REVISTA BUSINESS PORTUGAL - OUTUBRO/NOVEMBRO-2025

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A ARTE DE LIDERAR COM

E PAIXÃO

Grácio, Fundadora e CEO da Bloomer

Joana

ÍNDICE

Edição Outubro/Novembro

8. BLOOMER

A arte de liderar com presença e paixão

12. Líderes e Empresárias de Sucesso

13. Rafa Marrocos

Entre culturas e propósito: a marca Rafa Marrocos

20. Evolve

Liderar com empatia, vencer com estratégia

40. Decor Hotel 2025

44. Definelight

A luz como expressão de identidade

52. Game Changers

53. Digibéria

Três décadas a transformar tecnologia em valor

66. Voxial Inteligência Artificial com voz humana

69. Leaders Global Club

74. Relações Bilaterais Portugal – Alemanha

78. Goethe-Institut Portugal O alemão como ponte entre culturas, empresas e futuro

90. Mobilidade Elétrica

91. miio Tecnologia que simplifica a mobilidade elétrica

100. Brands Power

101. Factos & Desafios Liderança sob medida

118. Dia Nacional do Empresário

120. Campus Place Crescer com alma e confiança

127. Saúde & Ciências da Vida

144. Empresas Galardoadas

145. APGAR

Liderar com dados, crescer com pessoas

153. DS Intermediários de Crédito

Decisões financeiras com confiança e sustentabilidade

162. Algarve 360o

163. Detail Landscaping A excelência no paisagismo que nasce da execução

194. Região Oeste & Norte de Lisboa

195. Nestenn Portugal Inovação, proximidade e rigor na gestão imobiliária

200. Inácio Bento S.A. A força da palavra, da família e da inovação

222. Especial Distrito de Viseu

223. IPV Politécnico de Viseu avança na transformação para Universidade

236. Cultura e Património

238. Sé de Braga Onde a fé, a arte e a história se unem

Nota de boas-vindas...

Vivemos um tempo em que as fronteiras entre o possível e o impossível se movem ao ritmo da coragem. As empresas que prosperam são aquelas que ousam olhar para além do imediato, que compreendem que inovar não é apenas uma meta, mas uma atitude diária. Hoje, mais do que nunca, os negócios são feitos de visão – e de pessoas capazes de transformar ideias em propósitos. Recriar o futuro exige lucidez e audácia. Exige também o compromisso de agir com consciência, valorizando o que é autêntico e duradouro. Cada projeto, cada parceria e cada decisão refletem a essência de quem somos enquanto agentes de um novo paradigma empresarial: mais colaborativo, mais humano e mais sustentável.

Esta edição reune histórias de resiliência e inovação, testemunhos de quem acredita que o sucesso não se mede apenas em números, mas também na capacidade de inspirar confiança, gerar inclusão e deixar um legado positivo.

Porque liderar não é deter o poder, mas inspirar a ação. Não é antecipar tendências, é criá-las. O mundo pertence aos que acreditam que o amanhã nasce das escolhas que fazemos hoje – com coragem, com integridade e com propósito.

Não perca, na próxima edição, uma entrevista exclusiva com Mónica Serrano, do Grupo Impresa

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Sede do Editor: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Redação e Publicidade: Av. República 2208, 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor Executivo: Fernando R. Silva | Diretora: Vera Lúcia das Neves | Conselho Editorial: Linda Pereira, António Saraiva, Hugo Santos-Ferreira, Francisco Proença de Carvalho | E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@ revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: Lidergraf | Rua do Galhano,15 4480-089 Vila do Conde Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Bimestral - Outubro/Novembro - 2025 Tiragem Média: 20.000 exemplares

A NOVA ÉTICA DOS NEGÓCIOS:

CRESCER COM

RESPONSABILIDADE

Durante anos, medir sucesso significava apenas olhar para lucros. Hoje, isso já não chega. Vivemos uma era em que a ética é cada vez mais uma vantagem competitiva. Empresas que tratam bem as pessoas, respeitam o ambiente e comunicam com transparência constroem algo que o lucro por si só não garante a confiança.

A transformação ética não é uma moda, é uma estratégia. O movimento ESG mostrou que sustentabilidade, impacto social e boa governação são fatores de valor real – na captação de investimento, na retenção de talento e na reputação de marca.

Liderar com consciência não é abdicar de resultados, é perceber que o lucro sustentável nasce de decisões justas e coerentes. Num mundo de escrutínio constante, a reputação tornou-se o ativo mais valioso de qualquer organização.

Em Portugal, este debate cresce com maturidade e são cada vez mais as empresas que entendem que propósito e desempenho não se excluem – reforçam-se.

Crescer com responsabilidade não é apenas um ideal; é uma necessidade de sobrevivência num mercado global e transparente. A ética empresarial faz com que essas empresas não sejam apenas admiradas, mas sejam as que maior índice de crescimento denotam.

A era das empresas invisíveis acabou. Hoje, todas as decisões são públicas, todas as ações são julgadas e toda e qualquer omissão é percebida. Crescer com responsabilidade não é apenas um imperativo moral – é uma estratégia de longo prazo.

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ADVOCACIA DOS NEGÓCIOS

Semelhantemente ao verificado noutros setores, a Inteligência Artificial está a remodelar os processos inerentes à assessoria legal de uma transação. Numa típica aquisição, a assessoria compreende uma due diligence sobre o ativo (frequentemente sob a forma de uma estrutura societária) e, subsequentemente, a redação e negociação do contrato de compra e venda que concretiza a transação. Na condução da due diligence, cabe ao advogado rever a documentação, designadamente a de índole societária, contratual e regulatória. Um advogado munido de ferramentas como Harvey, Affine e CoCounsel encontra-se numa posição mais vantajosa para não só prestar um melhor serviço, como fazê-lo em menos tempo. Estas são plataformas de assessoria jurídica que permitem, nomeadamente, conduzir pesquisa legislativa e jurisprudencial, bem como analisar e redigir documentos. O recurso a estas ferramentas não dispensa, porém, a análise integral da documentação, disponibilizada ao advogado e por ele produzida. Afinal, só ele responde perante o cliente. No entanto, a velocidade a que plataformas como estas executam tarefas de natureza mecânica e repetitiva é incomparável com a do advogado, que deve integrá-las no seu dia a dia e desenvolver proficiência

no seu uso. Já na fase de negociação e preparação do contrato, a experiência e a sensibilidade comercial são fatores que estas plataformas ainda não conseguem reproduzir adequadamente, pese embora a sua ampla margem de evolução face ao volume de informação com que são treinadas. Ao longo da transação, especialmente em tarefas de expediente como a sumarização de documentos ou a redação de e-mails, os advogados tenderão crescentemente a manter abertos, por predefinição, um ou mais separadores com estas ferramentas, idealmente, não como uma muleta, mas como um potenciador do seu trabalho. Os próximos anos serão, indubitavelmente, de forte aperfeiçoamento destas plataformas, impulsionado pelo feedback direto proveniente dos escritórios. Em paralelo, verificar-se-á a sua crescente adoção pelos mesmos, à luz do seu valor inequívoco, com as incontornáveis alterações que essa adoção já faz sentir na profissão.

A ARTE DE LIDERAR COM PRESENÇA E PAIXÃO

Joana Grácio, Fundadora e CEO da Bloomer, celebra duas décadas de um percurso marcado pela coragem de se reinventar. O que começou como Tox’Inn, uma produtora de eventos com os pés firmes no terreno, evoluiu para a Bloomer – um verdadeiro organismo vivo, movido pela inquietação criativa e pela vontade de conectar pessoas, marcas e histórias com propósito. À frente de uma empresa que muitos apelidam de “parceiro 360º”, Joana prefere descrevê-la como “365 com pulso”: uma marca que não entrega apenas experiências, mas provoca presença, emoção e impacto real. Nesta conversa, partilha o ADN que sustenta a Bloomer, o equilíbrio entre inovação e valores humanos, e a forma como lidera – com rigor, empatia e a certeza de que o futuro do setor dos eventos passa, acima de tudo, pelo poder das pessoas.

A Bloomer começou como Tox’Inn e evoluiu ao longo de 20 anos. Quais foram os principais marcos que definiram esta transformação e como se mantiveram inovadores num setor tão competitivo como o dos eventos?

Começámos como Tox’Inn, com os pés bem assentes no terreno e a vontade de ir mais longe. E fomos. Mais do que eventos, quisemos desde sempre criar ligações com presença e critério. Estivemos em todo o país, levámos oportunidades onde anteriormente não havia espaço e criámos uma app própria muito antes de isso ser tendência. Acreditamos no rigor – para quem contrata e para quem representa. Sempre recusei o conformismo. A inovação e a tecnologia são aliadas, mas é a inquietação que nos move. Essa inquietação saudável levou-nos a transformar a Tox’Inn na Bloomer. Não mudámos de essência, mudámos de pele – para refletir quem realmente somos: um organismo vivo, feito de pessoas, ideias e emoção. Somos raiz, mas somos também renascimento.

Muitos consideram a Bloomer um parceiro 360º no mundo dos eventos. Na sua visão, qual é o elemento-chave que diferencia a Bloomer de outras empresas do mesmo segmento?

Chamam-nos “parceiro 360”, mas preferimos dizer que somos 365 com pulso. O nosso diferencial não está no que prometemos – está no que provocamos. Há muitas empresas

com planos, poucas com alma. O nosso “little extra” não se ensina – vive-se. São os detalhes que ninguém pediu mas todos sentem. Sabemos que sem as pessoas certas ao nosso lado – internas, externas, embaixadoras ou clientes – nenhuma ativação é realmente memorável. Fazemos questão de passar a nossa visão a quem nos representa. Queremos que cada pessoa no terreno se sinta parte de algo maior, com orgulho genuíno. Representar uma marca não é um favor, é uma missão. E quando todos dançam ao mesmo ritmo, o resultado é sempre extraordinário.

A Bloomer destaca que é “a ponte entre ideias e ação, conectando pessoas, marcas e histórias”. Como se consegue, na prática, transformar essa filosofia em experiências memoráveis para os clientes?

Dizer que somos “a ponte entre ideias e ação” só faz sentido se essa ponte for percorrida com verdadeiro fulgor. A teoria só ganha vida quando quem ativa entende, sente e representa a marca com verdade. Não basta entregar bem - é preciso provocar emoção. Cada ativação nossa é uma oportunidade de criar um momento que se recorda, seja pelo sorriso de quem passa, pela surpresa de quem interage, pelo impacto de quem observa. Tudo começa com escuta ativa: o que quer a marca? O que move esta ação? O que queremos que fique? A nossa filosofia traduz-se em ação – e cada ação é uma história que se vive com os cinco sentidos.

Chamam-nos “parceiro 360”, mas preferimos dizer que somos 365 com pulso.

O nosso diferencial não está no que prometemos – está no que provocamos. Há muitas empresas com planos, poucas com alma. O nosso “little extra” não se ensina – vive-se. São os detalhes que ninguém pediu mas todos sentem

Receber um reconhecimento da Eventex não é apenas ganhar um prémio – é pôr Portugal no mapa global do marketing de experiências

Num setor em constante evolução, como equilibra a necessidade de inovação com a fidelidade aos valores e propósitos das marcas com que trabalha?

A inovação sem valores é barulho e tradição per si , sem inovação, é peso. O nosso caminho é o equilíbrio entre os dois. Sabemos de onde viemos, quem somos e o que nos move. Não deixamos que a tecnologia nos desligue da nossa forma de estar, 100% humana. Pelo contrário: usamos a inovação para amplificar ligações reais. Sabemos que não somos máquinas, e não queremos sê-lo. Acreditamos no poder das pessoas. Valorizamos quem está connosco – promovemos, escutamos, envolvemos. É com essa base sólida de valores que temos liberdade para criar, arriscar e crescer. Mantemos os pés na terra, mas o olhar nas nuvens. E é assim que florescemos, a cada dia, a cada projecto.

Receber o prémio da Eventex é um marco significativo. Que impacto acredita que este reconhecimento tem para a empresa e para o setor de eventos em Portugal?

Receber um reconhecimento da Eventex não é apenas ganhar um prémio – é pôr Portugal no mapa global do marketing de experiências. É mostrar que se pode fazer bem com emoção e presença. É um orgulho nacional e uma responsabilidade acrescida. Sim, eleva as expectativas - e sim, isso faz-nos vibrar. Porque não estamos aqui para cumprir mínimos – estamos para ultrapassar expectativas. Este reconhecimento mostra que o nosso trabalho tem impacto e que o nosso extra effect se sente para lá das fronteiras. Mais do que um troféu, é um empurrão para continuar a desafiar o setor e a inspirar quem ativa com rigor, com profissionalismo e seriedade.

Joana Grácio, Founder e CEO

Enquanto empresária de sucesso, quais têm sido os maiores desafios e aprendizagens ao liderar uma empresa inovadora num mercado exigente e predominantemente masculino?

Liderar não é mandar. É conhecer, escutar e ajustar. Numa indústria exigente – e ainda marcada com poder de decisão predominantemente masculino – liderar com presença e empatia continua a ser um desafio. É preciso sensibilidade para entender que cada pessoa da equipa é única. O equilíbrio entre exigência e cuidado não é fácil, mas é essencial. O mundo pede mais produtividade, mais rapidez, mais tudo. Mas não podemos deixar que isso apague a nossa humanidade. Acredito numa liderança que humaniza, mas que também é clara nos limites. O bem-estar da equipa não é um luxo – é o que garante que o trabalho é feito com alma. E isso, para nós, é inegociável.

Queremos liderar o marketing de experiências com uma abordagem cada vez mais sensorial, relacional e estratégica. Não queremos promotores de marca – queremos embaixadores. Pessoas que representem com intenção, que ativem com alma

Como gere o equilíbrio entre a exigência de liderar uma empresa de sucesso, a vida social e os compromissos pessoais? Que estratégias considera essenciais para manter esse equilíbrio sem comprometer a performance?

Sou empresária, mãe, mulher, líder – e não abdico de nenhuma dessas dimensões. O equilíbrio não se encontra, constrói-se. Todos os dias, sim.

Há dias em que a empresa exige mais, outros em que é a família que precisa de mim – e está tudo bem. O importante é estarmos presentes onde precisamos estar.

Recuso a ideia de que para ser bem-sucedida, tenho de abdicar da vida pessoal. A maternidade ensinou-me mais sobre gestão emocional do que qualquer curso (pese embora seja indubitável o valor da formação). E reforçou a minha certeza: as múltiplas Joanas que sou não se anulam – completam-se. O segredo? Escolher com consciência. E assumir que, às vezes, é no descanso que nascem as melhores ideias e por vezes caminhos também.

Após 20 anos de sucesso e evolução, qual é a visão da Bloomer para os próximos 5 a 10 anos? Que novos caminhos ou áreas pretendem explorar?

Vemos um futuro cada vez mais automatizado, mas não menos humano. Porque a tecnologia pode ser ferramenta – mas a emoção continua a ser diferencial. E é nessa interseção que queremos estar.

Queremos liderar o marketing de experiências com uma abordagem cada vez mais sensorial, relacional e estratégica. Não queremos promotores de marca – queremos embaixadores. Pessoas que representem com intenção, que ativem com alma. Vamos continuar a crescer com critério, mantendo o que nos torna únicos: presença, cultura e impacto real. Porque no fim do dia, o que fica… é o que se sente, e isso não se esquece.

A Bloomer enfatiza valores como excelência, paixão, inovação e colaboração. De que forma estes valores se traduzem no dia a dia da equipa e na entrega de eventos de qualidade superior?

Falar de valores é fácil. Viver e fazer viver os valores todos os dias… aí está o desafio. Mas é isso que nos move.

Excelência, paixão, inovação e colaboração não são chavões na parede – são decisões diárias. Funcionamos como equipa de verdade: sem egos, sem hierarquias paralisantes, com presença e entreajuda. Celebramos cada vitória – da maior ativação ao gesto invisível no bastidor. Temos orgulho em cada pessoa que veste a nossa camisola, ocupe ela o lugar que ocupar. Porque o nosso “Extra Effect” começa dentro de portas. E quando é real cá dentro, transborda naturalmente para fora.

Que conselho deixaria para mulheres que aspiram a liderar empresas de sucesso, especialmente em setores criativos e desafiantes como o dos eventos?

Não peças licença. Não peças desculpa por sonhar alto. O teu lugar é onde fizeres questão de estar – e onde verdadeiramente trabalhares para estar.

Vais cair, mas levanta-te com mais convicção. Cada erro é um degrau. Cada obstáculo, uma oportunidade de crescer. Liderar exige resiliência, mas também vulnerabilidade. Dá-te espaço para aprender, mas exige que te levem a sério. E nunca deixes que te convençam de que emoção e liderança não combinam. Combinam sim – e são elas que fazem a diferença. Sê presença. Sê voz. Sê ação. E, acima de tudo, sê fiel a ti mesma.

LISBOA | PORTO

LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

No panorama empresarial atual, as líderes e empresárias de sucesso representam um modelo de inovação, coragem e visão estratégica. Elas vão além dos padrões tradicionais de liderança, conciliando ambição com resiliência, capacidade de adaptação e sensibilidade às exigências de um mercado global em constante evolução. Estas mulheres destacam-se não só pela concretização de projetos ambiciosos e pelo crescimento das suas empresas, mas também pela inspiração que oferecem a equipas diversificadas, fomentando colaboração, criatividade e motivação. Mais do que símbolos de sucesso individual, as empresárias atuam como agentes de transformação, promovendo diversidade, ética e inclusão nos ambientes corporativos, fortalecendo a reputação e a competitividade das organizações. Celebrar estas líderes é reconhecer o impacto real e duradouro da liderança feminina no tecido económico e social, evidenciando que talento, visão e determinação são motores de progresso para todos.

ENTRE CULTURAS E PROPÓSITO: A MARCA RAFA MARROCOS

Rafaela Pereira, CEO da Rafa Marrocos

ENTRE CULTURAS E PROPÓSITO: A MARCA RAFA MARROCOS

Da escuta sensível à imersão cultural, Rafaela Pereira construiu na Rafa Marrocos uma marca que transcende o turismo e convida ao encontro verdadeiro entre culturas. Pedagoga de formação e exploradora por essência, a CEO conduz cada jornada como um exercício de presença, diálogo e respeito — onde viajar deixa de ser movimento e torna-se transformação.

O que distingue a experiência oferecida pela Rafa Marrocos de uma viagem turística convencional e como garante que cada visitante viva uma verdadeira imersão cultural?

A Rafa Marrocos nasceu do encontro entre a minha história e a alma deste país. Eu não cheguei a Marrocos como turista, mas como pesquisadora, educadora e mulher em busca de diálogo real com o mundo. Sou pedagoga formada pela UNIRIO, no Brasil, e mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, com foco numa perspetiva decolonial crítica. Essa visão me levou a estudar e compreender como identidades, culturas e narrativas são construídas, silenciadas e reinventadas. Essa lente de mundo foi a porta que me trouxe ao continente africano. Portugal foi o portal que me atravessou e me conduziu ao Magreb, onde encontrei histórias que ecoam na minha própria ancestralidade e propósito.

Comecei de forma simples, com viagens acessíveis para estudantes, replicando e melhorando o pacote económico de cinco dias que foi o meu primeiro contato com o país. Essa foi a minha escola prática. Com o tempo, o meu trabalho e o meu público amadureceram comigo. Hoje, ofereço experiências imersivas, expedições mais longas, roteiros personalizados e curadoria sensível para quem deseja viver Marrocos de forma profunda, confortável e humana.

Por isso, o que criamos aqui não são pacotes de viagem. São jornadas de conhecimento, de afeto e de presença. Trabalhamos com

grupos e roteiros sob medida, com roteiros sensíveis, experiências artesanais, encontros reais com famílias, comunidades e guardiões da cultura local. O nosso propósito é que cada viajante sinta Marrocos por dentro e viva uma transformação interior, compreendendo o ritmo, a espiritualidade e a ancestralidade desta terra. Aqui, viajar não é apenas ver, é sentir, ouvir, aprender, honrar e transformar-se.

De que forma a colaboração com equipas locais e berberes contribui para a autenticidade e sustentabilidade das experiências criadas pela marca?

A Rafa Marrocos existe porque existe Marrocos, e tudo o que construímos aqui nasce em parceria com quem pertence a esta terra. Trabalhamos lado a lado com equipas locais, muitas delas Amazigh, que carregam a memória, a língua, os costumes e a herança ancestral do Atlas ao deserto. Eles não são colaboradores, são protagonistas. São vozes, histórias, famílias e guardiões de uma cultura milenar. O nosso trabalho fortalece economias locais, preserva tradições, gera oportunidades e contribui para um turismo ético e responsável. Essa relação nasce do respeito e da consciência de que não se narra uma cultura sem ouvir quem a vive.

Rafaela Pereira, CEO

A autenticidade não está na estética da experiência, mas no vínculo, no cuidado e na escolha de caminhar sempre com quem constrói esta terra diariamente.

A prova disso é que as viagens económicas de cinco dias, que marcaram a minha origem neste caminho, continuam existindo –hoje operadas pela nossa empresa parceira Marrakech Tours Trips (@marrakech.trips), composta por uma equipa local que cresce e prospera junto conosco. Assim, promovemos turismo responsável sem perder as nossas raízes e vínculos comunitários.

Quais são os principais desafios e oportunidades na gestão de uma marca com raízes tão fortemente ligadas à cultura marroquina?

O maior desafio é habitar esse espaço entre mundos. Carrego em mim a sensibilidade e flexibilidade brasileira, a formação intelectual vivida em Portugal e o pertencimento afetivo que construí no norte da África. Liderar aqui significa compreender ritmos, valores e dinâmicas culturais distintas, criando pontes e respeitando o tempo das relações.

Mas é justamente aí que reside a grande oportunidade: ser espaço de encontro, de tradução cultural, de conexão profunda entre visitantes e anfitriões. Hoje, o mundo procura experiências com alma, autenticidade, propósito e impacto positivo. A Rafa Marrocos responde a esse chamado com cuidado, verdade, responsabilidade e comprometimento emocional. Liderar com respeito e escuta transforma desafios em caminhos — e fronteiras em oportunidades.

Que competências ou valores considera essenciais para uma mulher liderar com propósito e impacto num contexto multicultural como o marroquino?

Liderar em Marrocos é um exercício delicado e poderoso. Requer sensibilidade, inteligência cultural, firmeza amorosa e excelência profissional. É preciso saber ouvir antes de agir, aprender antes de orientar, observar antes de interferir. Liderança aqui é construída com respeito, ética, capacidade de adaptação e consciência da história do território que nos acolhe. A minha formação como educadora sustenta esse olhar. Aprendi que autoridade verdadeira nasce da

presença, e não da imposição. Como mulher estrangeira, liderar neste contexto é equilibrar força e gentileza, coragem e prudência, visão e humildade. Liderar com propósito é criar impacto sem apagar vozes, e sim amplificando-as.

Em que momentos da sua caminhada sentiu que o autoconhecimento e a escuta sensível foram decisivos para o seu crescimento enquanto líder?

O autoconhecimento esteve presente em cada passo desta jornada. Para migrar, recomeçar, estudar fora, atravessar fronteiras e construir uma vida e um negócio em solo africano e português, foi necessário mais do que planeamento. Foi preciso coragem emocional, silêncio interno, fé no processo e a disposição de ouvir aquilo que o mundo e o coração revelavam. A escuta sensível, tão presente na minha trajetória pedagógica, guia a minha liderança diária. Ela me ensinou a acolher pessoas, culturas, histórias e vulnerabilidades. É essa escuta que permite liderar com humanidade, criar experiências profundas e manter uma empresa que não opera só com logística, mas com alma e intuição.

A sua trajetória inspira muitas mulheres a empreender além-fronteiras. Que conselhos deixaria a quem ambiciona transformar um propósito pessoal em um projeto de vida e de negócio?

Honre a sua história e confie nas suas travessias. Propósito não nasce pronto, ele se revela à medida que caminhamos. Estude, prepare-se, crie raízes emocionais e intelectuais. Tenha coragem para ir, mas tenha paciência para permanecer e construir. O mundo não precisa de negócios apressados, mas de projetos que carreguem verdade e contribuição.Transformar um propósito em vida exige disciplina, sensibilidade, visão e entrega. Acredite no que te move, procure formação e suporte, construa comunidade e lembre-se: fronteiras não existem para limitar, mas para convidar. Portugal foi o meu portal e o Magreb foi o meu chamado. Quando a vida te abrir caminhos, atravesse. Às vezes, o destino está do outro lado do mar e é preciso coragem para navegar até ele.

ENTRE CIÊNCIA E CORAÇÃO: A LIDERANÇA DE SANDRINA LOURENÇO

Com apenas 27 anos, Sandrina Lourenço acreditou que a fisioterapia podia ser mais do que reabilitação — podia ser transformação. Fundadora e Diretora Técnica da FisioRestelo, construiu um projeto que une ciência e empatia, tecnologia e escuta, razão e coração. Hoje, lidera uma equipa que inspira pela dedicação e pelo compromisso de cuidar com propósito, levando a fisioterapia portuguesa a novos horizontes sem nunca perder a essência humana que a distingue.

Ao longo da sua trajetória na FisioRestelo, quais foram os principais desafios que enfrentou ao consolidar a clínica como referência e como esses desafios moldaram a sua visão?

O maior desafio foi equilibrar qualidade clínica, gestão de pessoas e inovação sem perder a essência humana. Liderar ensinou-me

sobre gestão, mas sobretudo sobre mim própria. Quando fundei a FisioRestelo, em 2013, tinha 27 anos e senti a necessidade de conquistar credibilidade num setor ainda tradicional. Aprendi a comunicar com assertividade e visão estratégica, mesmo em fases de crescimento pessoal.

Nos primeiros anos fazia de tudo: atendia, geria e pensava a estratégia, num ritmo intenso que exigiu sacrifícios. O ponto de viragem surgiu com a entrada da minha irmã, enfermeira e osteopata, cuja experiência consolidou a estrutura clínica e trouxe maturidade ao projeto. Juntas desenvolvemos um protocolo próprio inicialmente em ortopedia pediátrica, com foco na escoliose idiopática, que viria a distinguir-nos a nível nacional.

Com o tempo, começámos a receber pacientes de todo o país e do estrangeiro, o que validou o nosso trabalho e levou-nos a criar

O sucesso não vem da sorte, mas da consistência e da confiança no que ainda não existe. Quando uma mulher avança, abre caminho para muitas outras

Sandrina Lourenço, Fundadora e Diretora Técnica

um modelo diferenciador de acompanhamento, com resultados acima da média. As experiências internacionais mostraram-me o valor do que já fazemos bem cá: a sensibilidade e o raciocínio clínico português são patrimónios que devemos preservar. Consolidar a FisioRestelo exigiu tempo, visão e uma equipa alinhada. Crescemos não por acompanhar o setor, mas por querer redefinir a fisioterapia músculo-esquelética pediátrica em Portugal, com base na ciência, na empatia e na vontade de deixar um legado duradouro.

De que forma a FisioRestelo tem integrado inovação nos serviços oferecidos, equilibrando tradição e exigências do mercado?

Unimos ciência e experiência clínica, valorizando a escuta ativa e a evidência científica. Apostámos em tecnologia e Inteligência Artificial para otimizar dados clínicos e personalizar intervenções, além de desenvolvermos metodologias próprias na área pediátrica. Reunimos a equipa regularmente para discutir avanços científicos e adaptá-los à nossa realidade. Atualizamos anualmente metodologias e equipamentos, garantindo crescimento coerente com os valores da clínica. A inovação está em várias frentes: programas que unem movimento, neurociência e comportamento; avaliações baseadas em evidência; e ferramentas tecnológicas para diagnóstico e monitorização. Tudo sem perder o foco na relação terapêutica e na empatia. Mantemos contacto com profissionais internacionais, partilhamos casos e evoluímos em conjunto. O nosso objetivo nunca foi competir, mas crescer com autenticidade e sentido humano.

De que forma a FisioRestelo adapta os tratamentos às especificidades individuais, mantendo excelência?

Cada pessoa traz uma história única. O nosso trabalho começa por compreendê-la. As decisões são tomadas em equipa, com base em análise clínica e sensibilidade. Usamos protocolos personalizados, mas o essencial é escutar, observar e adaptar. A comunicação é central: acompanhamos de perto, ajustamos em tempo real e envolvemos cuidadores e pacientes no processo. A excelência nasce da combinação entre técnica, reflexão e empatia. Valorizamos a educação em saúde e a autonomia, criando estratégias práticas e rotinas simples para que cada pessoa compreenda o seu corpo e tenha uma excelente qualidade de vida. A relação que construímos é de longo prazo: mantemos contacto, celebramos conquistas e promovemos continuidade. Mais do que reabilitar, queremos capacitar.

Enquanto líder, como define o seu estilo de gestão e de que forma acredita que este contribui para motivar e reter profissionais qualificados?

Cresci a observar modelos de liderança baseados na autoridade, mas aprendi que prefiro inspirar pelo exemplo. Para mim, liderar é criar contextos onde as pessoas crescem por vontade, não por imposição. Baseio a gestão na confiança, proximidade e exigência com sentido. Acredito na combinação entre rigor científico e sensibilidade humana. Encorajo autonomia, mas com suporte e direção clara.

A cultura da FisioRestelo reflete essa visão: é um espaço de partilha e pertença, onde o conhecimento e a humanidade coexistem.

O que me move é criar um ambiente onde as pessoas escolhem ficar porque se sentem reconhecidas e realizadas. Liderar é servir, cuidar e deixar um rasto de crescimento nas pessoas e no propósito que nos fez começar.

Vejo a FisioRestelo como um organismo vivo, em constante evolução. Estamos a investir em investigação e na criação de uma área de formação que eleve a fisioterapia portuguesa, sobretudo na intervenção músculo-esquelética pediátrica

Que valores considera fundamentais para uma mulher liderar com sucesso no setor da saúde e que conselhos daria a outras empresárias?

A integridade é a base de tudo. É ela que orienta decisões e sustenta a confiança. A consistência transforma intenções em resultados e a coragem permite agir apesar do medo. Liderar é escolher o que é certo em vez do que é fácil.

Também é essencial empatia e humildade para ouvir e ajustar o rumo. Acredito que a liderança não é um cargo, mas o reflexo do que se pratica todos os dias. Diria às mulheres que não esperem estar prontas para começar. A confiança constrói-se no caminho, nos erros e nas pequenas conquistas. Haverá dúvidas e cansaço, mas também momentos de alinhamento e sentido. O sucesso não vem da sorte, mas da consistência e da confiança no que ainda não existe. Quando uma mulher avança, abre caminho para muitas outras.

Olhando para o futuro, quais os seus objetivos pessoais e profissionais e como se complementam na realização do seu projeto à frente da FisioRestelo?

Vejo a FisioRestelo como um organismo vivo, em constante evolução. Estamos a investir em investigação e na criação de uma área de formação que eleve a fisioterapia portuguesa, sobretudo na intervenção músculo-esquelética pediátrica.

Hoje valorizo mais o equilíbrio. Durante anos priorizei o trabalho e aprendi que o sucesso sem serenidade cobra um preço alto. Aprendi a desacelerar, a reconhecer o caminho e a encontrar leveza na exigência. O meu objetivo é continuar a construir pontes entre ciência, prática e humanidade, mantendo a clínica como referência, mas também como espaço de conhecimento e cuidado.

A nível pessoal, procuro cuidar da mente, aprender continuamente e rodear-me de pessoas inspiradoras. O meu legado não é apenas clínico, é humano. Escolhi este caminho e voltaria a escolhê-lo.

LIDERAR COM EMPATIA, VENCER COM ESTRATÉGIA

Inês Luís, General Manager da EVOLVE, acredita que a inovação no setor dos Recursos Humanos passa pela proximidade com clientes e colaboradores e pela valorização do trabalho temporário como ferramenta estratégica. Com uma liderança marcada pela empatia e orientação para resultados, a executiva revela como a empresa mantém competitividade face a players internacionais e transforma a diversidade setorial em vantagem sustentável.

A EVOLVE atua em várias áreas do setor dos Recursos Humanos, desde o trabalho temporário ao recrutamento e seleção. Na sua perspetiva, qual destas áreas mais desafia a inovação e a capacidade de adaptação da empresa, num mercado em constante transformação?

O trabalho temporário é, sem dúvida, a área mais desafiante, não só pela necessidade de adaptação constante a um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e imprevisível, mas também pelas perceções erradas que ainda persistem, tanto por parte das empresas como dos candidatos. Por isso, é fundamental reforçar junto dos clientes os benefícios do trabalho temporário enquanto ferramenta estratégica

de gestão de pessoas, assim como assegurar que os colaboradores tenham uma integração eficaz e alinhada com as suas expectativas. Apenas através desta abordagem é possível desmistificar preconceitos e valorizar o trabalho temporário como uma solução viável e vantajosa para todas as partes envolvidas.

Como gestora, que estratégias tem privilegiado para garantir que a EVOLVE se mantém competitiva perante players internacionais que operam no mesmo segmento?

Acima de tudo, temos procurado reforçar, junto das equipas, uma cultura de proximidade, colaboração e orientação para o cliente.

Inês Luís, General Manager

Encaramos os nossos clientes como verdadeiros parceiros e procuramos gerir os seus desafios e objetivos com o mesmo empenho e responsabilidade com que tratamos os nossos. Esta abordagem permite-nos criar relações de confiança, duradouras e diferenciadoras. Para além disso, incentivamos uma postura orientada para a solução, garantindo que estamos sempre disponíveis e alinhados com as necessidades específicas de cada cliente, o que nos permite manter-nos competitivos face aos players internacionais.

Acredito que criar um ambiente baseado na valorização das pessoas e no foco nos resultados é essencial para garantir não apenas a produtividade, mas também a sustentabilidade do sucesso coletivo

A liderança feminina é frequentemente associada a uma maior sensibilidade para a gestão de pessoas. De que forma a sua experiência pessoal influência a cultura e a forma de atuação da EVOLVE?

Acredito que a minha experiência pessoal, enquanto mulher e líder, influencia diretamente a cultura da empresa, promovendo um ambiente mais empático, colaborativo e orientado para as pessoas. Valorizo a escuta ativa, a transparência nas relações e o desenvolvimento contínuo das equipas. Esta sensibilidade na gestão não significa fragilidade, mas sim a capacidade de compreender diferentes perspetivas, tomar decisões ponderadas e criar um clima de confiança, onde cada pessoa se sente valorizada e motivada a dar o seu melhor. Penso que esta abordagem contribui para equipas mais coesas, inovadoras e resilientes.

A diversidade setorial da carteira de clientes da EVOLVE é apontada como uma vantagem competitiva. Que práticas internas considera fundamentais para transformar essa diversidade em resultados concretos e sustentáveis para a empresa e para os clientes?

A diversidade setorial da carteira de clientes da EVOLVE é uma vantagem clara, sobretudo face às constantes alterações da legislação laboral e às dinâmicas do mercado de trabalho. Atuar em múltiplos setores permite-nos desenvolver uma visão abrangente e atualizada

sobre diferentes realidades legais e operacionais, o que reforça a nossa capacidade de adaptação. Internamente, valorizamos a partilha de conhecimento entre equipas e a circulação de boas práticas, o que nos permite dar uma resposta rápida, informada e alinhada com as exigências específicas de cada cliente, independentemente do setor em que atua.

Como concilia o papel de líder de uma organização em expansão com a necessidade de cultivar proximidade e acompanhamento personalizado com cada cliente e colaborador?

Na minha perspetiva, estes dois aspetos estão intrinsecamente ligados: o crescimento da EVOLVE é, precisamente, resultado da proximidade e do acompanhamento que garantimos a clientes e colaboradores. É esse relacionamento personalizado que faz com que confiem em nós, no serviço e na parceria que se consolida ao longo do tempo. Na EVOLVE, a nossa identidade assenta na qualidade do serviço, na fidelização dos nossos parceiros e na construção de relações sólidas e duradouras. É este compromisso que sustenta o nosso crescimento e nos permite consolidar a nossa posição num mercado cada vez mais competitivo.

Na sua trajetória como empresária e líder, que valores e aprendizagens foram mais determinantes para o sucesso, e de que forma transmite esses princípios às suas equipas?

Ao longo da minha trajetória enquanto empresária e líder, constatei que o sucesso assenta sobretudo na qualidade dos resultados alcançados e não na quantidade de horas dedicadas ao trabalho. Os valores que considero mais determinantes são a confiança, a autonomia e o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, fatores que potenciam a motivação, a eficiência e a capacidade de inovação das equipas.

Transmito estes princípios através de uma liderança orientada para objetivos claros e para o reconhecimento do mérito, privilegiando sempre a flexibilidade e a responsabilidade individual. Acredito que criar um ambiente baseado na valorização das pessoas e no foco nos resultados é essencial para garantir não apenas a produtividade, mas também a sustentabilidade do sucesso coletivo.

Que mensagem gostaria de deixar para inspirar outras mulheres que ambicionam afirmar-se no mundo empresarial e alcançar o sucesso profissional?

Ser mulher no mundo empresarial pode trazer desafios próprios, mas também uma força, uma resiliência e uma visão únicas. Não tenham receio de ocupar o vosso lugar, de liderar com empatia e de inovar com confiança. Rodeiem-se de pessoas que vos incentivem a crescer e, acima de tudo, nunca deixem que o medo de falhar seja maior do que a vontade de vencer. O sucesso começa com a confiança em nós próprias.

CUIDAR COM CIÊNCIA E CORAÇÃO

Com um olhar que une ciência, afeto e propósito, a Dr.ª Didi tem transformado a medicina dentária numa experiência de cuidado integrativo, especialmente junto das crianças, defendendo uma prática que vai muito além dos dentes: um encontro humano, respeitoso e transformador.

Como é que começou o seu caminho na medicina dentária e o que a levou a especializar-se em odontopediatria integrativa?

Desde pequena, sempre nutri o desejo profundo de cuidar – de escutar, de estar presente. Da mesma forma que a minha paixão pela saúde nasceu desde logo, ainda na infância, movida por uma curiosidade natural pelo corpo humano e pelo desejo de ajudar o outro. Quando escolhi a medicina dentária, sabia que queria fazer mais do que tratar as efemeridades dentárias: queria criar relações de confiança, especialmente com os mais pequenos, que muitas vezes chegam até nós com medo ou insegurança.

A odontopediatria entrou na minha vida como um caminho natural, mas foi a vertente integrativa que me fez realmente sentir que estava no lugar certo. Aqui, olho para cada criança como um ser único – com emoções, histórias e necessidades diferentes. Trabalho com o coração e com ciência, lado a lado com as famílias, para que cada consulta seja mais do que um tratamento: seja um momento de cuidado, respeito e conexão.

Foi ao longo do meu percurso académico e da prática clínica que compreendi que queria exercer de uma forma diferente – mais humana e verdadeiramente centrada nas pessoas e mais especificamente, na criança, como um todo. Percebi que o que verdadeiramente me realizava ia além da técnica: era o encontro humano. Sempre senti que a infância merece uma atenção especial, não apenas pelo impacto que os primeiros anos têm no desenvolvimento global, mas porque é nessa fase que se forma a relação com o próprio corpo, com o autocuidado e com o outro. Ao tratar uma criança, estamos a entrar num universo mais sensível, responsável, simbólico e tão influente. Isso exigia para além de conhecimento – uma escuta que integrasse o corpo, a mente, as emoções e o contexto da criança, com empatia, leveza e profundo respeito. Ao longo do tempo, fui percebendo que os aspetos emocionais, ambientais e relacionais influenciam absolutamente a forma como as crianças vivenciam os cuidados de saúde. Isso, juntamente com alguns problemas de saúde pessoais em que não tinha respostas concretas e eficazes por parte da medicina convencional, levaram-me a procurar uma abordagem mais integrativa, que me dava mais respostas, que procurasse a causa raiz, que unisse o rigor da ciência à escuta ativa, que trabalhasse sobre os vários pilares de saúde, e construísse um vínculo de confiança. Mais do que tratar dentes, acredito que cuido de pessoas pequenas em crescimento, atuando assim num terreno fértil e contribuindo para um futuro melhor – e isso exige delicadeza, presença e uma escuta. Acredito que é neste encontro entre ciência, afeto e respeito que realmente fazemos a diferença. Foi esta inquietação que me levou a mergulhar no mundo da Medicina Dentária Integrativa. Através dela, encontrei uma forma de unir ciência, práticas baseadas em evidência e abordagens complementares, com uma visão mais humana e respeitosa da infância. Este é o meu propósito: criar experiências de saúde positivas, que deixem marcas boas na memória afetiva da criança. Porque quando o cuidado é vivido com respeito e afeto, ele não só cura – ele transforma.

De que forma a medicina dentária funcional e biológica considera o impacto da boca na saúde global do paciente?

A medicina dentária integrativa, funcional e biológica parte do princípio de que a boca não está isolada do resto do corpo – pelo contrário, é uma porta de entrada e um reflexo direto do estado geral de saúde. Não trata apenas dos dentes isoladamente, mas analisa como a saúde oral pode influenciar ou refletir problemas noutras partes do corpo:

• Valoriza a conexão entre a saúde oral e sistémica;

• Usa materiais biocompatíveis que respeitam o organismo e evitam reações adversas;

• Procura a causa dos problemas dentários e não apenas tratar os sintomas;

• Atua com foco na prevenção, equilíbrio funcional e bem-estar geral do paciente.

Este tipo de medicina dentária promove uma abordagem personalizada e preventiva, considerando fatores como:

• Alimentação e estilo de vida;

• Respiração e sono;

• Postura corporal;

Dra Didi, Odontopediatra

• Níveis de stress e equilíbrio emocional.

Ao longo da minha prática com crianças, tenho observado que muitos sinais orais são, na verdade, manifestações visíveis de desequilíbrios sistémicos mais profundos. Por exemplo, alterações no esmalte dentário ou atrasos na erupção dos dentes podem estar associados a distúrbios hormonais ou carências nutricionais. Problemas digestivos, como refluxo ou disbiose intestinal, muitas vezes refletem-se através de mau hálito persistente, erosões dentárias ou inflamações frequentes na mucosa oral. Nestes casos, é essencial trabalhar em equipa, com outras especialidades para intervir na origem do problema, e não apenas no sinal e sintoma. É por isso que, numa abordagem integrativa, escutamos para além da boca. Observamos o comportamento, acolhemos a história familiar, analisamos os hábitos, a respiração, o sono, a alimentação e o contexto emocional da criança.

Que desafios marcaram a sua trajetória e como vê o papel feminino na liderança em saúde?

Ser mulher empreendedora na área da saúde tem sido uma jornada de superação e amadurecimento. Muitos desafios, mas a par deles surgiram grandes oportunidades, como:

– Construir uma carreira com propósito, focada no cuidado com o outro;

– Liderar equipas com uma abordagem mais humana, empática e colaborativa;

– Inspirar outras mulheres a seguir o caminho da liderança e do empreendedorismo;

– Aproveitar o avanço das tecnologias e da comunicação para ampliar o impacto do trabalho, seja através de projetos sociais ou educação em saúde.

Um desafio marcante, mas muito necessário, é conciliar as múltiplas jornadas: o empreendedorismo, a família e o autocuidado. Existe uma expectativa não dita de que a mulher precisa dar conta de tudo, o tempo todo – e quebrar esta narrativa é fundamental para conseguir crescer sem sobrecargas. Acredito que liderar, enquanto mulher, é também um ato de amor e inspiração coletiva. E esse é o verdadeiro poder da liderança feminina: construir pontes, criar oportunidades e transformar realidades.

Como vê a evolução da medicina dentária integrativa e que mudanças gostaria de ver implementadas?

Acredito que a medicina dentária integrativa vai continuar a ganhar espaço e reconhecimento, tanto entre os profissionais de saúde como entre os pacientes. Esta abordagem, que vê o paciente de forma global – considerando não apenas os dentes, mas todo o corpo, mente e estilo de vida – está alinhada com a crescente procura por uma saúde mais individualizada, preventiva e consciente.

Acredito que haverá uma maior integração entre especialidades; apostar-se-á no uso de tecnologias avançadas e menos invasivas, com foco na biocompatibilidade e na regeneração natural dos tecidos. Tendencialmente a crescente valorização da prevenção e da educação em saúde oral e geral. A implementação de abordagens mais focadas no equilíbrio funcional do corpo (funções orofaciais, postura, sono). Uma expansão natural da investigação científica que comprove a eficácia das práticas integrativas, tornando-as mais aceites no meio académico e institucional.

Em Portugal, embora a medicina dentária integrativa esteja a dar os primeiros passos, ainda há um longo caminho a percorrer, para que seja uma realidade ampla, justa e de qualidade, considero que algumas mudanças estruturais e políticas são necessárias:

– Maior reconhecimento institucional e integração no SNS/ políticas públicas de saúde oral integrativa;

– Formação curricular e contínua para profissionais de saúde oral;

– Regulação e normativas claras sobre materiais, terapias complementares e integrativas;

– Investigação e evidência local;

– Financiamento e sustentabilidade económica;

– Sensibilização pública;

– Aproximação entre a medicina dentária e outras áreas da saúde.

Que mensagem pode deixar a outras mulheres que sonham empreender na área da saúde?

Antes de mais, dizer que cada mulher tem dentro de si a força necessária para construir algo extraordinário – seja na área da saúde ou em qualquer outro setor. O caminho do empreendedorismo é desafiador, especialmente para nós, mulheres, mas é também uma oportunidade imensa de transformação, tanto pessoal como coletiva, é possível, sim, liderar com coragem, com empatia. Acreditem: o mundo precisa da vossa visão, da vossa sensibilidade, de vulnerabilidade, da vossa força, compaixão e da vossa liderança empática. Criem redes de apoio, celebrem as pequenas vitórias e mantenham-se fiéis aos vossos valores. Ser mulher na saúde, hoje, é um ato de liderança e amor. E empreender com propósito é um ato de resiliência e de esperança.

odp@dradidi.com

dradidi@ikimed.pt

@dradidi.odontopediatra @ikimed.medicina.integrativa

TRANSFORMAR A MUDANÇA

EM OPORTUNIDADE: VISÃO DA WONDERCOM

Com uma abordagem que conjuga ambição estratégica, inovação partilhada e profundo sentido de responsabilidade, Zuzana Fabianová tem transformado a Wondercom numa referência de liderança resiliente e ética. À frente de uma organização em constante evolução, a CEO defende que só é possível crescer de forma sustentável quando cada decisão respeita o equilíbrio entre o compromisso com as pessoas, o propósito empresarial e o impacto social. Em entrevista, partilha ainda a importância de inspirar equipas, promover uma cultura de aprendizagem contínua e adaptar-se aos desafios do setor, sempre com uma visão firme e orientada para o futuro.

Ao liderar a Wondercom, como equilibra a necessidade de inovar com a manutenção de uma visão estratégica consistente a longo prazo?

Na Wondercom, vejo a inovação como uma responsabilidade partilhada e não como um risco à consistência. Enquanto líder, considero que o meu papel é dar direção e propósito, garantindo que a inovação acontece dentro de um quadro estratégico bem definido pela Wondercom, alinhado com a nossa visão de longo prazo. Na Wondercom acreditamos que inovar é parte essencial do crescimento sustentável, mas deve ser feito com coerência. Por isso, gosto de incentivar as equipas a experimentar, testar e propor novas ideias, sempre com uma questão orientadora em mente:

“De que forma é que isto aproxima a Wondercom do nosso objetivo de ser uma referência no mercado TELCO, ICT e Energia, e de estar cada vez mais próxima dos nossos clientes?” Esse equilíbrio entre inovação e consistência estratégica é o que nos permite evoluir continuamente sem perder a nossa identidade – mantendo-nos fiéis aos nossos valores, mas sempre abertos à mudança que gera progresso.

Em momentos de decisão crítica, quais são os princípios que guiam o seu foco e determinação, mesmo diante de incertezas significativas?

Na Wondercom, temos princípios que nunca perdem relevância – transparência, responsabilidade e foco nas pessoas e nos Clientes. São estes valores que servem de referência e garantem consistência mesmo nos contextos mais desafiantes.

Quando as circunstâncias exigem decisões rápidas e complexas, procuro sempre preservar a visão global – compreender o impacto de cada escolha não apenas no momento, mas também no médio e longo prazo. Acredito profundamente no valor das equipas e da informação: confiar nas pessoas certas e nos dados disponíveis é o que permite transformar incerteza em ação consciente.

Para mim, liderar não é eliminar a incerteza, mas sim agir com coragem, lucidez e sentido estratégico, tomando decisões o mais informadas possível.

O meu foco mantém-se sempre no essencial: proteger a sustentabilidade da Wondercom, reforçar a confiança das nossas pessoas e dos nossos parceiros de negócio, e preservar a nossa capacidade de inovar e entregar valor real aos nossos clientes.

Que características acredita serem essenciais para inspirar equipas a ultrapassarem desafios complexos e a manterem-se motivadas em contextos de mudança constante?

Na Wondercom, a liderança significa ouvir, apoiar e desafiar, porque acreditamos que as equipas dão o seu melhor quando sentem que o seu contributo tem impacto real e que fazem parte de algo maior. Num contexto de mudança constante, considero essencial comunicar com clareza, partilhar a visão e dar sentido às decisões. Quando as pessoas compreendem o “porquê” e o “para quê” de cada transformação, ganham energia e motivação para enfrentar a incerteza com espírito construtivo.

Outro fator determinante é a confiança mútua. Confio nas nossas equipas para tomarem decisões informadas e ágeis, e acredito que a autonomia é uma das formas mais poderosas de gerar compromisso.

Ao mesmo tempo, procuro reconhecer o esforço, celebrar as conquistas e criar um ambiente onde o erro seja visto como parte do processo de aprendizagem.

Ao longo do seu percurso como CEO da Wondercom, houve algum momento em que teve de redefinir completamente uma estratégia? Como lidou com a pressão e transformou o desafio em oportunidade?

Ao longo do meu percurso na Wondercom, houve momentos em que foi necessário redefinir a estratégia, sobretudo em fases de transformação tecnológica e de mudança no mercado das telecomunicações, ICT e da Energia.

Um dos maiores desafios foi precisamente reavaliar a forma como a Wondercom se posicionava perante um setor em rápida evolução, onde a inovação e a agilidade passaram a ser determinantes para a competitividade. Nesses momentos, a pressão é inevitável – há decisões que afetam trabalhadores, clientes e parceiros, e é natural que existam dúvidas. Procurei sempre envolver as equipas, comunicar com transparência e transformar a incerteza em energia mobilizadora.

Acredito que redefinir uma estratégia não é um sinal de fraqueza, é um ato de coragem e lucidez: é reconhecer que o contexto mudou e que é preciso adaptar-se antes de ser forçado a fazê-lo. Transformei esse desafio em oportunidade ao colocar as pessoas no centro do processo de mudança - promovendo diálogo, colaboração e um sentido partilhado de direção. Ao reforçar a confiança interna e ao alinhar as equipas com a nova visão, conseguimos reposicionar a Wondercom como uma empresa mais ágil e ainda mais próxima dos seus clientes, sem perder a nossa identidade nem os nossos valores. Hoje, olho para esses momentos de redefinição estratégica como pontos de viragem positivos, que consolidaram a cultura de resiliência e inovação que caracteriza a Wondercom.

De que forma identifica e promove líderes emergentes dentro da sua organização, garantindo que a visão e os valores da empresa se perpetuam?

A liderança constrói-se diariamente, através do exemplo, da responsabilidade e da capacidade de inspirar os outros. Identificar líderes emergentes é, por isso, um processo que vai muito além de avaliar competências técnicas – trata-se de reconhecer atitudes, comportamentos e valores que refletem o espírito da Wondercom: integridade, colaboração, foco no cliente e vontade de fazer acontecer.

Procuro estar próxima das equipas e observar quem demonstra iniciativa, sentido crítico, empatia e capacidade de mobilizar os outros. Muitas vezes, a liderança revela-se em pequenos gestos – na forma como alguém enfrenta um desafio, apoia um colega ou encontra soluções criativas para um problema.

A minha missão é garantir que essas pessoas têm espaço para aprender, errar e evoluir, sempre alinhadas com a visão e os valores que definem a Wondercom. O mais importante é assegurar que a liderança não depende de uma pessoa, mas de uma cultura viva, onde todos compreendem o propósito comum e se sentem parte dele. É assim que garantimos que a Wondercom continua a crescer com lideranças fortes, humanas e consistentes, capazes de perpetuar a nossa visão no futuro.

Como conjuga a determinação e a ambição pelo crescimento com a responsabilidade social, ética e sustentabilidade no negócio que lidera?

Acredito que crescimento e responsabilidade são duas forças complementares que se reforçam mutuamente.

A nossa determinação em crescer nasce do compromisso em gerar valor sustentável: para os clientes, para os nossos trabalhadores, para os parceiros e para a sociedade em geral. Crescer de forma ética e responsável é a única forma de garantir longevidade e relevância no setor em que atuamos.

A ética está presente em tudo o que fazemos – desde a forma como tratamos as nossas pessoas, até à relação com clientes e fornecedores.

Promovemos uma cultura de integridade, transparência e respeito, que orienta a nossa atuação e garante que o crescimento da Wondercom ocorre sempre dentro de princípios sólidos.

Além disso, estamos comprometidos com uma abordagem ativa à sustentabilidade ambiental, investindo em soluções tecnológicas que reduzem o consumo energético, otimizam recursos e promovem eficiência operacional. A verdadeira ambição é crescer fazendo o bem, contribuindo para um futuro mais equilibrado e responsável. É esse equilíbrio entre determinação e consciência, entre crescimento e propósito, que define a forma como lidero o nosso negócio todos os dias.

O PODER DA NUTRIÇÃO E DA EMPATIA NO CAMINHO PARA O BEM-ESTAR

Diana Rocha Silva é Nutricionista e uma das vozes mais inspiradoras na luta por uma vida com mais leveza e consciência para mulheres com lipedema. Com uma visão que alia ciência, empatia e experiência pessoal, Diana tem transformado a forma como se fala de nutrição e autoestima nesta condição ainda pouco compreendida. Acredita que o caminho para o bem-estar começa na compreensão profunda do corpo e na criação de hábitos sustentáveis, capazes de reduzir a inflamação e transformar não só o físico, mas também a forma como cada mulher se relaciona consigo própria. O seu discurso mistura conhecimento técnico com sensibilidade humana, inspirando outras profissionais de saúde a liderar com propósito e autenticidade. Nesta entrevista à Revista Business Portugal, partilha a importância da nutrição no controlo do peso e no alívio dos sintomas do lipedema, os desafios de manter estratégias eficazes a longo prazo e o poder de uma abordagem verdadeiramente empática e transformadora.

Como considera que a nutrição desempenha um papel crucial no controlo do peso e no alívio dos sintomas do lipedema, e quais são os principais desafios para garantir que estas estratégias sejam eficazes a longo prazo?

A nutrição tem um papel central no peso e no alívio dos sintomas do lipedema, porque esta é uma condição marcada por inflamação crónica, retenção de líquidos e alterações no metabolismo da gordura. Com a alimentação certa, conseguimos atuar diretamente nesses mecanismos, reduzir inflamação, melhorar a circulação e dar aquela sensação de leveza que todas queremos sentir nas pernas. O maior desafio é a sustentabilidade a longo prazo. Muitas mulheres já passaram por dietas restritivas que não funcionaram ou até pioraram os sintomas. Por isso, o meu foco é sempre ensinar uma mudança de estilo de vida, e não apenas “fazer uma dieta”. É compreender o corpo, identificar o que causa inflamação e aprender a fazer escolhas conscientes todos os dias. Eu, enquanto nutricionista e portadora da doença, sei que cada mulher tem o seu metabolismo, a sua história e a sua relação com a comida. Quando combinamos uma alimentação anti-inflamatória com hábitos consistentes e boa gestão emocional, os resultados deixam de ser temporários e tornam-se transformadores de verdade.

Tendo em conta a sua experiência, que características enaltece como essenciais para inspirar e motivar as mulheres que enfrentam esta condição?

Na minha experiência, o que mais inspira e motiva as mulheres com lipedema é perceber que não estão sozinhas e que é possível viver com leveza, mesmo com uma condição crónica.

Diana Rocha Silva, Nutricionista

No lipedema, não basta prescrever um plano alimentar; é preciso compreender a história, as emoções e os desafios de cada mulher. Muitas viveram anos sem diagnóstico e chegam com sentimentos de culpa por não conseguirem perder peso, quando o problema é metabólico e inflamatório

A empatia é fundamental, porque muitas chegam até mim depois de anos de frustração e incompreensão com o próprio corpo. A verdadeira transformação começa quando há conhecimento. Quando entendemos o que se passa no corpo e descobrimos estratégias reais para melhorar, surge uma força interior enorme. É isso que procuro transmitir todos os dias: confiança, clareza e a certeza de que é possível sentir-se bem no próprio corpo, desde que o processo seja feito com respeito e consistência.

Para mim, inspirar é também dar o meu exemplo. Mostrar que é possível ter energia, autoestima e equilíbrio, mesmo com esta condição. A inspiração não vem só do que dizemos, mas do que vivemos e do impacto que conseguimos gerar através do nosso trabalho.

Como concilia o impacto científico da nutrição no lipedema com uma abordagem empática e personalizada, especialmente quando se dirige a mulheres que lidam com questões emocionais associadas à doença?

A ciência é a base de tudo o que faço, mas o verdadeiro impacto acontece quando conseguimos trazer isso para a vida real, de forma humana e prática. No lipedema, não basta prescrever um plano alimentar; é preciso compreender a história, as emoções e os desafios de cada mulher. Muitas viveram anos sem diagnóstico e chegam com sentimentos de culpa por não conseguirem perder peso, quando o problema é metabólico e inflamatório. Por isso, o meu trabalho vai muito além da nutrição: envolve escuta, empatia e motivação. Conciliar ciência e empatia significa unir evidência científica com cuidado humano,

ajudando cada mulher a recuperar não só o controlo do corpo, mas também a autoestima e a confiança em si mesma. É este equilíbrio que torna a mudança sustentável.

Que conselhos daria às mulheres que desejam assumir um papel de liderança na área da saúde, preservando a sua autenticidade e contribuindo para o empowerment feminino?

O meu conselho é simples: mantenham-se autênticas. Na saúde, é fácil sentirmo-nos pressionadas a ser como “se espera”, mas o verdadeiro impacto acontece quando comunicamos com verdade, mostramos a nossa essência e colocamos o coração no que fazemos.

Ser líder não é só ter conhecimento, é inspirar pelo exemplo, ter coragem para inovar, questionar e criar um espaço onde outras mulheres se sintam capazes de crescer. E nunca se esqueçam: cuidar dos outros começa por cuidar de nós próprias. A liderança feminina deve ser feita com empatia, equilíbrio e propósito. Quando estamos alinhadas com os nossos valores e usamos o nosso trabalho para algo maior, o sucesso vem naturalmente e inspira outras mulheres a fazerem o mesmo.

TRANSFORMAR O SONHO EM EXPERIÊNCIA

Mais do que organizar casamentos, a White Dots Destinations cria experiências com alma. Fundada por Agnès Ferràndiz, uma wedding planner de origem espanhola apaixonada por Portugal, a empresa é hoje uma referência na organização de destination weddings, unindo design, emoção e uma dedicação absoluta a cada casal. Formada em Administração e Direção de Empresas pela ESADE, Agnès sempre teve o desejo de empreender e encontrou, na indústria da organização de eventos, o cenário perfeito para concretizar essa vocação.

Empreender longe de casa

Quando Agnès chegou a Portugal, em 2016, trouxe na bagagem a vontade de começar do zero. “O maior desafio não foi ser mulher, foi ser estrangeira”, confessa. “Era um país novo, um setor novo, tudo novo. Mas encontrei pessoas incríveis, fornecedores que acreditaram em mim desde o início. Ainda hoje trabalhamos juntos”. Num setor dominado por mulheres, Agnès vê vantagens: “Comunicamo-nos com mais empatia. Percebemos melhor as emoções envolvidas num dia tão importante. E isso faz toda a diferença”.

Casamentos que são mais do que um dia

“A nossa visão é criar casamentos que tenham alma”, começa por dizer Agnès Ferràndiz, com um sorriso sereno que reflete a paixão com que fala do seu trabalho. “Não queremos só casamentos bonitos. Queremos que o dia se torne uma verdadeira experiência não só para o casal, mas também para todos os convidados”.

Com casais vindos de todo o mundo, a White Dots Destinations transforma o casamento num momento prolongado de partilha e descoberta. “Os convidados não vêm só para uma tarde. Estão a

Agnès Ferràndiz, Founder & CEO

viver quase umas mini-férias. Por isso, o nosso objetivo é criar uma experiência completa, que começa muito antes do ‘sim’ e termina muito depois da festa”. Cada celebração é pensada para envolver todos os sentidos, o local, a música, o ambiente, a gastronomia e até os pequenos gestos de hospitalidade. Esta abordagem transforma cada casamento num momento vivido em camadas: o encontro entre culturas, o reencontro de famílias, o encanto do destino e o cuidado em cada detalhe. “Muitos dos nossos casais vêm de países diferentes, e o casamento torna-se também um ponto de união. Portugal tem essa magia, a luz, a comida, a simpatia das pessoas, tudo contribui para que o dia seja inesquecível”.

Entre o sonho e a realidade

A filosofia da White Dots Destinations assenta num equilíbrio entre imaginação e pragmatismo. “O nosso papel é estar entre o sonho e a realidade”, explica Agnès. “Acredito que tudo é possível, dentro dos limites certos. O segredo está em encontrar formas criativas de transformar o impossível em algo que realmente funcione”. Um exemplo recente ilustra bem esta abordagem: uma noiva apresentou inspirações de decoração geradas por Inteligência Artificial, imagens belas, mas irrealizáveis no contexto real do espaço. “Então adaptámos o conceito. Em vez de suspenso, o elemento passou a ser integrado no chão. Ficou diferente, mas ainda mais bonito. É esse o nosso desafio: transformar as ideias em algo possível, mantendo a essência do sonho”.

A força de uma relação próxima

Desde o primeiro contacto até ao último minuto da festa, cada casal é acompanhado de perto. “Trabalhamos sempre em dupla, duas wedding planners por casamento para garantir que o casal se sente apoiado em todas as fases”, explica Agnès Ferràndiz. “Falamos muito com eles, ouvimos com atenção, e isso cria uma ligação muito forte. Muitas vezes, acabam por se tornar amigos”.

Este acompanhamento contínuo é um dos elementos que distingue a White Dots Destinations. Mais do que planear um evento, a equipa constrói uma relação de confiança e cumplicidade com os noivos, tornando-se o seu porto seguro em todas as decisões. Cada

detalhe é pensado em conjunto, com uma comunicação constante e transparente, que permite aos casais sentirem-se verdadeiramente ouvidos e compreendidos.

No dia do casamento, essa ligação traduz-se em eficiência e serenidade. A presença multiplica-se: quatro elementos da equipa asseguram que tudo decorre como planeado, minuto a minuto. “Temos um checklist gigante e estamos sempre preparadas para qualquer imprevisto”, revela Agnès. E de facto, nada é deixado ao acaso, desde a chegada dos fornecedores até à coordenação das entradas, discursos e surpresas. Esta metodologia permite que os noivos vivam o momento em pleno, sem preocupações. A confiança depositada na equipa é visível em cada gesto, e a empatia entre ambos torna-se uma das maiores forças do processo. A White Dots Destinations não só organiza casamentos como acompanha pessoas num dos capítulos mais intensos das suas vidas, garantindo que cada passo é dado com segurança, emoção e autenticidade.

Casamentos únicos, com personalidade própria

Cada evento é um reflexo fiel do casal. Para a White Dots Destinations, não existem fórmulas nem repetições, cada celebração nasce da essência e da personalidade dos noivos, traduzida em detalhes que contam uma história única. O design, a decoração e o ambiente são construídos a partir de quem o casal é: alguns mais sofisticados, outros mais simples, outros que sonham com o mar ou com o campo. A missão é sempre a mesma: transformar sentimentos em experiências visuais e sensoriais que refletem autenticidade.

A escolha do local é o primeiro passo desse processo criativo. Com uma oferta tão vasta em Portugal, desde palácios históricos a vinhas e falésias sobre o Atlântico, o segredo está na curadoria. “Falamos muito com os noivos antes de propor espaços”, explica Agnès Ferràndiz. “Selecionamos cinco opções que sabemos que fazem sentido para eles. Nunca enviamos listas com 20. O nosso serviço é personalizado desde o primeiro momento”.

Crescer com consciência e coração

Com uma equipa de cinco profissionais, a White Dots Destinations continua a crescer com o mesmo cuidado, proximidade e dedicação que a caracterizam. O futuro passa por reforçar a presença em Portugal e Espanha e expandir além-fronteiras, com foco em destinos como Itália. Paralelamente, a marca prepara-se para abraçar novos formatos de celebração, estendendo o seu savoir-faire também a eventos corporativos – sempre pensados como experiências de destino, onde cada detalhe é concebido para emocionar, inspirar e ficar na memória. hello@white-dots.com

VIAJAR COM SAÚDE E SEGURANÇA

À frente da Sociedade Portuguesa de Medicina do Viajante (SPMV), a médica Gabriela Saldanha defende uma visão integrada da saúde em movimento, onde conhecimento, prevenção e responsabilidade partilhada se tornam determinantes para proteger quem viaja e, em simultâneo, salvaguardar a saúde global.

O que é a Medicina do Viajante e por que é cada vez mais essencial num mundo globalizado?

Vivemos num tempo em que a mobilidade humana atinge níveis históricos e a saúde afirma-se como um bem global. Em 2024, ultrapassaram-se os 1,4 mil milhões de turistas internacionais em todo o mundo e, em Portugal, registaram-se cerca de 3,2 milhões de viagens ao estrangeiro, o valor mais elevado de sempre. Nunca se viajou tanto, nem tão depressa e com isso aumentaram também exponencialmente os riscos associados à mobilidade internacional. Cada viagem expõe o indivíduo a um conjunto complexo de riscos biológicos, ambientais e comportamentais. Entre os principais riscos infeciosos contam-se doenças emergentes e reemergentes como dengue, zika, chikungunya, febre amarela, malária, monkeypox ou Covid-19, cujos padrões de distribuição geográfica se têm alterado em consequência das mudanças climáticas, da urbanização descontrolada e do aumento do tráfego aéreo intercontinental. Acrescem ainda riscos não infeciosos ( altitude extrema, exposição solar excessiva, variações de temperatura e humidade, ou fatores relacionados com alimentação, hidratação, segurança e adaptação cultural) com importância e impacto direto na saúde do viajante internacional. Estes riscos requerem uma avaliação médica individualizada, baseada em critérios clínicos, epidemiológicos e contextuais. O planeamento preventivo deve iniciar-se idealmente quatro a seis semanas antes da partida, permitindo ajustar vacinas, profilaxias, medidas de proteção e aconselhamento comportamental ao destino, duração da estadia, tipo de viagem (profissional, turística, humanitária ou migratória) e perfil clínico do viajante. Neste enquadramento, a Medicina do Viajante afirma-se como um campo estratégico da Saúde Global. Não se limita à administração de vacinas ou à prescrição de medicamentos preventivos; trata-se de uma disciplina médica integradora, que combina prevenção, vigilância epidemiológica, educação em saúde e aconselhamento personalizado, numa abordagem centrada no indivíduo, mas com impacto coletivo.

Em termos práticos, a Medicina do Viajante atua em três momentos-chave:

1. Antes da viagem, avaliando riscos e estabelecendo medidas preventivas adequadas (vacinação, profilaxias, higiene, alimentação,

segurança e gestão de doenças crónicas);

2. Durante a viagem, oferecendo apoio, informação de emergência e estratégias de autoproteção;

3. Após o regresso, assegurando o diagnóstico e acompanhamento de eventuais patologias adquiridas no estrangeiro.

Contudo, o seu papel vai muito além da dimensão clínica individual. Num mundo interligado, cada viajante pode ser também um elo na cadeia de transmissão de doenças. Assim, a Medicina do Viajante constitui simultaneamente uma ferramenta de proteção individual, uma estratégia de saúde pública e um instrumento de saúde global.

Em última análise, a Medicina do Viajante traduz a interdependência entre saúde, mobilidade e segurança global. Cada consulta de viajante constitui uma oportunidade para prevenir doenças, reduzir desigualdades e reforçar a resiliência dos sistemas de saúde. É uma medicina que transcende fronteiras e traduz o princípio de que proteger quem viaja é proteger também as comunidades de origem e de destino e, em última instância, o próprio planeta.

Qual tem sido o papel da SPMV na consolidação e modernização desta área em Portugal?

A SPMV nasceu há uma década para colmatar uma lacuna existente no panorama da saúde em Portugal: a necessidade de uma estrutura que coordenasse, de forma integrada, a formação, a investigação e a normalização da prática clínica em Medicina do Viajante.

Criada como sociedade científica sem fins lucrativos, a SPMV reúne profissionais de saúde (médicos de várias especialidades, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros profissionais) ligados ao aconselhamento de viajantes internacionais e que partilham o mesmo propósito: promover a troca de conhecimento, boas práticas clínicas e critérios científicos uniformes, por forma a garantir qualidade e segurança em todas as fases da mobilidade internacional. Desde a sua fundação, a SPMV tem desempenhado um papel multidimensional e estruturante, assumindo-se hoje como entidade de referência nacional na área da Medicina do Viajante. A sua missão é clara e consiste em assegurar que todos os viajantes tenham acesso a aconselhamento médico qualificado, em tempo útil, baseado na evidência científica mais atual e ajustado ao destino, duração e perfil clínico individual. A SPMV procura garantir a uniformização e a qualidade da prática clínica através da definição de protocolos técnicos e recomendações

Gabriela Saldanha, Médica de Saúde Pública

fundamentadas em evidência científica sólida, abrangendo áreas como a prevenção de doenças transmissíveis, a vacinação, a profilaxia da malária, o acompanhamento de viajantes com condições crónicas, a gestão de viajantes especiais e a resposta a riscos emergentes. Paralelamente, promove a formação contínua de profissionais de saúde, organizando reuniões científicas, workshops temáticos, cursos , incluindo o reconhecido workshop de vacinas em viajantes. Estes encontros constituem momentos de partilha de experiência e atualização entre especialistas nacionais e internacionais, consolidando a credibilidade e a excelência da Medicina do Viajante praticada em Portugal.

A estrutura da SPMV é composta por membros efetivos (nacionais e estrangeiros) que se identificam com os objetivos da sociedade e contribuem para a sua missão. A cooperação institucional é um pilar essencial da atuação da SPMV. A Direção coordena as atividades científicas e formativas, define políticas e orienta estratégias de capacitação. Entre as suas atividades mais relevantes destacam-se as reuniões científicas anuais, os fóruns internacionais e regionais, os workshops técnicos e as ações de cooperação com sociedades congéneres. A SPMV elabora pareceres científicos sobre surtos e riscos emergentes, divulga informação técnica dirigida a profissionais e viajantes, promovendo a excelência e a credibilidade da prática clínica nesta área.

Ao longo desta década de existência, a SPMV consolidou-se como uma instituição científica ativa e estrategicamente posicionada para responder aos desafios da saúde global. O seu papel tem sido o de consolidar, modernizar e internacionalizar a Medicina do Viajante em Portugal, transformando-a numa área reconhecida, científica e estratégica para a saúde pública, a mobilidade humana e a segurança global. Enquanto presidente da SPMV, considero que a nossa missão consiste em transformar conhecimento em proteção efetiva.

Qual o principal desafio na consolidação da Medicina do Viajante em Portugal, e de que forma a SPMV procura responder a essa necessidade?

O grande desafio da Medicina do Viajante em Portugal é consolidar o seu reconhecimento institucional, científico e operativo, garantindo que esta área seja plenamente estruturada, regulamentada e valorizada como um pilar essencial da Saúde Global.

A criação da Competência em Medicina do Viajante pela Ordem dos Médicos foi um marco histórico no reconhecimento formal desta área, ao estabelecer que o aconselhamento ao viajante internacional requer formação específica, atualização científica permanente e responsabilidade clínica regulamentada. Contudo, é fundamental consolidar este progresso através da definição de normas claras e uniformes para o exercício profissional, assegurando que médicos, enfermeiros e outros profissionais com envolvimento direto, possam desempenhar funções articuladas e tecnicamente competentes, sempre com base na evidência científica e nas melhores práticas nacionais e internacionais. Neste ecossistema, a rede nacional de Centros de Vacinação Internacional (CVI) assume um papel absolutamente central. Os CVIs representam todos os anos, uma porta de entrada da Medicina do Viajante para milhares de cidadãos e são uma peça-chave na prevenção de doenças transmissíveis, vigilância epidemiológica,

cumprimento de acordos internacionais e cumprimento do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). A SPMV reconhece a excelência técnica desta rede, defendendo a importância da uniformização de procedimentos, garantindo melhor acessibilidade e equidade territorial, harmonizando práticas clínicas, critérios de qualidade e protocolos técnicos entre as diferentes unidades do país. Tal implicará também reforçar a capacidade de resposta pública, numa visão de futuro, adaptando-a às novas realidades de mobilidade e aos desafios globais emergentes.

Neste enquadramento, a SPMV tem trabalhado com base em quatro eixos estratégicos fundamentais:

– Valorização da Medicina do Viajante e da sua competência profissional;

– Governança e advocacia;

– Comunicação e visibilidade pública, aproximando a saúde em viagem dos cidadãos;

– Formação contínua, sustentada na ciência e na evidência.

A SPMV tem contribuído para a definição de referenciais técnicos, para a integração efetiva desta área nas políticas de saúde pública e fortalecimento da resposta nacional em contexto de viagens e mobilidade global. Tem igualmente investido na formação e capacitação de profissionais e na elaboração de recomendações técnicas atualizadas. Destacamos a importância do papel estratégico dos agentes de viagem e operadores turísticos, que representam o primeiro ponto de contacto com muitos viajantes. Acreditamos que a sua sensibilização é essencial para promover uma cultura de prevenção e garantir que o viajante procure a consulta do viajante em tempo útil, permitindo que as recomendações, vacinas e medidas profiláticas tenham real eficácia. Neste enquadramento é fundamental envolver estes parceiros em ações conjuntas de informação, educação e responsabilidade partilhada, reconhecendo que a saúde do viajante começa antes da partida, muitas vezes ainda na fase de planeamento da viagem. A nossa visão é clara e abrangente: garantir que qualquer viajante ( turista, migrante, trabalhador humanitário ou profissional em mobilidade) tenha acesso, antes, durante e após a viagem, a um aconselhamento qualificado e seguro, contribuindo não apenas para a sua proteção individual, mas também para a defesa da saúde pública nacional e internacional.

Mensagem Final

A Medicina do Viajante é uma ponte entre a saúde individual, saúde pública e responsabilidade global. Num mundo em que a mobilidade humana atinge níveis históricos, as alterações climáticas e as migrações redesenham o mapa da saúde e impõem desafios inéditos. A SPMV tem procurado responder a estas necessidades, promovendo prevenção, educação, vigilância e boas práticas clínicas, sempre apoiada na ciência e na cooperação nacional e internacional.

Defendemos um turismo consciente, uma mobilidade responsável e uma saúde global que transcende fronteiras.

LIDERAR COM EMPATIA

Diana Catalão, Psicóloga Clínica, acredita que liderar é um ato de empatia e autoconhecimento. Em entrevista, fala sobre a importância da escuta ativa, da valorização das pessoas e da humanização nas organizações. Defende que o equilíbrio entre bem-estar e produtividade é a base das equipas fortes e conscientes, e que, no caminho da liderança feminina, sensibilidade e coragem são inseparáveis.

A verdadeira força de uma mulher líder está em manter-se fiel a si mesma

A sua prática baseia-se na escuta ativa, empatia e foco na solução. Na sua perspetiva, de que forma estas competências humanas podem ser integradas e valorizadas em contextos de liderança e gestão, especialmente em equipas sob elevada pressão emocional?

Liderar com empatia é compreender que cada pessoa carrega consigo uma história única, feita de forças, vulnerabilidades e sonhos.

A escuta ativa e o apoio genuíno criam confiança e transformam equipas sob pressão em grupos coesos e resilientes. Estas competências humanas são o alicerce da liderança moderna: fomentam relações autênticas e resultados sustentáveis. Respeitar o outro, mesmo nas diferenças, é um ato de inteligência emocional e um reflexo de maturidade profissional.

A saúde mental é cada vez mais reconhecida como um pilar essencial do desempenho profissional. Que estratégias considera prioritárias para que as organizações portuguesas possam promover o bem-estar psicológico dos seus colaboradores sem comprometer a produtividade?

Promover a saúde mental nas organizações é compreender que produtividade e bem- estar não se opõem – completam-se. Valorizar o ser humano para além do desempenho é essencial para equipas motivadas e sustentáveis. A flexibilidade de horários, os espaços de escuta e a liberdade para pequenas pausas não são privilégios, mas estratégias de gestão emocional eficazes. O colaborador emocionalmente equilibrado é mais criativo, leal e produtivo. O futuro das organizações passa, inevitavelmente, por uma liderança mais humana.

Enquanto mulher, psicóloga e profissional de saúde, que desafios e aprendizagens destacaria na conciliação entre o desenvolvimento pessoal e o exercício de um papel de liderança inspiradora no setor da saúde e bem-estar?

Enquanto mulher, psicóloga e profissional de saúde, aprendi que liderar é um ato de coragem e autenticidade. O verdadeiro valor não se impõe – demonstra-se através da coerência entre o que se diz e o que se faz. A idade ou o género não definem competência, o caráter, sim. Liderar com consciência é reconhecer que a sensibilidade é uma força transformadora. O autoconhecimento é o pilar de uma liderança inspiradora, que se constrói no equilíbrio entre firmeza, empatia e propósito.

Que mensagem deixa às mulheres que aspiram ser líderes ou empreendedoras na área da saúde e do bem-estar, e que procuram equilibrar a ambição profissional com o cuidado de si mesmas?

Às mulheres que aspiram liderar ou empreender na área da saúde e do bem-estar, deixo uma mensagem de coragem e verdade: arrisquem, mesmo com medo. Os desafios são mestres silenciosos que moldam a nossa essência. Permitam-se sentir, parar e até falhar – mas nunca desistam de si. Cuidar de si não é egoísmo, é sabedoria emocional. Filtrem as vozes críticas e protejam a vossa paz interior. A verdadeira força de uma mulher líder está em manter-se fiel a si mesma, equilibrando ambição com serenidade, e poder com humanidade.

psiconsulta.catalao@gmail.com

Diana Catalão, Psicóloga Clinica

A FORÇA FEMININA QUE MARCOU O IMOBILIÁRIO EM VISEU

Anabela Sousa fez do imobiliário mais do que um negócio: fez dele uma missão de proximidade, ética e confiança. Em quase três décadas, construiu uma marca própria, desafiou um setor dominado por homens e provou que liderança no feminino é sinónimo de determinação, rigor, transparência e humanidade.

Da gestão à descoberta da vocação

Natural de Angola e licenciada em Gestão de Empresas em Viseu, Anabela Sousa passou por experiências na contabilidade até encontrar, quase por acaso, o caminho que definiria a sua vida. Aos 23 anos, ingressou numa imobiliária que se instalava em Viseu e, ao terceiro dia de formação, percebeu que tinha descoberto a sua vocação. “Era isto que queria fazer e sabia que teria sucesso”, recorda. Rapidamente destacou-se, assumindo funções de direção comercial. Foi responsável por abrir escritórios em Viseu, Coimbra, Guarda, Covilhã e Aveiro, criando equipas e estruturando negócios. Em 1999, abriu a primeira loja da Remax em Viseu, mas a vontade de implementar o seu próprio método levou-a a dar um passo decisivo.

O nascimento da Anadvise

Em 2004, criou a Anabela Sousa Mediação Imobiliária, da qual nasceu a marca Anadvise – “Anabela dá conselhos”, explica. O nome traduz a filosofia de proximidade e acompanhamento total ao cliente. “Em cada cliente eu tenho um amigo. Estou presente desde a escolha da casa até ao último detalhe da escritura, e continuo disponível sempre que precisam de mim”, sublinha.

Ao longo dos anos, chegou a liderar equipas numerosas, mas reconhece que a sua verdadeira força esteve sempre na dedicação pessoal e no acompanhamento próximo. “Prometo, cumpro. A palavra é tudo para mim”, afirma. Essa postura valeu-lhe a reputação de profissional exigente e transparente, num mercado cada vez mais competitivo.

Mercado em transformação

O setor imobiliário em Viseu tem vivido uma valorização sem precedentes. “Hoje, quem comprou há dez anos consegue vender pelo dobro”, aponta. Essa realidade trouxe oportunidades, mas também desafios: os preços tornaram-se incomportáveis para muitos jovens locais, ao mesmo tempo que Viseu se consolidou como destino atrativo para compradores nacionais e estrangeiros. Apesar do otimismo com a procura, Anabela alerta para a necessidade de equilíbrio: “Não

podemos chegar a valores idênticos ao Porto ou Coimbra, porque são mercados diferentes. Esta especulação tem de abrandar”.

Mais do que casas, confiança

Para a fundadora da Anadvise, o legado é claro: não se trata apenas de vender imóveis, mas de criar relações duradouras. “Uma casa é o projeto de vida de uma família. O meu objetivo é que as pessoas vivam felizes no lugar que escolhem e que saibam que têm em mim alguém de confiança, sempre disponível”. Com quase 30 anos de experiência, Anabela Sousa continua a ser uma referência no mercado imobiliário, não apenas pela competência, mas pela forma como transformou cada negócio numa relação de confiança. Afinal, como gosta de repetir, “em cada cliente, tenho um amigo”.

Futuro mais seletivo

Com um percurso de dedicação absoluta, Anabela Sousa admite querer abrandar o ritmo, por isso pretende trabalhar com uma equipa reduzida, apostando em menos imóveis, mas em regime de exclusividade e com forte investimento em visibilidade digital. “Quero trabalhar menos, melhor e ganhar mais. Já estou na idade de selecionar com quem e como quero trabalhar”.

Orgulhosa do seu percurso, diz ter construído uma reputação de rigor, competência e autenticidade. “Sou daquelas pessoas que cumpre a palavra e trabalha arduamente. Nunca deixei que os meus clientes fossem enganados e sempre estive presente para resolver problemas”, refere. Herdeira da ética e do espírito de trabalho do pai, e dona de uma determinação incomparável, sublinha: “Se cheguei onde cheguei, foi porque nunca baixei os braços. Trabalhei muito e conquistei o meu espaço com verdade e seriedade”.

geral@anadvise.com • www.anadvise.com

Anabela Sousa, Fundadora

LIDERAR COM RIGOR, INSPIRAR COM PROPÓSITO

Isabel Mira sabe que liderar é muito mais do que dominar as leis — é inspirar equipas, transformar desafios em oportunidades e abrir caminho para outras mulheres em cargos de topo. Enquanto Head of Legal da Optylon Krea, assume a liderança como um exercício de confiança, equilíbrio e propósito, onde a competência técnica se alia à visão estratégica.

Enquanto Head of Legal da Optylon Krea, assume também uma dimensão de liderança. Que princípios considera essenciais para inspirar equipas e assegurar que o rigor jurídico se traduz em confiança e crescimento empresarial?

No papel que assumo, acredito que a liderança jurídica ultrapassa a mera conformidade normativa – é, acima de tudo, um exercício de construção de confiança. O rigor técnico é o ponto de partida, mas o verdadeiro impacto está na capacidade de traduzir complexidade legal em soluções claras e alinhadas com o negócio. Liderar implica promover uma cultura de transparência e responsabilidade que sustente o crescimento sustentável. Procuro liderar pelo exemplo, reconhecendo o mérito e promovendo a autonomia, para que o departamento seja visto não como um bloqueador, mas como um parceiro estratégico de desenvolvimento.

Que obstáculos enfrentou, enquanto mulher em cargos de topo, e de que forma transformou esses desafios em oportunidades de afirmação e de exemplo para outras líderes?

Ser mulher em funções de liderança é, por vezes, enfrentar expectativas não ditas e estereótipos subtis, mas persistentes. Já vivi momentos em que a assertividade foi confundida com dureza ou em que precisei de provar mais para ser ouvida da mesma forma. Transformei essas experiências em oportunidades de reforçar a confiança na minha competência e de criar espaço para outras mulheres fazerem o mesmo. A liderança exige capacidade de adaptação e de gestão da perceção, para afirmar um ponto de vista com firmeza e clareza, sem que a emoção obscureça a mensagem.

Ser líder implica, muitas vezes, conciliar uma visão estratégica de longo prazo com a pressão da execução diária. Como encontra esse equilíbrio no seu percurso profissional?

Manter o equilíbrio entre visão estratégica e execução diária é um dos maiores desafios que enfrento. Procuro assegurar que cada decisão contribui para os objetivos globais da empresa, sem perder a capacidade de resposta às exigências do dia a dia. A disciplina e o foco, permitem que a estratégia se traduza em execução consistente, garantindo que todas as áreas, incluindo o jurídico, caminham na mesma direção e partilham um propósito comum.

Que mensagem gostaria de deixar às mulheres que aspiram a cargos de liderança, e como acredita que o seu percurso pode servir de inspiração para a próxima geração de líderes e empresárias?

Às mulheres que ambicionam cargos de liderança, diria que o essencial é combinar competência técnica com resiliência e visão estratégica. A liderança constrói-se com resultados, consistência e capacidade de inspirar confiança. Acredito que o meu percurso demonstra que é possível crescer mantendo integridade, visão e foco – e que liderar é, acima de tudo, gerar impacto, formar equipas fortes e contribuir para o sucesso coletivo.

Isabel Mira, Head of Legal

EQUAÇÃO MOTOR: UMA MULHER

AO VOLANTE DO SUCESSO

Há mais de duas décadas no mercado automóvel, a Equação Motor, no Porto, transformou-se numa referência nacional. Liderada por Cátia Serrano, a empresa destaca-se pela proximidade com clientes, presença digital e serviços diversificados. Em 2022, Cátia foi eleita personalidade feminina do ano no ramo automóvel e desde então que a Equação Motor é PME Líder.

O início de uma trajetória no automóvel

Tudo começou quando Cátia tinha apenas 19 anos. “O meu pai tinha uma pequena oficina e eu entrei para ajudar”, recorda. O que começou como uma ajuda temporária tornou-se numa paixão duradoura. “Apaixonei-me pela área e consegui desenvolver o negócio. Passado um ano, fiquei sozinha com a empresa.” Desde então, a empreendedora ampliou o negócio, abriu stands de automóveis e apostou na formação em financiamento e seguros.

Hoje, a Equação Motor ultrapassa os 20 anos de atividade e continua em crescimento. Mas o caminho nem sempre foi fácil. “O maior desafio foi entrar num mercado masculino”, confessa. “Há 20 anos era difícil um homem aceitar ordens de uma mulher, principalmente na oficina. Foi preciso firmeza e resiliência”.

Transformar obstáculos em oportunidades

A pandemia podia ter travado o crescimento, mas serviu de ponto de viragem. “Foquei-me no marketing e nas redes sociais”, explica. Destaca que, conquistaram um recorde de vendas em agosto de 2021. “Chegámos aos 20 mil seguidores e tornámo-nos o stand com mais visibilidade online no país”. Com vídeos diários, entregas

ao domicílio e parcerias com influenciadores, a Equação Motor destacou-se digitalmente. Hoje, conta com dois stands, oficina, armazém e rent-a-car

Valores que movem o negócio

Na Equação Motor, o foco está nas pessoas. “Queremos que o cliente fique satisfeito. Muitos já nos compraram sete carros ao longo da vida”, diz Cátia, valorizando a confiança dos clientes. A liderança baseia-se na confiança e no equilíbrio. A proximidade é uma das marcas da empresa. “Os clientes chegam aqui e tratam os comerciais pelo nome. Isso não é habitual, mas é essencial. Criar confiança faz toda a diferença”.

Digital, sustentabilidade e futuro

Com o setor automóvel em plena transformação, a Equação Motor tem acompanhado as mudanças com olhos postos no futuro. “Estamos a recuperar baterias de carros elétricos, para reduzir desperdício e custos para os clientes”, explica. A sustentabilidade é já uma prioridade, tanto na oficina como na frota.

E os planos não ficam por aqui. “Queremos expandir a rent-a-car, porque o turismo está a crescer muito, e apostar mais na área dos automóveis elétricos e de luxo”.

Mulheres que inspiram

Ser mulher num setor tradicionalmente masculino moldou a liderança de Cátia Serrano. “É preciso coragem e teimosia. Muitas vezes temos de levar a nossa ideia em frente, mesmo quando duvidam de nós”. O reconhecimento não tardou. Desde 2022, Cátia recebeu o prémio PME Líder – Personalidade Feminina do Ano no Ramo Automóvel. Uma distinção que simboliza mais do que sucesso empresarial: representa a força e a persistência de quem acredita que talento não tem género.

Com uma visão inovadora e uma equipa dedicada, a Equação Motor prova que determinação e coragem são fundamentais para o sucesso. A trajetória de Cátia inspira confiança e mostra que liderança, proximidade com clientes e aposta no futuro fazem toda a diferença no setor automóvel.

Cátia Serrano, CEO

DIREITO, INOVAÇÃO E LIDERANÇA HUMANA

Sob a liderança de Catarina Zuccaro, a CZ Advogados tem consolidado uma identidade que alia a excelência técnica à dimensão humana do Direito, reafirmando a advocacia como instrumento de justiça e transformação social. Sustentada nos valores de integridade, responsabilidade e respeito pela dignidade humana, a fundadora do escritório inspira uma prática orientada por princípios éticos sólidos e por uma cultura de inovação que desafia as convenções do setor. Do reforço das competências internas à integração de tecnologias jurídicas avançadas, da promoção ativa da igualdade de oportunidades ao incentivo ao talento feminino, Catarina Zuccaro projeta uma visão em que o futuro da advocacia se constrói com rigor, transparência e compromisso com as pessoas — pilares que tornam a CZ Advogados uma referência no panorama jurídico nacional e internacional.

A CZ Advogados tem-se destacado pela sua abordagem rigorosa e humana ao Direito. Que princípios pessoais e profissionais têm guiado a sua liderança ao longo destes anos?

A liderança da CZ Advogados assenta em três princípios essenciais: integridade, responsabilidade e respeito pela dignidade humana. Cada decisão procura alinhar o rigor técnico com a consciência ética, lembrando sempre que por detrás de cada processo existe

uma vida, uma família ou um projeto. Transparência, lealdade e compromisso com a justiça, e não apenas com o litígio, definem a forma de actuação do escritório.

Num setor tradicionalmente conservador, como tem promovido a inovação – seja na gestão interna, na relação com clientes ou na adoção de novas tecnologias jurídicas?

A inovação surge através de uma gestão interna estruturada, com procedimentos claros, formação contínua e cultura de melhoria permanente. Na relação com clientes, a prioridade recai sobre a comunicação clara e acessível, com uso de ferramentas digitais que permitem acompanhar o estado dos processos. Na vertente tecnológica, o escritório integra sistemas de gestão e pesquisa jurídica avançada apoiada por Inteligência Artificial, sem abdicar da análise crítica e da responsabilidade pessoal do advogado.

O que considera essencial para atrair e reter talento feminino na advocacia, garantindo igualdade de oportunidades e desenvolvimento de carreira?

Atrair e reter talento feminino exige um ambiente em que a competência não sofre condicionamentos por motivos de género. Isso passa por critérios de progressão transparentes, acesso real à liderança, respeito pela conciliação entre vida profissional e pessoal e políticas internas que não penalizam a maternidade. A existência de mentoras e redes de apoio fortalece o percurso das jovens advogadas e contribui para que permaneçam, cresçam e assumam posições de decisão.

Futuramente, quais são as prioridades estratégicas da CZ Advogados para continuar a crescer e a afirmar-se como uma referência no panorama jurídico nacional?

As prioridades passam por consolidar a excelência técnica com visão internacional, reforçar áreas como direito internacional, imigração e investimentos estrangeiros, e ampliar parcerias estratégicas em Portugal e no exterior. Em paralelo, o escritório pretende crescer de forma sustentável, fortalecendo equipas especializadas, e manter um papel ativo na defesa dos direitos humanos e na promoção de práticas empresariais responsáveis, afirmando-se como referência ética e profissional no panorama jurídico nacional.

PORTO | LISBOA | CASTELO BRANCO MILÃO | SÃO PAULO | DUBAI

info@czadvogados.com www.czadvogados.pt

Catarina Zuccaro, Advogada e Fundadora

TRANSFORMAR IDEIAS EM RESULTADOS: A JORNADA DE ANA SOFIA PATA

Liderar com propósito e intuição é o mote de Ana Sofia Pata, Partner da WECANFLY, uma das vozes mais atentas à evolução do marketing de influência em Portugal. Perante os desafios de um universo digital em permanente mudança, Ana Sofia acredita que a chave do sucesso reside na capacidade de unir dados e sensibilidade, promovendo relações autênticas entre marcas e criadores. A sua abordagem inovadora valoriza o impacto real e o alinhamento de valores, colocando sempre o fator humano no centro das decisões. Nesta entrevista, Ana Sofia Pata apresenta os pilares de uma liderança inspiradora e partilha conselhos valiosos para as novas gerações de empreendedoras que ambicionam marcar diferença no mundo digital, lembrando que influenciar é, acima de tudo, usar a voz com responsabilidade e coragem positiva.

com base em objetivos claros, mas sem perder autenticidade. Trabalhamos lado a lado com os talentos, potenciando as suas vozes e construindo relações sólidas com marcas e agências. Mantemos uma abordagem global com mindset local profissionais rigorosos, mas próximos, com a agilidade de uma boutique agency

Sendo uma mulher à frente de uma empresa inovadora, que princípios considera essenciais para uma liderança inspiradora e eficaz?

De que forma a WECANFLY tem vindo a adaptar as suas estratégias de marketing de influência às constantes mudanças no comportamento digital dos consumidores?

Na WECANFLY acreditamos que o marketing de influência é, acima de tudo, sobre pessoas e as pessoas mudam constantemente. Por isso, adaptamo-nos através da escuta ativa, da análise de tendências e de uma abordagem que equilibra dados, sensibilidade e propósito. Valorizamos impacto real, relevância e alinhamento de valores entre marcas e criadores, apostando em campanhas que criam ligação genuína e não apenas visibilidade.

Quais considera serem os principais diferenciais da WECANFLY num mercado cada vez mais competitivo?

Destacamo-nos pela combinação entre estratégia, criatividade e uma forte componente humana. Unimos marcas e criadores

Mais do que liderança tradicional, o que me motiva é gerir relações e projetos, unir pessoas, alinhar visões e transformar ideias em resultados. Gosto de acompanhar cada etapa, porque é aí que se constrói confiança entre marcas e criadores. Acredito que o fator humano faz toda a diferença: perceber os pontos fortes de cada pessoa e criar sinergias é o que nos permite ir mais longe. No fundo, trata-se de gerir pessoas com empatia e intuição, mantendo sempre o foco em resultados autênticos e eficazes.

Que conselhos deixaria às novas gerações de empreendedoras que desejam construir um percurso sólido no marketing digital e da influência?

Comecem com propósito e paciência. Este setor é rápido, mas o sucesso constrói-se com consistência e visão. Equilibrem o lado criativo com o estratégico, rodeiem-se de pessoas que inspiram e não tenham medo de falhar, é assim que se cresce. E lembrem-se: influenciar não é falar mais alto, é usar a voz com responsabilidade e impacto positivo.

Ana Sofia Pata, Partner da WECANFLY

SELFLOVE

PROFESSIONAL:

BELEZA COM PROPÓSITO

Com mais de 30 anos dedicados à beleza e ao bemestar, Anabela Pereira criou a SelfLove Professional para transformar o cuidado capilar num gesto de amor-próprio e autenticidade.

A criação da marca SelfLove representa a concretização de uma visão muito pessoal e apaixonada pela beleza e pelo bem-estar. Que motivações estiveram na origem desta decisão empreendedora?

A criação da SelfLove representa a concretização de uma visão muito pessoal, construída ao longo de mais de 30 anos de dedicação à área da beleza e de bem-estar no salão Manubela. Durante toda a minha carreira caminhei de mãos dadas com a evolução da indústria – vivi de perto as mudanças nas fórmulas, nas tendências e nas exigências de um setor em constante transformação. Essa experiência permitiu-me compreender que a verdadeira inovação não está apenas na ciência ou na tecnologia dos produtos, mas também na escuta ativa das pessoas para quem trabalhamos.

Foi dessa escuta empática e dessa convivência diária que nasceu a vontade de criar uma marca diferente – uma marca que unisse resultados reais à saúde capilar e à praticidade do dia a dia. A SelfLove foi pensada para mulheres reais, que vivem intensamente, que enfrentam

desafios, e que precisam de soluções eficazes, simples e honestas. Cada produto traduz essa filosofia: fórmulas que respeitam o couro cabeludo, nutrem o cabelo em profundidade e tornam o cuidado diário um momento de prazer e equilíbrio.

Acredito que a beleza deve ser uma experiência de amor-próprio – prática, acessível e verdadeira – e é isso que me move todos os dias a continuar a inovar e a criar com alma e colocar sempre a consumidora no centro.

A sua experiência de mais de três décadas enquanto hairstylist confere-lhe uma perspetiva privilegiada sobre as transformações do setor. De que forma esse percurso contribui para o posicionamento e autenticidade da SelfLove?

Cada fase da minha carreira trouxe-me aprendizagens que hoje estão profundamente enraizadas no ADN SelfLove: o respeito pela individualidade de cada pessoa, a importância da escuta e o valor da simplicidade aliada à eficácia.

Ao longo de mais de três décadas vivi de perto as grandes transformações – não só no universo da beleza como do nascimento e evolução digital, lembro-me quando não existiam telemóveis e hoje a beleza faz-se em função deles. Esta evolução tecnológica também se reflete na forma como a cliente se (re)vê e por fazer parte desta evolução permitiu-me observar, com um olhar atento e humano, que a beleza é um reflexo do tempo, mas o cuidado é intemporal.

Trabalhar diariamente com diferentes tipos de cabelo, texturas, estilos e personalidades deu-me uma compreensão real das necessidades das mulheres – e também das suas frustrações. Percebi que muitas vezes o mercado oferece promessas rápidas, mas esquece a saúde capilar, a praticidade e o prazer do cuidado. Foi essa perceção que moldou a filosofia da SelfLove: criar produtos que entreguem resultados visíveis, mas que, acima de tudo, respeitem o equilíbrio natural do cabelo e o tempo de cada pessoa.

Que mensagem gostaria de deixar às mulheres que pretendem transformar o seu talento e paixão em projetos empresariais bem-sucedidos?

A minha mensagem é simples: comecem, mesmo que ainda não se sintam totalmente prontas. A perfeição não é o ponto de partida, é o resultado de um percurso feito com coragem e verdade. Escutem o vosso instinto, rodeiem-se de pessoas que partilhem os vossos valores e não tenham medo de recomeçar sempre que necessário.

Empreender exige resiliência, mas também exige amor – amor pelo que se faz, por quem se é e por quem se impacta. Quando criamos a partir desse lugar, o resultado é sempre autêntico. O meu percurso com a SelfLove ensinou-me que liderar é inspirar pelo exemplo, é mostrar que é possível crescer com propósito e construir algo que toque a vida das pessoas de forma positiva.

Anabela Pereira, Fundadora

DECOR HOTEL 2025

A Decor Hotel 2025 é o principal evento profissional em Portugal dedicado à hotelaria e à arquitetura, que terá lugar de 20 a 22 de novembro na FIL - Feira Internacional de Lisboa. Esta feira reúne decisores, fornecedores e especialistas do setor para apresentar soluções inovadoras em design, decoração, tecnologia e gestão hoteleira, moldando o futuro da hospitalidade com produtos modernos e práticas de sustentabilidade. É o palco chave para networking, inovação e negócios no setor, onde a inspiração e as últimas tendências se cruzam para transformar a experiência dos hóspedes e otimizar a gestão dos estabelecimentos. A Decor Hotel 2025 é, assim, o encontro imperdível para quem quer estar um passo à frente na hospitalidade.

DESIGN QUE RESPIRA NATUREZA A VISÃO DA TERRACE

Liderado por Mara Coelho, o Atelier Terrace Vitta afirma-se como um emblema do design de exterior contemporâneo, onde natureza, estética e conforto se fundem numa linguagem única. Inspirada pela elegância intemporal e pela funcionalidade, a marca celebra o prazer de viver ao ar livre, criando mobiliário sustentável e personalizado que transforma espaços em experiências autênticas e cheias de emoção.

Qual é a filosofia do Atelier Terrace Vitta na criação de mobiliário exterior e como conseguem traduzir inspiração, funcionalidade e estética em cada peça?

A filosofia da Terrace nasce do desejo de celebrar a vida ao ar livre através de mobiliário que combina inspiração da natureza, funcionalidade e elegância intemporal. Cada criação é projetada para se harmonizar com o ambiente circundante, graças a linhas essenciais, materiais resistentes e uma pesquisa estética que expressa plenamente a identidade da marca FAST.

De que forma o Atelier Terrace Vitta consegue oferecer soluções personalizadas que respondam às necessidades e ao estilo de vida de cada cliente, mantendo a coerência do design?

A Terrace propõe coleções modulares e versáteis, concebidas para se integrarem naturalmente em ambientes residenciais; hotelaria e espaços comuns. A possibilidade de personalização, graças a uma ampla escolha de acabamentos, cores e configurações, permite criar soluções sob medida, mantendo sempre uma coerência estética e formal que garante equilíbrio visual e funcional.

Que práticas sustentáveis ou inovadoras são aplicadas no fabrico do mobiliário exterior, alinhando qualidade e respeito pelo meio ambiente?

A Terrace dá grande importância à sustentabilidade, partilhando plenamente a visão da FAST. A marca utiliza alumínio 100% reciclável e adota processos de fabrico que visam reduzir o desperdício e otimizar o consumo de energia. A nova paleta de acabamentos e tecidos também foi desenvolvida com especial atenção ao impacto ambiental, privilegiando cores intemporais e materiais sustentáveis, como tecidos naturais de cânhamo ou fabricados a partir da reciclagem de outros tecidos e plástico.

Como o Atelier Terrace Vitta acompanha as tendências internacionais de design de exteriores e, ao mesmo tempo, cria peças que se destacam pela originalidade e intemporalidade?

A Terrace segue as tendências internacionais de design e, neste contexto, a FAST colabora com designers de renome como David Lopez Quincoces, Francesco Meda e Alberto Lievore, reinterpretando

os estilos contemporâneos com um toque italiano inconfundível. Um exemplo emblemático é a cadeira Forest, um dos best-sellers da marca desde o seu lançamento em 2007: um ícone de elegância e leveza, capaz de evoluir ao longo do tempo sem nunca perder a sua identidade.

Mais do que mobiliário, as vossas criações parecem propor experiências. Qual é, para o Atelier Terrace Vitta, o papel do design na construção de atmosferas ao ar livre que despertem emoção e pertença?

O mobiliário da Terrace é concebido para evocar emoções, promover a socialização e o bem-estar, transformando terraços e jardins em espaços repletos de significado e memórias. Cada produto convida a viver o exterior como uma extensão da casa e da personalidade de quem nela habita. Também para a FAST, o design de exterior não é apenas estética, mas a arte de criar verdadeiras atmosferas.

Olhando para o futuro, que tendências ou novas linguagens estéticas acredita que irão moldar os próximos anos, e de que maneira o Atelier Terrace Vitta se posiciona nesse horizonte?

Olhando para o futuro, a Terrace busca explorar novas linguagens estéticas inspiradas na biofilia (conexão com a natureza e formas de vida), no minimalismo funcional e na integração tecnológica. Ao mesmo tempo, compartilha a abordagem da FAST, que investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento para antecipar as necessidades de um público cada vez mais sensível à sustentabilidade, conforto e personalização, mantendo a excelência do Made in Italy como valor central.

A LUZ COMO EXPRESSÃO DE IDENTIDADE

Em sintonia com as tendências que moldam o futuro da iluminação, a Definelight tem vindo a consolidar-se como referência na criação de soluções que unem inovação tecnológica, sensibilidade estética e compromisso ambiental. À frente da empresa, Humberto Silva partilha a visão de uma marca que faz da luz um elemento de identidade — capaz de valorizar a arquitetura, o ambiente e, sobretudo, a experiência humana em cada espaço.

De que forma a Definelight procura conciliar inovação tecnológica com a criação de uma identidade luminotécnica que valorize tanto a arquitetura como o mobiliário em projetos hoteleiros e residenciais?

A Definelight concilia inovação tecnológica e identidade luminotécnica através de uma abordagem que integra design, funcionalidade e sustentabilidade. Investe continuamente na formação das suas equipas para explorar tecnologias de ponta – como sistemas de controlo inteligentes e LEDs de elevado desempenho, desenvolvendo soluções personalizadas que valorizam a arquitetura e os espaços.

Nos projetos hoteleiros e residenciais, a iluminação é pensada como parte integrante da experiência espacial, equilibrando conforto visual, eficiência energética e expressão arquitetónica, promovendo o bem-estar e reforçando a identidade de cada ambiente.

Na hotelaria de luxo, a iluminação é um elemento central na criação de atmosferas memoráveis. Como é que a vossa abordagem contribui para transformar a estadia de um hóspede numa experiência sensorial distinta?

Na hotelaria de luxo, a iluminação é determinante na criação de atmosferas memoráveis. Na Definelight, procuramos compreender a identidade de cada espaço e as emoções que se pretendem despertar, utilizando a luz como elemento narrativo, capaz de realçar texturas, valorizar o mobiliário e criar transições subtis entre diferentes ambiências.

Aliamos tecnologia e sensibilidade estética para proporcionar conforto visual e bem-estar, transformando a luz num verdadeiro instrumento de hospitalidade que torna cada estadia uma experiência sensorial única.

A Definelight atua como parceira técnica no desenvolvimento de soluções de iluminação à medida, refletindo a identidade e o estilo de vida de cada cliente

Os clientes particulares de alto padrão procuram soluções cada vez mais personalizadas. Que papel desempenha a Definelight no desenvolvimento de projetos de iluminação “à medida”, em diálogo com arquitetos e designers de interiores?

A Definelight atua como parceira técnica no desenvolvimento de soluções de iluminação à medida, refletindo a identidade e o estilo de vida de cada cliente. Trabalhamos em estreita colaboração com arquitetos e designers desde as fases iniciais do projeto, traduzindo a sua visão criativa em soluções precisas que conciliam estética, conforto e eficiência.

Através de uma curadoria rigorosa, envolvendo temperatura de cor, intensidade e efeitos de luz, criamos ambientes exclusivos que expressam personalidade e reforçam o conceito arquitetónico.

A sustentabilidade é hoje um imperativo transversal. Quais são as principais estratégias que a Definelight tem implementado para garantir soluções de iluminação energeticamente eficientes, sem comprometer o impacto estético e emocional da luz?

A sustentabilidade é um princípio transversal na atuação da Definelight. Integramos tecnologia, eficiência energética e design para otimizar consumos sem comprometer o impacto estético ou emocional da luz.

Privilegiamos fornecedores e materiais com práticas responsáveis e de baixo impacto ambiental, mantendo o foco na qualidade das fontes de luz e no conforto visual. Assim, unimos responsabilidade ambiental e excelência estética, reafirmando o compromisso com um futuro mais sustentável e inspirador.

Com a crescente incorporação de domótica e sistemas inteligentes em hotéis e residências, como é que a Definelight integra estas ferramentas digitais no desenho da luz, reforçando conforto, eficiência e sofisticação?

A Definelight integra de forma natural soluções de domótica e sistemas de controlo inteligente no desenho da luz, elevando o conforto, a eficiência e a sofisticação dos espaços. Estes sistemas

A Definelight integra de forma natural soluções de domótica e sistemas de controlo inteligente no desenho da luz, elevando o conforto, a eficiência e a sofisticação dos espaços

permitem ajustar a iluminação conforme o uso e o momento, otimizando consumos e criando experiências personalizadas que valorizam a arquitetura com precisão e elegância.

Que tendências na iluminação acredita que irão marcar o setor nos próximos anos, e de que forma a Definelight se está a posicionar para estar na vanguarda dessas transformações?

A Definelight posiciona-se na vanguarda do setor, acompanhando tendências que moldam o futuro da iluminação:

• Integração entre tecnologia e design;

• Sustentabilidade como eixo central;

• Personalização e experiência sensorial;

• Minimalismo como fonte de inspiração;

• Conforto visual e bem-estar como prioridade.

Combinando inovação, responsabilidade e design, a Definelight procura continuar a liderar a transformação do setor, criando ambientes que inspiram e potenciam a experiência arquitetónica.

DESIGN, TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

Paula Caiado, Regional Manager da SCP Pool Portugal, revela como a empresa tem transformado o setor nacional de piscinas e wellness, trazendo tendências internacionais que aliam tecnologia, sustentabilidade e bem-estar. Entre piscinas inteligentes, designs funcionais e experiências integradas de relaxamento, a SCP Pool Portugal não só moderniza o mercado português, como também coloca o seu cliente profissional no centro, promovendo soluções personalizadas, contemporâneas e ambientalmente responsáveis.

Quais são as principais tendências internacionais no setor de piscinas e wellness que a SCP Pool Portugal está a trazer para o mercado nacional, e de que forma estas soluções elevam a experiência do utilizador?

Nos últimos anos, temos assistido a uma verdadeira revolução no setor das piscinas e wellness. A tecnologia, a sustentabilidade e o bem-estar passaram a estar no centro das decisões dos consumidores – e, naturalmente, também das nossas.

Na SCP Pool Portugal, temos acompanhado de perto as tendências internacionais e trazido para o mercado nacional soluções que realmente fazem a diferença. Um bom exemplo são as piscinas inteligentes, com sistemas de gestão automatizada que permitem controlar o pH, a temperatura ou a filtração à distância, através de uma app. Isto traduz-se em mais conforto, segurança e eficiência para

o consumidor final. Outra tendência que nos entusiasma muito é o design de piscinas simples e mais funcionais, que se integram de forma harmoniosa no ambiente e utilizam sistemas de filtração mais eficazes. São soluções que aliam estética, sustentabilidade e uma experiência sensorial única.

E claro, não podemos falar de tendências sem mencionar o wellness Hoje, uma piscina já não é apenas um espaço de lazer – é um espaço de saúde e bem-estar. Por isso, temos apostado na integração de

Paula Caiado, Regional Manager

spas, saunas, banhos turcos e equipamentos de hidroterapia, criando verdadeiros refúgios de relaxamento em casa.

O nosso papel é adaptar estas tendências à realidade portuguesa, respeitando as especificidades do nosso clima, da nossa arquitetura e, acima de tudo, das preferências dos nossos profissionais e dos seus clientes. Temos a responsabilidade de ser uma ponte entre a inovação internacional e a realidade local, garantindo que estas soluções chegam ao mercado de forma acessível e eficaz.

De que forma a SCP Pool Portugal integra práticas sustentáveis, tanto na conceção de produtos como na gestão de recursos, respondendo à crescente exigência ambiental dos consumidores?

A sustentabilidade deixou de ser uma opção – é uma responsabilidade. E na SCP Pool Portugal, temos assumido esse compromisso de forma muito clara, tanto na nossa oferta como na forma como operamos. Estamos a apostar fortemente em produtos mais eficientes e ecológicos, como bombas de velocidade variável, sistemas de filtração que reduzem o consumo de água e energia, e alternativas ao cloro, como a eletrólise salina. Estes produtos não só reduzem o impacto ambiental, como também representam uma poupança significativa para o utilizador a médio e longo prazo. Também temos vindo a trabalhar com materiais recicláveis e duráveis, desde os revestimentos até aos acessórios, promovendo uma economia mais circular no setor. Além disso, temos um papel ativo na educação do mercado, ajudando os nossos parceiros e clientes a fazerem escolhas mais conscientes. Acreditamos que a sustentabilidade se constrói em rede – e queremos ser um agente de mudança positivo no setor. Trabalhamos também com marcas que partilham esta visão, garantindo que toda a cadeia de valor contribui para um setor mais verde.

Como é que a digitalização - seja através de tecnologias inteligentes de gestão de piscinas ou da experiência do cliente – está a impactar o posicionamento da SCP Pool Portugal no mercado?

A digitalização tem sido um dos grandes motores de transformação do nosso setor – e, para nós, tem sido uma oportunidade para reforçar a nossa liderança. Temos investido em tecnologia de gestão inteligente de piscinas, que permite aos utilizadores monitorizar e controlar os seus equipamentos remotamente, com mais precisão e

menos esforço. Isto traduz-se numa experiência mais cómoda, segura e eficiente. Tentamos sempre formar os nossos profissionais sobre estas soluções, para que eles possam ir ao encontro das expectativas de um consumidor cada vez mais exigente e digital.

Quais são os principais eixos estratégicos para consolidar a liderança da SCP Pool Portugal no setor, num contexto de crescente procura por soluções de bem-estar integradas e personalizadas?

A nossa visão é clara: queremos continuar a liderar o setor, não apenas em volume, mas sobretudo em valor – valor para os nossos clientes, para os nossos parceiros e para o planeta. Para isso, temos vindo a trabalhar em quatro grandes eixos estratégicos:

Inovação – Continuamos a investir em soluções tecnológicas e sustentáveis que antecipam as necessidades do mercado.

Wellness integrado – Estamos a expandir a nossa oferta para incluir soluções completas de bem-estar, que vão muito além da piscina tradicional, temos nomeadamente um programa específico com um grupo de clientes especialistas em Wellness “We Concept Stores”, o qual veio dinamizar ainda mais o mercado nacional neste setor.

Experiência do cliente – Queremos que cada interação com a SCP seja simples, intuitiva e memorável, desde o projeto até à manutenção. Num setor cada vez mais orientado para soluções personalizadas, acreditamos que a nossa capacidade de adaptação e escuta ativa será determinante

Formação e parcerias – Apostamos na capacitação dos nossos parceiros e instaladores, porque acreditamos que um mercado mais qualificado é um mercado mais forte. Acreditamos que é esta combinação de inovação, proximidade e compromisso com a qualidade que nos permitirá continuar a crescer de forma sustentável e diferenciadora.

info.pt@scppool.com • www.scpeurope.pt/pt

FLOWING: ESPAÇOS COM ALMA E EQUILÍBRIO

A Flowing é uma marca portuguesa criada por Cláudia Neves, especialista em Feng Shui, comunicação e design, dedicada à criação de espaços harmoniosos e energeticamente equilibrados. Unindo o Feng Shui Clássico e o Intuitivo, a Flowing transforma ambientes em locais que promovem bem-estar, autenticidade e equilíbrio. Com uma visão de expansão orientada para o setor hoteleiro, a marca pretende aplicar esta filosofia em projetos que valorizem o conforto, a sustentabilidade e a experiência emocional dos hóspedes, posicionando-se como parceira na criação de espaços com alma, harmonia e identidade própria.

De que forma a aplicação dos princípios do Feng Shui pode contribuir diretamente para a criação de experiências mais harmoniosas e memoráveis para os hóspedes em unidades hoteleiras?

O Feng Shui é uma abordagem que vai muito além da estética – é uma forma de criar harmonia genuína nos espaços.

Quando aplicado à hotelaria, permite desenhar ambientes equilibrados, onde o hóspede se sente acolhido, tranquilo e em plena sintonia com o lugar.

Essa sensação de bem-estar transforma-se numa experiência memorável, que deixa marca e cria ligação emocional.

Integrar o Feng Shui num projeto hoteleiro é investir em autenticidade, conforto e energia positiva – valores que fazem com que cada estadia seja mais do que uma passagem, seja um momento de verdadeiro equilíbrio e prazer

Em que medida a integração consciente do Feng Shui nos projetos hoteleiros pode potenciar o sucesso comercial dos hotéis, ao nível da fidelização dos clientes e da reputação da marca?

O Feng Shui pode ser um poderoso aliado na diferenciação e reputação de um hotel. Ao criar ambientes onde a energia flui com harmonia, o hóspede sente-se naturalmente bem – acolhido, confortável e em equilíbrio. Essa experiência transforma-se numa memória positiva e duradoura, que reforça a identidade e o prestígio da marca.

Um espaço energeticamente equilibrado gera satisfação, fidelização e recomendação. No fundo, quando o hóspede se sente em harmonia, ele não só regressa – ele fala sobre o lugar, recomenda-o e torna-se embaixador da experiência vivida.

Considera que a harmonia criada através do Feng Shui pode ser um fator diferenciador no turismo nacional, especialmente face à crescente exigência dos viajantes por autenticidade e bem-estar?

O Feng Shui pode ser um elemento diferenciador estratégico na hotelaria. Atualmente os viajantes valorizam cada vez mais a autenticidade, o bem-estar e a sustentabilidade, esta filosofia oferece uma abordagem integrada que responde diretamente a essas exigências.

Cláudia Neves, CEO

Ao promover a harmonia e o equilíbrio energético dos espaços, o Feng Shui contribui para criar ambientes que proporcionam conforto emocional, tranquilidade e uma experiência memorável. Mais do que estética, trata-se de um investimento na qualidade da experiência do hóspede e na reputação do próprio hotel, reforçando a marca através de uma sensação genuína de bem-estar e conexão.

No Feng Shui, os cinco elementos – árvore, fogo, terra, metal e água – são a base da criação de espaços harmoniosos e energeticamente equilibrados. A interação entre estes elementos promove autenticidade, coerência e uma ligação orgânica entre o ser humano e o ambiente

Que tendências e inovações antecipa, no âmbito do Feng Shui, para a hotelaria portuguesa nos próximos anos, tendo em conta a crescente valorização da sustentabilidade e do design consciente?

Vejo com muito bons olhos esta tendência. Assim como o design biofílico e a arquitetura sustentável, o Feng Shui acompanha um movimento global de maior consciência e respeito pelo equilíbrio entre o ser humano e o espaço que o envolve.

Considerando o crescente interesse por turismo consciente e experiências transformadoras, acredita que o Feng Shui poderá tornar-se elemento-chave na construção de marcas hoteleiras mais humanas e autênticas?

Sem dúvida. O futuro da hotelaria será marcado pelo equilíbrio, pela autenticidade e pela procura de propósito – e o Feng Shui traduz exatamente esses valores.

Mais do que proporcionar uma estadia, os hotéis que aplicam esta filosofia oferecem uma experiência transformadora, onde cada detalhe é pensado para gerar bem-estar, harmonia e conexão.

Trata-se de criar espaços que inspiram e acolhem, refletindo uma nova forma de hospitalidade: mais humana, sensível e emocionalmente equilibrada. O equilíbrio dos elementos reflete uma tendência crescente de regresso ao natural, ao essencial e ao que é genuíno.

No Feng Shui, os cinco elementos – árvore, fogo, terra, metal e água – são a base da criação de espaços harmoniosos e energeticamente equilibrados. A interação entre estes elementos promove autenticidade, coerência e uma ligação orgânica entre o ser humano e o ambiente. Quando os elementos estão em harmonia, o espaço ganha vitalidade e fluidez, favorecendo o bem-estar e a sintonia com o meio envolvente. O Feng Shui procura precisamente restabelecer essa ligação, integrando natureza, energia e propósito numa visão equilibrada, sustentável e profundamente humana da vida.

Hoje, as pessoas procuram mais do que conforto visual – desejam sentir-se bem, acolhidas e em sintonia com os ambientes onde estão. Procuram lugares que inspirem serenidade, conexão e energia positiva, e é precisamente aqui que o Feng Shui se destaca.

Esta filosofia traduz a harmonia em formas, cores, materiais e fluxos, ajudando a criar espaços que respiram equilíbrio e bem-estar. Quando aplicada à hotelaria, permite desenvolver ambientes que não encantam apenas pela estética, mas também pela energia que transmitem – espaços onde tudo flui naturalmente e o hóspede sente que pertence.

Nos próximos anos, acredito que veremos o Feng Shui integrado de forma mais consciente nos projetos hoteleiros, lado a lado com a sustentabilidade e o design emocional. Hotéis que valorizam a autenticidade, a calma e o conforto energético serão cada vez mais procurados, pois refletem um novo luxo: o de se sentir bem, por dentro e por fora.

F

O W I N G

GESTÃO QUE INSPIRA CONFIANÇA

Em entrevista, José Vaz, CEO da VE Imóveis, e Cláudia Fernandes, Coordenadora de Loja, refletem sobre uma década de crescimento sustentado, marcada pela confiança, pela proximidade com os clientes e por uma gestão de arrendamentos que se distingue pela humanização e pelo rigor.

Num setor onde a confiança é o alicerce de qualquer relação, a VE Imóveis celebra uma década de atividade assente precisamente nesse valor – confiança. Fundada em 2015 por José Vaz, a empresa nasceu da perceção de uma lacuna clara no mercado imobiliário: “Percebi que havia uma falta de acompanhamento aos proprietários. As imobiliárias arrendavam o imóvel e, a partir daí, não tratavam de absolutamente mais nada”, recorda o empresário.

A VE Imóveis surgiu, assim, para preencher esse vazio, oferecendo um serviço de gestão de arrendamentos que vai muito além da intermediação tradicional. “Somos uma empresa de gestão de arrendamentos que acompanha o proprietário do início ao fim do processo”, sublinha José Vaz.

Essa abordagem diferenciada permitiu um crescimento consistente e o reconhecimento externo: a empresa foi distinguida, quatro anos consecutivos, entre as Top 5% Melhores PME de Portugal. Para José, essa distinção é “o reconhecimento de um trabalho que tem crescido de forma sustentada, ano após ano”. Cláudia Fernandes, Coordenadora de Loja e colaboradora desde o primeiro dia, reforça a importância do coletivo. “É um trabalho de equipa. Se não estivéssemos todos a caminhar juntos, não conseguiríamos este percurso”. Curiosamente, um dos períodos de maior expansão coincidiu com a pandemia. “Pode parecer estranho, mas foi com a Covid que mais crescemos”, recorda José Vaz. “Enquanto muitas empresas enfrentavam dificuldades, nós tivemos um aumento de contactos que nos surpreendeu completamente”. Hoje, o portefólio da VE Imóveis integra imóveis geridos há quase uma década e clientes que, muitas vezes, nunca conheceram a equipa presencialmente – prova de uma confiança consolidada. “As pessoas entregam-nos praticamente a vida delas aqui em Portugal”, diz o fundador. “Para mim, esse é o maior reconhecimento”. O modelo de negócio assenta num acompanhamento integral: da promoção imobiliária à seleção criteriosa dos arrendatários, passando pela gestão contratual, transferência de contratos de água, luz e gás, gestão de reclamações e pedidos de inquilinos, cobrança de rendas, emissão de recibos via Portal das Finanças, manutenção e apoio permanente. “Temos uma equipa própria de manutenção desde 2019”, explica Cláudia Fernandes. “Isso permite-nos garantir rapidez e qualidade nas pequenas intervenções, sem dependermos de terceiros”.

A humanização do serviço é outro traço distintivo. “Gerimos patrimónios, mas lidamos com pessoas. É um negócio, sim, mas também há sentimentos e imprevistos que exigem empatia e equilíbrio”, reconhece Cláudia.

Ao longo da conversa, tanto José Vaz como Cláudia Fernandes sublinham a importância de atuar com rigor e transparência num contexto onde o excesso de informação, nem sempre fidedigna, cria ruído. “As pessoas estão cada vez mais informadas – às vezes até demais – e isso obriga-nos a estar permanentemente atualizados sobre legislação e políticas do setor”, observam.

Com uma assessoria jurídica, assegurada pela GSN Advogados, que oferece um serviço jurídico sólido e uma filosofia de exigência ética desde o primeiro dia, a VE Imóveis prepara agora o próximo passo: a expansão geográfica. “Temos muitos clientes a pedir que levemos o nosso modelo para outras cidades”, revela José Vaz. “Já há zonas pensadas, mas ainda não queremos divulgar”, confessa.

Aos dez anos, a empresa que começou com uma ideia e um princípio simples – cuidar dos imóveis alheios como se fossem próprios – tornou-se uma referência na gestão de arrendamentos. Um percurso que, nas palavras de José Vaz, “se faz com consistência, confiança e compromisso”.

geral@ve-imoveis.pt • www.ve-imoveis.pt

José Vaz, CEO

INOVAÇÃO E IDENTIDADE NA HABITAÇÃO MODULAR PORTUGUESA

Fundada pelos irmãos Rodrigues com o sonho de criar a primeira casa pré-fabricada 100% portuguesa, a MSRI transformou um desafio pessoal num projeto pioneiro que redefiniu o conceito de habitação modular. 40 anos depois, continua a unir tecnologia, design e sustentabilidade para criar casas únicas e espaços que refletem conforto, autenticidade e o espírito inovador da marca.

Como descreve os primeiros tempos da MSRI e de que forma a paixão que marcou a fundação no inicio da década de 80 continua a inspirar a forma como a empresa constrói e inova hoje?

A MSRI nasceu para criar a primeira casa pré-fabricada 100% portuguesa. Fundada pelos irmãos Manuel, Vítor e Miguel Rodrigues, reinventou-se nos anos 80 com as Mobil Homes, casas móveis e personalizadas que conquistaram o mercado. O projeto surgiu de um desafio entre amigos e rapidamente provou o sucesso do conceito.

De que forma a diversidade de serviços prestados pela MSRI reflete a capacidade da empresa em oferecer soluções completas e personalizadas para cada cliente?

A MSRI controla todo o processo produtivo do projeto ao mobiliário e decoração garantindo qualidade e flexibilidade. Cada casa é única, feita em Portugal com rigor e autenticidade, adaptada ao orçamento e estilo de vida de cada cliente. Esta filosofia reforça a confiança e transforma sonhos em realidade.

Quais os principais desafios que a MSRI enfrenta atualmente no setor da construção modular e de alojamento rural, e como a empresa os tem superado para manter a excelência e a qualidade dos seus produtos?

A MSRI enfrenta desafios como a desinformação, a falta de mão de obra qualificada e a burocracia pública. Combate-os com comunicação transparente e formação de jovens talentos. No turismo rural, oferece soluções modulares sustentáveis que apoiam pequenos investidores e revitalizam o interior do país.

Na sua visão, como poderá a MSRI contribuir para redefinir o conceito de habitação acessível e funcional em Portugal, mantendo ao mesmo tempo um compromisso com o design inovador e o conforto familiar?

A MSRI lidera a transformação da habitação em Portugal, unindo inovação, sustentabilidade e design. Produz em ambiente controlado, garantindo qualidade e eficiência. As casas, totalmente personalizáveis, combinam conforto, eficiência energética e identidade portuguesa, afirmando a construção modular como o futuro da habitação.

Quais são os principais objetivos e ambições da MSRI para os próximos anos, especialmente no que respeita à inovação, à sustentabilidade e à expansão das soluções habitacionais modulares em Portugal e além-fronteiras?

A MSRI quer consolidar-se como referência na construção modular em Portugal e expandir-se internacionalmente, levando o “saber fazer” português além-fronteiras. Com mais de 40 anos de experiência, aposta na inovação, sustentabilidade e formação de talentos para criar soluções modulares eficientes, acessíveis e fiéis à identidade portuguesa.

geral@msri.pt • www.mobilhomes.msri.pt

GAME CHANGERS

Os Game Changers são os verdadeiros agentes de transformação que desafiam o status quo e revolucionam setores inteiros com inovação e visão. São empresas, pessoas, ideias e tecnologias que mudam radicalmente as regras do jogo, criando novas oportunidades e redefinindo o futuro. Entender e valorizar esses agentes de mudança é crucial para quem quer estar na vanguarda, adaptando-se às novas realidades e impulsionando progresso e competitividade num mundo em constante evolução. Celebrar os Game Changers é celebrar a coragem de inovar e a capacidade de transformar desafios em conquistas. Promover os Game Changers é, assim, reconhecer o espírito transformador que move o futuro.

TRÊS DÉCADAS A TRANSFORMAR TECNOLOGIA EM VALOR

Há três décadas a ligar tecnologia, pessoas e futuro, a Digibéria tornou-se uma referência na integração de soluções tecnológicas em Portugal. Sob a direção de Fernando Duarte e com o contributo de profissionais como Edgar Silva, Chief Operating Officer a empresa renova-se e cresce, mantendo viva a essência que a acompanha desde o primeiro dia: confiança, compromisso e inovação.

Três décadas de compromisso e confiança

Desde a sua fundação, a Digibéria tem sido um exemplo de consistência, visão e capacidade de adaptação no setor das Tecnologias de Informação. Ao longo de mais de trinta anos, a empresa tem acompanhado a transformação tecnológica de um setor em constante mutação, sem nunca abdicar daquilo que a define desde o início: espírito empreendedor, confiança e o compromisso com clientes, parceiros e colaboradores.

O CEO, Fernando Duarte, sublinha que “ao longo destas três décadas muita coisa mudou, mas há valores que

permanecem inalteráveis. A confiança e o compromisso com os nossos clientes são a base da nossa cultura, e o empenho com que trabalhamos é o que nos distingue no mercado”. Essa cultura, profundamente enraizada na forma de estar da Digibéria, reflete também uma dimensão de portugalidade, de ética e de proximidade que se manifesta na relação com o cliente e na forma como a empresa gere o seu crescimento.

Com uma equipa que se aproxima dos 100 colaboradores, a Digibéria tem sabido preservar uma estrutura humana coesa e motivada, onde a retenção de talento é uma realidade sustentada

Fernando Duarte, CEO e Edgar Silva, COO

na partilha de valores e objetivos comuns. “As pessoas conhecem-nos há muito tempo e passam estes princípios às gerações mais novas”, refere Fernando Duarte, destacando que o capital humano é um dos maiores ativos da empresa.

Esse espírito de continuidade é reforçado por profissionais como Edgar Silva, que colabora com a Digibéria há mais de 17 anos. Para ele, o segredo está em manter viva a mesma energia empreendedora que marcou os fundadores: “O espírito de missão e a liberdade para criar novas ofertas e soluções têm sido determinantes. A administração deu-nos sempre espaço para inovar o que faz com que cada colaborador sinta que faz parte da construção do futuro da empresa”.

A cultura de confiança e compromisso estende-se também à forma como a Digibéria se relaciona com os seus parceiros tecnológicos e institucionais. A empresa é reconhecida no mercado pela estabilidade, fiabilidade e ética nas relações comerciais, qualidades que a tornam uma referência de longa data no panorama português. Numa área em que a mudança é constante e acelerada, a Digibéria destaca-se pela capacidade de aliar tradição e inovação, mantendo um equilíbrio entre a solidez dos seus valores fundadores e a vontade de se reinventar continuamente.

Modernização das instalações, renovação da cultura

A recente modernização das instalações da Digibéria simboliza mais do que uma mudança física: representa uma nova etapa de crescimento e colaboração. O novo espaço, amplo e integrado, visa fomentar a eficiência e a interação entre equipas.

“Antes tínhamos vários pisos; agora, estamos todos num só. Essa proximidade melhora a comunicação e reforça o espírito de equipa”, explica Edgar Silva. Já Fernando Duarte acrescenta que o novo ambiente foi pensado para ser mais apelativo e inspirador, especialmente para as gerações mais jovens, refletindo uma empresa que olha para o futuro sem perder a sua identidade.

Transformação digital e Inteligência Artificial: ferramentas para o futuro

Para a Digibéria, a transformação digital vai muito além de um conceito ou moda empresarial. “Não é um slogan, é uma realidade que molda a forma como trabalhamos e nos relacionamos”, afirma Fernando Duarte.

A empresa acompanha de perto a evolução tecnológica, integrando soluções de Inteligência Artificial, automação de processos e infraestruturas híbridas e cloud. Estas ferramentas, explica Fernando Duarte, “têm como objetivo tornar as organizações mais rápidas, eficazes e produtivas, mas sem nunca esquecer que a tecnologia serve as pessoas e não o contrário”.

Talento e cultura: o coração da empresa

A Digibéria acredita que o verdadeiro motor da inovação está nas pessoas. Identificar e reter talento passa, antes de tudo, por encontrar profissionais que se revejam nos valores da empresa. “Mais do que dominar tecnologia, procuramos pessoas que

percebam como aplicá-la de forma útil e humana”, sublinha Fernando Duarte.

Edgar Silva complementa: “Quando os colaboradores entendem que o seu trabalho tem um propósito como resolver um problema real do cliente sentem-se mais motivados e ligados à empresa”. Essa ligação emocional e profissional tem sido um dos fatores determinantes para a fidelização de uma equipa que já ultrapassa os 90 colaboradores.

Integração, cibersegurança e low-code: o novo caminho da Digibéria

A Digibéria mantém a sua matriz de integradora tecnológica, mas com um olhar voltado para o futuro. A empresa tem vindo a expandir-se para áreas como a cibersegurança, a virtualização e as plataformas low-code, reforçando o seu portefólio com soluções mais ágeis e adaptáveis.

“Queremos demonstrar que, em Portugal, temos talento e competência para competir com multinacionais e desenvolver soluções de igual ou superior qualidade”, afirma Edgar Silva. O objetivo é claro: fazer em Portugal, e a partir de Portugal, para o mundo. Três décadas depois, a Digibéria continua a reinventar-se sem perder a essência. A combinação entre tradição e modernidade, tecnologia e humanidade, é o que permite à empresa manter-se relevante num setor em constante mudança.

Com uma equipa motivada, espaços modernos e um compromisso inabalável com a inovação e a confiança, a Digibéria reafirma o seu papel como um dos principais integradores tecnológicos portugueses, preparada para enfrentar os desafios da transformação digital e continuar a crescer com propósito, com ética e com visão.

25 ANOS DE INTELIGÊNCIA AO SERVIÇO DOS TERRITÓRIOS

Há um quarto de século que a Municípia se posiciona na vanguarda da transformação digital dos territórios, traduzindo dados em conhecimento e conhecimento em decisões que sustentam uma governação pública mais informada e eficiente. Sob a liderança de António Fernandes, Diretor-Geral, a empresa tem consolidado uma visão estratégica que alia inovação tecnológica, rigor científico e profunda compreensão das realidades locais. De Portugal aos países lusófonos, a Municípia tem exportado tecnologia, método e competências, contribuindo para a criação de ecossistemas digitais que fortalecem a autonomia municipal e promovem uma gestão territorial mais inteligente, sustentável e participativa. Com soluções como as Infraestruturas de Dados Espaciais, o CityHub, o Observatório IMPACT e os Gémeos Digitais, a empresa tem sido pioneira na construção de um novo paradigma de administração pública: mais ágil, interoperável e centrada no cidadão, onde a informação se transforma em ação e o território em conhecimento partilhado.

Ao longo de 25 anos, a Municípia transformou dados em conhecimento e conhecimento em decisões – que papel tem esta visão na construção de territórios mais inteligentes e sustentáveis?

Ao longo de 25 anos, a Municípia tem sido pioneira na transformação digital dos territórios, convertendo dados em conhecimento e conhecimento em decisões. Acreditamos que a inteligência territorial nasce da integração de dados – geoespaciais, estatísticos e operacionais – em ecossistemas digitais coerentes. Plataformas como a Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE), o CityHub, o Observatório IMPACT e os Gémeos Digitais permitem aos municípios gerir o território com autonomia, eficiência

e sustentabilidade, promovendo políticas públicas baseadas em evidência e alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A digitalização do território é hoje um imperativo das políticas públicas. Como equilibra a Municípia a precisão tecnológica com a necessidade de servir comunidades humanas e realidades locais diversas?

A digitalização do território é, antes de mais, uma missão de serviço público. A Municípia equilibra precisão tecnológica e dimensão humana ao desenvolver soluções ajustadas à identidade e às realidades locais. A nossa abordagem combina rigor técnico

António Fernandes, Diretor-Geral

e empatia territorial, traduzindo a complexidade tecnológica em instrumentos acessíveis e participativos que fortalecem a governação, envolvem os cidadãos e promovem transparência. Cada território tem a sua singularidade – e é a partir dessa diversidade que construímos cidades mais inteligentes e humanas.

Em que medida os vossos projetos internacionais – em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor-Leste e Marrocos – têm contribuído para exportar conhecimento português e criar sinergias com as administrações locais?

Nos países onde atuamos, a Municípia exporta não apenas tecnologia, mas conhecimento e método. Cada projeto internacional é uma oportunidade de capacitar equipas locais, reforçar a autonomia institucional e criar ecossistemas digitais colaborativos. A partilha de competências em gestão territorial, cadastro e governação digital tem projetado o modelo português de inteligência territorial como referência no espaço lusófono. Assim, Portugal afirma-se como exportador de inovação e boas práticas na administração pública, consolidando uma rede de cooperação técnica e estratégica entre países.

A integração de tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial e análise preditiva, está a redesenhar a forma como os territórios são planeados. De que maneira estas ferramentas estão a ser incorporadas nas soluções oferecidas pela Municípia?

A integração de Inteligência Artificial, análise preditiva e modelação 3D/4D é hoje uma realidade nas soluções da Municípia. Na IDE, assegura-se a qualidade e interoperabilidade dos dados; no CityHub, a IA correlaciona informação e apoia decisões; no Observatório IMPACT, a análise preditiva projeta cenários de sustentabilidade; e nos Gémeos Digitais, simulam-se realidades dinâmicas que antecipam impactos e otimizam políticas públicas. A tecnologia é assim usada como instrumento de inteligência pública, colocando o conhecimento ao serviço de decisões mais informadas, eficientes e transparentes.

Pretendemos continuar a inovar no cruzamento entre geotecnologia, IA e gémeos digitais; reforçar a presença nacional e internacional; e contribuir para uma administração pública mais ágil, interoperável e centrada no cidadão

O valor do território mede-se tanto pela sua infraestrutura como pela sua identidade. Como é que a Municípia integra a dimensão cultural e social do espaço nas suas soluções de informação geográfica?

O território é também expressão da sua história, cultura e comunidades. A Municípia integra estas dimensões nas suas soluções geográficas, digitalizando o património, a memória e as dinâmicas sociais. A IDE valoriza o património histórico e ambiental; o CityHub aproxima o cidadão da gestão municipal; e o Observatório IMPACT mede dimensões sociais, culturais e educativas. Desta forma, a tecnologia torna-se um meio de valorização da identidade e de promoção da coesão, demonstrando que a sustentabilidade territorial depende tanto da infraestrutura como das pessoas que lhe dão vida.

Olhando para o futuro, que visão orienta a Municípia na próxima década em termos de inovação, expansão e contributo para uma administração pública mais ágil e baseada em dados?

A visão da Municípia para a próxima década assenta em três eixos: inovação contínua, expansão colaborativa e governação pública orientada por dados. Pretendemos continuar a inovar no cruzamento entre geotecnologia, IA e gémeos digitais; reforçar a presença nacional e internacional; e contribuir para uma administração pública mais ágil, interoperável e centrada no cidadão. Queremos evoluir da digitalização para a inteligência pública, onde cada decisão é suportada por dados fiáveis e cada território é compreendido de forma integrada, participativa e sustentável.

TRANSFORMAR IDEIAS EM PROJETOS DE IMPACTO

Com mais de quatro décadas de experiência na promoção da inovação a nível europeu, a PNO Innovation afirma-se em Portugal como parceiro estratégico para organizações que ambicionam transformar ideias em impacto. Em entrevista, Filipa Tomé, Country Manager da PNO Innovation Portugal, sublinha a importância de conjugar visão global e conhecimento local para antecipar tendências, estruturar projetos financiáveis e transformar dados complexos em decisões estratégicas que impulsionam a competitividade e o crescimento sustentável.

A PNO tem mais de quatro décadas de experiência no apoio à inovação. De que forma a presença em diferentes ecossistemas influencia a capacidade da empresa em antecipar tendências e adaptar estratégias de financiamento e inovação a cada contexto local, nomeadamente em Portugal?

A presença da PNO em múltiplos ecossistemas europeus é uma das nossas maiores vantagens competitivas, permitindo-nos antecipar tendências emergentes e adaptar estratégias de inovação e financiamento de forma ágil e informada a cada mercado. Com uma equipa de mais de 600 consultores distribuídos por toda a Europa, especializados em áreas como bioeconomia, saúde, transportes, mobilidade, transformação digital, energia e sustentabilidade, trabalhamos anualmente em mais de 5.000 projetos de inovação a nível europeu e nacional. Esta rede internacional permite-nos

identificar padrões e oportunidades que, quando cruzados com o nosso profundo conhecimento do ecossistema português, resultam numa abordagem inovadora e ajustada à realidade local. No fundo, traduzimos conhecimento Global em ação Local.

O cruzamento entre uma visão estratégica europeia e um conhecimento profundo dos contextos locais permite-nos gerar valor real para os nossos clientes, sejam startups, PME, grandes grupos industriais, universidades ou entidades públicas, e traduzir a experiência global em soluções concretas para as organizações portuguesas.

Transformamos complexidade em oportunidade, ajudando ideias inovadoras a assegurar o financiamento público necessário para crescer e potenciar a inovação em Portugal

A PNO sublinha a importância de uma abordagem estruturada ao ciclo de inovação. De que forma esta metodologia equilibra criatividade e rigor, dois elementos tradicionalmente em tensão nos processos de inovação?

A nossa metodologia combina rigor analítico com estímulo à criatividade, dois elementos tradicionalmente em tensão. Utilizamos ferramentas de data-driven analytics e innovation intelligence para potenciar o processo criativo dos nossos clientes, fornecendo-lhes uma base sólida de informação.

Inovação não é só inspiração, é também estrutura e estratégia. Assim, estimulamos a geração de ideias originais e disruptivas por parte dos nossos clientes, mas enquadramos essa criatividade num processo estruturado de validação e desenvolvimento. Esse rigor, contudo, não limita a originalidade; pelo contrário, oferece-lhe um

Filipa Tomé, Country Manager

percurso seguro e orientado para a criação de valor real. O resultado é uma inovação simultaneamente ambiciosa e sustentada: ideias ousadas transformam-se em projetos concretos, viáveis e alinhados com objetivos estratégicos.

O financiamento público é um pilar essencial para muitos projetos inovadores. Que desafios identifica atualmente no acesso a fundos europeus e nacionais, e como é que a PNO tem ajudado as organizações portuguesas a superar essas barreiras?

O acesso a fundos públicos, tanto europeus como nacionais, continua a representar um desafio significativo para muitas organizações, devido à elevada competição, aos critérios cada vez mais rigorosos e às taxas de sucesso relativamente baixas, refletindo a crescente maturidade dos ecossistemas de inovação. Paralelamente, a complexidade dos processos e a exigência de demonstração de impacto tecnológico, económico, e ambiental elevam a fasquia para os candidatos, sobretudo para organizações com menor experiência em candidaturas. Acresce que as prioridades estratégicas da União Europeia e dos programas nacionais evoluem rapidamente, exigindo uma constante atualização e adaptação das propostas às novas agendas políticas, tecnológicas e de inovação.

A PNO apoia as organizações em todas as fases: identificamos os fundos adequados para cada iniciativa, preparamos candidaturas sólidas alinhadas aos critérios e facilitamos a criação de consórcios internacionais, com o apoio da nossa grande rede europeia. Colocamos esta rede ao serviço das organizações portuguesas facilitando o seu acesso a consórcios competitivos, promovendo a sua integração em redes colaborativas estratégicas. Paralelamente, desenvolvemos soluções de reporting técnico e financeiro que apoiam a gestão integral dos projetos, otimizando processos e aumentando a eficiência na administração dos fundos. Assim, transformamos complexidade em oportunidade, ajudando ideias inovadoras a assegurar o financiamento público necessário para crescer e potenciar a inovação em Portugal.

Tendo em conta a diversidade dos vossos clientes – desde startups a entidades públicas –, quais são os desafios mais comuns que as organizações enfrentam na tradução de uma boa ideia num projeto financiável e escalável?

Um dos desafios mais comuns que observamos entre as organizações com quem colaboramos é a dificuldade em enquadrar a sua inovação num contexto mais amplo do que os objetivos específicos da organização. Muitas vezes, os projetos nascem de necessidades internas legítimas, mas para que sejam elegíveis a financiamento e possam escalar, é fundamental que também respondam a prioridades mais amplas, como o impacto societal, ambiental, científico ou económico. As entidades financiadoras valorizam projetos com valor replicável e escalável, que vá além das necessidades específicas de quem os propõe. No entanto, muitas organizações não têm esse foco como parte do seu core, o que pode dificultar a comunicação eficaz com os avaliadores e decisores de financiamento. Outro desafio crítico é traduzir uma boa ideia numa proposta que fale a linguagem do mercado, com modelos de negócio robustos,

planos de execução realistas e uma estratégia de crescimento bem definida. É precisamente neste ponto que a PNO atua como parceiro estratégico, da visão a execução: estruturamos inovação com impacto, apoiando os nossos clientes desde a definição do conceito e proposta de valor até à estruturação da estratégia de financiamento e de escalabilidade e, quando necessário, envolvendo parceiros estratégicos para reforçar o projeto. Este suporte integral permite que uma simples ideia evolua para um projeto bem preparado, financiável e escalável que se apresenta de forma credível e competitiva perante os financiadores.

A inteligência estratégica é um dos vossos pilares de atuação. Como é que a PNO transforma dados e tendências em conhecimento acionável que oriente decisões de inovação a longo prazo?

Num contexto de rápida evolução tecnológica e competitividade crescente, a capacidade de transformar dados em conhecimento acionável é essencial para orientar decisões estratégicas de inovação a longo prazo. A PNO tem investido significativamente no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para transformar informação em conhecimento acionável que potencia a inovação a longo prazo. Um exemplo é o Wheesbee, uma plataforma que utiliza Inteligência Artificial para analisar grandes volumes de dados sobre projetos financiados, patentes e publicações científicas, permitindo contextualizar tendências setoriais e de mercado e mapear oportunidades estratégicas.

Transformamos informação em ação estratégica, e dados complexos em conhecimento útil, para apresentar informações concretas e orientar decisões de inovação mais informadas e eficazes. Desta forma, fornecemos uma base robusta para antecipar evoluções tecnológicas, identificar oportunidades de investimento e colaboração, e orientar os projetos em conformidade com as tendências e políticas públicas futuras. Combinamos estas ferramentas avançadas com o conhecimento especializado dos nossos consultores, assegurando que os dados são interpretados e aplicados de forma estratégica para orientar investimentos e decisões de inovação de maneira consistente, gerando um impacto duradouro.

HERTZ PORTUGAL: NA VANGUARDA DA MOBILIDADE

Numa altura em que a mobilidade se reinventa e o automóvel ganha novas formas de utilização, a Hertz Portugal reafirma-se como uma marca capaz de antecipar tendências e transformar o aluguer numa verdadeira experiência. Em entrevista, Duarte Guedes, CEO da Hertz Portugal, fala sobre a aposta na inovação, o papel da empresa na transição energética e o compromisso em criar soluções que respondem a diferentes perfis de clientes num setor em plena transformação.

A Hertz é reconhecida por transformar o conceito tradicional de aluguer em experiências de mobilidade. Como é que essa visão se traduz hoje nas operações e na relação com os clientes portugueses?

No conceito “tradicional” de aluguer, a experiência é sempre o que os nossos clientes vivem nas suas viagens. O nosso trabalho é tirar fricção e acrescentar valor às jornadas dos nossos clientes. Levando o conceito de experiência muito a sério e a um nível acima, temos produtos como a Hertz Ride ou o Campers onde tentamos dar soluções para uma experiência muito única.

A transição energética e a digitalização estão a redefinir o setor automóvel. Que papel assume a Hertz Portugal neste processo e que iniciativas têm sido implementadas para acelerar a mobilidade elétrica e sustentável?

A Hertz em Portugal foi a primeira empresa em Portugal a fazer uma plataforma de car-sharing 100% elétrica em 2017. O nosso objetivo era também aprender a linguagem e operacionalização de uma frota elétrica. Temos dado os nossos passos nesta jornada, mas a adoção no aluguer de curta duração é ainda bastante pequena por diversas razões como a fraca apetência do lado da procura, a infraestrutura insuficiente, e os valores residuais em

queda. Continuaremos assim a adaptar-nos às alterações do mercado automóvel e a dar aos nossos clientes o apoio necessário nesta transição. Mas uma frota como a da Hertz contribui em muito para a sustentabilidade, uma vez que é renovada a cada 2/3 anos, quando comparada com um parque automóvel nacional com 14 anos.

Após décadas de liderança no mercado de rent-a-car, a Hertz continua a reinventar-se. Quais têm sido as principais apostas estratégicas para manter a diferenciação e resiliência num setor cada vez mais competitivo?

Temos de privilegiar, sendo um foco de investimento, a qualidade do serviço como fator diferenciador. Paralelamente, temos aumentado ao longo dos anos o tipo de oferta com diversos produtos, como já mencionado, e também apostado em partes da cadeia de valor como a reparação e venda de viaturas usadas.

A Hertz em Portugal foi a primeira empresa em Portugal a fazer uma plataforma de car-sharing 100% elétrica em 2017. O nosso objetivo era também aprender a linguagem e operacionalização de uma frota elétrica

O turismo e o tecido empresarial português estão em plena transformação. De que forma a Hertz Portugal acompanha e antecipa essas mudanças, criando soluções adaptadas a diferentes perfis de clientes – do viajante de lazer ao executivo de negócios?

Para além do que fazemos localmente, escutando clientes e parceiros, beneficiamos de estar integrados numa marca global que testa diferentes soluções nos diversos mercados onde opera. Apenas dando um pequeno exemplo, é possível perceber o que se passa numa Noruega quando se quer antecipar efeitos de uma eletrificação maior na frota.

A inovação é um eixo central da vossa atuação. Como é que a marca integra tecnologia, experiência do cliente e sustentabilidade para criar valor e reforçar a confiança na vossa oferta?

A experiência do cliente, essa sim, é um eixo central para os projetos tecnológicos que desenvolvemos. Ouvimo-los e tentamos melhorar no serviço que prestamos utilizando as ferramentas necessárias. A confiança depois cria-se com o serviço prestado e o que se fala de nós quando não estamos presentes.

O futuro da mobilidade parece caminhar para modelos integrados e flexíveis. Como imagina a Hertz Portugal o seu papel num ecossistema onde a partilha, a eletrificação e a personalização ditam novas regras de movimento?

A Hertz fará parte desse ecossistema que menciona e providenciará o acesso a uma mobilidade individual e customizada. Para tal, tem de saber falar e ligar-se ao restante ecossistema, acrescentando conjuntamente valor e simplicidade para o cliente final.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COM VOZ HUMANA

A Voxial está a redefinir a forma como as pequenas e médias empresas gerem o atendimento telefónico. Com um assistente virtual inteligente e humanizado, a empresa promete transformar chamadas perdidas em oportunidades reais sem substituir pessoas, mas libertando-as para tarefas de maior valor. Adriana Antunes, Fundadora e CEO da Voxial, explica como esta tecnologia está a mudar o paradigma da comunicação empresarial.

Adriana Antunes, CEO

O assistente inteligente da Voxial transforma chamadas perdidas em resultados concretos – mais vendas, equipas focadas, clientes melhor servidos

A Voxial, está a transformar a forma como as pequenas e médias empresas gerem o seu atendimento telefónico. Posicionada na vanguarda da inovação em atendimento inteligente em Portugal, a empresa oferece um assistente virtual que combina eficiência, proximidade e empatia, qualidades raramente associadas à automação.

“Automatizar o necessário, humanizar o importante”.

É assim que Adriana Antunes, fundadora e CEO da Voxial, resume a filosofia da empresa, uma solução criada para libertar tempo humano e elevar a qualidade da relação entre empresas e clientes.

O problema que deu origem à Voxial

Em muitas PME, o telefone continua a ser o primeiro ponto de contacto com o cliente, e, também uma das principais fontes de stress. “Há dois cenários muito comuns”, explica Adriana. “Ou alguém atende a chamada sem dados à mão, hesita e transmite insegurança, ou o telefone toca e ninguém atende. Em ambos os casos, a imagem da empresa sofre”.

A Voxial nasceu precisamente para quebrar esse ciclo. O seu assistente virtual substitui os menus automáticos e as esperas intermináveis por uma conversa natural, em que a tecnologia compreende, responde e regista informações úteis.

“Imagine um colega virtual incansável, sempre disponível. O assistente atende, explica o que for preciso e nunca perde a calma. A primeira ou a quinquagésima chamada recebem o mesmo cuidado e empatia”.

Automação que liberta pessoas

A solução da Voxial não elimina postos de trabalho, potencia-os.

O assistente assume tarefas repetitivas como atender, validar dados ou encaminhar chamadas, libertando tempo para trabalho de maior valor. “Em vez de substituir pessoas, ampliamos a capacidade da empresa”, sublinha Adriana. “Menos interrupções, mais foco e mais oportunidades para converter contactos em clientes satisfeitos”.

Personalização e integração

Totalmente personalizável, o sistema adapta-se a qualquer setor.

A integração pode ser feita por desvio de chamadas, API, webhook ou ficheiro, garantindo compatibilidade com os softwares mais comuns. “Cada negócio é único e o nosso assistente também. Ajustamos o tom, o vocabulário e até a voz para que soe como um verdadeiro membro da equipa”, esclarece.

Resultados que se medem

Mais do que uma promessa de eficiência, a Voxial oferece métricas objetivas. A empresa mede o volume de chamadas atendidas, tempos de resposta e oportunidades geradas, demonstrando o retorno real do investimento. “O impacto é imediato: as chamadas são sempre atendidas, a imagem da empresa melhora e o tempo das equipas é otimizado.”

Humanização e confiança

Num mundo cada vez mais automatizado, a confiança é o fator decisivo. “A Inteligência Artificial tem sempre um humano por trás”, afirma Adriana. “Quando a situação exige empatia, urgência ou decisão, o assistente transfere a chamada para uma pessoa, com todo o contexto registado. Assim garantimos uma experiência respeitosa e transparente.”

Com relatórios automáticos e registos organizados, as empresas conseguem responder mais depressa e de forma mais profissional.

“O resultado é um atendimento mais humano, mais simples e mais eficaz, exatamente o que os clientes esperam”, conclui Adriana.

Quando a situação exige empatia, urgência ou decisão, o assistente transfere a chamada para uma pessoa, com todo o contexto registado. Assim garantimos uma experiência respeitosa e transparente

Uma nova era para as PME

Ao tornar a tecnologia acessível e próxima, a Voxial está a redefinir o atendimento nas PME portuguesas.

A sua missão é clara: modernizar o mercado sem perder o toque humano, mostrando que a Inteligência Artificial pode e deve servir as pessoas, e não o contrário.

LIDERANÇA E FELICIDADE EM DEBATE NO LEADERS GLOBAL CLUB

O Leaders Global Club promoveu na noite de 31 de Outubro, na Fundação AEP, um jantar-debate dedicado ao tema “Liderança de topo versus felicidade organizacional”. A iniciativa reuniu diversas personalidades do meio empresarial, académico e desportivo, num ambiente de partilha de ideias e experiências enriquecedoras.

Entre os oradores convidados destacaram-se Sofia Manso, especialista em gestão de pessoas e cultura organizacional, e Vítor Baía, antigo guarda-redes internacional e atual gestor no universo do desporto, que ofereceram perspetivas complementares sobre a relação entre liderança, propósito e bem-estar nas equipas.

Durante a sua intervenção, Sofia Manso sublinhou a importância de uma nova consciência no exercício da liderança:

“Há um novo paradigma de liderança. Um verdadeiro líder competente é aquele que compreende que a alfabetização emocional é tão importante como os números”. A oradora defendeu que as competências humanas são determinantes para garantir a convergência entre resultados e uma cultura de felicidade sustentável.

Por sua vez, Vítor Baía abordou o tema a partir da realidade do futebol profissional, destacando os traços que definem uma

liderança de topo: “competência técnica, liderança harmoniosa, visão e a capacidade de credibilizar as suas ideias com empatia”. As suas palavras reforçaram a ideia de que a liderança eficaz vai muito além do desempenho técnico, exigindo também proximidade e autenticidade.

Ao longo da sessão foram debatidas estratégias para promover uma liderança mais humana, assente na empatia, na escuta ativa e na criação de ambientes corporativos que valorizem o equilíbrio e a realização pessoal. A conversa revelou-se um espaço dinâmico de interação, inspirando os presentes a refletir sobre o papel dos líderes no estímulo à felicidade como fator de desempenho e coesão.

O jantar-debate reafirmou a missão do Leaders Global Club em criar uma comunidade de influência comprometida com o desenvolvimento sustentável da liderança em Portugal, incentivando a convergência entre excelência profissional e qualidade de vida no contexto organizacional.

O encontro terminou com uma nota de inspiração e propósito: ficou claro que liderar hoje exige mais do que visão estratégica – requer humanidade, autenticidade e a capacidade de criar felicidade coletiva. No final da noite, o sentimento partilhado entre os participantes era o de que a liderança do futuro se constrói não apenas com resultados, mas com significado.

RELAÇÕES BILATERAIS PORTUGAL-ALEMANHA

As Relações Bilaterais entre Portugal e a Alemanha são caracterizadas por uma parceria sólida baseada em elevada confiança e colaboração em múltiplos domínios. Desde o apoio alemão ao desenvolvimento democrático português e à adesão de Portugal à União Europeia, estes laços foram gradualmente aprofundados. Ambos os países mantêm cooperação intensa nas áreas política, económica, científica e ambiental, refletindo consensos sobre política externa e europeia. A Alemanha destaca-se como um parceiro económico estratégico de Portugal, sendo o terceiro maior cliente e segundo maior fornecedor, com investimentos robustos na indústria e tecnologia portuguesas. Esta relação madura e dinâmica continua a promover objetivos comuns para o futuro da Europa.

PORTUGAL E ALEMANHA: UMA PARCERIA DE CONFIANÇA

Numa altura em que a Europa enfrenta desafios globais que vão da segurança energética à transição climática, a Embaixadora da Alemanha em Portugal, Daniela Schlegel, reafirma a solidez da parceria luso-alemã e destaca o potencial de cooperação em áreas como as energias renováveis, a defesa europeia e o intercâmbio cultural. Com uma visão marcada pela confiança mútua e pela valorização do diálogo, sublinha o papel estratégico de Portugal como ponte com os países lusófonos e defende uma Europa unida, resiliente e ancorada nos valores democráticos que ambos os países partilham.

Como avalia o atual estado das relações bilaterais entre Portugal e Alemanha e quais áreas considera mais promissoras para intensificação da cooperação?

As relações bilaterais entre os nossos países são muito estreitas, marcadas por uma parceria sólida e um profundo espírito de confiança. Partilhamos os mesmos valores, defendemos o multilateralismo, o Estado de Direito e uma ordem internacional baseada em regras. Ambos atribuímos especial importância às relações transatlânticas e ao chamado Sul Global, com particular destaque para África. A Alemanha e Portugal estão firmemente ancorados na União Europeia e na NATO, partilhando as mesmas posições em questões fundamentais da política europeia.

As nossas relações económicas são fortes – e continuam a reforçar-se. Cerca de 720 empresas alemãs operam em Portugal, criando aproximadamente 85.000 empregos diretos e representando cerca de 12% do PIB nacional. As empresas alemãs estão presentes em setores muito diversos, incluindo – mas não apenas – o setor automóvel.

Para além das tradicionais atividades industriais e de engenharia, as empresas alemãs em Portugal apostam cada vez mais em centros de desenvolvimento digital e de serviços com responsabilidade global. Também existe grande potencial nos domínios das energias renováveis, eficiência energética e tecnologias ambientais. A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã é, para nós e para todos os intervenientes económicos, um parceiro central neste contexto.

Que medidas pretende implementar para potenciar não só o intercâmbio económico, mas também as dimensões cultural, social e turística entre os dois países?

Para além das excelentes relações económicas e da estreita cooperação na área da segurança e defesa europeias, as nossas relações bilaterais nos domínios social e cultural têm uma longa tradição.

A Escola Alemã de Lisboa, com mais de 175 anos, é uma das mais antigas escolas alemãs no estrangeiro. No Porto, a Escola Alemã ensina há 124 anos não apenas a língua alemã, mas também promove a compreensão da cultura alemã. Isto cria laços que duram uma vida inteira.

Daniela Schlegel, Embaixadora

O Goethe-Institut, presente há mais de 60 anos, tem sido um pilar essencial na promoção de um intercâmbio linguístico e cultural intenso. A isto soma-se uma ampla rede de parcerias universitárias, que aproxima muitos jovens estudantes e investigadores dos dois países.

Qual é a visão da Alemanha sobre o papel de Portugal como parceiro estratégico junto dos PALOP, e de que forma a Embaixada pode apoiar projetos de cooperação regional? Nesse contexto, como avalia o impacto do fundo da Embaixada alemã em Cabo Verde, destinado a apoiar organizações não-governamentais que promovem a melhoria das condições de vida das pessoas mais desfavorecidas?

As ligações históricas e culturais de Portugal aos países lusófonos de África são estreitas e têm uma importância estratégica para ambas as partes. Portugal pode, neste contexto, desempenhar para a Alemanha uma função de ponte. Aqui em Lisboa, damos particular atenção a Cabo Verde, uma vez que, desde 2020, os embaixadores alemães em Lisboa têm também acreditação para esse país. Cabo Verde é para nós um parceiro importante, uma jovem democracia que, tal como a Alemanha, defende uma ordem mundial mais justa e baseada em princípios. Em conjunto com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, promovemos a cooperação económica. Ao mesmo tempo, queremos manter um contato próximo com a população cabo-verdiana e com a sua vibrante sociedade civil, colaborando com ONGs locais em pequenos projetos de desenvolvimento. Após as inundações em São Vicente e Santo Antão no mês de agosto conseguimos apoiar diretamente a Cruz Vermelha de Cabo Verde, fornecendo ajuda a 5.000 famílias. Através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, disponibilizámos ao Governo de Cabo Verde ajuda humanitária no valor de 250.000 euros.

De que forma a Alemanha pretende colaborar com Portugal no contexto da crise na Ucrânia, seja na resposta humanitária, económica ou em segurança energética?

Desde o início, a Alemanha tem estado entre os principais apoiantes da Ucrânia, tanto politicamente, como financeira e militarmente, além de ter acolhido refugiados ucranianos.

A Alemanha e Portugal colaboram estreita e intensamente no âmbito da União Europeia e da NATO, conscientes de que a guerra de agressão russa ameaça toda a Europa. A Ucrânia, ao defender-se, está também a defender as nossas democracias e a nossa segurança. Devemos e iremos apoiar a Ucrânia pelo tempo que for necessário.

Ao mesmo tempo tivemos de reagir: reduzimos drasticamente o comércio com a Rússia, suspendemos por completo as importações diretas de petróleo e gás russo e reforçámos substancialmente as nossas forças armadas, cumprindo a meta de 2% do PIB em defesa estabelecida pela NATO, e comprometendo-nos a atingir 5% até 2035.

A Europa deve reforçar a sua capacidade de defesa e, simultaneamente, preservar a parceria transatlântica. Em conjunto com Portugal, queremos fortalecer o pilar europeu da NATO. Este esforço exige um grande empenho coletivo, mas oferece também oportunidades, nomeadamente para o desenvolvimento conjunto de uma indústria

de defesa europeia robusta – um domínio onde vejo grande potencial de cooperação luso-alemã.

Como nova Embaixadora da Alemanha em Lisboa, quais são as prioridades estratégicas para aprofundar as relações bilaterais com Portugal, e de que forma pretende equilibrar objetivos diplomáticos, económicos, culturais e sociais durante o seu mandato?

Talvez ainda se lembrem, entre 2018 e 2022, tive já a oportunidade, então como Chefe de Missão Adjunta, de contribuir para a promoção e o reforço das relações políticas e económicas entre os nossos países.

Na minha nova função de Embaixadora da Alemanha em Portugal, pretendo cultivar e expandir a nossa rede de contactos na política, na economia e na sociedade. Hoje, mais do que nunca, é essencial explicar a nossa política, valorizar os benefícios das relações bilaterais. Queremos estar presentes e trabalhar lado a lado com os parceiros portugueses na procura de soluções.

Desejo também contribuir para o reforço da capacidade de defesa europeia, pelo que nas minhas primeiras semanas em Portugal tive várias reuniões com a liderança militar portuguesa.

Mas o foco não se limita à defesa: trata-se também de fortalecer a resiliência social, a proteção das nossas democracias e a coesão dentro da União Europeia. Não podemos, contudo, esquecer os grandes desafios globais da nossa geração: o combate ao aquecimento global e às alterações climáticas, o envelhecimento demográfico, a atração de profissionais qualificados do estrangeiro, a soberania digital, a proteção contra ciberataques e a desinformação. Mas trata-se também de solidariedade, entendimento mútuo dos contextos históricos, interesse pela cultura do outro país e intercâmbio científico – todos estes são temas que nos ocupam, tanto na Alemanha como em Portugal.

Que legado gostaria de deixar no reforço das relações bilaterais Portugal-Alemanha, e de que forma pretende avaliar o impacto e o sucesso do seu mandato em Lisboa?

No plano político espero que consigamos preservar e revitalizar a unidade europeia, assente nos valores que partilhamos.

Espero que se intensifiquem as visitas e os intercâmbios em todos os domínios, bem como um crescimento sustentável das empresas alemãs em Portugal que seja vantajoso para ambas as partes.

Vejo o meu papel sobretudo em fortalecer a confiança mútua, fomentar o diálogo e a compreensão recíproca, e criar espaço para uma convivência e cooperação, assente na confiança e na boa colaboração.

Estou convencida de que Portugal e Alemanha são parceiros ideais e que temos muito a oferecer e a aprender mutuamente.

O ALEMÃO COMO PONTE ENTRE CULTURAS, EMPRESAS E FUTURO

Na intersecção entre língua, cultura e futuro profissional, o Goethe-Institut Portugal reforça há mais de seis décadas a ponte entre Portugal e a Alemanha. Em entrevista, Anne Nicklich, Vice-Diretora do Instituto e Diretora do Departamento de Línguas, destaca como o ensino do alemão se tornou um instrumento estratégico de diálogo intercultural, inovação formativa e competitividade para empresas e profissionais num mercado europeu cada vez mais global e digital.

Como define a missão do Goethe-Institut Portugal no contexto das relações culturais e linguísticas entre Portugal e a Alemanha?

A missão do Goethe-Institut Portugal é promover o diálogo intercultural e fortalecer os laços entre Portugal e a Alemanha. É através da língua alemã e da cooperação cultural internacional que atuamos, há mais de 60 anos, como uma ponte entre os dois países, seja oferecendo formação linguística, fomentando parcerias educativas e culturais, apoiando a criação de redes entre pessoas e instituições ou contribuindo para uma compreensão mútua mais profunda.

Que papel desempenham os cursos de alemão na construção de pontes entre empresas portuguesas e o universo económico e cultural alemão?

Acreditamos que o domínio das línguas é fundamental para promover o entendimento intercultural e alcançar o sucesso em

contextos globais. Cada vez mais empresas procuram profissionais que dominem a língua alemã, por isso, os nossos cursos abrem portas para novas oportunidades, tanto em Portugal como no estrangeiro. Temos muito orgulho em formar turmas que se preparam para estudar ou trabalhar na Alemanha. E, com o aumento do investimento de empresas alemãs em Portugal, o domínio do alemão também se tornou um diferencial competitivo no país.

Através dos nossos cursos de alemão para empresas, facilitamos a integração em contextos profissionais com ligação à Alemanha e preparamos equipas para uma comunicação eficaz no mercado internacional.

De que forma o Goethe-Institut tem ajustado a sua oferta formativa às necessidades linguísticas e interculturais das empresas que operam em contextos internacionais?

O Goethe-Institut tem adaptado a sua oferta formativa às

Anne Nicklich, Vice-Diretora
Foto créditos: Líllian Barbosa

necessidades das empresas internacionais com foco no mercado português e também nas empresas alemãs que procuram trabalhadores em Portugal. Posso destacar, por exemplo, a colaboração de longa data com o hospital Herzzentrum de Munique. Nos últimos 10 anos, temos organizado cursos de alemão para enfermeiros, que lhes dão as competências linguísticas para o contexto de trabalho hospitalar na Alemanha e para o reconhecimento das suas qualificações profissionais, através dos certificados internacionais Goethe-Zertifikat. Já no contexto português, oferecemos soluções personalizadas para equipas multinacionais, preparando os colaboradores para a aprendizagem da língua alemã em situações do quotidiano, num contexto de trabalho cada vez mais internacional.

Que vantagens competitivas considera que o domínio do alemão pode oferecer aos profissionais e organizações portuguesas no cenário empresarial europeu?

O alemão é a língua mais falada na União Europeia e uma das mais relevantes nos setores industrial, tecnológico e científico. Profissionais que dominam o alemão têm acesso privilegiado a oportunidades de carreira em empresas de língua alemã, tanto em Portugal como na Alemanha, na Suíça, na Áustria e no Luxemburgo. Para as organizações, contar com equipas capazes de comunicar diretamente com parceiros alemães aumenta a eficiência, reduz barreiras culturais e linguísticas e fortalece a confiança empresarial internacional.

Como tem evoluído a procura por cursos corporativos de alemão em Portugal, e que tendências observa nesse campo?

Nos últimos anos, observamos um aumento na procura de cursos de alemão para empresas, impulsionado pelo crescimento das relações comerciais luso-alemãs. As empresas procuram cada vez mais formações adaptadas à sua realidade, com foco em vocabulário técnico, comunicação empresarial e fluência prática. Há também uma crescente procura por cursos de alemão online, que oferecem maior flexibilidade e permitem chegar aos trabalhadores em regime de trabalho remoto. As aulas são síncronas, os alunos acompanham o manual do curso e recebem acompanhamento regular.

Que iniciativas ou parcerias recentes destacaria como exemplos do compromisso do Goethe-Institut com a promoção do diálogo e da cooperação entre os dois países?

Uma das iniciativas que melhor exemplifica este compromisso do Goethe-Institut é o programa de bolsas de estudo, que permite tanto a docentes como a jovens portugueses viajar para a Alemanha, potenciando o conhecimento da língua e cultura alemãs e, ao mesmo tempo, fomentando o intercâmbio educativo bilateral. Além disso, temos estabelecido parcerias com instituições de ensino superior, com programas de cooperação universitária DLL, que apoiam a formação de docentes de alemão em escolas portuguesas.

No contexto europeu, destacaria o programa Culture Moves Europe, que promove a mobilidade de artistas e profissionais da cultura em toda a Europa, reforçando o papel do Goethe-Institut como facilitador de redes criativas e interculturais.

De forma mais abrangente, apoiamos o contacto e o intercâmbio entre especialistas de diversas áreas da sociedade e das artes – jornalistas, tradutores, autores – criando espaços de diálogo.

Como imagina a evolução das relações culturais luso-alemãs numa era marcada pela digitalização e pela crescente mobilidade internacional?

O Goethe-Institut aposta na inovação tecnológica para criar novas formas de aprender línguas e ampliar o intercâmbio cultural. Num futuro em que as competências humanas – comunicação, criatividade, colaboração e pensamento crítico – ganham protagonismo, aprender línguas torna-se uma chave para desenvolver essas competências do futuro. Além do impacto profissional, o domínio de outras línguas enriquece também as relações humanas.

A Roboteca, em Lisboa – a primeira do género no país – e o Coding & Deutsch, curso para crianças que combina alemão com programação, são exemplos desta abordagem inovadora. Através de soluções digitais e parcerias estratégicas, promovemos a mobilidade internacional e fortalecemos as relações culturais entre os dois países.

Foto créditos: José Vicente
Foto créditos: Hugo Moura

RELAÇÕES BILATERAIS PORTUGAL-ALEMANHA

A Alemanha é um importante parceiro de Portugal, tanto a nível bilateral como no seio da UE. No quadro UE, cabe destacar a excelente cooperação e o intenso trabalho desenvolvido no âmbito dos dois trios das Presidências da União Europeia (1 de janeiro de 2007 a 31 de julho de 2008 e 1 de julho de 2020 a 31 de dezembro de 2021).

Entre 2019 e 2021, não obstante a pandemia, registou-se um número elevado de contactos e visitas bilaterais, que envolveram a maioria das áreas ministeriais, tais como os Negócios Estrangeiros, Economia, Comércio, Ambiente, Energia, Agricultura, Defesa, Ciência e Saúde.

Em 22 de maio de 2019, foi assinado um Plano de Trabalho para reforçar a cooperação bilateral que cobre as seguintes áreas: política europeia e externa; administração interna; assuntos económicos; clima e ambiente; inovação; igualdade; desenvolvimento; assuntos sociais; mobilidade e transporte.

Também o Fórum Luso-Alemão, lançado em 2013, tem contribuído para o reforço do diálogo e cooperação entre os dois países, fomentando igualmente a participação da sociedade civil. As últimas edições incidiram em áreas tão relevantes como as migrações e a relação entre a competitividade e as alterações climáticas.

A Alemanha é um dos principais parceiros comerciais de Portugal, posicionando-se como o seu 3º maior cliente e o 2º maior fornecedor (2020). Tem, ainda, importantes projetos de investimento em território nacional, podendo-se destacar a fábrica da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, mas também a presença de algumas das principais multinacionais alemãs em setores tão importantes e diversos como a eletromecânica, as tecnologias de informação e comunicação (TIC), a indústria química, a energia eólica e a construção naval.

Data do estabelecimento de relações diplomáticas: a partir de 1871 estabelecem-se relações diplomáticas com o Império Alemão.

PORTUGAL E ALEMANHA UNIDOS NA EXCELÊNCIA INDUSTRIAL

Pedro Carreira, CEO da Fábrica da Continental em Lousado, revela como a confiança mútua, a inovação e o talento das equipas portuguesas transformaram esta unidade num dos maiores símbolos da cooperação industrial entre Portugal e a Alemanha. De uma aposta modesta nasceu um centro de excelência tecnológica e sustentável, pioneiro no grupo alemão e prova viva de que a determinação e a criatividade nacionais podem acelerar o futuro da mobilidade verde na Europa.

A Continental é frequentemente citada como um exemplo de sucesso da cooperação industrial luso-alemã. Que fatores considera determinantes para que esta parceria tenha atingido tal nível de maturidade e confiança mútua?

Sem dúvida que o maior fator foi a equipa, a sua abertura para aceitar novos desafios, o seu compromisso. Na verdade, quando a Continental decidiu fazer o primeiro investimento, as expectativas eram baixas, mas ao sermos rápidos na execução, com todo o profissionalismo, dentro ou antes do prazo esperado e com um investimento inferior a outros projetos idênticos, a confiança em Lousado tornou-se mais evidente. O Grupo Continental percebeu que tinha em Lousado uma “joia em bruto” que a seu tempo podia tornar-se num “diamante polido e brilhante” e assim foi. De facto, tornamo-nos numa das “joias da coroa”.

A Fábrica de Lousado é vista como um polo de inovação dentro do grupo alemão. De que forma Portugal tem contribuído para o avanço tecnológico e para a sustentabilidade global da Continental?

Temos universidades à nossa volta que preparam os jovens e os potenciam para as questões da inovação. Fazemos protocolos com essas Universidades e apoiamos diversos concursos. Internamente, incentivamos todos os nossos colaboradores, desde o operador do chão de fábrica, a apresentar as suas ideias através do nosso sistema de sugestões.

Assim, a atmosfera de inovação está e esteve sempre presente na nossa empresa. Atualmente, somos a única fábrica do Grupo a ter uma direção de inovação na nossa estrutura orgânica (com 13 colaboradores).

Pedro Carreira, CEO da Fábrica Continental - Lousado

No contexto atual de transição energética e mobilidade verde, que papel desempenha a unidade portuguesa no desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para a indústria automóvel europeia?

Bom, somos para já a única fábrica a ter a capacidade de produção totalmente elétrica sem recurso a combustíveis fósseis uma vez que a nossa energia é toda verde desde 2020. Temos investido de forma considerável na colocação de painéis solares. Não temos mais painéis porque, somos travados pela falta de capacidade para as ligações até às inspeções serem feitas, o que pode levar meses. Temos uma caldeira totalmente elétrica. Estamos a revestir as fachadas dos edifícios com painéis – uma solução à base do tratamento Pureti – que gere uma reação pelo efeito de fotocatálise, oferece uma autolimpeza sustentável, purificando o ar. Somos uma fábrica piloto para diversas soluções de inovação que posteriormente são replicadas para outras fábricas do Grupo.

As relações económicas entre Portugal e Alemanha assentam fortemente na indústria. Que lições podem ser retiradas desta cooperação para inspirar outros setores estratégicos em Portugal?

Do meu ponto de vista, podemos considerar que a relação entre estes dois países é beneficiadora para ambos. Por um lado a Alemanha tem acesso a recursos humanos bem preparados e inovadores, de mente aberta, que gostam de desafios (Portugal). Por outro lado, em Portugal recebemos apoios, em investimentos ou na abertura a outros mercados, que de outra forma não conseguíamos lá chegar, quer pelas barreiras de logística, quer pela distância. A dimensão que a nossa parceria acaba por nos proporcionar, abre-nos as portas que de outra forma não seriam possíveis abrir ou levaríamos muitos anos a fazê-lo. Só assim nós conseguimos enviar os nossos pneus para cerca de 70 mercados para cinco continentes.

Como é que a Continental equilibra o rigor e a eficiência da cultura empresarial alemã com o talento e a criatividade que caracterizam a força laboral portuguesa?

Foi um namoro difícil entre cumprir a regra e respeitar os tempos definidos e, depois deixar a imaginação resolver os impossíveis. Desde

muito cedo se soube que tínhamos formas diferentes de olhar para o mesmo problema e aquilo que por vezes leva décadas a entender, no nosso caso, ao resolvermos no imediato e nada ser um problema, arranjávamos sempre uma solução, desde logo nos colocou num nível de respeito mútuo que nos permitiu sempre de forma parcimoniosa avançar com investimentos que rapidamente davam resultado, pelo que a partir daí foi sempre a nossa postura, estar sempre abertos às novidades, e mais tarde inclusivamente começámos de forma consistente a desenhar projetos e soluções para que, quando e se necessário, estivéssemos sempre prontos.

Olhando para o futuro, que desafios e oportunidades identifica na consolidação das relações bilaterais entre Portugal e Alemanha, sobretudo no campo da inovação industrial e da formação de talento?

As escolas duais que existem na Alemanha, permitem o acesso posterior às universidades são cruciais para Portugal, para focar os jovens em áreas com futuro. As universidades portuguesas devem cada vez mais aliar a teoria à prática, mas muito mais cedo temos que tornar as escolas profissionais mais atrativas, fazendo os jovens exporem-se aos novos meios digitais e não apenas ao iphone e às redes sociais que farão parte do seu crescimento, mas sim, maior qualificação nos meios que um dia farão parte da sua vida profissional. Em relação à inovação industrial, bom aqui é outro caminho, inovar não é fácil, mas será mais difícil e tão mais necessário de o fazer quanto mais pequena for a empresa, e quanto menor o valor acrescentado da sua parte for para o todo, pois só em associações conseguirão reduzir o investimento inicial que é necessário para apostar em inovação. Inovar é o futuro que tem que ser feito todos os dias.

Fábrica Continental - Lousado

REFORMA DO ESTADO: UM DESÍGNIO NACIONAL

O Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Saraiva Matias, foi o orador convidado do último almoço-debate do International Club of Portugal (ICPT) numa intervenção dedicada ao tema “Reforma do Estado: um desígnio nacional”, que teve lugar no dia 20 de outubro, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa.

Determinando-se a enfrentar “um dos maiores entraves ao desenvolvimento do país”, o Ministro declarou formalmente “guerra à burocracia” e à ineficiência estrutural que, há décadas, penaliza a competitividade nacional.

Entre as medidas que integram a sua agenda reformista, Gonçalo Matias destacou a necessidade de eliminar silos entre ministérios e organismos públicos, reforçar a interoperabilidade e acelerar a digitalização administrativa.

Reconhecendo o peso das resistências internas, Gonçalo Matias enfatizou que “não podemos parar o comboio”. E prosseguiu: “Estamos a reformar o Estado por dentro, sem parar, pois precisamos de atrair investimento e reter talento”.

CONTRIBUTO PARA A ECONOMIA NO ENCONTRO DO ICPT

Gonçalo Regalado, Presidente do Banco Português de Fomento (BPF), foi o orador e convidado de honra do almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, que teve lugar no dia 14 de outubro, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa. A sua intervenção, subordinada ao tema “Banco de Fomento: Estratégia do Banco Soberano de Portugal no apoio à Economia”, destacou a transformação do banco e o papel essencial que este desempenha no financiamento da economia portuguesa.

O Presidente do BPF revelou que, até ao final de 2025, o banco deverá atingir 7.000 milhões de euros em financiamento, entre garantias, instrumentos de capital, dívida e fundos de investimento – um valor 14 vezes superior ao montante mobilizado em 2024. “Multiplicar 14 vezes o que se fez o ano passado parece pouco ou fácil, mas não é nem pouco nem fácil”, sublinhou Gonçalo Regalado.

Para 2026, o objetivo é atingir 10.000 milhões de euros de financiamento, equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Entre as novas prioridades do BPF está também o lançamento de instrumentos financeiros destinados a apoiar as autarquias na construção de habitação acessível e social.

Gonçalo Saraiva Matias
Gonçalo Saraiva Matias e Manuel Ramalho
Gonçalo Regalado e Manuel Ramalho

MOEDAS QUER CONTINUAR PROJETO PARA LISBOA

No almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, realizado no dia 1 de outubro, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Candidato da Coligação PSD/CDS-PP/IL, Carlos Moedas, falou sobre os desafios e o futuro da cidade no tema “Lisboa, o muito que foi feito e o que há para fazer”. O encontro abordou áreas como inovação, habitação, mobilidade, higiene urbana e sustentabilidade. O atual presidente da Câmara de Lisboa e candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL, Carlos Moedas, afirmou que está “a meio” do projeto que tem para a cidade e que pretende continuar nos próximos quatro anos. Moedas destacou o trabalho desenvolvido ao longo do último mandato, assente na construção de um estado social local, que inclui desde o apoio à habitação até um plano de saúde para idosos.

O autarca reforçou que cuidar das pessoas também permite “a capacidade de sonhar”, destacando projetos como a Fábrica de Unicórnios e investimentos na cultura, com novos museus e teatros, contribuindo para uma cidade “com alma”.

MARQUES MENDES REJEITA “MODA DO RADICALISMO”

No passado dia 15 de setembro, o candidato presidencial do PSD, Luís Marques Mendes foi o orador convidado no almoço-debate do International Club of Portugal, no Hotel Sheraton Lisboa & Spa, no qual partilhou a sua visão sobre um tema essencial: a ambição para Portugal num contexto internacional adverso, sublinhando que, mais do que nunca, o país precisa de confiança e de um rumo claro para enfrentar os desafios globais com determinação e esperança.

Considerado um dos políticos mais sábios e experientes da centro-direita portuguesa, a sua mensagem foi clara: num mundo e numa Europa marcados pela incerteza e instabilidade, Portugal precisa de uma governação ambiciosa e que traga estabilidade para o povo, as suas empresas e os investidores. “Hoje em dia, tanto em Portugal como no estrangeiro, o radicalismo e o ruído do radicalismo estão na moda. Isto pode estar na moda, mas não é a cultura de que o país precisa”, afirmou, reiterando que Portugal precisa de “moderação, tolerância, equilíbrio e bom senso”, e da experiência de “construir pontes” em vez de criar divisões; “compreensão e convergência” em vez de extremos.

Durante o seu discurso, o antigo ministro de dois governos do PSD, prometeu que, caso fosse eleito Presidente de Portugal, trabalharia arduamente num projeto que “transformasse o Estado e a sociedade”. E foi a voz da moderação e da tolerância na questão da imigração, argumentando que Portugal precisava de imigrantes estrangeiros na agricultura, no turismo e para tornar o sistema de segurança social do país sustentável.

Luís Marques Mendes
Carlos Moedas e Manuel Ramalho

DEPOIS DO PERSONAL BRANDING SUMMIT, NADA FICA IGUAL A AUTENTICIDADE É O NOVO LUXO

Há dias que nos recordam porque fazemos o que fazemos.

O Personal Branding Summit Portugal 2025, que teve lugar na Porto Business School, foi um desses dias. Um encontro que reuniu líderes e profissionais num mesmo propósito: despertar o sobre o valor da marca pessoal.

Foi a terceira edição de um evento que já se tornou um movimento. O Personal Branding Summit é uma experiência de transformação intelectual e sensorial, onde cada detalhe convida à reflexão sobre quem somos e sobre a forma como comunicamos o que representamos.

Criar o Personal Branding Summit foi, para mim, uma forma de dar palco à autenticidade, de mostrar que a gestão de marca pessoal não é um exercício de vaidade, mas um ato de consciência. Que a verdadeira sofisticação está em sabermos alinhar o que somos com o que mostramos. Hoje onde tudo se copia, a autenticidade é o novo luxo.

Na minha palestra, partilhei a estrutura da metodologia TO BE®, que desenvolvi para guiar o processo de gestão de marca pessoal. Fiz a ligação entre os cinco pilares: identidade, posicionamento, reputação, imagem, comunicação e os arquétipos de marca, para que cada participante pudesse reconhecer o seu próprio padrão de comportamento, o seu tom, o seu papel no mundo. Durante a sessão, cada pessoa realizou o seu teste online de arquétipos e, no final, convidei-as a soprar bolas de sabão.

A metáfora foi simples, mas profunda. Disse-lhes que passamos a vida a olhar para o lado, a comparar, a tentar fazer a “bola perfeita”. Mas não há bola perfeita. O que existe é o nosso sopro, o gesto, a intenção, o ar que vem de dentro. Cada sopro é único. Ver a sala inteira repleta de pequenas esferas a dançar no ar foi um dos momentos mais bonitos que já vivi enquanto profissional. Era como se cada participante tivesse reencontrado o seu próprio brilho e o seu próprio ritmo.

O Personal Branding Summit é, todos os anos, uma celebração da autenticidade e também da responsabilidade. Por isso, introduzimos este ano o tema da sustentabilidade na organização do evento, desde a escolha dos materiais até às decisões logísticas e à forma como comunicamos. Gerir uma marca pessoal é também

um ato de consciência com o planeta, com as pessoas e com o impacto que deixamos.

O palco do Personal Branding Summit foi partilhado por oradores inspiradores que trouxeram diferentes perspetivas sobre como a marca pessoal se manifesta no mundo dos negócios, da criatividade e da liderança. Janet Morais, CEO da Koket e da Love Happens Magazine, referência internacional no design de luxo, falou sobre o poder da autenticidade e a coragem de construir um legado com identidade. Fábio Castro despertou todos para a importância da parentalidade, lembrando que a gestão da marca pessoal começa em casa e não nas redes sociais. Boy Teddy, músico, trouxe a leveza e a ousadia de sentir a marca pessoal, recordando que é um processo, fez-nos dançar e refletir sobre o nosso próprio ritmo.

Nas mesas redondas, juntaram-se líderes empresariais que partilharam experiências concretas sobre o impacto do personal branding nas organizações, na cultura corporativa, na comunicação estratégica e na agenda política. Estiveram presentes Joana Resende, CEO Century 21 Arquitectos, Alberto Costa, CEO LEADERTEAM, Carlos Brito Associação Portuguesa de Management, João Pedro Louro, Deputado à Assembleia da República, Idalina Teixeira, CEO IT Gest do Grupo Ideias Dinâmicas, e Paulo Moreira Diretor Financeiro Grupo Valor do Tempo.

No palco estiveram também Pedro Caramez, Sandra Ribeiro, Bárbara Bação e André Novais de Paula. A voz off foi da fantástica Bárbara Teixeira.

Ao meu lado estiveram parceiros notáveis que tornam este movimento possível.

A Love People. Personal Branding & Image Consulting tem sido o coração deste movimento desde o primeiro dia.

A KOKET, com a visão artística, foi responsável pela decoração do palco uma instalação que parecia uma galeria de arte, com peças de mobiliário que contam histórias e estão espalhadas por todo o mundo.

A Love Happens Magazine trouxe a sua curadoria e reflexão sobre o poder feminino, reforçando a ideia de que elegância e força podem coexistir.

A Uriage e a Apivita, marcas das quais sou embaixadora, partilharam com todos os participantes o que melhor representam a ciência, autenticidade e cuidado com a pele, uma extensão daquilo que o personal branding também é, cuidar de dentro para fora.

A De’Longhi Portugal brindou-nos com experiências de café que se tornaram rituais de pausa e partilha entre conversas e sorrisos.

A Century 21 Arquitectos trouxe a visão de uma empresa que integra o personal branding nas suas equipas e projetos.

E ainda a Paula Carvalho Eventos, Alma Marketing, Blue Bolt Agency e Monchique, que contribuem ativamente para o crescimento deste movimento.

Em 2026, a 4.ª edição regressa à Porto Business School, no dia 16 de maio, para uma edição noturna. Uma noite de brilho no

sentido mais profundo da palavra. Quero que cada participante viva uma experiência sensorial e memorável, onde o conhecimento se mistura com a emoção, a música, a beleza e o propósito.

E há uma grande novidade vamos eleger, pela primeira vez, a Marca Pessoal do Ano, um prémio que reconhecerá pessoas que inspiram, transformam e fazem a diferença pelo exemplo. As nomeações vão abrir em breve, fique atento para indicar alguém que considere merecedor deste reconhecimento e acompanhar-nos nesta celebração.

O Personal Branding Summit Portugal nasceu para dar palco à autenticidade e continuará a existir para lembrar que o verdadeiro brilho não se imita, revela-se.

Cada marca tem um sopro único.

E é esse sopro que muda tudo.

Raquel Soares, Fundadora Personal Branding Summit Portugal

YOUTH CLUB PROMOVE ROUNDTABLE COM GONÇALO FERNANDES NO

RESTAURANTE FYSH

A última atividade do Youth Club antes das férias de verão contou com a presença de Gonçalo Fernandes, CEO do Grupo Fullest, e teve lugar no restaurante FYSH – um dos mais recentes e sofisticados espaços do grupo em Lisboa.

O encontro reuniu diversos associados jovens da APPII, num ambiente descontraído e inspirador, ideal para o debate, a reflexão e a partilha de experiências.

A sessão iniciou-se com o testemunho pessoal de Gonçalo Fernandes, que partilhou o seu percurso, as principais decisões e os desafios que marcaram a construção de um verdadeiro império da restauração. Formado em gestão hoteleira e com raízes familiares no setor, Gonçalo abriu o seu primeiro restaurante aos 20 anos e, pouco mais de uma década depois, lidera um grupo com dezenas de marcas e conceitos de sucesso.

Durante a conversa, foram abordados temas como a importância da cultura de equipa, a reinvenção constante dos conceitos de restauração, o rigor operacional, a expansão estratégica (do centro da cidade para a periferia e depois a nível nacional) e o equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade.

Os participantes demonstraram grande interesse nas ideias de investimento, inovação e internacionalização apresentadas, refletindo o papel cada vez mais relevante do Youth Club como plataforma de ligação entre os novos talentos e os líderes experientes do setor imobiliário e de serviços.

O restaurante FYSH, com a sua proposta gastronómica premium centrada em peixe e marisco, serviu de palco perfeito para esta

iniciativa, evidenciando a aposta do Grupo Fullest em conceitos diferenciados e de elevado padrão.

Gonçalo Fernandes deixou uma mensagem de incentivo aos jovens empreendedores, sublinhando que “os jovens devem arriscar sem medos o importante é começar, aprender com os erros e nunca deixar de empreender”.

Este encontro reforça o compromisso do Youth Club em promover momentos de partilha, inspiração e ligação entre gerações e setores, deixando no horizonte a promessa de novas edições com intervenientes igualmente inspiradores.

Gonçalo Fernandes, CEO do Grupo Fullest

MOBILIDADE ELÉTRICA

A transição energética está a transformar a forma como nos movemos, tornando a mobilidade elétrica num dos pilares de um futuro mais sustentável, eficiente e inteligente. Portugal tem vindo a afirmar-se como um dos países mais dinâmicos neste caminho, com empresas e marcas que lideram a mudança e redefinem o conceito de condução.

Nesta edição, damos destaque à miio que, com a sua plataforma digital inovadora, continua a simplificar a experiência de carregamento elétrico, aproximando utilizadores, operadores e tecnologia num mesmo ponto. À e-mob, que se posiciona como um dos principais players nacionais na implementação de soluções integradas de carregamento, contribuindo para um ecossistema de mobilidade mais acessível e conectado. Já a Polestar, marca que combina design escandinavo e performance elétrica, representa a nova era da condução premium, em que sustentabilidade e emoção se fundem.

Mais do que um setor em evolução, a mobilidade elétrica é um movimento que acelera o futuro.

miio: TECNOLOGIA

QUE SIMPLIFICA A MOBILIDADE ELÉTRICA

A miio tem vindo a transformar a mobilidade elétrica em Portugal ao tornar o carregamento de veículos elétricos mais simples, transparente e acessível. Com uma plataforma digital pioneira que integra localização, início e pagamento de carregamentos num único espaço, a miio consolida-se como referência no ecossistema europeu da mobilidade elétrica. Rafael Ferreira, CTO e Cofundador, revela como a tecnologia, aliada à análise de dados e à Inteligência Artificial, está a moldar um futuro onde a mobilidade sustentável será não só eficiente, mas também centrada no utilizador.

Com o avanço das smart grids, estamos a caminhar para um modelo de carregamento mais inteligente e flexível, em que o veículo elétrico não é apenas um consumidor, mas também um elemento ativo da rede, que disponibiliza energia. É normal evoluirmos nessa direção com soluções que integrem a tecnologia, energia e mobilidade de forma fluída

Rafael Ferreira, CTO e Cofundador

Como é que a miio tem contribuído para tornar a mobilidade elétrica mais acessível e transparente para os utilizadores em Portugal?

Desde o início, a missão da miio tem sido simplificar o acesso à mobilidade elétrica. Fomos pioneiros em introduzir uma experiência digital completa – onde o utilizador pode localizar, iniciar e pagar carregamentos num único lugar, com total transparência nos preços e na disponibilidade dos postos. Acreditamos que a confiança é essencial para a adoção dos veículos elétricos, e por isso desenhámos um ecossistema onde o utilizador sabe sempre quanto vai pagar e onde pode carregar. Hoje, com mais de 490 mil utilizadores e presença em vários países europeus, a miio é uma referência na forma como a mobilidade elétrica pode ser simples, acessível e transparente.

De que forma a tecnologia e os dados estão a redefinir a experiência do carregamento elétrico e a interação dos condutores com as redes de energia?

A tecnologia é o coração da miio. Através da recolha e análise de dados em tempo real, conseguimos otimizar a experiência de carregamento – desde a previsão de custos até à disponibilidade dos postos e aconselhamento de carregamento. Com o avanço das smart grids, estamos a caminhar para um modelo de carregamento mais inteligente e flexível, em que o veículo elétrico não é apenas um consumidor, mas também um elemento ativo da rede, que disponibiliza energia. É normal evoluirmos nessa direção com soluções que integrem a tecnologia, energia e mobilidade de forma fluída.

Quais os principais desafios que a miio enfrenta na consolidação de um ecossistema verdadeiramente integrado de mobilidade elétrica em território nacional?

O maior desafio é a fragmentação futura do ecossistema. Vamos ter diferentes operadores, integrações e tarifários – o que torna essencial a existência de plataformas que simplifiquem e integrem tudo isto. Outro desafio é garantir que a experiência do utilizador é uniforme em todo o país, independentemente da região ou do operador.

Por outro lado, existe também o desafio da educação e literacia energética: ainda é necessário desmistificar a mobilidade elétrica e demonstrar que é prática, económica e sustentável. Na miio, assumimos esse papel de educar o utilizador e criar confiança, tornando a tecnologia compreensível e o processo simples.

Em que medida a colaboração entre empresas, municípios e consumidores é essencial para acelerar a transição energética promovida pela miio?

A mobilidade elétrica é uma mudança sistémica, não acontece de forma isolada e vai demorar alguns anos acontecer. O sucesso depende da colaboração de todos: empresas, municípios para a instalação de pontos e licenciamento, operadores de rede, fornecedores de energia e dos próprios consumidores. Os municípios têm um papel essencial na criação de condições para os operadores instalarem pontos de carregamento acessíveis ao público, e adotar frotas também 100% elétricas com o apoio necessário. A miio permite aos municípios

terem software para gerirem de forma eficiente as suas frotas e também contamos com soluções de hardware e instalação chave na mão para ajudar nessa transição. Quando todos os intervenientes partilham o mesmo objetivo – acelerar a transição energética – o impacto multiplica-se.

Como é que a empresa equilibra inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental nas suas soluções digitais?

Acreditamos que inovação e sustentabilidade são dois lados da mesma moeda. Na miio, inovar significa criar tecnologia que não melhora apenas a experiência do utilizador, mas que também reduz o impacto ambiental.

As nossas soluções digitais ajudam a gerir melhor os carregamentos, evitando desperdício energético e promovendo o uso eficiente da rede elétrica.

Que papel espera a miio desempenhar no futuro da mobilidade elétrica, em Portugal e na Europa, sobretudo face ao avanço da Inteligência Artificial e das smart grids?

A miio quer ser o ponto de ligação entre o utilizador, o veículo e a energia. Acreditamos que o futuro da mobilidade será definido pela inteligência – não só dos veículos, mas também das redes que os suportam.

Com o avanço da Inteligência Artificial e das smart grids, o carregamento deixará de ser um ato estático para se tornar dinâmico e contextual: o sistema irá sugerir automaticamente o melhor momento e local para carregar, com base no preço da energia, na disponibilidade da rede e nas preferências do utilizador. O nosso papel é garantir que a mobilidade elétrica continua a evoluir de forma humana, eficiente e sustentável – colocando sempre o utilizador no centro.

POLESTAR CONDUZ O FUTURO DA MOBILIDADE ELÉTRICA

O lançamento do Polestar 5 marca um ponto de viragem na consolidação da marca sueca em Portugal. Em entrevista, Miguel Pinto, Managing Director da Polestar, traça o balanço de um ano marcante para a empresa, sublinhando o impacto da sua expansão nacional, o reforço da notoriedade da marca e o papel inspirador que a Polestar quer assumir na transformação cultural e tecnológica da mobilidade elétrica.

Que valores e inovações distinguem o Polestar 5 e de que forma sintetiza a visão da Polestar para o futuro?

Podemos dizer que o Polestar 5, que apresentámos recentemente em Portugal, é a expressão máxima da filosofia da Polestar: design escandinavo, performance de topo e um compromisso único com a sustentabilidade. Nascido do protótito Precept, apresentado pela primeira vez em 2020 como uma declaração de intenções para a nossa visão de futuro, o Polestar 5 é essa visão concretizada em produção. O Polestar 5 é um automóvel que reforça não só a nossa identidade premium, como antecipa também o futuro da mobilidade elétrica que para a Polestar é mais emocional, mais consciente e mais inovador.

Que expectativas a marca deposita no desempenho comercial e na aceitação do Polestar 5 no mercado português, tendo em conta o perfil dos consumidores nacionais?

O Polestar 5 é um modelo de nicho, destinado a clientes exigentes que valorizam exclusividade, inovação e sustentabilidade. O objetivo não é propriamente o volume, (apesar de já termos vendas

concretizadas no país), mas sim reforçar ainda mais o prestígio e a imagem da Polestar. O impacto inicial tem sido muito positivo numa altura em que a notoriedade da Polestar em Portugal, país muito receptivo para a mobilidade elétrica, tem vindo a aumentar de forma consistente.

Olhando para o percurso de 2025, quais considera terem sido os maiores avanços da Polestar, em termos de notoriedade e penetração no mercado?

Em 2025, a Polestar tem vindo a registar avanços significativos. Destacaria, em primeiro lugar a expansão da nossa rede física com novos espaços em Lisboa (Santogal) e no Algarve (Pontautos) que se juntaram à parceria já existente a Norte com a Triauto.

Por outro lado, 2025 tem sido o ano em que temos vindo a trabalhar, desde início, com a nossa gama mais alargada de modelos de sempre, a que se vem juntar agora o Polestar 5. Tudo isto resulta num sucesso comercial gradual onde iremos alcançar em 2025, o nosso melhor resultado de sempre.

Miguel Pinto, Managing Director

Que prioridades estratégicas define para 2026, nomeadamente em inovação, sustentabilidade e experiência do cliente?

O ano de 2026 será certamente desafiante e esses eixos serão prioritários para nós. Diria que iremos continuar a apresentar soluções de mobilidade inovadoras alargando a nossa gama de produtos. Ao nível da sustentabilidade, a Polestar irá continuar a comunicar as suas ações e o seu impacto ambiental de forma clara e transparente que é algo que nos enche de orgulho e no qual sentimos que muitos clientes se identificam.

E por último, ao nível da experiência de cliente continuaremos a aposta no modelo phygital o qual acreditamos constituir a integração perfeita entre experiências online e presenciais, por forma a que o cliente consiga alternar entre os dois canais sem barreiras e de forma conveniente.

Enquanto Managing Director, como avalia a evolução da perceção dos portugueses sobre a mobilidade elétrica e que papel a Polestar ambiciona desempenhar na consolidação dessa mudança cultural e tecnológica?

Penso que os portugueses estão cada vez mais receptivos à mobilidade elétrica, especialmente nas grandes cidades e no segmento empresarial. A Polestar pretende ser um catalisador dessa mudança, oferecendo não apenas modelos inovadores, mas também uma experiência de marca diferenciadora, centrada nos nossos pilares sustentabilidade, design e performance

Polestar 5 chega em 2026 para redefinir o luxo elétrico

O novo Polestar 5 foi apresentado no Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, e chega ao mercado português no próximo ano para rivalizar diretamente com o Porsche Taycan e o Audi e-tron GT. O modelo, que a marca sueca define como um Grand Tourer elétrico de quatro portas, representa o expoente máximo da Polestar em termos de performance, sofisticação e tecnologia.

Com um design que mantém a fidelidade ao protótipo Precept, o Polestar 5 destaca-se pelas linhas minimalistas, perfil aerodinâmico (Cx de 0,24) e um tejadilho de mais de dois metros – o maior alguma vez utilizado pela marca. Na traseira, mantém a assinatura luminosa horizontal característica e recorre a uma câmara em vez do tradicional óculo traseiro. No interior, sobressai a abordagem depurada e tecnológica. O habitáculo integra um painel digital de 9 polegadas, um head-up display de 9,5" e um ecrã central vertical de 14,5" com sistema operativo Google. O GT assume configuração 4+1 lugares, com bancos dianteiros desenvolvidos em parceria com a Recaro e assentos traseiros com regulação elétrica, aquecimento, ventilação e função de massagem.

A motorização é um dos principais trunfos do novo modelo. Equipado com uma bateria de 112 kWh (106 kWh úteis) e arquitetura elétrica de 800 V, o Polestar 5 suporta carregamentos rápidos até 350 kW em corrente contínua, permitindo repor a carga dos 10 aos 80% em apenas 22 minutos.

O modelo chega em duas versões: dual motor, com 550 kW (748 cv), 812 Nm de binário e aceleração dos 0 aos 100 km/h em 3,9 segundos; e performance, com 650 kW (884 cv), 1015 Nm e apenas 3,2 segundos no mesmo exercício. A velocidade máxima, em ambas, é limitada a 250 km/h. Em termos de autonomia, a variante dual motor anuncia até 670 km (WLTP), enquanto a performance oferece 565 km. Em matéria de assistência e segurança, o Polestar 5 integra 11 câmaras, 12 sensores ultrassónicos, radar e câmara de vigilância do condutor, disponibilizando o sistema pilot assist com condução semi-autónoma até 150 km/h.

A marca confirma que o Polestar 5 já pode ser encomendado em Portugal, com preços a partir de 122.600 euros para a versão dual motor e 146.400 euros para a performance. As primeiras entregas estão previstas para a primavera de 2026, marcando a entrada oficial deste Gran Turismo elétrico no segmento premium dominado pelos nomes alemães.

Breves Mobilidade

Mobilidade elétrica acelera em Portugal

A mobilidade elétrica atinge novos máximos em 2025: só em outubro, registaram-se mais de 783 mil carregamentos na RNC, um aumento de 39% face a 2024. A energia consumida subiu 47%, e o número de utilizadores ultrapassou os 390 mil, consolidando um crescimento “a ritmo recorde”, segundo a MOBI.E.

Governo investe 48 milhões na transição energética

A Agência para o Clima financiou 48 milhões de euros em projetos de mobilidade e energia verde. A maior fatia, 36,6 milhões, apoia a mobilidade sustentável e os transportes públicos, reforçando o compromisso do Governo com uma economia mais verde e eficiente.

Novo Nissan Leaf com 622 km de autonomia

A Nissan apresentou a terceira geração do LEAF, agora em formato crossover. Com lançamento previsto para abril de 2026 em Portugal, o modelo oferece até 622 km de autonomia e reforça a aposta da marca japonesa na inovação e mobilidade elétrica sustentável.

ACCIONA entra no mercado português

A ACCIONA Energía reforça a presença em Portugal com a compra da Cable Energía, operadora da rede Shell Recharge na Península Ibérica. A empresa anuncia 396 pontos de carregamento ativos e planeia expandir a rede até 2026, com energia 100% renovável e tarifas competitivas.

MOBILIDADE ELÉTRICA ACESSÍVEL PARA TODOS

Desde a sua fundação, a e-mob tem desempenhado um papel central na promoção da mobilidade elétrica em Portugal, acompanhando a evolução de um mercado que passou de nicho para tendência consolidada. Na liderança da empresa, Inês Pestana, Diretora-Geral, destaca o compromisso em democratizar o acesso às soluções de carregamento e em preparar a infraestrutura elétrica do futuro, alinhada com as metas nacionais de neutralidade carbónica.

Desde 2015 que a e-mob tem sido um agente ativo na promoção da mobilidade elétrica em Portugal. Como avaliam a evolução da adesão dos portugueses aos veículos elétricos e híbridos neste período?

Nos últimos anos, temos assistido a uma evolução muito positiva da mobilidade elétrica em Portugal. Numa fase inicial, nos primeiros anos de atuação da e-mob neste mercado, a adoção de veículos elétricos e híbridos plug-in era limitada, refletindo sobretudo um interesse

de nicho, alguma incerteza tecnológica e uma preocupação grande com a vertente do carregamento. Contudo, ao longo dos anos, vários fatores contribuíram para uma mudança estrutural deste paradigma, nomeadamente a expansão da rede de carregamento, o aumento da autonomia e fiabilidade das baterias, políticas públicas de incentivo à mobilidade elétrica e a crescente consciência ambiental dos utilizadores. Os indicadores mais recentes, tais como a quota de mercado dos veículos 100% elétricos e híbridos plug-in, demonstram que a

Inês Pestana, Diretora-Geral

mobilidade elétrica se consolidou como uma escolha sustentável, competitiva - não apenas uma opção experimental, mas uma tendência crescente com fundamento econômico, tecnológico e ambiental.

Como é que a e-mob se posiciona no ecossistema da mobilidade elétrica portuguesa para acelerar a descarbonização e contribuir para as metas nacionais de neutralidade carbónica?

A e-mob tem como missão promover a mobilidade elétrica e a eficiência energética dos transportes, tornando a mobilidade elétrica acessível para todos. Atua em toda a cadeia de valor, fornecendo soluções de carregamento AC e DC, software de gestão, instalação, comissionamento e serviços técnicos. Ao trabalhar em estreita colaboração com operadores, frotas empresariais, municípios e entidades públicas e privadas, a e-mob impulsiona a expansão de redes de carregamento eficientes e interoperáveis, contribuindo de forma efetiva para a redução de emissões e para as metas nacionais de neutralidade carbónica.

Considerando o rápido crescimento de veículos elétricos em Portugal, que estratégias é que a e-mob está a adotar para antecipar as necessidades futuras de infraestrutura de carregamento?

As nossas prioridades passam pelo reforço e expansão das parcerias com fabricantes e operadores, assegurando soluções de carregamento de elevada qualidade e fiabilidade; serviços de manutenção e suporte com SLA rigorosos, garantindo eficiência energética e continuidade de serviço

De que forma a e-mob garante que as suas soluções são acessíveis tanto para grandes empresas como para utilizadores particulares, promovendo uma verdadeira democratização da mobilidade elétrica?

Para cumprir a nossa missão de tornar a mobilidade elétrica acessível para todos, disponibilizamos soluções modulares e escaláveis: desde carregadores residenciais e para PME até infraestruturas de alta potência para parques empresariais ou operadores. Fornecemos tecnologia, instalação, formação e serviços de suporte que permitem que qualquer entidade – de um condomínio a uma grande frota –implemente e opere carregamento elétrico com custos controlados e máxima eficiência energética.

A e-mob acompanha permanentemente a evolução do mercado e apoia os clientes na planificação de infraestruturas preparadas para o futuro: soluções escaláveis, dimensionamento elétrico adequado, integração com redes inteligentes e sistemas de armazenamento. Trabalhamos em colaboração direta com os restantes agentes do setor, em particular com os operadores, para adequar a nossa oferta às suas necessidades e à evolução tecnológica e regulatória. Apostamos em protocolos abertos (OCPP, OCPI) e em equipamentos preparados para serviços de smart charging, garantindo que os investimentos feitos hoje permanecem válidos e eficientes amanhã.

Olhando para o futuro, quais são os grandes objetivos estratégicos da e-mob e de que forma pretendem continuar a liderar a transformação da mobilidade sustentável em Portugal?

O nosso foco estratégico é reforçar o papel da e-mob como integradora e facilitadora de mobilidade elétrica, promovendo soluções fiáveis e eficientes que acelerem a descarbonização. As nossas prioridades passam pelo reforço e expansão das parcerias com fabricantes e operadores, assegurando soluções de carregamento de elevada qualidade e fiabilidade; serviços de manutenção e suporte com SLA rigorosos, garantindo eficiência energética e continuidade de serviço; soluções inovadoras e economicamente sustentáveis que tornem o carregamento simples, acessível e universal. Em paralelo, não descuidaremos o nosso papel de apoiar e educar os utilizadores de veículos elétricos, fornecendo informação clara, formação e acompanhamento que facilitem a mudança e consolidem a confiança nesta tecnologia. Assim, a e-mob afirma-se como um agente ativo na transformação da mobilidade sustentável em Portugal, em linha com a nossa missão de tornar a mobilidade elétrica acessível para todos e de aumentar a eficiência energética dos transportes.

BRANDS POWER

Brands Power é uma celebração do dinamismo, da criatividade e da visão estratégica das marcas e empresas que impulsionam o desenvolvimento económico e social do país. Mais do que nomes ou logótipos, estas entidades representam trajetórias de trabalho, inovação e resiliência que transformam desafios em oportunidades e posicionam Portugal como um território de excelência e talento. Cada marca e cada empresa conta uma história de ambição e compromisso, histórias feitas de investimento, de adaptação a novos contextos e de uma procura constante pela qualidade, pela sustentabilidade e pela confiança dos consumidores. Nesta edição, Brands Power dá destaque às organizações que se reinventam, que criam valor e que contribuem para o fortalecimento do tecido empresarial português, tornando-se motores de crescimento, competitividade e inspiração. Celebrar o poder das marcas é, afinal, reconhecer o espírito empreendedor que move o país.

LIDERANÇA SOB MEDIDA

Lúcia Babo, Founder & CEO da Factos e Desafios

LIDERANÇA SOB MEDIDA

Após três décadas entre grandes grupos e PME, aprendi a desapegar-me da ilusão do controlo. Os manuais de gestão mostraram mapas incompletos para um mundo em mutação. A verdadeira excelência não se compra — constrói-se na oficina, com escuta, diagnóstico e costura estratégica que respeita a singularidade de cada organização.

A ética como matéria

Do rigor aprendido no grupo Amorim à escuta ativa da consultoria, percebi que a verdadeira transformação nasce do equilíbrio entre análise e sensibilidade. Numa PME à beira do colapso, a solução veio da redescoberta do propósito – não salvámos apenas uma empresa, mas um legado. Essa “ourivesaria organizacional” é hoje o meu foco: ver organizações como sistemas vivos, construir resiliência e cultivar a vulnerabilidade como força criativa.

Os desafios únicos das PME portuguesas

As PME e empresas familiares enfrentam desafios que transcendem os modelos tradicionais de gestão. Não são problemas técnicos, mas dilemas estratégicos que pedem respostas humanas e contextuais.

• Sucessão familiar: equilibrar legado e inovação, tradição e futuro.

• Recursos limitados: competir com grandes grupos sem esgotar equipas nem sacrificar qualidade.

• Cultura única: preservar a identidade enquanto se adapta ao mercado.

• Expansão internacional: crescer sem diluir a essência.

Estas tensões não se resolvem com ferramentas, mas com liderança sob medida – capaz de costurar tradição e transformação.

O futuro das PME constrói-se nesse espaço criativo entre opostos, onde a liderança deixa de ser manual e passa a ser arte.

Daqui emergem cinco princípios fundamentais, não como etapas, mas como dimensões do líder-artesão: aquele que lidera com propósito, presença e humanidade.

Os (“Meus”) Cinco Princípios da Liderança Sob Medida

1. O diagnóstico que vê o invisível

A liderança eficaz olha além dos números. Numa empresa com quebras de vendas, o problema não era comercial, mas cultural – o medo calava ideias. A viragem veio com um ambiente seguro e espaços de inovação que deram voz às equipas. Ver o invisível é agir sobre as causas, não os sintomas.

2. A inovação como tecido organizacional

No programa Nova SBE Voice Leadership, leciono o módulo de Inovação com um foco claro: servir a realidade das PME portuguesas. Partimos de uma ideia simples, mas radical – a inovação não nasce da tecnologia, mas de relações saudáveis, de confiança e diálogo. Só num ambiente onde as pessoas se sentem seguras para criar e experimentar é que a inovação se torna parte viva da organização.

3- Antecipação contextual

A inovação começa na leitura atenta do contexto. Mais do que seguir relatórios, trata-se de captar “sinais fracos”, pequenas pistas em conversas, comportamentos ou tendências sociais.

Uma empresa alimentar conseguiu antecipar mudanças nos hábitos de consumo apenas ouvindo os clientes nas redes sociais. Essa sensibilidade permitiu-lhe moldar, e não apenas reagir, à mudança.

4- Cultura como solo fértil

A inovação cresce em culturas que valorizam a experimentação e não punem o erro. Criar “zonas de segurança” permite testar ideias livremente e aprender com o fracasso.

Numa empresa financeira, os “laboratórios de falhas” transformaram erros em oportunidades de aprendizagem coletiva.

Assim se cultiva um terreno fértil: integrando o erro como parte essencial do caminho para o sucesso.

5- Modelos de gestão vivos

Modelos de gestão rígidos sufocam a inovação. Precisamos de estruturas “vivas”, flexíveis e adaptáveis aos projetos, e não o contrário.

Numa PME industrial, substituir departamentos fixos por equipas multidisciplinares temporárias permitiu decisões mais ágeis e reduziu o tempo entre ideia e execução de meses para semanas.

Gestão viva é aquela que cresce, respira e se transforma com a própria organização.

Transformar é cultivar ecossistemas, não impor soluções. A verdadeira eficácia surge quando a mudança ganha vida dentro da organização

O tecido que une

As diferentes dimensões entrelaçam-se num tecido organizacional coeso. A antecipação alimenta a cultura, sustentada por gestão e avaliação integradas.

A inovação sustentável nasce dessa coerência – não como projeto, mas como identidade viva.

A Ecologia Relacional mostra que relações fortes fazem as ideias florescer. Como defendem Mokyr, Aghion e Howitt (Nobel 2025), a inovação é um fenómeno relacional que une cultura, liderança e ação.

Da teoria à prática: O processo de destruição criativa

O Nobel de Mokyr, Aghion e Howitt confirma: prosperam as organizações que abraçam a mudança.

Aplicamos esses princípios, ajudando empresas a criar as bases do crescimento sustentável e a gerir a transformação.

Ao unir teoria e prática, oferecemos uma via de inovação validada e adaptada ao contexto português.

Investir na ecologia relacional da inovação é essencial para crescer de forma duradoura.

A adaptação como motor contínuo

No Grupo Amorim aprendi o valor da visão de longo prazo, mas nas crises percebi: adaptar-se é vital para a sobrevivência.

Inspirada por Eric Ries e pelo Lean Startup, aplico esses princípios a culturas e processos – testar, aprender, ajustar.

A vantagem competitiva está em antecipar, cocriar com a incerteza e cultivar resiliência.

Adaptar-se não é ceder, é avançar com flexibilidade e coragem.

A integração sistémica

Nenhuma mudança vive isolada. Tudo se conecta – mudar uma parte exige pensar no todo. Num projeto de avaliação, o sucesso veio da coerência entre incentivos, liderança e cultura.

Transformar é cultivar ecossistemas, não impor soluções. A verdadeira eficácia surge quando a mudança ganha vida dentro da organização.

A liderança como ourivesaria ética

A formação em Liderança Social e Ética na Católica Porto Business School reforçou o que a prática já ensinara: a verdadeira liderança nasce nos detalhes onde a ética encontra a ação.

Como um ourives, o líder não usa força, mas precisão, paciência e respeito pelo material humano.

A excelência surge do domínio dessas ferramentas subtis que moldam confiança e fazem florescer o potencial das pessoas.

O polidor do reconhecimento

Valorizar a jornada importa mais do que celebrar apenas o resultado – “Admiro como enfrentaste este desafio” vale mais que um simples “Bom trabalho”.

Liderar com dignidade, justiça e responsabilidade exige coragem, paciência e humildade. Ser líder-ourives é trocar controlo por influência e pressa por profundidade.

Após três décadas, aprendi que as organizações não precisam de mais modelos, mas de líderes-artesãos que criam soluções à medida de cada contexto.

O meu papel é facilitar descobertas que honrem a história e os valores de cada organização. Sobreviver é estatística – inspirar é legado.

Liderar sob medida é reconhecer que cada organização é um organismo vivo, com ritmo, história e textura próprios.

Não se trata de aplicar fórmulas, mas de cultivar contextos onde a ética, a escuta e a adaptação se entrelaçam em propósito.

A liderança artesanal é, acima de tudo, um ofício de humanidade – transformar relações em confiança, desafios em aprendizagem e ação em legado.

lucia.babo@factosdesafios.com • www.factosdesafios.com

UZU CHEGA À

FOZ DO DOURO COM CONCEITO INOVADOR DE HABITAÇÃO

A reinventar o futuro da habitação, a UZU propõe um novo paradigma baseado no usufruto estruturado — um modelo que concilia liquidez financeira, segurança jurídica e permanência no lar. Em entrevista, Ellos Campos, CEO da UZU, revela como esta startup americana, que escolheu Portugal para o seu projeto-piloto europeu, alia tecnologia, ética e impacto social para redefinir o conceito de propriedade e devolver tranquilidade e liberdade financeira a quem mais precisa.

A UZU apresenta um modelo inovador no setor da habitação, baseado no usufruto estruturado. Como definem este conceito e de que forma ele representa uma alternativa sustentável e transformadora face aos modelos tradicionais de compra e venda de imóveis?

A UZU é uma startup americana de atuação global, que escolheu Portugal para desenvolver o seu projeto-piloto na Europa. O nosso modelo de usufruto estruturado permite ao proprietário vender a sua casa e continuar a viver nela, com total segurança jurídica. Os investidores adquirem a propriedade de raiz com um desconto significativo que viabiliza uma rentabilidade maior que a média do mercado imobiliário, além da oportunidade de acesso a propriedade de imóveis que não estão disponíveis no mercado. Ao contrário da compra tradicional, que exige endividamento ou sacrifícios financeiros, este formato cria liquidez imediata para quem precisa transformar o património em capital, mas sem abrir mão do seu lar ou da sua rotina. O nosso objetivo é oferecer uma alternativa justa, onde seniores possam viver com tranquilidade e investidores encontrem oportunidades com impacto social positivo.

Membros da Direção

A UZU inaugura agora a sua nova sede na Avenida do Brasil, na Foz do Douro. O que representa este momento para a empresa e de que forma este novo espaço reflete a vossa visão de proximidade, identidade e propósito?

A abertura da nossa sede na Foz do Douro, assinala o início das operações da Uzu Home Inc. em Portugal – o país escolhido como piloto europeu para 2025. Estamos a reforçar o compromisso com a proximidade às pessoas e ao mercado local. O Porto tem uma elevada densidade de proprietários seniores, um mercado imobiliário dinâmico e uma energia empreendedora. Esta localização premium e agradável, serve como centro de negócios para acolher proprietários, investidores e parceiros. O espaço materializa a nossa missão de criar lares que perduram gerações e a visão de redefinir o acesso à habitação com soluções éticas. O novo escritório reflete a nossa cultura, aberta, colaborativa e voltada para a inovação.

A transparência e a segurança jurídica são valores centrais na vossa atuação. Que medidas e parcerias estratégicas implementam para garantir processos claros, justos e fiáveis para todos os intervenientes, desde investidores a proprietários?

Na UZU, transparência e segurança jurídica são o alicerce de tudo o que fazemos. Cada operação é regulada pelo Código Civil, com contratos notariais claros que garantem ao proprietário o direito de viver no lar por toda a vida e aos investidores a posse da propriedade de raiz e propriedade plena ao final do usufruto. Também garantimos fiabilidade através de avaliação independente por peritos credenciados, revisão jurídica completa e validação técnica pelo nosso parceiro, C21 Arquitectos, assegurando conformidade urbanística e valor real do imóvel. O processo é 100% digital e rastreável via marketplace UZU, onde proprietários e investidores consultam documentos. Resultado: famílias mantêm o seu lar, investidores recebem com segurança e todos ganham clareza total .

O modelo UZU atrai investidores com uma visão de longo prazo e foco em impacto social. Como acompanham estes parceiros para assegurar que o investimento financeiro também se traduz em valor humano e social?

Na UZU, os investidores são co-criadores de impacto, que

procuram “investir com propósito". Realizamos sessões personalizadas para mapear objetivos de longo prazo – rentabilidade e legado familiar – e alinhar cada imóvel ao perfil do investidor, garantindo rendimento anual previsível. O nosso portefólio de propriedades está disponível em www.uzuhome.com. Com tecnologia e inovação, a nossa plataforma regista todo o histórico das transações e desta forma garantimos acompanhamento em todo o processo.

A UZU acredita que um lar é muito mais do que um espaço físico. Como traduzem esta visão de que o lar é um lugar de significado e de vivências na experiência oferecida aos vossos clientes e nas histórias que ajudam a construir?

Na UZU acreditamos que um lar é muito mais do que paredes – é um espaço de vida, de memórias e de continuidade familiar. O nosso papel é proteger esse significado enquanto oferecemos soluções financeiras seguras e transparentes. Tudo começa com uma conversa. Queremos conhecer a história da casa e o que ela representa para a família. A partir daí, desenhamos uma solução à medida, através do usufruto, que permite libertar capital sem perder o direito de continuar a viver no imóvel. É uma forma de transformar a propriedade em prosperidade, sem quebrar os laços afetivos com o lar.

Durante todo o processo, garantimos simplicidade, acompanhamento e transparência – desde as atualizações sobre o estado da transação até à entrega final de um dossiê digital com toda a documentação. As histórias que acompanhamos refletem bem esta visão. Como a de uma senhora que, ao vender a nua propriedade, conseguiu financiar os seus cuidados de saúde e continuar na casa onde criou os filhos. Ou a de um pai que ajudou os filhos a iniciar a vida profissional sem precisar deixar o lar que simboliza a sua história. Em suma, a UZU transforma imóveis em histórias de continuidade, onde o valor emocional e o valor financeiro coexistem em equilíbrio.

contact@uzuhome.com www.uzuhome.com

@uzu_pt

Parceria Estratégica

UMA NOVA FORMA DE PENSAR A CONTABILIDADE EMPRESARIAL

Transformar a contabilidade em estratégia de gestão - é este o propósito que tem guiado a PASAF - Contabilidade e Gestão de Empresas desde a sua criação. Ana Figueira, responsável pela empresa, fala sobre os marcos que definiram o percurso, os desafios superados num mercado competitivo e a forma como a combinação entre tecnologia e proximidade humana tem moldado a identidade e o futuro da marca.

Na PASAF, a tecnologia é um meio para libertar tempo e aumentar a qualidade do acompanhamento humano. Automatizamos tarefas repetitivas, como reconciliações, apuramentos e lançamentos, mas o contacto direto e o aconselhamento estratégico continuam a ser a base do serviço

A PASAF tem vindo a consolidar-se como uma referência na contabilidade e gestão de empresas. Quais os marcos fundamentais desde a sua criação, os principais desafios superados e como essas experiências moldaram a visão e o posicionamento estratégico da empresa?

A PASAF nasceu com a ambição de transformar a contabilidade num verdadeiro instrumento de gestão. Desde a fundação, focou-se em três pilares: rigor técnico, proximidade ao cliente e integração tecnológica. Um dos marcos mais relevantes foi a digitalização total dos processos internos, com base no TOConline e em metodologias próprias de controlo e análise. Superámos o desafio de crescer num mercado altamente competitivo, mantendo um serviço humanizado. Estas experiências moldaram uma visão clara: a contabilidade deve ser simples, útil e estratégica – uma ferramenta para apoiar decisões e gerar valor real para as empresas.

Como é que a PASAF equilibra a automação e digitalização dos processos contabilísticos com a manutenção de um serviço personalizado e de valor acrescentado para cada cliente?

Na PASAF, a tecnologia é um meio para libertar tempo e aumentar a qualidade do acompanhamento humano. Automatizamos tarefas repetitivas, como reconciliações, apuramentos e lançamentos, mas o contacto direto e o aconselhamento estratégico continuam a ser a base do serviço. Cada cliente tem acompanhamento dedicado, relatórios claros e reuniões de análise periódica. A digitalização permite maior rigor e rapidez, mas é o fator humano que transforma dados em decisões. Assim, unimos o melhor da tecnologia com a empatia e a personalização que cada negócio merece.

De que forma a PASAF consegue colocar consistentemente os interesses e a satisfação dos clientes no centro da sua atuação, garantindo simultaneamente rigor contabilístico e aconselhamento estratégico de valor?

A PASAF construiu uma cultura de proximidade, confiança e clareza. O cliente participa ativamente nas decisões, compreende os seus números e sente-se apoiado em cada etapa. Aliamos rigor contabilístico a uma visão estratégica, traduzindo indicadores

Ana Figueira e Paulo Pereira, Equipa

em oportunidades e alertas úteis. Mantemos uma comunicação acessível e valorizamos a transparência. Além disso, a formação contínua da equipa garante atualização constante perante as exigências legais e tecnológicas. Este equilíbrio entre técnica e empatia é o que sustenta a satisfação e fidelização dos nossos clientes.

Quais considera serem as competências imprescindíveis para o contabilista contemporâneo, num contexto em que a IA e ferramentas analíticas transformam profundamente a função tradicional?

O contabilista contemporâneo precisa de combinar conhecimento técnico sólido, domínio digital e inteligência relacional. Já não basta saber contabilizar, é essencial compreender automação, análise de dados, dashboards e integração de sistemas. A IA veio libertar tempo para o raciocínio estratégico e para o apoio à decisão. Contudo, continua a ser indispensável a capacidade humana de interpretar, comunicar e aconselhar. Na PASAF promovemos uma cultura de aprendizagem contínua e pensamento crítico, porque o futuro da profissão dependerá da capacidade de unir dados, contexto e propósito.

O contabilista contemporâneo precisa de combinar conhecimento técnico sólido, domínio digital e inteligência relacional. Já não basta saber contabilizar, é essencial compreender automação, análise de dados, dashboards e integração de sistemas

Num setor marcado por pressão nos preços e crescente automação, como se diferencia a PASAF das práticas contabilísticas mais padronizadas e de outros gabinetes mais tradicionais?

A PASAF diferencia-se pela experiência de serviço e pela forma como comunica e atua. Somos mais do que um gabinete de contabilidade: somos parceiros de gestão. Cada empresa é acompanhada com visão estratégica, indicadores claros e soluções personalizadas. O nosso foco não é apenas o cumprimento fiscal, mas o crescimento sustentável. Aliamos inovação digital, linguagem simples e uma marca moderna que transmite confiança. Enquanto outros veem números, nós vemos potencial e é essa abordagem humanizada e analítica que nos distingue no mercado.

Como antecipa que a função do contabilista evolua nos próximos anos, e de que forma a PASAF se prepara para continuar a criar valor neste contexto de transformação tecnológica e estratégica?

A função do contabilista está a evoluir para o papel de consultor de gestão e analista de informação. A automação e a IA vão simplificar tarefas operacionais, mas aumentar a importância da interpretação, planeamento e ética profissional. A PASAF já atua neste paradigma: investe em plataformas inteligentes, formação tecnológica e comunicação estratégica. Prepara-se para um futuro onde a contabilidade será uma bússola de decisão, e o contabilista um parceiro que traduz dados em resultados. A nossa missão mantém-se: transformar a contabilidade em crescimento, cuidando dos detalhes que sustentam o sucesso de cada empresa.

geral@pasaf.pt www.pasaf.pt

Ana Figueira, CEO

TECNOLOGIA COM ALMA: O FUTURO DA MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA EM PORTUGAL

Hélder Batista, Broker da Coldwell Banker | GRUPO CITY, lidera uma equipa de 80 profissionais imobiliários na Grande Lisboa, distribuídos por três escritórios, e é franqueado da Coldwell Banker, marca com 119 anos de história e presença em 44 países. Ao seu lado, Rui da Nova, Sócio, partilha a mesma visão estratégica e humana que tem impulsionado o crescimento do grupo, sustentado na combinação entre tradição e disrupção tecnológica. Para ambos, inovação e tradição não são forças opostas, mas aliadas estratégicas: combinam-se para criar uma mediação baseada em tecnologia de ponta, análise de dados e Inteligência Artificial, sem nunca perder o fator essencial que sustenta relações e negócios duradouros – as pessoas. Defensores de uma liderança de proximidade e de valores humanos sólidos, acreditam que o futuro da mediação imobiliária se construirá não apenas com ferramentas digitais cada vez mais poderosas, mas com equipas extraordinárias capazes de inspirar confiança, gerar experiências únicas e representar Portugal com padrões globais e identidade local.

Hélder Batista, Broker da Coldwell Banker | GRUPO CITY

A Coldwell Banker | GRUPO CITY tem vindo a afirmar-se como uma referência de excelência no setor imobiliário. De que forma equilibra a herança centenária da marca com a necessidade constante de inovação e adaptação ao mercado português contemporâneo?

O GRUPO CITY faz parte da Coldwell Banker com mais 119 anos de história e um legado de confiança, ética e profissionalismo. O desafio, e também a nossa vantagem, é saber equilibrar tradição e inovação.

Na CITY, trabalhamos com o ADN da marca – rigor, credibilidade e excelência – mas com uma visão contemporânea, orientada por dados, tecnologia e experiência humana.

O mercado português exige proximidade e autenticidade. É por isso que combinamos ferramentas tecnológicas de ponta com uma cultura de relação pessoal e acompanhamento constante.

O futuro da mediação não é escolher entre tradição ou inovação – é saber usar o melhor de ambos.

Sendo defensor de uma liderança assente em valores humanos e culturais fortes, como traduz essa filosofia na prática diária de gestão e no desenvolvimento das suas equipas?

Acredito numa liderança de presença e de exemplo. Liderar é criar condições para que os outros cresçam. Na prática, isso significa ouvir, inspirar e dar autonomia.

Trabalhamos com objetivos claros, mas com um enorme foco no bem-estar e no propósito de cada pessoa.

Na CITY, formamos equipas com base em valores: respeito, confiança e responsabilidade. Quando as pessoas se sentem parte de algo maior, o resultado acontece naturalmente – e de forma sustentável.

Num contexto global em que os clientes são mais exigentes e informados, quais considera serem as principais competências que um consultor imobiliário de elite deve possuir para se distinguir no mercado atual?

Hoje, o consultor de elite é um gestor de confiança e informação. Um private broker.

Precisa dominar o mercado, compreender dados e tendências, mas sobretudo saber comunicar com empatia e inteligência emocional.

A tecnologia apoia, mas o que diferencia é a capacidade de gerar confiança, antecipar necessidades e resolver problemas dos seus clientes. Um bom consultor não vende casas – cria experiências e constrói relações duradouras.

A internacionalização é um dos pilares estratégicos do Coldwell Banker | GRUPO CITY. Que papel desempenha Portugal neste mapa global e quais considera serem os maiores desafios na captação de investimento estrangeiro de qualidade?

Portugal tem um papel central no mapa internacional, contamos com 35% de compradores internacionais atualmente.

Somos vistos como um mercado estável, seguro e com enorme qualidade de vida, o que atrai investidores de todo o mundo.

O desafio é garantir que continuamos a atrair investimento sustentável, que valorize o país e o seu tecido urbano, e não apenas o retorno financeiro. A nossa missão é sermos ponte entre o mundo e Portugal, com um serviço à altura das melhores práticas globais, mas com o toque humano que define o nosso mercado.

A Coldwell Banker | GRUPO CITY aposta fortemente na formação contínua e no conceito de learning on the job. Que impacto concreto tem esta abordagem na retenção de talento e na criação de novas lideranças dentro da organização?

O nosso maior investimento é nas pessoas. Este ano entregamos já 25 novos colaboradores e todos eles tem já resultados.

A formação contínua e o learning on the job permitem que cada consultor evolua diariamente, de forma prática e aplicada.

Não acreditamos em receitas prontas – acreditamos em mentoria, acompanhamento e crescimento progressivo.

Isto tem um impacto direto na retenção de talento, porque as pessoas sentem-se apoiadas e valorizadas. Mais do que formar vendedores, queremos formar líderes de mercado.

Que balanço faz da participação da Coldwell Banker | GRUPO CITY no GenBlue 2025, e de que forma acredita que esta experiência internacional irá influenciar a estratégia e o crescimento da empresa nos próximos anos?

O GenBlue é mais do que um evento – é uma imersão global em cultura, inovação e visão estratégica. Fomos a maior comitiva portuguesa de sempre nesta aventura global. Um grande obrigado a todos os nossos colaboradores pelo esforço e pela resiliência para poderem estarem presentes.

A partilha de conhecimento com brokers e líderes de vários países reforça a nossa capacidade de antecipar tendências e inovar localmente.

Rui da Nova, Frederico Abecassis (CEO) e Hélder Batista

Voltámos com ideias concretas para acelerar a transformação digital, fortalecer a cultura de colaboração e potenciar a nossa MLS interna GLOBAL. Esta experiência reforça o nosso compromisso em liderar o futuro da mediação em Portugal, com padrões globais e identidade local.

Numa era marcada pela digitalização e pela transformação tecnológica, como vê o futuro da mediação imobiliária e de que forma a Coldwell Banker | GRUPO CITY se prepara para liderar essa evolução sem perder o seu caráter humano?

A tecnologia é uma aliada, não uma ameaça. Na CITY estamos a lançar ferramentas de Inteligência Artificial que automatizam tarefas, libertando os consultores para o que realmente importa – as pessoas. O futuro da mediação será híbrido: dados inteligentes e relações genuínas. O segredo está em equilibrar a eficiência digital com o toque humano que constrói confiança. A inovação só faz sentido se melhorar a experiência do cliente e valorizar o papel do consultor.

Foi recentemente eleito Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Mediação e Licenciamento de Serviços Imobiliários (APMLS). Que visão pretende trazer para o cargo, especialmente no que toca ao fortalecimento da mediação imobiliária em Portugal?

É uma responsabilidade e uma honra. Acredito que chegou o momento de profissionalizar o setor de forma mais profunda – com ética, formação e colaboração. Quero contribuir para uma mediação mais credível, transparente e respeitada, onde o consumidor veja o consultor como um verdadeiro especialista. Defendo também a criação de uma MLS nacional forte, que una profissionais e promova a partilha responsável de informação. O meu foco será ajudar a modernizar o setor, reforçando a confiança entre agentes, clientes e instituições.

Só assim a mediação portuguesa será vista, interna e externamente, como um setor de valor e de futuro. O grande objetivo não é fragmentar mercado e sim unir mercado e representarmos 11 milhões de habitantes.

Acredito que o futuro da mediação imobiliária portuguesa será construído com tecnologia, sim - mas, acima de tudo, com pessoas extraordinárias

Equipa da Coldwell Banker | GRUPO CITY

ESTRATÉGIAS QUE HUMANIZAM A GESTÃO

Criada em 2021 por Sandra Sousa, a Academia do Empresário nasceu da vontade de ajudar quem toma decisões a gerir com mais confiança e eficiência. Inspirada pela experiência no terreno e pela urgência que a pandemia revelou, a fundadora apostou num modelo que combina consultoria, formação e acompanhamaento humano, levando práticas das grandes corporações à medida das pequenas e médias empresas portuguesas.

Sandra Sousa, CEO

Da crise à criação de um projeto transformador

A génese da Academia do Empresário está profundamente ligada ao contexto da pandemia. Sandra Sousa recorda que o impulso veio “de ver negócios a fechar, muitos deles sem a possibilidade de reabrir, apenas por falta de estratégias simples que poderiam garantir a viabilidade económica”.

O projeto nasceu, assim, de uma missão prática: democratizar o acesso à gestão profissional e às ferramentas que fazem a diferença no dia a dia das organizações. “Havia e ainda há um fosso enorme entre a teoria e o terreno”, sublinha Sandra. “Queríamos criar um espaço onde os empresários pudessem aprender a gerir com confiança, compreender os números e tomar decisões informadas, sem depender de sorte ou improviso”.

Com uma abordagem próxima e orientada para resultados, a Academia começou por trabalhar com pequenas empresas locais e rapidamente ganhou reconhecimento nacional. Hoje, já acompanha negócios em diferentes setores e regiões, sempre com a mesma filosofia: traduzir a linguagem complexa da gestão em soluções simples, acessíveis e aplicáveis.

Automatizar para ganhar tempo (e competitividade)

A automatização é um dos pilares centrais da Academia. “A maior parte das empresas portuguesas ainda vive rodeada de papel. Infelizmente, até em grandes estruturas”, lamenta Sandra Sousa. Nos últimos anos, a Academia tem desenvolvido parcerias para ajudar as empresas a implementar automatismos desde pequenas ferramentas em Excel até softwares personalizados. “Muitas empresas investem em tecnologia, mas não a utilizam no seu potencial máximo. Continuam a imprimir papéis para alguém assinar”, comenta com ironia. “O nosso papel é ajudar a tirar o melhor partido do investimento, eliminar redundâncias e rentabilizar os processos”.

Formar para evoluir: da técnica à cultura organizacional

Para Sandra Sousa, o conhecimento técnico é apenas o primeiro passo. “A base de qualquer empresa são as pessoas”, afirma. “O conhecimento é importante, mas é preciso treino e formação no dia a dia”. A Academia do Empresário tem sentido uma forte procura por formações em ferramentas tecnológicas do Excel à Inteligência Artificial , mas também por cursos de otimização e gestão de processos. “Trabalhamos muito o fluxo processual interno: como alinhar o comercial, o administrativo e o logístico, para que tudo funcione em cadeia. Há empresas que querem apenas formação, outras pedem-nos para implementar os fluxos internamente”.

A “bela da cultura” que se vive e não se escreve

Quando o tema é cultura organizacional, Sandra Sousa não poupa nas palavras. “A bela da cultura que é tão gira, com as palavrinhas na parede, e depois entramos lá e aquilo é só bonito”, ironiza. Na prática, a equipa da Academia dedica-se a “pôr o dedo na ferida”. Trabalha diretamente com líderes e

colaboradores para diagnosticar o que realmente acontece dentro das empresas. “A cultura é o que se vive, o que se respira e o que se transpira nos corredores”, explica.

Um dos métodos utilizados é o feedback 360º, que permite recolher perceções anónimas de diferentes áreas da empresa. “É um espelho. E custa. As pessoas têm medo de ouvir o que os outros pensam delas. Mas é assim que se cresce – individual e coletivamente”.

Digitalizar sem desumanizar

A transição digital é inevitável, mas deve ser equilibrada. “Neste momento, quem não avança com a digitalização fica para trás. Mas o toque humano nunca pode desaparecer”, defende Sandra Sousa.

A Academia do Empresário atua em três frentes: formação, implementação e acompanhamento. “Ajudamos as PME a perceber que o controlo não está no papel. Quando começam a medir tudo, percebem que afinal não controlavam nada”, afirma.

Para Sandra, a digitalização não elimina postos de trabalho –otimiza-os. “As pessoas ficam mais produtivas e ganham tempo para fazer tarefas que antes eram impossíveis. É uma mudança de perspetiva: não é reduzir pessoal, é libertar potencial”.

O futuro: realidade virtual e gamification

A inovação continua a ser uma prioridade. A Academia prepara-se para integrar formação em realidade virtual já em 2026, criando ambientes imersivos para equipas dispersas. “Queremos que as pessoas sintam que estão juntas, mesmo que estejam em países diferentes. É uma experiência diferenciadora para team buildings e aprendizagem”.

Além disso, a equipa está a apostar em gamification o uso de dinâmicas de jogo para tornar a formação mais envolvente e eficaz. “Queremos criar experiências de utilizador que juntem tecnologia e emoção. Aprender pode (e deve) ser uma experiência humana, mesmo quando é digital”.

A Academia do Empresário posiciona-se hoje como uma parceira estratégica para PME que querem crescer de forma estruturada, sustentável e humana. “Tudo o que não medimos, não conseguimos melhorar”, resume Sandra Sousa.

Entre a digitalização, a formação contínua e o trabalho profundo sobre cultura e liderança, a fundadora acredita que a chave está na combinação certa entre tecnologia e empatia: “Automatizar é importante, mas nunca podemos automatizar o coração das empresas – as pessoas”.

geral@academiadoempresario.eu www.academiadoempresario.eu

PERSONALIZAÇÃO E RIGOR NA MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA

Num setor imobiliário cada vez mais competitivo, a BuyCasa distingue-se pela arte de ouvir. André Gonçalves, CEO e especialista em clientes compradores, acredita que a verdadeira diferenciação nasce da empatia e da proximidade. A sua abordagem, centrada nas pessoas e não apenas nas transações, redefine o modo como se faz mediação em Portugal – valorizando o tempo, os objetivos e os sonhos de cada cliente com rigor, método e uma visão profundamente humana do mercado.

dimento. Os clientes da BuyCasa merecem o nosso melhor empenho,

O que distingue a abordagem da BuyCasa no apoio a compradores e investidores face às práticas mais tradicionais do mercado imobiliário?

Trabalhei muitos anos numa equipa de agentes onde era responsável pelos clientes compradores. Este trabalho deu-me a experiência necessária para conseguir entender o que os clientes compradores/investidores procuram. Como disse, ouvir o cliente é realmente fundamental para conseguirmos realizar os seus objetivos. Muitos agentes não gostam de acompanhar clientes compradores focando-se muito nas angariações.

Como é que a visão e experiência do André Gonçalves, enquanto especialista em clientes compradores, influenciam a cultura e o método de trabalho da BuyCasa?

É um desafio. Passar uma ideologia para a equipa muitas vezes é um trabalho árduo, mas quando aparecem os resultados tudo se torna mais fácil. Temos uma base de dados com os clientes compradores qualificados, que nos ajuda facilmente a fazer um cruzamento de dados com as novas angariações. Muitas vezes, vendemos os imóveis antes de entrarem no mercado.

Que estratégias a BuyCasa implementa para identificar as melhores oportunidades no mercado e assegurar o máximo retorno para quem confia na vossa mediação?

Este ponto só é possível se conhecermos bem o mercado. Uma das estratégias que temos, é entender que imóveis e respetivos valores, os clientes pretendem adquirir. Aqui traçamos o “Perfil de Cliente Comprador” que nos permite, na hora da angariação, explicar ao proprietário qual o posicionamento do seu imóvel no mercado.

Com isto, conseguimos direcionar os imóveis aos clientes certos para que o negócio seja rapidamente concretizado.

ONDE O DESIGN ENCONTRA A ALMA DOS ESPAÇOS

Fátima Graf, Fundadora da Quadradespontâneo, é apaixonada pelo design de interiores como forma de expressão e bem-estar. Desde 2023, tem conduzido a marca com uma visão autêntica e emocional, criando espaços que refletem a identidade e o estilo de vida de cada cliente.

A Quadradespontâneo nasceu há pouco tempo, em 2023. Como surgiu este projeto e o que a motivou a criar uma marca própria de design de interiores?

A Quadradespontâneo nasceu do desejo de transformar a forma como vivemos os espaços. Depois de vários anos ligada à área da decoração e de trabalhar em diferentes projetos, senti a necessidade de criar uma marca que refletisse a minha visão – onde o design vai muito além da estética e se torna uma expressão de identidade, conforto e propósito. A fundação da Quadradespontâneo foi um passo natural, resultado da minha vontade de oferecer um serviço mais próximo, humano e autêntico. Capaz de traduzir a essência de cada cliente em ambientes únicos e funcionais.

A empresa define-se por criar projetos à medida da individualidade de cada cliente. Como é que esse processo personalizado se traduz na prática, desde a conceção até à execução?

Todo o processo começa sempre com uma escuta atenta. Gosto de conhecer a história, os hábitos e as emoções de quem vai habitar o espaço. E é a partir daí, que cada projeto é desenvolvido com base nessa individualidade, onde nada é replicado e tudo é pensado à medida. Desde o conceito inicial até à execução, acompanho todas as etapas de forma próxima, garantindo que cada detalhe, respeita

o equilíbrio entre a estética, a funcionalidade e o bem-estar. É esse acompanhamento contínuo que nos permite criar ambientes que não só agradam visualmente, mas que também fazem sentido na vida real de quem os vive.

Que elementos considera essenciais para um bom projeto de interiores – o que nunca pode faltar num espaço bem pensado?

Um bom projeto de interiores deve ter ALMA. A estética é importante, mas o essencial é que o espaço comunique com quem o habita. Por isso, nunca poderá faltar harmonia, luz, conforto e autenticidade. Cada elemento – das texturas à iluminação – deve contribuir para criar sensações positivas e transmitir equilíbrio. No fundo, o segredo está em desenhar espaços que contem histórias e despertem emoções, porque a meu ver, é aí que o design se torna verdadeiramente humano.

Num setor competitivo e em constante evolução, de que forma a Quadradespontâneo se diferencia e mantém uma identidade própria?

A nossa diferenciação está na espontaneidade do olhar e na autenticidade das soluções. Não sigo fórmulas nem tendências passageiras – cada projeto é um refexo genuíno do cliente e da sua forma de viver. A Quadradespontâneo aposta numa estética contemporânea, mas sempre com um toque emocional, artesanal e intemporal.

Valorizo muito a proximidade com o cliente, o rigor nos detalhes e o respeito pelos materiais e pela sua sustentabilidade. Essa coerência é o que mantém a identidade da marca e a torna reconhecível, mesmo em contextos distintos.

Quais são os planos para o futuro da marca e que objetivos gostaria de alcançar nos próximos anos?

O futuro da Quadradespontâneo passa por consolidar o seu posicionamento como uma marca de referência no design de interiores personalizado em Portugal. Desejo continuar a crescer de forma sustentável, mantendo a minha essência de proximidade e dedicação.

Um dos objetivos está o de expandir a presença da marca para novos mercados, Apostar em colaborações com marcas portuguesas e desenvolver uma linha própria de peças decorativas, que traduzam a nossa linguagem estética. Mais do que números, o foco é continuar a criar espaços com significado – lugares onde as pessoas se sintam verdadeiramente em casa. Com uma abordagem sensível, próxima e emocional, Fátima Graf transforma cada projeto da Quadradespontâneo numa experiência única, onde o design é vivido de forma genuína e humana. A sua visão ultrapassa a estética para tocar o essencial – criar espaços com alma, que refletem histórias, emoções e modos de vida. Entre a criatividade e a autenticidade, a Quadradespontâneo afirma-se como uma marca em crescimento, fiel à sua missão de desenhar lugares que inspiram bem-estar e onde cada detalhe tem propósito.

Av. Diogo Cão, n.º 3 – 8º esq. 2670-327 Loures

Fátima Graf, Fundadora

TRANSFORMAR EVENTOS EM EXPERIÊNCIAS ÚNICAS

Da paixão pela hotelaria ao sonho concretizado de empreender num setor exigente e competitivo, a história de Domingos Matilde e da deCatering é feita de ambição, resiliência e amor pela arte de receber. Fundada em 2019, a empresa rapidamente se afirmou na área dos eventos e do catering pela capacidade de personalizar cada celebração e transformar momentos em experiências únicas. Acreditando que “o infinito é o limite”, o gestor soube transformar desafios em oportunidades, nomeadamente durante o período pandémico, quando reinventou o negócio com criatividade e determinação. Hoje, a deCatering percorre o país de norte a sul, servindo casamentos, batizados, festas e eventos corporativos com um selo de qualidade e autenticidade que reflete a gastronomia portuguesa e as raízes de Coruche. Mais do que organizar eventos, Domingos Matilde gosta de dizer que a sua missão é fazer acontecer — e, sobretudo, tornar sonhos realidade.

A deCatering nasceu em 2019 e rapidamente se destacou na área dos eventos. Podem contar-nos como surgiu este projeto e o que vos motivou a entrar neste setor?

Desde muito novo que sinto essa paixão. Passei várias férias de verão a trabalhar na área da hotelaria e percebi rapidamente que era um setor que tinha “pernas para andar”. Ao notar a constante falta de mão de obra qualificada, decidi começar a formar os meus próprios colaboradores, de forma a ensinar, acompanhar e criar uma equipa sólida. Cheguei a ter entre 50 e 60 pessoas a

trabalhar por fim de semana. Sou uma pessoa muito ambiciosa e acredito que “o infinito é o limite”. Surgiu então a oportunidade de avançar para o setor do catering e, no dia 6 de fevereiro de 2019, nasceu oficialmente a deCatering. Em janeiro de 2020, iniciámos os nossos serviços, mas em março fomos obrigados a parar devido à pandemia. Em fevereiro de 2021, depois de várias tentativas para retomar a atividade, decidimos reinventar-nos e começámos a vender os nossos doces e salgados no Mercado Municipal de Coruche, na Banca 2.

A nossa filosofia é viver em função e para o cliente.

Não vendemos apenas um serviço, realizamos sonhos.

A experiência fala por si, apenas quem experimenta, percebe a diferença

Dispõem de três espaços preparados para todo o tipo de celebrações. Quais são as principais caraterísticas e vantagens de cada um deles?

Neste momento, não possuímos espaços próprios, porque não é o nosso objetivo, mas temos parcerias com várias quintas e locais de eventos. Destaco a Quinta Cais de Rio, um espaço paradisíaco com uma sala panorâmica e vista deslumbrante sobre o Rio Tejo. Estamos também a trabalhar numa parceria com o Quintalão dos Pinheiros, no Vimieiro, Alentejo, que é um local encantador com um jardim amplo e uma sala com vista para o exterior, onde iremos realizar o Réveillon 2025/2026.

Domingos Matilde, Fundador

A deCatering é bastante versátil, abrangendo casamentos, batizados, festas de aniversário e eventos corporativos. Que tipos de eventos realizam com mais frequência e de que forma procuram personalizar cada celebração?

A missão da deCatering é, e será sempre, “tornar sonhos realidade”. O tipo de evento varia bastante consoante a época do ano, servimos casamentos, batizados, aniversários, eventos temáticos, eventos corporativos, entre muitos outros. O princípio é sempre o mesmo: cada celebração é personalizada ao gosto e vontade de quem nos procura. Vivemos em função do cliente. Ele idealiza, nós concretizamos.

Além dos eventos nos próprios espaços, também levam o serviço de catering a qualquer ponto do país. Como descrevem esta oferta, tanto interna como externa?

Trabalhamos em três frentes principais: nos espaços com os quais temos parcerias, no espaço do próprio cliente e em locais que, não tendo catering próprio, nos contratam para o serviço completo. Nós somos como o caracol, andamos com a casa às costas. Onde o cliente quiser celebrar, nós vamos e fazemos acontecer. O nosso objetivo é simples: fazer pessoas felizes.

A gastronomia é um dos pontos fortes da deCatering, marcada por sabores regionais e nacionais. Que pratos ou elementos gastronómicos melhor refletem a identidade da empresa?

A nossa gastronomia é tipicamente portuguesa e de forte inspiração regional. Onde quer que estejamos, levamos connosco as nossas raízes e Coruche no coração. Entre os nossos pratos mais emblemáticos destacam-se: sopa de peixe, sopa camponesa, bacalhau à deCatering, cataplana de peixe, carne de porco à deCatering, torricados de touro bravo (de carne e bacalhau), vitela com lombardo, cozido à

portuguesa, feijoada tradicional e à transmontana, frango assado na brasa, churrasco e paelha. Tudo preparado com carinho, dedicação e amor pela cozinha portuguesa.

Num setor competitivo, a satisfação do cliente é essencial. O que consideram ser o principal diferencial em relação à concorrência?

A nossa filosofia é viver em função e para o cliente. Não vendemos apenas um serviço, realizamos sonhos. A experiência fala por si, apenas quem experimenta, percebe a diferença.

Depois de vários anos de experiência e reconhecimento, olham agora para o futuro. Quais são os planos ou objetivos da deCatering para os próximos anos?

Hoje, o futuro representa uma responsabilidade ainda maior. Queremos continuar a crescer sem nunca comprometer a satisfação e confiança dos nossos clientes. Cada evento eleva a fasquia, e é assim que construímos o nosso sucesso: passo a passo, serviço a serviço. O nosso lema mantém-se: “O infinito é o limite”. Os nossos planos e objetivos são simples: realizar os sonhos dos nossos clientes e transformá-los em realidade.

967 098 094 (chamada para rede móvel nacional) domingosedgarcatering@gmail.com • www.decatering.pt

DIA NACIONAL DO EMPRESÁRIO

O Dia Nacional do Empresário é uma oportunidade para reconhecer quem transforma desafios em conquistas e ideias em projetos que fazem o país avançar. São mulheres e homens que, com determinação e visão, geram emprego, dinamizam a economia e dão vida ao tecido empresarial português. O seu trabalho diário, muitas vezes discreto, é fundamental para o desenvolvimento sustentável, para a inovação e para o fortalecimento das comunidades. Celebrar este dia é valorizar o espírito empreendedor que impulsiona Portugal e contribui para um futuro mais próspero, competitivo e solidário, assente na coragem de quem acredita, investe e concretiza.

EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NA FORMAÇÃO AÉREA

Inspirada pela convicção de que voar é uma arte que se aprende com rigor e paixão, Maria Ortelinda, CEO da Oceânica Academia de Formação, tem conduzido uma missão clara: formar profissionais de excelência que unem técnica, empatia e resiliência.

Como nasceu a visão que deu origem à Oceânica Academia de Formação e de que forma essa inspiração inicial moldou a identidade que a instituição tem hoje?

A Oceânica Academia de Formação nasceu da convicção de que a formação de excelência em aviação é o ponto de partida para carreiras de sucesso. Desde o início, idealizámos uma academia que fosse mais do que um centro de formação técnica – uma verdadeira plataforma de desenvolvimento pessoal e profissional, onde os valores de rigor, disciplina, segurança e hospitalidade fossem transmitidos com paixão. Esta visão moldou a nossa identidade como instituição de referência na formação de tripulantes de cabine em Portugal, reconhecida não só pela qualidade pedagógica, mas também pelo acompanhamento próximo dos nossos alunos e pela forte ligação com o setor da aviação.

De que forma a academia está a integrar ferramentas digitais e de simulação avançada na formação de tripulantes de cabine, de modo a acompanhar a evolução tecnológica da aviação?

A Oceânica está a apostar na transformação digital e na integração de tecnologias emergentes, incluindo soluções baseadas em Inteligência Artificial, para modernizar todo o processo formativo. Estamos a implementar plataformas inteligentes de gestão académica que recorrem à IA para otimizar o acompanhamento individual dos alunos, a análise de desempenho e a personalização do ensino. Em contexto prático, entre outros, utilizamos simuladores que reproduzem cenários reais de emergência, evacuação e procedimentos de segurança. O investimento contínuo em tecnologia e inovação garante que a formação ministrada se mantenha alinhada com as melhores práticas da aviação europeia e com os padrões de qualidade definidos pela EASA, preparando os nossos formandos para um setor cada vez mais digital e orientado por dados.

Que estratégias a Oceânica tem para acompanhar os formandos após o curso e garantir taxas elevadas de empregabilidade?

O acompanhamento dos nossos formandos não termina com o curso. A Oceânica mantém uma rede ativa de apoio à empregabilidade, colaborando com companhias aéreas em processos de recrutamento. Estabelecemos parcerias com operadoras, nacionais e

internacionais, o que nos permite apresentar oportunidades reais aos nossos alunos. Além disso, ao longo do curso, e sempre que possível, damos apoio através de coaching e orientação de carreira, conversando com os alunos sobre o seu desenvolvimento e futuro profissional, preparando-os para se destacarem em processos seletivos exigentes.

Que mensagem gostaria de deixar aos jovens que sonham seguir a carreira de tripulante de cabine e que olham para a Oceânica como ponto de partida para essa jornada?

Aos jovens que sonham com as nuvens, a nossa mensagem é clara: a Oceânica é o lugar onde o sonho se torna plano de voo. Aqui, formamos profissionais com competências técnicas, mas também com atitude, empatia e resiliência. Ser tripulante de cabine é mais do que viajar – é representar o melhor da aviação com segurança, profissionalismo e humanidade. E estamos aqui para preparar cada aluno com excelência e paixão.

info@oceanicacabincrew.pt

Maria Ortelinda, CEO

CAMPUS PLACE: CRESCER COM ALMA E CONFIANÇA

Fundada em 2018, a Campus Place afirma-se no mercado imobiliário do Porto com uma missão clara: exceder expectativas e transformar sonhos em conquistas reais. À frente da agência está Carla Silva, uma empresária movida pela fé, determinação e uma visão humana dos negócios, que acredita que o sucesso nasce da proximidade, da confiança e da capacidade de “crescer com alma e inovar com propósito”. Em entrevista à Revista Business Portugal, a CEO partilha a inspiração por detrás da marca, a importância da personalização no atendimento e a estratégia que tem consolidado a Campus Place como referência de excelência no setor.

A Campus Place nasceu em 2018 com o objetivo de exceder as expectativas dos clientes. Como é que este princípio se traduz, na prática, no dia a dia da agência?

Na Campus Place, exceder expectativas significa ir além da venda de imóveis. Trabalhamos para construir relações duradouras, assentes em confiança, transparência e resultados concretos.

Ouvimos atentamente as aspirações e necessidades de cada cliente, para garantir que as soluções apresentadas correspondem verdadeiramente ao que procuram, seja na aquisição da sua habitação própria, seja na concretização de um investimento seguro e rentável.

Campus Place é o reflexo de um percurso feito de fé, coragem e persistência. Para mim, o empreendedorismo é precisamente isso: a capacidade de acreditar num projeto mesmo antes de ele existir, de ver oportunidades onde outros veem limitações, de ser resiliente (nunca desistir) mesmo quando tudo parece difícil

O vosso lema passa por “realizar sonhos”. De que forma a personalização do serviço é essencial para alcançar esse propósito?

Para nós, realizar sonhos é muito mais do que concretizar um negócio, é compreender verdadeiramente cada cliente. Acreditamos que a personalização faz toda a diferença, porque cada pessoa, família ou investidor tem um propósito distinto e necessidades únicas. Por isso, ouvimos antes de propor e adaptamos a nossa estratégia a cada caso, procurando o imóvel certo como se fosse para nós.

Carla Silva, CEO

Acompanhamos todo o processo, passo a passo, para que o cliente se sinta seguro e confiante. É através desta dedicação personalizada que transformamos “sonhos” em negócios com finais felizes.

Num mercado imobiliário tão competitivo como o do Porto, o que distingue a Campus Place das restantes agências?

O que nos distingue é a forma como atuamos. Privilegiamos a proximidade e as relações de confiança duradouras com os nossos clientes, afinal, são eles o nosso melhor e maior marketing

Para ilustrar a nossa estratégia e a atenção que damos às necessidades de quem nos procura, reconhecemos que, estando numa localização privilegiada junto ao Polo Universitário, um dos segmentos que trabalhamos com maior intensidade é o do investimento. Para responder a essas necessidades, desenvolvemos parcerias sólidas com construtoras, garantindo empreendimentos de referência em regime de exclusividade – com qualidade, rentabilidade e valorização dos ativos. Este modelo tem gerado satisfação, fidelização e a chegada de novos clientes, muitos deles recomendados por quem já conhece o nosso trabalho. É com esta atenção às necessidades de cada cliente que atuamos em todos os segmentos de mercado, porque na Campus Place acreditamos que o nosso maior diferencial é a confiança que inspiramos, é ela que transforma cada projeto num sucesso e cada cliente num parceiro para o futuro.

A vossa equipa é composta por consultores com experiência nacional e internacional. Como é que essa diversidade de percursos e perspetivas contribui para o sucesso da Campus Place?

A diversidade da nossa equipa é uma das maiores forças da Campus Place. Cada consultor traz consigo uma bagagem única, com experiências em diferentes mercados e áreas do setor imobiliário, o que nos permite adaptar-nos melhor ao perfil e às necessidades de cada cliente.

Essa diversidade, aliada ao espírito de entreajuda que caracteriza a nossa equipa, proporciona um conhecimento mais amplo e abrangente do mercado, permitindo-nos oferecer uma maior qualidade de serviço.

A Campus Place valoriza a formação contínua dos seus consultores. Que tipo de competências e áreas de conhecimento consideram prioritárias para o futuro do setor?

Na Campus Place, acreditamos que o conhecimento é o que sustenta a excelência. Por isso, incentivamos a formação contínua em áreas que promovem a evolução profissional dos nossos consultores, mas também a capacidade de antecipar as exigências de um mercado em constante transformação. Para além das competências transversais a quase todas as agências de mediação, consideramos prioritário investir no desenvolvimento da inteligência emocional, das relações interpessoais e da comunicação eficaz. Acreditamos que é este equilíbrio entre conhecimento técnico e sensibilidade humana que verdadeiramente diferencia o nosso trabalho.

No contexto do Dia Nacional do Empresário, que mensagem gostariam de deixar sobre o papel do empreendedorismo, da resiliência e da visão estratégica no sucesso de um projeto como a Campus Place?

A Campus Place nasceu do sonho de uma jovem que, na altura, tinha apenas muita fé, determinação e uma certeza inabalável de que tudo iria correr bem. Não sabia exatamente como subir a montanha, mas sabia que o caminho se fazia caminhando. E foi assim, passo a passo, dia após dia, que lutou pelo seu sonho e pelo seu objetivo até criar o que é hoje a nossa empresa, mas com a certeza de que ainda há muito para crescer e conquistar. A Campus Place é o reflexo de um percurso feito de fé, coragem e persistência. Para mim, o empreendedorismo é precisamente isso: a capacidade de acreditar num projeto mesmo antes de ele existir, de ver oportunidades onde outros veem limitações, de ser resiliente (nunca desistir) mesmo quando tudo parece difícil.

É transformar imprevistos em aprendizagens e manter o foco no objetivo é perceber que cada dia é uma nova oportunidade. A visão estratégica nada mais é do que garantir que cada passo é dado de forma alinhada com os valores e o propósito da marca, com planeamento e consciência. Claro que nenhum sucesso é possível sem uma equipa que partilhe o mesmo propósito. Por isso, acredito que é essencial liderar com paixão, inspirar pessoas e criar impacto real na vida de quem caminha connosco. Neste Dia Nacional do Empresário, deixo um convite a todos: acreditem que os sonhos se constroem com trabalho, determinação e propósito – um passo de cada vez.

Olhando o futuro, quais são os principais objetivos da Campus Place em termos de crescimento, inovação e posicionamento no mercado português?

Queremos expandir a nossa presença em novas zonas de posicionamento, mantendo sempre o modelo de proximidade que nos distingue. Pretendemos aumentar a nossa rede de parcerias para continuar a satisfazer, com exclusividade e condições preferenciais, as necessidades dos clientes num mercado imobiliário cada vez mais competitivo. A inovação continuará a ser um eixo central, porque o mercado global assim o exige. Com a evolução tão grande e tão rápida da tecnologia, torna-se praticamente obrigatório investir nessa vertente. Mas, acima de tudo, queremos reforçar o nosso posicionamento como marca de excelência, reconhecida pela proximidade ao cliente, seriedade e ética profissional. Acreditamos que o futuro pertence a quem se adapta sem perder a essência e os valores e é exatamente esse equilíbrio que guia a Campus Place: crescer com alma, inovar com propósito e inspirar confiança em cada passo.

25 ANOS DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO

Com 25 anos de experiência, a Orlacor afirma-se como referência nacional em Condicionamento do Ar com Tratamento Químico. Liderada por Orlando Correia, a empresa alia know-how internacional, inovação e sustentabilidade.

De que forma os 25 anos de experiência da Orlacor consolidaram a sua reputação como especialista em condicionamento do ar com tratamento químico?

Os 25 anos de experiência da Orlacor como especialista em Condicionamento do Ar com Tratamento Químico em ambientes Industriais, cuja principal função é reduzir/eliminar o seu grau de corrosão e assim mitigar anomalias e avarias existentes que surgem nos componentes eléctricos e electrónicos mais sensíveis dos equipamentos, nas diversas salas que fazem parte das linhas de comando e produção das fábricas de pasta, papel, petroquímica e outras, sendo estas áreas extremamente exigentes neste âmbito de atuação. O facto de ter estado presente desde a fase inicial, nos anos 80 e 90, na construção deste tipo de fábricas, deu-nos uma grande experiência e permitiu-nos desenvolver um sólido conjunto de conhecimentos, tornando-se não só um desafio pessoal, mas um desafio para a equipa Orlacor numa área, que por estar muito associada à sustentabilidade ambiental e à saúde, se encontra em constante desenvolvimento. A todos estes fatores, adicionamos a especial atenção na execução de um bom trabalho aliados a parceiros de qualidade.

Temos uma parceria desde o nosso início com uma empresa do Canadá e outra dos EUA, que são líderes e especialistas inter-

nacionais de maior conhecimento nesta área, que contribuem significativamente para que a Orlacor seja uma empresa sólida, com conhecimento e uma reputação séria e confiante nesta área.

Como é que a visão de Orlando Correia influenciou a forma como a Orlacor integra consultoria, instalação e manutenção preventiva?

Dado o desconhecimento existente na altura, a nível nacional, em Condicionamento de Ar com Tratamento Químico, tive uma aprendizagem que nos foi muito útil nestas áreas, em empresas internacionais de vanguarda , com formação nos seus locais (EUA e Canadá), o que mais tarde, com a grande experiência adquirida de conhecimentos técnicos e pessoais, se traduziu numa mais simples integração no mercado nacional.

Hoje somos líderes nacionais em conhecimento, na área dos Sistemas de Condicionamento de Ar com Filtragem Química, sendo representantes exclusivos em Portugal de uma empresa Canadiana e Americana, que são líderes mundiais de serviços e equipamentos na área da filtragem química do ar. A nossa empresa, em parceria com gabinetes de projeto, executa projectos chave na mão, desde a fase inicial de elaboração do projeto até à colocação em funcionamento da instalação, permitindo-nos assim ter uma grande versatilidade no mercado. Temos também, com várias empresas, contratos de assistência técnica e manutenção preventiva, com pessoal especializado e credenciado, a trabalhar em permanência nos locais de intervenção, durante todo o ano. Damos apoio, quando solicitado, aos grandes gabinetes de projecto da área AVAC, que necessitam do nosso conhecimento, na selecção de soluções que incorporam médias químicas, que variam conforme a concentração e tipo dos gases poluentes em causa. Das várias fábricas com quem temos contratos de manutenção permanente, também procedemos à recolha de amostras de média química, para posterior análise laboratorial no Canadá ou EUA, onde se afere a sua eficiência, entres outros dados, sendo posteriormente efetuado um relatório final com os respetivos resultados e aconselhamentos.

Que mensagem deixaria aos empresários portugueses sobre o papel da visão estratégica na construção de um tecido empresarial mais competitivo?

Dado o atual momento de incerteza e competitividade que se verifica a nível nacional e internacional, os empresários devem munir-se de um conjunto de princípios e valores relativos às suas organizações, numa vivência cada vez mais clara, tendo em vista a manutenção dos seus colaboradores e um aumento dos seus clientes, para um futuro próspero.

22 539 0747 (chamada para rede fixa nacional) Tv. das Antas 65 3º Esquerdo, 4350-048 Porto orlacor@orlacor.pt

Orlando Correia, Fundador e CEO

A INOVAÇÃO PEDAGÓGICA COMEÇA NO BRINCAR

Com mais de duas décadas de dedicação ao universo educativo, a Mundo Escolar tem acompanhado de perto as transformações do ensino e as novas exigências da aprendizagem digital. Cristina Machado, Gerente da empresa, explica como este projeto especializado em materiais e jogos pedagógicos para crianças até aos nove anos, procura equilibrar inovação tecnológica e desenvolvimento social, reforçando o compromisso com uma educação de qualidade e com o apoio aos profissionais do setor.

O Mundo Escolar tem acompanhado de perto as transformações no ensino pedagógico. De que forma a empresa tem adaptado os seus produtos e serviços às novas metodologias de aprendizagem e às exigências do ensino digital?

O principal segmento do Mundo Escolar abrange as idades entre os 0 e os 9 anos – desde a Creche até ao 1.º Ciclo –, com um foco especial no pré-escolar. Embora o ensino digital ainda não seja predominante nestas faixas etárias, temos procurado lançar regularmente jogos pedagógicos que integram as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em linha com a terminologia da “Educação STEM”. Estes recursos são fundamentais para proporcionar às crianças os primeiros contactos com o mundo digital, incluindo pequenos robôs de programação básica e atividades lúdicas que introduzem os princípios da programação.

Com mais de 25 anos de atividade no setor do material didático, que balanço faz deste percurso e que marcos considera fundamentais na consolidação do Mundo Escolar no mercado?

Somos uma micro empresa, trabalhamos um nicho de mercado, nunca é fácil! Temos sido consistentes ao longo dos anos, sempre tivemos uma preocupação muito grande em oferecer o que de melhor o mercado tem para este segmento, para que os profissionais da educação e os pais possam motivar e melhorar a aprendizagem das suas crianças. Oferecer qualidade e variedade é o nosso objetivo.

No âmbito do Dia Nacional do Empresário, como vê o papel das pequenas e médias empresas – como a vossa – no reforço do tecido económico e educativo do país?

Vivemos numa época em que os grandes grupos absorvem tudo, e têm sido bem impulsionados para isso. Penso que a tendência nos próximos anos será de continuação deste cenário, as micro e pequenas empresas como o Mundo Escolar, terão que continuar a trabalhar muito, especializar-se cada vez mais no seu negócio, continuar a apostar na comunicação online e ferramentas de gestão, o que não é nada fácil, pois para além de serem áreas de elevados custos, há também a questão da falta de conhecimento dos empresários em saberem quais as necessidades da empresa.

Num contexto em que o mercado educativo está em constante mudança, quais são as principais estratégias do Mundo Escolar para continuar a inovar e responder às necessidades das escolas e dos educadores?

Nos últimos anos, diversos estudos têm demonstrado que o uso excessivo de novas tecnologias nas primeiras etapas do ensino pode não ser benéfico, destacando a importância do tempo dedicado ao brincar e à socialização. Embora o futuro seja cada vez mais digital, muitas escolas têm mostrado sensibilidade a este tema e procuram o nosso apoio para encontrar um equilíbrio entre os jogos digitais e os jogos tradicionais. Várias escolas continuam a investir em espaços dedicados a jogos de tabuleiro e a atividades de motricidade ao ar livre com jogos de exterior, com o objetivo de promover momentos de brincadeira e socialização entre os alunos. O compromisso do Mundo Escolar com os profissionais da educação é continuar a identificar e disponibilizar os melhores jogos didáticos do mercado, mantendo o equilíbrio entre o digital e a socialização.

223 722 635 (chamada para rede fixa nacional)

lojaonline@mundoescolar.pt • www.mundoescolar.pt

ENGENHARIA QUE TRANSFORMA O FUTURO

Com uma trajetória marcada pela excelência, ética e inovação, a Infinitech foi distinguida como uma das Top 5% Melhores PME de Portugal, reconhecimento que reforça o rigor e o compromisso que orientam a sua atuação no setor da engenharia. Em entrevista, Dalila Gouveia, da Direção de Gestão, sublinha que este marco é o reflexo de uma cultura empresarial sólida, centrada nas pessoas, na sustentabilidade e na precisão técnica. A empresa prossegue um caminho de crescimento sustentado, apostando na reabilitação de um edifício centenário em Ermesinde para nova sede e reafirmando a importância do empreendedorismo e da inovação no fortalecimento da economia nacional.

Ao ser distinguida como uma das Top 5% Melhores PME de Portugal, quais considera serem os principais fatores que contribuíram para este reconhecimento e como a empresa pretende manter este nível de excelência?

Este reconhecimento é, um reflexo do compromisso genuíno que toda a equipa da Infinitech tem com os nossos clientes e com cada projeto que abraçamos. Procuramos fazer mais do que engenharia – queremos construir relações de confiança, soluções sustentáveis e um futuro sólido, baseado na excelência.

O nosso percurso tem sido construído com muito empenho, dedicação e um profundo respeito pelos valores que sempre nos orientaram – responsabilidade, ética, transparência e compromisso. Encaramos cada projeto com o mesmo rigor e entusiasmo, garantindo que cada resultado reflete a nossa exigência em termos de precisão, qualidade e inovação.

Acreditamos que, no mundo dos negócios, ainda não pode valer tudo – e é precisamente essa forma de estar, assente em princípios sólidos e num respeito genuíno por quem confia em nós, que tem sustentado o crescimento da Infinitech.

Estar entre as Top 5% Melhores PME de Portugal é um orgulho enorme, mas também uma motivação para continuar a crescer sem nunca perder a nossa essência. Acreditamos que o verdadeiro sucesso nasce da coerência entre o que fazemos e o que acreditamos.

De que forma a Infinitech integra práticas sustentáveis e inovação tecnológica nos seus projetos de engenharia para gerar impacto positivo na sociedade?

Na Infinitech, acreditamos que a engenharia tem um papel essencial na construção de um futuro mais sustentável. A inovação tecnológica e a responsabilidade ambiental fazem parte da nossa forma

Dalila Gouveia, Direção de Gestão

de trabalhar e de pensar cada projeto. Integramos práticas sustentáveis desde a fase de conceção até à execução, privilegiando soluções que otimizam recursos, reduzem o impacto ambiental e melhoram a eficiência energética. Trabalhamos com softwares avançados nas várias especialidades e com a análise critica dos nossos colaboradores, conseguimos garantir decisões mais informadas e resultados mais precisos. Mas a sustentabilidade vai além da vertente técnica – é também uma questão de ética e de compromisso com a sociedade. Cada projeto é uma oportunidade para criar valor real e duradouro, contribuindo para um futuro mais equilibrado e responsável.

Que estratégias utiliza para garantir simultaneamente qualidade, segurança e eficiência nas soluções que desenvolve?

Na Infinitech, garantimos qualidade, segurança e eficiência através de uma combinação estratégica de experiência, colaboração e multidisciplinaridade. A nossa equipa, altamente qualificada e com um vasto percurso na área, tem vindo a concretizar com sucesso projetos complexos e desafiantes por todo o país – um reflexo claro do nosso profissionalismo e competência técnica. Valorizamos uma comunicação contínua entre as várias especialidades, o que assegura uma visão integrada e coesa dos trabalhos. Esta articulação fluida entre as diferentes áreas permite-nos desenvolver soluções tecnológicas pensadas, desde a origem, para serem eficientes, seguras e sustentáveis.

No âmbito do Dia Nacional do Empresário, que mensagem a Infinitech gostaria de deixar sobre o papel do empreendedorismo e da inovação no fortalecimento da economia nacional?

Na Infinitech, acreditamos que o empreendedorismo e a inovação são motores essenciais para o crescimento e o fortalecimento da economia nacional. Empreender é mais do que criar negócios – é identificar oportunidades, assumir riscos de forma consciente e gerar valor para a sociedade.

Enquanto empresa portuguesa, assumimos o compromisso de contribuir para uma economia mais competitiva e sustentável. A inovação tem impacto quando se traduz em soluções técnicas rigorosas e úteis para o país. Ao investir em tecnologia, qualificação e melhoria contínua, elevamos a qualidade dos projetos de engenharia e fortalecemos o mercado nacional nas áreas em que atuamos.

Sabemos que o crescimento traz desafios, e por isso valorizamos o caminho que temos percorrido. Atrair e reter talento é um dos maiores desafios atuais, e a nossa resposta passa por equilibrar experiência e renovação: reconhecemos o valor dos profissionais mais séniores e damos espaço aos mais jovens para inovar e crescer.

O Dia Nacional do Empresário é uma oportunidade para reforçar a importância de acreditar nas ideias, investir nas pessoas e criar soluções que fazem a diferença – contribuindo não só para o sucesso das empresas, mas para o desenvolvimento sustentável do país.

Quais são os projetos mais emblemáticos que a Infnitech tem desenvolvido e de que forma refletem a missão da empresa?

Na Infinitech, acreditamos verdadeiramente que todos os projetos são importantes e refletem a nossa missão e os nossos valores.

Independentemente da dimensão ou notoriedade da obra – seja uma moradia, um edifício de serviços, um hospital, um hotel ou um aeroporto – dedicamos o mesmo rigor técnico, profissionalismo e sentido de responsabilidade. Cada cliente que nos escolhe merece o melhor de nós.

Mesmo tendo uma equipa com experiência em projetos de elevada exigência técnica, não fazemos distinções: cada cliente e cada obra merecem o nosso melhor. Vemos cada projeto como uma oportunidade de colocar o nosso conhecimento ao serviço das pessoas e de honrar a confiança que depositam na Infinitech.

Mais do que destacar projetos emblemáticos, preferimos destacar o que nos define: o compromisso, a ética, a excelência técnica e a confiança que construímos com os nossos clientes. É essa consistência que melhor espelha quem somos e o impacto que queremos deixar na engenharia em Portugal.

É para nós um orgulho ver projetos concebidos pela nossa equipa, espalhados por todo o país.

Quando pensa no futuro da Infinitch que impacto pretende que a empresa tenha no setor e na sociedade?

Quando penso no futuro da Infinitech, imagino uma empresa que continua a gerar impacto positivo no setor e na sociedade. Para nós, uma gestão com valores é a base de tudo. Acreditamos que o sucesso não depende apenas dos resultados, mas sobretudo da forma como os alcançamos.

A Infinitech encontra-se numa fase de afirmação e evolução estratégica. A aquisição de um edifício centenário em Ermesinde, que será reabilitado para acolher a nova sede, materializa essa visão de futuro. Mais do que uma mudança de instalações, este investimento vem sedimentar a cultura que já nos caracteriza e complementá-la com condições físicas que valorizamos. A nova sede permitirá integrar espaços de lazer, áreas lúdicas e de prática desportiva, essenciais ao equilíbrio entre vida profissional e bem-estar, reforçando um ambiente que já é coeso, motivador e orientado para as pessoas.

Temos a firme convicção de que o que nos distingue é a qualidade humana e técnica da nossa equipa. Acreditamos que investir nas pessoas – no seu bem-estar, crescimento e reconhecimento – é o verdadeiro segredo do percurso que temos construído.

É com esta equipa, com estes valores e com esta visão de futuro que queremos continuar a elevar padrões da engenharia em Portugal e inspirar confiança.

geral@lfengenharia.pt • dalila@lfengenharia.pt www.lfengenharia.pt

FIDELIZAR CLIENTES COM AGILIDADE E APOIO PERSONALIZADO

Na exigente e competitiva área da mediação de seguros, a Duartes – Mediadores de Seguros tem vindo a afirmar-se como uma referência de qualidade e confiança, destacando-se pelo quarto ano consecutivo entre as Top 5% Melhores PME de Portugal. Liderada por Miguel Duarte, a empresa assenta a sua filosofia empresarial num compromisso permanente com o rigor, a proximidade e o apoio personalizado aos clientes – fatores que têm garantido uma sólida fidelização e uma reputação de excelência. Numa altura em que o setor atravessa profundas transformações impulsionadas pela digitalização e pela evolução das expectativas do consumidor, a Duartes mantém-se fiel ao seu propósito: unir experiência e inovação para responder, de forma ágil e humana, às necessidades reais de quem confia na marca. Com uma visão estratégica que valoriza tanto o passado como as dinâmicas do futuro, Miguel Duarte partilha nesta entrevista a fórmula que tem sustentado o sucesso da empresa e o compromisso renovado com o desenvolvimento sustentável e a excelência que inspiram o Dia Nacional do Empresário.

Como define a filosofia empresarial que tem permitido à Duartes manter-se entre o restrito grupo das Top 5% Melhores PME de Portugal pelo quarto ano consecutivo?

Trata-se de uma estratégia baseada num trabalho muito intenso junto do clientes e parceiros no apoio às suas mais diversas necessidades criando-se assim um clima de confiança dos clientes e por consequência uma retenção muito forte dos mesmos.

Numa área tão competitiva como a mediação de seguros, quais considera serem os principais fatores que sustentam a confiança e fidelização dos vossos clientes ao longo do tempo?

A confiança e fidelização dos nossos clientes, reside essencialmente no nosso sistema organizativo de lhes dar respostas

na hora as suas solicitações e que são das mais variadas, mas sobretudo na área dos sinistros, em que o acompanhamento e o apoio constante no desenvolvimento dos mesmos é um factor revelador onde cliente sabe que tem na nossa Casa sempre alguém que o atende e lhe dá seguimento a sua pretensão.

Que visão tem a Duartes para o futuro da mediação de seguros num contexto económico em constante mudança e crescente digitalização?

Ter presente o passado como experiencia muito válida que não se pode ignorar, mas que o futuro nos trás novas dinâmicas de trabalho na captação dos negócios e esta é uma opção sempre presente e disponível para responder aos desafios que temos pela frente que de resto já estão implementadas e que são permanentemente atualizadas.

De que forma a celebração do Dia Nacional do Empresário inspira a Duartes a reforçar o seu compromisso com a excelência e o desenvolvimento sustentável do setor dos seguros?

Naturalmente que uma comemoração como esta é sempre um factor de excelência na vida empresarial e como tal, a inspiração tem, inevitavelmente, um compromisso de fazer sempre mais e melhor. O sucesso só assim se consegue.

geral@duartesmseguros.pt • www.duartesmseguros.com

Miguel Duarte, CEO

SAÚDE & CIÊNCIAS DA VIDA

A área da Saúde & Ciências da Vida abrange um vasto campo de conhecimento dedicado ao estudo e à compreensão da vida nas suas diversas formas, com foco especial na saúde humana e no bem-estar. Este domínio abrange uma ampla gama de disciplinas, desde a biologia molecular e genética até a medicina clínica e a saúde pública. O objetivo primordial é promover a saúde, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.

Com uma abordagem multidisciplinar, o campo das Ciências da Vida não procura apenas entender os mecanismos básicos da vida, mas também traduz esse conhecimento em soluções práticas que beneficiam a sociedade.

O Saúde & Ciências da Vida desta edição da Revista Business Portugal aborda várias questões, áreas e temáticas da saúde, com destaque para a Saúde da Mulher, Entender e Combater a Dor, a Diabetes, e as Doenças Respiratórias de Inverno.

SAÚDE DA MULHER

A saúde da mulher é um conceito abrangente que se foca no bem-estar físico, mental e social ao longo de toda a vida, incluindo saúde ginecológica, direitos sexuais e reprodutivos, saúde materna, período menstrual, menopausa e saúde mental. Para a garantir, é fundamental adotar um estilo de vida saudável com alimentação equilibrada e atividade física regular, realizar exames preventivos e consultas médicas, e cuidar da saúde mental.

Gravidez

Na gravidez, somam-se mudanças no corpo da mulher: pele mais sensível, adaptações hormonais, variações no sono, alterações na circulação e no fôlego são alguns dos desafios que a grávida vai encontrar. O acesso a informação de qualidade apoia decisões equilibradas durante a gravidez e reduz a ansiedade – o bem-estar da mãe e do bebé agradecem.

Higiene íntima

A higiene íntima consiste na utilização de um produto que não agrida os genitais externos, com características diferentes da restante superfície corporal, contribuindo para o bem-estar, conforto, segurança e saúde da mulher.

Infeções vaginais

As infeções vaginais são um problema muito comum e desagradável, podendo ter origem bacteriana, fúngica ou mista. A maioria das infeções é crónica e, infelizmente, repetitiva.

Nem sempre é fácil compreender e descrever a sintomatologia, o que afeta o bem-estar físico e psicológico da mulher. Por isso, é muito importante agir com rapidez e eficácia.

Menopausa

A menopausa afeta as mulheres, em média, a partir dos 50 anos. Os principais efeitos da menopausa na saúde da mulher são a ausência de menstruação e impossibilidade de engravidar.

Osteoporose

A osteoporose é uma doença metabólica em que os ossos se vão tornando cada vez mais frágeis, conduzindo a um risco

acrescido de fratura, em particular na anca, coluna vertebral e membros superiores.

A osteoporose afeta 800 mil portugueses, tendo maior incidência nas mulheres após a menopausa, numa relação de um homem para cada três ou quatro mulheres afetadas, realidade comum em todo o mundo.

Secura vaginal

A secura vaginal é a falta ou ausência de humidificação natural da vagina. Graças ao corrimento de um muco transparente que visa proteger as paredes vaginais, a vagina mantém a sua elasticidade e mantém uma textura macia. Além da dor, a secura vaginal pode afetar a harmonia do casal e levar a problemas psicológicos nas mulheres. Stress, medo, culpa e baixa líbido são obstáculos para a realização pessoal das mulheres.

Incontinência Urinária Feminina

A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina, sendo mais frequente na população feminina. Apesar das perdas involuntárias de urina interferirem significativamente na qualidade de vida, a incontinência urinária feminina continua a ser subdiagnosticada.

Trata-se de uma situação muitas vezes ocultada, por vergonha ou por ser associada ao processo normal de envelhecimento.

Vírus do Papiloma Humano (HPV)

O vírus do papiloma humano, também conhecido por HPV, é responsável por um elevado número de infeções que, na maioria das vezes, não apresentam sintomas e são de regressão espontânea. Esta é uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial.

Síndrome do Ovário Poliquístico

A Síndrome do Ovário Poliquístico (SOP) é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres. É uma das causas mais comuns de infertilidade, podendo provocar alterações do ciclo menstrual, quistos nos ovários e dificuldade em engravidar.

Cancro da Mama

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres (não considerando o cancro da pele), e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama, e 1.800 mulheres morrem com esta doença.

50 Anos da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG)

A Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) comemora 50 anos em 2025, com as comemorações a terem o seu ponto alto no XVI Congresso Português de Ginecologia, que se realizou de 5 a 7 de junho com o lema “50 anos a inovar”. Para assinalar a data, a SPG lançou um documentário comemorativo e homenageou os seus presidentes ao longo dos anos.

FERTILIDADE

Ao iniciar este artigo, que insisto em continuar a escrever sem pedir auxílio artificial, resolvi perguntar a essa Inteligência qual o significado da palavra fertilidade.

Assim, fiquei a saber que a sua origem está no latim, resulta da “expressão “fertilitas”, que deriva de “fertilis”, significando “fértil”, “produtivo”, “que dá fruto”.

Então, temos “fertilitas” como a “capacidade de produzir” ou “ser produtivo”. De regresso à Inteligência Humana, remeto para o objectivo deste artigo, que se refere a fertilidade.

Quando iniciámos o nosso percurso de investigação e desenvolvimento na área da fertilidade, percebi a essência desta “especialidade” no contexto da saúde da mulher: contribuir para que às mulheres seja dada a possibilidade de construir uma família.

A decisão de ter um filho é talvez a mais importante que podemos ter na vida. Nada existe de mais pessoal do que a concepção de uma criança. Contudo, numa perspectiva menos poética, esta decisão inicia um processo que exige algumas medidas para correr bem.

Foi a pensar nas mulheres que tomam a decisão de engravidar e, por diversos motivos não o conseguem concretizar, que a Procare Health, empresa biotecnológica dedicada à saúde da mulher, decidiu apostar no desenvolvimento de soluções terapêuticas que contribuem para que mais mulheres consigam realizar este sonho.

É fundamental entender quais os motivos que levam à maior dificuldade em engravidar. A idade é um factor de enorme relevância. Os dados estatísticos portugueses e europeus dizem-nos que a

idade em que se tem o primeiro filho é cada vez maior, tem vindo a aumentar, ultrapassando já largamente os 30 anos. Tal deve-se a múltiplos motivos, pessoais, profissionais ou sócio-económicos.

Ora, se uma mulher com 30 anos é jovem, os óvulos que produz não têm a qualidade que teriam com 20 anos. Por este motivo, nem sempre se consegue uma gravidez natural de modo imediato, com a frustração de, em cada mês, verificarem que nada aconteceu.

É evidente que esta constatação, mês após mês, acaba por levar a níveis de stress da mulher, mas também do parceiro, que em nada facilitam todo o processo.

Perante esta realidade, estas mulheres acabam pedindo ajuda profissional junto do seu médico ginecologista.

A partir desse momento, a mulher seguirá acompanhada profissionalmente. Cedo se percebe que não estão a gerir bem o seu plano de gravidez, invertendo prioridades.

Assim, quando se toma a decisão de engravidar, o primeiro passo que a mulher tem de tomar é falar com o ginecologista que a acompanha e partilhar com ele este seu desejo.

O corpo da mulher deve estar devidamente apetrechado para assumir uma gravidez e a levar com sucesso até ao nascimento de uma criança. Os médicos saberão quais as medidas a tomar para que a qualidade dos óvulos seja a melhor e, deste modo, no momento certo saber receber o elemento com o qual iniciarão um período de 40 semanas de gestação.

Por outro lado, pode o médico identificar alguma situação que está a impedir que se consiga engravidar e tomar medidas que ultrapassem esse impedimento e evitar a frustração e stress aumentados por tentativas falhadas mês após mês.

Fazendo este percurso, estarão reunidas as condições para engravidar de forma natural ou optar por um processo de reprodução medicamente assistida, através de técnicas de fertilização.

O contributo da Procare Health em todo este processo está no desenvolvimento de produtos com composições avaliadas quanto à sua eficácia em estudos clínicos que irão contribuir para que mais mulheres engravidem, mais crianças nasçam saudáveis e mais famílias aumentem em número e em felicidade.

Miguel Coelho, Country Manager

UROGINECOLOGIA: A NOVA SUBESPECIALIDADE QUE VEM DAR RESPOSTA A UMA LACUNA NA SAÚDE DA MULHER

A criação da subespecialidade de Uroginecologia marca um passo decisivo na evolução da Ginecologia em Portugal.

Dr.ª Bercina Candoso, Ginecologia e Obstetrícia Assistente Hospitalar Graduada de Ginecologia e Obstetrícia CMIN – ULS Stº António Responsável Unidade de Uroginecologia e Pavimento Pélvico CMIN – ULS Stº António Presidente da Secção de Uroginecologia da Sociedade Portuguesa de Ginecologia

tinência urinária, os prolapsos genitais ou algumas disfunções sexuais são extremamente frequentes e têm impacto direto na qualidade de vida. No entanto, até agora não existia um percurso formativo ou clínico estruturado que garantisse cuidados uniformes e diferenciados.

Na prática, as doentes muitas vezes circulavam entre várias especialidades – Ginecologia, Urologia, Fisiatria – sem uma visão integrada. A criação da subespecialidade vem precisamente colmatar essa lacuna, trazendo diferenciação técnica e científica e oferecendo uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar. O impacto desta subespecialidade será profundo. Em primeiro lugar, permitirá diagnósticos mais rápidos e precisos, evitando anos de sofrimento e encaminhamentos sucessivos. Em segundo lugar, possibilitará tratamentos personalizados, que combinam cirurgia, terapêuticas conservadoras e reabilitação, sempre com foco na qualidade de vida da mulher.

centros trabalharão em estreita colaboração com hospitais secundários, que poderão acompanhar casos menos complexos, e com os Cuidados de Saúde Primários, que terão um papel crucial no rastreio e referenciação. Nesta organização será sempre muito importante a interdisciplinaridade envolvendo urologistas, fisiatras, fisioterapeutas especializados em pavimento pélvico, psicólogos e outros profissionais. Só assim se conseguirá responder de forma completa a patologias multifatoriais.

Os próximos passos são claros. Na área da formação, vamos lançar programas de fellowship em Uroginecologia, bem como cursos acreditados dirigidos a ginecologistas. Paralelamente, vamos apostar na sensibilização dos médicos de família que têm um papel determinante na referenciação precoce e adequada a esta subespecialidade.

A subespecialidade de Uroginecologia foi criada para responder à necessidade de cuidados mais especializados no diagnóstico e tratamento das disfunções do pavimento pélvico feminino, tais como prolapsos e incontinência urinária, problemas cada vez mais prevalentes devido ao envelhecimento da população. Como tal, sinto a responsabilidade de explicar as razões, o impacto esperado e os próximos passos.

A Ginecologia sempre respondeu a muitos aspetos da saúde da mulher, mas havia um domínio pouco valorizado: a saúde do pavimento pélvico. Patologias como a incon-

Do ponto de vista hospitalar, haverá maior concentração de experiência em centros especializados, o que aumenta a segurança dos procedimentos e melhora os resultados funcionais. A nova subespecialidade será também um motor de investigação, incentivando o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e novas abordagens terapêuticas.

A nossa visão é de uma rede organizada e hierarquizada. Nos hospitais centrais e universitários deverão surgir unidades especializadas de Uroginecologia, capazes de tratar os casos mais complexos e de funcionar como polos de formação e investigação. Estes

No campo da comunicação, queremos atuar em duas frentes. Por um lado, junto da comunidade médica, através de congressos, webinars e publicações científicas, para uniformizar práticas e divulgar conhecimento. Por outro lado, junto da população em geral, com campanhas de sensibilização que ajudem a quebrar tabus, sobretudo em torno da incontinência urinária e do prolapso genital.

A criação da subespecialidade de Uroginecologia é mais do que uma conquista médica: é um compromisso com a saúde e dignidade das mulheres. Ao reconhecer a especificidade das doenças do pavimento pélvico e ao oferecer uma resposta estruturada, diferenciada e multidisciplinar, abre-se uma nova etapa na prática clínica, na formação médica e na investigação.

FOCINHOS D’AÇÚCAR: UMA CAMPANHA QUE TRANSFORMA AFETO EM AÇÃO

Imagina unir uma causa de saúde a uma história de superação e afeto?

Foi assim que nasceu a “Focinhos D’Açúcar”, a nova campanha associada ao Seguro Animal da MAPFRE.

Tudo começa com uma pergunta simples: o que acontece quando um cão resgatado de um abrigo se transforma no herói que salva vidas humanas?

A resposta está na Pata D’Açúcar, uma associação portuguesa sem fins lucrativos que treina cães abandonados para se tornarem “cães de alerta médico DT1”, ou seja, animais capazes de detetar alterações nos níveis de açúcar no sangue, alertando os portadores de diabetes tipo 1 para episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia. Trata-se de uma doença autoimune que afeta milhares de crianças e jovens em Portugal. É silenciosa, mas perigosa: quando não é detetada a tempo, pode ser fatal. A Pata D’Açúcar atua exatamente nesse ponto crítico, com treino, amor e ciência, transformando os cães em verdadeiros guardiões da vida.

E é aqui que a MAPFRE entra. Porque, para nós, “seguro” significa “cuidar”. E cuidar é agir. Cuidar é usar a nossa visibilidade e alcance para apoiar quem faz a diferença. Com o propósito de promover a sensibilização e alertar para a importância do diagnóstico precoce desta doença, juntámo-nos à Pata D’Açúcar para lançar a campanha “Focinhos D’Açúcar”: um projeto que reforça o nosso compromisso com as pessoas, com os animais e com a sociedade.

Até 30 de novembro de 2025, todas as novas adesões ao Seguro Animal da MAPFRE têm 20% de desconto. E há mais: 5% do valor de cada novo seguro reverte diretamente para a Pata D’Açúcar, ajudando a treinar novos cães e a apoiar mais famílias. É assim que a Mel, uma das heroínas da campanha, e tantos outros cães de abrigo se tornam protagonistas de uma nova história: a de salvar vidas depois de terem sido salvos.

A campanha “Focinhos D´Acúcar” é a prova de que uma seguradora pode ir além do contrato. Pode ser uma ponte entre marcas e causas. Entre pessoas e esperança. Porque quando ajudamos a salvar vidas, humanas e animais, estamos também a proteger o que mais importa: o futuro.

A MAPFRE acredita que o seu papel vai muito além de oferecer proteção financeira. Cabe-nos contribuir para o bem-estar social, apoiar quem educa, previne e cuida.

Por isso, associarmo-nos à Pata D’Açúcar é mais do que uma parceria, é uma escolha que reflete o nosso propósito e a nossa forma de estar no mundo.

MAPFRE. Cuidamos do que te importa.

Dia Mundial da Diabetes

O Dia Mundial da Diabetes é celebrado anualmente a 14 de novembro.

Criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), este dia tem como objetivo dar resposta ao aumento alarmante de casos de diabetes no mundo.

É por esta altura do ano que surgem os espirros com maior frequência. Com a chegada do frio, abre-se também caminho às infeções virais, sobretudo nas vias respiratórias.

Nos últimos anos, a incidência de doenças respiratórias tem aumentado no nosso país, nomeadamente as crónicas, como a asma, que afeta já cerca de um milhão de portugueses. Atualmente, as doenças respiratórias são a terceira causa de morte em Portugal e foram responsáveis por centenas de milhares de internamentos nos últimos anos.

O frio é um fator determinante, que diminui a imunidade nesta altura do ano e agrava as condições crónicas de doença. Por um lado, o envelhecimento da população está diretamente associado ao aumento das patologias respiratórias, uma vez que os idosos são os mais expostos à doença. As crianças e doentes crónicos ou com imunodeficiências completam o grupo de risco.

A contaminação atmosférica do exterior e interior dos edifícios, o consumo de tabaco, o sedentarismo e hábitos alimentares pouco saudáveis são outros fatores de risco em qualquer idade.

Principais doenças respiratórias

Constipação

A constipação comum consiste na infeção do nariz, garganta e eventualmente ouvidos, e é possivelmente transmitida após contacto com alguém infetado ou por tocar numa superfície contaminada, como uma maçaneta. Há centenas de vírus que podem causar constipações, sendo o mais frequente o Rinovírus. Os sintomas passam pela tosse, nariz congestionado, dor de garganta, febre ligeira, fadiga, arrepios e dores musculares.

Gripe

Caracteriza-se pela infeção do trato respiratório (nariz, seios nasais, garganta, pulmões e ouvidos) e sintomas como febre elevada, arrepios, dor muscular, garganta inflamada, nariz entupido e tosse seca. Ao contrário da constipação, que não tem medicamentos preventivos, a gripe pode ser prevenida com uma vacina anual, que já faz parte do Plano Nacional de Saúde.

Covid-19

A Covid-19 é uma doença infeciosa provocada pelo vírus SARS-CoV-2, do grupo dos coronavírus, que muitas vezes se manifesta com sintomas de infeção respiratória aguda. Os seus sintomas podem ser semelhantes aos de uma gripe, ou uma condição mais grave, como pneumonia. A vacinação contra a Covid-19 tem sido importante para prevenir o surgimento da doença grave, hospitalização e morte por infeção.

Pneumonia

A pneumonia é uma doença que consiste numa infeção dos pulmões, onde os espaços aéreos estão cheios com muco e pus. Os vírus são responsáveis por 1/3 dos casos, e os restantes, por bactérias ou fungos inalados, particularmente em pessoas enfraquecidas pela idade, outras doenças ou após cirurgia e em fumadores.

DPOC

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Caracteriza-se por limitações na ventilação e dificuldades de respiração, tosse e expetoração. Muitas vezes confundida com asma, está normalmente associada aos hábitos

tabágicos e progride com a idade, levando à incapacidade e morte prematura.

Asma

A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas, que origina episódios recorrentes de pieira, dispneia (dificuldades na respiração), aperto torácico e tosse, particularmente noturna ou matinal. O acompanhamento médico é obrigatório, mas muitos casos são controláveis, desde que sejam tomadas algumas precauções.

Sinusite

Caracteriza-se pela acumulação de secreções nas cavidades da face, que resulta frequentemente em dores de cabeça, secreções nasais e mau hálito, obstrução nasal e respiração bucal.

Rinite

Significa literalmente inflamação da mucosa nasal e manifesta-se por obstrução nasal, rinorreia e espirros. Pode ser ou não alérgica, sendo que a primeira é mais comum e está normalmente associada aos pólenes e ácaros, exigindo muitos cuidados de combate ao pó.

Amigdalite

Ocorre quando há uma infeção das amígdalas, e é geralmente transmitida através das gotículas de saliva que se expelem ao falar, espirrar ou tossir.

Além da dor e da febre, o inchaço dos gânglios do pescoço, dores de cabeça e ouvidos, dificuldade para engolir, mudanças no paladar e olfato são sintomas associados à amigdalite.

DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA A DOR

A dor é um fenómeno subjetivo, individual e não reprodutível. Isto significa que não é apenas uma sensação, mas sim um fenómeno complexo que envolve a história de vida passada, as emoções e todos os componentes que lhe estão associados.

Dr. Filipe Antunes, Fisiatra e Presidente da Associação Portuguesa Para o Estudo da Dor (APED)

quer se trate de uma situação inesperada e limitada no tempo, a dor aguda, quer se trate de uma dor estabelecida ao longo do tempo, a dor crónica, considerada uma doença pelo Classificação Internacional de Doenças na sua versão mais atual, a CID-11 que a define como uma dor persistente ou recorrente durante, pelo menos, três meses e que persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem ou que existe mesmo sem lesão aparente.

A dor é um fenómeno subjetivo, individual e não reprodutível. Isto significa que não é apenas uma sensação, mas sim um fenómeno complexo que envolve a história de vida passada, as emoções e todos os componentes que lhe estão associados.

De acordo com os últimos dados publicados, estima-se uma prevalência de dor crónica em Portugal de cerca de 1/3 da população. Para lutar contra este flagelo devemos assegurar utilizar todos os

meios disponíveis de forma a facultar à pessoa com dor o menor sofrimento e a maior independência funcional possíveis.

Para isso necessitamos de uma cobertura terapêutica abrangente, recorrendo a técnicas farmacológicas e não farmacológicas, de forma a aceder a um conjunto de práticas e saberes complementares no tratamento da dor. Utilizamos os medicamentos analgésicos, por atuarem diretamente sobre o sistema que reconhece o estímulo como doloroso e que o tenta controlar, mas também técnicas físicas e psicológicas que possam atuar fisicamente no corpo da pessoa ou no controlo psicológico das emoções da pessoa que sofre.

Todos os anos, na terceira sexta-feira do mês de outubro comemoramos o Dia Nacional de Luta Contra a Dor.

De acordo com a International Association for the Study of Pain (IASP) e o seu capítulo português, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), a dor é definida como «uma experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante à associada a danos reais ou potenciais nos tecidos».

A dor é a principal razão pela qual todos nós procuramos os serviços de saúde,

Os desafios e as oportunidades terapêuticos já de hoje, mas sobretudo de amanhã são enormes, desde a robótica e as suas potencialidades de tratamento à distância, à realidade virtual, com ativação de áreas cerebrais e controlo visual sincronizado, passando pela neuromodulação com estimulação de locais mais precisos e específicos do sistema nervoso, de modo que se possa tratar a dor individual de cada um com aquilo que todos ansiamos, a Medicina de precisão.

O PAPEL DA CANÁBIS MEDICINAL NO TRATAMENTO DA DOR

A canábis medicinal não é uma panaceia, não é superior à restante farmacologia da dor, e deve ser pensada sempre em associação, não devendo impedir ou limitar a utilização de outros importantes contributos analgésicos, sob pena de não actuarmos de forma eficiente no circuito e protelarmos o melhor tratamento para os nossos doentes.

são transmitidos ao nosso sistema nervoso central corresponde uma interpretação individual e momentânea. Desta forma, conseguimos entender que um mesmo estímulo possa provocar, na mesma pessoa, um prejuízo global e intensidades diferentes, dependendo do momento da vida em que se encontra esta pessoa. Ou que, em pessoas diferentes, um estímulo mais ligeiro possa provocar uma sensação dolorosa mais intensa do que um estímulo mais grave. O circuito da dor (Figura 1) engloba a transdução de sinal (passagem de um estímulo mecânico, térmico, químico ou outro, para um sinal elétrico), a condução (uma “passagem de testemunho” que ocor-

re entre o 1º e o 2º neurónio, ao nível do corno postero-lateral da medula espinhal), a transmissão (onde ocorre a modulação da dor, através de feixes nervosos ascendentes da medula até ao tálamo) e a percepção (com as projeções para o sistema límbico, relacionado com as nossas emoções, e para o córtex, relacionado com várias funções cerebrais mais complexas), havendo uma individualização do estímulo. Por outro lado, temos vários mecanismos periféricos e, sobretudo, centrais, de controlo e contenção da dor, dos quais gostaria de destacar o papel das vias inibitórias descendentes dependentes de serotonina, de noradrenalina e de endorfinas/encefalinas.

A abordagem terapêutica da dor está dependente de múltiplos fatores individuais (como por exemplo a idade, a composição corporal, a funcionalidade global e a genética) para que possamos oferecer a melhor estratégia individualizada e personalizada, optimizando resultados e reduzindo o potencial dano que podemos provocar nos doentes.

A dor é um output e não um input. Ou seja, ao conjunto de sinais elétricos que

e principais mediadores envolvidos.

Prof. Hugo Ribeiro Médico da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos Gaia – ULS Gaia e Espinho Professor Auxiliar convidado da FMUC e da FMUP
Figura 1 - Circuito da Dor: vias ascendentes (transdução, condução, modulação e percepção), vias descendentes inibitórias

Para sermos eficientes a controlar a dor, a utilização de medicação que iniba esta neuroexcitação em vários passos do circuito revela-se indispensável. Nesse contexto, é natural que tenhamos que utilizar 3 ou 4 fármacos (por vezes mais, dependendo da complexidade da situação clínica e da duração da dor).

Porque é que é tão importante reconhecer a fisiopatologia da dor, a sua duração, intensidade, sintomas associados, impacto, entre outras características? É que só assim é que conseguimos entender a necessidade de adoptar uma estratégia terapêutica multimodal, com a intervenção de vários neuromoduladores, farmacológicos e não farmacológicos, que condicionem ou atenuem os neuroestímulos desagradáveis. Para sermos eficientes a controlar a dor, a utilização de medicação que iniba esta neuroexcitação em vários passos do circuito revela-se indispensável. Nesse contexto, é natural que tenhamos que utilizar 3 ou 4 fármacos (por vezes mais, dependendo da complexidade da situação clínica e da duração da dor).

Sabemos que a utilização em simultâneo de opióides, anti-inflamatórios,

antidepressivos, anticonvulsivantes, entre outros, dependendo da situação clínica, oferece a possibilidade de controlo da dor, com menos efeitos secundários associados. Nos últimos anos, depois da aprovação pelo INFARMED, temos tido a possibilidade de utilizar também a canábis medicinal. No nosso país, temos hoje acesso a formulações com tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD), sozinhas ou em associação, moléculas com mecanismos de ação bem distintos, que podem até ser sinérgicas, sendo que o CBD pode limitar o aparecimento de potenciais efeitos secundários associados ao THC (relacionados com a sua psicoactividade).

Enquanto que o CBD tem uma maior importância relacionada com o controlo da dor nociceptiva (inflamatória, relacionada com lesão de tecidos, operando

sobretudo na transdusão de sinal), o THC apresenta um benefício consistente na analgesia em dor oncológica e dor neuropática (relacionada com lesão ou disfunção do sistema nervoso), devido ao seu potencial neuromodulador na transmissão e percepção. O CBD pode ainda oferecer benefícios adicionais, pelos seus efeitos anticonvulsivante e ansiolítico, enquanto que o THC pode promover o aumento do apetite e o controlo de náuseas e vómitos.

Para além de uma boa caracterização da dor, o manuseamento destes psicofármacos deve ter em linha de conta a composição corporal dos doentes e a funcionalidade hepática e renal, de forma a ajustar a dose, a posologia e a titulação, evitando efeitos adversos e adquirindo todo o potencial benefício. Como, de resto, temos que fazer com as outras terapêuticas farmacológicas!

A canábis medicinal não é uma panaceia, não é superior à restante farmacologia da dor, e deve ser pensada sempre em associação, não devendo impedir ou limitar a utilização de outros importantes contributos analgésicos, sob pena de não actuarmos de forma eficiente no circuito e protelarmos o melhor tratamento para os nossos doentes.

Nas situações de dor de dentes, certos sintomas e preocupações devem ser motivos de preocupação.

A dor de dentes

Quer seja aguda, repentina ou constante, a dor de dentes é difícil de ignorar. A dor de dentes surge quando o nervo na raiz de um dente ou ao redor de um dente está irritado. A infeção dentária (dente), cárie, lesão ou perda de um dente são as causas mais comuns de dores de dentes. A dor também pode ocorrer após uma extração dentária. Por vezes, pode existir dor de dentes cuja causa teve origem noutras zonas. É chamada a dor de dentes reflexa. As áreas mais comuns incluem a articulação da mandíbula (articulação temporomandibular), ouvido, seios perinasais, entre outros.

Causas da dor de dentes

A dor de dentes pode ser causada por:

• Cárie dentária

• Abscesso dentário

• Dente rachado ou danificado

• Obturação solta ou quebrada

• Infeção

• Problemas com o aparelho ortodôntico

Tratamento da dor de dentes

Existem diversas soluções para tratamento da dor de dentes. A escolha do tratamento depende, obviamente, da causa. No entanto, o alívio sintomático da dor é essencial. Segundo a Norma da DGS, Prescrição de Analgésicos em Patologia Dentária*, quando a dor de dentes é moderada a intensa, a associação de ibuprofeno + paracetamol é a terapêutica recomendada como tratamento de 1ª linha.

*Normas de orientação clínica nº 062/2011 (atualizado a 01/08/2014). Direção Geral da Saúde

Sinais de alerta na dor de dentes

Nas situações de dor de dentes, certos sintomas e preocupações devem ser motivos de preocupação.

• Dor de cabeça e/ou tontura

• Febre

• Inchaço ou sensibilidade no pavimento da boca.

• Dificuldade em ver ou visão dupla

Quando devo ser consultado pelo médico dentista?

Pelo menos uma vez por ano, para prevenir qualquer desenvolvimento de doença nos dentes ou nas gengivas, até porque: Prevenir é sempre mais fácil que tratar.

Quais as ventagens da higiene oral diária para a saúde?

Principalmente para os dentes e gengivas e com isso pode evitar a maior parte das doenças da boca, mas vai ajudar também a mastigar bem todos os alimentos, ajuda a pronunciar bem todas as palavras e pode manter um sorriso cheio de vitalidade.

Qual a melhor dieta para conservar os dentes mais saudáveis?

Deve ser simples, variada e equilibrada. Evitar comer doces, fora das horas das refeições, de preferência só à sobremesa.

Quando devo mudar a minha escova dentária?

A cada 3 meses e para não se esquecer: Nova estação, nova escova na mão.

No Outono, no Inverno, na Primavera e no Verão.

CLÍNICAS DE SAÚDE CEREBRAL: UM NOVO PARADIGMA DE SAÚDE

POR ANA CASTRO CALDAS E AUGUSTO RACHÃO

A Saúde Cerebral como desafio do Século XXI

Nas últimas décadas, a esperança média de vida aumentou significativamente graças aos avanços da medicina moderna. No entanto, este progresso nem sempre se traduz em mais anos com qualidade de vida. Preservar a funcionalidade, a autonomia e a capacidade de pensar, sentir e agir tornou-se essencial, conferindo ao cérebro – enquanto órgão central da nossa identidade – um papel fulcral nos Cuidados de Saúde no Século XXI.

A Saúde do Cérebro estende-se, contudo, além da ausência de doença neurológica: implica um estado otimizado de funcionamento cerebral, visando o seu máximo potencial e promovendo bem-estar, resiliência, produtividade e participação activa na sociedade. Este conceito está a redefinir a forma como entendemos a medicina, a prevenção e o próprio desenvolvimento social e económico.

O conceito de Clínica de Saúde Cerebral

As Clínicas de Saúde Cerebral (Brain Health Clinics) representam um novo modelo de organização dos cuidados de saúde, centrado na prevenção da doença neurológica e na promoção ativa da função cerebral. Mais do que uma consulta isolada, assentam num sistema integrativo e multidisciplinar que acompanha o

indivíduo ao longo da vida – da infância ao envelhecimento. Este modelo envolve equipas compostas por neurologistas e outras especialidades médicas (psiquiatria, medicina interna, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia), bem como enfermeiros, neuropsicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e da fala, e nutricionistas. O modelo pressupõe um princípio essencial: as doenças neurológicas – como a doença de Alzheimer, de Parkinson, as demências ou o AVC – não surgem de forma súbita, mas resultam de alterações acumuladas ao longo da vida, que se iniciam anos (ou mesmo décadas) antes do aparecimento de sintomas. A intervenção precoce – com diagnóstico, educação e reabilitação – pode, então, reduzir significativamente o impacto destas patologias. Cuidar do cérebro antes da doença é garantir a Saúde Cerebral como meta individual e coletiva.

Do cuidado da doença à promoção da saúde: uma mudança de paradigma

Durante décadas, a medicina focou-se na doença – identificar, diagnosticar e tratar. A medicina do futuro exige uma transição para um modelo em que o foco passe a ser a prevenção e não a cura, o potencial e não o defeito, de forma individualizada e personalizada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Academia Europeia de Neurologia, os principais pilares da Saúde Cerebral são:

• Educação e literacia em saúde;

• Alimentação equilibrada e nutrição cerebral;

• Atividade física regular, centrada no movimento e equilíbrio;

• Sono reparador;

• Gestão do stress e da saúde mental;

• Interação social e propósito de vida;

• Controlo dos factores de risco vascular e metabólico.

As Clínicas de Saúde Cerebral não se limitam a tratar – educam, capacitam e formam. Devem promover hábitos saudáveis, intervenções precoces e um envelhecimento ativo, potenciando a competitividade, produtividade, bem-estar e coesão social.

O impacto económico e social da Saúde Cerebral

A Saúde Cerebral tem também um impacto económico significativo. As doenças neurológicas afetam uma em cada três pessoas ao longo da vida, constituindo a principal causa de incapacidade e a segunda causa de mortalidade a nível global. A prevenção de fatores de risco modificáveis – como hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, isolamento social e depressão – é, por isso, uma prioridade de saúde pública. Além disso, uma população cognitivamente saudável é mais produtiva e criativa. Investir na Saúde Cerebral é investir em sustentabilidade. Não sendo apenas um imperativo ético, é também uma estratégia inteligente de desenvolvimento económico.

Inovação e políticas públicas: uma agenda global

A implementação deste conceito exige inovação clínica, tecnológica e política/organizacional. Organizações internacionais têm apelado à criação de redes nacionais de Clínicas de Saúde Cerebral, integradas em sistemas de saúde públicos e privados, que permitam recolher dados, monitorizar resultados e partilhar boas práticas.

Portugal possui condições únicas para liderar este movimento: uma rede de cuidados sólida e uma população cada vez mais sensibilizada para o envelhecimento ativo. Contudo, falta ainda uma

estratégia nacional integrada de Saúde Cerebral, que una prevenção, investigação e prática clínica. Iniciativas como as do CNS – Campus Neurológico demonstram que é possível integrar ciência, clínica e comunidade num modelo replicável e sustentável.

O papel de Portugal e a experiência do CNS

O CNS – Campus Neurológico, em Torres Vedras, foi pioneiro em Portugal na criação de um modelo que concretiza os princípios de uma Brain Health Clinic. Ao conjugar prática clínica especializada, investigação científica, e programas educativos dirigidos a profissionais de saúde e à população geral, oferece cuidados integrados e multidisciplinares de qualidade focados na promoção da Saúde do Cérebro.

Programas como o Parkinson’s Campus ou as semanas de neuroreabilitação intensiva, que combinam exercício físico, estimulação cognitiva, apoio psicológico e formação para cuidadores, sob monitorização médica, ilustram abordagens holísticas que melhoram a qualidade de vida e reduzem a dependência. Mais do que um centro de tratamento, o CNS tornou-se um laboratório vivo de inovação neurológica, onde ciência e cuidado se encontram para devolver às pessoas o poder sobre o seu cérebro e bem-estar.

Esta visão – centrada na autonomia, educação e integração de cuidados – justifica a pertinência do estabelecimento de uma Clínica de Saúde Cerebral no CNS – Campus Neurológico.

Conclusão: investir na Saúde Cerebral é investir no futuro O cérebro é o ativo mais valioso da humanidade. Cuidar dele é um compromisso médico, social e económico. As Clínicas de Saúde Cerebral representam uma oportunidade histórica para transformar a forma como pensamos, vivemos e envelhecemos, promovendo autonomia, produtividade e criatividade. Investir na Saúde Cerebral é investir no capital humano e no futuro das sociedades e o CNS – Campus Neurológico assume-se como exemplo de um novo paradigma de cuidados, mais humanos, inteligentes e preparados para os desafios de um mundo que envelhece.

EMPRESAS GALARDOADAS

GREAT PLACE TO WORK | PRÉMIO CINCO ESTRELAS REGIÕES

Reconhecer a excelência é celebrar o que de melhor se faz em Portugal. Num contexto empresarial cada vez mais competitivo e exigente, as distinções conquistadas pelas marcas e organizações assumem um valor que vai muito além do símbolo – são o reflexo de estratégias sólidas, de equipas comprometidas e de uma cultura que valoriza pessoas e resultados.

Entre os galardões que marcam o panorama nacional, a certificação Great Place to Work distingue as empresas que promovem ambientes de trabalho inspiradores, pautados pela confiança, inovação e bem-estar. Já o Prémio Cinco Estrelas Regiões reconhece as marcas e instituições que melhor representam a identidade, qualidade e excelência em cada território português.

Nesta edição, destacamos as empresas galardoadas que, com mérito e dedicação, são exemplo de confiança, talento e compromisso com o futuro.

LIDERAR COM DADOS, CRESCER COM PESSOAS

Reconhecida como um dos melhores lugares para trabalhar, a APGAR conquistou a certificação Great Place to Work, um selo que valida a sua cultura organizacional baseada na confiança, colaboração e bem-estar dos colaboradores. Essa distinção reforça o compromisso da empresa em promover um ambiente de trabalho que valoriza e desenvolve o talento, destacando-se pela sua forte aposta em inovação, formação contínua e uma cultura que incentiva o crescimento humano e profissional de toda a equipa, como contam em entrevista, os sócios Pedro Farinha e Pedro Pinho.

A APGAR posiciona-se como uma empresa orientada por dados e Inteligência Artificial. Como é que esta vocação tecnológica influencia a forma como a liderança gere pessoas e talento?

Pedro Farinha (PF) – Desde logo, vemos os dados e a Inteligência Artificial como dimensões profundamente interligadas – é essencial que os dados empresariais sejam de confiança para que as iniciativas de IA tenham sucesso. Sendo temas que atraem perfis naturalmente curiosos, experimentais e com vontade de aprender, o nosso desafio de liderança é assegurar percursos de carreira que exponham as pessoas a novas tecnologias e a oportunidades de aprendizagem continua. Por isso, investimos fortemente em formação e em acesso generoso a plataformas de self-learning

Numa empresa com mais de 250 consultores, que estratégias são fundamentais para assegurar um ambiente de trabalho colaborativo, saudável e motivador em diferentes geografias e projetos?

Pedro Pinho (PP) – A nossa estratégia assenta em quatro vertentes. Primeiro, na vertente humana, investimos bastante – a nível nacional e internacional – em escritórios localizados em ambientes inovadores e criativos que motivem a presença nos mesmos, bem como eventos corporativos que permitem que os consultores se conheçam em pessoa, sobretudo quando trabalham nos mesmos projetos. É fundamental que não nos vejamos apenas como “quadradinhos” no ecrã do Teams, mas como pessoas. Segundo, na vertente de suporte empresarial, investimos de forma significativa em tecnologias de colaboração – desde gestão de conhecimento, sessões internas de “Tech Talks” até, mais recentemente, apoios de IA que facilitam a cooperação entre equipas distribuídas. Terceiro, a nível da vertente de reconhecimento – investimos numa plataforma de feedback que permite ao colaborador recorrentemente de forma anónima dar o seu feedback sobre a forma como vê a empresa, a gestão e os seus pares; promovemos o reconhecimento de sucessos entre pares, e uma remuneração competitiva financeiramente

Pedro Farinha, Sócio
Pedro Pinho, Sócio

e não só, como a oportunidade de participar em iniciativas de voluntariado. Finalmente, proporcionar trabalho com colegas de diferentes geografias e culturas é, por si só, um fator motivador e de crescimento profissional que os nossos consultores procuram e que nos esforçamos por viabilizar.

Que papel desempenham a formação contínua e a partilha de conhecimento na consolidação de uma cultura de excelência e inovação dentro da APGAR?

PF - Como o Pedro Pinho referiu, a formação contínua e a partilha de conhecimento são catalisadores das capacidades técnicas dos nossos consultores. Identificamos os melhores especialistas nas várias tecnologias com que trabalhamos, independentemente da geografia, e criamos “Communities of Practice” por tecnologia. Estas comunidades virtuais asseguram partilha ativa e evolução conjunta do nosso know-how nas áreas estratégicas.

PP - Outro ponto crítico é, à medida que crescemos, preservar a cultura Apgar – relações de longo prazo e mutuamente benéficas com clientes, parceiros tecnológicos e, naturalmente, entre os nossos consultores. Por isso, temos um processo de onboarding robusto, que inclui um sistema de “buddy/coach” que garante a transmissão dos nossos princípios de ética, qualidade e compromisso aos novos colaboradores

Como é que a empresa equilibra a exigência de desempenho técnico com o bem-estar e o desenvolvimento pessoal dos seus consultores?

PF - Um dos nossos princípios é construir relações de longo prazo e de benefício mútuo – e isso aplica-se plenamente aos nossos consultores. Queremos carreiras de maratona, não sprints de 100 metros. Para se correr uma maratona com sucesso é preciso um ritmo sustentável; o mesmo vale para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Temos, por isso, várias iniciativas que favorecem esse equilíbrio, desde políticas de férias flexíveiss, à possibilidade de trabalhar remotamente seis semanas por ano, passando por um modelo híbrido de trabalho igualmente flexível e iniciativas de bem-estar integral (por isso ficámos bastante orgulhosos de termos obtido novamente o prémio de Wellbeing, algo que continuamos a prioritizar).

Quais considera serem os próximos desafios para manter e reforçar o estatuto da APGAR como um dos melhores locais para trabalhar, numa área tão competitiva e em rápida evolução como a da gestão de dados e IA?

PP - O primeiro desafio é garantir que a nossa cultura própria não se dilui à medida que continuamos a crescer – daí termos uma estratégia e uma equipa dedicadas à cultura organizacional, com iniciativas que mantêm todos alinhados com os princípios que, acreditamos, nos trouxeram a confiança dos nossos clientes.

O segundo desafio é continuar um processo de escuta e feedback contínuo – conseguir perceber onde podemos melhorar e não acreditar que o que fizemos até agora é suficiente. Por isso temos ferramentas internas de questionários e avaliação de satisfação semanal e anónimas, às quais damos bastante importância e cujas métricas (como taxas de recomendação e NPS) acompanhamos regularmente.

O terceiro desafio é manter-nos na crista da onda tecnológica, trabalhando com tecnologias realmente transformadoras e geradoras de valor – porque um cliente satisfeito é um dos maiores motores de motivação das nossas equipas. Por fim, continuar a alimentar a curiosidade dos nossos consultores com oportunidades de aprendizagem, crescimento e flexibilidade na progressão de carreira.

Nuno Neves, Diretor-Geral

INTERCONTINENTAL LUANDA MIRAMAR: EXCELÊNCIA GLOBAL COM IDENTIDADE ANGOLANA

Distinguido recentemente com a certificação Great Place to Work Angola, o InterContinental Luanda Miramar afirma-se não apenas como ícone da hotelaria de luxo, mas também como referência em gestão de pessoas e impacto comunitário. À frente do hotel, Nuno Neves, Diretor-Geral, destaca o equilíbrio entre padrões internacionais e identidade local, sustentado por uma cultura de ética, respeito e motivação diária. Com foco na consistência operacional, formação contínua e projetos de envolvimento com a comunidade, o hotel projeta-se como espaço de excelência, onde o detalhe no serviço se reflete no orgulho coletivo das equipas e na ambição de manter-se como referência nacional e internacional.

O InterContinental Luanda Miramar foi distinguido com a certificação Great Place to Work® Angola. De que forma esta conquista reflete a vossa filosofia de gestão de pessoas e como se traduz no dia a dia da operação hoteleira?

No InterContinental Luanda Miramar temos a consciência, cada dia, de seguirmos os altos padrões internacionais de bem tratar todos os funcionários, seguir os princípios da boa ética e, acima de tudo, respeitar tudo e todos. Sendo uma empresa de serviços, temos a noção de ter um clima interno saudável, com um excelente refeitório, duches, uniformes limpos e todos os contratos e salários respeitados a 100%.

A nova geração em Angola requer muita ambição e projetos modernos de dimensão internacional. Isto mesmo encontram aqui no nosso hotel

O setor da hotelaria de luxo exige uma atenção permanente ao detalhe. De que forma consegue conciliar a excelência no serviço ao cliente com a criação de um ambiente interno que inspira motivação e dedicação?

Basicamente passa pela consistência, formação diária e muita repetição das operaçôes.

O InterContinental Luanda Miramar insere-se numa cadeia global, mas com raízes e impacto num contexto local específico. Como garante que essa dualidade – internacional e angolana –se reflete de forma harmoniosa na identidade do hotel?

Esta fusão de valores e mentalidades distintas são, na prática, as minhas funções cada dia de verificar que ambas se balanceiam

e o melhor de cada um será sempre tomado em conta. Mais uma vez é a supervisão e alinhamento diários.

A hotelaria é, por natureza, um setor de pessoas. Que estratégias considera mais eficazes para atrair, formar e reter talentos num mercado cada vez mais competitivo?

A nova geração em Angola requer muita ambição e projetos modernos de dimensão internacional. Isto mesmo encontram aqui no nosso hotel.

O envolvimento com a comunidade surge como um pilar da vossa atuação. Que iniciativas considera mais transformadoras e de que forma estas influenciam o orgulho e a coesão das equipas?

Um hotel apenas pode ser bem sucedido se estiver de acordo com a comunidade local onde opera. Ora, nós possuímos imensas atividades, ao longo do ano, onde ajudamos deveras e muito, a cidade de Luanda, nos mais variados setores. Como em cada ano, em setembro temos a atividade de Giving for Good, em que damos bens, doamos sangue, ajudamos bombeiros, lares, entre outros.

Como imagina o futuro do InterContinental Luanda Miramar nos próximos anos, tanto a nível interno como a nível externo, no posicionamento do hotel em Angola e no panorama internacional da hotelaria de luxo?

Já é e será o hotel de referência, tanto a nivel nacional como internacional. Devido à estrutura física, diversidade de espaços e o fator humano. São duas potencialidades que estamos a dignificar e tentar manter como consistentes, sempre em modo de alta.

MAP: O COMPROMISSO COM AS PESSOAS

No, a cultura organizacional é mais do que um conceito – é um modo de estar vivido com autenticidade, proximidade e coerência. Distinguido pela Great Place To Work, o Grupo reforça o compromisso de colocar as pessoas no centro da sua estratégia. Em entrevista, Cláudia Rosado, Diretora de Pessoas do Grupo MAP, revela como a integridade, a confiança e o espírito de equipa sustentam um ambiente onde o talento cresce com propósito e o sucesso se constrói com alma.

A distinção atribuída pela Great Place To Work representa um reconhecimento coletivo da cultura que o Grupo MAP tem vindo a construir. Que elementos considera essenciais para que esta cultura se mantenha viva e coerente com os valores do grupo?

A cultura MAP é feita de pessoas com propósito, e isso é talvez o seu maior traço distintivo. Acreditamos que uma cultura organizacional só se mantém viva quando é sentida e vivida no dia a dia, e não apenas comunicada. Os elementos essenciais têm sido a autenticidade, a proximidade e a coerência entre o que dizemos e o que fazemos. Trabalhamos todos com um objetivo comum: construir com rigor, mas também com alma e isso reflete-se na forma como nos relacionamos, colaboramos e crescemos juntos. A cultura MAP não é um conceito abstrato; é o reflexo do comportamento coletivo das nossas equipas, sustentado por valores muito claros: integridade, confiança e espírito de equipa.

Num setor tradicionalmente marcado por desafios técnicos e operacionais, como é que o Grupo MAP tem conseguido colocar as pessoas no centro da sua estratégia e fazer dessa aposta um fator de diferenciação e sucesso?

Acreditamos que não há excelência técnica sem bem-estar humano. Num setor onde o foco tende a estar na execução, o MAP

Group escolheu colocar o foco nas pessoas que tornam a execução possível. Isso traduz-se em medidas muito concretas: programas de escuta ativa, planos de desenvolvimento individual, formação contínua e políticas de equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Mais do que iniciativas pontuais, esta aposta tem sido uma mudança estrutural de mentalidade: queremos que quem trabalha na MAP se sinta realizado, ouvido e desafiado porque sabemos que equipas felizes constroem resultados sólidos e sustentáveis.

O estudo da Great Place To Work valoriza dimensões como confiança, orgulho e espírito de equipa. De que forma estes princípios se manifestam diariamente nas equipas e na liderança do Grupo MAP?

Esses três pilares: confiança, orgulho e espírito de equipa são o DNA da nossa forma de liderar. A confiança é construída com transparência e proximidade, o orgulho nasce do reconhecimento mútuo e do impacto que sentimos em cada projeto, e o espírito de equipa manifesta-se na entreajuda, na partilha e na vontade de fazer mais e melhor, juntos. Na MAP, a liderança não se mede apenas por resultados, mas pela capacidade de inspirar, apoiar e criar um ambiente de crescimento coletivo. É isso que faz com que todos sintamos que fazemos parte de algo maior do que o nosso próprio trabalho.

Com este reconhecimento do Grupo MAP, que metas e compromissos pretende reforçar enquanto Diretora de Pessoas, olhando para o futuro do grupo e para o desenvolvimento dos seus colaboradores?

Estre reconhecimento é um ponto de chegada, mas também um ponto de partida. O compromisso é claro: continuar a investir nas pessoas como o ativo mais valioso do grupo. Queremos reforçar programas de desenvolvimento de liderança, promover maior diversidade geracional e de percursos, e aprofundar políticas de bem-estar que sejam genuinamente transformadoras, não apenas benefícios, mas experiências que façam a diferença na vida de quem cá está. O futuro da MAP constrói-se com talento, mas também com propósito. E o nosso compromisso é garantir que cada pessoa encontra aqui um lugar onde pode crescer, contribuir e sentir orgulho em pertencer.

geral@mapgroup.pt • www.mapgroup.pt

Cláudia Rosado, Diretora de Pessoas

ÓCULOS PARA TODOS APOSTA NO FRANCHISING

À frente da Óculos Para Todos, Alexandre Lopes aposta no franchising como motor de uma expansão ágil e sustentada, com o objetivo de levar a excelência e proximidade da marca a todas as regiões de Portugal.

A Óculos Para Todos está agora a iniciar o seu percurso no franchising. O que motivou a escolha deste modelo de expansão e quais são os principais objetivos para esta fase inicial?

A escolha neste modelo de expansão foi motivada por uma combinação estratégica de fatores. Nesta combinação temos a possibilidade de escalar o nosso negócio, já de si sólido e com uma proposta de valor bem definida e, também, realizarmos uma expansão ágil e com parceiros realmente interessados no sucesso local da marca. Uma expansão através do modelo de franchising permite manter a padronização da operação e da experiência do cliente ao mesmo tempo que valorizamos o empreendedorismo regional e as próprias localidades recetoras. Com o apoio de franqueados comprometidos, não só com o nosso modelo de negócio mas também com os processos e valores da marca, esperamos fortalecer, mais ainda, o nome Óculos Para Todos no mercado da ótica nacional, mantendo um clima de proximidade geográfica com o cliente final. Neste momento, o foco prende-se na consolidação operacional dos primeiros franqueados, fornecendo-lhes todo o material e conhecimento necessários ao seu crescimento, não apenas em números mas, principalmente, garantindo qualidade no serviço e satisfação dos consumidores. Esperamos conseguir atrair os parceiros certos, pessoas capazes de partilhar a nossa visão do mercado na íntegra e assertivas na hora de proporcionar excelência com responsabilidade perante o consumidor português.

Que perfil procuram nos futuros franchisados e que critérios são fundamentais para assegurar que cada nova loja mantém o padrão de excelência e qualidade da marca?

Procuramos franqueados com capacidades além da financeira. Pretendemos empreendedores comprometidos com um atendimento de excelência e fortes capacidades de gestão. Experiência prévia em negócios e liderança é sempre valorizada mas o foco de interesse está na dedicação e envolvimento no dia a dia da loja e a vontade de fazer crescer o negócio. Para que as lojas tenham sempre o mesmo padrão que idealizamos, iremos auxiliar os nossos parceiros segundo critérios internos rigorosos de acompanhamento da franquia. O franchising

irá ajudar a nossa marca a crescer de forma sustentada e consistente. O objetivo passa pela fundação de uma rede de parceiros unida de pessoas que entendem que ser Óculos Para Todos não se encontra ao alcance de qualquer um.

Reconhecida, recentemente, com várias distinções e prémios, quais são agora as metas de crescimento da Óculos Para Todos e de que forma o franchising contribuirá para consolidar a marca? Existem distinções e distinções. Embora tenhamos praticamente todas as grandes premiações em Portugal - Scoring Top 5% e 10%, Prémio 5 Estrelas Regiões 2025 (vem de três anos consecutivos), Escolha Sustentável, Produto do Ano, Marca Recomendada e, recentemente, a distinção Great Place To Work – sendo muitas delas alusivas à própria escolha do consumidor através de inquéritos realizados diretamente a clientes da nossa marca quanto à sua satisfação com produtos e serviços prestados, continuamos com uma sede imensa de crescer e fornecer cada vez mais serviços e produtos de topo. Com o franchising, esperamos responder assertivamente aos nossos clientes de forma a fortalecer o nome da marca no mercado português como uma marca que se vê responsável, transparente, cada vez mais próxima das pessoas e com um nível de atendimento personalizado às reais expetativas do cliente, que termina com colaboradores atentos e solícitos capazes de mostrar claramente em qualquer parte do país a mística, valores e ideais desta empresa.

Este modelo de negócio irá permitir uma expansão rápida e padronizada à marca em diferentes regiões, mantendo não só a identidade visual e de valores a que habituamos o nosso cliente como, também, assegurar a qualidade de produtos, serviços e atendimento, tornando-os facilmente reconhecíveis e uniformes nos pontos de venda.

Alexandre Lopes, CEO

DECISÕES FINANCEIRAS COM CONFIANÇA E SUSTENTABILIDADE

Com uma visão centrada nas pessoas e na literacia financeira, Marta Almeida, Coordenadora Nacional da DS Intermediários de Crédito, sublinha o papel determinante da marca na construção de decisões financeiras mais conscientes e sustentáveis. Integrando a força e a credibilidade do Grupo DS, a DS Intermediários de Crédito tem vindo a afirmar-se como parceira de confiança das famílias portuguesas, transformando a complexidade do crédito em soluções simples, personalizadas e geradoras de equilíbrio financeiro.

De que forma o facto de a DS Intermediários de Crédito integrar o Grupo DS reforça a confiança, a solidez e a capacidade de oferecer soluções de crédito verdadeiramente ajustadas às necessidades de cada cliente?

Fazer parte do Grupo DS é, acima de tudo, fazer parte de uma história de sucesso construída com credibilidade e confiança. Com mais de 22 anos de experiência, este grupo dá-nos a força, a estrutura e as parcerias necessárias para oferecer aos clientes soluções de crédito verdadeiramente ajustadas às suas vidas. O que nos distingue é a forma como transformamos números em projetos concretos: através das nossas equipas, ajudamos as pessoas a comprar casa, a reorganizar o seu orçamento e, sobretudo, a ganhar tranquilidade financeira. Ser DS é ter a solidez de um grupo e a proximidade de uma equipa que conhece cada cliente pelo nome.

Que serviços de intermediação de crédito e consultoria a DS Intermediários de Crédito disponibiliza para assegurar aos clientes as melhores condições financeiras, maximizando a sua poupança e ajustando-se às necessidades específicas de cada família ou empresa?

Na DS Intermediários de Crédito, através da nossa rede de lojas, trabalhamos com um propósito muito claro: ajudar cada cliente a tomar a melhor decisão financeira. As nossas equipas analisam, comparam e propõem soluções junto de diversas instituições bancárias, garantindo sempre as melhores condições – seja num novo

crédito, seja na renegociação de contratos já existentes. O nosso papel é simplificar, traduzir o “banco” para a linguagem das pessoas e garantir que cada família paga apenas o justo e necessário. Essa é a nossa forma de gerar poupança.

Num contexto económico marcado pela incerteza, de que forma a DS Intermediários de Crédito tem contribuído para promover uma maior literacia financeira junto dos seus clientes e parceiros?

A DS Intermediários de Crédito, através das nossas equipas, promove diariamente a literacia financeira através do acompanhamento

O futuro do crédito passa, sem dúvida, pelos intermediários. Dispomos de tecnologia, know-how e, acima de tudo, de uma relação de confiança com os bancos e os clientes

Marta Almeida, Coordenadora Nacional

próximo e da disponibilização de informação clara e útil. Ao longo dos anos temos desenvolvido várias dinâmicas neste sentido, com dicas práticas sobre como poupar, gerir créditos e criar reservas de emergência, e outro tipo de ações que são implementadas localmente pela nossa rede de lojas, nomeadamente com sessões de Literacia Financeira. Destaca-se também o projeto “Mini-Heróis da Poupança”, um projeto lúdico-pedagógico dirigido a famílias e escolas, que ensina as crianças a compreender o valor do dinheiro e a adotar hábitos de poupança desde cedo. Acreditamos que um consumidor informado é mais autónomo, confiante e capaz de tomar decisões financeiras conscientes.

Que estratégias considera fundamentais para transformar o conhecimento financeiro em decisões mais conscientes, equilibradas e sustentáveis no dia a dia das famílias e das empresas?

Transformar conhecimento em ação é o grande desafio. Na DSIC acreditamos que a mudança começa pela compreensão. Explicamos, acompanhamos e ajudamos a planear. Cada reunião é uma oportunidade para educar e empoderar o cliente, mostrando que pequenas escolhas podem fazer uma grande diferença no orçamento familiar. Apostamos em três pilares fundamentais: educar, através de conteúdos claros e didáticos; aconselhar, com base em diagnósticos personalizados; e acompanhar, garantindo que as decisões tomadas hoje continuam a fazer sentido amanhã. O objetivo é transformar o conhecimento em poder de decisão, bem-estar financeiro e qualidade de vida.

Os intermediários de crédito são hoje verdadeiros parceiros da banca, e por eles passa quase a totalidade do crédito concedido aos consumidores. Tendo em conta a atividade da DS Intermediários de Crédito, qual a tipologia de crédito mais procurada pelos portugueses? E como perspetiva a sua evolução no próximo ano?

O crédito à habitação continua a ser o motor do setor, mas temos assistido a um aumento notável do crédito consolidado e pessoal. Muitas famílias procuram reorganizar as suas finanças e reduzir encargos. O nosso papel, juntamente com as nossas equipas, é orientá-las nesse processo, com soluções que tragam equilíbrio e segurança. O intermediário de crédito tornou-se um parceiro indispensável – alguém

que poupa tempo, reduz custos e garante que a decisão é tomada com confiança.

O setor da intermediação de crédito continuará a crescer e a acompanhar o dinamismo do mercado, como tem acontecido até à data. Como prevê que evolua o setor e, em simultâneo, as responsabilidades e desafios da própria profissão?

O futuro do crédito passa, sem dúvida, pelos intermediários. Dispomos de tecnologia, know-how e, acima de tudo, de uma relação de confiança com os bancos e os clientes. O desafio que se coloca é garantir que esta profissão continua a evoluir com o reconhecimento que merece. Defendo que o enquadramento legal deve ser atualizado, para acompanhar a maturidade do setor e reforçar a credibilidade de quem nele trabalha. Só assim poderemos continuar a dignificar uma atividade que hoje é essencial à estabilidade financeira das famílias portuguesas.

Como avalia a evolução do mercado nacional no que respeita às soluções de crédito e investimento orientadas para a preservação do poder de compra e a criação de riqueza a longo prazo?

Hoje, mais do que nunca, as pessoas querem estabilidade. Procuram soluções de crédito e investimento que lhes permitam viver com segurança, proteger o seu poder de compra e pensar no futuro. Nota-se uma mudança de mentalidade: já não se procura apenas “o mais barato”, mas sim o mais equilibrado e sustentável. Este é o caminho certo – o da consciência financeira e da gestão inteligente dos recursos.

Que visão de futuro a DS Intermediários de Crédito ambiciona afirmar num cenário em que a literacia, a poupança e a decisão informada se tornam fatores decisivos de competitividade económica?

A DS Intermediários de Crédito foi criada em 2017 com um propósito claro: apoiar a população, ajudando clientes individuais e famílias a encontrar as melhores soluções de financiamento ou de renegociação de crédito e, em simultâneo, criar novas oportunidades de trabalho no âmbito do Grupo DS. O foco que definimos há oito anos mantém-se o mesmo: disponibilizar um serviço diferenciador, próximo e personalizado. Essa consistência permitiu-nos crescer de forma sustentada, consolidar a nossa presença no mercado e afirmar-nos como uma referência nacional na intermediação de crédito, como parceiros de peso no setor financeiro e bancário. É com esta visão que queremos continuar a atuar: promovendo, através da nossa rede de lojas, decisões financeiras mais conscientes, sustentáveis e acessíveis. Na DSIC, não lidamos apenas com crédito – lidamos com sonhos, objetivos e conquistas reais.

Catarina Matos (Coordenadora Nacional Adjunta da DSIC), Paulo Abrantes (Diretor Geral do Grupo DS), Marta Almeida (Coordenadora Nacional da DSIC)

EDUCAR PARA DECIDIR: A VISÃO DE DULCE FORTE

No centro da sua missão, a Dulce Forte Consulting Group assume a educação financeira como alicerce de uma sociedade mais consciente, equilibrada e produtiva. Liderada por Dulce Forte, a entidade formadora certificada pela DGERT aposta na capacitação e não na intermediação, promovendo uma cultura de autonomia financeira que liga o conhecimento à ação, o equilíbrio económico ao bem-estar e a literacia à liberdade de escolha.

Num contexto em que o acesso ao crédito e às soluções de investimento é cada vez mais diversificado, de que forma a Dulce Forte Consulting Group pretende sensibilizar as pessoas para a importância da literacia financeira?

A Dulce Forte (DF) Consulting Group, entidade formadora certificada pela DGERT, atua na promoção da literacia financeira como pilar essencial para a sustentabilidade económica, social e emocional. Num cenário em que o crédito é fácil, mas as consequências da má gestão são profundas, acreditamos que compreender o dinheiro é o primeiro passo para decisões conscientes e sustentáveis. Desenvolvemos programas de formação, workshops e mentorias para públicos diversos – famílias, jovens e empresas – com linguagem acessível e exemplos do quotidiano. A nossa metodologia alia conhecimento técnico, educação comportamental e ferramentas práticas. O objetivo é transformar informação em capacitação, promovendo

uma relação saudável e responsável com os recursos financeiros. Quanto mais informadas estiverem as pessoas, mais resilientes se tornam as economias e comunidades.

Que impacto pode ter a formação em literacia financeira na prevenção de decisões precipitadas ou arriscadas no domínio da poupança e do investimento?

A formação tem um papel preventivo incontornável. Quando as pessoas compreendem os conceitos como risco, rentabilidade, diversificação e horizonte temporal, tornam-se mais conscientes e evitam decisões baseadas em emoções.

Na DF Consulting Group, fortalecemos a autonomia e confiança financeira através de metodologias dinâmicas, estudos de caso e simulações reais, que ajudam a avaliar alternativas, planear objetivos e compreender o impacto de cada decisão. Ao desenvolver pensamento

Dulce Forte, CEO

crítico e competências analíticas, reduzimos a vulnerabilidade a modas financeiras e endividamento excessivo. A educação financeira é mais do que uma ferramenta de gestão. É uma forma de proteção e liberdade económica.

A Dulce Forte Consulting Group defende que o equilíbrio financeiro está diretamente ligado ao bem-estar. Como é que este princípio se traduz nas metodologias de trabalho e nos programas de formação que desenvolvem?

Para a DF Consulting Group, o equilíbrio financeiro é uma dimensão essencial do bem-estar, pois traduz-se na capacidade de sentir-se no controlo das próprias finanças, com segurança, liberdade e consciência nas decisões. Partimos da premissa de que o dinheiro é um meio para alcançar tranquilidade e qualidade de vida, e não um fim em si mesmo. As nossas metodologias combinam educação financeira comportamental, mentoria e gestão de prioridades, ajudando cada participante a compreender a relação entre finanças e emoções. Trabalhamos temas como stress financeiro, metas realistas, imprevistos e reservas de segurança, essenciais ao equilíbrio pessoal e familiar. Promovemos uma cultura de responsabilidade e propósito, onde a literacia financeira se torna instrumento de bem-estar coletivo e produtividade, permitindo que cada pessoa viva com maior equilíbrio, liberdade de escolha e confiança no futuro.

Promovemos uma cultura de responsabilidade e propósito, onde a literacia financeira se torna instrumento de bem-estar coletivo e produtividade

Considerando que a produtividade das equipas depende, em grande parte, da estabilidade pessoal e emocional, que papel atribui à educação financeira na dinamização de um ambiente organizacional mais saudável e eficiente?

A educação financeira é um investimento estratégico nas pessoas e nas empresas. Colaboradores financeiramente equilibrados têm maior foco, motivação e menor stress, refletindo-se na produtividade e no clima organizacional. A DF Consulting Group integra a literacia financeira em programas de desenvolvimento corporativo, com intervenções centradas na gestão de orçamento pessoal, planeamento familiar, poupança, investimento e definição de metas financeiras. Estas ações reduzem a ansiedade financeira, promovem comportamentos responsáveis e incentivam uma cultura de confiança e equilíbrio. A literacia financeira é um pilar de sustentabilidade e desempenho coletivo.

De que forma a Dulce Forte Consulting Group diferencia a sua abordagem de outras entidades que atuam na área da consultoria financeira tradicional, centrando-se mais na capacitação do que na oferta de produtos?

A DF Consulting Group diferencia-se por atuar exclusivamente na capacitação financeira e não na intermediação. O nosso foco é educar, não vender. Não promovemos produtos nem serviços financeiros; promovemos competência, autonomia e consciência. Damos ferramentas para compreender e comparar produtos financeiros, capacitando o cidadão para decisões autónomas e conscientes.

A nossa atuação assenta em três eixos:

• Formação personalizada, adaptada à realidade de cada pessoa ou empresa;

• Consultoria estratégica, orientada por dados e objetivos de longo prazo;

• Mentoria contínua, que garante aplicação prática do conhecimento.

Trabalhamos com independência, ética e impacto social, valorizando a transparência e a confiança. Este posicionamento faz da DF Consulting Group um parceiro no desenvolvimento humano e económico dos seus clientes.

Quais os maiores desafios que ainda se colocam à consciencialização financeira em Portugal e como a DF Consulting Group tem procurado contribuir para a sua superação?

Os desafios da literacia financeira em Portugal mantêm-se significativos. Apesar de mais informação disponível, ainda existe uma lacuna entre o saber e o fazer. Persistem hábitos de consumo imediatista, baixa poupança, medo de investir e dificuldade em planear. A DF Consulting Group, entidade formadora certificada pela DGERT, responde com programas acessíveis, linguagem simples e exemplos práticos, aproximando o conhecimento à realidade das pessoas. Apostamos em parcerias com escolas, autarquias, empresas e instituições públicas, fomentando uma mudança cultural e geracional. Investimos na formação de jovens e famílias, na sensibilização digital e em ações de proximidade.

O nosso compromisso é com uma mudança estrutural e duradoura, que torne o cidadão português mais confiante e responsável na gestão do seu dinheiro. De forma resumida, não damos o peixe, mas ensinamos a pescar!

info@dulceforte.com • www.dulceforte.com

AUTONOMIA FINANCEIRA COM A FINPARTNER

Numa altura em que a literacia financeira se tornou um fator decisivo para a resiliência das famílias e a competitividade das empresas, a Finpartner, sob a direção de Daniela Esteves, distingue-se por transformar conhecimento em empowerment

Num contexto em que o equilíbrio financeiro é cada vez mais determinante para a estabilidade pessoal e empresarial, de que forma a Finpartner tem contribuído para promover uma maior literacia financeira junto dos seus clientes?

Na Finpartner acreditamos que a literacia financeira é fundamental para decisões conscientes e para a estabilidade pessoal e empresarial, por isso desenvolvemos iniciativas que aproximam os nossos clientes da realidade económica e fiscal de forma simples e prática. Destacam-se o nosso podcast “Ouvi dizer que…”, onde desmistificamos conceitos financeiros de forma acessível, a app Finpartner com simuladores que ajudam a antecipar impactos fiscais, a participação no programa nacional “Finanças para Todos” e a criação de conteúdos digitais com explicações claras sobre temas fiscais e contabilísticos. Para além da comunicação digital, mantemos uma postura pedagógica nos serviços que prestamos, explicando o “porquê” das situações e tornando problemáticas complexas mais compreensíveis. Este acompanhamento próximo reforça a confiança e garante decisões informadas. Em suma, trabalhamos para tornar a literacia financeira mais acessível e relevante, posicionando-nos como um parceiro que não só presta serviços, mas também promove conhecimento e autonomia.

Que estratégias considera mais eficazes para transformar o conhecimento financeiro em decisões conscientes, capazes de melhorar o bem-estar económico das famílias e das empresas? Transformar conhecimento financeiro em decisões conscientes exige estratégias simples e consistentes. Começa pelo planeamento

e controlo do orçamento, registando rendimentos e despesas para perceber para onde vai o dinheiro e identificar ajustes, algo que pode ser feito numa folha de cálculo ou em aplicações bancárias. A regularidade é fundamental para manter este hábito. Definir objetivos claros também é essencial, pois metas concretas orientam decisões e a segregação de contas por objetivo facilita a organização e a poupança. Antes de assumir compromissos, como créditos ou mudanças profissionais, é importante simular o impacto no orçamento, recorrendo a simuladores online para antecipar cenários. A literacia financeira constrói-se com formação contínua, através de conteúdos acessíveis como podcasts, vídeos e programas especializados, sempre privilegiando fontes credíveis e evitando promessas de ganhos fáceis. Apostar na educação financeira desde cedo, criando hábitos nas escolas e famílias, é igualmente determinante para decisões conscientes ao longo da vida. Em resumo, tudo começa com pequenos passos e com o compromisso de aprender, porque cada nova informação pode melhorar a gestão dos recursos e contribuir para maior bem-estar económico.

A poupança, o investimento e o crédito são pilares essenciais do sistema financeiro. Como é que a Finpartner orienta os seus clientes para encontrar o ponto de equilíbrio entre estes três elementos, num cenário de incerteza económica?

Na Finpartner, trabalhamos para garantir que os clientes têm informação clara e atualizada sobre a sua situação financeira, permitindo decisões conscientes mesmo em cenários de incerteza. Acompanhamos de perto os negócios, fornecendo relatórios e indicadores que ajudam a avaliar se existe margem para investir ou necessidade de recorrer a crédito. Analisamos cenários e impactos das decisões, apoiando na gestão de tesouraria, na definição de prioridades entre poupança, investimento e crédito, e na avaliação de riscos. Quando necessário, encaminhamos para parceiros especializados que orientam sobre opções de investimento e soluções de crédito adequadas.

Promovemos também literacia financeira, explicando conceitos que ajudam a equilibrar liquidez, rentabilidade e segurança, reforçando a importância de reservas, oportunidades e uso responsável do crédito. O nosso objetivo é ser um parceiro estratégico, garantindo que cada decisão se baseia em informação sólida e adaptada à realidade do cliente, minimizando riscos e promovendo sustentabilidade financeira.

Daniela Esteves, Partner

BEM-ESTAR FINANCEIRO: DA LITERACIA À DECISÃO

Num cenário económico desafiante, garantir o bem-estar financeiro é essencial para o sucesso tanto de particulares como de empresas. A literacia financeira, baseada numa partilha de conhecimento, torna-se indispensável como ferramenta de empoderamento pessoal, uma vez que a gestão do dinheiro com conhecimento permite soluções mais conscientes e sustentáveis.

Nesse sentido, este espaço editorial aqui apresentado, pretende contribuir com literacia sobre educação financeira, não só ao nível do equilíbrio e bem-estar económico, para o qual se tornam indispensáveis ferramentas como a Formação, a Consultoria e a Mentoria, mas também dar uma visão do que o mercado tem para oferecer ao nível do investimento, da poupança e do acesso ao crédito.

ALGARVE 360O O PRESENTE E O FUTURO DA REGIÃO

O Algarve 360° é um convite a descobrir a região para além do seu sol e mar, revelando um território que se reinventa e diversifica a cada dia. Entre a tradição que preserva a autenticidade e a inovação que projeta o futuro, o Algarve afirma-se como um laboratório de novas ideias, onde o turismo sustentável convive com a tecnologia, a agricultura inteligente, a economia azul e a criatividade cultural. Esta visão ampla procura mostrar o Algarve em várias dimensões como a económica, social e ambiental destacando o papel de empresas, instituições e pessoas que transformam desafios em oportunidades. Olhar o Algarve a 360° é reconhecer uma região em movimento, vibrante e inspiradora, onde qualidade de vida e desenvolvimento caminham lado a lado.

A EXCELÊNCIA NO PAISAGISMO QUE NASCE DA EXECUÇÃO

Tiago Oliveira, Fundador e Diretor-Geral da Detail Landscaping

A EXCELÊNCIA NO PAISAGISMO QUE NASCE DA EXECUÇÃO

Com o coração verde e a paixão pela perfeição, a Detail Landscaping, fundada por Tiago Oliveira, em 2009, é hoje uma das empresas de referência no paisagismo em Portugal. Integrada no Grupo T.O. Solutions, cresceu com uma filosofia clara: fazer bem feito, com rigor técnico, dedicação e respeito pelo meio ambiente. Do Algarve para o país e para o mundo, a empresa reforça o seu compromisso com a qualidade, a sustentabilidade e o valor das pessoas.

O nosso coração é verde

A Detail nasceu em 2009, em plena crise do setor da construção civil, com uma missão simples e ambiciosa: criar espaços verdes de excelência. “Começámos com poucos recursos, mas com muita vontade de fazer diferente. A nossa paixão sempre foi transformar espaços, dar-lhes vida e harmonia”, recorda Tiago Oliveira, Fundador e Diretor-Geral da empresa.

Inicialmente focada na manutenção de jardins e espaços verdes de propriedades privadas e unidades hoteleiras, a Detail rapidamente expandiu o seu leque de serviços para a construção e manutenção de espaços exteriores, execução de projetos de paisagismo, construção civil de apoio à arquitetura exterior, projetos de especialidades e manutenção de piscinas.

O crescimento foi natural e sustentado. “Em 2017, tivemos um salto significativo, não só pela maior oferta de serviços, mas também pela expansão para novas regiões como Lisboa, Beja e Santarém. Fomos crescendo com os desafios e isso moldou a nossa identidade”, explica Tiago Oliveira.

A força está na execução

O lema que guia a empresa é claro: “Só aceitamos o que for construído por nós”.

Mais do que uma máxima, é uma filosofia de trabalho que traduz a importância da qualidade e da coerência entre projeto e execução.

“Preferimos recusar um trabalho do que comprometer a nossa imagem. A nossa reputação foi construída com base no rigor e no resultado final”, afirma Tiago Oliveira.

Com cerca de 100 colaboradores diretos e uma estrutura sólida em constante expansão, a Detail destaca-se pela capacidade de

Começámos com poucos recursos, mas com muita vontade de fazer diferente. A nossa paixão sempre foi transformar espaços, dar-lhes vida e harmonia

resposta em todo o Algarve. “Temos obras de Sagres a Vila Real de Santo António, e crescemos todos os anos. Se tivéssemos 150 pessoas, teríamos trabalho para todas. É um crescimento orgânico, equilibrado e focado na qualidade”.

Manutenção: técnica e confiança

A manutenção é uma das áreas mais estruturadas da empresa e um pilar fundamental na relação com os clientes. “Cerca de 90% dos jardins que construímos ficam connosco em manutenção. Isso mostra confiança”, salienta o Diretor-Geral.

O departamento de manutenção é independente e funciona com equipas formadas para o detalhe. “O técnico de manutenção precisa de ter outro perfil, alguém que trabalha dentro das casas dos clientes, que precisa de discrição, cuidado e brio. Por isso, nunca colocamos uma pessoa na manutenção antes de seis meses na empresa. É tempo de aprender, observar e ganhar cultura de equipa”.

Essa cultura traduz-se também em padrões de conduta e apresentação. “Temos atenção aos detalhes desde a farda, que deve estar sempre impecável, até à forma de comunicar. Representamos a empresa em cada gesto”.

Uma equipa com alma

O crescimento da Detail assenta numa equipa coesa e motivada, hoje com cerca de 100 trabalhadores fixos, apoiada numa gestão dinâmica e num elevado grau de comprometimento. “A nossa equipa é o que temos de mais valioso. São pessoas que vestem a camisola, que querem fazer parte da história da empresa. E nós procuramos retribuir esse empenho com formação, valorização e espírito de grupo”, destaca Tiago Oliveira.

A cultura de proximidade é uma das marcas da casa. “Realizamos eventos internos ao longo do ano como caminhadas, convívios, piqueniques, atividades ao ar livre. Recentemente, fizemos uma caminhada em Monchique com toda a equipa, e também um safari pela serra algarvia para mostrar o interior a quem vem de fora. São momentos que fortalecem laços e criam orgulho em pertencer à Detail”.

Essa filosofia reflete-se nos resultados: baixa rotatividade, alta produtividade e uma equipa que cresce junta. “Há estabilidade, há confiança. E isso vê-se na qualidade do nosso trabalho”, afirma.

Projetar o futuro com raízes firmes

Com planos estratégicos a três anos, a empresa prepara novos passos para consolidar a sua posição no mercado nacional e internacional. “Estamos a criar o nosso próprio viveiro, que vai servir de apoio às obras e poderá, no futuro, ter uma vertente comercial. Também vamos mudar os nossos escritórios e estaleiro para uma zona mais central, com maior capacidade e melhores condições passaremos de 120 para cerca de 700 m² de área administrativa”, revela Tiago Oliveira. Outro objetivo é expandir a presença para a zona da Comporta, onde há forte procura e oportunidades concretas. “Não vamos à procura de trabalho, vamos com trabalho garantido. Só avançamos quando temos estrutura para cumprir o que prometemos”. Além das fronteiras nacionais, a Detail prepara-se para executar um projeto internacional de grande destaque em Montenegro, numa marina de luxo que deverá ganhar projeção mundial em 2026. “Vai ser um marco para nós. É um projeto que nos orgulha muito, porque mostra que o nosso trabalho tem qualidade reconhecida fora de Portugal”. Com o coração verde e o rigor de quem faz o que ama, a Detail consolida-se como uma das maiores empresas de paisagismo do país, mantendo viva a paixão que a fez nascer. “O nosso objetivo é sermos a maior empresa nacional até 2027 ou 2028. Mas, acima de tudo, queremos continuar a crescer com coerência, respeito e qualidade. A nossa força está na equipa e nas raízes que fomos criando ao longo destes anos”, conclui Tiago Oliveira. Mais do que uma empresa de jardinagem, a Detail é hoje um símbolo de como a excelência nasce da execução, e de como a verdadeira sustentabilidade começa nas pessoas.

info@detaillandscaping.pt www.detaillandscaping.pt

CULATRA 2030: A ILHA QUE ACENDE O FUTURO

Na Ilha da Culatra, a energia deixou de ser apenas um bem essencial para se tornar o motor de uma revolução silenciosa. Guiada pela ciência e pela força da comunidade, esta pequena povoação da Ria Formosa ergueu-se como modelo europeu de sustentabilidade. André Pacheco, Coordenador da iniciativa, e Jânio Monteiro, Responsável Técnico, contam como o Culatra 2030 transforma vulnerabilidade em vanguarda e dá à ilha o poder de produzir o seu próprio futuro.

Da precariedade à vanguarda

No coração da Ria Formosa, onde a areia se mistura com as marés e o tempo parece mover-se ao ritmo do vento, a Ilha da Culatra tornou-se um símbolo inesperado da transição energética europeia. Da precariedade à vanguarda, de comunidade esquecida a laboratório vivo de sustentabilidade, a Culatra é hoje um caso exemplar de como a ciência, a vontade coletiva e a energia do sol podem redesenhar o destino de um território.

A iniciativa Culatra 2030 – Comunidade Energética Sustentável nasceu em 2018, quando a Comissão Europeia lançou o programa Clean Energy for All European Islands. Entre centenas de candidaturas, apenas seis ilhas foram escolhidas para se tornarem laboratórios da transição energética. Uma delas foi portuguesa. “Era uma comunidade insular com pobreza energética real, onde as casas são simples, muitas sem isolamento, e a eletricidade só chegou em 1992. Era o sítio ideal para mostrar que a sustentabilidade pode nascer da vulnerabilidade”, recorda André Pacheco, Oceanógrafo e Investigador do Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve.

A força de uma comunidade

O desafio era imenso: transformar uma aldeia de pescadores, com história de resistência e exclusão, num modelo de energia

limpa e participativa. A proposta da Universidade do Algarve, em parceria com a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, foi a criação de uma Comunidade de Energia Renovável (CER) – uma cooperativa local, formada exclusivamente por habitantes, responsável por produzir e gerir a sua própria energia.

A visão técnica foi acompanhada de um princípio humano. “Desde o início, tudo foi feito de baixo para cima”, expli-

Jânio Monteiro, Responsável Técnico

ca Jânio Monteiro, Engenheiro Eletrotécnico e Docente da Universidade do Algarve. “Nada foi decidido sem ouvir a população. A comunidade dizia o que queria, o que aceitava e o que rejeitava. O processo participativo foi a pedra angular do projeto”. Essa metodologia, pouco comum em Portugal, revelou-se decisiva. A desconfiança inicial – fruto de décadas de abandono e de uma relação difícil com a administração pública – deu lugar a um diálogo construtivo entre pescadores, investigadores, empresas e autoridades. A academia tornou-se mediadora, traduzindo a linguagem técnica da energia para a realidade quotidiana da ilha.

Sustentabilidade: o ponto de partida

Em conversa com o professor Jânio Monteiro, um dos responsáveis pela iniciativa, ficou claro que a sustentabilidade, particularmente na componente energética, é o motor da transformação. “Tudo começa na sustentabilidade”, sublinha.

A aposta é clara na geração de energia renovável – sobretudo solar – para aumentar a capacidade autónoma da ilha.

“A produção tem que igualar o consumo em termos instantâneos”, explica. Diferente do sistema nacional, em que grandes centrais asseguram o equilíbrio, na ilha a gestão é local, complexa e dinâmica. “Temos que monitorizar os consumos em tempo real, minuto a minuto, e ajustar o consumo à geração que varia ao longo do dia”. Um dos principais desafios encontra-se na intermitência das fontes renováveis. “Estas fontes são intermitentes e, por isso, a energia tem de ser usada no momento em que é gerada”, refere. A gestão passa assim a controlar também o consumo: “Ligamos e desligamos equipamentos, acumulamos energia, tudo para otimizar a utilização daquela energia disponível”.

O projeto de comunidade de energia renovável integra 25 consumidores – entre residentes e pequenas empresas – com sistemas tecnológicos instalados para monitorização e controlo inteligente. “O ideal é que cada pessoa utilize a energia que lhe cabe no momento certo, porque a energia se não for consumida no momento em que é gerada perde o valor”.

Este esforço local e tecnológico valeu à Culatra o reconhecimento como projeto-piloto da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – ERSE. “Somos a universidade que lidera este desenvolvimento tecnológico e de investigação que transforma a ilha numa comunidade energeticamente sustentável”, sublinha.

De território ameaçado a exemplo de futuro

Durante anos, a Culatra lutou pelo direito de existir. Inserida no Parque Natural da Ria Formosa desde 1987, viu as suas casas declaradas ilegais e os seus habitantes privados de apoios. Só em 2018, após anos de reivindicações, o Parlamento reconheceu o núcleo piscatório como comunidade consolidada. Esse reconhecimento coincidiu com o nascimento do Culatra 2030 – e a coincidência tornou-se destino.

A cooperativa que faz mover a ilha

Hoje, a C-COOP – Cooperativa para a Sustentabilidade da Ilha da Culatra é o motor do projeto. Criada por jovens culatrenses, gere a energia, mas também a economia do mar e as iniciativas sociais. Painéis fotovoltaicos instalados em edifícios comunitários abastecem casas, pequenas empresas e infraestruturas locais.

A energia é monitorizada em tempo real e distribuída de forma inteligente através de algoritmos que ajustam o consumo à

Nada foi decidido sem ouvir a população. A comunidade dizia o que queria, o que aceitava e o que rejeitava. O processo participativo foi a pedra angular do projeto

produção. O objetivo é alcançar 100% de autonomia energética diurna até 2030, meta já apoiada pelo programa MAR 2030.

Tecnologia, circularidade e impacto social

O modelo assenta na circularidade económica: o lucro gerado pela venda da energia é reinvestido na melhoria das habitações, na eletrificação da frota pesqueira e na educação ambiental. “A maior conquista foi a criação de uma massa crítica”, sublinha André Pacheco. “Hoje há cerca de 20 pessoas na Culatra que pensam o futuro coletivo, que participam, que lideram. Isso é transformador”.

A sustentabilidade energética consolidou também uma nova economia local, assente no mar, no sol e na cooperação. A ostreicultura, por exemplo, tornou-se um setor florescente e exportador.

Um modelo replicável

A experiência da Culatra encontra hoje eco em outros territórios. Projetos semelhantes estão em marcha em Vila Verde e em várias localidades de Espanha, apoiados por programas INTERREG coordenados por Jânio Monteiro. “Cada território adapta as soluções ao seu contexto, mas a essência é a mesma: energia limpa, participação cidadã e retorno local”.

Um farol português na transição energética

Distinguida com o Prémio Visão de Energias Verdes e no Portugal Smart Cities Summit, a Culatra é hoje visita obrigatória para quem quer compreender uma transição energética que é tecnológica e social. Até 2030, a estratégia inclui expandir a produção fotovoltaica, integrar baterias com recurso a outras fontes renováveis e assegurar a resiliência da rede elétrica. Mais do que um objetivo técnico, trata-se de uma mudança cultural. “As pessoas estão a aprender a ler o consumo em tempo real, a ajustar hábitos, a sentir-se parte de um sistema coletivo”, nota Jânio Monteiro. A ilha que um dia foi símbolo de carência é hoje um farol. Um farol que ilumina não só a Ria Formosa, mas o futuro possível de Portugal. Porque, como lembra André Pacheco, “a energia – tal como a dignidade – só tem valor quando é partilhada”.

C-Coop: Energia da Comunidade

Jóni Santos cresceu na Culatra com a liberdade de quem habita uma ilha onde todos se conhecem. Aos 33 anos, regressa à terra natal como doutorando em Engenharia Eletrotécnica, investigador da iniciativa Culatra 2030 e Presidente-Fundador da C-Coop – Cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável da Ilha da Culatra. A missão é ambiciosa: transformar a comunidade de cerca de 800 habitantes num exemplo de autossuficiência energética e desenvolvimento coletivo.

A motivação nasceu da experiência pessoal. “Cresci habituado a falhas de energia. No inverno o cabo submarino partia e chegavamos a ficar dias sem eletricidade”, recorda. Foi esse problema que inspirou a criação de uma comunidade de energia renovável assente no enorme potencial solar do Algarve.

A C-Coop surgiu em 2022, no âmbito do Culatra 2030, com 15 membros fundadores representativos das diversas atividades da ilha e das três associações locais. “Queremos uma cooperativa sem interesses individuais: todos têm o mesmo voto, independentemente do capital investido”, afirma. O projeto-piloto de energia renovável foi aprovado em 2023, colocando a C-Coop entre as sete iniciativas nacionais selecionadas, ao lado de empresas

Jóni Santos, Presidente da C-Coop

como Galp e EDP. Das 70 habitações inscritas, 25 foram escolhidas – todas de residentes permanentes. “Abrimos as inscrições a todos, exceto a nós que gerimos”, sublinha Jóni.

Mas a burocracia veio travar o avanço. “Temos o projeto aprovado desde o início de 2023, estamos no fim de 2025 e seguimos à espera de um papel para poder operar”, lamenta. Ainda assim, o engenheiro mantém-se otimista: “A Culatra vai tornar-se mais resiliente. O Culatra 2030 não é só energia, é muito mais: trabalhamos noutros ramos e as pessoas já veem resultados”.

Recentemente, a cooperativa garantiu financiamento do programa MAR 2030 para requalificar a zona de trabalho dos pescadores, hoje degradada. “Vamos criar sombreamentos seguindo a arquitetura paisagística da ilha e reabilitar o antigo telheiro coletivo destruído por uma tempestade”, adianta. Será neste espaço que surgirá uma nova central fotovoltaica capaz de elevar a autossuficiência energética da Culatra dos atuais 25% para cerca de 100% até 2027.

Para Jóni, “o mais difícil é o arranque”. Confia que, uma vez em funcionamento, “a máquina não vai parar”. O modelo mantém-se simples: os cooperadores pagam a energia à própria cooperativa,

a um preço fixo e acessível. “A cooperativa é deles. No final do ano, decidem se reinvestem em novos painéis, na requalificação de espaços ou noutras necessidades da ilha”.

Entre as dificuldades, destaca-se a pressão turística. “Antes vivíamos de porta aberta; agora é impossível. As pessoas entram nas casas e fotografam sem pedir autorização”. Neste âmbito, foi desenvolvido o manifesto do turista responsável – um pequeno guia para que todos os visitantes possam disfrutar da Culatra de forma mais equilibrada – presente em várias línguas no cais de embarque. Também os barcos que fazem a travessia para Olhão enchem-se no verão, não havendo qualquer distinção entre moradores e turistas. Não existe um passe social.

Apesar de tudo, Jóni Santos projeta um futuro em que a cooperativa cria emprego, autonomia e orgulho comunitário. “Quero ver o reflexo desse sucesso nas pessoas. Estamos a criar uma economia circular: financiamos-nos a nós próprios, somos donos do nosso futuro. Este sentimento de impotência vai mudar. Hoje temos a cooperativa – pagamos a nós próprios e podemos investir para melhorar as nossas condições de vida”.

* O projeto (0081_CEL_RURAL_6_E_V3) Desarrollo de actuaciones piloto para el fomento de comunidades energéticas locales en entornos rurales del espacio POCTEP é financiado pela União Europeia, no âmbito dos programas FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e INTERREG.

BLOCOCELULAR® A LEVEZA QUE CONSTRÓI O FUTURO

Num setor dominado por métodos tradicionais e ritmos lentos, Fernando Amazonas, Fundador e CEO da BlocoCelular®, regressou da Alemanha com uma missão: mostrar que é possível construir de forma mais rápida, eficiente e sustentável. Da experiência internacional e da vontade de inovar nasceu a BlocoCelular®, uma empresa que aposta num material leve, resistente e amigo do ambiente, desafiando a forma como Portugal pensa e pratica a construção civil.

Da Alemanha para o futuro da construção portuguesa

Quando Fernando decidiu emigrar para a Alemanha, em 2012, levava na mala a esperança de encontrar um novo rumo. Tinha 32 anos e via no estrangeiro a oportunidade de aprender o que o mercado português, em plena crise económica, não lhe podia oferecer: estabilidade, conhecimento e uma nova perspetiva sobre o setor da construção. O que ele não imaginava era que, dez anos depois, regressaria com uma ideia capaz de transformar a forma como se constrói em Portugal.

Fernando Amazonas, trouxe de volta a Portugal a experiência internacional adquirida na Alemanha e a visão de um setor da construção mais eficiente e sustentável. A empresa trabalha com o betão celular autoclavado, um material leve e resistente, cozido a vapor e repleto de microbolhas de ar que conferem isolamento térmico e acústico, reduzindo custos e esforço em obra, sem comprometer a solidez das construções. Além de comercializar o material, a BlocoCelular® também constrói aplicando o seu próprio sistema construtivo em projetos residenciais e comerciais. Casas unifamiliares, moradias de luxo, pequenas e grandes edificações empresariais já foram erguidas integralmente com blocos celulares, provando na prática a rapidez e eficiência do processo.

Eficiência aprendida no rigor alemão

“Na Alemanha, fiquei impressionado com a eficiência do

processo construtivo”, recorda. “Trabalhei cinco anos numa empresa onde, em cada dez casas construídas, oito eram feitas com este material. Em apenas seis semanas, tínhamos uma casa erguida do zero desde as fundações até às paredes”.

O ritmo, a precisão e o rigor alemães deixaram uma marca profunda. Quando regressou a Portugal, em plena pandemia, Fernando percebeu que o país começava finalmente a discutir temas como sustentabilidade, eficiência energética e inovação no setor da construção. Era o momento certo para agir. “Em 2021 decidi apostar tudo. Criei a BlocoCelular® e comecei por importar e comercializar o produto, com o objetivo de mostrar ao mercado português o seu potencial”.

O entusiasmo, porém, não se explica apenas pela experiência internacional. Há também um lado emocional, uma vontade de modernizar um setor ainda preso a métodos antigos. “O mundo mudou, mas a forma como construímos em Portugal pouco evoluiu. Continuamos a usar o tijolo como há cinquenta anos, quando já existem soluções mais eficientes, rápidas e económicas”.

Uma revolução leve e sustentável

O bloco celular autoclavado é, nas palavras de Fernando, uma “pequena revolução” silenciosa. Pesa cerca de 380 quilos por metro cúbico, enquanto o betão tradicional ultrapassa as duas toneladas e meia. Essa diferença de peso reduz custos de transporte, facilita

Construção de uma moradia com sistema BLOCOCELULAR® iniciada em junho de 2025

o trabalho em obra e diminui o esforço físico dos operários. “Pode parecer um pormenor, mas o facto de o bloco ter pegas faz toda a diferença. Aumenta a produtividade e melhora as condições de trabalho dos pedreiros”, explica.

Mais surpreendente ainda é o facto de o bloco ser estrutural, dispensando pilares de betão armado. “O próprio bloco é a estrutura da casa”, diz Fernando. “A resistência à compressão é tão elevada que o edifício ganha estabilidade e solidez sem necessidade de reforços”. Mas há outras vantagens, o material é altamente isolante, o que significa que reduz o consumo energético das habitações, uma questão cada vez mais relevante numa Europa que aposta na neutralidade carbónica. “O nosso bloco permite poupar energia no aquecimento e arrefecimento das casas. E como é um produto natural, composto essencialmente por cal, areia e cimento, tem uma pegada ambiental reduzida”.

Do ceticismo à mudança de mentalidades

O empresário sabe, contudo, que introduzir inovação num mercado tradicional não é tarefa simples. “Em Portugal, as pessoas ainda olham com desconfiança para o que é novo. Preferem aquilo que conhecem. É um desafio, mas acredito que, com informação e exemplos concretos, conseguimos mudar mentalidades”.

Curiosamente, o betão celular não é uma novidade absoluta em Portugal. “Nos anos 80 e 90, existiu uma fábrica perto de Setúbal que produzia este material”, recorda. “Muitas casas de habitação social foram feitas assim. O problema é que, naquela altura, o país não estava preparado. Era uma tecnologia à frente do seu tempo”. Hoje, o contexto é diferente. O aumento dos custos da energia, as exigências de eficiência térmica e a consciência ambiental fazem com que soluções como a da BlocoCelular® despertem cada vez mais interesse. “Recebo mensagens de pessoas que vivem em casas construídas com este material há mais de 30 anos. Dizem-me que praticamente não precisam de aquecimento no inverno. É a prova da durabilidade e eficácia do produto”.

Economia e sustentabilidade na prática

A nível económico, os números são claros. “Uma parede construída com o nosso bloco custa, em média, 38 euros por metro quadrado. Uma parede em tijolo tradicional de 11 centímetros ronda os 45 euros. A diferença pode parecer pequena, mas quando multiplicamos pela área total de uma casa, é uma poupança significativa”, explica Fernando.

O segredo está também na simplicidade do processo. “Enquanto o tijolo exige cerca de 52 quilos de argamassa por metro quadrado, o nosso sistema usa apenas dois quilos e meio. É tudo colado com uma fina camada de cola especial, o que reduz o desperdício e elimina a necessidade de serventes.” O resultado é uma obra mais limpa, rápida e sustentável.

A durabilidade do material é reforçada por uma característica natural: a resistência à humidade. As microbolhas de ar funcionam como um labirinto que impede a passagem da água. “A humidade que entra perde-se nesse percurso e não atravessa o bloco. Além disso, o material é naturalmente antifúngico, por conter cal, o que evita o aparecimento de bolor nas paredes”.

O nosso bloco permite poupar energia no aquecimento e arrefecimento das casas. E como é um produto natural, composto essencialmente por cal, areia e cimento, tem uma pegada ambiental reduzida

Ao longo da conversa, é evidente que Fernando fala com entusiasmo, mas também com conhecimento técnico. A sua experiência no estrangeiro foi determinante para moldar a visão da empresa. “Na Alemanha, a formação profissional é levada muito a sério. Um pedreiro faz um curso de três anos, com parte teórica e prática. Aprende a ler projetos, a conhecer os materiais e a aplicar as técnicas corretas. Essa cultura de rigor é algo que precisamos de valorizar em Portugal”.

Construir com propósito e inovação

A BlocoCelular® é, por isso, mais do que um projeto empresarial é uma missão pessoal. Fernando quer provar que é possível construir de forma mais inteligente e responsável. “O futuro da construção passa por três palavras: rapidez, eficiência e sustentabilidade. Não se trata apenas de levantar paredes, mas de criar casas que durem mais, gastem menos energia e ofereçam verdadeiro conforto”. Com um produto leve, resistente e amigo do ambiente, a empresa começa agora a conquistar o seu espaço. Reconhecida como uma das Top 5% Scoring no setor da construção sustentável, a BlocoCelular® destaca-se não só pela qualidade do material, mas também pela capacidade de o aplicar em obra, demonstrando resultados concretos e eficientes. “Estamos ainda numa fase de crescimento, mas já sentimos curiosidade e abertura por parte dos arquitetos e construtores. Muitos procuram soluções inovadoras e percebem que este sistema é o caminho natural da evolução”. No final, quando lhe perguntamos o que o motiva, Fernando sorri. “Acredito naquilo que faço. Quando vejo uma casa construída com este material, sinto que estou a contribuir para algo maior para um futuro em que se constrói com mais consciência, menos desperdício e mais respeito pelas pessoas e pelo planeta”. Num setor marcado pela rigidez das tradições e pela resistência a mudanças, Fernando emerge como um exemplo de visão e coragem. A sua abordagem mostra que o verdadeiro progresso na construção não se limita à robustez física das estruturas, mas envolve repensar processos, abraçar a inovação e integrar princípios de sustentabilidade desde a conceção até à execução. Ao unir eficiência, tecnologia e responsabilidade ambiental, ele não só desafia métodos enraizados, como também redefine o papel do construtor no século XXI: aquele que constrói casas com consciência, mas também um futuro mais equilibrado e inteligente para a sociedade. A leveza das ideias, assim, transforma-se no alicerce de uma mudança duradoura, provando que a evolução do setor depende tanto da mente quanto das mãos que erguem as paredes.

blococelularportugal@gmail.com www.blococelularportugal.com

Obras de alvenaria com bloco celular e painéis de betão celular autoclavado resistente ao fogo

FORMOSA INVEST: A NOVA REFERÊNCIA IMOBILIÁRIA DA FUZETA

À frente da Formosa Invest, agência imobiliária que rapidamente se posicionou entre as melhores PME em Portugal, Pedro Luz conduz um projeto que transcende o mero negócio imobiliário, pautado por valores sólidos de sustentabilidade, ética e qualidade. Nesta entrevista, revela a sua filosofia de liderança e o papel crucial que atribui ao desenvolvimento integrado da comunidade, afirmando-se como um agente de transformação no Algarve e exemplo inspirador do empreendedorismo.

Nascido e criado na pitoresca vila da Fuzeta, Pedro Luz é um homem que carrega consigo o profundo sentimento de pertença a esta terra algarvia banhada pela Ria Formosa. Com 41 anos, fala da sua origem com a serenidade e a firmeza de quem sabe de onde vem – e, sobretudo, para onde quer ir. “Todos os dias me sinto grato por viver aqui, por pertencer a isto”, afirma. Essa gratidão, contudo, não se limita a um sentimento íntimo: transforma-se em ação concreta, em ambição, em vontade de retribuir à comunidade que o viu crescer.

Depois de muitas viagens por vários países e continentes, Pedro Luz aprendeu a apreciar as diversas realidades globais, as diferentes arquiteturas, culturas e modos de vida. Reconhece o encanto das grandes cidades, o rigor da organização ou o exotismo das paisagens longínquas. Mas, quando a conversa se volta para o conceito de viver, o olhar regressa inevitavelmente à sua vila. “Há sítios que são muito apetecíveis, mas para viver, e colocando tudo na balança, o meu local de eleição é aqui”.

Pedro Luz, CEO

Raízes fortes, visão moderna

Da fusão entre as raízes e a visão cosmopolita nasce a Formosa Invest, a agência imobiliária que fundou na sua terra natal em 2023. O nome não podia ser mais simbólico: representa o elo entre a beleza natural da Ria Formosa e o investimento humano e económico que Pedro idealiza como motor do desenvolvimento sustentável da região.

Em apenas dois anos de atividade, a Formosa Invest foi distinguida pelo segundo ano consecutivo como uma empresa pertencente ao Top 5% do universo das PME em Portugal – uma conquista que traduz o rigor, a ambição e o profissionalismo de um projeto que nasceu da paixão pela Fuzeta e da vontade de elevar a fasquia do setor imobiliário.

“Temos uma responsabilidade acrescida, porque sentimos que jogamos na ‘liga dos campeões’ da nossa zona. Isso exige que sejamos um exemplo a seguir, e lidamos bem com essa exigência”, explica Pedro Luz, consciente de que o sucesso só é sustentável quando acompanhado por valores sólidos e por um sentido claro de missão.

O valor das pessoas

No universo Formosa Invest, o crescimento não se mede apenas em resultados financeiros. Mede-se na qualidade das relações, na força da equipa e na capacidade de proporcionar oportunidades reais de valorização profissional. “Criar postos de trabalho de qualidade, com excelentes condições e remunerações justas faz parte do nosso compromisso”, partilha Pedro.

Leva muito a sério a máxima de que o valor de uma organização está nas pessoas que a compõem. Por isso, cultiva um espírito de trabalho coletivo onde cada membro da equipa é essencial.

“Na nossa empresa não se pode dizer que existam peças insubstituíveis, mas todos fazem falta. Cada um é especial e muito importante à sua maneira”.

Com uma experiência combinada de várias décadas, a equipa da Formosa Invest é um exemplo de coerência entre rigor e humanidade. Todos os consultores mantêm uma média mensal de faturação acima do padrão, reflexo direto de um método de trabalho assente na competência, na confiança e no foco nos resultados.

“Já trabalhei em equipas muito grandes e aprendi que quantidade não é sinónimo de produtividade. Prefiro uma equipa mais pequena, mas unida, onde todos partilham a mesma seriedade e a mesma ambição. A única coisa que queremos em quantidade são bons negócios – para nós e para os nossos clientes”, diz, com um sorriso que mistura pragmatismo e convicção.

Queremos contribuir para a nossa terra, e isso faz-se através da criação de riqueza, sim, mas também investindo em projetos que beneficiem a comunidade a médio e longo prazo. Viver na Fuzeta é um privilégio que traz consigo uma responsabilidade

Equipa da Formosa Invest

Profissionalismo como bandeira

Pedro não hesita em apontar que o setor ainda carece de profissionalização e de um verdadeiro código de ética que o eleve aos padrões europeus que já conhece. “Infelizmente, o nosso ramo ainda está pouco profissionalizado, e isso precisa de mudar. Aqui na Fuzeta, procuramos ser um exemplo dessa mudança”.

A Formosa Invest aposta numa formação contínua e exigente. Os consultores têm acesso às mais avançadas ferramentas digitais, softwares de apoio, recursos humanos especializados e parcerias estratégicas que potenciam uma performance de excelência. Não é por acaso que o ambiente da empresa se rege por um lema simples mas poderoso: “competimos connosco próprios”. Essa filosofia traduz a vontade de superação diária que move a equipa e que faz dela um caso de sucesso.

Sustentabilidade e propósito

Para Pedro Luz, o empreendedorismo deve estar intrinsecamente ligado à sustentabilidade e ao bem comum. O seu conceito de “desenvolvimento sustentável” vai muito além do ambientalismo:

fala de empreender com consciência, de criar valor humano e social no território.

“Queremos contribuir para a nossa terra, e isso faz-se através da criação de riqueza, sim, mas também investindo em projetos que beneficiem a comunidade a médio e longo prazo. Viver na Fuzeta é um privilégio que traz consigo uma responsabilidade”, afirma.

Uma filosofia de excelência

A exigência é uma constante, tanto interna quanto externa. “Somos muito exigentes connosco e esperamos o mesmo dos nossos parceiros. Os nossos clientes merecem o melhor – e trabalhamos todos os dias com essa convicção”.

A frase reflete a identidade da Formosa Invest: não como uma empresa que procura apenas vender imóveis, mas como uma estrutura que oferece um serviço de consultoria pautado pela ética, profissionalismo e resultados sustentáveis. A relação com o cliente é de partilha e confiança, baseada em transparência e rigor técnico.

Pedro Luz acredita que o sucesso de uma empresa não se mede apenas pelos seus números, mas sobretudo pela forma como impacta as pessoas e o território. “Todos devemos produzir e contribuir para o bem comum – seja na nossa casa, na nossa empresa ou na nossa terra”.

Fuzeta: o ponto de partida e de chegada

No fim, tudo converge para o mesmo lugar: a Fuzeta. É aqui que tudo começa e termina. O mar calmo, as cores suaves das casas, a autenticidade das gentes e o ritmo tranquilo da vida conferem a este pedaço do Algarve uma identidade singular. É esse espírito genuíno e resiliente que Pedro Luz procura preservar e projetar através do seu trabalho.

Cada projeto imobiliário concretizado pela Formosa Invest é, de certa forma, uma homenagem à vila – uma forma de contribuir para a evolução do território sem o descaracterizar, respeitando a sua história e o seu futuro.

A Formosa Invest é hoje um nome de referência, não apenas pelo sucesso comercial que alcançou em pouco tempo, mas pelo exemplo que representa: o de uma empresa algarvia nascida do orgulho local, movida pela excelência e sustentada por valores humanos sólidos.

Na vila onde o céu se confunde com o mar, Pedro Luz personifica a nova geração de empresários que acreditam que o futuro se faz enraizado no presente, e que o verdadeiro progresso nasce sempre de um profundo amor ao lugar a que se pertence.

A ALMA DA GASTRONOMIA COM PROPÓSITO

Fundada pelo Chef Paulo Monteiro, em parceria com David Correia, a Soul Food Algarve Catering nasceu de um sonho: criar experiências gastronómicas com alma, autenticidade e excelência. Com sede em Almancil, no concelho de Loulé, a empresa tornou-se uma referência na arte de bem servir no Algarve e, gradualmente, além-fronteiras.

Especializada em catering no Algarve e Baixo Alentejo, a Soul Food Algarve Catering distingue-se por uma abordagem totalmente personalizada. Em vez de menus predefinidos ou preços fixos, cada proposta é criada à medida – concebida para refletir as preferências, os gostos e a identidade de cada cliente, transformando cada evento numa experiência verdadeiramente única.

O foco, o profissionalismo, a honestidade, a criatividade e a boa disposição são os ingredientes que temperam o quotidiano da equipa liderada por Paulo Monteiro, valores que se traduzem numa identidade forte e numa relação de confiança com cada cliente.

Experiências que celebram pessoas e momentos

Mais do que um serviço de catering, a Soul Food Algarve Catering é uma verdadeira experiência sensorial. É uma fusão entre sabor, emoção e partilha. Aqui, cada evento é encarado como uma celebração única, um momento para ser vivido e lembrado.

“A nossa missão é simples, mas ambiciosa: proporcionar momentos gastronómicos inesquecíveis, com pratos que contem histórias e celebrem quem se senta à mesa”, afirma o Chef Paulo Monteiro, fundador e alma criativa da marca.

Com uma filosofia assente na identidade e no detalhe, a Soul Food Algarve Catering aposta em ingredientes frescos e de alta qualidade, produtos sazonais e da região, trabalhados com rigor técnico e um toque de arte culinária. “Tudo o que sai da nossa cozinha é pensado ao pormenor – desde o sabor e a apresentação até à harmonia entre o serviço, o espaço e a emoção que queremos transmitir”, acrescenta o Chef, com um sorriso que revela a paixão pelo ofício.

Paulo Monteiro, Chef

Para elaborar propostas totalmente alinhadas com as expectativas de cada cliente, a Soul Food Algarve Catering procura compreender, em detalhe, como cada um idealiza o seu evento. A personalização é o centro da sua filosofia: a equipa faz questão de aprofundar cada aspeto, fazendo as perguntas certas para transformar cada celebração numa experiência exclusiva e autêntica. Na Soul Food Algarve Catering, não há limites para onde ou como realizar um evento. “Para nós é simples – se fosse fácil, todos faziam. O cliente idealiza, nós executamos”, afirma David. Reconhecida pela sua abordagem de catering chave na mão, a Soul Food não se restringe à vertente gastronómica: oferece soluções completas que incluem bar, material logístico, palamenta, tendas e até músicos, recorrendo a uma rede sólida de parceiros locais para garantir um serviço integral e de excelência.

Casamentos, eventos corporativos, celebrações privadas ou experiências exclusivas – seja qual for a ocasião, a equipa da Soul Food Algarve Catering dedica-se a transformar cada pedido num evento memorável. “Temos uma equipa talentosa e comprometida, que trabalha com amor e alegria. Queremos que quem nos contrata sinta que está em casa – que cada detalhe foi preparado a pensar em si”, sublinha David.

Essa proximidade com o cliente é o que diferencia a marca. “Não vendemos apenas comida, vendemos emoções. Quando um cliente nos agradece no final de um evento, sentimos que a missão foi cumprida”, partilha o Chef.

O resultado é um serviço de catering que ultrapassa a formalidade do evento e se transforma numa experiência autêntica, emocional e inesquecível, onde o sabor é apenas o início da história.

Crescimento com os pés assentes na terra

O sucesso da Soul Food Algarve Catering não aconteceu por acaso. Foi construído com tempo, dedicação e um profundo respeito por cada etapa do processo. Desde os primeiros eventos até às grandes produções atuais, o crescimento tem sido orgânico, sustentável e guiado por um princípio simples: fazer sempre mais e melhor, sem perder a essência.

“Somos ambiciosos, mas temos os pés bem assentes na terra”, afirma o Chef Paulo Monteiro, lembrando que a expansão nunca deve sacrificar a qualidade ou a singularidade que definem a marca. “Queremos criar uma Soul Food Algarve Catering, uma Soul Food Lisbon e uma Soul Food Porto mas queremos fazê-lo no tempo certo, com uma estrutura sólida e uma equipa preparada para dar o mesmo nível de excelência em qualquer ponto do país”.

A visão de crescimento da empresa vai além da expansão geográfica: é também um compromisso com a inovação, a formação e a valorização da equipa. “Temos uma máquina incrível a funcionar. Agora, o objetivo é afiná-la, aperfeiçoar processos e consolidar a experiência que já conquistámos”, explica.

Essa filosofia é partilhada por David, sócio e parceiro de confiança de Paulo Monteiro: “Antes de crescer para fora, queremos crescer por dentro. Apostar na formação da equipa, melhorar a logística, reforçar a comunicação com o cliente. Só assim conseguimos garantir consistência e manter a identidade que nos trouxe até aqui”.

Com esta postura prudente e estratégica, a Soul Food Algarve Catering reforça uma mensagem clara ao mercado: crescer sim, mas com propósito e equilíbrio. O foco está na sustentabilidade do negócio e na credibilidade conquistada junto dos clientes, algo que ambos os fundadores consideram o verdadeiro pilar do sucesso.

“Quando um cliente volta a contratar-nos, sabemos que o trabalho foi bem feito. É essa confiança que queremos levar connosco, onde quer que a Soul Food chegue”, conclui o Chef Monteiro, com o brilho sereno de quem sabe que o futuro se cozinha com paciência, método e alma.

Espaço próprio e novas experiências

Depois de vários anos a levar a sua arte gastronómica a diferentes espaços e contextos, a Soul Food Algarve Catering prepara-se para dar um novo passo na sua jornada: a criação de um espaço próprio. A ideia é erguer uma quinta para eventos que traduza na íntegra o espírito da marca, um local onde a gastronomia, o ambiente e a hospitalidade se encontrem numa só experiência.

“Queremos um espaço que respire a nossa identidade, onde cada detalhe conte a nossa história”, explica o Chef Paulo Monteiro. “Durante anos levámos o nosso trabalho a dezenas de locais diferentes. Agora, queremos criar uma casa para a Soul Food – um sítio onde possamos receber os clientes com a mesma alma e a mesma energia com que cozinhamos”. A visão é ambiciosa, mas profundamente coerente com o percurso da marca. O futuro espaço será um prolongamento natural da filosofia Soul Food: um ambiente acolhedor, elegante e autêntico, onde os sabores do Algarve se cruzam com o requinte da alta gastronomia e a descontração de uma celebração entre amigos.

“Aqui, o nosso foco é a diferenciação”, reforça o Chef. “Queremos oferecer algo que vá além do serviço tradicional de catering um conceito completo, que una gastronomia, estética e emoção. Um espaço onde o cliente não precise de se preocupar com nada, apenas em desfrutar o momento”. O projeto prevê infraestruturas versáteis, adaptadas a diferentes tipos de eventos – desde casamentos e festas privadas a experiências corporativas e degustações temáticas.

Paulo Monteiro e David Correia, Sócios

“Imaginamos uma quinta onde o ambiente muda com a ocasião: pode ser um cenário romântico à luz das velas, um jantar elegante de empresa ou um evento descontraído de verão, com música e gastronomia ao ar livre”, adianta David.

Mais do que um espaço físico, este novo projeto representa um marco simbólico na trajetória da empresa: o passo de uma marca consolidada que quer aprofundar o seu legado. “A Soul Food sempre foi sobre pessoas – clientes, equipa, fornecedores, amigos. Ter um espaço próprio é criar um ponto de encontro para todos eles”, reflete o Chef Monteiro. Com esta aposta, a Soul Food Algarve Catering prepara-se para transformar cada evento numa vivência sensorial completa, onde o tempo parece abrandar e tudo é pensado para ser saboreado – da comida ao ambiente, da música às emoções.

A alma algarvia que inspira o futuro

Assente no coração do Algarve, em Loulé, a Soul Food Algarve Catering nasceu e cresceu num território que respira genuinidade. Entre o mar e a serra, rodeada por paisagens que inspiram e produtos que definem uma identidade gastronómica única, a marca encontrou o cenário perfeito para dar corpo à sua filosofia: cozinhar com alma, servir com verdade e celebrar a vida através do sabor.

“Temos tudo à mão de semear”, diz o Chef Paulo Monteiro, com o brilho de quem fala de casa. “Peixe fresco que chega diariamente das lotas, frutas e ervas aromáticas da serra, azeite de excelência, legumes de pequenos produtores locais. O Algarve é o nosso pantry natural – e isso é um privilégio que levamos muito a sério.”

Esse respeito pelo território e pelos seus recursos traduz-se numa cozinha de proximidade, onde cada prato é uma homenagem ao lugar e às pessoas que o tornam possível. “Trabalhamos com produtores locais sempre que podemos. Queremos saber de onde vem cada ingrediente e quem está por trás dele. Há uma relação humana em tudo o que fazemos”, explica David Correia.

O compromisso estende-se também à sustentabilidade da região, promovendo práticas responsáveis que valorizam o património natural e cultural do Algarve. “Neste momento, somos a única empresa de catering associada à ATA – Associação de Turismo do Algarve, bem como associados do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, participando ativamente nas iniciativas que contribuem para o desenvolvimento económico e sustentável do território.

Mais do que um nome, “Soul Food” é, de facto, uma filosofia. Representa um compromisso com o sabor genuíno e com a emoção de partilhar algo feito com cuidado. “A alma da Soul Food não está apenas na cozinha – está em todo o processo, desde a escolha dos ingredientes até à forma como recebemos os nossos clientes”, sublinha o Chef.

Essa essência tem transformado o projeto numa referência de qualidade e humanidade no sul de Portugal. Os clientes não procuram apenas o sabor, mas também a história, a emoção e a honestidade que se sentem em cada detalhe. “Queremos que quem prova a nossa comida perceba que há ali verdade, que há pessoas por trás, que há propósito”, reforça Paulo Monteiro.

Com o olhar voltado para o futuro, a Soul Food Algarve Catering quer continuar a crescer, mantendo o mesmo respeito pelo território que a viu nascer. Entre desafios e conquistas, a Soul Food Algarve Catering consolida-se como uma marca que alia técnica, emoção e ética. O caminho traçado por Paulo Monteiro e David Correia é o de um crescimento sustentável, guiado pela paixão e pelo compromisso com a excelência. A alma da Soul Food não está apenas nos pratos que serve, mas em tudo o que representa: profissionalismo, criatividade, transparência e o prazer genuíno de servir bem. A Soul Food é uma equipa unida que transforma a visão do cliente para um evento em realidade, recorrendo às ferramentas da sua vasta experiência nas diversas áreas da restauração e hospitalidade.

“Queremos que o nosso nome seja sinónimo de uma experiência gastronómica vibrante, que celebre tanto os convidados como o nosso empenho. O nosso crescimento é resultado do compromisso de cada membro da equipa em apresentar um produto único e autêntico, garantindo que cada prato e cada evento contem uma história. Acreditamos que a comida une as pessoas, e cada criação é uma expressão do nosso amor pela gastronomia e pela arte de criar memórias inesquecíveis”, conclui Paulo Monteiro.

DIALOGUS: DAR VOZ AO BEM-ESTAR

Na Dialogus, cada detalhe foi pensado para cuidar da pessoa como um todo. Fundada e dirigida por Cláudia Correia, esta clínica multidisciplinar alia ciência, empatia e escuta ativa para promover o equilíbrio físico, mental e emocional. Mais do que um espaço de tratamento, é um refúgio de acolhimento, onde a comunicação é vista como o ponto de partida para uma vida mais plena e saudável.

Um projeto que nasce da paixão e da escuta

Sob a direção da Cláudia Correia, terapeuta da fala com mais de 15 anos de experiência, a Dialogus nasceu com um propósito claro: criar um espaço de saúde verdadeiramente integrado, onde cada pessoa é acolhida, compreendida e acompanhada de forma humana. “Mais do que tratar sintomas, queremos cuidar das pessoas”, afirma Cláudia. “Cada paciente que entra na Dialogus é ouvido na sua totalidade e não só na queixa com que chega, mas em tudo o que o rodeia: o que sente, como vive, o que o preocupa. É isso que nos distingue”. A clínica oferece uma vasta gama de serviços, desde terapia da fala, medicina geral e familiar, psicologia, nutrição, audiologia, acupunctura, osteopatia e consulta do sono reunindo uma equipa multidisciplinar que trabalha em sintonia para promover o bem-estar físico, mental e emocional.

Terapia da fala: a voz como espelho da vida

A paixão de Cláudia pela terapia da fala é o coração do projeto. “O ar que sai dos pulmões passa pelas pregas vocais e produz o som. Mas o que molda esse som são as cavidades como faringe, nariz, boca. É incrível perceber como pequenas alterações nos nossos articuladores podem transformar a forma como a voz é percecionada”, explica. Fala com entusiasmo sobre a ligação profunda da voz à identidade: “Trabalhamos com crianças que estão a aprender a comunicar e com adultos que, por motivos de saúde ou profissionais, precisam de reaprender a usar a sua voz. A voz é quem somos, perder a voz é perder a nossa identidade”.

Cláudia recorda emocionada os casos mais marcantes: “Tive pacientes que tiveram que retirar a laringe por possuir lesões graves. Esses pacientes riem, choram e não há som que acompanhe a emoção.

Claúdia Correia, Fundadora e Terapeuta da Fala

Têm de comunicar por usar uma voz esofágica. Quando passam a fazer som, é uma sensação indescritível. Há muita emoção nessa sessão. É por isso que faço o que faço”.

A clínica acompanha também profissionais da voz: professores, advogados, jornalistas, cantores e oradores ajudando-os a preservar e fortalecer o seu principal instrumento de trabalho. “Um advogado que perdeu a mobilidade de uma prega vocal pode reaprender a falar e voltar à sua atividade. Um professor pode aprender a projetar a voz sem esforço. A prevenção e a consciência vocal são fundamentais”, sublinha.

Cuidar desde o primeiro sopro

Na Dialogus, o acompanhamento pode começar logo nos primeiros dias de vida. Cláudia Correia traz consigo uma vasta experiência em unidades de cuidados neonatais, onde acompanhou bebés prematuros. Nesses casos, o trabalho de um terapeuta da fala é fundamental para estimular o tónus muscular e a coordenação respiração, sucção, deglutição, assegurando que o bebé consiga fazer uma sucção eficaz e iniciar alimentação com segurança.

À medida que a criança cresce, as necessidades evoluem e o acompanhamento adapta-se a cada fase. Problemas aparentemente simples como a dificuldade em mastigar, engolir determinados alimentos ou lidar com certas texturas podem ter impacto direto na fala e na articulação das palavras. Na Dialogus, estes sinais são analisados com uma visão integrada: respiração, mastigação e deglutição são funções essenciais que influenciam o processo de articulação das palavras. Qualquer desequilíbrio em uma dessas funções altera as restantes. A equipa multidisciplinar trabalha, assim, de forma coordenada para garantir um desenvolvimento

harmonioso desde a infância. O objetivo é acompanhar o indivíduo em todas as etapas da vida, prevenindo dificuldades e promover uma comunicação eficaz.

Mais do que intervenção clínica, a Dialogus aposta na prevenção e na educação parental, ajudando as famílias a compreenderem os sinais de alerta e a importância da estimulação adequada. Esta abordagem precoce reflete a filosofia da clínica: cuidar desde o primeiro sopro, garantindo que a comunicação se constrói com segurança, afeto e equilíbrio.

A força da multidisciplinaridade

Na Dialogus, a comunicação não se limita à fala; é o elo entre todas as áreas clínicas. Psicólogos, nutricionistas, audiologistas trabalham lado a lado, num diálogo constante. “A saúde é um todo. Cada vez sabemos mais sobre menos, e por isso precisamos de trabalhar em conjunto. Acredito profundamente na articulação entre áreas, só assim conseguimos cuidar da pessoa completa”, afirma. Entre as especialidades disponíveis estão Psicologia (educacional, clínica e de casal), Nutrição (com foco em reeducação alimentar e patologias metabólicas), Medicina Geral e Familiar, Audiologia, Osteopatia, Medicinas Alternativas e Consulta do Sono Infantil, áreas que se cruzam com um objetivo comum: devolver o equilíbrio físico, mental e emocional.

Entre ciência e emoção

Cláudia Correia é também investigadora e publicou um estudo sobre adaptação transcultural de um instrumento de rastreio da disfonia para o português europeu, na revista científica CodaS, no Brasil. A formação técnica e o rigor científico são fundamentais,

Trabalhamos com crianças que estão a aprender a comunicar e com adultos que, por motivos de saúde ou profissionais, precisam de reaprender a usar a sua voz. A voz é quem somos, perder a voz é perder a nossa identidade

mas, para ela, o verdadeiro sucesso do tratamento vai além dos dados e protocolos: “O conhecimento é essencial, mas é o vínculo humano que potencia a cura. Quando alguém se sente visto e compreendido, a recuperação é mais rápida. É por isso que cada detalhe do espaço foi pensado para transmitir calma, conforto e confiança”, explica.

Reforça que a ciência fornece ferramentas, mas é a atenção à pessoa como um todo que faz a diferença: “Podemos dominar técnicas avançadas, mas se o paciente não se sentir seguro, ouvido e acolhido, o progresso é limitado. A empatia transforma a eficácia do tratamento”.

Na Dialogus, isso traduz-se em pequenos gestos e decisões conscientes, desde o ambiente da clínica até a forma como cada profissional interage com o paciente. “Tudo é pensado para que se sinta em casa, para que a experiência de tratamento seja positiva. Acredito que um espaço acolhedor e uma escuta genuína promovem resultados mais rápidos”, afirma.

Cláudia acredita que a combinação de conhecimento científico e inteligência emocional é o que distingue a Dialogus. “A ciência dá-nos o caminho, mas a empatia mantém-nos conectados à pessoa. É essa junção que permite resultados duradouros não apenas na saúde física, mas no equilíbrio mental e emocional”.

Para ela, cada paciente é uma história única, e entender essa história é importante para definir plano terapêutico adequado a cada paciente. “Quando alguém se sente compreendido em profundidade, a recuperação não é apenas física: é integral. É essa visão holística que guia tudo o que fazemos na Dialogus”.

Dar voz ao futuro

Em Portugal, a terapia da fala ainda é uma área em crescimento, e a Cláudia acredita que há um longo caminho na valorização da profissão. “Infelizmente há desconhecimento de todas as áreas de atuação de um terapeuta da fala. Muitos não sabem que trabalhamos

voz, deglutição e funções orofaciais como respiração, sucção, mastigação. Precisamos de mostrar o impacto que a nossa intervenção tem em todas as fases da vida, desde a infância até à velhice”. Um dos fenómenos que mais a preocupa é o impacto das redes sociais no desenvolvimento da linguagem infantil: “Hoje, temos crianças portuguesas, filhas de pais portugueses a falar português do Brasil, a dizer ‘pirulito’ em vez de ‘chupa-chupa’. A falta de estímulo linguístico em casa afeta negativamente o desenvolvimento da linguagem e as habilidades de comunicação. Torna-se importante consciencializar os pais e agir”.

Para a Cláudia Correia, a humanização é o caminho: “as novas gerações de profissionais são mais abertas, mais empáticas. Já não há aquela distância entre médico e paciente. Hoje é normal questionar, dialogar, procurar entender. Mas ainda há muito a fazer. A humanização tem de ser um compromisso real, não uma moda. É preciso tempo, escuta e valorização dos profissionais que estão na linha da frente”.

A Dialogus é mais do que uma clínica: é uma extensão da filosofia de vida da sua fundadora. Um lugar onde se ouve antes de falar, onde se cuida antes de tratar, e onde cada pessoa é convidada a reencontrar a sua própria voz interior e exterior. “Queremos que cada visita à Dialogus seja uma experiência de bem-estar”, conclui Cláudia Correia. “Porque o verdadeiro equilíbrio não está apenas na saúde física, mas na sua harmonia com a saúde mental e emocional”.

geral@dialogus.pt • www.dialogus.pt

SILMADEIRAS: TRÊS DÉCADAS DE RESILIÊNCIA

E VISÃO FAMILIAR

30 anos depois de ter começado com um pequeno armazém e uma imensa vontade de fazer diferente, José Lourenço celebra o percurso da Silmadeiras ao lado do filho, Carlos Lourenço, que trouxe nova visão e modernidade a um negócio enraizado na experiência e no rigor. Entre tradição e inovação, pai e filho mantêm viva a essência de uma empresa algarvia que fez da madeira o reflexo da sua própria história: trabalhada com paciência, solidez e carácter.

Das origens humildes à solidez de um império local “Eu era vendedor numa empresa de madeiras”, recorda José Lourenço. O fundador da Silmadeiras, empresa algarvia que completa 30 anos, fala como quem revisita uma vida inteira feita de esforço. “Passei de vendedor a encarregado geral, mas observei algumas irregularidades, acabei por sair e decidi começar do zero”.

O zero, nesse caso, era um pequeno armazém de 300 metros quadrados, em dezembro de 1994, na zona da Palmeirinha, Silves. Ali nascia o embrião da Silmadeiras, fundada oficialmente em janeiro de 1995. “Tinha clientes, fornecedores, o negócio na mão. Era só sair de lá e começar a trabalhar com os erros que já sabia que não queria repetir”, conta José.

Da pequena estrutura original à atual área de mais de 3.000 metros quadrados, a Silmadeiras construiu uma reputação assente na confiança, no conhecimento do setor e numa filosofia de crescimento prudente. “Isto levou muito dinheiro e muito trabalho”, resume o fundador. “Paguei tudo aos bancos, mantive as contas em ordem. Parti do zero, mas continuei”.

Crises, viragens e a força da persistência

A trajetória da empresa não foi linear, marcada por desafios que testaram a sua estrutura e capacidade estratégica. A primeira grande prova chegou com a crise de 2008, que abalou o país e o setor da construção. “Fiquei com quase meio milhão de euros de crédito mal parado”, recorda José Lourenço, sem dramatismo, mas com a memória de quem sobreviveu a um embate profundo. “Foi o momento mais difícil. Mas a gente vai lá com dificuldade e acaba por atingir o objetivo”.

Com o tempo, a empresa estabilizou. Em 2014, o negócio começou a subir novamente, depois de uma queda nas vendas de 50%. “Tive de despedir três pessoas, mas conseguimos levantar o avião outra vez”, recorda. “A partir de 2014 começou a melhorar. E estabilizámos”.

Carlos Lourenço e José Lourenço, Administradores

A resiliência foi o cimento de um percurso que atravessou crises económicas, transformações de mercado e mudanças geracionais. “Há 30 anos, isto era outro mundo. Hoje o negócio é mais exigente, mais técnico, mais caro – mas também mais transparente”, reconhece o fundador.

A nova geração: continuidade com outra visão

Foi em 2010 que Carlos Lourenço, filho de José, entrou para a empresa. “Acabara de sair da universidade, não tinha ainda muita noção do negócio”, admite. “Aprende-se no dia a dia. Uma coisa é a teoria, outra é a prática. E o choque de realidade foi grande”.

Carlos chegou precisamente num dos períodos mais difíceis da Silmadeiras. “Não foi fácil, mas nunca deixámos de crescer. Todos os anos, 5 a 10%”, diz. O filho trouxe uma nova geração de gestão e um olhar mais estruturado sobre processos, certificações e tecnologia.

“Hoje temos stock, temos logística. Entregamos rápido, explicamos tudo ao cliente. Isso faz toda a diferença”, nota Carlos.

A Silmadeiras tornou-se referência no Algarve pela agilidade e pela proximidade com o cliente, num setor onde as grandes superfícies, como ele próprio sublinha, “vendem barato, mas vendem às cegas”.

O negócio da madeira: tradição e modernidade

A Silmadeiras dedica-se à importação e venda de madeiras a retalho, sobretudo para construção e remodelação. “Trabalhamos com construtores e particulares. O cliente chega aqui e leva tudo: chão, portas, roupeiros. Temos uma grande variedade de produtos”, explica José Lourenço.

O negócio mudou com o tempo: “Antigamente, vinha muita madeira do Brasil e de África. Hoje, 90% é europeia. E ainda bem”, diz o fundador. “Na Europa há uma floresta sustentável. Lá, arrancam uma árvore e plantam duas. Na África, já não há madeira – apanharam tudo”.

Carlos acrescenta uma perspetiva mais contemporânea: “Trabalhamos com madeiras certificadas, sustentáveis. É o futuro. O cliente quer saber a origem do produto e nós queremos garantir que é um material limpo”.

A empresa importa madeira de países como Suécia, Alemanha e França, adaptando-se a um mercado onde a sustentabilidade deixou de ser uma opção para se tornar uma obrigação. “Na qualidade pode ser diferente, mas na consciência é melhor”, sublinha José. “Hoje trabalhamos com madeiras que respeitam o meio ambiente”.

A ciência e a sensibilidade da madeira

A conversa com os Lourenço é uma aula de carpintaria e física aplicada. José fala da madeira como quem fala de um ser vivo: “A madeira nunca está seca. Tem sempre 12% a 14% de humidade. Quando seca demais, encolhe, empena. O vento é pior que a chuva”, explica com naturalidade de quem aprendeu a ler a matéria com o olhar.

Trabalhamos com madeiras certificadas, sustentáveis. É o futuro. O cliente quer saber a origem do produto e nós queremos garantir que é um material limpo

Carlos acrescenta o lado técnico: “O choque térmico é real. Uma madeira que sai daqui a 35 graus e vai para uma casa fria pode rachar toda. As pessoas não sabem. Por isso explicamos como a madeira se comporta. É preciso adaptar o material ao ambiente”.

A empresa investe em conhecimento – formações na Alemanha e na Suécia, visitas a fábricas e florestas. “Fomos à Suécia ver como eles faziam. Lá, para cada árvore que arrancam, plantam duas. E as árvores crescem em 20 anos. Aqui levam 60 anos a crescer. É outro ritmo”, conta José.

Entre tradição e serviço: o valor do saber

No coração do negócio, a Silmadeiras mantém uma filosofia simples: vender com qualidade e serviço. “Prefiro vender menos, mas com qualidade”, diz José Lourenço. “Estamos sempre aqui, eu ou o Carlos. O cliente tem nome, não é número”.

Na madeira, como na vida, é preciso paciência. Tudo o que cresce depressa, parte depressa. A Silmadeiras cresceu com tempo, com trabalho e com verdade. E isso é o que mais me orgulha

Carlos reforça: “O nosso diferencial é a rapidez e o conhecimento. O cliente vem cá, paga, e em cinco minutos tem o material carregado. Vai à grande superfície, perde uma hora e ninguém lhe explica nada. Aqui ensinamos como usar o produto. Muitas vezes, o cliente sai daqui e diz: ‘aprendi muito hoje’”. Essa proximidade é o que sustenta a lealdade dos clientes – muitos há mais de 20 anos. “Temos funcionários com 20, 25, 28 anos de casa. É sinal de estabilidade”, diz o fundador. “A Silmadeiras é feita de gente que cresceu connosco”.

Mercado, sustentabilidade e futuro

O setor da madeira em Portugal vive entre a tradição e a escassez. “As madeiras exóticas estão a desaparecer. Vão ser produtos de luxo”, prevê José Lourenço. “Uma mesa que hoje custa 200 euros, daqui a dez anos custa 2.000. A madeira é um bem raro. Não perde valor”.

A empresa, consciente dessa tendência, aposta na rotação de stocks e na diversificação. “Temos mais de um milhão de euros em stock”, revela Carlos. “Isso permite responder rápido, mas também exige muito controlo”. Sobre o futuro, pai e filho convergem: crescer, sim, mas com prudência. “Já tivemos dez anos de crescimento contínuo. Agora é manter, consolidar”, afirma Carlos. “Estamos muito dependentes do clima económico. Não fazemos exportação, vivemos do comércio local. Mas enquanto houver construção e remodelação no Algarve, a Silmadeiras estará lá”.

Uma história de madeira e caráter

No final da conversa, José Lourenço olha para trás, para os 30 anos de percurso, e resume com serenidade: “Comecei com 300 metros, hoje tenho 3.000. Valeu a pena”.

Sabe que o mercado mudou, que a concorrência é feroz e que o futuro pertence aos que inovam. Mas também sabe que há coisas que não mudam. “Na madeira, como na vida, é preciso paciência. Tudo o que cresce depressa, parte depressa. A Silmadeiras cresceu com tempo, com trabalho e com verdade. E isso é o que mais me orgulha”. A Silmadeiras é uma empresa familiar que se tornou referência no sul do país, exemplo de gestão responsável e de um saber antigo que resiste à erosão das modas. Como a boa madeira, amadureceu com o tempo – e promete durar.

geral@silmadeiras.pt • silmadeiras.pt

LOGRISE: A TECNOLOGIA QUE NASCEU DO SUL

No coração do Algarve, longe dos eixos lisboetas que normalmente concentram a inovação tecnológica, nasceu uma empresa que teima em provar que a geografia não é destino. Chama-se Logrise, e foi fundada por dois algarvios – Ricardo Viegas e Nelson Maló – que decidiram contrariar a ideia de que o futuro da tecnologia portuguesa teria de passar, inevitavelmente, por Lisboa.

A história começa muito antes do primeiro software, antes sequer da primeira ideia de negócio. “Conhecemo-nos em Beja, por acaso –ou talvez não”, recorda Ricardo. As suas esposas, então namoradas, eram colegas de curso e partilhavam casa. O encontro entre os dois jovens acabaria por ser a semente de uma cumplicidade que mais tarde germinaria num projeto empresarial. “Houve uma grande química desde o início”, conta Nelson. “Falávamos sobre criar algo nosso, algo com propósito, e a ideia foi crescendo”.

Durante anos, o projeto existiu apenas em esboço. Trabalharam por conta de outrem, tentaram outros empreendimentos, erraram, aprenderam. “Falhámos várias vezes antes de acertar na Logrise”, admite Ricardo. Mas o que parecia um ciclo de tentativas frustradas era, afinal, uma formação intensiva em realismo e resiliência – atributos sem os quais dificilmente se sobrevive no ecossistema tecnológico português.

Um Algarve além do turismo

A génese da Logrise está intrinsecamente ligada ao território. “Queríamos mostrar que é possível criar uma empresa tecnológica com valor aqui no Algarve”, sublinha Nelson. “Há talento, há qualidade de vida, só faltam oportunidades”.

Essa convicção tornou-se bandeira e missão: provar que o sul do país podia ser mais do que uma montra de verão. “Não temos nada contra o turismo”, explica Ricardo. “Mas o Algarve não pode viver só dele. É preciso diversificar. Quem quiser trabalhar em turismo deve poder fazê-lo – mas quem quiser trabalhar em tecnologia também tem de ter essa possibilidade”.

Essa visão ecoa nas entrelinhas de cada resposta. A dupla fala de Lisboa com respeito, mas também com a consciência de um país desequilibrado. “Em Portugal, os problemas só se tornam nacionais quando chegam à capital”, lamenta Nelson. “Habitação, água, saúde – tudo isso já era problema no Algarve há muito tempo”.

A Logrise nasceu dessa vontade de contrariar o determinismo geográfico. A empresa é, no fundo, um manifesto: um laboratório de inovação plantado num território onde se dizia não haver espaço para isso.

Do Marketing ao código

Quando fundaram a Logrise, em 2019, Ricardo e Nelson tinham percursos complementares: um engenheiro informático; o outro, especialista em comunicação e marketing. A fusão dessas duas competências definiu o ADN da empresa.

O primeiro projeto, um software de catálogos de vendas – o B2log –, viu a luz do dia pouco antes da pandemia. Mas o mundo fechou-se e, com ele, o mercado. “A Covid obrigou-nos a pivotar rapidamente”, recorda Ricardo. “Percebemos que as empresas precisavam de presença digital, e passámos a concentrar-nos no marketing e na tecnologia aplicada à comunicação”.

Nelson Maló e Ricardo Viegas, Sócios

Com o tempo, a Logrise deixou de ser apenas uma agência digital para se afirmar como uma empresa de desenvolvimento tecnológico

A adaptação deu frutos. Sem investidores de capital de risco por trás, a Logrise cresceu a partir da sua própria carteira de clientes. “Nós acreditamos que o empreendedor é do tamanho da sua carteira”, diz Nelson, com pragmatismo. “Para nós, não há empresa sem faturação”.

A honestidade brutal da frase resume a filosofia da Logrise: crescer de forma orgânica, com base na rentabilidade real. “Sempre nos guiámos por um princípio: fazer bem. O pai do Ricardo dizia-nos – fazer mal dá mais trabalho do que fazer bem. E tinha razão”.

O salto tecnológico

Com o tempo, a Logrise deixou de ser apenas uma agência digital para se afirmar como uma empresa de desenvolvimento tecnológico. O Amplifier deu origem ao Octoki, uma ferramenta que unifica comunicações, tarefas e projetos num só sistema. “Chamam-lhe CRM, mas é mais do que isso”, explica Ricardo. “Permite integrar e-mails, propostas, tarefas, tudo. Se alguém faltar, outro colaborador pode assumir o trabalho imediatamente, sem que o cliente sinta o impacto”.

Hoje, o Octoki é usado por mais de 500 utilizadores e representa o principal produto da empresa. O software é a base de uma filosofia que mistura eficiência e humanidade. “Queremos que a tecnologia liberte as pessoas do trabalho rotineiro”, diz Nelson. “Não é para substituir, é para amplificar o humano”.

Paralelamente, a Logrise desenvolveu outras ferramentas – desde sistemas de gestão para beach clubs e concessões de praia até mecanismos de deteção de tráfego fraudulento em campanhas digitais. “O nosso objetivo é simples: maximizar o valor que o cliente investe”, acrescenta Ricardo. “Se ele paga 100 euros em anúncios, queremos garantir que são 100 euros reais, e não cliques de robôs”.

A entrada nórdica

A credibilidade e a consistência chamaram a atenção de dois investidores nórdicos residentes no Algarve, que se tornaram sócios e consultores. “Não estávamos à procura de investimento, mas eles encontraram-nos e acreditaram na nossa visão”, recorda Nelson. “Mais do que capital, trouxeram know-how e uma mentalidade de longo prazo”. A relação mantém-se orgânica e transparente. “Eles têm o dinheiro, mas nós temos as botas no terreno”, diz Ricardo, com uma metáfora que resume bem o equilíbrio. “O poder de decisão está connosco, porque somos nós que produzimos”. A parceria acelerou o crescimento, mas sem desvirtuar a cultura da empresa. “Continuamos a ser uma empresa ‘clean’, como gostamos de dizer – sustentável, com os pés assentes na rentabilidade e não na especulação”.

A empresa e as pessoas

A Logrise conta hoje com uma equipa jovem e diversificada, que trabalha num modelo híbrido entre o escritório e o remoto. As condições são generosas para o contexto português: 35 horas semanais, seguro de saúde, prémios anuais indexados ao desempenho da empresa e flexibilidade horária. “Criámos a empresa para termos qualidade de vida – não fazia sentido esquecermo-nos disso quando começámos a empregar pessoas”, explica Ricardo. O modelo de gestão aposta na transparência e na confiança. “Nós contratamos primeiro a pessoa, depois o técnico”, diz Nelson. “A cultura pesa mais do que as competências. As competências ensinam-se, a cultura não”. Essa filosofia refletiu-se na retenção. “Há colaboradores que começaram connosco e continuam aqui. Outros saíram e quiseram voltar”, conta Ricardo. “Perceberam que a diferença está na forma como encaramos o trabalho – como algo humano, equilibrado”.

Com o Octoki consolidado e novos softwares a caminho, a Logrise prepara-se para integrar Inteligência Artificial em larga escala nas suas soluções

Os clientes e o impacto

Entre os clientes da Logrise encontram-se nomes como o Grupo Pestana, a Conserveira do Sul, o Grupo Hubel ou o Grupo Timing, a par de pequenas empresas que procuram apenas marcar presença digital. “Damos a mesma atenção a todos”, sublinha Nelson. “Uma mercearia com 300 euros de orçamento mensal merece o mesmo cuidado que um grande grupo”. A visão estratégica é clara: mensurabilidade e resultados. “Amplificar zero é zero”, resume Ricardo, com ironia. “Antes de investir, o cliente tem de ter algo para amplificar”. A Logrise privilegia a transparência total: as contas e os relatórios pertencem ao cliente, e a relação é de parceria. “Queremos que o cliente saiba exatamente quanto investe, quanto ganha e o que pode melhorar”, explica Nelson. “Nada de reféns. Se quiser sair, sai. O que nos prende é a confiança”.

Tecnologia, visão e futuro

Com o Octoki consolidado e novos softwares a caminho, a Logrise prepara-se para integrar Inteligência Artificial em larga escala nas suas soluções. “Queremos que o sistema responda de forma contextual, quase como um assistente humano”, antecipa Ricardo. “A IA não vai substituir o contacto humano, mas vai reduzir o tempo e aumentar a precisão”. Para os fundadores, o futuro da empresa está intimamente ligado à ideia de otimização – fazer mais em menos tempo, mas com mais qualidade. “Acreditamos que o novo ciclo passa por isso”, afirma Nelson. “Mais inteligência, menos desperdício”. Mas há algo que nem a IA substituirá: a convicção de que a tecnologia pode ser um instrumento de coesão territorial. “O Algarve tem talento, tem clima, tem vida”, diz Ricardo. “Só precisa de acreditar que também pode ter futuro”.

A Logrise nasceu dessa crença – e é, por isso, mais do que uma empresa. É uma prova viva de que a inovação também fala com sotaque do sul.

CONSTRUIR COM VALORES: A TRAJETÓRIA DE ANDREI BUCSA

Natural da Moldávia, Andrei Bucsa chegou a Portugal aos 19 anos, sozinho e sem conhecer ninguém. Hoje, é CEO da Andrei Bucsa Unipessoal, uma empresa sólida no setor da construção e remodelação de vivendas, que celebra dez anos de uma trajetória marcada pela coragem, pela ética e pela excelência.

Chegar sozinho a um país desconhecido

“Era para ter vindo acompanhado por um amigo, mas ele desistiu e decidi seguir sozinho, peguei na mochila e parti para Portugal”, recorda Andrei. Foi uma viagem que inicialmente pensei ser fácil, mas que acabou por ser nada do que poderia alguma vez ter imaginado. “Nos primeiros tempos, cada dia era um desafio. Houve muitos dias em que a vontade era desistir e voltar para casa”, relembra.

No início a adaptação exigiu resiliência e coragem. Começou a trabalhar na construção civil a ganhar 3.25€ por hora, não era muito, mas no início não tinha alternativa e estava feliz por ter um ordenado. “Era jovem e fui descobrindo ligeiramente o nosso Algarve, o que fez com que cada dia quisesse ficar aqui e construir a minha vida cá”.

Com o tempo, essa aprendizagem transformou-se em coragem e ambição para assumir riscos maiores. Foi assim que Andrei se lançou, oficialmente, como empresário em nome individual e, mais tarde, fundou a Andrei Bucsa Unipessoal, iniciando uma trajetória de sucesso que, uma década depois, já soma mais de 200 projetos concluídos.

A importância da família e da motivação

A família desempenhou um papel fundamental na trajetória de Andrei. Casou-se em 2007 com a sua futura esposa, Anca, também imigrante, e juntos têm duas filhas, que é a base fundamental do seu sucesso.

Andrei também destaca que parte do sucesso deve-se à coragem de agarrar oportunidades e ao compromisso com os valores pessoais. “A vida, muitas vezes, dá-nos oportunidades, e a diferença entre uma pessoa e outra está nas nossas decisões e nas nossas escolhas. Eu sempre soube tomar as minhas”, explica.

Construindo confiança e reputação

A ética e a honestidade são princípios centrais na Andrei Bucsa Unipessoal. “O mais importante é o meu nome. Isso não se compra. Cada cliente é tratado com integridade, seja uma grande obra ou uma remodelação pequena”, explica Andrei. Para ele, cada projeto é uma oportunidade de demonstrar profissionalismo e de consolidar uma reputação que fala por si.

A empresa atua em projetos diversificados: desde pequenas remodelações, anexos e telhados, até vivendas completas e obras de luxo, com clientes portugueses e estrangeiros. “Não nos fechamos apenas em grandes projetos. Cada cliente tem um sonho, e o nosso trabalho é ajudá-lo a concretizá-lo, independentemente do tamanho da obra”, afirma.

Andrei lembra experiências marcantes, como a entrega de uma casa de sonho a um cliente alemão, que reuniu toda a família e a equipa para celebrar o projeto concluído. “Pequenos fatores criam confiança, e essa confiança espalha-se pelo setor. Hoje, muitos clientes e arquitetos vêm falar diretamente comigo, porque já sabem como trabalho e confiam na nossa equipa”.

Essa confiança também se constrói com transparência e humildade. Andrei explica que, mesmo quando surgem imprevistos ou pequenas dificuldades, a chave está em comunicar com o cliente e resolver o problema de forma honesta. “Se houver algum

Andrei Bucsa, CEO

contratempo, dizemos exatamente o que aconteceu e mostramos como vamos resolver. Honestidade gera confiança, e confiança gera relações de longo prazo”, afirma.

Crescimento e desafios da empresa

Em 2015, Andrei formalizou a empresa como limitada, após o volume de negócios ter vindo a crescer. Desde então, a Andrei Bucsa Unipessoal consolidou-se como referência no setor da construção e remodelação, contabilizando atualmente mais de 200 projetos realizados.

A Andrei Bucsa Unipessoal Lda é uma empresa na área da construção, baseada em alicerces sólidos de valor, satisfação do cliente, competência e melhorias constantes. Ao longo dos últimos anos, conquistou a reputação de especialista entre os seus clientes, na construção e remodelação de propriedades com projetos simples até aos mais complexos, concluindo com êxito mais de 200 projetos em Lagos e arredores.

Graças à experiência adquirida, o profundo conhecimento e a competência técnica da empresa vão além da execução da obra.

Qualquer que seja o projeto – grande ou pequeno – a equipa acompanha todo o processo, desde o planeamento, licenciamento e design, até à identificação e resolução de problemas complexos. Tudo é analisado ao pormenor para que cada cliente concretize o seu sonho, seja um imóvel residencial ou comercial.

Os clientes estão no centro do negócio e tudo se concentra em fazer o melhor por eles, construindo relações de confiança duradouras. Juntamente com os mais altos padrões de qualidade, dedicação e atenção aos detalhes, a empresa consolidou uma base sólida de clientes fiéis. “Somos pessoas, como você, que se orgulham do trabalho que realizam. Entre em contacto para falar sobre o seu próximo projeto, grande ou pequeno, e vamos ver onde podemos levá-lo”, reforça Andrei.

O crescimento trouxe também desafios: gerir múltiplos pedidos por semana exige uma organização rigorosa e uma equipa comprometida. “Recebemos vários pedidos por semana, desde remodelações até modernas moradias luxuosas. É muito trabalho, mas conseguimos manter qualidade e atenção aos detalhes graças à nossa dedicação e à confiança mútua na equipa”, explica Andrei.

Falta de mão de obra

Não nos fechamos apenas em grandes projetos.

Cada cliente tem um sonho, e o nosso trabalho é ajudá-lo a concretizálo, independentemente do tamanho da obra

O setor da construção civil em Portugal vive, hoje, um dos maiores desafios das últimas décadas: a falta de mão de obra qualificada. Se no início dos anos 2001, o país ainda contava com um número significativo de trabalhadores portugueses e imigrantes do Leste europeu, em 2025 o cenário é outro.

“Quando cheguei em 2001, 2002, havia muita mão-de-obra qualificada, incluindo portuguesa. Hoje, 24 anos depois, a velha guarda praticamente acabou. Uns faleceram, outros reformaram-se, muito emigraram, e a nova geração já não quer trabalhar em construção”, resume o empresário.

A realidade mostra uma escassez estrutural. A geração mais jovem prefere empregos ligados à tecnologia ou emigra para países como Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Suíça ou França, em busca de melhores salários. Já a imigração, que durante anos serviu de

resposta, também mudou de perfil. Atualmente, a principal vaga migratória chega da Ásia. No entanto, a integração tem-se revelado mais difícil em comparação com a dos anos 2000. A barreira da língua, a falta de formação técnica e as diferenças culturais criam alguns obstáculos. “Com a maioria não conhecendo a língua, dificultando a comunicação. Muitos não têm experiência na área e há dificuldades de adaptação. Cada um traz a sua cultura, mas para viver em Portugal é preciso respeitar as regras e costumes da nossa sociedade portuguesa”, acrescenta. Outro problema identificado é que alguns destes trabalhadores não vê Portugal como destino final, mas apenas como uma etapa para outros países europeus. “Muitos procuram apenas legalizar-se com um contrato, mas não têm como objetivo construir vida cá”, observa o empresário, acrescentando que ainda assim, persiste um traço cultural que distingue Portugal no mapa europeu: a capacidade de acolher.

Fiscalidade e desafios económicos

Para Andrei, a fiscalidade em Portugal representa um dos

desafios mais importantes para as empresas e para a nossa economia. As elevadas taxas dos vários impostos que uma empresa tem de pagar dificulta e abranda o crescimento da própria empresa e a sua competitividade no mercado.

Resiliência em tempos de crise

Durante a pandemia e a instabilidade provocada pela guerra na Ucrânia, a empresa enfrentou aumentos repentinos nos preços de materiais e desafios logísticos. Apesar disso, Andrei não desistiu: “Nunca parámos, sempre procurámos soluções, protegendo a equipa e os projetos. A experiência mostrou que a resiliência e a comunicação com os clientes são cruciais para atravessar crises”.

Visão para o futuro

Olhando para o futuro, a Andrei Bucsa Unipessoal pretende continuar a crescer, mantendo a filosofia de trabalho que a tornou reconhecida: integridade, rigor e foco em satisfazer os sonhos dos clientes.

A trajetória de Andrei Bucsa mostra como coragem, ambição, ética e determinação podem transformar desafios em sucesso. Hoje, a Andrei Bucsa Unipessoal celebra dez anos de excelência, consolidando reputação, confiança e compromisso com a qualidade em cada projeto - um caminho que continua a ser construído com valores sólidos, dedicação e paixão pelo que faz.

andrebucsa@gmail.com • geral@abucsa.com www.abucsa.com

CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E EXCELÊNCIA

A AORUBRO tem vindo a afirmar-se como uma empresa de referência no marketing e publicidade em Portugal, distinguindo-se pela capacidade de integrar, num único parceiro, o universo digital e o offline. À frente deste projeto, Rui Sacramento partilha a visão e os valores que moldam a cultura da empresa, as estratégias que impulsionam o crescimento e a forma como a inovação tecnológica está a redefinir o futuro da AORUBRO.

Como define a identidade e cultura organizacional da AORUBRO? Que valores guiam a forma como a empresa atua no mercado e com as suas equipas?

A AORUBRO é neste momento das únicas (senão a única) empresa de Marketing e Publicidade em Portugal, que tanto opera no marketing digital (online) como na publicidade exterior e interior (offline). Somos uma empresa de marketing e publicidade 360º. Os nossos clientes não necessitam de falar com duas ou três empresas para fazerem um site, um outdoor e uma decoração de loja, nós fazemos tudo.

As nossas equipas têm como base dois pilares fundamentais de trabalho. O primeiro é a exigência de máxima qualidade dos trabalhos e a segunda, e não menos importante, é o cumprimento dos prazos estipulados para com o cliente. Em ambos somos bastante reconhecidos pelos nossos clientes.

Rui Sacramento, CEO

O nosso principal objetivo é tornarmo-nos cada vez mais conhecidos pelos nossos trabalhos criativos e diferenciadores. Somos uma empresa diferente e que consegue fornecer aos clientes vários tipos de serviços relacionados com Marketing e Publicidade

De que forma a AORUBRO tem vindo a adaptar-se às novas gerações de profissionais, que procuram propósito e equilíbrio?

Este é um tema difícil. Em tudo na vida há que ter objetivos e equilíbrio, no entanto há “dias” em que isso não é possível. Nós para crescermos e sermos uma empresa de excelência temos de ter profissionais 1000% dedicados e por vezes isso retira o equilíbrio que algumas pessoas pretendem. Nós aqui somos exigentes, pelo que quem vem trabalhar para a AORUBRO sabe que vai ter de trabalhar muito e dar ao “litro” na maioria dos dias.

Quais as estratégias que a empresa implementa para atrair e reter talento qualificado num mercado cada vez mais competitivo?

A principal estratégia é sermos reconhecidos por ser uma empresa ambiciosa e diferenciadora e que procura crescer e melhorar todos os anos. Mostrarmos que somos bons naquilo que fazemos e sermos reconhecidos pelo nosso trabalho. Temos algumas pessoas que nos procuram e que nos pedem oportunidade de poder trabalhar connosco… isso é muito importante. Depois como é evidente vem a vertente salarial e boas condições de trabalho onde também já estamos num bom nível.

A liderança na AORUBRO aposta mais no controlo de processos ou na inspiração e autonomia das equipas?

Existem sempre as duas vertentes claro. Há uma parte mais processual que ajuda na boa organização da empresa e outra de inspiração e

autonomia. Considero que é 80% é inspiração e autonomia e 20% controlo de processos.

Como é que a inovação e a transformação digital estão a influenciar o modelo de gestão e o futuro da empresa?

Procuramos diariamente novas ferramentas tecnológicas que nos ajudem tanto na organização como no desenvolvimento do nosso trabalho diário. Estamos em constante transformação, essencialmente através das novas ferramentas de IA que nos estão a ajudar a maximizar o nosso tempo com processos que no passado eram mais demorados, isto liberta-nos “tempo” para nos focarmos ainda mais na qualidade dos nossos serviços.

Que metas e desafios se colocam à AORUBRO para continuar a crescer e a afirmar-se como referência no seu setor?

O nosso principal objetivo é tornarmo-nos cada vez mais conhecidos pelos nossos trabalhos criativos e diferenciadores. Somos uma empresa diferente e que consegue fornecer aos clientes vários tipos de serviços relacionados com Marketing e Publicidade.

O principal desafio é permanecermos na linha da frente no que diz respeito à inovação e evolução tecnológica para nos conseguirmos adaptar rapidamente às novas realidades que vão surgindo.

REGIÃO OESTE & NORTE DE LISBOA

A Região Oeste e Norte de Lisboa afirma-se como um dos territórios mais dinâmicos e promissores do país, onde tradição, inovação e qualidade de vida se cruzam de forma exemplar. Entre o litoral e o interior, esta zona reúne uma economia diversificada, impulsionada por pequenas e médias empresas, indústria, agricultura moderna, turismo sustentável e polos tecnológicos em expansão. Próxima da capital, mas com identidade própria, a região combina o ritmo empreendedor com o encanto das paisagens, o património e a autenticidade das suas gentes. Celebrar o Oeste e o Norte de Lisboa é reconhecer um território que cresce com equilíbrio, atrai investimento, valoriza os seus recursos e contribui de forma decisiva para o desenvolvimento de Portugal.

INOVAÇÃO, PROXIMIDADE E RIGOR NA GESTÃO IMOBILIÁRIA

A Nestenn, grupo imobiliário internacional com presença nas Ilhas Maurícias, Guadalupe, Ilha da Reunião, Nova Caledónia, Tailândia, Haiti e Estados Unidos e agora em Portugal, veio para o mercado português com uma abordagem diferenciadora: foco no cliente, rigor na formação e processos, e inovação no serviço, incluindo um conceito pioneiro de escritório móvel. A imobiliária aposta na expansão da marca, mas sempre mantendo a filosofia de gestão como uma empresa e não apenas como uma agência tradicional, como conta em entrevista, Paula Duarte, CEO da Nestenn Portugal.

Chegada a Portugal: Torres Vedras como base estratégica

A decisão de estabelecer a primeira agência Nestenn em Torres Vedras deveu-se à proximidade com o aeroporto, facilitando o transporte de clientes internacionais diretamente até à agência. Os primeiros quatro anos foram marcados por desafios significativos: traduzir e adaptar as ferramentas da marca francesa ao mercado português, compreender mentalidades diferentes e formar uma equipa sólida, capaz de operar com eficiência e consistência.

“Foi um começo muito duro. Tive que fazer formações, perceber o mercado português e integrar o que aprendi em França, mas conseguimos consolidar uma equipa desde o primeiro dia”, afirma Paula Duarte, responsável pela expansão da marca em Portugal. Este ano, a Nestenn deu um passo decisivo no seu percurso de crescimento ao mudar as suas instalações para o

Parkoeste da Lourinhã – uma mudança que representa um importante investimento e traduz o foco na consolidação e expansão da marca em Portugal.

Uma equipa estruturada e orientada ao cliente

A Nestenn distingue-se pela sua organização interna sólida e pelo acompanhamento personalizado prestado a cada cliente. A equipa em Portugal integra diferentes áreas especializadas, com departamentos dedicados ao cliente comprador, ao cliente vendedor, ao marketing, às redes sociais e à formação, assegurando um serviço completo e coeso em todas as etapas do processo imobiliário. Cada cliente é acompanhado desde a primeira chamada até à assinatura da escritura, passando por todo o processo jurídico e burocrático. Para clientes estrangeiros, a imobiliária

Unidade móvel Nestenn

garante suporte adicional, desde a legalização de documentos até à instalação na nova casa. “Não entregamos apenas a chave: acompanhamos o cliente desde o primeiro minuto, garantindo que se sinta seguro e informado”, explica Paula Duarte.

Recrutamento e ética no imobiliário

Um dos grandes desafios do setor é o recrutamento massivo e sem critérios, que leva à formação de profissionais pouco preparados e à banalização do processo de venda. Paula Duarte reforça que a Nestenn defende formação contínua e regras claras: “Uma casa não é um par de sapatos. Cada venda envolve pessoas e histórias de vida, e é preciso respeito e conhecimento para gerir esse processo com ética”.

Inovação: o escritório móvel

Após enfrentar problemas de saúde, Paula Duarte transformou uma fragilidade pessoal em oportunidade de inovação. A experiência difícil serviu de catalisador para repensar o seu modo de trabalhar: nasceu o conceito do escritório móvel, totalmente equipado para atender clientes em qualquer local, seja junto ao mar, no campo ou numa vila do interior. Este projeto é mais do que funcionalidade: é uma expressão da liberdade, da flexibilidade e do compromisso em colocar o cliente no centro de cada ação. “O escritório móvel permite-me estar em diferentes lugares todos os dias, sentir a luz do dia, ouvir o som do mar ou do campo, e, ao mesmo tempo, receber clientes, realizar reuniões e acompanhar processos”, explica Paula. “É como se a minha casa e o meu trabalho se fundissem num só lugar, mantendo a proximidade humana que considero essencial”.

Mais do que uma solução prática, o escritório móvel representa uma filosofia de vida e trabalho: transformar adversidade em oportunidade, manter a qualidade e a atenção personalizada mesmo fora das instalações tradicionais, e criar momentos de encontro que fortalecem relações com clientes. “Cada reunião aqui é única, cada visita tem um toque especial. Posso adaptar-me ao ritmo da pessoa, ao seu espaço e às suas necessidades. É sentir

Portugal, a sua luz, a sua energia, e partilhar isso com quem confia em nós”, acrescenta.

Este projeto também trouxe um impacto emocional profundo para a equipa: trabalhar num ambiente móvel fortalece o espírito de colaboração, inspira criatividade e reforça a ideia de que o serviço imobiliário não é apenas transacional, mas um verdadeiro acompanhamento de vida. Para Paula, cada dia de trabalho é uma oportunidade de combinar paixão, liberdade e cuidado, mostrando que a inovação também pode nascer do coração.

Perspetivas futuras

Para os próximos anos, a Nestenn pretende consolidar e expandir a marca em Portugal, mantendo sempre o rigor, a proximidade com o cliente e a inovação como pilares. Paula Duarte vê o futuro da sua empresa e do grupo com otimismo: “Daqui a cinco anos, quero continuar este projeto, com expansão da marca e maior visibilidade, sem perder a linha de cuidado e atenção ao cliente que nos distingue”. No fundo, o seu objetivo é dar a conhecer a marca e impulsionar o seu desenvolvimento no nosso país.

A Nestenn em Portugal é um exemplo de como a gestão imobiliária pode unir inovação, profissionalismo e proximidade com o cliente. Desde a escolha estratégica de mudar para a Lourinhã, à formação e consolidação de uma equipa dedicada, até à introdução do escritório móvel, a marca demonstra que é possível oferecer um serviço diferenciado e ético, promovendo tanto os imóveis quanto a região em que estão inseridos. Um modelo de negócio que combina tradição e modernidade, sempre com foco nas pessoas.

Paula Duarte e o desafio que mudou a sua vida

Paula Duarte, empresária, casada, mãe de dois filhos e orgulhosa avó, empresária com vasta experiência em vendas e gestão de equipas. Embora inicialmente não tivesse planeado seguir carreira no setor imobiliário, o meu primeiro negócio despertou uma verdadeira paixão por esta área. O contacto direto com as pessoas e a possibilidade de contribuir para a realização dos seus sonhos são, para mim, as maiores motivações desta profissão. Acredito que o sucesso no imobiliário assenta em relações humanas autênticas, baseadas na confiança, na transparência e no compromisso com cada cliente. Nos meus momentos livres, gosto de caminhar à beira-mar e ler – o mar é, sem dúvida, a minha maior fonte de inspiração.

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IMPRESSÃO, SERVIÇO E INOVAÇÃO

A Berolina, empresa portuguesa liderada por Fernando e Paula Duarte, tem vindo a afirmar-se como referência em soluções de impressão e merchandising, aliando tecnologia, serviço personalizado e inovação. Já estabelecida na Lourinhã, a empresa mudou recentemente as suas instalações para o ParKoeste, um passo estratégico que visa não só expandir o negócio, mas também proporcionar melhores condições de trabalho à sua equipa, reforçando assim o compromisso com a excelência e a proximidade ao cliente.

História e origem da Berolina em Portugal Fundada em 2007, a Berolina nasceu da identificação de uma lacuna no mercado de impressão A4 empresarial. Enquanto a maioria das marcas estava concentrada no segmento A3, Fernando e Paula Duarte perceberam que poderiam oferecer soluções mais competitivas, especialmente no preço de cópia. A descoberta da marca Berolina em feiras internacionais marcou o início da presença em Portugal, trazendo uma proposta de valor diferenciada para clientes empresariais. A recente mudança da Berolina para o ParKoeste permitiu integrar loja, armazém e escritórios num único espaço funcional. “Na loja anterior não tínhamos capacidade para os técnicos trabalharem em simultâneo. Aqui, fizemos tudo de raiz para responder às nossas necessidades de expansão”, explicam os administradores. O objetivo foi criar uma estrutura que suportasse o crescimento e a diversificação dos serviços oferecidos.

Foco no cliente empresarial: serviço e personalização

O principal diferencial da Berolina é o serviço. A empresa não só vende impressoras, como oferece soluções completas: assistência técnica, manutenção, acompanhamento do cliente e equipamentos de substituição quando necessário. Cada solução é desenhada à medida, com o objetivo de reduzir custos e otimizar processos internos das empresas.

Segmento particular e merchandising têxtil

Paralelamente ao serviço empresarial, a Berolina desenvolveu uma vertente dedicada ao consumidor final. Esta área teve origem

há mais de 15 anos, quando o filho mais velho, Tomás, ainda no secundário, iniciou uma pequena iniciativa de criação de t-shirts para amigos. O projeto foi crescendo e, já na fase final dos seus estudos em Marketing e Design, Tomás chegou a lançar a sua própria marca. Hoje, essa experiência reflete-se na aposta da Berolina no vestuário empresarial, com especial foco em uniformes e materiais de identificação corporativa, mantendo também um atendimento personalizado a clientes particulares.

Impressão no mundo digital

Apesar da crescente digitalização, Fernando e Paula Duarte destacam que a impressão continua essencial para as empresas. “O mito de que o papel vai acabar não se verifica. Impressoras modernas permitem digitalizar, arquivar e imprimir documentos essenciais para o funcionamento diário”, explica Fernando. A Berolina oferece alternativas mais económicas para consumidores finais, como tinteiros compatíveis e impressões a laser de maior eficiência.

Perspetivas para o futuro

Com as novas instalações, o foco da Berolina será cada vez mais empresarial, consolidando a estrutura atual e expandindo a vertente de merchandising corporativo. O objetivo é continuar a oferecer soluções personalizadas, mantendo o serviço diferenciado que já conquistou a confiança de clientes em todo o país, incluindo regiões mais afastadas e ilhas. A Berolina é um exemplo de adaptação e inovação no setor de impressão e merchandising. Ao combinar tecnologia, serviço de excelência e atenção às necessidades do cliente, Fernando e Paula Duarte consolidam a empresa como parceira estratégica para empresas e clientes particulares. A mudança para Lourinhã marca o início de uma nova fase, mais integrada, eficiente e orientada para o futuro empresarial.

BEM-ESTAR, REGENERAÇÃO E EMPATIA

Eugénia Botelho, Professora, tornou-se voz e rosto em Portugal de uma abordagem que promete estimular a autorregeneração do corpo: os adesivos Lifewave. Entre testemunhos de recuperação, protocolos médicos e a vontade de criar uma rede de apoio, a sua experiência mistura ciência, esperança e responsabilidade social.

Da visão à mobilidade

Ao longo da entrevista, Eugénia enumera casos com melhorias significativas: recuperação visual após cirurgia, redução de dioptrias, cicatrização de úlceras, e mesmo alterações notáveis em pessoas com limitações motoras, bem como acometidas com diversos tipos de autismo. Um dos relatos mais marcantes é o da Sónia, do Algarve, com esclerose lateral amiotrófica: “Estava de cadeira de rodas, não segurava o pescoço, tinha as mãos fechadas. Dez dias após começar a usar o X39 já não precisava do colar cervical, um mês depois entrou numa reunião pelo próprio pé”. Eugénia sublinha que os resultados variam muito consoante a pessoa e o seu tempo de resposta.

Ciência, fotobiomodulação e o mecanismo proposto

Eugénia explica a base científica apresentada pelos criadores: o X39 ativa genes ligados à regeneração e estimula a produção do peptídeo GHK-Cu, associado à cicatrização, redução da inflamação e ativação de células-estaminais pluripotentes. Segundo a mesma, o dispositivo/adesivo funciona por fotobiomodulação: uma leitura que liga luz, frequência e resposta celular e foi desenvolvido ao longo de vários anos por investigadores liderados pelo Dr. David Schmidt.

Protocolos, limitações e segurança clínica

A responsável reforça que os adesivos são uma abordagem complementar e não devem substituir tratamentos médicos convencionais: “Não é alternativa, é um complemento. As pessoas devem continuar a fazer análises e a seguir as indicações dos profissionais de saúde”. Há situações em que não são recomendados (grávidas, pessoas em terapias químicas/radioterapia ou com transplantes em curso) e a equipa alerta para possíveis hiperestimulações, necessidade de hidratação e acompanhamento médico.

Mais do que promessas de cura, a mensagem central é a procura de qualidade de vida: reduzir sintomas incapacitantes, retardar perdas funcionais e proporcionar mais anos ativos e lúcidos

Testemunho pessoal e ética de partilha

Para Eugénia, o movimento tem uma raiz ética: não se trata só de melhorar a própria saúde, mas de partilhar essa descoberta com responsabilidade. “É reconfortante perceber que podemos ajudar os outros. Ajudar faz bem: preenche a alma”. Ela insiste na formação, divulgação transparente e na consulta a médicos quando necessário, defendendo que a democratização do efeito das células estaminais através da estimulação endógena é um objetivo legítimo, desde que acompanhado de ciência e prudência.

A experiência de Eugénia Botelho com os adesivos Lifewave X39 mistura relatos pessoais, referências científicas e um forte impulso comunitário. Mais do que promessas de cura, a mensagem central é a procura de qualidade de vida: reduzir sintomas incapacitantes, retardar perdas funcionais e proporcionar mais anos ativos e lúcidos. Seja pela melhoria de um vizinho octogenário, pela recuperação de um movimento perdido, ou pela diminuição de sintomas crónicos, o olhar de Eugénia é claro: há valor em explorar novas abordagens quando isso for feito com rigor, responsabilidade e empatia.

https://lifewave.com/asaudeconta/enrollment/enrollerselecton

Eugénia Botelho, Reperesentante da Lifewave em Portugal

A FORÇA DA PALAVRA, DA FAMÍLIA E DA INOVAÇÃO

Da garagem de casa à liderança no mercado dos estores, a Inácio Bento, S.A. é a prova de que o sucesso se constrói com trabalho, valores e visão. Quatro décadas depois, os irmãos Fernanda Guerreiro e José Bento, em conjunto com as filhas Rita Guerreiro e Bruna Bento, respetivamente, dão continuidade ao legado iniciado por Inácio Bento e a sua esposa, Maria Ganito, na inovação tecnológica.

Quatro Décadas de Crescimento e Consolidação

Fundada em 1983, a Inácio Bento nasceu numa garagem, com poucos meios, mas com uma enorme vontade de construir algo sólido e duradouro. Ao longo destes quarenta anos, a capacidade exímia e inigualável do José para negociar com fornecedores e clientes, aliada à gestão rigorosa e transparente da Fernanda, permitiram que a empresa crescesse de forma sustentada, acompanhando a evolução do mercado e antecipando as suas transformações, sem nunca perder o foco nos valores que a definem: honestidade, compromisso e inovação.

Em 1997, deu o primeiro grande salto com a aquisição do pavilhão no Elos-Park, um marco que simbolizou o início da industrialização e da estruturação da marca.

Três anos depois, em 2000, a empresa concretizou outro sonho quando adquiriu o seu edifício próprio como nova sede, na Rua Leopoldo Almeida, 7A, em Mem-Martins, consolidando uma nova fase de expansão. A aposta na modernização continuou e, em 2021, a Inácio Bento adquiriu um armazém devoluto, adjacente à sede, que inaugurou em 2022, como um espaço mais amplo, eficiente e adaptado às exigências de uma produção tecnológica e sustentável, todo ele pensado e arquitetado pelo José Bento.

A palavra como princípio e a seriedade como legado “Nunca faltem com a vossa palavra. Eu abomino a mentira”, a frase de Fernanda Guerreiro resume o ADN da empresa e da família que a fundou.

Mais do que uma regra de conduta, é um modo de estar que moldou todas as relações da Inácio Bento com clientes, parceiros e colaboradores ao longo dos anos. “Prefiro sofrer as consequências dos meus atos a mentir”, acrescenta Fernanda, com a serenidade de quem sabe que a confiança é o maior ativo de uma empresa.

Esse princípio ético foi herdado do pai, Inácio Bento, cuja palavra se tornou sinónimo de compromisso. É esta credibilidade que faz da Inácio Bento uma referência no setor, tanto pela qualidade do produto como pela integridade com que gere cada relação.

Um projeto familiar, várias gerações, um mesmo propósito

Se há algo que distingue esta empresa é o caráter familiar que resiste à passagem do tempo.

“Tínhamos de decidir: ou estagnar, ou continuar a crescer”. A decisão dos dois irmãos foi clara, conta Fernanda, com o orgulho de quem viu Rita e Bruna assumirem responsabilidades e trazerem

Temos consciência de que cada pequena mudança conta.

Desde a energia que consumimos até à forma como nos comunicamos (...)

nova energia à empresa. “Durante muitos anos, fui a única pessoa com formação superior aqui. Hoje, contamos com duas mulheres com visão e competência, e uma equipa com colaboradores de 20, 30 e até 32 anos de casa”.

A longevidade da equipa é reflexo de um ambiente de confiança e valorização humana. “Temos colaboradores que começaram connosco e viram os filhos crescer aqui dentro. Alguns até já trabalham connosco. É um orgulho enorme”, partilha.

Entre os rostos que fazem parte da história está também Luís Guerreiro, Engenheiro Mecânico e marido de Fernanda, que regressou recentemente para desenvolver um software de gestão totalmente customizado para a empresa.

“Durante anos, não encontrávamos nenhum programa que respondesse às nossas necessidades. O Luís, com a experiência que tem e o conhecimento da empresa desde o início, criou um sistema próprio, ajustado à nossa produção. E se há algo a corrigir, faz-se no momento, sem depender de ninguém, sendo uma enorme vantagem”.

Sustentabilidade e Eficiência em Prática

A Inácio Bento, é também exemplo de como a responsabilidade ambiental pode caminhar lado a lado com a inovação industrial.

Com uma visão consciente e prática, a empresa tem vindo a adotar medidas que traduzem um compromisso real com o ambiente não só como tendência, mas como parte integrante da sua forma de estar no mercado.

Nos últimos anos, a empresa implementou um conjunto de ações concretas que reduzem o impacto ecológico e aumentam a eficiência energética.

Entre elas, destaca-se a instalação de painéis solares, em parceria com a MotaEngil Renewing, que permitem à empresa produzir energia limpa e até devolver os excedentes à rede pública. A reciclagem integral de alumínio, papel, cartão e cápsulas de café, é outro exemplo do cuidado colocado em cada detalhe, um esforço diário para valorizar materiais e evitar desperdício.

Também no dia a dia administrativo, a empresa tem vindo a eliminar progressivamente o uso de papel, substituindo as ordens de produção tradicionais por sistemas digitais em tablets e as faturas em papel por faturação eletrónica. Foram ainda introduzidas soluções

sustentáveis de consumo interno, como a substituição dos dispensadores de garrafões de água por sistemas ligados à rede pública e a instalação de secadores Dyson, reduzindo o uso de papel.

A nível de mobilidade, a aquisição de viaturas elétricas veio reforçar a aposta na descarbonização e na eficiência das deslocações comerciais. “Temos consciência de que cada pequena mudança conta. Desde a energia que consumimos até à forma como nos comunicamos, tudo está orientado para reduzir o impacto ambiental e aumentar a eficiência”, sublinha Fernanda Guerreiro.

A história da Inácio Bento, S.A. é, acima de tudo, a história de uma família que soube transformar valores em ação, tradição em futuro e desafios em oportunidades.

Quatro décadas depois, a empresa continua a afirmar-se como referência no setor dos estores e das soluções de proteção solar não só pela qualidade técnica, mas pela forma humana, ética e sustentável com que trabalha.

Com a Rita e a Bruna a representar a nova geração, a Inácio Bento mantém-se fiel ao princípio de que inovar não é romper com o passado, mas continuar a construí-lo com propósito.

Entre o rigor técnico, a visão estratégica e o respeito por quem faz parte desta história, o grupo projeta-se no futuro com a mesma certeza que o guiou desde a garagem onde tudo começou: a de que o verdadeiro sucesso se mede pela solidez das relações e pela força da palavra dada.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E REVESTIMENTOS: A NOVA APOSTA DE TIAGO FONSECA

Tiago Fonseca, Administrador da RevestiMat, regressa às origens familiares para abrir uma nova loja de materiais de construção e revestimentos na Lourinhã. Localizado junto à Nacional n.º 8-2, o espaço aposta numa oferta completa de gessos, placas de gesso, placas diversas, isolamentos e soluções de decoração para interiores e exteriores, servindo clientes da região e o intenso fluxo entre Peniche, Lourinhã, Torres Vedras e Lisboa.

Raízes e formação

Desde cedo ligado ao mundo empresarial da família, Tiago Fonseca recorda as conversas de infância com o pai sobre negócios. “Lembro-me de ele me perguntar quanto dinheiro tinha para investir na empresa, quando eu tinha apenas 10 ou 11 anos. Não sabia o que responder, mas aquela pergunta ficou-me na memória”, conta. Ainda em idade escolar, já mostrava interesse pelo setor da construção e pelo funcionamento das empresas, acompanhando de perto a atividade familiar. O percurso académico começou por áreas técnicas: ingressou no curso de desenho de construção civil, formação que descreve como um “pré-arquitetura”, pela forte componente técnica e criativa. Concluiu depois a formação como Técnico de Gestão e Contabilidade, Tiago gostava de lidar com números, e isso acabou por consolidar a sua ligação ao setor empresarial da construção e ao universo dos materiais e revestimentos.

Tiago Fonseca, Administrador

Primeira experiência no setor

Em 2011, Tiago Fonseca ingressou oficialmente na empresa familiar, assumindo diversas funções que lhe permitiram uma visão completa do negócio. Desde a gestão de clientes e atendimento em loja até à organização de cargas e apoio no armazém, cada tarefa contribuía para o seu conhecimento prático do setor da construção e dos materiais de revestimento.

Durante este período, Tiago esteve diretamente envolvido na relação com fornecedores, no controlo de stocks e na logística de entregas, compreendendo a importância da rapidez e da precisão na prestação de serviços aos clientes. Esta experiência revelou-se crucial para desenvolver competências de liderança, organização e resolução de problemas em tempo real, elementos que mais tarde definiriam a sua abordagem na própria empresa.

No entanto, em 2013, coincidindo com o falecimento do seu pai, o setor construção civil passou por um período de forte crise económica na construção civil. A combinação destes fatores tornou impossível manter a continuidade na empresa familiar, levando Tiago a sair e procurar novos caminhos profissionais. Apesar da saída, considera este período como uma escola intensiva: “Aprendi tudo sobre o funcionamento de uma empresa, sobre clientes, fornecedores e logística. Foi a base que me permitiu, anos mais tarde, lançar o meu próprio projeto”, lembra.

O regresso ao setor e o novo projeto

Mais tarde, Tiago Fonseca regressou ao setor da construção, integrando novamente uma empresa familiar dedicada à comercialização de materiais de construção e revestimentos. Durante quatro anos, acumulou experiência valiosa em gestão, logística, atendimento a clientes e relacionamento com fornecedores, consolidando a visão estratégica que sempre teve sobre o negócio.

Foi nesse período que surgiu a decisão de dar um passo mais audacioso: abrir a sua própria loja. A experiência anterior permitiu-lhe identificar lacunas no mercado, perceber as necessidades reais dos clientes e compreender como diferenciar-se da concorrência. O objetivo era criar um espaço que não apenas vendesse materiais, mas que oferecesse soluções completas, práticas e de qualidade para profissionais e particulares da região.

Em novembro de 2024, Tiago concretizou este sonho com a abertura do novo espaço na Lourinhã. A RevestiMat aposta numa oferta abrangente e diversificada: placas de gesso, isolamentos, tintas, rebocos, massas, perfis metálicos, revestimentos e soluções de decoração para interiores e exteriores. Além disso, a empresa assume um papel de representação de produtos e serviços, importação e exportação, garantindo que todos os clientes tenham acesso às melhores soluções do mercado nacional e internacional.

Para Tiago, o projeto vai muito além da venda de materiais: trata-se de criar valor para os clientes, oferecendo rapidez, flexibilidade e aconselhamento especializado. Cada entrega, cada pedido e cada solução apresentada refletem a filosofia da empresa: colocar o cliente no centro de todas as decisões.

A ambição do administrador não se limita à abertura da RevestiMat. Tiago Fonseca pretende consolidar a presença da empresa no mercado local, crescer na região Oeste e, a médio prazo, expandir para Torres Vedras e Lisboa, mantendo sempre a proximidade, a qualidade e o atendimento personalizado como marcas distintivas do negócio.

O percurso de Tiago Fonseca revela uma trajetória marcada por experiência prática, visão estratégica e paixão pelo setor da construção. Desde os primeiros contactos com o negócio familiar até ao lançamento da RevestiMat, cada etapa contribuiu para consolidar competências técnicas, comerciais e de gestão. Com uma oferta completa de materiais e revestimentos, serviços especializados, atendimento personalizado, soluções inovadoras e compromisso com a sustentabilidade, a empresa posiciona-se como uma referência na região Oeste. Olhando para o futuro, Tiago Fonseca pretende consolidar a presença local, expandir para novos mercados e manter sempre a proximidade e confiança junto dos clientes, assegurando que cada projeto, grande ou pequeno, seja tratado com profissionalismo, eficiência e atenção ao detalhe.

DO NOME PRÓPRIO À MARCA SÓLIDA

Fundada por Carlos Conceição, a Fase Criativa nasceu da experiência técnica e da visão de criar uma empresa onde a marca e a cultura empresarial se sobrepõem ao nome do fundador. Com mais de 30 colaboradores, a empresa destaca-se pelo planeamento rigoroso, inovação e foco na satisfação do cliente, consolidando-se em setores estratégicos como habitação, terciário, industria e instalações técnicas.

Do nome próprio à marca reconhecida

Carlos Conceição começou em nome individual em 2010, motivado pela vontade de preencher lacunas que observava nas empresas por onde passou. “Aprendi muito de como não se devem fazer algumas coisas a nível de gestão de recursos humanos e gestão de cliente, através do que via, achava que podia fazer melhor. Quando abri atividade em nome individual, comecei a ter clientes, e percebi que preenchia bem essa lacuna do mercado, tinha sucesso e o negócio começou a crescer”, conta. A formalização da empresa como Fase Criativa em 2013 foi estratégica: não queria que a empresa funcionasse em torno do seu nome, mas sim de uma marca sólida. “Hoje em dia, as pessoas já não sabem bem quem é o Carlos Conceição, conhecem a Fase Criativa, quando ligam para a empresa, querem falar com alguém da Fase Criativa. Isso é que é importante, a empresa tornou-se uma marca, isso libertou-me para gerir essa marca, essa empresa e as pessoas que a compõem, para que essas mesmas pessoas estejam em sintonia com esse conceito e essa cultura que sempre quis instalar”, explica.

Desde então, a Fase Criativa tem-se destacado não só pela execução técnica, mas também pela forma como constrói relações sólidas com clientes e colaboradores. Carlos explica que o foco está sempre na consistência ao longo do tempo e na qualidade: “O nosso objetivo é que, independentemente do projeto ou do cliente, a experiência seja sempre a mesma. Isso exige planeamento, acompanhamento contínuo e as equipas alinhadas com os valores da empresa”.

Cultura, consistência e resiliência: o segredo do sucesso

O espirito de equipa e a satisfação do cliente, segundo Carlos, vêm de uma cultura sólida, aplicada em todas as equipas, apoiada em reuniões semanais, planeamento, formações internas, convívios, conversas informais de alinhamento. “Todos dentro da empresa sabem quais são os objetivos a curto, médio e longo prazo e percebem que temos princípios e conceitos que têm de ser respeitados. Isso faz com que possamos apresentar resultados consistentes ao cliente ao longo do tempo”, afirma. O controlo de qualidade é garantido através dos chefes de equipa que são apoiados pelos diretores de obra com supervisão direta, eles funcionam como “os meus olhos e voz” na gestão em cada projeto. Ajustes contínuos e comunicação constante

permitem manter a excelência em todos os projetos, e muitos são extremamente desafiantes, como uma remodelação que fizemos da loja Espaço Casa em apenas 15 dias ou mudanças de quadros elétricos em hospitais à noite, mantendo as instalações prontas para o público no dia seguinte, remodelações de balcões Novo Banco, feitas com os balcões em funcionamento, entre outros.

Planeamento, atitude e reconhecimento

Carlos explica que o sucesso não depende apenas de execução técnica, mas também de planeamento financeiro e atitude proativa: “As obras começam antes mesmo de começarem efetivamente no terreno: planeamento, fluxo de caixa, compras bem feitas, materiais disponíveis e atitude proativa das equipas. É um ciclo virtuoso”.

O reconhecimento externo, como o PME Excelência, é valorizado, mas não é o motor principal. “O Estado não cuida bem das empresas PME. O prémio acaba por ser uma consequência de o mercado rever em nós uma mais-valia, de lhe acrescentarmos valor. A chave do sucesso para a empresa é oferecer um trabalho de excelência ao longo do tempo de uma forma consistente ao cliente”, comenta.

Equipa e talento: o ativo mais valioso

Para Carlos, o sucesso da Fase Criativa depende das pessoas. Com mais de 30 colaboradores, a gestão da equipa é um desafio diário, equilibrando juventude e experiência, motivação e capacidade técnica. “Libertar-me da execução direta e passar a ser líder significa perceber

Carlos Conceição, CEO

que o nosso ativo são as nossas pessoas. Não é o número de carros ou um armazém bem equipado; são as pessoas que executam o trabalho de forma consistente ao longo do tempo, e para isso acontecer, têm de se sentir bem no grupo, estarem felizes”, afirma.

A empresa mantém uma cultura forte, onde os mais experientes ajudam a integrar os novos e cada membro entende a importância do planeamento, da atitude proativa e da entrega de resultados. A diversidade também é valorizada: portugueses, brasileiros, angolanos, cabo-verdianos e ucranianos trabalham em conjunto, desde que se alinhem com a cultura da empresa. Carlos frisa que a retenção de talento é muito difícil, mas também muito importante e felizmente essa base tem-se mantido, porque a felicidade da equipa é essencial para que isso aconteça, para o sucesso coletivo.

Formação contínua e desafios constantes

A formação continua tem de ser um dos pilares da sustentabilidade da empresa, mudámos recentemente de instalações, que para além de nos dar capacidade de crescimento em número de equipas, capacidade de stock, gabinete de projeto, também nos capacitou com condições de podermos fazer formações internas, workshops, entre outros. Depois também cada projeto representa um desafio único, evitando a monotonia e mantendo a equipa motivada, mais do que formações teóricas os desafios diários e a forma de os resolver trazem-nos bagagem, acaba por ser uma “escola” a Fase.

A empresa aposta em tecnologia para otimizar processos, incluindo o uso de uma aplicação própria para gerir os pedidos de material, as documentações para o acompanhamento das obras, facilita bastante, a tecnologia agiliza a logística, reduz desperdícios e permite que os chefes de equipa se concentrem na execução, na equipa e no cliente, espero a curto prazo poder otimizar ainda mais esse setor importante através da Inteligência Artificial.

Visão de longo prazo e projetos futuros

Olhando para o futuro, a Fase Criativa quer continuar a crescer de forma sustentada, com passos firmes e consistentes. A estratégia passa por consolidar a produção, expandir mais para setores estratégicos como o terciário a industria e até talvez entrar noutro sector de atividade como complemento ao elétrico, mas é uma questão que não me quero alongar aqui, isto sempre com humildade e os pés bem assentes na terra, respeitando as pessoas da Fase, os parceiros e os clientes”.

Equilíbrio entre trabalho e paixão pelo empreendedorismo

Carlos defende hoje que empreender não deve significar sacrificar a vida pessoal, mas sim encontrar formas de alinhar os dois mundos. “É preciso gostar daquilo que se faz, mas também perceber quando é altura de parar, de estar com a família ou simplesmente de descansar. Uma empresa só é saudável quando o seu líder também o é”, partilha. A paixão pelo empreendedorismo mantém-se como motor principal, mas agora acompanhada por uma maior maturidade na forma de encarar os desafios. “No início, trabalhava 14 ou 15 horas por dia, tinha de fazer o que tinha de ser feito para o negócio começar a crescer, para escalar, achava que era capaz com o mundo, mas muitos anos nesse tipo de rotina e com o acumular de stress e ansiedade, tive de abrandar o ritmo e reestruturar a empresa, ganhar “alavancagem”. Hoje, sei que chegar mais longe implica partilhar responsabilidades, confiar na equipa e dar espaço para que todos cresçam”. Para Carlos, a evolução da Fase Criativa é também a sua evolução pessoal: uma caminhada marcada por resiliência, aprendizagem constante e a certeza de que o verdadeiro sucesso está em construir algo sólido, que perdure e faça diferença para clientes, colaboradores e comunidade. Mais recentemente abriu um outro projeto, a Outra Fase Investimento, que vem também cobrir uma lacuna no mercado de aluguer de quartos para estudantes, um projeto onde adquire habitações num estado degradado, faz a sua reabilitação, sempre com um cunho pessoal, sempre inspirado num tema, que faça lembrar a cidade local Caldas da Rainha, onde o objetivo é trazer valor para a comunidade.

ADEGA DA LAMPEIRA: PAIXÃO E PARTILHA À MESA

Em apenas três anos, a Adega da Lampeira conquistou o estatuto de um dos melhores restaurantes da região de Torres Vedras, afirmando-se como um templo da cozinha portuguesa com alma e partilha. Liderado por Lígia e Gonçalo Elias, o projeto que nasceu de uma viragem de vida tornou-se um exemplo de rigor, autenticidade e dedicação, onde cada prato conta uma história e cada detalhe reflete o equilíbrio entre tradição e modernidade.

Da indústria farmacêutica à mesa portuguesa

A Adega da Lampeira é um restaurante regional que celebra a autenticidade da cozinha tradicional portuguesa, num espaço onde o sabor e a partilha são os ingredientes principais. Com um conceito que privilegia o convívio à mesa, os pratos são pensados para serem partilhados tal como se fazia nas antigas casas rurais, onde o vinho e a comida aproximavam famílias e vizinhos.

O nome e o logótipo são inspirados na lampeira, antiga lamparina usada para iluminar as adegas e cozinhas e simbolizam precisamente essa luz de acolhimento e tradição, que o projeto quis recuperar. Aqui, cada detalhe evoca o ambiente das tabernas de outros tempos, reinterpretado com conforto e elegância contemporânea. Foi com este espírito que Lígia e Gonçalo Elias decidiram mudar de vida. Há três anos, trocaram a exigente rotina da indústria farmacêutica por um sonho antigo: criar um espaço onde a comida tivesse alma e tempo. “Tínhamos cargos de muita responsabilidade e três filhos pequenos. Queríamos uma vida mais tranquila, mais nossa”, recorda Lígia.

Encontraram num antigo edifício com mais de 200 anos, o cenário ideal para dar vida ao projeto. Nasceu assim a Adega da Lampeira, um restaurante de família para famílias, onde a gastronomia é feita de memórias, produtos locais e receitas que atravessam gerações.

O conceito da partilha

Mais do que um restaurante, a Adega da Lampeira é um espaço de partilha de sabores, momentos e afetos. “O nosso objetivo é que

Lígia e Gonçalo Elias, Gerentes

toda a gente saia feliz”, afirma Gonçalo Elias, com a serenidade de quem acredita no que faz. O ambiente convida à convivência: mesas amplas, pedra e madeira a dialogar com apontamentos contemporâneos, luz quente e o som discreto das conversas. É um lugar onde o tempo abranda e onde cada refeição se transforma num pretexto para celebrar. As tábuas de peixe, de carne ou mistas são a assinatura da casa e refletem o espírito do projeto: generosidade e convivialidade. Chegam à mesa em travessas fartas, pensadas para serem partilhadas, sempre acompanhadas por arroz de feijão, migas, batata frita e salada de laranja. Tudo é preparado com produtos frescos e de origem nacional, com destaque para os queijos e os vinhos, duas grandes paixões do casal.

Aliando o rústico e a modernidade, numa simbiose de sabores e experiências culinárias inesquecíveis, a carta vai muito além das tábuas. O arroz de carabineiro, intenso e cremoso, é um dos pratos mais emblemáticos, assim como a tiborna de polvo, uma criação que revisita um clássico português com um toque contemporâneo. Há também o arroz de lagosta, servido com elegância e sabor a mar, o cabrito assado e o tradicional cozido à portuguesa, preparado com tempo, respeito e alma.

Cada prato traduz o equilíbrio entre técnica e emoção, tradição e inovação. “Não queremos ser mais um restaurante português. Queremos ser um espaço onde se sente o que é nosso, mas com uma abordagem cuidada, atual e coerente”, explica Lígia.

A experiência é feita para ser vivida com tempo: à mesa, entre risos e conversa, copos que se erguem e histórias que se cruzam. “Não impomos pratos. Oferecemos experiências”, resume Lígia.

Gestão com método e alma

Com formação sólida em gestão e anos de experiência na indústria farmacêutica, Lígia e Gonçalo Elias trouxeram para a restauração uma forma de trabalhar pouco comum no setor: rigor, planeamento e empatia. “Gerir um restaurante é 90% gestão e 10% o resto”, afirma Gonçalo. “É preciso saber lidar com pessoas, matérias-primas, clientes e imprevistos. Tudo ao mesmo tempo”.

Na Adega da Lampeira, cada detalhe tem um método: desde a divisão das tarefas até à definição de horários e responsabilidades.

Queremos ser um espaço onde se sente o que é nosso, mas com uma abordagem cuidada, atual e coerente

“A falta de regras é o que faz muitos restaurantes falharem. Aqui, todos sabem o que têm de fazer e até onde podem ir. Isso traz tranquilidade e confiança à equipa”,sublinha Gonçalo.

A equipa é maioritariamente portuguesa, e o casal orgulha-se da estabilidade conquistada. “Preocupamo-nos genuinamente com as pessoas”, diz Lígia.

O segredo, dizem estar na liderança pelo exemplo. “Ninguém trabalha mais do que nós. Estamos sempre presentes a servir, a limpar, a resolver problemas. A equipa vê isso e veste a camisola. Quando alguém novo entra e não partilha do mesmo espírito, simplesmente não se adapta”, conta Lígia. Mais do que um negócio, a Adega da Lampeira é um projeto de vida. “Gostamos de trabalhar no limite quando a sala está cheia, quando tudo está a acontecer. É aí que sentimos que estamos vivos”, remata o casal.

Produtos da casa e ligação à terra

Na Adega da Lampeira, o sabor é também um território. Lígia e Gonçalo Elias acreditam que cozinhar é uma forma de preservar a identidade local e foi com esse espírito que começaram a desenvolver produtos próprios, feitos em parceria com produtores da região.

“Temos a nossa marca de vinhos, produzidos com a Quinta da Almiara, e lançámos recentemente o nosso Rosé”, conta Gonçalo. “É um vinho leve, fresco, perfeito para acompanhar os pratos de partilha que definem a nossa casa”. A escolha dos vinhos é feita com o mesmo cuidado que orienta toda a carta: equilíbrio, autenticidade e respeito pelo terroir. A paixão pelos produtos portugueses estende-se também aos queijos, fruto de uma parceria com a Courela do Campo, uma queijaria artesanal que partilha da mesma filosofia de qualidade e proximidade. “Queremos saber quem faz, de onde vem e como é produzido. Só assim conseguimos oferecer algo com alma”, sublinha Lígia. Mas talvez o exemplo mais simbólico dessa ligação à terra seja a recuperação da uvada, um doce ancestral da região de Torres Vedras, feito com mosto de uva e maçã. “Era uma tradição quase perdida. Fazê-la renascer é a nossa forma de agradecer à terra que nos acolheu”, explica o casal.

A magia das sobremesas e o toque da Lígia

Na Adega da Lampeira, o final da refeição é um verdadeiro espetáculo de doçura e criatividade. Em vez de uma carta tradicional, as

sobremesas desfilam até à mesa num carrinho que desperta sorrisos e memórias. “É uma forma diferente de apresentar as sobremesas e de proporcionar um momento de encantamento”, explica Lígia, a mente criativa por detrás de cada receita. Desde a tarte de baba de camelo, criação da casa, até às mousses e tartes da casa, tudo é feito artesanalmente e com produtos frescos. “As sobremesas são a minha paixão. Gosto de testar combinações, de reinventar clássicos e, acima de tudo, de surpreender”, confessa.

A experiência prolonga-se com o carrinho dos digestivos com uma seleção cuidada de licores, aguardentes e ginjas, apresentada pessoalmente à mesa. Mais do que um gesto de hospitalidade, é uma extensão da filosofia do restaurante: o contacto direto, o detalhe e a personalização. “Queremos que o cliente sinta que está em casa, mas com um toque especial. Cada refeição deve terminar com um sorriso e uma memória doce”, resume Lígia.

Viver o propósito

Ao fim de três anos, Lígia e Gonçalo Elias olham para trás com orgulho e serenidade. “Se soubéssemos o que sabemos hoje, teríamos feito esta mudança há muito mais tempo”, admite Gonçalo. A decisão de trocar a indústria farmacêutica pela restauração não foi apenas uma mudança de carreira, foi um reencontro com o que realmente importa. O caminho não tem sido fácil: dias longos, fins de semana ocupados, uma exigência constante que só quem vive o ofício compreende. Mas para o casal, o equilíbrio está precisamente aí no prazer de ver o projeto crescer, na satisfação de cada cliente, na cumplicidade de uma equipa que se tornou família.

“O nosso propósito está a correr bem. Trabalhamos muito, mas com gosto e com sentido. Dá o mesmo trabalho fazer bem ou fazer mal por isso, preferimos fazer bem”, afirma Lígia, com um sorriso tranquilo. A Adega da Lampeira é muito mais do que um restaurante: é o reflexo de uma forma de estar na vida. Entre tachos, vinhos e conversas, Lígia e Gonçalo conseguiram criar um espaço onde o tempo tem outro ritmo e onde a partilha se torna uma arte. Cada detalhe, da escolha dos produtos à forma como o cliente é recebido, traduz o compromisso de quem acredita que cozinhar é também cuidar. O projeto, nascido de um sonho e sustentado por muito trabalho, tornou-se uma referência de autenticidade e qualidade na região de Torres Vedras. “Queremos crescer, sim, mas sempre com alma”, diz Gonçalo. “O sucesso só faz sentido se mantivermos a essência, o amor pelo que fazemos e pelas pessoas que nos escolhem”.

Com a Adega da Lampeira, o casal provou que é possível unir gestão, paixão e propósito. À mesa, cada refeição é uma celebração da vida, da partilha e da portugalidade e é nessa simplicidade sofisticada que reside a verdadeira força deste projeto.

965 254 315 (chamada para rede móvel nacional) reservas@adegadalampeira.pt

CONSTANTINOS RENOVA-SE COM AUTENTICIDADE E VISÃO

Elisabete Constantino, CEO da Constantinos, reflete sobre 35 anos de uma história familiar que transformou o bacalhau português num símbolo de tradição e qualidade, agora renovada com uma imagem moderna que alia inovação e autenticidade no mercado global.

35 anos de história é um marco notável. Que momentos considera mais emblemáticos nesta jornada da Constantinos, desde a visão inicial de José Constantino até à referência mundial que são hoje?

A nossa história é feita de momentos simples, mas com enorme significado. Tudo começou com a coragem do meu pai, José Constantino, um homem de visão que acreditava que o bacalhau podia ser mais do que um produto – podia ser uma paixão nacional levada ao mundo. Tudo começou com uma pequena mercearia de onde “tirámos” 25 anos de grande experiência no comércio de bacalhau grossista. A Constantinos nasceu em 1990, pela mão dos filhos Constantinos, em menos de uma década vimos nascer as nossas instalações em Torres Vedras, em 1997. Claro que fomos dando cada passo com muito trabalho, persistência e grande aposta na qualidade. Em 2006 criámos uma unidade em Aveiro com o intuito de reforçarmos a nossa linha de produção. Hoje, ao celebrarmos 35 anos, sentimos orgulho por ver que o nome Constantinos se tornou sinónimo de confiança, tradição e excelência. São 35 anos de uma história familiar que cresceu sem nunca perder o essencial: a alma portuguesa que dá sabor ao nosso bacalhau e sentido ao nosso propósito.

A nova imagem da marca em 2025 reflete o equilíbrio entre tradição e inovação. O que motivou esta renovação e como traduz visualmente a identidade e os valores da Constantinos?

A renovação da nossa imagem nasce da vontade de olhar para o futuro sem perder as raízes. Chegar aos 35 anos foi o momento ideal para repensar a forma como comunicamos aquilo que sempre fomos: uma marca com alma tradicional, mas mente inovadora. A nova identidade visual traduz isso mesmo – um design mais contemporâneo, limpo e emocional, que reforça o nosso posicionamento premium e a autenticidade da marca. As linhas são mais modernas, mas o logótipo continua a carregar o peso da nossa história. É a forma de dizer ao mundo: “somos a mesma Constantinos de sempre, agora com uma nova energia para o futuro”. A nova imagem do bacalhau constantinos é uma ode à cultura e gastronomia portuguesa, carregada de símbolos e tradição e pretende trazer a portugalidade para um produto que não tem origem nacional.

Como é que a Constantinos tem conseguido manter a autenticidade do produto ao mesmo tempo que responde às exigências de um mercado global cada vez mais competitivo?

O segredo está em respeitar o tempo e a tradição. Continuamos a curar e a salgar o bacalhau como se fazia antigamente, com o mesmo rigor e com tempo. É esse processo artesanal que dá ao nosso produto a textura, o aroma e o sabor inconfundíveis. Se por um lado, respeitamos a tradição, por outro lado, investimos continuamente em tecnologia, certificação e inovação, para garantir padrões de qualidade à altura dos mercados mais

exigentes. Conseguimos unir dois mundos que parecem opostos: a alma artesanal e o rigor industrial. Enquanto algumas empresas correm atrás de tendências, nós preferimos seguir o nosso propósito – preservar o sabor autêntico, com as ferramentas e o conhecimento do século XXI. É isso que nos permite competir globalmente sem perder aquilo que nos torna únicos: a verdade do bacalhau português.

De que forma a Constantinos garante que o seu bacalhau provém de fontes sustentáveis e como têm evoluído as práticas ambientais dentro da empresa?

A sustentabilidade faz parte da nossa cultura, não apenas da nossa estratégia. Todo o bacalhau que trabalhamos provém de fontes certificadas e legais, capturado por embarcações com quotas e artes de pesca responsáveis. Acompanhamos de perto toda a cadeia de valor – da origem ao produto final – garantindo total rastreabilidade. Nas nossas instalações, temos vindo a reduzir o consumo de energia e água, com o investimento em painéis solares e em sistemas de tratamento e reaproveitamento de efluentes. Reciclamos, otimizamos processos e escolhemos parceiros que partilham da mesma visão sustentável. O sal na nossa produção é reaproveitado pelas indústrias de curtumes, permitindo uma economia circular que é possível através de parcerias que partilham os mesmos valores que nós. Por fim, proteger o mar é proteger o futuro da marca e das próximas gerações. A sustentabilidade é o fio que liga tudo o que fazemos – desde a pesca até ao prato do consumidor.

A responsabilidade social é outro ponto forte da vossa atuação. Que importância tem o envolvimento com instituições locais e o apoio à comunidade de Torres Vedras para a identidade da empresa?

A nossa identidade está profundamente ligada à comunidade que nos viu nascer. Em Torres Vedras, não somos apenas uma empresa – somos uma família alargada. Desde o início, fazemos questão de trazer para a empresa pessoas da região, empregamos famílias, com várias gerações. Apoiamos instituições locais que promovem a inclusão de pessoas com deficiência, colaboramos com escolas e associações e priorizamos fornecedores da nossa terra. Acreditamos que o sucesso empresarial só faz sentido quando é partilhado – e que a verdadeira sustentabilidade começa nas pessoas. Na Constantinos, a responsabilidade social não é um departamento: é uma forma de estar, uma expressão natural dos nossos valores e do nosso compromisso com a comunidade.

A internacionalização começou com Angola e, hoje, chega a vários continentes. Quais têm sido os principais desafios e oportunidades na expansão para mercados como o Brasil, Austrália e Estados Unidos?

A nossa internacionalização nasceu de uma forma muito genuína – através do “mercado da saudade”. Os portugueses espalhados pelo mundo levaram consigo a vontade de comer

o bacalhau da sua terra, e nós apenas seguimos esse caminho. Hoje, exportamos para vários continentes e sentimos que cada novo mercado é uma oportunidade de levar Portugal ao mundo. Os desafios são muitos – desde a logística até à adaptação às normas internacionais –, mas as oportunidades superam tudo: há um enorme interesse global pela autenticidade e pela gastronomia portuguesa. Para nós, cada nova fronteira representa uma extensão da nossa missão: fazer do bacalhau um embaixador do sabor e da cultura portuguesa.

O prémio Sabor do Ano e o estatuto de PME Líder são reconhecimentos consistentes ao longo dos anos. O que considera ser o segredo por trás dessa constância na qualidade e desempenho?

O verdadeiro segredo é simples: a nossa exigência que é diária, desde a escolha da matéria-prima até ao cuidado com cada embalagem.Trabalhamos com paixão, e isso nota-se no resultado final. Os prémios como o Sabor do Ano ou o estatuto de PME Líder são um reconhecimento externo daquilo que internamente sempre valorizámos: a consistência. Acreditamos que o sucesso não se constrói com pressa, mas com coerência. E quando uma marca é coerente, autêntica e fiel aos seus valores, a confiança do consumidor torna-se o maior prémio de todos.

Olhando para o futuro, quais são as grandes metas e apostas da Constantinos para a próxima década – seja em inovação, digitalização, sustentabilidade ou novos mercados?

O futuro da Constantinos será uma extensão natural da nossa história – crescer com propósito, inovar com responsabilidade e continuar a honrar a tradição. Vamos continuar a investir em sustentabilidade energética, na digitalização da experiência de marca e na expansão internacional, reforçando a presença nos mercados onde a marca já é reconhecida e explorando novos destinos. Queremos também continuar a surpreender os consumidores com produtos convenientes, sustentáveis e premium, que mantenham o sabor de sempre, mas adaptados às novas rotinas e estilos de vida. Mais do que crescer em volume, queremos crescer em valor – para os nossos clientes, colaboradores, parceiros e para o planeta. Porque a nossa visão é clara: ser uma marca global com alma portuguesa, onde a tradição e a inovação caminham lado a lado.

TRADIÇÃO, COOPERAÇÃO E INOVAÇÃO AO SERVIÇO DO VINHO PORTUGUÊS

Fundada em 1963, por um grupo de vitivinicultores da região, a Adega Cooperativa da Vermelha está localizada na freguesia da Vermelha, no concelho do Cadaval, e integra a Região Vitivinícola de Lisboa. Desde a sua criação, tem sido um símbolo de união, modernização e qualidade, contribuindo para o desenvolvimento económico e social do território e para a afirmação dos vinhos da região no panorama nacional e internacional. Em entrevista com Rui Soares, Hélder Joaquim, Nuno Galvão, Nuno Rodrigues e Catarina Siopa, integrantes da direção desta cooperativa, ficámos a conhecer a história, a atualidade e a notoriedade dos vinhos produzidos por esta adega.

Uma herança cooperativa com mais de meio século

A Adega da Vermelha nasceu da vontade de um conjunto de produtores locais em unir esforços para melhorar a qualidade da produção vitivinícola e garantir uma presença mais forte no mercado. O espírito cooperativo e a ligação à terra mantêm-se como pilares essenciais da instituição, que ao longo das décadas tem sabido modernizar-se e adaptar-se aos novos tempos, conforme refere o Presidente Rui Soares. Num contexto agrícola ainda marcado por estruturas familiares e produção fragmentada, a criação da Adega Cooperativa da Vermelha representou um passo decisivo rumo à valorização coletiva do vinho da região. A ideia era simples mas visionária: juntos, os vitivinicultores locais poderiam alcançar padrões de qualidade mais elevados, investir em tecnologia, e conquistar novos mercados – algo que individualmente seria quase impossível.

Desde então, a Adega tem sido um espaço de partilha, aprendizagem e progresso. As transformações tecnológicas e estruturais acompanharam a evolução do setor e do próprio país. Modernizar a estrutura física, reforçar os laboratórios, investir em certificações e otimizar os processos de engarrafamento tornaram-se prioridades estratégicas. Paralelamente, a formação contínua dos recursos humanos e a aposta no profissionalismo contribuíram para consolidar a reputação da instituição e dos seus vinhos.

Sublinham que essa aposta “permitiu afirmar a identidade da Adega da Vermelha tanto no mercado nacional como além-fronteiras”. Para além da dimensão técnica, destaca-se também a aposta em inovação, que inclui a digitalização de processos, a criação de uma loja online e o reforço da estrutura comercial, que hoje permite uma relação mais direta e transparente com os consumidores e parceiros.

Nuno Rodrigues, Catarina Siopa, Rui Soares e Hélder Joaquim

A modernização não significa, contudo, o abandono das origens. Cada decisão é tomada com respeito pela tradição e pelo território, mantendo viva a ligação entre o passado e o futuro. A Adega continua a ser o reflexo da comunidade que a fundou – um espaço onde a cooperação, a qualidade e o amor pela vinha se traduzem num legado que perdura há mais de meio século.

Marcas de excelência e reconhecimento

Com várias marcas no mercado, a Adega Vermelha distingue-se pela diversidade e consistência da sua produção. A marca “Mundus” é uma das suas bandeiras, sendo atualmente líder em Portugal na categoria de Vinho Leve, denominação exclusiva dos vinhos da Região de Lisboa. Mais recentemente, a Adega lançou a marca “Adega da Vermelha (AV)”, expressão de um perfil mais contemporâneo e sofisticado, que tem vindo a conquistar distinções em concursos nacionais e internacionais. Ambas as marcas representam a dualidade que define a cooperativa: tradição e modernidade, autenticidade e inovação.

A arte e a técnica do vinho

O enólogo Nuno Galvão é o responsável por dar forma ao caráter singular dos vinhos da Adega Vermelha. Com uma abordagem que alia técnica, sensibilidade e profundo respeito pela origem das uvas, tem sido o motor da renovação da imagem e da qualidade das marcas. A sua filosofia assenta na autenticidade e no equilíbrio: vinhos que respeitam o território, mas que incorporam modernidade, rigor e expressão sensorial.

A história dos vinhos Mundus, em particular, é indissociável da evolução da própria cooperativa. Criada nos anos 60 pela então União das Adegas Cooperativas da Província da Estremadura, nasceu com vocação exportadora e rapidamente conquistou notoriedade em mercados como os Estados Unidos, Inglaterra e Angola. Após a extinção da União, na década de 70, a marca passou para a Adega da Vermelha, que desde então a consolidou como uma referência nacional. Entre o final dos anos 80 e o início dos 90, os vinhos leves Mundus ganharam destaque e tornaram-se símbolo da região,

pela sua frescura, leveza e teor alcoólico moderado – uma expressão genuína do caráter atlântico que distingue os vinhos de Lisboa. Hoje, a marca mantém o legado, mas com uma gama diversificada que inclui vinhos tintos, espumantes, fortificados e uma aguardente velha premiada, reconhecida tanto em concursos nacionais como internacionais.

Atualmente, toda a produção e engarrafamento são realizados nas instalações da Adega da Vermelha, garantindo controlo de qualidade e rastreabilidade em todas as etapas. Mas a inovação não se limita à adega: com o lançamento da loja online, a instituição deu um passo decisivo na digitalização e aproximação ao consumidor.

A plataforma digital permite não só adquirir os vinhos diretamente do produtor com entregas rápidas e campanhas exclusivas como também oferece conteúdos sobre enoturismo, novidades, colheitas e distinções. É um espaço que reforça a ligação entre a Adega e o público, aproximando o produtor da mesa de quem aprecia o vinho e tornando a experiência de compra mais pessoal e informada.

Mais do que um vinho leve, a marca Mundus é hoje um emblema de qualidade, consistência e identidade regional, que simboliza o equilíbrio entre tradição e inovação o mesmo equilíbrio que define o espírito da Adega Vermelha.

A força do território e o caráter atlântico

Inserida no coração da Região de Lisboa, no concelho do Cadaval, a Adega Vermelha beneficia de um terroir privilegiado, onde o encontro entre o oceano e a serra cria um microclima único. O relevo ondulado, a influência atlântica e os solos argilo-calcários conferem frescura, mineralidade e elegância aos vinhos, características que se tornaram a sua assinatura e que distinguem esta sub-região no panorama vitivinícola nacional.

A proximidade ao mar garante temperaturas moderadas e uma amplitude térmica controlada, permitindo uma maturação mais lenta e equilibrada das uvas. Essa influência marítima, combinada com a proteção natural da Serra de Montejunto, cria condições ideais para a produção de vinhos brancos leves e aromáticos, mas também de tintos equilibrados e expressivos.

As condições climáticas equilibradas, mesmo em cenários de seca ou calor excessivo que afetam outras regiões, têm sido uma vantagem natural para manter a consistência da produção. Este equilíbrio traduz-se em vinhos elegantes, leves e harmoniosos, que refletem o território e o saber acumulado de gerações.

Ciência, cultura e moderação

O vinho, na perspetiva da Adega da Vermelha, é mais do que um produto agrícola: é uma expressão cultural, social e até científica. A direção defende que a moderação e o conhecimento são essenciais num tempo em que o discurso público sobre o consumo de álcool é muitas vezes simplificado.

Inspirados em estudos como “O Paradoxo Francês”, de Michel de Montareiro, sublinham que o vinho, integrado na dieta mediterrânica, pode ter um papel equilibrado e saudável, sendo também parte da identidade e da tradição portuguesa. Para a Adega, comunicar com responsabilidade e educar o consumidor é um dever tão importante quanto produzir bons vinhos.

Sustentabilidade e o futuro da Adega

A engenheira Catarina Siopa destaca a sustentabilidade como uma prioridade estratégica. O investimento em práticas agrícolas responsáveis, na eficiência energética e na redução do impacto ambiental tem sido constante. A Adega aposta também na certificação e na valorização do território, reconhecendo que o futuro da vitivinicultura depende da gestão equilibrada dos recursos e da adaptação às novas exigências climáticas e sociais.

A cooperação, que esteve na origem da instituição, continua a ser a sua essência. Trabalhar em rede, partilhar conhecimento e apoiar os produtores associados são princípios que mantêm viva a missão original da Adega Cooperativa da Vermelha.

Com mais de 60 anos de história, a Adega Cooperativa da Vermelha é atualmente uma referência incontornável da Região de Lisboa. Através de uma gestão dinâmica, de uma enologia de excelência e de uma visão voltada para o futuro, que tem sabido honrar as suas origens e projetar-se para novos mercados.

Entre vinhas, inovação e um profundo respeito pelo território, a Adega Vermelha continua a provar que o vinho, quando feito com paixão e consciência, é mais do que uma bebida – é uma forma de cultura e um elo entre gerações.

loja@mundus.pt • www.vermelhawineshop.pt

BY WANDA: MODA, CRIATIVIDADE E CORAGEM

Aberta há poucos meses, a loja By Wanda nasceu do sonho antigo de Vanda Calado. Mais do que um espaço de moda, é um reflexo do seu gosto, da sua criatividade e de uma experiência de mais de 30 anos no setor.

O sonho que ganhou forma

A história da By Wanda começou quando Vanda Calado decidiu transformar uma oportunidade em realização pessoal. Depois de anos a trabalhar no comércio de moda, surgiu a ocasião de agarrar a loja onde já colaborava e dar-lhe uma nova vida. “Foi um risco, claro, porque o comércio não está fácil, mas decidi arriscar e concretizar o meu sonho: ter o meu espaço, com as minhas ideias e o meu gosto pessoal”, conta.

Três décadas de experiência em moda

Com 30 anos de experiência, Vanda sempre teve uma ligação próxima à criação. Costurava as próprias roupas, personalizava peças e trabalhou em várias lojas de referência – do El Corte Inglés à La Vie en Rose, passando também pela loja de Cristina Ferreira em Torres Vedras. Essa vivência com diferentes públicos deu-lhe um olhar apurado sobre tendências, tecidos e, sobretudo, sobre a importância de aconselhar cada cliente de forma personalizada.

Um conceito diferenciador

A By Wanda é uma loja de roupa mas também integra um ateliê da proprietária, onde surgem aplicações criativas e soluções de personalização. O espaço foi pensado ao detalhe desde a decoração elegante e acolhedora, até à música e aos aromas criando uma atmosfera onde a cliente se sente em casa.

Nicho de mercado e exclusividade

A loja encontrou o seu lugar em Torres Vedras como resposta a uma lacuna local: “Era preciso uma loja destas aqui”, ouve Vanda frequentemente das clientes. A aposta passa por oferecer qualidade a preços acessíveis, sem ceder à tentação de inflacionar valores.

Outro fator diferenciador é a exclusividade: não há grandes quantidades de cada peça. “Normalmente, só trago três unidades. Assim, as clientes não correm o risco de se cruzarem todas vestidas de igual”, explica. Além disso, as coleções são constantemente renovadas, incentivando visitas regulares e fidelizando quem já conhece a loja.

Clientes de todas as idades

Embora a maior parte das clientes esteja na faixa dos 40 aos 70 anos, a By Wanda também atrai mulheres mais jovens. A diversidade de estilos, entre roupas irreverentes, bombers, bijuteria e malas, permite que diferentes gerações encontrem algo que as identifique. “Gosto de mostrar que a idade não limita a forma como nos vestimos. As mulheres de 70 anos de hoje não têm nada a ver com as de há décadas. E é bom poder dar leveza e modernidade a todas”, partilha Vanda.

Olhar para o futuro

Para Vanda, a loja já é a concretização de um sonho, mas não se fica por aqui. Dentro de cinco anos, gostaria de expandir a marca para Lisboa, a cidade onde cresceu e que continua a ocupar um lugar especial no seu coração. “Torres Vedras é o embrião, o meu laboratório. Mas gostava muito de abrir também uma loja em Lisboa, talvez até com um conceito que envolvesse mais artes, porque é uma área que também me apaixona”, revela. A By Wanda é o reflexo da paixão de Vanda Calado pela moda e pela criatividade. Mais do que roupas, oferece exclusividade e confiança – um espaço pensado para que cada cliente se sinta especial.

Rua 9 de Abril, Nº 4 2560-301 Torres Vedras
@loja.bywanda
Vanda Calado, Proprietária

TRADIÇÃO E AMIZADE À MESA EM SANTA SUSANA

Em Santa Susana, nas Caldas da Rainha, o Restaurante Retiro dos Amigos é muito mais do que um espaço para almoçar: é um ponto de encontro de vizinhos, amigos e famílias que procuram comida genuína e um ambiente acolhedor. Desde 2015, sob a gestão de André Bento, o restaurante preserva o espírito familiar e o sabor tradicional que o tornaram uma referência na região.

Uma história que começou à mesa

A história do Retiro dos Amigos poderia muito bem ser um guião sobre destino e oportunidade. André Bento era um cliente habitual do restaurante, frequentador assíduo e admirador da comida simples, saborosa e bem confecionada que ali se servia. O ambiente descontraído, o atendimento próximo e a sensação de familiaridade faziam daquele espaço um ponto de paragem obrigatória na rotina de André. Numa dessas noites em boa companhia, durante um jantar entre amigos daqueles em que o tempo passa sem se dar por ele, a conversa tomou um rumo inesperado. Entre risos, brindes e memórias partilhadas, a antiga proprietária acabou por confessar a sua vontade de vender o negócio. A revelação apanhou André de surpresa, mas também despertou uma ideia que não mais o abandonaria. “Foi aí que percebi que queria ficar com o restaurante. Conhecia bem

André Bento, Gerente

o espaço, sabia o potencial que tinha e, acima de tudo, sentia-me emocionalmente ligado a este sítio”, recorda. Naquele momento, a decisão começou a ganhar forma primeiro como um impulso, depois como um projeto de vida.

Com o tempo, e após muita ponderação, André deu o passo em frente. Em 2015, assumiu oficialmente o comando do Retiro dos Amigos, determinado a preservar tudo o que o tornava especial. Manteve a essência que sempre caracterizou o restaurante um espaço simples, acolhedor e honesto, mas introduziu também o seu toque pessoal na gestão, na organização e na oferta gastronómica.

A transição foi natural, quase orgânica, e rapidamente os clientes sentiram que o espírito da casa permanecia intacto. “É um trabalho exigente, mas extremamente gratificante. Todos os dias aprendo algo novo – sobre as pessoas, sobre a cozinha, sobre mim mesmo. O Retiro tornou-se parte da minha vida e da minha identidade”, partilha André, com a serenidade de quem encontrou o seu lugar. Hoje, ao olhar para trás, o empresário reconhece que aquele jantar casual entre amigos mudou o rumo do seu caminho. O que começou como uma conversa despretensiosa transformou-se num projeto de coração, que continua a crescer e a conquistar quem o visita.

Cozinha tradicional e o desafio da codorniz

O Retiro dos Amigos é conhecido pelo seu menu de diárias, preparado com ingredientes frescos e receitas de inspiração caseira. O restaurante funciona apenas à hora de almoço, recebendo sobretudo trabalhadores locais, clientes fiéis e, cada vez mais, visitantes que passam pela região.

Apesar da variedade de pratos do dia, há uma especialidade que distingue o Retiro dos Amigos: a codorniz grelhada. É o prato mais emblemático da casa, preparado com técnica e dedicação, e que conquistou o paladar de quem o experimenta. Ainda assim, André admite que a codorniz é um desafio constante: “A grande dificuldade é vender a codorniz. É um prato diferente, nem toda a gente o procura, mas quem prova volta sempre”.

Curiosamente, são os turistas e visitantes de fora quem mais se entusiasma com esta iguaria, procurando o restaurante precisamente por ser o único na região a manter viva esta tradição culinária.

A reputação do prato foi-se espalhando boca a boca, tornando o Retiro dos Amigos um destino gastronómico discreto, mas de identidade bem marcada.

Gestão, equipa e o lado humano do negócio

Como em tantos outros negócios de restauração, o desafio de André Bento vai muito além da cozinha. A gestão de recursos humanos tem sido uma das maiores preocupações do empresário. “O nosso calcanhar d`Aquiles são os recursos humanos. É difícil que um colaborador fique aqui a trabalhar muito tempo. A restauração é um setor exigente, com horários complicados e um ritmo intenso. Encontrar pessoas dedicadas e comprometidas é cada vez mais difícil.” Ainda assim, André procura criar um ambiente de trabalho equilibrado e próximo, apostando numa relação de confiança com quem o acompanha.

A gestão cuidadosa e o espírito de camaradagem são, segundo o proprietário, o segredo para manter viva a identidade do restaurante. “O Retiro dos Amigos chama-se assim por uma razão. Este é um lugar de amizade, de partilha, onde cada cliente é tratado como alguém da casa”, acrescenta com um sorriso.

Um espaço que pertence à comunidade

Mais do que um restaurante, o Retiro dos Amigos é um ponto de encontro local. Ao longo dos anos, o espaço foi ganhando um papel quase social: acolhe grupos de trabalhadores que ali almoçam diariamente, famílias que celebram datas especiais e turistas que descobrem, por acaso, um pedaço da verdadeira cozinha portuguesa.

A localização, em Santa Susana, nas Caldas da Rainha, confere-lhe um charme particular: longe do rebuliço urbano, mas suficientemente próximo para quem procura uma escapadinha gastronómica com sabor a tradição. “Temos clientes que vêm de propósito de Lisboa ou de Leiria só para comer aqui. Isso é muito gratificante”, partilha André. “Não é um restaurante de luxo, é um restaurante de verdade”.

Com quase uma década de história, o Retiro dos Amigos mantém-se fiel à sua essência: cozinha simples, hospitalidade genuína e laços de amizade que se reforçam a cada refeição. A visão de André Bento é clara, continuar a servir bem, sem perder o espírito familiar que sempre distinguiu a casa.

“O mais importante é ver os clientes satisfeitos e saber que querem voltar. Isso é o que me motiva todos os dias”, conclui.

Entre o aroma da codorniz grelhada e o som das conversas que enchem a sala ao almoço, o Retiro dos Amigos continua a honrar o nome que carrega um verdadeiro retiro para quem valoriza a boa mesa, a tradição e, acima de tudo, a amizade.

RETIRO DOS AMIGOS

262 949 925 (chamada para rede fixa nacional)

Largo de Santa Susana, nº 28, Santa Susana, 2500-541, Landal, Caldas da Rainha

ESPECIAL DISTRITO DE VISEU

No coração de Portugal, o distrito de Viseu continua a afirmar-se como um território de tradição, inovação e talento. Entre montanhas e vales, a região combina um património cultural ímpar com uma economia dinâmica, impulsionada por instituições e empresas que fazem a diferença.

Nesta edição especial, damos voz a projetos e empresas que refletem o dinamismo e o talento que caracterizam o distrito. Destacam-se o Instituto Politécnico de Viseu (IPV), motor de inovação e formação de gerações altamente qualificadas; a Vista Alegre (pertencente ao Grupo Visabeira), que celebra 200 anos de história e arte portuguesa; a Multisac, exemplo de sustentabilidade e visão industrial; a CasaTem, referência no setor imobiliário regional; e a Cave Lusa, que leva o nome de Viseu além-fronteiras, unindo a paixão pelo vinho à excelência na distribuição. Juntos, constroem o retrato de um distrito que continua a crescer com identidade, ambição e futuro.

Viseu é, mais do que nunca, um exemplo de equilíbrio entre o passado que inspira e o futuro que se constrói.

POLITÉCNICO DE VISEU

José dos Santos Costa, Presidente do Instituto Politécnico de Viseu

POLITÉCNICO DE VISEU AVANÇA NA TRANSFORMAÇÃO PARA UNIVERSIDADE

Numa entrevista exclusiva, José dos Santos Costa – Presidente do IPV – assumiu o objetivo de transformar o Instituto Politécnico de Viseu em Universidade de Viseu. Esta meta ambiciosa é fundamentada pela afirmação madura que a instituição assume no panorama nacional e internacional do ensino superior, bem como pelo seu impacto científico, económico e social – não só na região centro, mas em todo o país.

O IPV tem sido descrito como um motor de transformação regional e um exemplo de ensino superior de proximidade. Como é que o IPV equilibra essa vocação territorial com a ambição de se afirmar num contexto nacional e internacional cada vez mais competitivo?

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV), fundado há 46 anos, consolidou-se como uma instituição de referência no ensino superior público português, profundamente enraizada na região e, simultaneamente, aberta ao mundo. Evoluímos de uma instituição vocacionada para a formação técnica especializada para um ecossistema de conhecimento global, que integra ensino, investigação, inovação, criação artística, cultura e transferência de conhecimento.

Hoje, o IPV atua de forma estratégica e global, mantendo a sua identidade territorial, mas com uma robustez institucional que lhe permite responder aos desafios societais e contribuir para o aumento das qualificações avançadas da população ativa.

A inovação não se faz apenas nos laboratórios, mas também nas salas de aula. Que transformações pedagógicas e tecnológicas o IPV está a introduzir para preparar os estudantes para profissões que ainda estão a emergir?

A participação do IPV na Universidade Europeia EUNICE tem sido um catalisador de mudança pedagógica e tecnológica profunda. Estamos a implementar modelos de aprendizagem

José dos Santos Costa, Presidente do IPV

personalizados, centrados no estudante, que lhe permite construir percursos formativos flexíveis e adaptados aos seus interesses e às exigências do mercado global. Através do Catálogo de Cursos Online EUNICE, os estudantes acedem a unidades curriculares e microcredenciais partilhadas por dez instituições europeias, em áreas emergentes como Tecnologias da Informação, Cidades Inteligentes ou Sustentabilidade. Mais do que transmitir conhecimento, queremos formar cidadãos capazes de resolver problemas, comunicar eficazmente, trabalhar em equipa, adaptar-se à mudança e agir com competência digital e intercultural. As nossas salas de aula tornaram-se espaços de cocriação europeia, onde o estudante é protagonista da sua aprendizagem e se prepara para profissões que ainda estão a nascer, num contexto democrático, intercultural e justo.

A investigação aplicada e a transferência de conhecimento são marcas distintivas do ensino politécnico. Pode partilhar exemplos de projetos com impacto real?

Os nossos projetos de investigação têm um impacto direto nas empresas e na economia regional. Exemplos disso são o Biovalor (valorização da biomassa e digitalização da sua gestão), o INOVFARMER (modelos de negócio agroalimentares inovadores), o FeedValue (valorização de subprodutos), o VolWood (uso sustentável de excedentes florestais e agrícolas), o Adaptive (isolamentos ecológicos com base no cardo) e o ReWinePack (compósitos produzidos com subprodutos da vinha). Todos estes projetos demonstram a nossa capacidade de transferir conhecimento e inovação para o tecido económico, reforçando o papel do IPV como agente de desenvolvimento.

Hoje, o IPV atua de forma estratégica e global, mantendo a sua identidade territorial, mas com uma robustez institucional que lhe permite responder aos desafios societais e contribuir para o aumento das qualificações avançadas da população ativa

A sustentabilidade é hoje um eixo estratégico transversal. De que forma o IPV integra a dimensão ambiental e social na sua missão educativa e nos seus projetos de investigação e inovação?

A sustentabilidade é, hoje, uma dimensão estruturante da missão do IPV. Somos membros da Rede Campus Sustentável –Portugal, signatários do Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro e fomos distinguidos como “EcoCampus” pela ABAAE. Todas as nossas unidades orgânicas integram o programa Eco-Escolas e são certificadas pela “Biosphere Sustainable Lifestyle”, o que garante a incorporação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em toda a nossa atividade. Criámos uma Pró-Presidência dedicada à Saúde, Bem-Estar, Desporto e Sustentabilidade, e lançámos o doutoramento em “Sustentabilidade Agroalimentar e Ambiental”, que traduz a articulação entre educação e investigação aplicada ao desenvolvimento sustentável.

Num contexto global, a internacionalização tornou-se um vetor essencial do ensino superior. Como é que o IPV tem reforçado a sua presença internacional?

A internacionalização é uma prioridade estratégica. Temos vindo a ampliar significativamente a mobilidade de estudantes, docentes e colaboradores através dos programas Erasmus+ e de parcerias com instituições fora da Europa.

Contamos com mais de 240 acordos de cooperação com instituições na Europa, Ásia, África e América do Sul. Recentemente, celebrámos protocolos com universidades do México e do Peru e assinámos um memorando de entendimento com o COMUNG, no Brasil, no âmbito do Consórcio ErasmusCentro. Participamos ativamente em feiras internacionais e em redes como a AULP, CRUSOE e EUNICE, onde lideramos um Work Package dedicado às aprendizagens não formais. Esta participação gera oportunidades de aprendizagem experiencial e intercultural, como os Clubes Pan-EUNICE, os campos de voluntariado e os Alliance Games, que em novembro trarão ao IPV cerca de cem participantes de dez países. Tudo isto reforça a nossa visibilidade global e o nosso papel como instituição aberta e conectada ao mundo.

Vejo o IPV a afirmar-se como uma instituição de ensino superior plenamente madura, com um percurso que naturalmente queremos transformar em Universidade de Viseu, criando novas áreas científicas, atualmente “proibidas” ao ensino politécnico

Olhando para os próximos anos, como imagina o IPV no mapa do ensino superior português?

Vejo o IPV a afirmar-se como uma instituição de ensino superior plenamente madura, com um percurso que naturalmente queremos transformar em Universidade de Viseu, criando novas áreas científicas, atualmente “proibidas” ao ensino politécnico. Este passo é uma consequência lógica do nosso desenvolvimento institucional e um imperativo estratégico para a valorização de Viseu e da região no contexto nacional e europeu. Continuaremos a apostar no ensino de qualidade, na investigação e inovação, na internacionalização e na transferência de conhecimento, pilares que sustentam a competitividade e o desenvolvimento do país.

Finalmente, que contributo ambiciona deixar para o futuro económico, científico e social do país?

Desejo que o IPV continue a ser uma instituição que gera impacto real - científico, económico e social. Cientificamente, queremos reforçar a maturidade académica e a universalidade da nossa ação, cobrindo todos os níveis de formação (desde CTeSP ao doutoramento), promovendo a produção científica e a criação artística, e ampliando a inovação e a interação com a sociedade. No plano económico, ambicionamos contribuir para a competitividade regional e nacional, atraindo e retendo talento, estimulando a inovação social e empresarial e melhorando a qualidade de vida das populações. Socialmente, queremos ser um exemplo na promoção dos valores europeus, na inclusão e sustentabilidade, e na preparação de estudantes capazes de prosperar em profissões globais, contribuindo para um mundo mais justo, sustentável e humano.

CAVE LUSA: TRADIÇÃO QUE BRINDA AO FUTURO

Em entrevista exclusiva à Revista Business Portugal, Rui Parente, CEO da Cave Lusa, revela a estratégia que tem consolidado a empresa como uma das maiores distribuidoras de vinhos e bebidas premium do país. Uma conversa sobre crescimento, diferenciação e o papel de Viseu como ponto de partida para um sucesso com selo nacional.

A Cave Lusa tem sabido crescer mantendo-se fiel à região que a viu nascer. De que forma essa ligação à terra se reflete nas vossas decisões estratégicas e na forma como se posicionam no mercado nacional?

A ligação à região de Viseu é, para nós, mais do que uma origem geográfica, está presente em tudo o que fazemos. A Cave Lusa nasceu no coração do Dão e essa ligação molda as relações que cultivamos e a forma como nos posicionamos no mercado. Hoje, já contamos com mais de 6.000 referências no portefólio, três lojas, incluindo a online, e seis armazéns. Mas, crescemos com os produtores locais, promovendo os vinhos da região e, ao mesmo tempo, representando o melhor que se faz em Portugal. Mesmo com a expansão nacional, mantemos o foco nas origens.

Num setor em constante transformação, como é que a Cave Lusa equilibra tradição e inovação para continuar a ser uma referência na distribuição de vinhos e bebidas?

O equilíbrio entre tradição e inovação é o alicerce da nossa estratégia. Acreditamos que o conhecimento acumulado ao longo dos anos deve ser o ponto de partida para inovar, nunca um obstáculo. Investimos em tecnologia, digitalização e eficiência logística, mantendo sempre o foco na qualidade e na experiência humana. Em 2017, lançámos a nossa loja online, que nos permite servir o consumidor final e profissional através de uma área reservada, levando o nosso portefólio a todo o país. Paralelamente, continuamos a promover eventos que celebram o encontro entre produtores e apreciadores, desde as provas comentadas a masterclasses – que já nos permitiram obter reconhecimento

Rui Parente, CEO

–, como a mega prova Cave Lusa Wines & Spirits, que acontece anualmente no último sábado de novembro e, em 2025, celebra a sua 10ª edição. É esta combinação de modernidade e respeito pela tradição que tem sustentado o nosso crescimento.

O contacto direto com produtores e clientes é uma das vossas marcas distintivas. Que papel desempenha essa proximidade na construção de relações de confiança e na seleção dos vossos parceiros?

A proximidade é um princípio essencial da nossa forma de trabalhar. A Cave Lusa construiu o seu percurso com base em relações humanas duradouras, tanto com os produtores que representamos como com os clientes que nos escolhem diariamente. No canal profissional, a nossa equipa comercial trabalha com o setor HoReCa e com distribuição própria em vários distritos de Vila Real a Leiria e de Coimbra a Braga – apoiados por uma equipa de 77 colaboradores e 32 viaturas próprias. Essa rede sólida e próxima é o que nos permite prestar um serviço ágil, personalizado e de confiança.

A distribuição de vinhos envolve desafios logísticos e de sustentabilidade cada vez mais complexos. Que medidas ou investimentos têm vindo a realizar para tornar as vossas operações mais eficientes e ambientalmente responsáveis?

A eficiência logística e a sustentabilidade são hoje eixos estratégicos da nossa atuação. Nos últimos anos, investimos na modernização da frota, na otimização de rotas e na digitalização de processos administrativos. A separação de lixo está implementada nos nossos procedimentos e damos sempre preferência a materiais recicláveis. Acreditamos que a sustentabilidade é uma responsabilidade transversal e que o futuro de todos os negócios depende da capacidade de conjugar rentabilidade com respeito pelo ambiente.

O reconhecimento da Cave Lusa ultrapassa já a dimensão regional. Quais têm sido as principais estratégias para reforçar a presença nacional e preparar a empresa para novos mercados ou segmentos?

A consolidação nacional da Cave Lusa tem sido feita com base em três pilares: profissionalização, digitalização e diferenciação de portefólio. No segmento empresarial, a vertente Cave Lusa Profissional e Empresas garante soluções adaptadas ao canal HoReCa, trade e distribuição. No segmento premium, a Cave Lusa Premium, inaugurada em 2014, posiciona-se como uma garrafeira de excelência, dedicada aos apreciadores e colecionadores de vinhos e bebidas espirituosas de topo.

Aqui cresceu também o Clube Premium Cave Lusa, dedicado a experiências exclusivas, provas comentadas e visitas a produtores. Estas iniciativas, aliadas a um serviço de distribuição próprio e à presença digital, têm reforçado a notoriedade da marca e o reconhecimento nacional, comprovado por cinco prémios nacionais, entre os quais o de “Garrafeira do Ano” e o de “Melhor Enoturismo Urbano Nacional”.

Olhando para o futuro, quais considera que serão as grandes tendências que irão marcar o setor da distribuição de vinhos e como a Cave Lusa pretende continuar a liderar esse percurso de excelência?

O futuro do setor passará, inevitavelmente, pela personalização da experiência, pela digitalização e pela sustentabilidade. O consumidor procura cada vez mais marcas que comuniquem com autenticidade e ofereçam valor acrescentado. A Cave Lusa continuará a investir em tecnologia, na formação das equipas e no reforço da presença digital, mas também em iniciativas que aproximem o público do mundo do vinho.

Pretendemos continuar a ser uma referência nacional na distribuição e cultura vitivinícola, promovendo um serviço de excelência que una tradição, inovação e responsabilidade. A nossa ambição é clara: crescer com consistência, mantendo a qualidade e a confiança que nos definem desde 2011. Continuaremos a crescer com a mesma convicção com que começámos – honrando as raízes, trabalhando o presente e preparando o futuro com visão e responsabilidade.

200 ANOS DE ARTE, INOVAÇÃO E LEGADO

Ao celebrar dois séculos de história, a Vista Alegre reafirma-se como um ícone da porcelana, cristal e vidro, símbolo do engenho português e da união entre tradição e modernidade. Nuno Barra, Vice-presidente da Vista Alegre – Marketing e Product Design, reflete sobre o percurso de revitalização da empresa após a integração no Grupo Visabeira, o equilíbrio entre herança e contemporaneidade, a aposta na sustentabilidade e a visão para o futuro global da marca.

A integração que salvou e reinventou uma marca histórica

Quando o Grupo Visabeira adquiriu a Vista Alegre em 2009, a empresa atravessava uma das fases mais delicadas da sua longa história. A integração no grupo marcou um ponto de viragem decisivo, possibilitando redefinir a estratégia empresarial e implementar uma visão de médio e longo prazo, sustentada por uma sólida injeção de capital.

Segundo Nuno Barra, “a entrada da Vista Alegre no universo Visabeira permitiu repensar por completo a estratégia da marca e traçar um plano de desenvolvimento sustentável, apoiado no investimento necessário à sua concretização”. O gestor relembra que, antes da aquisição, a empresa “enfrentava uma situação financeira muito difícil”, sublinhando que esta nova fase abriu “condições para projetar o futuro sem as limitações que até então existiam”.

O know-how industrial do grupo, já presente nos setores da cerâmica, do mobiliário e da distribuição, foi igualmente determinante para revitalizar a marca. Essa base industrial sólida possibilitou a modernização das unidades produtivas, a expansão internacional e, sobretudo, a recuperação do prestígio da Vista Alegre enquanto referência cultural e artística de Portugal.

Entre o clássico e o contemporâneo: o ADN de uma marca intemporal

Modernizar sem perder a alma foi um dos maiores desafios dos últimos anos. A Vista Alegre soube reinventar-se sem abdicar da essência artística e artesanal que a define desde 1824. Nuno Barra admite que, antes dessa renovação, “existia já algum distanciamento das gerações mais novas em relação à marca”, que tinha “saído do radar dos consumidores abaixo dos 35 ou 40 anos”.

O desafio, explica, era “modernizar a empresa sem perder os clientes fiéis que a acompanham há gerações”. Para isso, tornou-se essencial reforçar a identidade da marca e deixar que essa matriz orientasse todas as criações, fossem elas de raiz clássica ou contemporânea. “Hoje, quando olhamos para um produto, sabemos instintivamente se é ou não Vista Alegre”, afirma o responsável.

Parte dessa procura por equilíbrio passa pela Residência Artística de Design Internacional, instalada em Ílhavo, onde jovens designers de todo o mundo desenvolvem projetos em diálogo com a herança da marca. “Quando chegam, muitos não têm qualquer referência sobre o que é a Vista Alegre. Damos-lhes um briefing, mas sem limitar demasiado a criatividade. Depois, a meio do processo, há sempre

aquele momento em que percebemos: este produto é Vista Alegre ou não é”, explica Nuno Barra, acrescentando que essa perceção “independentemente de o produto ser clássico ou contemporâneo”, está intrinsecamente ligada à personalidade e aos valores da marca.

Da internacionalização à globalização

Desde a integração no Grupo Visabeira, a internacionalização tornou-se um pilar estratégico essencial. O mercado nacional, reconhece Nuno Barra, “é demasiado pequeno para sustentar uma marca desta dimensão”, e por isso a expansão para o exterior “não era uma opção, era uma necessidade”. O processo foi acelerado através da abertura de filiais em mercados-chave, da contratação de equipas comerciais locais e do investimento em comunicação e eventos internacionais. Esse esforço consolidou a presença da Vista Alegre em várias geografias e reforçou a imagem da marca como embaixadora de Portugal no mundo. Atualmente, a Vista Alegre vive uma nova etapa: a da globalização. “Uma coisa é internacionalizar – vender para outros países e contar com distribuidores locais –, outra é globalizar a marca”, destaca Nuno Barra. “Globalizar significa estar presente em diversos mercados com estruturas próprias e uma identidade local. Queremos que, em cidades como Nova Iorque ou Singapura, a Vista Alegre esteja verdadeiramente presente, visível, ativa e próxima do consumidor, não apenas através de um distribuidor”.

Sustentabilidade: tradição que respeita o futuro

A sustentabilidade é, hoje, uma das principais bandeiras da Vista Alegre. O compromisso vai muito além do discurso, refletindo-se na utilização de matérias-primas naturais e na meta de alcançar uma economia circular total até 2030.

Grande parte dos resíduos cerâmicos, de vidro e cristal, já é reutilizada no próprio processo produtivo ou noutras indústrias. Além disso, cerca de 25% da energia consumida nas fábricas provém de painéis solares, com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2030. A marca tem também promovido iniciativas de impacto ambiental e social, como a coleção Amazónia, que apoia projetos de reflorestação. Para Nuno Barra, “são gestos simbólicos, mas que expressam bem o papel de responsabilidade que a marca quer ter”.

Legado e futuro: peças que inspiram felicidade

Ao celebrar 200 anos, a Vista Alegre olha para o futuro com a mesma ambição que marcou o seu início: criar beleza e emoção através da arte. “Recebemos uma herança e o nosso dever é deixá-la preparada, sustentável e sólida para as próximas gerações”, afirma Nuno Barra. O gestor acredita que o legado da marca está em provar que a cerâmica portuguesa pode ser um produto de grande valor acrescentado. “Queremos desenvolver peças que façam as pessoas felizes e que tornem um jantar mais agradável, uma mesa mais bonita e que transmitam alegria a quem as recebe”.

Duzentos anos depois, a Vista Alegre continua a afirmar-se como um dos grandes símbolos do engenho português. A integração no Grupo Visabeira foi o ponto de inflexão que lhe devolveu vigor industrial e prestígio artístico, permitindo à marca consolidar-se como referência global de qualidade, inovação e sustentabilidade.

Entre a tradição e a modernidade, a Vista Alegre mantém viva a sua missão: transformar o quotidiano em arte, criar beleza que perdura e deixar, nas mãos de cada geração, o reflexo de dois séculos de excelência portuguesa.

INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE COM RAÍZES EM VOUZELA

Da capital ao coração do interior, a Multisac tem vindo a consolidar-se como uma referência nacional no setor das embalagens. Liderada por João Rodrigues, a empresa combina tecnologia de ponta, responsabilidade ambiental e compromisso com a comunidade, demonstrando que o desenvolvimento industrial e a valorização do território podem caminhar lado a lado.

A Multisac é uma empresa especializada na produção e comercialização de embalagens flexíveis, incluindo filmes, bolsas e formatos personalizados. A sua atividade abrange várias tecnologias de ponta como a impressão flexográfica, impressão digital, laminagem com e sem solventes, rebobinagem, confeção de sacos, bag-in-box e sleeves, garantindo soluções adaptadas às necessidades de cada cliente. Comprometida com a inovação e a sustentabilidade, a Multisac investe continuamente em equipamentos de última geração para oferecer produtos de elevada qualidade.

De Lisboa a Vouzela: o regresso às origens com propósito

Apesar de hoje ser um dos maiores empregadores do concelho de Vouzela, a Multisac nasceu em Lisboa. O empresário recorda que a mudança representou mais do que uma decisão logística foi um compromisso emocional e cívico. “No fundo, quis fazer alguma coisa pela terra”, explica. Desde então, a empresa tem procurado crescer de forma equilibrada, aliando o desenvolvimento económico à responsabilidade ambiental.

A valorização do património local é outra das prioridades: “Nunca construímos nada de novo. Recuperamos pavilhões que já existiam e continuamos a fazê-lo. Todos os investimentos recentes têm sido feitos com base na recuperação de edifícios industriais”.

Queremos ser vistos não como a maior, mas como a melhor empresa do setor em Portugal. E isso só é possível se crescermos de forma sustentável

Tecnologia limpa e economia circular

Com um olhar sempre voltado para o futuro, João Rodrigues reconhece que “a sustentabilidade e a economia circular já não são uma opção, são um imperativo”. Nos últimos anos, a Multisac tem feito fortes investimentos em tecnologias limpas e processos produtivos mais eficientes. A empresa é hoje líder europeia em impressão digital, uma tecnologia que dispensa solventes e reduz drasticamente o impacto ambiental. “Fomos os primeiros a investir neste tipo de impressão e, no início, foi muito difícil. Mas aquilo que começou como uma desvantagem tornou-se uma vantagem comparativa. Hoje, só nós em Portugal temos esta capacidade tecnológica”, refere o empresário. Além da impressão digital, a empresa tem apostado em soluções complementares para minimizar o impacto das tecnologias tradicionais. “Na flexografia, por exemplo, investimos mais de um milhão de euros em sistemas de tratamento de chaminés e recuperação de solventes, tornando uma tecnologia menos amiga do ambiente numa opção muito mais sustentável”.

João Rodrigues, CEO

Investimento e impacto local

Os últimos anos têm sido marcados por um ciclo de investimento sem precedentes. João Rodrigues explica que “a Multisac é hoje o segundo ou terceiro maior empregador do concelho, e até 2026 queremos ser o maior empregador privado, com cerca de 200 colaboradores”. O empresário acredita que o investimento industrial pode e deve caminhar lado a lado com o desenvolvimento social e ambiental. “Queremos ser vistos não como a maior, mas como a melhor empresa do setor em Portugal. E isso só é possível se crescermos de forma sustentável”.

Sustentabilidade e competitividade: o equilíbrio necessário

Num contexto em que a sustentabilidade é cada vez mais debatida, João Rodrigues apresenta uma visão pragmática: “Ainda não acredito que a questão ambiental influencie realmente as decisões de consumo. O preço continua a ser o principal fator”. Contudo, reconhece que o cenário está a mudar. “Nos próximos anos, a legislação vai obrigar as empresas a adotar práticas mais sustentáveis e é aí que teremos uma vantagem competitiva. Já sabemos fazer, já o fazemos e estamos preparados para ir mais longe”.

A empresa tem investido também em embalagens monomateriais para a indústria alimentar, totalmente recicláveis e adaptadas às novas exigências do mercado europeu. “Estamos a trabalhar hoje para o que será obrigatório amanhã. Em 2030, todas as embalagens terão de conter uma parte reciclada e nós já estamos prontos para isso”.

Internacionalização e inovação digital

A presença da Multisac além-fronteiras é outro dos pilares estratégicos. A internacionalização faz-se sobretudo através da participação em feiras internacionais, “como expositores e visitantes, principalmente em Espanha e França”, explica João Rodrigues.

Internamente, a aposta passa pela digitalização industrial e pela aplicação de Inteligência Artificial aos processos produtivos. “Temos equipas dedicadas à melhoria dos nossos sistemas de informação e à recolha de dados no chão de fábrica. Isso ajuda-nos a reduzir desperdícios e a aumentar a eficiência”.

O valor do interior

Mais do que um local de operação, Vouzela é parte integrante da identidade da empresa. “Sou suspeito porque valorizo muito o interior”, admite João Rodrigues. “Mas o interior não é um deserto. Faz-se aqui muita coisa interessante com gente muito capaz”.

Todos os anos, a Multisac organiza uma Casa Aberta, iniciativa que recebe clientes, parceiros e visitantes para dar a conhecer o trabalho da empresa e o dinamismo da região. “Queremos mostrar que o interior tem condições, tem talento e tem futuro. As infraestruturas estão ao nível do litoral o que é preciso é acreditar”.

Com uma trajetória marcada pela inovação tecnológica, pela consciência ambiental e por um forte enraizamento territorial, a Multisac tornou-se um exemplo de indústria sustentável e competitiva no interior de Portugal. “Estamos a trabalhar com um horizonte de quatro anos”, conclui João Rodrigues. “A questão ambiental está tratada, e o nosso desafio agora é continuar a provar que é possível crescer, inovar e valorizar o interior do país”.

Diogo Rodrigues, João Rodrigues e André Rodrigues

CASATEM: O IMOBILIÁRIO COM ASSINATURA DE CONFIANÇA

Germano Correia, Administrador da CasaTem, desvendou-nos as mais-valias do serviço prestado pela sua equipa e analisou a atualidade e o futuro do mercado imobiliário na região de Viseu.

Desde a sua criação, a CasaTem tem procurado ajudar cada cliente a encontrar o imóvel ideal. Como tem evoluído essa visão para antecipar tendências e tornar a habitação num motor de qualidade de vida e desenvolvimento regional?

A CasaTem nasceu com um propósito simples, mas ambicioso: ajudar cada cliente a encontrar o imóvel dos seus sonhos. Ao longo destas duas décadas, essa missão foi evoluindo, acompanhando as transformações e inovações do mercado, mas também as necessidades da sociedade. Fomos promotores de vários imoveis residenciais na região e propusemo-nos a ser a interface do crescimento habitacional. Esta consciência fez-nos melhorar, antecipar tendências e variações de mercado de forma a respondermos às necessidades individuais de cada família. A nossa missão mantém-se desde o início e acreditamos que seja por isso que nos destacamos enquanto imobiliária. Transmitimos a segurança de vários anos de experiência e o vínculo com o crescimento e desenvolvimento regional.

Como a CasaTem traduz os seus princípios de ética e honestidade em práticas concretas que reforçam a confiança e a fidelização dos clientes?

Na CasaTem, a ética, a honestidade e a comunicação são valores estruturantes, que nos guiam na empresa e em todas as decisões que tomamos. Estes valores são cruciais para manter relações de confiança quer com os nossos clientes como os nossos parceiros.

Acreditamos que a confiança se constrói com transparência, rigor e respeito. Por isso, asseguramos que a empresa e os colaboradores têm uma comunicação clara e completa em todas as fases do processo de compra de um imóvel, desde a sua apresentação até ao acompanhamento pós-venda. Por termos estes critérios definidos, garantimos que toda a informação prestada é fidedigna e atualizada, de forma a nunca promovermos promessas irreais e informação incorreta. Assim, podemos garantir que os nossos clientes tomam a decisão certa, levando ao melhor negócio para ambas as partes envolvidas.

Num setor muitas vezes marcado pela complexidade burocrática, que inovações ou metodologias distingue a CasaTem no acompanhamento próximo e personalizado ao cliente?

A CasaTem tem-se destacado pela forma como transforma a complexidade do setor imobiliário num processo mais simples, transparente e centrado no cliente. Sabemos que comprar ou vender um imóvel envolve um conjunto alargado de etapas legais, técnicas e financeiras, que são frequentemente percecionadas como burocráticas ou difíceis de compreender. Por isso, desenvolvemos metodologias que colocam a experiência do cliente no centro, sem comprometer o rigor dos processos. Acompanhamos cada cliente de forma personalizada, desde o primeiro contacto até à concretização do negócio e, muitas vezes, além dele. A nossa equipa multidisciplinar está preparada para prestar apoio em todas as fases: análise documental, consultoria jurídica, intermediação de crédito, apoio na avaliação de imóveis e articulação com parceiros. Esta abordagem integrada permite reduzir entraves e acelerar processos, garantindo uma maior fluidez na tomada de decisões.

Que visão estratégica têm para o futuro do investimento imobiliário em Viseu e no centro de Portugal, e de que modo se posicionam como agente de desenvolvimento económico e social da região?

A CasaTem encara o futuro do investimento imobiliário em Viseu e no norte-centro de Portugal com um forte sentido de oportunidade, responsabilidade e compromisso com o território. Esta é uma região com elevado potencial de crescimento, fruto da sua localização estratégica, qualidade de vida várias vezes referida em estudos e comunicação social, população crescente de jovens e oportunidades de crescimento industrial e serviços. A nossa visão passa por contribuir ativamente para a valorização sustentada da região, promovendo projetos que respondam às reais necessidades habitacionais, mas que também potenciem o desenvolvimento económico, a fixação de pessoas e a coesão social. A CasaTem posiciona-se também como parceira ativa das autarquias, empresas e instituições da região, contribuindo para a criação de emprego e para a dinamização do setor da construção.

Germano Correia, Administrador

CULTURA E PATRIMÓNIO

A temática Cultura e Património enaltece a riqueza histórica, artística e social que define a identidade de Portugal. Mais do que testemunhos do passado, os monumentos, tradições, museus, artes e saberes populares são pilares de uma memória coletiva que continua a inspirar criatividade, turismo e inovação cultural. Preservar e valorizar o património significa reconhecer a importância de manter vivas as histórias, os ofícios e os espaços que moldaram comunidades e territórios, ao mesmo tempo que se promovem novas formas de expressão e fruição cultural. Esta abordagem amplia o olhar sobre o país, mostrando como o passado e o presente se entrelaçam, fortalecendo a identidade nacional e projetando Portugal como um destino cultural de referência, capaz de gerar conhecimento, experiência e valor económico de forma sustentável.

SÉ DE BRAGA: ONDE A FÉ, A ARTE E A HISTÓRIA SE UNEM

No coração de Braga, a Sé Catedral ergue-se como um templo de fé e beleza intemporal, onde cada pedra, cada órgão, cada relíquia conta séculos de devoção e arte. O Cónego José Paulo Abreu, Deão do Cabido, revela nesta entrevista o quotidiano de preservação e celebração de um dos mais emblemáticos monumentos nacionais – um espaço onde o sagrado e o humano se fundem, e onde a espiritualidade, a cultura e o turismo se encontram para projetar a cidade e o país no mundo.

Como descreve a experiência espiritual e artística que um visitante encontra ao percorrer os diferentes espaços da Sé de Braga, do Coro Alto ao Tesouro-Museu?

Visitar a Sé é, antes de mais, um mergulho no sagrado, na transcendência, com maior ou menor fé, conforme a conceção de primazia ao crente ou ao turista, sendo que os dois níveis tendem a fundir-se. No seu estilo românico, parca em luminosidade, a Catedral começa por convidar ao recolhimento. Mas uma vez afeiçoados a esse clima intimista, o espírito vai-se abrindo às maravilhas da criação humana, na capela-mor e cadeiral do cabido, na Capela do Santíssimo, no retábulo de S. Martinho de Dume, na Pia batismal (renascentista e magnífica); a subida ao coro alto é um deslumbre, pela beleza do cadeiral, das pinturas e, sobretudo dos órgãos de tubos (estes em número de cerca de 4 000) que, quando ditam de sua justiça, elevam os ouvintes à maior das belezas. Visitando o Museu, a história da Arquidiocese de Braga fica conhecida, através da lente privilegiada dos Arcebispos da Arquidiocese.

De que forma o Cabido e a Diocese têm trabalhado para preservar, restaurar e valorizar o património material e imaterial da Sé ao longo dos últimos anos?

O Cabido cuida zelosa e diariamente da Catedral, fazendo jus à administração ordinária que lhe cabe, não poupando em despesas e recursos humanos para que tudo se mantenha em pleno e digno funcionamento, além de bem conservado. Na preservação e valorização do património articula-se com o Ministério da Cultura e os seus ramais, uma vez que a Catedral está classificada como Monumento Nacional. Os grande monumentos são sempre grandes maravilhas e grandes tormentos. Há sempre coisas a reparar, elementos em degradação, investimentos a fazer, vigilâncias a efetivar, inovações a acolher. Um grande monumento é uma canseira diária, pelo edificado, por quem o procura (com as suas expetativas e exigências).

Que importância atribui à integração da Sé Catedral de Braga em iniciativas editoriais e culturais que visam unir arte, património e empreendedorismo?

Considera que o turismo religioso e cultural que afluí a Braga está hoje mais consciente da dimensão histórica e espiritual da Sé? Que sinais observa dessa mudança?

A Sé aparece como primeiro momento de visita para muitas das empresas turísticas e para muitos turistas. Sabêmo-lo. A Catedral põe-nos no início da nacionalidade, nas lutas pela independência do país que somos, nas afirmações de Braga como diocese metropolita, no processo de reconhecimento de Portugal como nação independente e de D. Afonso Henriques como primeiro rei. E temos na catedral, sepultados, o conde D. Henrique e D. Teresa, além da guarida fúnebre que no templo se dá a outros ilustres personagens da nossa história, eclesiásticos e civis. Mais ainda: dentro da catedral temos nacos de história que precedem a nacionalidade. Tudo isso se vai contando, em visita, de modo que a viagem que a Catedral oferece é longa e

O Cabido, gestor direto da Catedral, tem no seu Estatuto a preocupação pelo cultural. Daí que, dentro dos seus parcos recursos, incentive e acolha concertos, investigações e publicações, atividades turísticas, tertúlias, conferências, colóquios, ações de sensibilização ou formação em torno do património. Têm os capitulares noção da importância da divulgação, das publicações, dos mass media, agora também das vias digitais. E sabe que com esses recursos, a Sé fica mais próxima e é visitada por cada vez mais por turistas/peregrinos, vindos de todo o mundo. Essa mole imensa de turistas certamente traz benefícios a todos, dos transportes, à restauração, do comércio à indústria, da cidade à mundividência de cada um dos cidadãos.

Cónego, José Paulo Abreu, Deão do Cabido

riquíssima. Traz-nos aos dias de hoje. Mas começa no que é “mais velho que a Sé de Braga”.

Entre as histórias e relíquias guardadas na Catedral e no Tesouro-Museu, quais destacaria como símbolos maiores do legado religioso e artístico de Braga?

Há quem escolha a cruz que esteve na celebração da primeira missa, no Brasil; para outros, são interessantes os sapatos, com tacão muito alto, que serviam para aumentar a estatura de D. Rodrigo de Moura Telles; há quem goste do túmulo paleocristão de S. Martinho de Dume (peça mais antiga do Museu da Sé); por todo o mundo são conhecidos o Cálice de S. Geraldo (referência da ourivesaria) e um cofre em marfim (árabe); na escultura sobressai a imagem de Nª S.ora do Leite (primeira imagem concebida do período do renascimento); na tumulária jacente merece referência o túmulo de D. Gonçalo Pereira. Deste mesmo Arcebispo, agora falando do têxtil, conservam-se (verdadeira relíquia) as suas luvas e mitra. Mas o Tesouro/Museu da Sé deslumbra por tudo o mais que é ourivesaria e têxtil. Se quisermos voltar ao interior da catedral, valerá a pena que nos detenhamos, extasiados, diante do retábulo do SS.mo Sacramento, onde nos é oferecido um painel com o Trinfo da Eucaristia – obra de Miguel Coelho; o frontal do altar-mor, que é o que restou do grande retábulo que D. Diogo de Sousa mandou fazer para a capela-mor; uma pia batismal do tempo do renascimento e – com toda a imponência que o barroco oferece, com toda a teatralidade, com toda a riqueza – podemos deslumbrar-nos com o coro-alto, o cadeiral em pau santo, os órgãos de tubos ibéricos, dois, um de cada lado, majestosos, e uma visão panorâmica sobre o corpo da catedral, mais as pinturas onde se refere que “nunca tal assim pudera ser visto e ouvido”.

Que mensagem gostaria de transmitir aos leitores da Revista Business Portugal sobre o papel da Sé como ponte entre fé, cultura e desenvolvimento social?

A Arte é beleza que nos eleva. É mensagem. É reflexo do melhor que as criaturas humanas são capazes de conceber. O impacto que a arte religiosa tem é enorme. Não se pode conhecer a cultura de um povo sem esta vertente do espírito, das crenças, da elevação ao alto, da aspiração ao infinito, da busca do transcendente. Os humanos não são terráqueos de asas partidas. Nasceram para voar, sonhar, extasiar-se, contemplar. Muitas vezes ouvimos dizer – e concordamos – que a arte religiosa é um enorme púlpito, onde a mensagem de Deus se revela. E – curioso – nos dias de hoje, muitos apenas conseguem ouvir a voz do transcendente que ecoa na arte. Também se diz (recordamos S. Gregório Magno ou S. João Damasceno) que a arte é Bíblia sem palavras, catecismo sem letras, uma Bíblia para os não letrados.

info@se-braga.pt www.se-braga.pt

Orgão de tubos - Sé de Braga
Sé de Braga
Pia Batismal - Sé de Braga
Fotos créditos: Manuel Pitães

OESTECIM: ESTRATÉGIA REGIONAL PARA O FUTURO

Na visão de Paulo Simões, Secretário Executivo da OesteCIM, o novo ciclo de financiamento europeu representa uma oportunidade decisiva para reforçar a competitividade e a coesão territorial do Oeste.

Que prioridades estratégicas identifica para o próximo ciclo de financiamento europeu e como se refletem nas áreas da sustentabilidade, mobilidade e inovação?

As prioridades definidas para o próximo ciclo de financiamento enquadram-se nos eixos estratégicos da Boa Governança, Território, Ação Climática e Descarbonização, Sociedade Digital, do Conhecimento e Inovação e Inclusão Social e Igualdade.

Estão previstos investimentos estruturantes em áreas determinantes para a transformação e valorização do território, nomeadamente: digitalização da Administração Pública, investimento empresarial produtivo, infraestruturas e equipamentos de apoio à competitividade, eficiência energética na Administração Pública e na habitação, autoconsumo e comunidades de energia renovável, proteção civil e gestão de riscos, gestão da água e dos resíduos, conservação da natureza, mobilidade sustentável e igualdade de acesso aos serviços públicos.

Através do Investimento Territorial Integrado do Oeste, a Comunidade Intermunicipal reafirma o seu compromisso com o reforço da competitividade e atratividade empresarial, a transição digital da região e a afirmação do Oeste como território de sustentabilidade ambiental, inovação social e coesão territorial.

A região Oeste tem procurado afirmar-se como um território de equilíbrio entre desenvolvimento e qualidade de vida. Que políticas concretas estão a ser implementadas para garantir essa harmonização?

A OesteCIM tem vindo a implementar políticas públicas orientadas para o desenvolvimento equilibrado e a coesão territorial,

com especial foco no setor da mobilidade universal, sustentável e tendencialmente gratuita.

O Passe M Oeste constitui uma iniciativa inovadora da Comunidade Intermunicipal e dos doze municípios que a integram, disponibilizando transporte rodoviário gratuito a residentes, trabalhadores e estudantes da região. Para as ligações entre o Oeste e Lisboa, o custo máximo é de 40 euros, contemplando ainda benefícios adicionais: os jovens até aos 23 anos estão isentos de pagamento, e os cidadãos com 65 ou mais anos usufruem de um desconto adicional. Esta medida contribui de forma significativa para a descarbonização, a redução dos custos das famílias e a democratização do acesso à mobilidade.

Em complemento, o serviço de Transporte a Pedido, atualmente em expansão, assegura a ligação das populações em zonas menos servidas, reforçando a inclusão social e a coesão territorial.

Estas ações, articuladas com investimentos em reabilitação urbana, qualificação de espaços públicos e modernização de equipamentos sociais, promovem um território mais sustentável, acessível e centrado na qualidade de vida das pessoas.

Num contexto de crescente digitalização e transição energética, que papel pretende a OesteCIM assumir enquanto plataforma de articulação entre municípios, empresas e cidadãos?

A OesteCIM pretende consolidar-se como uma entidade empreendedora e pioneira na utilização de dados como base para a tomada de decisões de políticas públicas fundamentadas, promovendo uma gestão territorial inteligente, integrada e orientada por evidências factuais. Enquanto agente impulsionador da transição energética e digital, a Comunidade Intermunicipal atua na promoção de redes de partilha de conhecimento e capacitação, estimulando a inovação, a gestão eficiente dos recursos e a participação informada dos cidadãos.

Com o desenvolvimento do Centro de Inteligência Territorial e a implementação de políticas de governação digital colaborativa, o Oeste afirma-se como uma Smart Region, isto é, um território de vanguarda, onde os dados, a inovação e a sustentabilidade se unem para promover decisões estratégicas mais eficazes, reforçando a coesão social e a qualidade de vida das pessoas.

Paulo Simões, Secretário Executivo

Breves Regiões

Lisboa, Porto e Oeiras lideram poder de compra em Portugal

Em 2023, apenas 31 dos 308 municípios portugueses apresentaram um poder de compra per capita acima da média nacional, segundo o INE. Lisboa (181,3), Porto (162,2) e Oeiras (150,1) destacaram-se como os mais prósperos. A Grande Lisboa foi a única região NUTS II acima da média nacional, concentrando 25,5% do poder de compra do país. Somada à Área Metropolitana do Porto (18%), representa 43,5% do total nacional.

Cinco regiões portuguesas já ultrapassaram meta europeia de emprego

De acordo com o Eurostat, cinco das sete regiões de Portugal já superaram a meta europeia de 78% de emprego fixada para 2030. A Grande Lisboa lidera com 81,1%, seguida do Algarve (79,8%), Alentejo (79,7%), Península de Setúbal (78,8%) e Centro (78,5%). Apenas o Norte (77,4%) e o Oeste e Vale do Tejo (76,7%) permanecem ligeiramente abaixo do objetivo.

Centro de Ciência do Café integra rede nacional de Centros Ciência Viva

O Centro de Ciência do Café (CCC), em Campo Maior, distrito de Portalegre, integrou recentemente a rede nacional de Centros Ciência Viva, passando esta estrutura a contar com 22 entidades agregadas.Em comunicado, o CCC indica que a assinatura do protocolo de adesão com a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica decorreu no 26.º

Encontro da Rede de Centros Ciência Viva, realizado em Campo Maior.

Montemor-o-Velho celebra os 700 anos do nascimento de Inês de Castro

Montemor-o-Velho assinala, em novembro de 2025, os 700 anos do nascimento de Inês de Castro, uma figura marcante da história portuguesa e símbolo intemporal do amor. O Município organizou um programa comemorativo com diversas atividades no Fórum Cultural e na Biblioteca Municipal Afonso Duarte. O ponto alto das celebrações ocorre a 22 de novembro, com um dia inteiro de atividades gratuitas destinadas a diferentes públicos.

Belmonte: comunidade escolar celebrou magusto de São Martinho

Decorreu no dia 11 de novembro, no Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral e no Centro Escolar de Belmonte, o tradicional magusto de São Martinho, proporcionando às nossas crianças e jovens uma tarde de convívio. Uma iniciativa organizada pelo Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral em parceria com a Junta de Freguesia de Belmonte, e participação especial do Projecto Jump, onde o Executivo marcou presença.

Arena de Évora recebeu cerimónia de Entrega de Diplomas EPRAL

A Arena de Évora recebeu a Cerimónia de Entrega de Diplomas da EPRAL – Escola Profissional da região Alentejo, um momento marcante para os 125 jovens que concluíram o seu ciclo de formação 2022/2025.O Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Zorrinho, discursou e entregou diplomas aos finalistas, destacando o contributo da EPRAL para a qualificação dos jovens e adultos do concelho e da região, e sublinhando a importância da educação e da formação profissional como pilares de um futuro melhor.

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