Jornal DCE UFF Agosto 2007

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Em 1997, a Companhia Vale do Rio Doce, patrimônio do povo brasileiro, construído com o suor dos trabalhadores, foi vendida ao capital privado a preço de banana através de um leilão fraudulento. O preço da Companhia foi avaliado em 92,64 bilhões, porém a Vale foi vendida por 3,3 bilhões, valor inferior ao lucro da empresa em 3 meses. 10 anos depois na Semana da Pátria, de 1º a 9 de setembro, os movimentos sociais se organizam para fazer um plebiscito que peça a anulação desse leilão e diga não à todos os ataques que a população brasileira sofre com o neoliberalismo, implementado hoje pelo governo federal, governos estaduais e municipais. O DCE-UFF e vários Centros e Diretórios Acadêmicos da UFF estão participando dessa campanha pelo Comitê de Niterói. Nesse momento, há uma grande disputa em torno do assunto das privatizações, tanto que os donos da Vale do Rio Doce fazem uma intensa campanha midiática que tem como objetivo desmoralizar os movimentos sociais que organizam esse plebiscito e propagandear a empresa privatizada como sendo algo benéfico para o país. Por outro lado, os trabalhadores da empresa também organizam o plebiscito e reivindicam seus direitos. A população trabalhadora sofre com o verdadeiro roubo dos seus direitos e seu patrimônio. O governo, cada dia mais, vende o patrimônio do povo brasileiro com processos como os leilões da Petrobrás e vende direitos através das reformas previdenciária, trabalhista, sindical e universitária. É de fundamental importância que todos participem desse plebiscito e digam um grande NÃO aos ataques que os trabalhadores e jovens vêm sofrendo. As quatro perguntas são: 1. Em 1997, a companhia vale do rio doce – patrimônio construído pelo povo brasileiro - foi fraudulentamente privatizada, ação que o governo e o poder judiciário podem anular. A vale deve continuar nas mãos do capital privado? 2. O governo deve continuar priorizando o pagamento dos juros da dívida externa e interna,

em vez de investir na melhoria das condições de vida e trabalho do povo brasileiro? 3. Você concorda que a energia elétrica continue sendo explorada pelo capital privado, com o povo pagando até 8 vezes mais que as grandes empresas? 4. Você concorda com uma reforma da previdência que retire direitos dos trabalhadores/as? Para saber mais, acesse o sítio virtual: http://avaleenossa.org.br/

Foi organizada, entre os dias 20 a 24 de agosto, a Jornada de Lutas em defesa da Educação Pública com diversos setores do movimento estudantil e social, com a iniciativa do MST. Ocorreram atos e ocupações por todo o país em defesa de uma pauta unitária com 18 pontos incorporando pautas históricas do movimento social como o livre acesso e a autonomia das Universidades e os 7% do PIB para a Educação. O DCE-UFF, que participa da Frente de Luta contra a Reforma Universitária, esteve nos atos ocorridos no Rio de Janeiro (a ocupação dos IFCS do dia 20 e o ato que acabou em frente ao MEC no dia 22) levando suas bandeiras contra

O governo Lula apresentou projeto de lei que transforma os hospitais públicos em fundação estatal de direito privado, ou seja, retira o controle do poder público sobre a gestão dos 45 hospitais universitários e entrega nas mãos de fundações privadas. Essa medida retira a estabilidade dos funcionários que passam a trabalhar por contratos temporários e ausenta o poder publico da responsabilidade da manutenção dos hospitais permitindo que essas fundações tratem como melhor lhe convier de administrar os hospitais, podendo inclusive buscar formas de “autofinanciamento”, ou seja cobrança pelos serviços que hoje são públicos . O decreto deve ser aprovado nos conselhos universitários para que entre em vigor nas

os ataques do governo à educação como a luta contra a Reforma Universitária e contra o decreto do REUNI, como deliberado em nossas assembléias. Depois de muito tempo, o movimento estudantil se unificou, desde o setor majoritário da UNE, Frente de Oposição de Esquerda da UNE, CONLUTE, movimento secundarista e outros. Essa unidade é muito importante porque coloca em contradição os setores que apóiam a Reforma Universitária e as medidas do governo federal, pois ao mesmo tempo que defendem os 18 pontos, apóiam medidas que enfrentam diretamente essa pauta.

respectivas universidades. Essa medida privatizante tem sido muito contestada pela maioria do movimento em defesa da saúde pública, o conselho nacional de saúde por exemplo se posicionou contrariamente a transformação dos hospitais em fundação. Os trabalhadores das universidades entraram em greve, e muitas mobilizações vem acontecendo pelo país. Aqui na UFF, a mobilização dos servidores, estudantes e professores impediu a transformação do HUAP (hospital universitário Antonio Pedro) em fundação, já foi deliberado em conselho Universitário e nosso hospital continua público. Os servidores, estudantes e professores da UFF, através de suas entidades representativas tem se organizado para influir nessa questão para além dos muros de nossa universidade e participaram da Conferencia Municipal de Saúde de Niterói onde mesmo sobre grande influência da prefeitura que defende o projeto, sobre a maioria dos delegados, conseguimos aprovar resolução contraria a transformação de Hospitais públicos em fundação. A mobilização não pode parar, ajude nos a garantir uma saúde realmente publica gratuita e de qualidade.


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