EDIÇÃO
especial
A
www.
.com
Sexta-feira, 28 de agosto de 2015 /jornaldefatorn
@defato_rn
/photos/jornaldefatorn
30 anos de devoção ao jornalismo
té meus 15 anos não imaginava o jornalismo em minha vida. Sonhava ser jogador de futebol. Profissional. Naquela época, finalzinho dos anos 70, corria nos campos de barro, campeonatos amadores, sempre nos finais de semana. Até escalei degraus, chegando ao “topo” com a participação no 1.º Torneio Norte/Nordeste de Juvenil, realizado no Machadão e no velho Juvenal Lamartine, em Natal, vestindo a camisa alvirrubra do Potiguar, apesar de ser tricolor do Baraúnas desde criancinha. O estilo volante clássico, que desarmava o adversário sem fazer falta e saía para o jogo com bom passe, não foi suficiente para transformar em realidade o sonho de menino; nem resistiu à paixão avassaladora que tomou de assalto o coração adolescente: o jornalismo. Coube ao jornalista-publicitário Phabiano Santos, meu irmão, fazer a apresentação do conquistado ao conquistador: “César, este é o jornalismo; jornalismo, este é César.” Era 5 de junho de 1985, na redação do centenário O Mossoroense, que estava reabrindo depois do período imerso pelas águas do rio Mossoró, consequência da última enchente. Phabiano era o editor-chefe da nova fase do jornal de Jeremias da Rocha. Antes, havia passado pelas rádios AM Difusora de Mossoró (secretário do programa J. Belmont Comunica Show) e Libertadora (repórter esportivo, depois de economia). Entre os anos de 1982/1984. Nada, porém, se comparando ao primeiro dia na redação do jornal O Mossoroense. Foi amor à primeira vista, que percorreu todo o ritual dos grandes e eternos amores: a primeira reportagem, o primeiro texto (em máquina de datilografia), o primeiro “furo”, a primeira editoria, até o casamento, De Fato, para sempre. E como em todo casamento bem sucedido se constrói uma família, com base na lealdade e no companheirismo, eu ganhei a minha. Jovens sonhadores da geração de 1985, formados na redação de O Mossoroense, que imaginavam um dia gerar para o mundo um jornal com linha gráficoeditorial diferente dos que já circulavam no mercado local e estadual. Eu acabara de sair do jornal Gazeta do Oeste, interrompendo uma relação de 12 anos. Era finalzinho de abril do ano 2000. Abriu-se, aí, a cortina do horizonte para sonhos acalentados, porém com a certeza de que havia chegado a hora para torná-los realidade. Decidi: Mossoró e o Rio Grande do Norte ganharão um novo jornal. Tive a parceria do jornalista Carlos Santos, pinçado daquela geração 80,
Marcos Garcia
“
...ainda me sinto um aprendiz, iniciante, ávido pela reportagem que constrói a notícia, como todo jornalista que encontra na profissão o seu projeto de vida."
e que teve papel de fundamental importância para a materialização do projeto. Deu a sua importante parcela de contribuição, para depois seguir seu caminho livre do ritmo “alucinado” das redações. E, finalmente, no dia 28 de agosto de 2000, numa noite
de segunda-feira memorável, nascia o JORNAL DE FATO. Com cara do novo jornalismo, proposta fincada em linha editorial diferenciada, atendendo não apenas à geração de jovens jornalistas sonhadores, mas também o apelo do leitor que reclamava a falta do Jornalismo de Verdade. O JORNAL DE FATO alcança hoje seus 15 anos de existência, com enorme sucesso, alicerçado pela qualidade e credibilidade, atestado nas conquistas como o Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo (duas vezes entre as cinco melhores publicações do País, em 2005 e 2007), Prêmio Fiern de Jornalismo, Prêmio Petrobras de Jornalismo, Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo, Prêmio Dorian Jorge Freire de Jornalismo, dentre tantos outros não menos importantes. E com a certeza de que ainda tem muito a oferecer e a conquistar. Ao mesmo tempo, 30 anos depois do primeiro passo na redação de jornal e de ter percorrido um caminho de dedicação e lealdade à cartilha do jornalismo, ainda me sinto um aprendiz, iniciante, ávido pela reportagem que constrói a notícia, como todo jornalista que encontra na profissão o seu projeto de vida. Vamos continuar sonhando o sonho de quem, como nós, tem no jornalismo a sua religião.
IMAGENS DE TRÊS DÉCADAS
)) 1985 - Entrevistando o padre Sátiro Cavalcanti então
reitor da Uern, ao lado de José Geraldo (in-memorian)
CIANO MAGNTA AMARELO PRETO
)) 1991 - Na redação da Gazeta do Oeste, na época trabalhando com máquina de datilografia
)) 2006 - Fazendo a abertura do Seminário de Marketing Político e Eleitoral promoviudo pelo Jornal de Fato