TERRAVENTRE: AFRO-ORIGENS

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"TerraVentre: Afro-Origens": exposição em Brasília celebra força feminina e ancestralidade na arte de Bety Morais

O Museu Histórico e Artístico de Planaltina inaugura em 9 de agosto a exposição "Terraventre Afro-Origens", reunindo 21 obras, sendo 16 inéditas mais cinco do acervo pessoal e de colecionadores, da artista afro-brasileira Bety Morais. Sob curadoria de Claudio Bull, a mostra revela como Morais transforma terras coletadas em Minas Gerais, Nordeste e África em narrativas visuais que unem o sagrado feminino, a resistência negra e a ecologia.

Obras que tecem o cosmos e a terra

Morais materializa o feminino como força cósmica em telas que fundem arquétipos ancestrais e inovação técnica. Em "Negra do Quitimbú [Sobrevivência]", a Terra surge como ventre ferido que renasce; já "Origem" materializa a seiva primeva de Exu e das Mães Ancestrais.

A série "O Poder das Águas" dissolve fronteiras entre corpos femininos e natureza, enquanto "Guardiã dos Mistérios Elementares" e "A Que Nutre" consagram o feminino como totalidade criadora. Trabalhos como "Esfera Cósmica #1" e "Espelho Lunar" exploram o caos gerador do universo, e "Entre Mundos" personifica a Terra como Pachamama, Gaia e Onilé. Nas recentes "Voo Noturno" e "Ìràwọ: Brilho e Destino", camadas de pigmentos minerais criam topografias tácteis que dialogam com a Land Art e a gestualidade de Matisse.

Relevância contemporânea: arte como ato político e ecológico

Em um contexto de urgentes debates sobre decolonialidade e justiça ambiental, a obra de Morais emerge como farol. Sua estética desmonta padrões eurocêntricos ao universalizar a pele negra para além de estereótipos étnicos, como evidenciado em "O Poder das Águas" e "Geledé". Ao retratar o feminino não como gênero, mas como energia vital presente em todos os corpos, a artista amplia discussões sobre equidade e interseccionalidade.

Seu processo ritualístico onde a coleta manual de terras se torna ato espiritual reconecta arte contemporânea a saberes ancestrais afro-brasileiros e indígenas. Esta síntese, visível em "Caminhos Abertos" e "Axé em Cores Terrosas", posiciona Morais na vanguarda de um movimento que reivindica a terra como memória viva e a arte como ferramenta de cura coletiva.

Técnica e ancestralidade entrelaçadas

A artista cria linguagem pictórica única ao aplicar pigmentos minerais em camadas que o curador Claudio Bull compara a "estratos geológicos expostos". Em "Guardiã Silenciosa", texturas rugosas evocam cicatrizes e resiliência, enquanto na série "O Poder das Águas", azuis terrosos simulam fluxos entre corpo e natureza.

Sua influência em nomes como Beatriz Milhazes, Rosana Paulino e Dalton Paula reflete-se na construção de uma iconografia que transforma referências iorubás como as Iabás, divindades femininas em "Geledé" em narrativas universais de transformação.

Democratização cultural e ações inclusivas

O projeto avança na democratização do acesso à arte por meio de múltiplas ações: serão distribuídos gratuitamente 1.000 catálogos impressos para escolas públicas, bibliotecas e universidades do DF, garantindo que o legado da exposição ultrapasse os muros do museu. Duas obras serão doadas ao acervo permanente da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SECEC), assegurando memória institucional.

Complementando a mostra presencial, uma exposição virtual nas redes sociais e duas palestras com a artista para estudantes da rede pública ampliam o alcance educativo. Com previsão de atender 2.000 pessoas, o projeto prioriza acessibilidade: a abertura contará com intérprete de Libras, e materiais em Braille estarão disponíveis durante toda a temporada, reforçando o compromisso com a inclusão em Planaltina região de baixo IDH historicamente negligenciada em políticas culturais.

Material à imprensa: https://bit.ly/TerraVentreAfroOrigens

Serviço

Exposição: "TerraVentre: Afro-Origens", de Bety Morais

Local: Museu Histórico e Artístico de Planaltina (Setor Tradicional Q 57, Praça Salviano Guimarães, 24)

Abertura: 9 de agosto de 2025, às 17h

Visitação: de 10 de agosto a 8 de setembro de 2025 (de quarta a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h)

Entrada franca

Biografia da artista em podcast: Mixcloud

Clipping de mídia estimulada

Exposição de Bety Morais reflete sobre ecologia e cultura afro-brasileira

:: TerraVentre: Afro-Origens de Bety Morais ::

"TerraVentre: Afro-Origens": exposição em Brasília celebra força feminina e ancestralidade na arte de Bety Morais
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Exposição celebra força feminina e ancestralidade na arte de Bety Morais

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Exposição "TerraVentre: Afro-Origens" celebra força artística da negritude e ancestralidade na obra de Bety Morais

No Museu Histórico e Artístico de Planaltina, até 8 de setembro, "TerraVentre: Afro-Origens" reúne 21 obras da artista afro-brasileira Bety Morais. Com curadoria de Claudio Bull, a mostra exalta a potência criativa da mulher preta, transformando terras de Minas Gerais, Nordeste e África em narrativas visuais que unem arte, resistência e ecologia

Arte preta como ato político e ancestral

A obra de Morais desafia padrões eurocêntricos ao universalizar a pele negra para além de estereótipos, afirmando a força artística da negritude. Em telas como "Negra do Quitimbú [Sobrevivência]", a Terra é um ventre ferido que renasce, enquanto "Origem" materializa a seiva ancestral de Exu e das Mães Ancestrais. Sua técnica inovadora – pigmentos minerais aplicados em camadas que evocam "estratos geológicos" – transforma a coleta de terras em ritual espiritual, reconectando arte contemporânea a saberes afro-brasileiros e indígenas.

O feminino negro como energia cósmica

A artista desloca o feminino da ideia de gênero para uma energia vital presente em todos os corpos. Séries como "O Poder das Águas" dissolvem fronteiras entre corpo e natureza, enquanto "Guardiã dos Mistérios Elementares" consagra o feminino como força criadora total. Suas figuras não representam indivíduos, mas a totalidade do ser: "Não é uma mulher, mas o feminino plural que ressoa em todos nós", destaca o curador. Em um campo artístico ainda predominantemente masculino, Morais constrói uma iconografia negra que subverte cânones e abre caminhos para novas gerações.

Técnica que fala à terra e à resistência

A paleta terrosa de Morais, extraída de locais sagrados, cria topografias táteis que dialogam com a Land Art e a gestualidade de Matisse. Obras como "Voo Noturno" e "Ìràwọ: Brilho e Destino" exploram o caos gerador do universo, enquanto "Entre Mundos" personifica a Terra como Pachamama e Gaia. Seu processo – do caminhar coletando terras à aplicação manual dos pigmentos – é um ato político: reivindica a terra como memória viva e a arte preta como ferramenta de cura coletiva.

Democratização e legado

O projeto avança no acesso à cultura:

1.000 catálogos serão distribuídos para escolas públicas e bibliotecas do Distrito Federal;

Palestras com a artista ampliam o diálogo com estudantes da rede pública; Duas obras passarão a integrar o acervo permanente da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF; e Material em Braille estará disponível durante toda a temporada;

Material à imprensa: https://bit.ly/TerraVentreAfroOrigens

Serviço:

Exposição: "TerraVentre: Afro-Origens", de Bety Morais

Local: Museu Histórico e Artístico de Planaltina (Setor Tradicional Q 57, Praça

Salviano Guimarães, 24)

Visitação: 10 de agosto a 8 de setembro (qua a dom, 9h-12h e 14h-17h)

Entrada franca

Biografia da artista em podcast: Mixcloud

Clipping de mídia estimulada

Negritude e ancestralidade na exposição TerraVentre: Afro-Origens em Brasília

Revista RAIZ - cultura brasileira

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