www.odebateon.com.br
Macaé (RJ), sexta-feira, 22 de janeiro de 2016, Ano XL, Nº 8923
Fundador/Diretor: Oscar Pires
CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ
"Brimas” arranca risos e aplausos nos palcos cariocas Juntamente com Beth Zalcman, a macaense Simone Kalil apresenta o espetáculo ‘Brimas’ alcançando o maior sucesso Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br
A
consagrada atriz, diretora e produtora teatral Simone Kalil, e a atriz Beth Zalcman são altamente aplaudidas nos palcos cariocas. Trata-se do espetáculo ‘Brimas’ em nova temporada no Teatro Cândido Mendes do Rio de Janeiro, alcançando o maior sucesso de público e de crítica. A comédia, que tem texto e interpretação das atrizes Simone Kalil e Beth Zalcman, conta a história de imigrantes que deixam a Síria, o Líbano, o Egito, enfocando os dramas de mães, a amizade, cumplicidade e todos esses assuntos tratados com muito humor. A peça “Brimas” foi indicada ao Prêmio Shell. “O nome da comédia vem de uma brincadeira que fazíamos porque os árabes não têm a letra P, então nossos avós falavam tudo com B: brimos, Bedro, brêmio”, lembra Simone Kalil. Dirigida por Luiz Antônio Rocha, a montagem mostra o encontro de duas senhoras imigrantes no início do século XX. Recentemente, a peça esteve em temporada no Midrash Centro Cultural, no Leblon, e agora no Teatro Cândido Mendes.
Ficha técnica ● TEXTO
E ATUAÇÃO: Beth Zalcman e Simone Kalil ● DIREÇÃO: Luiz Antônio Rocha ● ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Valéria Alencar ● CENÁRIO: Toninho Lôbo ● FIGURINO: Claudia Goldbach ● PROGRAMAÇÃO VISUAL: Davi Palmeira ● DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Beth Zalcman, Simone Kalil e Tamires Nascimento ● PRODUÇÃO executiva: Lívia Ataíde ● ELABORAÇÃO DE PROJETO: Jenny Mezzencio ● PREPARAÇÃO DE ELENCO: Beth Zalcman ● PROGRAMAÇÃO VISUAL: Davi Palmeira] ● ASSESSORIA DE IMPRENSA: Minas de ideias
Detalhes do espetáculo O espetáculo ‘Brimas’ é inspirado nas avós das atrizes Simone Kalil e Beth Zalcman, que levam ao palco histórias reais de suas famílias, que, mesmo sendo de religiões diferentes, são similares quando tangem o idioma, hábitos e costumes. A peça fala sobre o amor à terra em que se nasce, orgulho de pertencer à pátria brasileira que as acolheu como filhas, a travessia, o ir sempre em fren-
te, a esperança, a memória do que ficou para trás, a saudade e a expectativa da alegria de dias melhores. Esses ingredientes representam a saga de muitos imigrantes. EMOÇÕES DA EQUIPE
“Muito feliz por ter embarcado nessa viagem, nesse projeto lindo e abençoado! Falamos dos imigrantes que deixam suas pátrias e cruzam o oceano
em busca de uma nova pátria. Através do humor vamos falar dessas travessias”, disse o diretor Luiz Antônio Rocha. Para a autora e atriz Beth Zalcman, falar de sua avó é falar de identidade construída pelo afeto, pelo cheiro e sabores da comida, pelos gestos, pela voz, pelas histórias vividas e sentidas. Brimas é falar da possibilidade de encontros, de paz, independente de crenças, nesse momento contemporâneo
de tanta intolerância. “A força dessas matriarcas, nossas avós, representando tantos outros imigrantes, tantas outras avós, tantas outras mulheres. Essa peça fala do oriente médio e fala do Brasil. Na verdade, Brimas fala de tudo aquilo que diz respeito ao que há de mais humano em nós: o amor, a saudade, a família, a fé e a alegria”, declara, emocionada, Simone Kalil, atriz e autora.
‘Brimas’
O espetáculo ‘Brimas’ apresenta a história de Ester (Beth Zalcman) e Marion (Simone Kalil), uma judia e outra católica maronita, que são duas mulheres vindas do Egito e do Líbano, respectivamente, que chegam ao Rio de Janeiro no início do século XX. A plateia é recebida pelas ‘Brimas' assim que chega ao teatro. As Brimas servem quibes no velório e conversam com as pessoas. A comida acaba e as duas matriarcas se empenham em fazer mais tabuleiros de quibe. Elas revivem suas histórias de vida com muito humor e muito tempero. A plateia vai descobrindo a cultura do oriente médio e a coragem dessas matriarcas, amigas inseparáveis, apaixonadas pela vida. Assim, as duas senhoras imigrantes revivem, com muito humor, suas histórias, enquanto cozinham quibes para um velório. O riso, a saudade da família e as memórias do passado se misturam nessa história cheia de emoção e sabedoria.