ESPECIAL
PENSANDO SAO PAULO Agências e Empresas Há entraves, mas dirigentes são otimistas em relação ao desenvolvimento tecnológico
ma fase do Fórum São Paulo culo 21, promovido pela Asembléia Legislativa do Estado de São Paulo nos dias 12 e 25 de abril, foi dedicada aos pronunciamentos dos representantes das agências de fomento, de empresas e de fundações. Todos reconheceram que ainda há muito o que superar antes de o Brasil e, especificamente, o Estado de São Paulo entrarem numa fase de real desenvolvimento tecnológico. Mas, de maneira geral, se manifestaram atimistas com relação ao futuro. Em sua opinião, a indústria brasileira está acordando para a necessidade de inovar mais em produtos e processos, e novos meios de financiamento e colaboração estão facilitando a aproximação entre empresas e universidades e institutos de pesquisa. Nem todos, porém, estão tranqüilos. O engenheiro Paulo Anthero Barbosa, ex-diretor do Instituto de PESQUISA FAPESP
Pesquisas Tecnológicas (IPT) e um dos criadores da Fundação Zerbini, por exemplo, manifestou preocupação com os novos rumos da sociedade. Em sua opinião, nunca houve no mundo tanta liberdade política e o cidadão nunca esteve tão livre das pressões exercidas pelos governos. Mas, também, nunca esteve tão sujeito às vontades das empresas, de seus empregadores. De qualquer maneira, algumas soluções para o problema da tecnologia começaram a ser apontadas. Flávio Grynzpan, do departamento de tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), citou que organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC) estão vigilantes para coibir medidas de governos para facilitar exportações. Mas nem mesmo a OMC protesta quando um governo aplica dinheiro na base, na pesquisa tecnológica.