7o DOMINGO APÓS PENTECOSTES
23 JUl 2006
EZEQUIEL 2.1-5 MARCOS 6.1-6
PRÉDICA: 2 CORÍNTIOS 512.7-10 Roberto Ervino Zwetsch
Da fraqueza e da força do ministério
1 Introdução Vivemos um momento da história humana de mudanças profundas. É um tempo vertiginoso, questionador de valores e de utopias. As comunidades de fé não ficam alheias a essa situação verdadeiramente desestabilizadora. Assistimos a uma frenética busca de resultados imediatos em todos os campos do conhecimento, também no campo da fé religiosa. Nesse sentido, o exercício do ministério da pregação e da direção espiritual vive um momento dramático. Talvez nunca na história desse ministério houve tanta exposição das figuras do pastor ou da pastora, principalmente depois que o pentecostalismo trouxe às páginas dos jornais e ao mundo televisivo essa figura protestante, que em outros tempos ficava restrita ao âmbito eclesial e privado. Temos diante de nós uma situação nova para avaliar. O que significa ser pregador ou pregadora em tempos exibicionistas, em tempos nos quais o carisma é medido pelo número de pessoas que adentram os templos e assistem aos serviços múltiplos de cura, bênção, resolução de problemas conjugais ou financeiros? Tempos em que o carisma desse personagem é medido pelo volume de dinheiro que consegue arrecadar a cada culto (melhor ainda, se forem vários por dia)? Definitivamente, o ministério da pregação está em tela de juízo. As comunidades cristãs das igrejas históricas talvez nunca tenham enfrentado uma situação parecida. Ainda assim, o questionamento não é novo. Os textos para este domingo o comprovam. Vem de longe a crise do ministério da pregação, entendido como dom da profecia ou como carisma do anúncio do juízo e da graça de Deus. Vamos aproximar-nos da passagem escolhida para a pregação com essa rápida apreciação do nosso drama atual para ver como podemos aprender do apóstolo Paulo, sem dúvida o apóstolo que melhor
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