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1.2 A teoria do neofantástico

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REFERÊNCIAS

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na narrativa, contrariando as leis da natureza sobre como algo deve existir ou agir e continuando a contrariá-lo a partir da aproximação do personagem ou leitor do evento como é o exemplo de Harry Potter um garoto órfão que mora com os tios em um bairro comum de Londres e que uma certa noite é visitado por um homem de proporções sobre humanas chamado Hagrid que o introduz a um mundo distante da lógica natural com a existência de magia, bruxos, elfos, dragões etc.

1.2 A teoria do neofantástico Com essa diferenciação, entre “fantástico puro”, “fantástico estranho” e “fantástico maravilhoso”, Todorov alicerça a reflexão teórica sobre o insólito manifestado nos séculos XVIII e XIX. Entretanto, segundo Jaime Alazraki, crítico literário argentino, a concepção do fantástico sofre uma transmutação temática no século XX. A partir de um contexto inaugurado pelos eventos da primeira guerra mundial, em conjunto aos movimentos de vanguarda, a psicanálise de Freud, o surrealismo, o existencialismo, entre outros, (ALAZRAKI, 1990, p. 12), surge uma nova ilustração da teoria fantástica em contraponto a proposta de Todorov, nomeado pelo autor de neofantástico. De acordo com Alazraki, a percepção envolvendo o insólito, proposta por Todorov, promovia a classificação “fantástica” de forma trivial. As obras dos autores dessa temática no séc XX como Kafka, Borges e Cortázar e contemporâneos, esboçam um cenário narrativo que difere a teoria tradicional do fantástico, ao invés de retratar o evento sobrenatural a partir de um mundo racional e verossimilhante, o novo modelo ambienta o leitor/espectador, desde o princípio da narrativa ao cenário de incerteza. “Desde las primeras frases del relato, el cuento neofantástico nos introduce, a boca de jarro, al elemento fantástico: sin progresión gradual, sin utilería, sin pathos” (Alazraki, 1990, p. 31). Em contraste a formula tradicional, o neofantástico estabelece um cenário em que os elementos de incerteza e dúvida fazem parte da rotina diária do personagem sendo indissociável as dinâmicas de mundo. Uma maneira de visualizar essa categoria em obras audiovisuais se dá com a inserção inicial do personagem ou leitor em um universo previamente regido por elementos fantásticos, como por exemplo em O Senhor dos Anéis, um mundo fantástico ambientado na Terra Média em que a magia caracteriza um elemento palpável em todas as esferas sociais, com a presença de criaturas sobre naturais além do ser humano como, elfos, anões,

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