Notícias do Mar n.º 464

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Nova Estratégia para Bombeiros e Ataque aos Incêndios

Helicópteros para Bombeiros

Em vez de alugar os helicópteros comprar

É preciso mudar rapidamente a estratégia de combate aos incêndios florestais, em vez de alugar os meios aéreos e os pilotos, comprar todos os helicópteros e aviões que Portugal precisa e ensinar os Bombeiros a pilotar.

Dizem “Um incêndio, acaba se for atacado nos primeiros 10 minutos”.

Os Bombeiros podem ser também os pilotos

Na nova estratégia há uma aposta nos Bombeiros para serem eles os pilotos, homens de grande coragem.

Para pilotar os helicópteros, para todo o tipo de missões, os melhores são os Bombeiros, porque já sabem muito de Primeiros Socorros e são os que sabem mais de Incêndios.

Os bombeiros são quem melhor conhecem o local onde atacar mais rápido, para apagar logo de início qualquer fogo.

Os meios de ataque aos incêndios e também ao so-

corro em terra e no mar em Portugal não são rápidos, alguns levam horas por falta de helicópteros. Com este meio disponível e um Bombeiro a pilotar levarão minutos.

Atualmente estão a atuar 87 meios aéreos que são alugados.

São precisos muitos mais para reduzir os incêndios florestais que há todos os anos.

Em Portugal sempre se alugaram os meios aéreos e também os pilotos para o combate aos incêndios florestais.

A Nova Estratégia é Acabar com o Aluguer de Aviões e Helicópteros

Na Nova Estratégisa o Estado, para Já, Compra 87 + 3: 90 Helicópteros que Vão Substituindo os Alugados O Estado compra os 90 helicópteros e a sua Manutenção e entrega-os às Corporações de Bombeiros para todo o serviço.

O Estado pagará os cursos de piloto a 360 Bombeiros e deixa de pagar às empresas de aluguer de aviões o serviço dos pilotos, que o INEM já comunicou não tem meios para fiscalizar as horas Corporações de voo e paga o que eles pedem.

Um helicóptero para as Corporações de Bombeiros
Estes incêndios nunca mais podem ocorrer
Um incêndio a chegar a uma aldeia

É preciso mudar rapidamente a estratégia de combate aos incêndios florestais

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) é a entidade mais competente para indicar ao Estado quais os 360 Bombeiros que vão tirar os Cursos de Piloto e coordenar no futuro quais os indicados para fazerem os Cursos. Nos incêndios da floresta, a rapidez no ataque inicial é fundamental.

Num helicóptero os Bombeiros podem fiscalizar, de dia ou noite, a floresta, para verem os incendiários, com máquinas de visão noturna e térmicas.

O helicóptero é o único e melhor meio rápido para socorros e a garantia de uma maior segurança no transporte de doentes e acidentados, pilotado por um Bombeiro será mais eficiente. No combate aos incêndios florestais, o helicóptero consegue deitar a água mesmo por cima do que está a começar a arder e só o Bombeiro sabe como.

Custos da Compra e Helicópteros

Para se saberem valores, na Internet há muita informação sobre helicópteros. Os preços de fábrica não são segredo. Por isso podemos escolher e como exemplo, apresentar uma solução.

Sikorsky S-70 Firehawk

Um helicóptero Black Hawk

Os helicópteros servem para combaterem logo nos primeiros 10 minutos

modificado, o Firehawk pode custar cerca de 24 milhões de dólares, como é destacado no exemplo do Colorado. Pode transportar água ou retardante que é utilizado tanto em operações de combate como a incêndios. Pode também ser usado a fazer segurança.

A Comissão Europeia pode aceitar esta despesa de equipamentos, como Despesa da Defesa

Portugal deixa de ter problemas com as faltas dos meios aéreos e a falta de pilotos porque passa a comprar os meios que precisar em vez de os alugar e tem pilotos, os Bombeiros. Ganhos imediatos para o Estado: deixa de pagar 110 milhões anuais até 2028. Em 5 anos o Estado poupa 550 milhões. Nunca mais faltam aviões nem pilotos.

Os Helicópteros vão para os Portos e para os Concelhos Em Portugal todos os Concelhos têm Corporações de Bombeiros.

A distribuição dos 90 helicópteros deverá ser a se-

Os Bombeiros é que sabem mais sobre os incêndios
Os Bombeiros devem combater também como pilotos
Este helicóptero podia ter como piloto um Bombeiro

guinte:

70 helicópteros vão para as principais cidades e para as cidades serranas.

20 helicóptero vão para os Portos, colocados nas Corporação de Bombeiros da cidade.

Nos Portos quando há um acidente no mar, as Capitania têm que chamar um helicóptero à Força Aérea. Quando os acidentes acontecem em terra, as Administrações dos Portos chamam os Bombeiros.

Para uma segurança eficaz as instalações portuárias têm que ter um helicóptero e se tiver um Bombeiro aos comandos é mais seguro.

Os vinte Portos são Caminha, Viana do Castelo, Leixões, Póvoa do Varzim, Leixões, Aveiro, Figueira da Foz, Peniche, Cascais, Lisboa, Sesimbra, Setúbal, Sines, Vila Nova de Milfontes, Sagres, Lagos, Portimão, Vilamoura, Olhão e Vila Real de Santo António e passam a ter um helicóptero nos seus Portos.

Os Bombeiros a combater um incêndio que podia não ter-se propagado de forma descontrolada

Incêndio que não foi combatido quando era apenas um fogo
O Estado deve pagar os Cursos de Pilotos a 360 Bombeiros

Notícias Yamaha

Nova App MyBoat

MyBoat foi criada a pensar em si, o skipper. A App permite-lhe enriquecer a sua experiência náutica, independentemente do barco que possui!

Com a MyBoat pode acompanhar e registar as suas viagens, procurar novas rotas para explorar, ligar-se a outros skippers perto de si e muito mais.

Iniciar e registar a sua viagem

Acompanhe as suas viagens com estatísticas em tempo

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real, como a velocidade, o tempo de navegação ativa e muito mais.

Crie o seu próprio diário de bordo para cada viagem com fotografias e notas pessoais. Todas estas informações são guardadas na sua conta pessoal.

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Cada viagem pode ser partilhada nas redes sociais e também exportada para o formato GPX.

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Fazer parte desta comunidade mundial de navegação permitir-lhe-á encontrar novas rotas e aventuras com o seu barco.

O download da App Yamaha

MyBoat está disponível na Google Play e na Apple Store

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Conduza como um PRO, com a JetBlaster PRO

A nova JetBlaster Pro chegou para elevar a diversão ao próximo nível. Ágil, potente e com um design irreverente, esta Waverunner foi feita para quem vive cada curva, salto e onda com intensidade.

Se procura adrenalina, manobrabilidade e controlo total, a gama Recreio é para si.

Ideal para momentos a solo ou para partilhar com amigos, cada modelo oferece uma experiência única e

inesquecível.

Está pronto para libertar o piloto que há em si? Sinta-se em uníssono com as ondas.

Com uma combinação icónica de cores marcantes e grafismos elegantes, a JetBlaster PRO foi concebida para proporcionar grandes emoções. O aspeto ultra marcante, os frisos elétricos, o manuseamento ágil com Tecnologia de controlo RiDE® e T.D.E. tornam-no o parceiro perfeito para uma diversão séria, desfrute de uma máquina feita para a aventura.

A JetBlaster PRO é a escolha ideal para diversão com toda a ação. Com um motor de alta qualidade, uma excelente relação peso-potência, ecrã multifunções a cores, trim elétrico inspirado na performance, e o revolucionário sistema RiDE® e T.D.E. da Ya-

Yamaha JetBlaster Pro Casco leve para um desempenho superior

maha que oferece um controlo intuitivo, assegura aos amantes da emoção uma agilidade emocionante e uma manobrabilidade fácil para conquistar rapidamente as ondas. E com o esquema de cores arrojado e os gráficos desportivos, irá certamente chamar a atenção.

Conduza como um PRO

A JetBlaster tem uma série de funcionalidades que a tornam ideal para a condução em estilo livre, foi concebida para assegurar aos amantes da adrenalina uma agilidade emocionante e uma manobrabilidade fácil para conquis-

tar rapidamente as ondas, mesmo para os pilotos menos experientes.

A nossa JetBlaster PRO está pronta para a condução divertida e emocionante, com apoios para os pés que permitem um domínio quase instantâneo dos truques, movimentos e acrobacias, um

e carroçaria NanoXcel2

guiador concebido especificamente para permitir movimentos ágeis e o novo Trim elétrico avançado para facilitar o controlo e a gratificação instantâneos. A PRO conta também com um prático degrau de embarque para facilitar o regresso ao barco.

Criámos o casco de alta

Casco

qualidade da JetBlaster PRO a partir do inovador e durável NanoXcel2®, tornando-o forte e leve. Junte isto a um motor TR-1® High Output e à relação peso-potência e obtém um enorme potencial de emoções.

Características

TR-1® de alta potência, 1.049 cc, motor de 3 cilindros

A JetBlaster® está equipada com o nosso inovador motor TR-1® High Output de 3 cilindros e 1049 cc. Esta unidade notavelmente compacta e leve oferece uma aceleração rápida e uma potência máxima excelente, além de economia e fiabilidade. A incrível relação peso-potência permite atingir uma velocidade emocionante e uma condução ágil.

Guiador e calços personalizados

O guiador da JetBlaster PRO foi concebido com um formato curvo e suave, proporcionando um suporte intuitivo para um estilo de condução único. Os calços para os pés permitem-lhe ajustar o seu

A JetBlaster PRO está pronta para a condução divertida e emocionante

TR-1® de alta potência, 1.049cc, motor de 3 cilindros
Ecrã a cores multifunções de 4,3 polegadas com acesso rápido

peso facilmente, proporcionando um passeio mais divertido em estilo livre.

Casco leve para um desem-

penho superior Criado pela tecnologia de materiais exclusiva da Yamaha, o impressionante NanoXcel2® é 18% mais leve do que o nos-

so revolucionário NanoXcel®, mas igualmente rígido e resistente.

Maximiza a emocionante performance da JetBlaster ao ajudar a proporcionar uma incrível aceleração e curvas ainda mais pronunciadas.

Guiador e calços personalizados

Manobrar com confiança

T.D.E. (Thrust Directional Enhancement) facilita ao máximo manobrar e atracar em velocidade extremamente baixa para mostrar o mesmo domínio na costa e nas ondas. Quando está em ação, o controlo de condução permite limitar a velocidade máxima, designar as curvas de aceleração preferenciais, e definir e guardar diferentes modos de Trim, enquanto o Cruise Assist estabelece uma velocidade do motor consistente, o que reduz a fadiga do acelerador, com o modo No Wake a limitar as rotações do motor a uma velocidade de ralenti fácil de controlar.

Sistema RiDE® (Sistema eletrónico de marcha à ré com desaceleração intuitiva)

O casco de alta qualidade da JetBlaster PRO a partir do inovador e durável NanoXcel2®

O revolucionário sistema RiDE® transforma o prazer da condução e dá uma sensação de confiança a qualquer condutor, mesmo com pouca experiência.

Basta puxar o acelerador no punho direito para se deslocar para a frente e acelerar, e puxar o manípulo no punho esquerdo para abrandar ou conduzir em marcha à ré.

Ecrã a cores multifunções de 4,3 polegadas com acesso rápido

Entre os seus muitos talentos, este ecrã nítido e fácil de ler ajuda a controlar e monitorizar todos os sistemas a bordo utilizando os botões de acesso rápido ao lado da unidade. Os limites máximos de velocidade e aceleração também podem ser introduzidos a partir daqui, juntamente com a aprendizagem ativada por código PIN (L-Mode) e as definições de segurança. Pusemos a tecnologia mais recente a trabalhar para si.

Amplo armazenamento como padrão

Leve tudo consigo, de série. O armazenamento sob o assento oferece um local espaçoso e prático para todos os seus artigos de aventura essenciais. O porta-luvas oferece acesso fácil aos seus óculos de sol, comida e outros objetos que precisa de ter à mão.

Acabamento elétrico inspirado no desempenho

Ajuste a altura do arco em movimento. Levante o arco para reduzir o respingo de água e o mergulho de nariz e, em seguida, mergulhe baixo para obter mais aderência nos cantos. Um passeio mais suave e habilidoso está a apenas um toque de distância.

Um design clássico moderno

Degrau de embarque para sair facilmente da

água
Sistema RiDE® (Sistema eletrónico de marcha à ré com desaceleração intuitiva)
Compartimentos de arrumação estanques

Seja o feliz proprietário de um clássico moderno, com um estilo e características que refletem o legado da Yamaha. A JetBlaster conta com gráficos modernos, engenharia avançada e uma qualidade de construção sem compromissos. É tão apelativa como agradável de conduzir.

Pronta para os desportos náuticos

Divirta-se para além dos poisa-pés: o motor TR-1® High Output proporciona potência suficiente para desfrutar de ação em desportos aquáticos. O ponto de reboque elevado facilita a instalação e melhora a experiência em wakeboard e esqui aquático. Quando terminar a diversão, o degrau de embarque almofadado dá-lhe as boas-vindas de volta a bordo.

Especificações

Motor

Tipo de motor 4 tempos; TR-1 High Output; 3 cilindros

Superalimentador Não

Cilindrada

1049 cc

Tipo de turbina Bomba de alta pressão de 144 mm

Combustível

Gasolina sem chumbo

Sistema de abastecimento combustível Injeção Electrónica de Combustível

Capacidade do depósito de combustível 50 litros

Capacidade do depósito de óleo 3,4 litros

Dimensões

Comprimento 3 m

Largura 1,14 m Altura 1,18 m

Peso a seco (kg) 244 kg

Caraterísticas

Capacidade de arrumação 5,5 litros

Lotação 1-2 pessoas

Mais informação sobre a gama Waverunners da Yamaha em: https://www.yamaha-motor.eu/pt/pt/waverunners/

Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal

Rua Cidade de Córdova, 1, 2610-038 Amadora - Tel. 00 351 211 450 395 apoioaocliente@yamaha-motor.pt - www.yamaha-motor.eu/pt

A JetBlaster tem uma série de funcionalidades que a tornam ideal para a condução em estilo livre

Notícias do

Notícias do Porto de Lisboa

“Brilliant Lady” Faz Escala Inaugural no Porto de Lisboa

O novo navio de cruzeiros da Virgin Voyages, o “Brilliant Lady” fez escala inaugural no Porto de Lisboa.

OPorto de Lisboa integra a escala inaugural do “Brilliant Lady”, o mais recente navio de cruzeiros da Virgin Voyages. O cruzeiro inaugural do navio foi agendado para partir de Nova Iorque a 5 de setembro de 2025.

À semelhança dos seus “navios-irmãos” Scarlet Lady, Valiant Lady e Resilient Lady, o Brilliant Lady foi concebido com forte compromisso com a sustentabilidade e a eficiência energética, integrando tecnologias inovadoras para reduzir o impacto ambiental e o consumo de combustível, sem comprometer o conforto e a segurança a bordo. Para a Administração do

“Brilliant Lady” no Porto de Lisboa
Este é o novo navio de cruzeiros da Virgin Voyages

Porto de Lisboa esta escala do Brilliant Lady reforça o papel estratégico da cidade no turismo de cruzeiros: «É com grande satisfação que recebemos, pela primeira vez, o Brilliant Lady. Esta visita confirma o posicionamento de Lisboa como destino de excelência e a confiança

crescente dos operadores internacionais na nossa capacidade de acolhimento.»

A grande novidade deste navio é a capacidade de atravessar o Canal do Panamá, graças a um desenho estrutural adaptado às novas eclusas. Com 38 metros de boca, apresenta alterações no de-

O Porto de Lisboa integra a escala inaugural do “Brilliant Lady”
O deck superior do “Brilliant lady”
“Brilliant Lady” em Lisboa

sign das varandas e na disposição dos botes salva-vidas. As melhorias incluem também avanços na propulsão e na eficiência hidrodinâmica, com quatro geradores dieselelétricos e dois propulsores POD (Podded Propeller) de rotação total, garantindo alta manobrabilidade e navegação mais eficiente.

Construído nos estaleiros da Fincantieri, em Itália, o Brilliant Lady é o quarto navio da luxuosa classe Lady,

exclusiva para adultos. Tem 278 metros de comprimento, 110 mil toneladas, 1.408 cabines e capacidade para 2.770 passageiros e 1.160 tripulantes.

Para assinalar esta estreia, o Porto de Lisboa entregará ao comandante a tradicional placa comemorativa em cerimónia a bordo. A chegada foi acompanhada por rebocadores da Portugs, marcando oficialmente a entrada do navio em águas portuguesas.

Lady”
É o quarto navio da luxuosa classe Lady da Virgin Voyages
O “Brilliant Lady” à noite
Esta escala do Brilliant Lady reforça o papel estratégico da cidade de Lisboa no turismo de cruzeiros

É Necessário Fotografar o Mar Profundo

Em 70 anos vimos apenas 0,001% do mar profundo, é a conclusão de um estudo publicado na revista Science Advances. Notícias

Menos de um centésimo de 1% do fundo do mar foi fotografada nas últimas décadas. A larga maioria do oceano, que ocupa uma porção de 66% do planeta Terra, permanece invisível.

Apenas 0,001% do fundo do mar profundo foi observado com registos fotográficos em setenta anos, revelando, “lacunas e preconceitos na exploração do oceano e na compreensão da biodiversidade global”, conclui um estudo publicado na revista Science Advances. A equipa de cientistas utilizou dados de aproximadamente 44 mil mergulhos em águas profun- ROV a ser lançado

das de 120 países diferentes com observações efectuadas desde 1958.

O estudo How Little We’ve Seen: A Visual Coverage Estimate of the Deep Seafloor (Tão pouco que vimos: uma estimativa da cobertura visual do fundo do mar profundo) “é o primeiro a documentar que, em décadas de exploração do mar profundo, os humanos observaram menos de 0,001% do fundo do mar”, refere o comunicado de imprensa da Ocean Discovery League, fundada por Katy Croff Bell, investigadora associada da National Geographic Society e especialista em mar profundo.

“Vimos uma fracção minúscula de 66% do planeta Terra, e o pouco que vimos está apenas num punhado de locais. A exploração visual das profundezas do oceano é tão dispendiosa e tão lenta que, em 70 anos, só vimos uma pequena parte do fundo do mar. Precisamos de novas soluções para acelerar a exploração deste ecossistema”, resume Katy Croff Bell, autora principal do estudo, em resposta ao Azul sobre as conclusões da investigação.

A área total do oceano profundo (ou seja, com uma profundidade superior a 200 metros) que se concluiu como tendo sido vista e registada “corresponde aproximadamente ao tamanho de Rhode Island ou a um décimo do tamanho da Bélgica”,

Fonte hidrotermal dos Açores
ROV Luso numa missão

comparam os investigadores. Tratando-se de cerca de 3100 quilómetros quadrados, em Portugal seria o equivalente a um pouco mais que o distrito de Lisboa, que ocupa uma área de 2800 km2.

Em 70 anos vimos 0,001% do mar profundo, pouco mais do que o distrito de Lisboa.

Um problema crítico “À medida que enfrentamos

ameaças aceleradas ao oceano profundo, desde as alterações climáticas à potencial exploração mineira e de recursos, esta exploração limitada de uma região tão vasta torna-se um problema crítico tanto para a ciência como para a política”, afirma Katy Croff Bell, principal autora do estudo, citada no comunicado de imprensa. “Precisamos de compreender muito melhor os ecossistemas e

processos do oceano profundo para tomar decisões informadas sobre a gestão e conservação dos recursos.”

Este estudo, “é a estimativa global mais abrangente de observações bentónicas em águas profundas até à data e destaca a disparidade nos esforços de exploração global”, referem os autores. A base das conclusões está apoiada em 44 mil mergulhos documentados, se bem que

nem todos os registos de explorações são públicos.

Ainda assim, os cientistas insistem que, “mesmo que estas estimativas tenham um desvio de uma ordem de grandeza, menos de um centésimo de 1% do fundo do mar teria quaisquer registos visuais”. “Além disso, quase 30% das observações visuais documentadas foram efectuadas antes de 1980 e, muitas vezes, resultaram apenas em imagens Espécie

fixas a preto e branco e de baixa resolução”, acrescentam.

Onde andamos a mergulhar, afinal?

O problema não se cinge ao pouco que mergulhamos e documentamos, mas também à limitada área de estudo escolhida. Onde, então, andamos a mergulhar?

“Mais de 65% das observações visuais ocorreram num raio de 200 milhas náuticas de apenas três países: Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia. Devido ao elevado custo da exploração oceânica, apenas um punhado de nações domina a exploração em águas profundas, com cinco países, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, França e Alemanha, responsáveis por 97% de todas as observações de submersão em águas profundas”, refere o estudo.

Estamos assim, argumentam, colocados perante um “enviesamento na cobertura geográfica e na representação dos operadores levou a comunidade oceanográfica a basear grande parte da sua caracterização do ecossistema do oceano profundo nesta amostra incrivelmente pequena e pou-

co representativa”

Logicamente, limitadas no espaço, as observações são também limitadas na diversificação das amostras e restringem o nosso conhecimento sobre o invisível fundo do mar. “Certas características geomorfológicas, como os desfiladeiros e as cristas, têm sido objecto de investigação significativa, enquanto vastas áreas, incluindo planícies abissais e montes submarinos, continuam a ser pouco exploradas”, reconhecem os cientistas, citados

no comunicado de imprensa.

É legítimo dizer que conhecemos o fundo do mar?

Quando vamos ao fundo do mar, estamos, segundo esta investigação, a mergulhar e a registar apenas um minúsculo pedaço de um imenso e

diverso território por descobrir. Quais as partes mais estudadas? “Os desfiladeiros e as cristas são as características do fundo do mar mais estudadas”, confirma Katy Croff Bell.

Tal como referido no estudo, “se a comunidade científica fizesse todas as suposições

Fonte
ROV no fundo

sobre os ecossistemas terrestres a partir de observações de apenas 0,001% dessa área total, estaria a basear as suas avaliações de toda a vida terrestre numa área

aproximadamente do tamanho de Houston, no Texas”, comparam os investigadores.

Sabendo tão pouco, será legítimo tirar conclusões sobre o mar profundo? Ou será que

temos de ajustar este conhecimento e reconhecer que se refere apenas à pequena parte que foi estudada, o que nos impede de tirar conclusões generalizadas? o fundo do mar e é um dos três pilares da exploração do oceano, a par da “A imagem visual é um dos métodos fundamentais para estudar cartografia e da amostragem”, afirma Katy Croff Bell ao Azul.

Porém, admite: “Ao longo das décadas, obtivemos muitos dados sobre o mar profundo através da combinação destes métodos de exploração, mas temos de ter cuidado ao tirar conclusões generalizadas sobre o

mar profundo com base em conjuntos de amostras tão pequenos”.

Portugal já proíbe extração no mar profundo

Desde 2021 Portugal foi o primeiro país a proibir extração de minerais no fundo do mar até 2050Diploma foi publicado em Diário da República:

Lei n.º 98/2021, de 31 de dezembro.

A introdução de moratória à mineração em mar profundo responde às preocupações levantadas por cientistas e organizações ambientalistas de todo o Mundo.

Veiculo de mineração em mar profundo
O fundo
Fonte hidrotermal dos Açores

Pesca Lúdica Embarcada

A Dolorosa Verdade...

Estava um dia de mar frisado, com um pequeno toque de vento. O período da onda era curto, por força daquela mareta que nos abanava sem cessar.

IAs conchas de chocos degradam-se, originando micropartículas que apenas aumentam o teor de sais minerais da água

sso iria contribuir decisivamente para o desenlace que vos contar hoje, uma inusitada pesca que muitos de nós já fizemos e na verdade

poucos ou nenhum de nós deveria poder fazer.

Conto-vos a história:

Saí de manhã bem cedo, com um amigo cujo nome irei

propositadamente omitir, por ser a vítima desta pescaria, (chamemos-lhe Paulo...) e mais um casal de alemães que adorou a sua primeira

Muito abaixo dos nossos pés, há estruturas onde se fixam objectos humanos que representam poluição. As correntes empurram para estes locais toda a sorte de lixos

experiência de mar em Portugal. É incrível como eles valorizam aquilo a que nós chamamos de “um dia de pesca normal”...

A dada altura, o meu amigo ferrou algo que lhe pareceu ser grande!

Cana dobrada, alguma linha a sair, muitas rugas na testa e ainda mais receio de que a linha pudesse não aguentar a pressão.

Pescador recém chegado ao mundo da pesca vertical, pouco habituado a distinguir a diferença das picadas e da forma como cada espécie faz vibrar a cana, o Paulo garantia que era o peixe do dia. A dada altura afiançou que afinal era um polvo:

_ Tenho a certeza absoluta de que é um polvo! Estou a sentir os impulsos que dá com os tentáculos! Tem de ser um bicho enorme, muito

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com grande. Vamos ver se não o deixo agarrar ao fundo outra vez....

Eu olhava pelo canto do olho e não via nada disso.

Perguntei-lhe: Mas ...Paulo, não está no fundo, certo?....

_ Não, já o subi uns 30 metros!! De vez em quando faz pressão para voltar ao fundo e a seguir deixa-se vir. Mas o peso é brutal! Temos bicho!

Havia ali alguma coisa que não batia certo.

Dei por ele a controlar o drag do carreto, a querer garantir que nada de ruim iria impedir aquela captura.

Dizia-me: “seria bom teres o enxalavar à mão, não podemos perder este bicho!”....

Aproximei-me e sugeri que podia ser algo diferente. Os momentos em que o dito “polvo” puxava mais correspondiam à passagem das vagas.

O barco sobe, estica a linha, faz pressão, e a seguir folga, dando a possibilidade

linha. Não era mais um clássico de “fundo preso”, como acontece tantas vezes a Os fundos estão cheios de coisas bonitas, que devem ficar por lá...

de recuperar mais alguns metros de trançado.

Na verdade, ele recolhia

quem está pouco prático nestas andanças.

_ Tenho a certeza de que este será sempre o meu recorde de polvo!

Ou não, pensei eu para mim mesmo...

Daí a breves instantes, o culpado de tanto esforço mostrou-se à superfície.

Fui guardar o enxalavar, sem deixar de esboçar um sorriso.

O Paulo tinha ferrado ...uma rede plástica de gaiola.

Li a decepção no rosto que aquele “peso” lhe provocou.

A pesca também tem disto, a criação de expectativas e a desilusão de descobrir a verdade.

Recordo-me do filme Matrix, onde é dado a fazer uma opção: um comprimido ver-

melho e um comprimido azul representam a escolha entre a verdade dolorosa e a ignorância abençoada.

Por vezes mais vale que a linha ceda, que rompa e deixe ao imaginário de cada um a possibilidade de adivinhar o que poderia ter sido, a certeza de ter anzolado algo muito grande.

São essas coisas que nos

motivam a ir vezes sem conta ao mar, a tentar uma vez mais.

A rede de plástico, há muito no mar, estava plena de vida. Por fim colocou-se a questão: mandar de novo para o fundo para poupar a vida àqueles corais e demais seres vivos que colonizavam a estrutura, ou... retirar aquele produtor de microplásticos do fundo do mar.

Ganhou a segunda possibilidade. Certamente o fundo estaria bem fornecido daquele tipo de vida, mas o plástico estava realmente a mais.

No meu caso, a opção vai sempre no sentido de trazer para terra tudo aquilo que é lixo humano e os microplásticos são isso mesmo. E muito perigosos para a saúde de todos nós.

Já foram detectados casos de existência de microplásticos em suspensão no... leite materno, por consumo de peixe.

Assim sendo, e sem dúvida nenhuma, a opção correcta será sempre a remoção daqueles objectos do fundo do mar. Façam isso.

A natureza tratará a seguir de criar mais vida.

Ao fim de alguns meses/anos, estas estruturas artificiais estarão cobertas de vida, mas ao mesmo tempo libertam partículas de plástico e isso é altamente nocivo para o ambiente

O polvo, o tal que abria e fechava os tentáculos...

Pesca Lúdica Embarcada

Canas Ligeiras, Linhas Finas, um Jig Minúsculo e... Muito Boas Mãos!

Tenho uma amizade profunda por uma pessoa que por diversas vezes vocês já encontraram aqui neste espaço.

As razões são múltiplas: o Raúl é do melhor que temos na Europa, e, como todos os verdadeiros campeões, é uma pessoa humilde, pacata, pouco dada a “peitos inchados”.

A par da amizade que nos une, o respeito que tenho por ele enquanto pescador não tem limites. Ele é mesmo muito bom!

Raúl Gil Durá, espanhol de Valência e funcionário de uma unidade espanhola de prevenção civil, sai ao mar sempre que a sua actividade lho permite. Saindo ao mar com o seu kayak a pedais, é bom de ver que a reduzida autonomia o obriga a pescar junto à costa, sem grandes possibilidades de se afastar para longas distâncias.

Uma bonita dourada, na casa dos 3 kgs, feita com um jig ligeiro

Num espaço tão exíguo, não pode sequer aspirar a muito equipamento: o seu kayak está artilhado com uma boa sonda e duas a três canas cuja acção normalmente não excede os 0.5- 5 ou 1-7 gramas.

Adepto de canas e montagens ligeiras, o Raúl só não é tão ligeiro assim em termos de sabedoria de pesca.

Aí é mesmo muito “pesa-

do”, um peso pesado do melhor que a Europa tem, com um nível de conhecimentos muito acima da média. Tão pouco é comedido no peso dos peixes que pesca. Pese o ligeiro dos seus conjuntos, canas de 1.80 a 2.00 mts, carretos tamanho 1000 a 2000, linhas que são autênticos cabelos (fez um pargo acima dos 9 kgs com PE 0.2 !!!), tem peixes que

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com seriam o sonho de muitos dos nossos pescadores nacionais.

Aquilo que me diz da sua forma de pescar é de tal forma simples que assusta: “_ Vitor, eu pesco onde toda a gente pesca, baixo, muitas vezes abaixo dos 10 metros de fundo, em sítios que toda a gente conhece”. A diferença está mesmo na coragem que tem em pescar fino, demasiado fino.

São suas estas palavras: “por aqui ninguém pesca ferreiras com jig, mas eu faço 5 a 6 por cada saída. Porque pesco com baixos de linha de 0.16mm….a única forma de conseguir enganar peixes que, não sendo predadores assumidos de peixe, ainda assim “espenicam” os jigs muito pequenos”.

E as douradas, e os robalos, e tudo o resto, ….o Raúl Gil pesca de tudo com canas

Quanta sabedoria a deste valenciano...

que fariam rir os menos conhecedores.

Porque a sua actividade é desenvolvida em águas muito limpas, a necessidade de lançar fino é uma condição obrigatória.

E ele gosta de pescar assim.

Prometeu-me que da próxima visita a minha casa irá aceitar fazer duas acções de

formação nas instalações da GO Fishing Portugal, em Almada.

Vale a pena estar duas horas com ele e posso garantirvos que em termos de aprendizagem técnica, são centenas de horas ganhas.

Pescar fino é toda uma ciência, e, se a pessoa tiver efectivamente boas mãos, pode dar peixes de guardar

na memória. A coleção de peixes recorde do Raúl faria corar de vergonha muitos daqueles que compram linhas zero grosso para tudo.

Tenho amigos que chamam jigs ligeiros a peças com 150 gramas...

Para o Raúl, pescar pesado é lançar acima de 10 gramas. Jigs ligeiros, vinis, tudo lhe

serve para enganar os peixes mais desconfiados.

Insiste no valor do silêncio, no ser discreto, no pescar concentrado.

Ao fim de uma sessão de pesca, olha para o marcador de peixes libertados que sempre leva consigo e conta muitas dezenas.

Sim, o Raúl Gil liberta os seus peixes...

Notícias Nautel

Radio VHF/DSC ClasseD X100

A Nautel apresenta o tão esperado Radio VHF/DSC ClasseD, X100 da emtrak, com transcetor AIS Classe B incorporado e a aplicação Connect-X para usar o radio em conjunto com o seu smartphone ou smartwatch.

OX100 define um novo horizonte de funcionalidade, desempenho e conveniência nas comunicações rádio marítimas e na segurança da navegação. O rádio DSC/VHF

integrado e o AIS Classe B de alta potência combinam-se com uma gama de funcionalidades inovadoras que tornam a navegação mais segura e conveniente.

O equipamento é robusto, à prova de água e de intempéries. Tem processamento de áudio digital CLEAR-WAVE.

O visor a cores é bem visí-

vel sob luz solar direta. Tem WiFi, Bluetooth, NMEA2000 e 0183 GPS (antena exterior opcional), Repartidor (splitter) de antena também incorporados sendo assim apenas necessária uma antena para AIS e VHF. Controlos intuitivos ergonómicos e simples interface de utilizador.

Opções de montagem em-

butida, em mesa, ou no teto. O em-trak X100 é um rádio VHF/DSC Classe D de alto desempenho e com certificação internacional e AIS Classe B (5W SOTDMA) de alto desempenho. Além dos recursos padrão esperados em qualquer rádio DSC/VHF padrão comercial, incorpora uma série de novos recursos inovadores que oferecem um novo nível de integração e conveniência para o usuário.

No seu núcleo, encontrase um novo motor transceptor duplo AIS/VHF desenvolvido pela SRT, que aproveita 25 anos de experiência e herança no desenvolvimento de tecnologia avançada de comunicações rádio para oferecer um desempenho rádio excecional num design otimizado em ta-

manho e custo. Este está integrado num invólucro robusto, à prova de água e de intempéries, concebido e construído com qualidade, com um ecrã a cores de 3,5” de alta resolução e uma interface de utilizador ergonómica.

Funcionalidades excecionais

que melhoram a navegação

CONNECT-X– Aplicação gratuita que transforma até 10 smartphones ou smartwatchs num microfone de comando sem fios completo. Pode utilizar-se para fazer e receber chamadas, monitorizar VHF/ DSC, tráfego AIS e alertas de navegação em qualquer parte do barco.

Conversação com qualquer pessoa no barco utilizando a funcionalidade de intercomunicação privada Connect-X.

Integra perfeitamente AIS e rádios DSC/VHF Classe D para proporcionar um novo nível de funcionalidade crítica de segurança, conveniência e fiabilidade robusta, concebido para uma total fiabilidade e longevidade nos ambientes mais adversos, e com uma vasta gama de funcionalidades inovadoras e úteis.

Activa a função MOB e é-se alertado sobre qualquer dis-

positivo ligado que saia do barco.

Está também equipado com a funcionalidade de Alta-Voz (Loud-Hailer) e “Public Adress” permitindo passar mensagens aos passageiros.

AIS de alta potência que recebe e transmite. Os alertas de navegação integrados

permitem ficar em silêncio e parar de transmitir quando quiser.

Lista telefónica única para todo o sistema para DSC da embarcação, AIS e intercomunicador de bordo para uma comunicação consistente por

qualquer meio em toda a embarcação.

Características

Principais:

- AIS de alta potência Classe B (5W SOTDMA) – receber e transmitir.

- GNSS e IMU integrados para estabilização de orientação.

- Bluetooth e Wi-Fi.

- Ecrã a cores de 3,5” com brilho configurável, modos noturno e diurno.

- NMEA2000 e NMEA0183 interfaces para controle de E/S e saída de dados AIS.

para smartphone Connect-X.

- MOB-Link™ - Alerta MOB e PLB, funcionalidade de rastreamento e localização.

- Rádio VHF/DSC 25W Classe D.

- Robusto - choque, vibração, água (IP67), temperatura extrema, solar.

- Interface de usuário ergonômico com retroiluminação configurável.

- VHF-Link – Aplicativo de microfone de comando remoto

- Amplificador integrado para alto-falante externo e/ou suporte a sonorização.

- AIS-Link – transmita alvos AIS simultaneamente para vários dispositivos.

- MFD-Link – sistema incorporado para permitir a integração da funcionalidade de rádio no MFD.

- 217mm (L) x 84mm (A) x 130mm (P) e apenas 1,2 kg.

- Receptores AIS podem decodificar e exibir dados de dispositivos Classe A e Classe B, bem como SART, SAR e AtoN.

- Interface de usuário ergonômico com retroiluminação configurável.

Muitas mais inovações. Consultar o catálogo.

Vivan

Pelo Tejo, Nada é de Mais

Como consideramos que é sempre útil manter a informação actualizada daquilo que é importante, nunca é de mais relembrarmos o que possa ter sido dito ou informado anteriormente, e por isso a presente crónica vai servir para esse efeito.

ATagus Vivan na prossecução do seu objecto social de Observar, Avaliar, Ponderar para Opinar e Agir, a partir da Declaração de Lisboa de Janeiro de 2015, que teve lugar na Sociedade de Geografia de Lisboa com a participação de conselheiros especialistas em hidráulica e recursos hídricos e de técnicos e cientistas de outras áreas relacionadas com Tejo e também como resultado das acções de observação levadas a cabo pela Tagus Vivan sobre o estado em que se encontra o nosso maior rio,

que são preocupantes quer física, quer ambientalmente, esta ONG decidiu inscrever no seu programa das actividades para o biénio 20152016, um Ciclo de Conferências Regionais para fazerem o diagnóstico do rio e da sua bacia hidrográfica e servirem de preparação para um novo Congresso do Tejo, o terceiro, a realizar-se em Outubro do corrente ano de 2016, por entender-se que este Congresso deve ser mais abrangente territorialmente, abarcando todas as regiões da bacia hidrográfica. O programa que está em curso desde o início de 2015

também vai contribuir para que se leia, veja e oiça falar mais do Tejo durante quase dois anos, e isso vai conseguir criar sinergias para que os cidadãos e outras individualidades e entidades públicas e privadas passem a interessar-se mais pelo Tejo. Este Congresso é realizado na sequência dos dois anteriores, o primeiro em 1987, no Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, e do segundo em 2006 na Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos, também em Lisboa, congressos esses da iniciativa da Associação

dos Amigos do Tejo, ONG de Utilidade Pública, de cuja obra de três décadas a Tagus Vivan é a continuadora. A estrutura do processo preparatório foi debatida em Fevereiro/15 e dela saiu um desenho de um programa preparado para prosseguir com uma evolução sustentada, criteriosamente orientada, e com uma dinâmica de mudança para conseguir cumprir o seu principal desígnio que consiste em encontrar soluções e apontar caminhos para a tomada das medidas mais adequadas para que se possa construir um futuro

Tagus
Crónica Carlos Salgado

sustentável e sustentado do nosso maior rio, e também com o intuito de demonstrar aos portugueses e às tutelas que o Tejo, que é muito mais do que o rio, tem potencialidades bastantes para alavancar o crescimento económico da sua bacia hidrográfica e do próprio país, para termos Mais Tejo, E Mais Futuro.

Seguidamente foram definidos os locais estratégicos para a realização das cinco Conferências Regionais preparatórias e avançou-se com os contactos com outros parceiros, nomeadamente as CIMs.

Tejo e os respectivos municípios, bem assim como outras entidades para apoiarem logística e institucionalmente a realização das ditas conferências. A partir dessa fase o processo continuou a avançar ao longo do ano.

Ora, um rio como o Tejo, se não for navegável deixa de cumprir uma das suas principais funções, mas sendo a navegação uma actividade que exige um conjunto alargado de requisitos hidráulicos, técnicos, económicos, sociais e ambientais, é indispensável fazer uma análise rigorosa e realista da sua viabilidade, o que só é possível com dados fiáveis e objectivos explícitos, e foi por isso que a primeira Conferência da Navegabilidade, transversal a toda a bacia do Tejo, foi realizada no dia 19 de Novembro/15 na Fábrica das Palavras em Vila Franca de Xira, com o apoio logístico da Câmara local, porque esta cidade está situada num lugar privilegiado devido à ponte aí existente ser a fronteira entre as autoridades que tutelam a utilização do rio Tejo, a marítima a jusante e a fluvial a montante. O resultado desta Conferência conseguiu exceder as expectativas.

As restantes quatro conferências regionais, a do Estuário, a da Lezíria do Tejo, a do

Médio Tejo e a do Alto Tejo e do Tejo Internacional estão em preparação para terem início, não necessariamente pela ordem descrita, mas a partir de Março até Junho próximo, em datas a designar em breve.

Das conclusões das Conferências Regionais, porque cada uma delas tem a importância e a validade de um pré-Congresso, será extraída a matéria substantiva para levar a debate ao Congresso do Tejo IIIº.

É este o contributo que a Tagus Vivan quer dar, para que as Conclusões e Recomendações do Congresso sejam levadas em conta pela Legislatura em curso, porque a renovação e reabilitação do Tejo já peca por tardia, e porque os portugueses e as tutelas devem estar conscientes de que a região hidrográfica do Tejo ocupa um território equivalente a um terço do continente português, e que é uma região com enormes potencialidades baseadas na riqueza e diversidade de património natural, paisagem e biodiversidade, com solos

férteis e bons climas, e de património cultural material, nomeadamente o construído, histórico e arquitectónico, e o imaterial ligado às vivências, tradições e memórias muito ricas e peculiares.

O que é preciso é haver visão, coragem e vontade política por parte do poder central, e da Assembleia da República para que os investidores e empreendedores reconheçam as vantagens da navegação fluvial, porque ela pode servir as mais variadas actividades que geram riqueza, porque para além de se poder incrementar

O Tejo atravessando as Lezírias

a navegação de mercadorias, abre-se outra possibilidade que pode ser decisiva para que, finalmente, emerja outra forma não menos interessante de criar riqueza, que é o Turismo da Natureza, o Turismo Náutico e o Turismo Rural, integrados.

É mais do que evidente que os rios têm assumido sempre uma grande importância no desenvolvimento económico dos territórios que servem, e que o rio Tejo foi usado durante séculos como a principal estrada do país e foi a via de penetração a partir do mar

para o interior da Península Ibérica e também historicamente, a grande porta aberta para o mundo, e ainda continua a sê-lo. As facilidades de transporte que os rios oferecem justificam a forte concentração industrial, demográfica e urbana ao longo das suas margens, o que aconteceu no caso do nosso Tejo no passado, está sobejamente provado que o transporte fluvial nos países desenvolvidos da Europa, e não só, tem contribuído para o crescimento económico desses países, ao ponto da União Europeia, ao reconhecê-lo, estar determinada a incrementar essa mo-

dalidade de transporte para o que criou um programa de incentivos aos países membros através do programa NAIA-

DES II 2020

Na realidade, a União Europeia reconhece actualmente as vantagens do transporte de mercadorias por vias navegáveis interiores, porque ele presta um contributo significativo para o sistema de transportes do Continente Europeu, não só por ser eficiente e mais económico, como do ponto de vista energético contribui para os objectivos de uma economia hipocarbónica, e também porque a exploração de todo o po-

tencial do transporte por vias navegáveis interiores pode vir a ser o elo fundamental para a resolução do congestionamento e dos problemas ambientais causados pelo transporte rodoviário de mercadorias importadas, a partir dos portos marítimos, para além dos problemas que o rodoviário está a causar cada vez mais à circulação dos outros veículos, por provocar o congestionamento das rodovias.

Ora, como o incremento da navegação fluvial implica a necessária modernização e o aumento da frota, isso terá um forte impacto na nossa indús-

tria da construção naval que se encontra numa situação económica difícil, para além de que esse incremento vai levar à reactivação dos portos do interior onde serão criadas novas empresas de cargas e descargas e de logística, que precisam de mão de obra, e que portanto criam bastante emprego.

Em Portugal, como é sabido, a partir de meados do século passado o Tejo começou a deixar de ser a grande estrada utilizada pelo transporte fluvial de mercadorias, pessoas e bens, o que levou os governos a deixarem de preocupar-se com ele, permitindo que as indústrias e outros agentes pouco escrupulosos o vão poluindo, situação que receamos esteja a ser incrementada nos dias de hoje, e também foram fechando os olhos à delapidação dos recursos naturais do Tejo, nomeadamente a pesca ilegal que continua a ser praticada em larga escala, e outro tipo de abusos e agressões ao Rio. Ainda temos mais para dizer, mas fica para as próximas crónicas.

E termino repetindo que o programa das actividades da Tagus Vivan para o biénio de 2015-2016, que culminará no Congresso do Tejo IIIº, contribui também para que se leia, veja e oiça falar do Tejo durante quase dois anos, dandolhe mais visibilidade, e isso vai criar sinergias para que os cidadãos e/ou entidades públicas e privadas despertem para a imprescindível e inadiável tomada de decisão de passarem a interessar-se mais por ele. Aliás, já estamos a notar que isso está a acontecer de facto.

Acrescento ainda que, por tudo o que está a acontecer, é indispensável avançar com um plano estratégico para a protecção e a revitalização do rio Tejo e da sua bacia hidrográfica.

Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera

MOPPA, Apoio à Gestão da Pequena Pesca e Apanha

No final de Julho decorreu a apresentação oficial do MOPPA nas instalações do IPMA em Algés o Programa de Monitorização da Pequena Pesca e Apanha. No dia 29 a bordo do Navio de Investigação (NI) Diplodus, o IPMA iniciou a Campanha MOPPA 2025 que decorreu até 9 de agosto.

Aapresentação oficial do Programa de Monitorização da Pequena Pesca e Apanha (MOPPA), a mais recente aposta do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), decorreu no dia 23 de Julho nas suas instalações em Algés. O evento contou com a participação do Secretário de Estado das Pescas e do Mar, Salvador Malheiro.

Uma das áreas de atividade piscatória que tem uma dimensão não só económica, mas também social e cultural muito relevante em Portugal, é a pequena pesca e apanha apeada, recorrendo a grande diversidade de artes de pesca e espécies capturadas e de elevado valor comercial. Trata-se de uma atividade

que mobiliza mais de 1300 pescadores e apanhadores, com um importantíssimo papel de coesão nas comunidades litorais, avaliando-se o esforço de pesca em mais de 3000 toneladas, que corresponde a um valor de primeira venda em lota superior a 11 milhões de euros.

Apesar desta relevância, verifica-se uma carência de informação científica disponível para apoio à gestão destes valiosos recursos e à atividade económica. É esta lacuna de conhecimento e apoio à gestão que o MOPPA, financiado pelo programa MAR 2030 em 1,8 M€, vem colmatar.

Abrangendo toda a costa continental portuguesa, incluindo os principais sistemas estuarinos e lagunares, desde

a Ria Formosa ao estuário do Lima, o programa tem como objetivo obter a informação de base que permita melhorar a gestão e governança

da pequena pesca costeira e da apanha, tendo em vista a exploração sustentada dos recursos e dos ecossistemas onde estas atividades se desenvolvem.

Em paralelo com os estudos biológicos, serão realizados estudos socioeconómicos e de caracterização da

atividade da pequena pesca, contemplando todos os portos de pesca do continente utilizados pela frota da pequena pesca.

A fim de assegurar a prossecução dos trabalhos previstos, procedeu-se à recuperação integral e modernização

do Navio de Investigação (NI) Diplodus, pertencente à frota do IPMA, que implicou um investimento de cerca de 0,5 M€. O programa beneficia ainda de uma estreita colaboração com o sector, envolvendo amostragens a bordo de embarcações da pesca comer-

cial ao longo de toda a costa.

Além da apresentação oficial do MOPPA, o evento compreendeu o lançamento de alguns dos seus outputs, nomeadamente o livro “Apanha e pesca apeada em Portugal continental: Análise do número de licenças e das capturas registadas em lota” e um vídeo alusivo ao programa.

Arranque da campanha MOPPA 2025 O IPMA iniciou a 29 de julho, a Campanha MOPPA 2025, a bordo do Navio de Investigação (NI) Diplodus. Esta decorrerá até 9 de agosto, tendo como principal objetivo a monitorização dos bancos de moluscos bivalves ao longo da costa ocidental sul, entre Sines e a Costa da Caparica.

A campanha avaliará as populações de espécies co-

merciais de bivalves, permitindo assim recolher dados essenciais para a definição futura de quotas de pesca por espécie e embarcação. O levantamento será realizado com base numa rede de estações amostrais distribuídas por perfis perpendiculares à costa, entre as batimétricas dos 3 e 25 metros, recorrendo a arrastos com ganchorra. Pertencente à frota de navios do IPMA, o NI Diplodus terminou recentemente uma intervenção de manutenção e requalificação profunda no estaleiro da Marina Formosa Algarve Boatyard, em Olhão, que levou à sua modernização e revitalização, reafirmando-o como uma embarcação de excelência para a investigação costeira.

Esta campanha integrase nos esforços contínuos do IPMA para promover uma

gestão sustentável dos recursos marinhos e garantir a conservação dos ecossistemas bentónicos.

NI Diplodus completa campanha oceanográfica

O Navio de Investigação (NI) Diplodus concluiu a missão

para avaliação de stocks de bivalves na costa ocidental sul, no âmbito do Programa de Monitorização da Pequena Pesca e Apanha (MOPPA), financiado pelo programa MAR 2030.

Esta campanha oceanográfica foi a primeira a ser realizada a bordo do navio pertencente à frota do IPMA,

após este ter sido alvo de uma reparação de fundo, que implicou um investimento de cerca de meio milhão de euros.

Ao longo de 12 dias, foram amostradas mais de 250

estações e obtidas cerca de 500 amostras. Os resultados desta campanha irão permitir apoiar a decisão de definição das quotas de pesca a implementar em 2026 na zona questão.

Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera

Primeiro Flutuador Argo Português

Argo é um programa internacional que recolhe informações do interior do oceano, com flutuadores posicionados pelos 7 mares

No dia 21 de julho, uma equipa do IPMA lançou com sucesso no Canhão de Setúbal o primeiro flutuador Argo Português, que foi adquirido no âmbito do Programa Argo.PT, a contribuição nacional para o Programa Internacional Argo. Notícias

OInstituto Português do Mar e da Atmosfera é o ponto de contacto nacional do Programa Internacional Argo, uma rede de observação do Sistema Global de Observação do Oceano (GOOS-Global Ocean Observing System). O programa opera uma rede de cerca de 4000 flutuadores autónomos distribuídos por todo o Oceano Global, que medem temperatura, salinidade, pressão e correntes oceânicas até aos 2000 metros de profundidade, transmitindo os dados, em tempo quase real, via satélite. Atualmente, o programa recolhe, por mês, 13000 perfis de temperatura e salinidade, o que excede, em muito, a quan-

A equipa que fez o lançamento do primeiro flutuador Argo português (da esquerda para a direita): Pedro Carmona, João Fonseca Ribeiro, Paulo Barata, Rita Esteves, Pedro Mesquita e Miguel Santos

tidade de dados que pode ser recolhida abaixo da superfície do oceano por qualquer outro método. O IPMA tem vindo a lançar, ao largo da costa portuguesa, flutuadores de programas de outros países, como Argo França e Argo Irlanda, através de uma colaboração internacional.

No passado dia 21 de julho, uma equipa do IPMA lançou, com sucesso, o primeiro flutuador Argo Português, que foi adquirido no âmbito do Programa Argo.PT, a contribuição nacional para o Programa Internacional Argo. O flutuador foi lançado por investigadores e técnicos do IPMA, a bordo do veleiro científico ER Libries, com o suporte técnico e logístico da Blue Geo Lighthouse (BiGLe), proprietária da embarcação.

Este primeiro flutuador foi lançado no Canhão de Setúbal, aproximadamente 25 milhas náuticas a SW do Cabo Espichel, numa zona de profundidades superiores a 2000 metros. Este esforço conjunto entre o IPMA e a BiGL sublinha a importância da colaboração entre instituições públicas e entidades privadas na promoção da excelência científica portuguesa ao serviço da sustentabilidade do Oceano.

Com esta iniciativa, Portugal dá um passo decisivo na contribuição para os esforços de monitorização do Oceano Global, reforçando a capacidade científica e operacional nacional para a observação sistemática e con-

tínua do ambiente marinho. Esta informação é essencial para compreender o papel do oceano no sistema climático da Terra, permitindo assim previsões mais precisas sobre as alterações climáticas futuras, bem como melhorar as previsões meteorológicas e oceânicas operacionais e os modelos climáticos.

Agradecimentos:

- O flutuador Argo foi financiado pelo projeto “OBSERVA. PT - Observações a bordo de navios comerciais nacionais para apoio à proteção e restauração da biodiversidade nos ecossistemas marinhos do Mar Português” (MAR-01 .04.02-FEAMP-0002), financiado pelo Programa Operacional Mar2020;

- O lançamento do flutuador foi financiado pelo projeto “DQEM - Directiva Quadro Estratégia Marinha” (MAR014.7.2-FEAMPA-00004), financiado pelo Programa Operacional Mar2030.

- O IPMA agradece a boa colaboração com a BiGLE e à tripulação do ER Libries, nomeadamente aos Comandantes João Fonseca Ribeiro e Pedro Carmona e Pedro Mesquita, bem como à equipa francesa do Euro-Argo ERIC, em terra, nomeadamente Noé Poffa, Romain Cancouet, Sophie Van Ganse, Vincent Bernard e Delphine Dobler.

O que é o Argo?

O Argo é um programa internacional que recolhe informações do interior do oceano utilizando uma frota de instrumentos robóticos que flutuam com as correntes oceânicas e se movem para cima e para baixo entre a superfície e o nível médio da água. Cada instrumento (bóia) passa quase toda a sua vida útil abaixo da superfície. O nome Argo foi escolhido porque o conjunto de flutuadores trabalha em parceria com os satélites

O primeiro flutuador Argo português após o seu lançamento do ER Libries

A bordo do veleiro científico ER Libries

de observação da Terra Jason, que medem a forma da superfície do oceano. (Na mitologia grega, Jasão navegou no seu navio Argo em busca do Velo de Ouro).

Os dados recolhidos pelo Argo descrevem a temperatura e a salinidade da água,

e alguns dos flutuadores medem outras propriedades que descrevem a biologia/química do oceano. O principal objectivo da recolha destes dados é ajudar-nos a compreender o papel dos oceanos no clima da Terra e, assim, podermos fazer estimativas mais preci-

sas de como este irá mudar no futuro.

Por exemplo, as alterações do nível do mar (após a média das marés) dependem em parte do degelo das calotes polares e em parte da quantidade de calor armazenada nos oceanos. As medições de

temperatura da Argo permitem-nos calcular a quantidade de calor armazenada e monitorizar, ano após ano, como a distribuição de calor muda com a profundidade e de uma área para outra. À medida que o conteúdo de calor do oceano aumenta, o nível do mar sobe, tal como o mercúrio num termómetro. A comparação das medições da Argo com as observações de Jason continua a fornecer-nos novos conhecimentos sobre a forma como os oceanos “funcionam”, que podem ser utilizados para melhorar os modelos climáticos.

Atualmente, a Argo está a recolher 13.000 perfis de dados por mês (mais de 400 por dia). Isto excede em muito a quantidade de dados que podem ser recolhidos abaixo da superfície do oceano por qualquer outro método. A Argo planeia continuar a sua recolha de dados enquanto estes dados continuarem a ser uma ferramenta vital para uma vasta gama de aplicações oceânicas, das quais a compreensão e a previsão das alterações climáticas são apenas uma.

Posição de lançamento (1-D) do primeiro flutuador Argo português e do primeiro perfil

Notícias Nautiradar

Echopilot Apresenta Nova FLS 3D a 30º

A Nautiradar traz até si a nova Sonda de Visão Frontal FLS 3D – 30 graus da Echopilot, desenvolvida para oferecer ao navegador uma leitura digital de fundo da área para onde navega.

AEchopilot apresenta a nova Sonda de Visão Frontal FLS 3D – 30 graus, que apresenta o desempenho de topo já reconhecido no mercado, num design simplificado de transdutor único. Oferecendo uma visão frontal do fundo do mar a 30º, o único transdutor desta sonda, permite uma navegação precisa e uma visibilidade avançada de profundidade, oferecendo assim um nível tranquilizador de detalhe em águas mal cartografadas ou mesmo desconhecidas.

Esta nova tecnologia foi desenvolvida para oferecer ao navegador uma leitura digital

de fundo da área para onde navega – Average Forward Depth ou AFD (Profundidade Frontal Média). A AFD usa todos os dados recebidos do fundo do mar à frente da embarcação, para calcular a profundidade média para onde o navegador se dirige. Trata-se de uma ferramenta de navegação vital para águas mal cartografadas e é um avanço inovador na Tecnologia de Sonda de Visão Frontal, ultrapassando as sondas tradicionais de profundidade que medem apenas a profundidade diretamente abaixo da embarcação e desta forma, oferece uma consciência situ-

acional melhorada para uma navegação mais segura e fiável.

A Sonda FLS 3D – 30 Graus possui integração direta com todos os displays multifunções Axiom da Raymarine e é facilmente conectado a RayNet, via cabo RJ45 para RayNet. Uma vez conectado, a aplicação EchoPilot vai aparecer no display Axiom, permitindo aos utilizadores acederem à sonda no seu display para visualizar o sonar com visão frontal em tempo real. Os utilizadores vão poder também beneficiar da rotação em 360º da imagem 3D, através do ecrã tátil, assim como da função de zoom. Com isto, vai poder desfrutar de uma visão mais próxima do terreno do leito e visualizar potenciais perigos apresentados em tempo real.

Oferece também visualização dupla de cartas náuticas e do sonar com visão frontal ao mesmo tempo.

O FLS 3D vem com dois transdutores retráteis para garantir uma cobertura frontal completa, independentemente do formato do casco. A visão frontal é de 60 graus no plano horizontal e mais de 90 graus no plano vertical. O alcance frontal é de até 200 m e 100 metros de profundidade.

Os transdutores estão disponíveis em dois tamanhos:

5” e 10” dependendo do tamanho do casco. Os transdutores vêm com três tipos diferentes de encaixes de revestimento para garantir que se adaptam a qualquer tipo de casco. Pode escolher entre bronze, aço ou alumínio,

dependendo do seu casco.

Sonar 3D com Visão Frontal

O Sonar 3D com Visão Frontal é um dos melhores sonares com visão frontal já comprovados. O FLS 3D exi-

be uma representação tridimensional do cenário subaquático à frente do barco. O terreno do fundo do mar e os potenciais perigos são exibidos, pela primeira vez, em tempo real e com um realismo incomparável.

ra tecnologia de Sonar de Visão Frontal em Tempo Real. O visor é atualizado a cada segundo para que o capitão esteja sempre atualizado sobre o terreno do fundo do mar e os potenciais perigos à frente. O FLS 3D foi também concebido como uma caixa negra para funcionar com qualquer visor existente que possua entrada de vídeo.

Kit Padrão

- Processador Visual.

- Interface do Transdutor.

- 2 Transdutores de 5” com cabo de 2 metros.

- 2 Adaptadores de Bronze para Revestimento em Pele de 5”.

- Teclado - 2 metros.

- Cabo de Dados - 10 metros.

- Cabo de Alimentação.

- Cabo HDMI.

- 2 Cabos de Extensão para Transdutor, 10 metros.

Características

- Integração direta com os Displays Raymarine Axiom.

A importância da Tecnologia de Sonar com Visão Frontal é a relação entre profundidade e alcance. O FLS 3D possui uma impressionante relação de profundidade de 20 x! Isto significa que verá 100 metros à frente com apenas 5 metros de água abaixo do seu barco. Esta é a maior relação da Tecnologia de Sonar com Visão Frontal!

O Sonar de Visão Frontal FLS 3D conta com a inovado-

- Adaptadores de Revestimento Disponíveis em Bronze, Aço e Alumínio.

- Relação profundidade/alcance de 20x. Profundidade de 5 metros = alcance de 100 metros.

- Sistema em tempo real.

- Ecrã atualizado a cada 1 segundo (dependendo do alcance).

- Alcance de 200 m para a frente.

- Alcance de 100 m de pro-

fundidade.

- Frequência de 200 kHz.

- Múltiplas opções de visualização.

- Saídas: HDMI, VGA.

- Profundidade codificada por cores.

- Cabo de dados até 100 m.

- Largura do feixe de 90 graus (plano vertical).

- Largura do feixe de 60 graus (plano horizontal).

Para mais informações visite www.nautiradar.pt

Rebocadores Boluda Towage nos Portos Portugueses

O Líder mundial dos rebocadores avança para todos os Portos portugueses com a compra da Remolcanosa PortugalC.

ABoluda Towage, líder mundial nas operações de rebocagem marítima, acordou a compra da Remolcanosa PortugalC, expandindo a sua presença no mercado português além de Sines.

Segundo uma notificação à Autoridade da Concorrência, a operação consiste na aquisição pela “BT LUXEMBOURG II, S.À R.L, integrada no Grupo Boluda, do controlo exclusivo da Remolcanosa Portugal –Serviços Marítimos, S.A. e respetivas subsidiárias”.

A Boluda, fundada em Valência, presta serviços de reboque marítimo e de amarração no Terminal PSA do porto de Sines, e faz faz transporte

regular de contentores com escala nos portos de Leixões e de Setúbal.

Este ano, a empresa integrou a Mediterranean Shipping Co., passando a líder mundial em número de rebocadores, com mais de meio milhar de embarcações.

Já a galega Remolcanosa, através da subsidiária portuguesa, presta reboque marítimo nos portos de Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines e Portimão, realizando ainda reboque oceânico, que abrangem operações em alto-mar, salvamento marítimo e serviços de amarração. De acordo com a notificação, a Remolcanos presta também serviços de mergulho profissional e de reparação naval.

A Remolcanosa tem como subsidiárias a Reboport – Sociedade Portuguesa de Reboques Marítimos, S.A., a Tinita – Transportes e Reboques Marítimos, S.A., a Multisub –Serviços de Mergulho Profissional, S.A., a Rebonave – Reboques e Assistência Naval, S.A., e a Gironave – Indústrias Metalomecânicas, Lda.

Notícias

Notícias do Zoomarine e da Marinha

Wave Voltou ao Mar

A Marinha Portuguesa, através da Lancha de Fiscalização Rápida (LFR) NRP Sagitário, colaborou no dia 18 de julho, com o Zoomarine na devolução ao oceano de uma tartaruga marinha que esteve em tratamento durante os últimos dois meses após ter sido resgatada com sinais de ingestão de resíduos plásticos.

OPorto d’Abrigo do Zoomarine devolveu ao mar mais uma tartaruga-comum (Caretta caretta), após dois meses de intensos cuidados e reabilitação. A operação de-

correu a bordo do NRP Sagitário, da Marinha Portuguesa, sob o comando do Primeirotenente Mira Pinhão, que partiu do Ponto de Apoio Naval de Portimão.

A protagonista desta devo-

Wave chegou com problemas de flutuabilidade e desidratação, sintomas que os exames clínicos associaram

lução foi a Wave, uma tartaruga juvenil resgatada a 14 de maio de 2025 por populares, que contactaram prontamente a RALVT – Rede de Arrojamentos da Região de Lisboa e Vale do Tejo, que por sua vez a entregou aos cuidados do Porto D’Abrigo do Zoomarine.

Texto e Fotografia Zoomarine e Marinha Portuguesa
caretta caretta
A Wave volta ao oceano

à ingestão de plásticos, uma das principais ameaças à vida marinha. Ao longo do processo de reabilitação, foram excretados vários fragmentos de plástico, sublinhando o impacto real da poluição marinha nos ecossistemas. Nas primeiras 24 horas, foi submetida a oxigenoterapia para prevenção da doença de descompressão. Manteve flutuação anormal nos primeiros dias, mas mostrou sempre um forte apetite e, com o tempo, voltou a mergulhar e a alimentar-se no fundo da piscina de recuperação.

Dos 9,8 kg e 39 cm de comprimento de carapaça registados à chegada do Porto d’Abrigo, a Wave recuperou para 11,6 kg e 41,9 cm, apresentando todas as condições clínicas e comportamentais para o seu regresso ao mar.

A devolução decorreu a cerca de 12 milhas náuticas da costa de Portimão, fora da zona de maior esforço de pesca, minimizando riscos para a tartaruga. Para possibilitar a sua identificação futura, a tartaruga marinha foi equipada com anilhas nas barbatanas anteriores e um microchip, garantindo a identificação mesmo após a eventual perda das anilhas com o crescimento do animal ou erosão da água salgada.

A ação contou com o apoio da Marinha Portuguesa, e com a presença do ICNF –Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, entidades cruciais na missão de conservação marinha do Zoomarine.

Esta devolução reforça o compromisso contínuo do Zoomarine com a preservação da biodiversidade marinha, sendo o Porto d’Abrigo o primeiro centro de reabilitação de espécies marinhas em Portugal, criado em 2002. Together, We Protect!

A Wave pronta para voltar ao oceano
A Wave esteve dois meses em reabilitação no Zoomarine
O NRP Sagitário partiu do Ponto de Apoio Naval de Portimão

Notícias da Marinha

NRP Sagres Participa no Encontro Tall Ships Race

O NRP Sagres em viagem de instrução

O NRP Sagres, realizou a viagem de instrução dos cadetes do 2.º ano da Escola Naval e representou a Marinha e Portugal, na Tall Ships Race, entre os dias 6 e 8 de agosto, em Esbjerg, na Dinamarca.

ONRP Sagres atracou no dia 5 de Agosto, pela primeira vez no porto de Esbjerg, na Dinamarca.

Em 63 anos ao serviço de Portugal, esta é a primeira vez que o navio-escola da Marinha atraca no porto dinamarquês de Esbjerg, naquele que é o 170.º porto estrangeiro.

A guarnição do navio e os cadetes embarcados encontram-se a realizar inúmeros trabalhos de beneficiação e limpeza, no âmbito do Tall Ships Race, o NRP Sagres esteve aberto ao público para visitas entre os dias 6 e 8 de agosto. Viagem de instrução dos cadetes de 2.º ano da Escola Naval

O NRP Sagres encontrase a realizar, desde 21 de julho, a viagem de instrução dos cadetes de 2.º ano da Escola Naval, na qual os futuros oficiais da Marinha têm desenvolvido competências essenciais para a sua formação.

Durante a viagem, os cadetes têm vindo a desenvolver competências para a sua formação enquanto futuros oficiais da Marinha, através

de atividades como navegação astronómica, fainas de mastros, briefings ao Comando, exercícios de tiro, simulações de homem ao mar e de combate a incêndios.

O NRP Sagres terminou a participação na Tall Ships Race 2025 na Dinamarca, largou no sábado, 8 de agosto, do porto de Esbjerg, onde participou num desfile naval que contou com mais de 40 veleiros de 18 países.

Exercício de navegação astronómica
Fainas de mastros
Exercício de combate a incêndios

Durante a estadia na Dinamarca, que decorreu entre os dias 5 e 8 de agosto, o navio-escola da Marinha Portuguesa, a sua guarnição e os cadetes da Escola Naval encontra-se a realizar a viagem de instrução, participaram em diversos eventos culturais e desportivos, reforçando os laços de amizade entre as nações, aproveitando para promover a cultura e tradições marítimas de Portugal.

Ao longo deste período, o NRP Sagres recebeu mais de 13 300 visitantes, que tiveram oportunidade de conhecer o “Embaixador Itinerante de Portugal”. Foi ainda efetuada uma receção de apoio à Embaixada de Portugal na Dinamarca que contou com a presença de vários portugueses a residir na Dinamarca. O NRP Sagres encontrase a realizar a viagem de ins-

O NRP Sagres atracou pela primeira vez no porto de Esbjerg, Dinamarca, naquele que é o seu 170º porto estrangeiro
O Porto de Dunquerque foi uma das paragens das Tall Ships
Percurso pelo Canal da Mancha e pelo Mar do Norte
O Porto de Esbjerg será o quinto e último porto

trução dos cadetes de 2º ano da Escola Naval. Está previsto que a viagem termine no dia 6 de setembro, data em que o navio regressa a Portugal.

Tall Ships Race 2025

As Tall Ships Races 2025 levarão a majestosa frota de Tall Ships pelo Canal da Mancha e pelo Mar do Norte até Le Havre, Dunquerque, Aberdeen, Kristiansand e Esbjerg.

Como porto anfitrião, Esbjerg será o quinto e último porto, com a frota a chegar a Esbjerg em agosto de 2025, após visitar Le Havre no dia 4 de julho, Dunkirk a 10 de Julho, Aberdeen a 19 de Julho e Kristiansand a 30 de Julho.

As Tall Ships em Esbjerg
Visitantes aproveitam os Tall Ships, em Esbjerg
O NRP Sagres representou a Marinha e Portugal neste evento Trabalhos de beneficiação e limpeza
O NRP Sagres esteve aberto ao público para visitas entre os dias 6 e 8 de agosto

O evento teve início a 4 de julho, e prolongou-se até sábado, 9 de agosto, com quatro regatas e um cruzeiro

panorâmico na companhia.

Com portos anfitriões de quatro países, França, Reino Unido, Noruega e Dinamarca, as

Regatas de Navios Altos de 2025 abrangerão tudo o que a região do Canal da Mancha e do Mar do Norte tem para

oferecer.

Tendo o prazer de receber estes cinco portos anfitriões, cada um com uma história fantástica na organização de eventos marítimos de classe mundial. As Regatas de Navios Altos oferecem sempre a oportunidade perfeita para participar numa grande navegação e embarcar na aventura de uma vida no mar. Reúnem pessoas de diferentes nacionalidades, religiões e culturas e visitam uma variedade de portos internacionais, promovendo a amizade e a compreensão mútua.

As Tall Ships Races transformam a vida de milhares de jovens todos os anos, a maioria dos quais nunca tinha navegado antes. Participar numa viagem de treino de vela ajuda os jovens a ganhar confiança, a descobrir pontos fortes escondidos e a desenvolver as competências necessárias para terem sucesso na vida adulta.

O NRP Sagres largou no sábado 8 de agosto, do porto de Esbjerg

Magic Quantum Racing Vence Após Semana Ventosa em Cascais

A equipa American Magic Quantum Racing dos USA, de Doug DeVos, sagrouse Campeã do Mundo Rolex TP52 2025 em Cascais, num campeonato com 13 veleiros TP 52 em representação de 9 países, sempre com ondulação e grande ventania.

Aformação norte-americana junta veteranos consagrados como o tático Terry Hutchinson, Sean Clarkson, James Dagg, Matt Cassidy e Greg Gendell, todos eles vencedores anteriores de mundiais TP52, com uma nova geração promissora, incluindo Harry Melges IV, que aos 24 anos se torna o mais jovem timoneiro a conquistar o título, e Sara Stone, a primeira navegadora feminina a vencer um... É a oitava vez que a Quantum vence o campeonato mundial, mas Hutchinson, experieníses te como poucos, admitiu na marina de Cascais

que este foi o mais difícil de todos. A equipa foi levada ao limite na última perna da 10.ª e decisiva regata pelos franceses da Paprec, liderados por Jean-Luc Petithuguenin, que mostraram grande evolução e competitividade.

Durante a semana, a equipa francesa chegou a liderar e manteve-se sempre entre os três primeiros, acabando a apenas um ponto dos americanos, um desfecho de cortar a respiração, depois de chegarem a tocar virtual-

mente o troféu durante a regata final.

O regresso a Cascais, em busca dos lendários ventos fortes e ondulação significativa para a principal regata do ano, não decepcionou. Os 13 veleiros, de nove países, en-

frentaram condições exigentes. Apenas um dia teve vento fraco e uma única regata. O último dia obrigou a deslocar o campo de regatas para junto da foz do rio, criando um campo emocionante com rajadas fortes e bolsas de vento fraco.

Tricampeonato em Cascais, a força mental foi decisiva Cascais tem um significado especial para a classe TP52 e, em particular, Hutchinson e a American Magic. Esta foi

a terceira vitória da equipa do New York Yacht Club em mundiais disputados nesta vila náutica de referência. Hutchinson confessou: “Este título é muito especial. O Harry e os rapazes fizeram um trabalho incrível hoje.

Foi um dia verdadeiramente desafiante. Quando penso bem, houve muitas coisas que correram bem, mas quando correram mal... foi mesmo mau. Damos nota máxima à nossa força mental....

“Este título, e o de 2022 com o Doug DeVos, são os mais especiais. E fazê-lo com esta equipa, sabendo o potencial que temos, mas continuando a tropeçar em nós próprios... A conversa esta manhã foi: estamos

a competir connosco próprios. Existem grandes equipas, mas temos de fazer o nosso melhor. Nada bate a sensação de vencer. E esta vitória foi a mais difícil, por causa do último dia. Em 2022, navegámos

praticamente sempre com J1 e J1.5, até que no último dia apareceu o vento. Aqui, nunca sabíamos o qu...

“Je ne regrette rien…”

A equipa francesa liderada pelo lendário Loïck Peyron sai de Cascais de cabeça er-

guida. Durante toda a semana colocaram os americanos sob pressão, muitas vezes com vantagem. Mostraram grande confiança, velocidade e excelente desempenho geral, especialmente nas popas com vento forte. Peyron, aos

65 anos, continua com a energia e curiosidade de sempre: “Estou feliz. Estou aqui para aprender. Aprendo com uma tripulação excelente, um armador feliz, um barco magnífico, e contra equipas igualmente espetaculare... “

Sled no pódio pelo segundo ano consecutivo

A equipa Sled, de Takashi Okura, repetiu o pódio mundial pelo segundo ano consecutivo. Num dia marcado por condições instáveis e rajadas imprevisíveis, autêntica roleta, não conseguiram recuperar os pontos necessários para desafiar os dois primeiros classificados.

Don Cowie (NZL), trimmer da vela grande do Sled, comentou: “Estamos um pouco desiludidos porque viemos para vencer e não conseguimos. Mas estamos felizes, são dois pódios consecutivos no mundial. O último dia foi muito complicado para a equipa de popa, com ventos a oscilar entre os 27 e os 8 nós. Partimos um spinnaker na última regata, o que não ajudou. Estamos fortes no circuito e vamos ter de apertar com a American Magic para os apanhar. Estamos contentes com o segundo lugar após três etapas.”

Tony Norris, da equipa Phoenix dos Plattner, foi o melhor owner-driver da competição.

Notícias do Surf Clube de Viana

Celta e Luso Galaico Juntam os Talentos da Eurorregião em Viana

O primeiro fim de semana de agosto, 1 a 3, foi o eleito para celebrar a 2ª Liga CELTA e o 26º LUSO GALAICO (LG), uma organização conjunta do Surf Clube de Viana e da Federacion Galega de Surf.

Apraia da Arda, em Afife, presenteou os competidores com uma ondulação consistente, a variar entre o 0,5 e 1 metro, acompanhado de altas temperaturas a rondar os 30ºC, para o deleite da comunidade surfista. Participaram nos dois eventos mais de 80 atletas.

O Celta, evento dedicado aos escalões de formação (sub 18) teve, este ano, o formato de prova única, tendo saído vencedores os surfistas Gonzalo Trapero e Ana Piñon, ambos da Galiza. No próximo ano, 2026, a Liga CELTA voltará ao formato de circuito com provas em ambos os territórios.

O Luso Galaico soma vinte e seis anos de competição em território português conti-

Finalista Surf Feminino
Felipe Birkett Rodriguez vencedor Surf Open LG 2025

nuando a potenciar o surfing do Norte de Portugal e da Galiza, estreitando as relações, fortalecendo a identidade cultural e impulsionando o turismo na Eurorregião dando assim um contributo notável para a cidade de Viana do Castelo como Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2025.

Em destaque ficou o atleta do SCV, Felipe Rodriguez, que se tornou bicampeão Surf Open. “É sempre um prazer competir num campeonato com tanta história e significado. O ambiente na praia, a camaradagem entre atletas e a união desta comunidade luso galaica tornam o evento mesmo muito especial”

No Bodyboard Open a vitória foi para o atleta poveiro de renome internacional, Ricardo Rosmaninho, que triunfou perante os difíceis adversários. “Agradeço ao SCV pela excelente organização de mais uma edição do LG, evento que já formou e lançou muitos atletas e para mim é sempre um prazer especial surfar nesta lindíssima praia”.

No Surf Feminino a vitória foi para a surfista galega Daniela Alonso e no Bodyboard Feminino a vencedora foi a jovem promessa nacional Lu-

ana Dourado. No Longboard Open o vencedor foi Philippe De Goyri.

De destacar ainda a prestação do atleta do SCV e revelação do LG, Tomás Carvalho que ficou em 4º na final de Surf Open. “Para mim foi muito importante chegar à final porque foi um ano difícil em termos de resultados desportivos, por isso sintome super feliz com o meu desempenho pois era um resultado que já ambicionava há muito tempo”.

Charlie Gajewski, treinador

e juiz da Deutscher Wellenreit Verband (Federação Alemã de Surf), está atualmente a realizar um estágio no Surf Clube de Viana. Este estágio incluiu a sua participação como juíz na Liga Celta e Luso Galaico, no âmbito do programa de mobilidade Erasmus+ Sport da Comissão Europeia. O próprio afirmou que: “foi uma experiência muito positiva e de grande aprendizagem. Estou muito grato por ter vivido este evento desde a relação pessoal com a equipa técnica e tra-

balho técnico realizado.”

Para João Zamith, presidente da direção do SCV: “o Luso Galaico é um clássico evento anual de surfing, um dos mais antigos da Europa, que promove, para homens e mulheres, três modalidades: surf, bodyboard e longboard. Trata-se de um evento de formação no qual já competiram muitos talentos do surfing tornando o LG uma referência internacional”.

Boas Ondas! Melhor Surf!

Luana Dourado vencedora Bodyboard
Tomás Carvalho surfista revelação
Vencedor LG Surf Open 2025

Notícias da Transinsular

Transinsular Lança Novo Serviço Para os Açores

A Transinsular lança novo serviço e aumenta capacidade no transporte marítimo para os Açores, com novo navio e frequência semanal a partir de Setembro.

Onovo navio adiciona capacidade para assegurar o crescimento significativo da região oferecendo uma maior pontualidade, frequência e uma cobertura ampla, com escalas semanais, reforçando o compromisso da Transinsular com a população e agentes económicos da Região Autónoma.

A Transinsular, empresa

do Grupo ETE, anuncia a reestruturação do serviço regular de transporte marítimo da Região Autónoma dos Açores (RAA), apresentando um novo serviço “Transinsular Expresso +” e introduzindo mais um navio a motor (NM), o “ETE Portugal” - dedicado exclusivamente à RAA, reforçando o seu propósito de fomentar o desenvolvimento, integrar territórios e impulsio-

nar o crescimento económico das comunidades açorianas por meio da logística marítima.

O novo navio “ETE Portugal” com 100 metros de comprimento e com capacidade de 220 TEUs, operará no serviço “Transinsular Expresso +” em conjunto com os navios Ilha da Madeira, Insular, Monte da Guia e Margarethe, fazendo a liga-

ção entre o Continente e a RAA, com saídas semanais de Lisboa e Leixões.

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00

Editor: João Carlos Reis - joao.reis@noticiasdomar.pt - Tlm: 93 512 13 22

Publicidade: publicidade@noticiasdomar.pt

Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com

Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia

Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, André Santos, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing

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