14o DOMINGO APÓS PENTECOSTES
10 SET 2006
JOSUÉ 24.1-2a, 14-18 EFÉSIOS 5.21-31
PRÉDICA: JOÃO 6.60-69 Heinz Ehlert
1 Considerações exegéticas O trecho em pauta está no final do capítulo que narra os acontecimentos e o discurso de Jesus na Galiléia, que conduziram para uma definição dos galileus em relação a Jesus, que se autoproclama de pão de Deus ou “pão do céu”. No capítulo anterior (5), Jesus defende sua autoridade contra a agressão por parte dos judeus, reportando-se à mensagem de Moisés, que invoca como testemunha para as suas afirmações. No presente capítulo, o milagre (“sinal”) da alimentação de uma multidão (5 mil) leva a uma interpretação errônea, terrena, de sua missão. Querem fazê-lo rei “à força”. Jesus esquiva-se para, no dia seguinte, procurado pela multidão, esclarecer as coisas num tipo de “homilia” sobre o outro “maná” que procede do céu, diferente daquele que “os pais” comeram no deserto. Culmina com a afirmação de que ele, em pessoa, é o maná que vem do céu. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome. E quem crê em mim nunca mais terá sede.” Com sempre novas variações explica quem ele é e qual a missão que tem do Pai (vv. 36-58). Ele é o mediador único da vida eterna. Imediatamente antes do trecho em estudo, ainda se encontra uma observação interessante sobre a localização dos acontecimentos: na sinagoga de Carfanaum, junto ao lago de Genesaré. Analisemos, a seguir, mais pormenorizadamente os versículos do trecho indicado (vv. 60-69): vv. 60 e 61: Deve tratar-se de um número maior de simpatizantes, que o evangelista até chama de discípulos ou “seguidores”. Até aí achavam interessante o discurso do mestre. Agora notam que a coisa fica mais séria, exige um posicionamento. Entre si comentam que é um discurso “duro”, que não dá para engolir ou aceitar. Embora não falem diretamente a Jesus, esse percebe o que acontece. Por isso a pergunta que ao mesmo tempo revela que ele está a par da reclamação deles referente ao discurso “duro” e da intenção de abandoná-lo por
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