À semelhança das previsões para o território nacional
Cooperativa Frutivinhos estima queda da produção de vinho Sofia Abreu Silva zena de janeiro”, adiantou. Quanto aos vinhos que produz, a FrutiviPara esta época das vindimas, a Frutivinhos nhos quer relançar a marca de vinho verde estima que, devido ao clima desfavorável, branco “D. Sancho I”, muito apreciada pelo haverá uma queda na produção de vinho. consumidores e já premiada diversas vezes Alberto Carvalho, presidente da Cooperativa em concursos da área. “Queremos que Agrícola de Famalicão, aponta as condições todos os famalicenses conheçam este vinho climatéricas atípicas, que se fizeram sentir da cooperativa de Famalicão”, indica. nos últimos meses, para este decréscimo de Para o futuro, é ainda intenção da cooprodução. “Temos temperaturas muito altas perativa famalicense apostar noutros produe o processo de maturação ainda está bas- tos. “Somos uma pequena adega, mas tante atrasado e se não vier a chuva o rendi- muito importante para o concelho de Famamento das uvas não será o mesmo”, licão e vamos aproveitar o nicho de mercado explicou, revelando que as vindimas deve- que são os espumantes rosé, os tintos e rão ser realizadas este ano mais tarde. brancos”, divulga. Em relação ao universo da Frutivinhos, a Num olhar geral ao território famalicooperativa aponta para uma previsão de cense, o presidente da Frutivinhos considera 100 produtores associados a entregarem as que se têm aproveitado, devidamente, as suas uvas, mas todos eles já fizeram saber potencialidades existentes. “Efetivamente, da quebra “substancial” na produção. Famalicão tem aptidões naturais para a proNa prática, os associados entregam as dução de bons vinhos e, apesar de obviauvas na cooperativa, sendo que depois cabe mente defender a Frutivinhos, temos boas à Frutivinhos dar continuidade ao processo marcas no concelho”, entende. até que o vinho chegue ao consumidor. Direção já começou a arrumar as contas “Neste momento, todo este sistema está em reestruturação e é extremamente imporEleita em dezembro de 2014 e a assumir tante que os cooperantes entreguem as funções desde janeiro, a nova direção da suas uvas na Frutivinhos, porque essa é a Frutivinhos aponta como uma das maiores razão para a existência da cooperativa”, dificuldades do setor a elevada faixa etária afirma Alberto Carvalho, que garante que dos produtores, dado que não tem havido o esta direção se comprometeu a pagar pelas surgimento de novos associados. uvas o valor que o mercado atual está a ofe“Além disso, não se tem registado a varecer. “Além disso, comprometemo-nos a lorização do produto e o pagamento atempagar aos cooperadores até à primeira quin- pado”, vinca Alberto Carvalho, que assegura
“É extremamente importante que os cooperantes entreguem as suas uvas e os outros produtos à Frutivinhos, porque essa é a razão para a existência da cooperativa”. que a nova direção está determinada em mudar este cenário que se arrastou durante anos. Na verdade, a anterior direção demitiuse, porque o documento do Plano e Orçamento não foi aprovado, sendo que Aires Mesquita e Alberto Carvalho, juntamente com outras pessoas, acabaram por aceitar este desafio e lidar com “a situação complicada em que a Frutivinhos se encontra”.
Refira-se que há vários anos que a cooperativa enfrenta graves dificuldades financeiras, sendo que esta direção tem cumprido o que prometeu. “A nossa primeira premissa foi pagar a todos os associados; a segunda era pagar aos fornecedores e credores; e fazer um saneamento financeiro de passivo junto de instituições bancárias”, elencou. Contas feitas, segundo Alberto Carvalho, atualmente as dívidas que se arrastavam desde 2011 aos associados estão saldadas; 90% da dívida aos credores está paga; e foi ainda realizada a renegociação do empréstimo bancário. Quanto à questão da fusão da Frutivinhos com a cooperativa de produtores de leite, a Fagricoop, que tem sido debatida há mais de um ano, foi assinado, em janeiro um protocolo, que mereceu a concordância desta direção. “Aquilo que está vertido neste documento é extremamente importante para a agricultura e mundo rural do concelho”. Este protocolo define as energias e esforços de forma a garantir a sustentabilidade das duas instituições. A junção das cooperativas tem como parceiros a Câmara Municipal de Famalicão e a Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave. pub