22o DOMINGO APÓS PENTECOSTES
05 NoV 2006
ISAÍAS 53.10-12 MARCOS 10.35-45
PRÉDICA: HEBREUS 4.9-16 Gottfried Brakemeier
1 Observações exegéticas O trecho de Hebreus 4.9-16 compõe-se de três partes distintas, razão pela qual varia a delimitação da perícope prevista como subsídio de prédica nos auxílios homiléticos anteriores (cf PL XI, 171; XI, 192; XIX, 268; XXIV, 133). São elas: 1. vv. 9-11: Os versículos concluem o trecho de 4.1-11, que falam do descanso prometido ao povo de Deus. Assim como Deus mesmo descansou de todas as suas obras, assim vai acontecer também com quem nele deposita a fé. Salvação é descrita em termos de participação no “sábado” de Deus. 2. vv. 12-13: Há que se tomar cuidados, entretanto, para não cair em desobediência e perder a graça oferecida. O autor da carta acrescenta uma exortação, lembrando ser a palavra de Deus qual espada de dois gumes. Ela corta, penetra, julga. O termo-chave do subtrecho, pois, é palavra de Deus. Os vv. 12 e 13 são formulados como verdadeiro poema, sendo que o v. 12 fala da natureza da palavra divina e o v. 13 da situação das pessoas diante da mesma. 3. vv. 14-16: Começa com esses versículos o segundo grande bloco da carta. Enquanto em 1.1-4.13 o tema se havia concentrado em “Jesus Filho”, assentado à direita de Deus (1.3.), superior aos anjos e a Moisés, a atenção volta-se agora, no bloco 4.14-10.39, ao sumo sacerdócio de Jesus, superior ao do antigo templo. Sacerdote, pois, é agora o termo central. Em sua qualidade sacerdotal, Jesus confere graça e misericórdia. A transição para um novo assunto, porém, não impede correlacionar organicamente as partes. Pois a promessa do descanso (vv. 9-11) deve ser
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