da Academia Cabo-Verdiana de Letras, Vice-Presidente da Sociedade Cabo-Verdiana de Autores e Membro da União Internacional dos Escritores Lusófonos. Tem vários livros publicados nas áreas da poesia e da prosa e participações em livros e revistas científicas.
DINA SALÚSTIO
Bernardina de Oliveira Salústio, Dina Salústio, nasceu em Santo Antão, Cabo Verde, 1941. Sócia fundadora da Associação dos Escritores Cabo-Verdianos; Organização das Mulheres de Cabo Verde; Sociedade Cabo-Verdiana de Autores; Academia Cabo-Verdiana de Letras; Sociedade Literária PEN Clube de Cabo Verde, membro da Academia Sergipana de Letras; Academia Ludovicense de Letras; Vice-Presidente da Sociedade Brasileira da Cultura Latina para Cabo Verde.
Galardoada pelo Governo de Cabo Verde com a Ordem do Mérito Cultural (2005) e com a 1.ª Classe da Medalha do Vulcão pelo Presidente da República de Cabo Verde (2010).
PUBLICAÇÕES: “A Montanha Branca e seus Mistérios” infantojuvenil, 2024; “Uma Menina de Cristal e outras crónicas” crónicas, 2023; “VEROMAR” romance, 2019; “Filhos de Deus” contos, 2018; “Filhas do Vento” romance, 2009; “Cabo Verde 30 Anos de Edições - 1975-2005” catálogo-enciclopédico, 2005; “O Que os Olhos não Veem” infantojuvenil (coautora) 2002; “Violência Contra as Mulheres” estudo, 2001; “Estrelinha Tlintlim” infantojuvenil, 2000; “A Louca de Serrano” romance, 1998 (traduzido para inglês e publicado em Cabo Verde e Reino Unido); “Mornas eram as Noites” contos, 1994 (traduzido para espanhol e publicado em Cabo Verde, Portugal, Espanha e Brasil - inscrito como um clássico da literatura cabo-verdiana). Foram muitos os prémios e homenagens que recebeu ao longo da sua vida.
EMÍLIO TAVARES LIMA
Nasceu na Guiné-Bissau.
Escritor, Poeta e Comunicólogo
Licenciado em Ciências da Comunicação e Cultura e atualmente estudante de Desenvolvimento Comunitário na Universidade de Glasgow, Escócia, Emílio também possui formação superior em Administração e Tecnologias da Informação.
É autor de diversos livros de poesia e romance, mentor de duas antologias – incluindo uma com mais de 46 jovens guineenses – e colaborador em mais de 15 coletâneas. O seu primeiro romance foi recomendado para estudo universitário na Universidade Amílcar Cabral (UAC).
Representou a Guiné-Bissau em encontros de escritores da língua portuguesa na Europa, África e América, e conquistou vários prémios de poesia na Guiné-Bissau e em Lisboa. Entre 2018, 2019 e 2024 foi galardoado com os troféus “Best of Guiné-Bissau Awards” e, em 2024, recebeu o Prémio Literário Guerra Junqueiro em Portugal.
PRINCIPAIS OBRAS:
Poesia: Esperança é última a morrer (2002), Notas Tortas nas Folhas Soltas (2010), Polon Malgos (2013), Pedaço Teu – Musa e Pátria Minha (2022). Romance: Finhani – O Vagabundo Apaixonado, Pérola do Estuário, Tia Delfina de Mindara. Website: www.emiliolima.com
HÉLIA CORREIA
Nasceu em Portugal, em 1949. Licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do discurso poético.
Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982. A novela Montedemo, encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade. Aliás, Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em Édipo Rei e a escrever Perdição, levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Escreveu também Florbela, em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum.
Destacam-se ainda na sua produção os romances Casa Eterna e Soma e, na poesia, A Pequena Morte/ Esse Eterno Conto.
Recebeu, em 2002, o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Venceu o prémio literário Correntes d’Escritas/ Casino da Póvoa, com o livro de poesia A Terceira Miséria. Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015.
HÉLIO VARELA
Helio Africano Monteiro Querido Varela nasceu em São Vicente, Cabo Verde, dia 1 de maio de 1963. Com um percurso de 33 anos no sector das Tecnologias de Informação e Comunicação, na Europa e África, adquiriu uma vasta experiência técnica e de liderança. Fluente em crioulo, português, inglês e francês. Em 1985 é recrutado pela multinacional inglesa ICL. Em 1998 aceita o convite do Governo de Cabo Verde para liderar uma equipa técnica para reformar o sistema financeiro do estado. É no Ministério das Finanças, sob o projeto RAFE, que lidera a equipa que viria a desenvolver o sistema SIGOF que ganhou o prémio das Nações Unidas de Inovação Africana. Assume a responsabilidade de implementação do governo eletrónico em Cabo Verde. Sob a sua liderança é informatizado o sistema eleitoral cabo-verdiano e, neste período, coordena a equipa que elaborou o Plano Estratégico para a Sociedade de Informação e o Plano de Acão para a Governação Eletrónica. Após 18 anos de Governação Eletrónica, aceita o desafio da UNITEL T+ para assumir as funções de Chief Technical and Information Officer. Em simultâneo, aceita liderar a instalação técnica de raiz do operador móvel UZI Zambia, assim como pertencer ao Conselho de Administração da Unitel São Tomé e Príncipe. No Web Summit 2020, é nomeado Embaixador do Cabo Verde Digital pelo Governo. Em 2024 aceitou ser consultor digital para o Office of the Special Adviser on Africa das Nações Unidas. Em todo o seu percurso profissional, não abandonou o seu amor pelo Basketball.
ISRAEL CAMPOS
Nasceu em Luanda, Angola, em 2000. É escritor e jornalista angolano cuja escrita transita entre memória, história e afetos familiares. Estreou-se com o romance E o Céu Mudou de Cor (Kacimbo, 2023). Em 2025 venceu a 43.ª edição do Prémio de Literatura Juvenil Ferreira de Castro com o conto A Última Gota O seu livro de contos Baloiço de Memória, vencedor da 2.ª edição do Prémio Literário Imprensa Nacional/ Casa da Moeda, será publicado em breve pela INCM. Em 2024, foi selecionado para o CANEX Creative Writing Workshop, uma residência em Aburi, Gana, liderada por Chimamanda Ngozi Adichie. Mais recentemente, Campos co-editou a antologia Construir Amanhã Com Barro de Dentro – Vozes do Pós-Independência, em parceria com o escritor moçambicano Eduardo Quive.
No jornalismo, Campos iniciou-se aos 12 anos de idade na Rádio Nacional de Angola. Atualmente, é jornalista freelancer para meios internacionais como BBC, Voice of America, Al Jazeera e Wall Street Journal.
Em 2023, foi convidado pela Presidência da República Portuguesa a integrar o grupo de reflexão “O Futuro Já Começou”, criado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, com mandato de dois anos, destinado a ser “um espaço de reflexão sobre os grandes desígnios nacionais e globais junto do Presidente da República”.
É doutorando em Media e Comunicação na Universidade de Leeds, conciliando a sua investigação académica e prática jornalística com a escrita de ficção.
JOAQUIM NG PEREIRA
Nascido em Macau em1955, filho de pai português e mãe chinesa de Macau. Licenciado em Ciências da Comunicação e Cultura e um mestrado em Programação e Gestão Cultural, ambos obtidos na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em Lisboa.
Atualmente aposentado, foi funcionário público ao serviço da Câmara Municipal da Amadora. Entretanto, a sua vocação tem sido a promoção e divulgação do patuá e da cultura macaense. É sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, enquanto membro da Comissão das Migrações, onde tem organizado várias conferências e debates sobre Macau. Foi vice-presidente de uma associação sem fins lucrativos na Amadora, e tem desenvolvido várias atividades culturais, nomeadamente na promoção da poesia, do patuá e da cultura macaense, bem como na organização e participação de programas na já citada Soc. Geografia de Lisboa, CCCM (Centro Científico e Cultural de Macau), onde leciona as aulas de patuá, Fundação Casa de Macau (FCM), onde é vogal para a área da cultura no Conselho de Administração. Participou em várias conferências e palestras cuja temática incidiu sobre o patuá. Nesse âmbito, participou igualmente num programa da Rádio Freguesia de Belém, conjuntamente com o Doutor Álvaro Rosa, igualmente membro do CA da FCM, e a Doutora Ana Cristina Alves, coordenadora pedagógica do Museu de Macau no CCCM. Tem colaborado com o Dr. Carlos Piteira em diversos eventos ligados a Macau, sendo igualmente vice-presidente da Assembleia da Casa de Macau.
MANUEL ALEGRE
Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda, Portugal, a 12 de maio de 1936. Estudou em Lisboa, no Porto e em Coimbra. Em 1961 é mobilizado para Angola. Preso pela PIDE, passa seis meses na Fortaleza de São Paulo, em Luanda, onde escreve grande parte dos poemas do seu primeiro livro, Praça da Canção. Dirigente histórico do Partido Socialista, foi vice-presidente da Assembleia da República, de 1995 a 2009, e membro do Conselho de Estado.
Foram-lhe atribuídos os mais distintos prémios literários: Grande Prémio de Poesia da APE-CTT, Prémio da Crítica Literária da AICL, Prémio Fernando Namora, Prémio Pessoa, em 1999.O seu livro de poemas Doze Naus recebeu o Prémio Dom Dinis. Em 2016 recebeu o Prémio Vida Literária da APE e o Prémio de Consagração de Carreira da SPA. No mesmo ano, foi atribuído o Grande Prémio de Literatura DST ao seu livro de poemas Bairro Ocidental. Em 2017, foi distinguido com o Prémio Camões e, em 2019, com o Prémio Vida e Obra da SPA.
Nasceu em Cabo-Verde. Consultor em Políticas Populacionais e Desenvolvimento Institucional.
É Bacharel em Sociologia Espacial pela Universidade Lumière II, em Lyon, França. Foi imigrante, funcionário público, diplomata e prefeito, mas tornou-se consultor em 1991, cobrindo questões relacionadas ao desenvolvimento institucional e ao meio ambiente, particularmente enquanto trabalhava na definição das “Áreas Protegidas” de Cabo Verde. Trabalhou também em políticas relacionadas ao combate à pobreza, investimento e desenvolvimento local, e coordenou as atividades de formação do Centro de Formação de S. Jorge (INIDA). Atualmente, é Consultor em Políticas Populacionais e Desenvolvimento Institucional no Centro de Políticas Estratégicas. É fluente em francês e se orienta por princípios básicos como lealdade e ética, bem como respeito mútuo.
NARDI SOUSA
Nasceu em Cabo-Verde. Possui uma licenciatura em Sociologia (1999) e um mestrado em Estudos Africanos (Desenvolvimento Socioeconómico), em 2003. Ambos feitos no ISCTE – Universidade de Lisboa. É Doutor em Ciências Sociais (2015) pela Uni-CV (Universidade de Cabo Verde) em Convénio com UFRGS (Universidade Federal de Rio Grande do Sul – Brasil).
Atualmente, é o Chefe do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade de Santiago. É também Coordenador do Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local, e ainda acumula a função de Presidente do Instituto de Pesquisa e Estudos para o Desenvolvimento.
É autor de quatro livros publicados, sendo um dos quais Prémio Direitos Humanos e Cidadania 2017 – Vertente Estudo Científico: Uma Análise Comparada dos Direitos Humanos e Cidadania dos Imigrantes em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe (1991-2015). É autor de vários artigos científicos. Tem experiência no ensino de disciplinas como Teorias de Comunicação, Planeamento da Comunicação, Planeamento Estratégico, Gestão de Conflitos, Ciclo de Projetos.
Nos últimos três anos tem vindo a trabalhar num projeto sobre Mudanças Climáticas e Deslocados Internos em África, um consórcio de sete universidades da Europa (Portugal e Grécia) e África (Cabo Verde e Moçambique).
MANUEL PEREIRA SILVA
PAULO VERÍSSIMO
Paulo Ferreira Veríssimo nasceu em 1981 na Cidade da Praia, Cabo-Verde. É Mestre em Ciências Sociais pela Universidade de Cabo Verde e licenciado em Sociologia, Variante Ensino, pela Universidade Jean Piaget. Actualmente, é Técnico Especialista do quadro da Assembleia Nacional de Cabo Verde. Desde 2001 tem vindo a publicar artigos de opinião, em vários jornais do país (A semana, Horizonte, A voz e Santiago Magazine), reflectindo sobre vários temas da sociedade cabo-verdiana. Tem participado também em algumas publicações científicas. Estreou-se em publicações literárias, em 2023, com a sua participação no livro de prosas Mulheres e Seus Destinos - Volume III, e com a publicação do seu primeiro livro de poesia, intitulado NA Kurason di Puéta/No Coração do Poeta.
Escritor, fotógrafo e editor de livros, nasceu no Rio de Janeiro, Brasil. Formado em Jornalismo pela Faculdade Hélio Alonso e em Fotografia pela PUC. É pós-graduado em Edição e Novos Suportes Digitais, pela Universidade Católica Portuguesa. Foi de 1999 até 2011 o responsável da Editora Vozes em Portugal. Lançou em 2001, pela Editora Alma Azul, o livro Poemas do Dilúvio. Em 2013 publicou, em parceria com o poeta mineiro Iacyr Anderson Freitas, o livro Ar de Arestas; as fotos desta obra estiveram expostas no Museu de Arte Moderna Murilo Mendes, em Juiz de Fora, Brasil. Em 2017, participou, em Lisboa, na Semana da Poesia Ibero-Americana e na VI Bienal de Culturas Lusófonas, com uma das suas imagens do ensaio Shadowless. Como poeta tem editado em Portugal e no Brasil os livros O Relógio avariado de deus (Edições Pasárgada e Texto Território) e Insulares (Livros de Ontem e Editora Jaguatirica). Publicou ainda Páginas Despidas, Insanos e o seu primeiro livro infantil, Confinados (com ilustrações de Nuno Azevedo). Já em 2023 publicou pela Editora Urutau, no Brasil e em Portugal, o livro de poesia Os cavalos adoram maçãs. Recentemente publicou O avesso da casa. Tem participado no FOLIO - Festival Internacional de Poesia de Óbidos, no RONDA, Festival Internacional de Poesia de Leiria, no Festival Literário de Ovar e na Maratona de Leitura da Sertã. Está representado em diversas antologias e revistas literárias. Assina atualmente uma coluna no Jornal Rascunho, denominada Quem eu vejo quando leio, sobre o universo de escritores da língua portuguesa.
OZIAS FILHO
PRINCEZITO
Carlos Alberto Sousa Mendes, Princezito, nasceu na vila do Tarrafal, Santiago, Cabo Verde, em 1971. É músico, compositor e intérprete cabo-verdiano. É um compositor renomeado com obras interpretadas por grandes artistas cabo-verdianos, como Mayra Andrade, Nancy Vieira, Mário Lúcio, Dino de Santiago, Assol Garcia, entre outros. É considerado o precursor do batuku moderno e criador de novos estilos que misturam o tradicional e o moderno numa linguagem contemporânea.
Leva a música cabo-verdiana para grandes palcos da música e eventos correlativos em Cabo Verde e na diáspora.
Escritor e ativista cultural, que interliga todas estas áreas à pesquisa de resistência, preservação e divulgação do património imaterial de Cabo Verde. É autor de várias obras musicais, já gravadas, por si próprio e por muitos artistas de renome internacional. É promotor do finason, do batukue da tabanka. Tem uma longa discografia e participações diversas com diversos cantores.
RICARDO ARAÚJO PEREIRA
Ricardo Araújo Pereira, nasceu em Lisboa, Portugal em 1974.
É licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica, e começou a sua carreira como jornalista no Jornal de Letras. É guionista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o Gato Fedorento. Escreve semanalmente na Visão (Portugal) e na Folha de S. Paulo (Brasil) e é um dos elementos do programa da TSF/SIC Governo Sombra. É autor e apresentador de Isto É Gozar Com Quem Trabalha (SIC).
Com a Tinta-da-china, publicou seis livros de crónicas — Boca do Inferno (2007), Novas Crónicas da Boca do Inferno (Grande Prémio de Crónica APE 2009), A Chama Imensa (2010), Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno (2013), Reaccionário com Dois Cês (2017) e Estar Vivo Aleija (2018) —, além dos volumes de Mixórdia de Temáticas, que reúnem os guiões do programa radiofónico, e de um ensaio: A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram num Bar (2016, também publicado no Brasil).
No Brasil está ainda publicada a coletânea de crónicas Se não entenderes eu conto de novo, pá (Tinta-da-china, 2012). Coordena a coleção de Literatura de Humor da Tinta-da-china, que publicou livros de Charles Dickens, Denis Diderot, Jaroslav Hasek, Ivan Gontcharov, Robert Benchley, S.J. Perelman, George Grossmith, José Sesinando e, mais recentemente, Mark Twain. É o sócio n.º 12 049 do Sport Lisboa e Benfica.
SÉRGIO RAIMUNDO
Nasceu em Maputo, Moçambique em 1992, no bairro de Chamanculo. É licenciado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique, mestrado em Ciências de Educação pela Universidade de Algarve, Portugal. Actualmente, frequenta o doutoramento em Ciências da Comunicação no ISCTEInstituto Universitário de Lisboa. É escritor, professor, jornalista e cronista, colaborando em diversos órgãos de comunicação em Moçambique e Portugal. Vive dividido entre Moçambique e Portugal.
Publicou: “Síntese e fragmentos da emoção”, poesia (2012); “Avental de um poeta doméstico”, poesia (2016); “A ilha dos mulatos”, romance (2020); “As ancas do camarada chefe” e “Peça desculpas, sua excelência”, crónicas (2023) e “O colono preto saiu do guarda-fato”, crónicas (2025).
Foi Prémio Nacional de Slam Poetry (2011), Moçambique; vencedor do concurso literário Fim do Caminho (conto - 2016), Moçambique; menção honrosa na novela e poesia no Prémio Literário 10 de Novembro (2017 e 2018), Moçambique; Prémio Africano de Imprensa Escrita da Merck Foundation (2018), Quénia; Prémio Literário INCM/Eugénio Lisboa (2019), Portugal – Moçambique. Fez parte da Powerlist: lista das 100 figuras negras mais influentes da lusofonia (2023). Obteve o segundo lugar do Prémio Literário António Mendes Moreira 2024, Portugal.
SILVINO LOPES ÉVORA
Nasceu em Cabo-Verde. É Presidente do Conselho Científico e Coordenador da Área Disciplinar de Ciências da Comunicação da Universidade de Cabo Verde. É Professor Auxiliar da mesma Universidade e aprovou nas Provas de Agregação em Ciências da Comunicação, na Universidade do Minho, em 2023. Em 2022, concluiu o Pós-Doutoramento em Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa. Concluiu o Doutoramento em 2010 e o Mestrado em 2006, ambos na Universidade do Minho e na mesma área científica. Ainda tem uma Pós-graduação em Jornalismo Judiciário (Universidade Católica Portuguesa, 2004) e é Licenciado em Jornalismo pela Universidade de Coimbra (2004). É Licenciado em Direito (UniCV, 2025).
Tem uma vasta obra científica publicada, quer em formato de livro, quer em forma de artigos científicos.
Vera Valentina Benrós de Melo Duarte Lobo de Pina nasceu no Mindelo, São Vicente, Cabo Verde. É Juíza Desembargadora, poeta e ficcionista, formada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Membro das Academias Caboverdiana de Letras, Ciências de Lisboa, Gloriense de Letras e dos Municípios Cearenses, ALMECE. Integra a Poets of the Planet, Unión Hispanomundial de Escritores. É investigadora correspondente e Embaixadora de Boa Vontade do Serviço Social Internacional. Foi Ministra da Educação, Presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania, Conselheira do Presidente da República e Juíza Conselheira do Supremo Tribunal de Justiça. Integrou várias organizações. Condecorada pelo Presidente da República com a Medalha da Ordem do Vulcão (2010) e galardoada com a medalha de Mérito Cultural pelo Governo de Cabo Verde (2005), recebeu diversos prémios. Obras: Amanha Amadrugada (1993), O Arquipélago da Paixão (2001), A Candidata (2004), Preces e Súplicas ou os Cânticos da Desesperança (2005), Construindo a Utopia (2007), Ejercicios poéticos (Espanhol e Francês), A Palavra e os Dias (2013), A Matriarca - uma estória de mestiçagens (2017), De Risos & Lágrimas (2018), A Reinvenção do Mar (2018), Cabo Verde um Roteiro Sentimental (2019), Naranjas en el Mar (antologia poética bilingue, 2020), Contos Crepusculares-Metamorfoses (2020), Desassossegos & Acalantos Microcontos (2021), Vénus Crioula (2021), Urdindo Palavras no Silêncio dos Dias (2022) e Blimundo, o boi que mexeu com o Universo (2024). Tem colaborado em jornais, revistas e participado em obras coletivas nacionais e internacionais. Conferencista nacional e internacional. Tem poemas traduzidos em diversas línguas.
TERESA MOURE
Nasceu na Galiza, Espanha. É doutora em Linguística Geral e Professora Titular da Universidade de Santiago de Compostela (Galiza), onde dirige o Centro de Investigações Feministas e de Estudos de Género. Integrante da Academia Galega da Língua Portuguesa. Para além dos seus trabalhos de investigação, é autora de uma extensa obra criativa em diferentes géneros (romance, ensaio, teatro, poesia, artigo jornalístico). As suas obras têm sido reconhecidas com diferentes prémios nacionais e internacionais e estão traduzidas em vários idiomas (espanhol, inglês, francês, catalão, holandês, italiano).
A crítica tem destacado, como denominador comum das suas obras, uma ótica rebelde aos convencionalismos, onde a subalternidade, o compromisso ecológico e a procura da identidade negada entram em profunda aliança.
VERA DUARTE
