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FC Famalicão: Câmara cede terreno para centro de treinos

No segundo set, a famalicense revelou alguma descompressão e o rumo do encontro alterou-se. Helena Pestana ganhou larga vantagem e conquistou uma vitória indiscutível (9-21). Sónia Gonçalves ficou algo nervosa e essa ansiedade refletiu-se no início do terceiro e decisivo set. A atleta do FAC acumulou vários erros e a adversária tirou proveito para ganhar uma vantagem aparentemente confortável (7-1). Nesta altura, Sónia Gonçalves deu um ar da sua graça e encetou uma magnífica reviravolta, com o resultado a ser favorável aos onze pontos (11-9). A famalicense recompôs-se e o domínio acentuou-se, com a vitória da atleta do FAC a perspetivar-se. O triunfo confirmou-se por 21-17, fruto da qualidade superlativa de Sónia Gonçalves. Irmãs Gonçalves reinam em pares senhoras O FAC é atualmente a principal potência da modalidade. Depois de confirmada

Aristides Ferreira O Riba d’Ave Hóquei Clube (RAHC) garantiu, no passado sábado, o bilhete que lhe dá acesso a competir na 1ª Divisão Nacional na próxima temporada. O conjunto ribadavense fez valer o fator casa para garantir a última vaga de promoção, tendo beneficiado do constante apoio de uma notável moldura humana. A vitória do conjunto de Diogo Pereira ante o Hockey Clube (HC) de Sintra por 8-3 foi inquestionável e foi motivo para uma grandiosa festa na vila famalicense. Depois do empate a três bolas no encontro da primeira mão, o Parque das Tílias encheu para “empurrar” os ribadavenses para o ambicionado êxito. O clima vivido foi arrepiante, com o pavilhão a ser exíguo para albergar os muitos adeptos fervorosos que desejavam que o RAHC voltasse a atuar nos grandes palcos do hóquei em patins. O jogo foi naturalmente carregado de fortes emoções e o RAHC revelou maior controlo mental. Dessa forma, o golo de Tiago Pimenta, à passagem do quarto minuto, desbravou caminho e deu o ânimo que a equipa da casa necessitava. Os forasteiros acusaram o ambiente adverso e os ribadavenses tiravam partido dessa situação para incomodar o guarda-redes contrário. Já depois de ter desperdiçado um livre direto e um penálti, o RAHC deu seguimento à boa exibição e Miccoli picou o ponto por duas vezes, conferindo maior tranquilidade à sua equipa. Os visitantes desorientaram-se em termos emocionais e os ribadavenses começaram a dar show para delírio dos seus adeptos. Os golos de Bruno Serôdio e Tiago Pimenta trouxeram ainda mais brilho e o sonho da subida começa a avistar-se, pese o golo do visitante Paulo Dias perto do intervalo. Este tento não refreou o ímpeto ofensivo do RAHC na segunda metade. Os comandados de Diogo Pereira entraram fortes e com a clara intenção de retirar esperança ao adversário de regressar à discussão do resultado. Este propósito foi notavelmente conseguido, fruto dos golos de Vítor Hugo e Miccoli, que espoletaram enorme festa no Parque das Tílias. O encontro entrou numa fase quezilenta e o RAHC saiu algo prejudicado com isso. O guarda-redes João Costa foi penalizado durante dois minutos e o HC Sintra aproveitou para reduzir para 7-3. Ainda assim, os anfitriões nunca se desuniram e Vítor Hugo selou o resultado a um minuto do fim, numa altura em que a subida já estava no bolso dos ribadavenses. O Parque das Tílias foi um pequeno vulcão em erupção, tal o entusiasmo de jogadores, equipa técnica, diretores e adeptos. O regresso do RAHC aos principais ringues do hóquei nacional era uma certeza, sendo o culminar de uma temporada em que os ribadavenses estiveram sempre em posições cimeiras.

Rui Machado

O passado domingo foi de êxito absoluto para Sónia Gonçalves. A atleta de badminton do Famalicense Atlético Clube (FAC) revalidou o título nacional absoluto em singulares, saindo ainda vitoriosa da competição absoluta de pares senhoras, onde fez dupla com a irmã Adriana Gonçalves. O Centro de Alto Rendimento nas Caldas da Rainha foi o palco privilegiado para a famalicense assinar mais uma página marcante na sua ainda curta carreira. No campeonato nacional de singulares, Sónia Gonçalves atingiu a final principal, onde mediu forças com Helena Pestana (CS Madeira), numa reedição da final do ano transato. A jogadora do FAC não entrou bem mas já liderava aos 11 pontos, depois de ter recuperado de uma desvantagem de 8-4. Sónia Gonçalves controlou o set inaugural e confirmou os argumentos que a consagraram como campeã nacional, ao finalizar o parcial com uma vantagem de 21-17.

a supremacia em singulares, Sónia Gonçalves voltou a repetir o feito na competição de pares senhoras, onde fez parceria com Adriana Gonçalves. Na meia-final, a equipa famalicense defrontou Vânia Leça e Helena Pestana, considerada a dupla favorita à vitória. Sónia Gonçalves foi imparável no primeiro set e venceu por 21-17, sendo seguida pela sua irmã Adriana Gonçalves no set seguinte. A dupla não deixou dúvidas e triunfou por 21-12, com as famalicenses a carimbarem o passaporte para a final. No jogo decisivo, as famalicenses defrontaram as campeãs em título nesta vertente, Daniela Conceição e Catarina Cristina (CHEL Algarve), com as atletas do FAC a revelarem-se bastante consistência e qualidade, ao vencer por 21-12. A dupla adversária recompôs-se e assumiu o comando do jogo, com Adriana Gonçalves a acusar alguma inconstância natural. A dupla reencontrou-se, mas não foi a tempo de impedir a derrota no set (18-21). No set decisivo, o equilíbrio de Sónia Gonçalves transmitiu serenidade e confiança à irmã, que voltou ao nível inicial. A qualidade e talento veio ao de cima e a dupla conquistou o merecido título de campeãs nacionais de pares senhoras, ao vencer por 21-17.

Riba d’Ave HC de regresso à elite do hóquei patinado

Presidente rendido à força dos ribadavenses O presidente Rui Santos era o espelho da euforia vivida pelos adeptos ribadavenses. Num final de uma partida decisiva e em que o RAHC se revelou claramente superior, o responsável diretivo não disfarçou a emoção, reservando rasgados elogios aos jogadores: “O HC Sintra era uma grande equipa e que dificultou o desfecho. No entanto, os nossos atletas conseguiram transformar este jogo numa vitória mais fácil do que aquilo que estávamos à espera”. O resultado reflete a supremacia ribadavense e Rui Santos encontrou mais razões que contribuíram para a vitória desejada. “Tudo foi mais fácil devido à força que este pavilhão transpirou. As pessoas de Riba de Ave vivem e respiram hóquei. Desta forma, fizeram ver que na vila todos gostam muito do clube. Essa força anímica exterior tornou tudo mais fácil”, congratulou-se. No momento de festa, Rui Santos preferiu não tecer comentários relativamente à próxima época, ficando evidente que este regresso ao escalão superior era um forte desejo do grupo ribadavense.

Rui Machado

Dupla consagração para Sónia Gonçalves

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