Em 2011, foi aprovado na câmara municipal do Rio de janeiro a meia passagem universitária para os estudantes bolsistas do ProUni e do sistema de cotas das universidades públicas. Pela proposta, cada estudante poderá usar, no máximo, duas meias passagens por dia, ou seja, 44 por mês, sendo essas não cumulativas. Nós da oposição de esquerda reconhecemos que a meia passagem é um avanço na questão da assistência estudantil, mas é um avanço que traz consigo um retrocesso. Essa medida foi aprovada em troca do apoio da UNE à campanha de Eduardo Paes para prefeito do Rio. A UNE hoje faz a clara opção de preferir atuar dentro dos gabinetes dos políticos do que na rua com os estudantes. Logo, o que vimos foi a UNE fazendo um favor aos empresários das empresas de ônibus, pois essas passagens são subsidiadas com dinheiro público, ao invés de serem pagas pelas empresas. Esse dinheiro poderia ser aplicado em investimentos para educação. Pior é ver que logo após a aprovação da lei, as passagens aumentaram para R$2,50. Se a UNE estivesse ao lado dos estudantes, teria barrado as emendas que restringiram a lei do meio passe, estaria avançando na luta pelo passe-livre para todos os estudantes e contra o aumento das passagens. Queremos Passe Livre já
Vimos no ano passado uma enorme discussão sobre os royalties do petróleo do Rio. As lágrimas do governador escondem os verdadeiros recursos gerados pelo petróleo. O que a mídia grande não diz é que os royalties são taxas sobre a exploração. Quem explora é que ganha mais. Hoje com os leilões de poços de petróleo criados por FHC e mantidos por Lula e Dilma fazem a Petrobras ser apenas mais uma empresa que compete pelos poços junto com a Texaco, Esso, etc. Fazemos parte de uma campanha que reúne diversos movimentos sociais que querem 100% do petróleo para o povo brasileiro. “O Petróleo Tem Que Ser Nosso!” é o lema daqueles que acham que essa riqueza pode ser investida na Educação, Saúde, Reforma Agrária e Urbana. A UNE na década de 1940 lutou na campanha “O Petróleo é Nosso!” que garantiu o monopólio estatal do petróleo e a criação da Petrobras. Hoje a UNE, mesmo na campanha em defesa do petróleo, limita a querer 50% do fundo social do Pré-Sal para Educação. Fundo esse que não se sabe de quanto será. Ou seja, 50% de nada é nada! Além disso, a exploração do petróleo do Pré-Sal pode acarretar danos ambientais que ainda não se tem conhecimento. O uso dos recursos naturais não pode significar seu consumo indiscriminado, precisamos produzir novas fontes de energia que sejam menos poluentes que o petróleo. – Em defesa de uma Petrobras 100% pública e estatal; – Pelo monopólio da extração do petróleo pela Petrobras; – Investimentos dos rendimentos do Petróleo em áreas sociais; – Investimento em matrizes energéticas limpas e renováveis que ser nosso!
Nossa tese é um convite a todos os estudantes presentes nesse congresso para que se Levantem. É preciso um Levante contra as mensalidades abusivas, contra a perseguição aos inadimplentes, contra as taxas de documentos, contra o sucateamento das universidades públicas e em defesa de uma educação de qualidade para todos. É preciso um Levante para mudar os rumos da UEE, garantindo a ampla autonomia da entidade frente a partidos, governos e reitoria. É urgente se levantar contra os DCE'S fantasmas que só aparecem em época de congresso da UNE e da UEE. Um Levante contra o racismo, o machismo, a homofobia, em defesa de um PROUNI com assistência estudantil e sem isenção fiscal aos tubarões do ensino. É importante que nos organizemos como os professores, os bombeiros, os moradores de favela, os atingidos pelas enchentes e pelas remoções a força e todos aqueles que não se conformam com um mundo em que tão poucos fiquem com muitas riquezas e a maioria fique com o pouco que sobra, na pobreza. Acreditamos que apenas com a nossa mobilização no dia a dia tomando as ruas e as salas de aula poderemos mudar a realidade e é por isso que estamos neste congresso, para que cada vez mais estudantes estejam construindo esse levante conosco.