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Macaé (RJ), terça-feira, 27 de outubro de 2015, Ano XL, Nº 8848

Fundador/Diretor: Oscar Pires

CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Banquete cultural homenageia hoje servidores macaenses

O cantor e guitarrista Robson Farah

Programação repleta de talentos promete embalar a animação desta terça-feira (27) em homenagem ao servidor municipal Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br

U

m leque de atrações recheadas de talentos promete embalar a animação desta terça-feira (27). Tudo vai acontecer no Teatro Municipal de Macaé, numa iniciativa da Fundação Macaé de Cultura, como forma de prestar homenagem especial ao servidor municipal, pela passagem do seu dia em 28 de outubro. A programação começa às 16h com Oficina de Turbante, ministrada pela vice-presidência de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial, mostrando a história do turbante e o porquê de seu uso. Já às 18h, retorna aos palcos

do Teatro Municipal a comédia dramática ‘Cinco vezes Nelson’, encenada pelos atores Marcio Penna e Fernando Clauscen contando histórias imortalizadas em contos de Nelson Rodrigues, considerado o pai do modernismo do teatro brasileiro. Encerrando esta terça-feira, entra em cena a banda Batucagem S/A, que fará um super show a partir das 19h30. O espetáculo é comandado pelo cantor e guitarrista Robson Farah, fazendo um passeio pela diversidade rítmica brasileira, destacando-se samba, maracatu, baião, coco, xaxado, afoxé, capoeira e congado.

sório nas mulheres, por meio do conhecimento da importância histórica da cultura afro-brasileira. Na oportunidade, representantes da vice-presidência de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial irão apresentar a história do turbante e o porquê de seu uso. Os turbantes são tecidos amarrados nas cabeças que as mulheres africanas usavam na religião e para mostrar poder social. No Brasil, tem característica estética. As baianas utilizam o adereço durante feitura de alimentos típicos.

OFICINA DE TURBANTE

O espetáculo ‘Cinco Vezes Nelson’ é encenado por atores de Macaé, autoria de Nelson

A Oficina de Turbante visa resgatar e valorizar o uso do aces-

‘CINCO VEZES NELSON’

Rodrigues e direção de Marcio Penna e Fernando Clauscem. O espetáculo é uma comédia dramática que reúne uma compilação de cinco contos do renomado autor Nelson Rodrigues. A montagem é uma justa homenagem e uma excelente oportunidade para adolescentes e adultos conhecerem o maior dramaturgo da história do teatro brasileiro. Utilizando-se de uma divertida sintaxe teatral, a narrativa intercala os personagens que aparecem a todo momento, onde os atores interpretam o texto referente a cada um dos cinco contos utilizados na íntegra. São eles: Delicado, Os Noivos, O Pediatra, Casal de Três e O Grande Viúvo. FOTO: RUI PORTO FILHO

Batucagem S/A

O cantor e guitarrista Robson Farah ressalta que o espetáculo ‘BatucagemS/A’ faz um passeio pela diversidade rítmica brasileira, destacando-se samba, maracatu, baião, coco, xaxado, afoxé, capoeira e congado num show dinâmico, que une instrumentos de percussão de diversas regiões a guitarras, baixos e sintetizadores. O cantor esclarece, ainda, que o repertório consta de canções autorais e releituras de alguns dos mestres na Música Popular Brasileira, como Luiz Gonzaga, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Gilberto Gil, Jackson do Pandeiro, Pixinguinha, entre outros. O espetáculo tem projetos de som e iluminação especialmente desenvolvidos para essa temporada, e mostra imagens de diversas regiões brasileiras no fundo do palco.

Oficina de Turbante ‘Cinco vezes Nelson’

Nelson Rodrigues Nascido em Pernambuco (1912), Nelson Rodrigues mudou-se com cinco anos para o Estado do Rio de Janeiro, onde o pai fundou um jornal. Aos 13 anos, já trabalhava na redação, encarregado das páginas poli-

ciais. Algumas tragédias pessoais marcariam sua vida, talvez contribuindo para o gosto pelo gênero. Perdeu um irmão, assassinado dentro da própria redação do jornal; seu pai morreu pouco

depois, de desgosto. Em virtude da posição política, o jornal foi invadido e suas máquinas destruídas. De repente, na miséria, Nelson e um irmão contraíram tuberculose e tiveram de refugiar-se em Campos do Jordão.

Ali morreu o segundo irmão. De volta ao Rio, capital federal, Nelson passou a escrever para teatro e jornais, conseguindo, aos poucos, firmar-se e viver com dignidade do trabalho de escritor.


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