Danny Raposo
Luso-canadiano aposta em cozinha de infusão de canábis
A
canábis tem cerca de 200 compostos e só dois é que são mais estudados: o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 4% da população mundial já usou a canábis pelo menos uma vez na vida e cerca de 0,6% da população mundial consome esta droga diariamente. O Uruguai foi o primeiro país do mundo a legalizá-la e o Canadá seguiu o mesmo caminho em outubro de 2018.
cientes têm descoberto que toleram produtos à base de CBD e que têm tido muito poucos efeitos colaterais. “Quantidades diferentes de THC e de CBD, tal como plantas e doses diferentes levam a efeitos clínicos diferentes. Algumas das áreas mais comuns em que os pacientes são autorizados a fazer tratamentos com canábis incluem condições de dor crónica como osteoartrite e espasmos associados à esclerose múltipla, problemas de sono e ansiedade”, referiu.
Um mês antes do Canadá avançar com a legalização, a OMS declarou que o canabidiol tinha potencial terapêutico. Numa recomendação dirigida às Nações Unidas a OMS sublinha que não existem registos de problemas de saúde pública relacionados com o uso de CBD. A substância demonstrou eficácia no tratamento de algumas formas de epilepsia, doenças neurodegenerativas e cancros.
Danny Raposo tem hoje 47 anos e a adição por opióides fez com que começasse a usar canábis para fins terapêuticos. “Tinha sete anos quando parti uma perna e fui submetido a sete cirurgias. Desde aí que passei a viver com dores diariamente. Entre analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e antidepressivos cheguei a tomar 28 comprimidos por dia. Percebi que era dependente de opióides e há cerca de 10 anos parei de tomar comprimidos e passei a usar apenas canábis”, contou à Revista Amar.
O médico Taylor Lougheed, especialista nesta área, confirmou ao nosso jornal que muitos pa86 I Amar