Caderno2 02 06 2016

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Macaé (RJ), quinta-feira, 2 de junho de 2016, Ano XLI, Nº 9034

Fundador/Diretor: Oscar Pires

CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Portadores de Alegria conquista mais prêmios e vitórias O Núcleo de Dança Portadores de Alegria conquistou expressivos prêmios no Festival Nacional de Dança de Cabo Frio Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br

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elebrando sua capacidade de transformar a realidade em vida saudável, através da arte, o Núcleo de Dança Por-

tadores de Alegria entra em cena mais uma vez, e traz expressivos prêmios para Macaé. Desta vez, o grupo participou do 13º Festival Nacional de Dança de Cabo Frio, que aconteceu no fim de semana passado (26, 27 e 28 de maio), na-

quele município, onde o Portadores de Alegria - formado por pessoas com deficiência - competiu com corpos de baile constituídos de bailarinos ‘normais’. O evento aconteceu no Teatro Municipal de Cabo Frio, onde o

corpo de jurados foi formado pelos competentes Marcus Azevedo, Hugo Leonardo, Paulo Melgaço e Francisca Timbó. “O teatro estava lotado de gente sedenta por fazer e se alimentar de arte”, festeja o coreógrafo Ademir Martins.

OS GRANDES VENCEDORES

Em alto clima de festa estão os bailarinos macaenses, que conquistaram os seguintes prêmios: 2º lugar do trio de dança contemporânea, protagonizado por Vania Tolipan, Vania Oliveira e Renato Azevedo,

‘Portadores de Alegria’

Entusiasmo da direção

A bailarina e presidente do Núcleo de Dança Portadores de Alegria, Vania Tolipan, ressalta a importância da arte para as pessoas. “A arte tira a pessoa com deficiência de sua invisibilidade social, transforma-as em cidadãos com direitos e deveres iguais a todos, mesmo com determinadas especificações. São mais de dezesseis anos de luta contínua para mostrar à sociedade que a pessoa com deficiência jamais pode ou deve ser tratada como descartável ou inútil”, declarou ela. Já o coreógrafo Ademir frisa que esta premiação traduz a recompensa

pelo esforço dos artistas com deficiência. “Mesmo nadando contra a maré, enfrentando ondas de muita dificuldade sem apoios e patrocínios públicos e privados, os artistas com deficiência permanecem estudando e trabalhando em suas áreas diariamente, ousam, se arriscam; não por mero exibicionismo, mas para continuar provando que a arte não é um artigo de luxo. A arte é ferramenta poderosa, humanizadora e transformadora da sociedade, sempre e eternamente necessária”, afirma Ademir Martins.

“MEU NOME É FERNANDO”

A coreografia “Meu Nome é Fernando” é baseada em fatos reais relatados em gravação, durante a apresentação, tendo como fundo a “Bachiana nº 5”, de Heitor Villa Lobos. O texto conta a história de Luiz Fernando Chagas Emmerick, nascido em Macaé em 1988, tendo sido diagnosticado como pessoa com comprometimento intelectual. Pobre e órfão de pai, Fernando conhece o Conselho das Pessoas com Deficiência, e um dia começou a dançar no Portadores de Alelgria, conseguiu superar seus limites e viver de maneira saudável, através da arte.

O Por tadores de Alegria iniciou seus trabalhos em 1999 numa iniciativa de Vânia Tolipan e de dois professores - Ademir Martins e Oyama Queiroz. Em outubro de 2001, o núcleo passou a ser uma entidade jurídica de utilidade pública, ampliando seu campo de ação, tanto na dança quanto nos esportes. Logo o grupo conquistou força ao utilizar a dança como instrumento de descoberta do próprio corpo, fazendo com que os participantes superem seus limites, vencendo todas as dificuldades. A par tir daí, a danç a passou a ser o principal objetivo do grupo, não somente pelo prazer de estar executando esta arte, mas principalmente pelos benefícios terapêuticos. De lá para cá, o Portadores de Alegria apresenta-se em espetáculos, participa de concursos, mostrando um belo exemplo de vida, sendo muito premiado e aplaudido pelos mais diferentes públicos do país. O Portadores de Alegria tem sua sede à Rua Dr. Júlio Olivier, 93 - Centro - Macaé/RJ - CEP: 27913-162 - Tel: 2772 4022 e email: p o r t a d o r e s d e a l e g r i a@ gmail.com

com a coreografia “O Contratempo do Sorriso”, assinada por Ademir Martins; e o Prêmio Especial de Incentivo à Dança do solo de Fernando Emmerick, intitulado “Meu Nome é Fernando”, também coreografada por Ademir Martins.


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