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Macaé (RJ), sexta-feira, 24 de julho de 2015, Ano XL, Nº 8767

Fundador/Diretor: Oscar Pires

CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Festa de Santa Ana anima a cidade neste fim de semana O evento já atrai as atenções de toda a cidade

Santa Ana

Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br

Q

uadrilhas, músicas e comidas típicas, assim como atividades religiosas marcam a celebração do dia da mãe de Maria e avó de Jesus Cristo, neste final de semana. Assim, Macaé comemora o Dia de Santa Ana com uma festa nesta sexta, sábado e domingo (24, 25, e 26), realizada pela comunidade de Sant'Anna de Macaé. Na Ladeira de Sant'Anna são esperados cerca de 500 fiéis a partir das 18h, numa comemoração repleta de atrações. A coordenadora de Liturgia da Igreja de Sant’Anna, Jucilaine Vilela, ressalta que o objetivo da festa é angariar fundos para a construção das salas da catequese. "Nossa comunidade atinge fieis de diversos lugares, que frequentam as missas todos os domingos, uma vez que a igreja é turística", informa Jucilaine, acrescentando que as atividades da igreja se compõem de missa todos os domingos às 10h, grupo de oração às quartas-feiras, às 19h30, catequese aos sábados às 15h e reunião Vicentina nos segundos domingos, às 9h. PROGRAMAÇÃO DA FESTA

A festa de Santa Ana será aberta nesta sexta-feira (24) a partir das 18h com barraquinhas de comidas típicas e

muita animação. No sábado (25) haverá o tradicional Festival do Pastel. Às 20h é a vez da banda Orassamba animar os presentes. Em seguida, uma animada quadrilha toma conta do lugar. Já no domingo (26), dia da

Igreja de Sant´Anna

Os primeiros registros dos jesuítas em Macaé datam em 1634. No princípio foi fundada à margem do rio Macaé e próximo ao Morro de Sant´Anna uma fazenda agrícola que, no correr dos anos, ficou sendo conhecida como Fazenda de Macaé ou Fazenda de Sant´Anna. Na base do morro, entre este e o rio, levantaram um engenho de açúcar com todas as dependências e lavouras necessárias. Além do açúcar produziam farinha de mandioca em quantidade e extraíam madeira para construções navais e edificações. No alto do morro foi construído um colégio, ao lado uma capela e um pequeno cemitério, que guarda até hoje os restos mortais de alguns jesuítas. Em 1759, a fazenda foi incorporada aos bens da coroa pelo desembargador João Cardoso de Menezes. Nesta ocasião, os jesuítas foram expulsos do Brasil, imposição feita pelo Marquês de Pombal. A

Igreja de Sant´Anna foi fundada um século mais tarde, em 1896, e hoje é um patrimônio de Macaé.

LENDA DE SANT´ANNA

Conta a lenda que a imagem de Sant´Anna foi encontrada por pescadores numa das Ilhas do Arquipélago que lhe dá o nome (Ilha de Sant´Anna). Trazida para o povoado, a imagem teria sido colocada no Altar-Mor da Capela dos Jesuítas, desaparecendo misteriosamente no dia seguinte. Foi encontrada na ilha alguns dias após, e levada novamente à Capela. O fato repetiu-se mais duas vezes. Na terceira fuga, concluíram os devotos que a Santa sentia saudades da ilha que era avistada do Altar da Capela. Dessa forma reedificaram o templo, voltando sua fachada frontal para o ocidente, onde a Santa não divisaria mais o mar e o arquipélago de onde viera.

santa, as festividades terão início às 5h30 com alvorada, seguida às 6h30 de terço mariano liderado pelo grupo de oração, e às 7h30, café da manhã. A programação prossegue às 9h com adoração ao Santíssimo; às 12h, almoço

(costelada por R$ 10); às 15h, terço da misericórdia; e às 15h30, binguinho. As atividades deste domingo vão prosseguir ainda com a tradicional procissão às 18h, seguida de missa solene com o Padre Édio Joaquim;

às 19h, quadrilha com jovens das três comunidades da paróquia (Lourdes, São Jorge e Sant'Anna); Às 22h, haverá muita música e animação, com encerramento previsto para meia-noite, com queima de fogos.

Santa Ana ou Sant'Anna é a mãe de Maria e avó de Jesus. Sobre ela, porém, há poucos dados biográficos. As referências que chegaram até nós sobre os pais de Maria foram deixadas pelo Protoevangelho de Tiago, um livro escrito provavelmente no primeiro século, que não faz parte dos Evangelhos Canônicos, ou seja, aqueles reconhecidos pela Igreja como oficiais. Porém, o Evangelho de Tiago é uma obra importante da antiguidade e citada em diversos escritos dos padres da Igreja Oriental, como Epifânio e Gregório de Nissa. O nome “Ana” vem do hebraico “Hanna” e significa “graça”. Santa Ana era de família descendente do sacerdote Aarão. Ela era esposa de um santo: São Joaquim que, por sua vez, era descendente da família real de Davi. Nesse casamento estava composta a nobreza da qual Maria seria descendente e, posteriormente, Jesus. A n a ti n h a u m g r ave problema: era estéril. Não conseguia engravidar mesmo depois de anos de casada. Em Israel, a esterilidade naquele tempo era sempre atribuída à mulher por causa da falta de conhecimento. A mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus. Por isso, Santa Ana sofreu grandes humilhações. O casal tinha muita fé confiando muito em Deus, apesar de todo sofrimento que vivia. Assim, num dado momento da vida, São Joaquim resolveu retirar-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Nessa ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que suas orações tinham sido ouvidas. Ao mesmo tempo, o anjo apareceu também à Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas. Pouco tempo depoi s , Ana engravidou e deu à luz uma linda menina à qual o casal colocou o nome de Miriam que, em hebraico, significa “Senhora da Luz”. Na tradução para o latim ficou “Maria”.


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