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4.4 A ficção científica como gênero para a narrativa fantástica da obra
4.4 A ficção científica como gênero para a narrativa fantástica da obra O mundo de Dias Digitais – Caça aos Hackers é situado em uma realidade obscura no futuro distante de 2600 após os eventos de uma grande guerra protagonizada pelos hackers contra a Nova Ordem Mundial, um conglomerado formado pela união dos orgãos governamentais dos maiores paises do mundo, em uma sociedade orientada pela evolução tecnológica simbiótica que comanda os diversos setores da vida humana. Logo de início nos é apresentado um mundo afastado da vivência cotidiana, em que as dinâmicas sociais, advindas do desenvolvimento tecnologico exacerbado representado através das máquinas, extrapolam o verossimilhante. Por meio da apresentação deste universo narrativo “fantástico”, de forma a normalizar o “extraordinário” como ordinário para os personagens, a narrativa traz a tona o aspecto neofantástico da obra. Com base na descrição do enquadramento de ficção científica por Tavares:
Difícil de definir, mas fácil de reconhecer. As imagens típicas da fc são claras até mesmo para o não-aficionado: espaçonaves, mutantes, cidades submarinas, pistolas desintegradoras, impérios galácticos, viagens no tempo, supercomputadores... Uma lista assim pode ser prolongada indefinidamente; é através desses elementos que o leitor casual, numa livraria, consegue identificar com nitidez a estante de obras de fc; não é fácil encontrar o que há em comum com todas elas. (1986, p.7-8).
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Pode-se observar um amálgama de estilos distintos para a mesma proposta artística. Sendo a direção definida pelo criador de obras de ficção científica sustentada por perspectivas que por muitas vezes podem se apropriar de diversos formatos. Continua Tavares:
O autor de fc sente-se à vontade para imaginar os fenômenos mais extravagantes, “teorizar” sua existência com duas ou três frases, e estamos conversados. Grande parte da fc está mais voltada para magia do que a para a ciência. (1986, p.8).
Conforme a complexidade dos “fenômenos extravagantes”, como coloca Tavares, maior será a tendência da solução disposta se afastar da ciência em si e encontrar a justificativa na magia ignorando o caráter científico no processo. A razão pela qual é disposto esse entendimento, tem haver com o grau pelo qual a obra de