Tatuí 185 Anos

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Tatuí 185 a n os O Progresso de Tatuí

10 de agosto de 2011

Venceu pelo próprio esforço Presente no brasão do município, frase ‘guiou’ tatuianos ao longo dos anos

A

expressão em latim “Per Ardua Surrexi” sempre acompanhou Tatuí ao longo de sua existência e é uma das que melhor sintetizam sua história. Não é à toa que faz parte da bandeira do município, dividindo as atenções de quem olha o brasão com o tatu e outros não menos importantes elementos que remetem à história da fundação da vila de São João do Bemfica. Apesar da importância simbólica que a expressão sempre carregou – e que ainda carrega –, muitos que aqui vivem, trabalham e constroem suas famílias desconhecem seu significado. A tradução literal, “venceu pelo próprio esforço”, está ligada ao trabalho árduo de diversas personalidades. E não poderia ser diferente. Algumas delas serão citadas neste suplemento especial, produzido pelo jornal O Progresso como homenagem aos 185 anos da “Capital da Música”. A ideia é recontar um pouco do trabalho desenvolvido por tatuianos, ou não – desconhecidos e ilustres –, que ajudaram a construir Tatuí, cidade reconhecida pelo governo do Estado como uma das novas regiões administrativas do sudoeste paulista. Prova disto, são os investimentos que a cidade vem recebendo nos últimos anos. Um dos mais recentes, o Poupatempo. Até o município chegar ao patamar atual, com índices (de criminalidade, mortalidade infantil, desenvolvimento humano, educacional, geração de emprego, etc.) não maravilhosos, mas bem acima da média do Estado, muita água “rolou” pelo rio do tatu. Parte dos “caminhos” que elevaram os padrões de desenvolvimento da cidade a níveis europeus (como na Saúde, área em que Tatuí se equivale a países de primeiro mundo como a República da Irlanda no tocante à mortalidade infantil) será refeito ao longo deste caderno. A começar pelo esforço de pioneiros ligados à Educação que deram início às primeiras escolas públicas – na época, chamadas de grupos escolares ou externatos –, e, em conseguinte, as particulares. Já naquela época, o movimento educacional revelava uma preocupação que ia além da formação: o preparo dos alunos para

o mercado de trabalho, juntando a formação acadêmica à profissional. Nessa “jornada do desenvolvimento local”, seria imperdoável não falar da batalha em prol da Saúde da população tatuiana, que ficou, até bem pouco tempo, livre de doenças como a dengue. O atual “surto” ocorrido no ano passado, segundo autoridades, já era esperado devido à propagação do Aedes Aegypti (mosquito transmissor da doença) na região. Vale lembrar que, até o ano retrasado (2009), a cidade não havia registrado nenhum caso de dengue autóctone (quando o paciente é infectado no próprio município). Naquele ano, somente foram registrando casos importados da doença. Seja pelo esforço coletivo, ou individual, a Saúde em Tatuí foi galgando degraus até alcançar a estrutura atual, com UBSs (unidades básicas de saúde), o Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas), o Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto”, o Ambulatório de Saúde Mental, o CEP/CAR (Centro de Estimulação Precoce/Centro de Adaptação e Reabilitação), além do Banco de Sangue “Fortunato Minghini” e a Santa Casa. A sociedade civil, organizada em clubes de serviços, como o Rotary Club e o Lions Clube, teve papel fundamental na estruturação da Saúde atualmente oferecida à população. O primeiro contribuiu para a inclusão da campanha de vacinação contra a raiva animal (em cães e gatos) e o segundo, com a construção de um banco de sangue. Há que se destacar, ainda, o surgimento de outras entidades não menos importantes no quesito de contribuição, como o Grev (Grupo de Estímulo à Vida), a Litac (Liga Tatuiana de Apoio aos Cancerosos), entre outras, que ajudaram, cada um à sua maneira, para a melhoria das condições de Saúde do município. Recontar, de forma despretensiosa, mas nem por isto menos interessante, um pouco desses fatos é o objetivo deste caderno especial. A publicação traz passagens que, como bem cita o brasão da cidade, exaltam a capacidade de trabalho dos tatuianos e “forasteiros” que aqui decidiram viver.

A evolução pela mobilização de Sociedade civil, por meio de clubes iana tatu ção voca a ou enci serviços, influ

O revolucionário o incompreenddouid tor Dono de métodos ‘pouco ortodoxos’, e Jarbas contribuiu para ensino e saúd

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