
Outubro/Novembro 2025 Série 2 Número 359

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Outubro/Novembro 2025 Série 2 Número 359









MERCADO
Biometano chega de vez ao mercado: gás renovável produzido pela Cocal começa a chegar a clientes comerciais de Presidente Prudente (SP), enquanto decreto de regulamentação foi publicado em setembro e oficializa o ecossistema do gás também feito de cana...............6
Safra 2026/27 tende a ser maior: o ciclo 25/26 no Centro-Sul tende a terminar com moagem de até 600 milhões de toneladas, segundo projeções, mas o próximo deverá ofertar mais cana-deaçúcar, por conta do aumento das renovações de canaviais e da expectativa de chuvas próximas da normalidade .........................................................................8
Prêmio Produtividade do IAC tem disputa acirrada: 243 empresas, responsáveis por 63% da área canavieira do Brasil, disputaram o 3º Prêmio Produtividade com Modernidade do IAC, vencido pela Usina Uberaba. .....................................................................9
Esta edição traz 7 análises escritas com exclusividade por empresários e especialistas em bioenergia. Confira alguns deles:
Gerson Ferreira, executivo em Finanças e Controladoria, discorre sobre hedge e derivativos.............................................................................10
Tânia Foster Carneiro e Hudson Zanin, da Unicamp, apresentam calculadora de biogás lançada pela Universidade e que acelera a transição para soluções mais sustentáveis ................12 Miguel Ivan de Lacerda destaca as NETs, que “são o futuro econômico e ambiental da bioenergia brasileira..............................................................................18
Zanini Renk e o poder da transformação no setor sucroenergético .....................22 e 23
Delcy Mac Cruz - redacao@procana.com.br

A safra 2025/26 entra na reta final na região Centro-Sul com estados, como Minas Gerais, encerrando as operações bem antes na comparação com o ciclo 24/25.
O fim antecipado já era esperado devido à estiagem, presente na maioria dos meses do ciclo – iniciado oficialmente em 1º de abril e com término em 31 de março próximo. A seca favoreceu a colheita, embora tenha reduzido a qualidade dos canaviais.
Os dados atualizados serão divulgados em novembro, mas as projeções apontam para uma moagem de cana de até 600 milhões de toneladas no Centro-Sul.
Se confirmada, a estimativa será 10 milhões de toneladas abaixo do apurado na 24/25 no Centro-Sul. Por sua vez, a safra 2026/27 deverá ser mais produtiva, conforme as primeiras projeções - e que são tema de conteúdo nesta edição. Seja pela cana renovada após as queimadas de 2024, seja pela ampliação de canaviais, a projeção de consultorias aponta para uma moagem de 620 milhões de toneladas.
O ecossistema bioenergético torce pela confirmação. Por sua vez, o setor convive com ferramentas e tecnologias que atestam seu vigor e estão presentes nesta edição por meio de análises.
É o que destacam especialistas como Hudson Zanin e Tânia Foster Carneiro, da Unicamp. Em seu artigo, eles relatam sobre a Calculadora Biomassa2Biogás, software de código aberto que transforma resíduos como bagaço de cana em estimativas precisas de geração de biogás. Trata-se de uma novidade estratégica para gestores das unidades bioenergéticas terem informações precisas sobre quanto de fato podem gerar de biogás, fonte para produzir eletricidade ou, em forma gasosa, se tornar biometano.
Por sua vez Jaime Finguerut, do Conselho do Instituto de Tecnologia Canavieira (ITC), analisa se o etanol de cana e o de milho competem entre si.
Monalisa Sampaio Carneiro, especialista em biotecnologia da UFSCar, é a primeira mulher a assumir a presidência do Comitê Executivo da Sociedade Internacional de Tecnólogos da Canade-Açúcar (ISSCT).......................................................................30
Cobertura do MasterCana Centro-Sul & Social 2025, realizado em 11 de agosto no Multiplan Hall, em Ribeirão Preto (SP), com a presença de 500 convidados. ............................32 a 38
“Tu és o meu refúgio e o meu escudo; na tua palavra coloquei a minha esperança.”
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Outro tema ainda novo diz respeito às Tecnologias de Emissão Negativa (NETs), tema de análise de Miguel Ivan de Lacerda, o ‘pai’ do RenovaBio.
Segundo ele, o setor sucroenergético brasileiro, há muito tempo na linha de frente da transição energética global, se depara agora com a próxima grande fronteira e oportunidade: as NETs.
“Mais do que apenas reduzir emissões, essas tecnologias oferecem a promessa de remover CO2 da atmosfera, abrindo um novo e rentável capítulo para a bioenergia”, escreve.
Com análises e artigos exclusivos como os três citados, a versão impressa do JornalCana amplia sua contribuição para o ecossistema bioenergético. Ao lado do conteúdo informativo, esta edição divulga também a cobertura do MasterCana Centro-Sul & Social 2025, que reuniu mais de 500 convidados no Multiplan Hall, em Ribeirão Preto, em 11 de agosto. A edição também apresenta destaques do MasterCana Norte/Nordeste 2025, a ser realizado em 13 de novembro em Recife (PE).
Por fim, a próxima edição traz a cobertura do MasterCana Brasil & Award, realizado em 20 de outubro em São Paulo.
Editor Delcy Mac Cruz - (16) 9 9618.1901
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Decreto de regulamentação foi publicado em setembro e oficializa o ecossistema do gás também feito de cana
Combustível sustentável substituto do gás natural de origem fóssil, o biometano já é produzido por resíduos orgânicos da cana-de-açúcar e do lixo produzido nas cidades.
Cocal, Raízen e Adecoagro estão entre as companhias bioenergéticas que produzem o gás renovável, que promete descarbonizar setores como a indústria.
Outro atrativo do biometano é que ele pode ser processado sem a necessidade de adaptações nos equipamentos ou na infraestrutura de distribuição. Em resumo, o gás renovável abre novo – e potencial – mercado para o setor bioenergético brasileiro.
Esse mercado ganha reforço oficial com a publicação, em setembro último, do decreto de regulamentação do biometano.
Radar
O mercado brasileiro tem potencial
de sobra.
Até setembro, o país contava com 14 plantas em operação, capazes de gerar, juntas, 900 mil metros cúbicos (m3) de biometano por dia.
Esse volume, no entanto, é ínfimo comparado aos cerca de 50 milhões de m3 de gás natural consumidos dia-

riamente no território nacional. Para se ter ideia, em São Paulo, Estado com maior potencial de geração de biometano, será necessário investir de R$ 30 bilhões a R$ 46 bilhões na produção do gás renovável. Não é só: serão necessários mais outros R$ 2,9 bilhões em gasodutos, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Não basta, entretanto, investir em plantas produtoras. O biometano enfrenta gargalos no Brasil. Um deles é a proximidade de gasodutos das plantas produtoras. Se esses canais de distribuição estiverem dezenas de quilômetros da planta, a entrega do gás renovável fica comprometida ou precisa ser feita por meio de caminhões-tanque – o que injeta custos no processo.
O biometano produzido a partir de resíduos da cana-de-açúcar começa a chegar aos clientes comerciais. O renovável já era distribuído pela planta da bioenergética Cocal (veja na foto acima) a consumidores residenciais de Presidente Prudente, no interior paulista. Desde setembro, o biometano chega também a consumidores comerciais por meio de gasoduto da distribuidora Necta.
soduto de distribuição destinado exclusivamente à entrega de biometano no Brasil, iniciadas em junho, já estão 80% concluídas e devem ser finalizadas até dezembro.
tativa é atender em torno de 5 mil clientes já contratados em Presidente Prudente.
A expansão acrescentou 44 km de rede ao perímetro urbano.
As obras de expansão do primeiro ga-
Com a conclusão das obras, a expec-
O governo federal publicou em setembro o decreto que regulamenta o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano. Conforme o Ministério de Minas e Energia (MME), o decreto, oficializado em 05 de setembro de 2025, atende ao estabelecido na Lei número 14.993/2024, que institui o marco legal do programa Combustível do Futuro.
Mas o que muda com o decreto de regulamentação do biometano?
• Avanço: a medida é considerada um avanço regulatório relevante por consolidar o Brasil como referência na transição energéti-
ca global, ao definir metas obrigatórias de descarbonização para o segmento de gás natural, com destaque para o uso crescente do biometano.
• Certificado: o decreto estabelece a criação do Certificado de Garantia de Origem do Biometano (CGOB).
• Rastreabilidade: o instrumento será fundamental para assegurar a rastreabilidade da cadeia produtiva, permitir o cumprimento das metas de redução de emissões e viabilizar iniciativas voluntárias de descarbonização por empresas que adotem práticas sustentáveis.
• Potencial a partir da cana: o setor sucroenergético brasileiro, detentor do maior potencial de produção de biometano a par-

tir de subprodutos agroindustriais como a vinhaça e a torta de filtro, reitera seu papel estratégico na promoção de economia circular, com geração de empregos, atração de investimentos e aumento da competitividade nacional.
• Compromissos: “A utilização do biometano não apenas reforça os compromissos ambientais assumidos pelo Brasil, como também contribui de forma direta para a redução das emissões de gases de efeito estufa no setor energético e em outras áreas da economia brasileira”, destacam, em nota, a UNICA e a Bioenergia Brasil.
• Marco legal: “Bioenergia Brasil e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) parabenizam o Governo Federal e, em especial, o Ministério de Minas e Energia pela publicação do Decreto que regulamenta o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano, conforme estabelecido na Lei nº 14.993/2024, que institui o marco legal do programa Combustível do Futuro.”





Renovações de canaviais e avanço de novas variedades de cana na região CentroSul podem resultar em moagem maior diante do ciclo 25/26
Enquanto a safra 2025/26 segue firme nas unidades das regiões Norte e Nordeste, entra, como de costume, na reta final nas dos estados do Centro-Sul neste bimestre final do ano. Até a conclusão desta edição da versão impressa do JornalCana, o saldo final do ciclo em andamento estava encoberto de dúvidas.
A única certeza no Centro-Sul era do mix açucareiro. A safra, aliás, começou focada mais no adoçante e seguiu assim.
Mas o montante de cana processada foi tema de várias e várias projeções.
As mais otimistas previam 620 milhões de toneladas no Centro-Sul, 10 milhões acima do apurado na 24/25. As projeções menos otimistas ficam no máximo em 570 milhões de toneladas de cana.
Contudo, no Norte-Nordeste as estimativas de início da safra, em agosto, previam, na média, entre 55 e 60 milhões de toneladas de cana.
As primeiras projeções para o próximo ciclo nas unidades do Centro-Sul, divulgadas até o fechamento desta edição - na última semana de setembro - estão otimistas.
No fim de agosto, em artigo, Arnaldo
Correa, diretor da consultoria Archer Consulting, destacou: ser difícil fazer previsões quando nem consenso existe sobre a safra atual. Mas, segundo ele, alguns pontos merecem destaque.
“A tendência é termos uma recuperação importante, em razão das renovações de canaviais e do avanço das novas variedades de cana, o que pode
resultar em uma safra maior”, explica. “Qualquer número é chute, mas alguns analistas apontam 630-640 milhões de toneladas de cana para o Centro-Sul.”
Lembrou, contudo, que “logicamente, uma produção extraordinária traz consigo o risco de preços mais baixos.”

Para a empresa global de serviços financeiros StoneX, as unidades do Centro-Sul poderão ter 2026/27 a terceira maior safra de cana-de-açúcar já registrada pelos estados da região. Em estimativa divulgada na última semana de setembro, a empresa projeta moagem de 620,5 milhões de toneladas, alta de 3,6% em relação ao ciclo 2025/26.
Motivos da projeção positiva
A recuperação prevista decorre de três fatores principais:
1. o rejuvenescimento do canavial em 2026/27 após o aumento das renovações em 2024/25 e em 2025/26;
2. a expectativa de chuvas mais próximas da normalidade entre outubro e março e
3. a expansão da área colhida, que deve atingir 8 milhões de hectares, 1,8% acima do ciclo atual.
Conforme a StoneX, parte desse crescimento vem da recomposição de áreas afetadas pelas queimadas no período de julho a setembro de 2024, quando 420 mil hectares de áreas estavam sujeitos a incêndios, tanto em ponto de colheita quanto em áreas já
colhidas.
“A recuperação das áreas reformadas após as queimadas e o retorno esperado das chuvas criam um ambiente mais favorável para o setor. Esses fatores, somados ao rejuvenescimento do canavial, explicam a projeção de uma safra entre as maiores da história
A produtividade deve ter leve avanço, alcançando 77,5 toneladas por hectare, apesar da persistência de déficits hídricos em regiões como Triângulo Mineiro, Sul de Goiás e Noroeste Paulista, que ainda registram níveis de umidade do solo próximos às míni-

do Centro-Sul”, destaca o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Filho.
mas em 10 anos desde 2024. No campo dos derivados, a produção de açúcar é estimada em 42,1 milhões de toneladas, aumento de 5,7% e o
segundo maior volume da série histórica.
O crescimento será impulsionado pela maior moagem e pela normalização do Açúcar Total Recuperável (ATR), previsto em 138,8 kg/ton, alta de 2,4% em relação ao ciclo atual. A expectativa é de exportações próximas ao recorde de 2024, com excedente em torno de 34 milhões de toneladas. O etanol também terá destaque com uma estimativa de produção total ampliada pelo avanço do milho, cuja oferta pode alcançar 11,4 bilhões de litros, crescimento de 17,5% frente ao ciclo 2025/26, respondendo por quase um terço do volume da região. Já o hidratado de cana deve atingir 14,6 bilhões de litros, aumento de 8,2%.
Etanol de milho ganha protagonismo no Nordeste
No Norte-Nordeste, a moagem de cana em 2025/26 deve se manter praticamente estável, em 57,3 milhões de toneladas, leve queda de 0,5% sobre o ciclo anterior. A produção de açúcar, no entanto, tende a recuar 1,9%, para 3,65 milhões de toneladas, refletindo a normalização do ATR após resultados recordes em 2024/25.
Evento recebeu inscrições de 243 empresas, responsáveis pela colheita de 63% da área canavieira do Brasil
A 3ª edição do Prêmio Produtividade com Modernidade do Programa Cana do Instituto Agronômico (IAC) recebeu inscrições de 243 empresas, todas com produção superior a 500 mil toneladas, em 13 estados. Juntas essas empresas colhem 63% da área de cana-de-açúcar no Brasil.

A cerimônia de premiação foi em 10 de setembro no auditório do Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto. O Prêmio integra o maior levantamento do Brasil, para apurar a produtividade de cana com o uso de variedades mais modernas, e analisou 5,5 milhões de hectares de canaviais para se chegar aos premiados em 13 regiões, mais o Prêmio Nacional.
Meritocracia é a palavra-chave desse Prêmio que considera o número de toneladas de ATR por hectare, obtido pela média aritmética dos cinco primeiros cortes (TAH5) e o índice de liberação varietal (ILV), que revela a idade média das variedades utilizadas, que quando associados, geram o Índice IAC de Produtividade com Modernidade (IPM). A transparência, e a abrangência dos dados, demonstram a dinâmica do setor canavieiro, muito afeito às interações com o ambiente edafoclimático.
A grande vencedora do 3º Prêmio Produtividade com Modernidade foi a usina Uberaba, do estado de Minas Gerais, apresentando Índice IAC de Produtividade com Modernidade (IPM) de 14,16.
Ficaram evidentes, nesses três anos de avaliação, os excelentes resultados para o IPM da Usina Uberaba, que foi de 64% acima da média geral no primeiro Prêmio (safra 2022/23), 64% no segundo (safra 2023/24) e 89% nesta edição.
Segundo Rubens Braga Junior, Consultor do IAC, a produtividade tem
muita relação com o ano agrícola, e os três últimos anos foram muito diferentes, por isso a importância de ter a ciência como parâmetro para avaliar os melhores de cada região.
“Na safra 2024/25, a usina Uberaba se destacou pelo resultado excepcional, muito acima das demais unidades produtoras. A Uberaba melhorou seu resultado na última safra, apesar de um ano agrícola bem mais restritivo que o anterior”, explicou Rubens.
Conheça os vencedores:
PRÊMIO NACIONAL DE PRODUTIVIDADE e Região do Triângulo
Mineiro – USINA UBERABA –
Grupo Balbo
Estado de Alagoas – Usina CAETÉ – Grupo Carlos Lyra
Estado do Paraná – IGUATEMI –
Grupo Santa Terezinha
Estados da região Norte/Nordeste, exceto Alagoas e Tocantins
– Usina PETRIBU/PE – Grupo Petribu
Estados de Goiás e Tocantins –
Destilaria DENUSA – Grupo NOVA
UNIAO
Estados de Minas Gerais (Região Norte e Centro-Leste), Espírito Santo e Rio de Janeiro – Usina PASSOS – Grupo Ipiranga
Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – Usina RIO BRILHANTE
Região de Araçatuba/SP – Usina
DIANA
Região de Assis/SP – Usina SÃO LUIZ SA – Grupo Quagliato
Região de Jaú/SP – Usina FERRARI – Matriz – Grupo Ferrari
Região de Piracicaba/SP – Usina
SANTA LUCIA – Grupo Ometto Região de Ribeirão Preto/SP –
Usina ALTA MOGIANA –Grupo Lincoln Junqueira Região de São José do Rio Preto/SP – Usina CONTINENTAL – Grupo Raízen
Além dessas foram premiadas as empresas CANACAMPO e COX ENERGY que ficaram entre as TOP10 Nacionais.
Segundo Marcos Landell, Diretor Geral do Instituto Agronômico, esses três anos do Prêmio Produtividade com Modernidade mostraram experiências exitosas daqueles que acreditaram na ciência para mudar o perfil de produção. Que não tiveram receio de encarar a produtividade como uma construção que começa sim com a escolha da variedade e o plantio em si, mas que se consolida com uma “ambiência” positiva, que utiliza os recursos da inovação, e da observação, para enfrentar as dificuldades do ambiente.


GERSON FERREIRA*
A Governança Corporativa considera a Gestão de Risco um tema pacificado e fundamental para gerir os negócios da Empresas.
Falando um pouco da história, derivativos remontam de muitos anos, por volta 1.700 a.C. Jacó compra o direito de se casar com Raquel, filha de Lobão. Aristóteles fala do filósofo e matemático Grego, Tales de Mileto, que ficou rico comprando o direito de usar as colheitadeiras de azeitonas por volta de 600 a.C.
No Século XVII as compras de opções de bulbos de tulipas na Holanda, e contratos de arroz no Japão, outros exemplos também. Estas citações têm o objetivo de provocar a leitura e pesquisa sobre o tema.
O hedge e derivativos se confundem porque os derivativos podem ser especulativos e para proteção também, tanto para o preço das comodities como para a moeda.
Partindo da grande crise do petróleo em 1973, quando o Sistema Bretton
Woods teve seu fim e levou o câmbio para a chamada flutuação suja, os países e mercados foram em busca de proteção (hedge) derivados ou não. Lembre-se o derivado nunca é mais importante que o principal.
Vemos que este desafio de buscar proteção para os negócios Empresariais sempre foi algo que exige muito estudo, experiência e dedicação para identificar a real necessidade de cada Empresa.
Vender ou comprar no físico ou no futuro segue a mesma lógica, uma boa velocidade buscando construir a melhor média no período determinado. Gestão de Risco é uma matéria multidisciplinar, assim dentro de nossas Empresas devemos envolver o Comercial, Financeiro, Contabilidade para testar as as teses e operações sugeridas.
Toda e qualquer operação deve passar por um DRE simulado para exercitar e testar a viabilidade da operação, usando o teste de stress, nos limites mínimos e máximos, para ver o que aconteceria com o resultado para
Empresa. Na dúvida não devemos fazer e buscar novas alternativas. Depois de mais de 30 anos em Empresas Exportadoras, vivi a experiencia com Contabilidade em 2 moedas US$ e R$ gerando alta capacidade de análise do hedge da moeda, mas também vivi experienciais em Empresas com baixa qualidade de sistema de informações para decisões. Empresas normalmente não formam suas opiniões de dentro para fora, normalmente usam as informações e opiniões vinda do mercado que pode estar do lado oposto dos seus interesses.
O mercado diariamente diz fixem suas margens, fazendo você crer que o seu custo é conhecido.
Usando o Comitê de Risco você vai ver com a Contabilidade que no máximo você conhece é seu custo padrão e estimado, nunca
o real. Você vai conhecer seu custo real no fim da safra.
Então que s história é essa de fiXar as margens? Como na receita o seu custo vai se realizando ao longo do período e buscando a melhor média, para tanto eu digo é preciso manter o olho nas telas dos mercados em busca desta melhor média.
Como devemos melhor o Custo no Agro fica para um próximo artigo. No caso da moeda se temos um projeto bem definido que cabe o custo de um item importado num determinado momento ok, devemos fazer o hedge, se não vamos fazer a melhor média, fixando a moeda por lotes.
Temos a obrigação de ganhar dinheiro para o Acionista e não acertar na loteria dos mercados.

*Executivo em Finanças, Controladoria, Administração,Conselheiro

Unidade entra em operação em novembro e vai produzir SOIL-A e NEUTRAMOL, soluções inovadoras para impulsionar a produtividade sucroalcoleira
A Carmeuse Brasil, subsidiária de um dos maiores grupos globais de soluções químicas e minerais, anuncia o início das operações de sua mais nova planta industrial em Taquaritinga (SP). A unidade começa a funcionar na primeira semana de novembro e representa um marco importante na estratégia de expansão da empresa no país. A planta será responsável pela produção de dois – três- produtos inovadores e de alta tecnologia: o SOIL-A é uma tecnologia utilizado na nutrição foliar, para potencializar o efeito dos fertilizantes e na correção do solo. Sua principal característica é a alta concentração de cálcio, agregando valor com a adição de magnésio e enxofre. O SELAFIL series, uma tecnologia para proteção solar para citros - com efeito de repelência ao Greening - e outras culturas. O NEUTRAMOL® é um alcalinizante de alta pureza utilizado na clarificação do caldo da cana-de-açúcar. Os produtos são reconhecidos pelo potencial de
elevar a eficiência produtiva e garantir maior sustentabilidade às práticas do setor.
Segundo Ricardo Capanema, vice-presidente de Marketing da Carmeuse Brasil, a localização escolhida para a planta é um diferencial estratégico. “A escolha de Taquaritinga nos coloca ainda mais próximos dos principais polos produtores de cana-de-açúcar e Citros do país. Essa posição estratégica garante agilidade no atendimento, reduz custos logísticos e fortalece nossa parceria com o setor sucroenergético, que é um dos pilares da economia brasileira e um mercado de extrema relevância para a Carmeuse”, afirmou. A inauguração da unidade em Taquaritinga consolida a estratégia da Carmeuse de investir em inovação, proximidade com o cliente e sustentabilidade. Presente em mais de 90 países e com mais de 160 anos de história, a companhia se destaca pelo desenvolvimento de tecnologias que unem eficiência operacional e responsabilidade ambiental. No Brasil, a Carmeuse tem ampliado sua atuação com foco em soluções sustentáveis para diferentes segmentos, em especial o agrícola. A empresa conta com certificações internacionais que atestam seu compromisso socioambiental e de gestão, como o GHG Protocol (monitoramento e redução de emissões de gases de efeito estufa), o

selo Ecovadis (avaliação global de práticas ESG) e a ISO (qualidade e gestão).Para o setor sucroenergético, que desempenha papel crucial na produção de energia limpa e renovável no país, o aporte da Carmeuse em Taquaritinga chega como um reforço estratégico, trazendo soluções que dialogam diretamente com os desafios atuais de produtividade, competitividade e sustentabilidade. Com a nova planta, a Carmeuse reafirma sua missão de oferecer produtos que impulsionem a eficiência e a inovação na indústria, sempre com o olhar voltado para o futuro e para a construção de uma economia mais sustentável.

A Unicamp lançou em agosto a Calculadora Biomassa2Biogás, um software de código aberto que transforma resíduos agrícolas e industriais, como bagaço de cana, casca de laranja e pó de café, em estimativas precisas de geração de biogás, eletricidade, calor e nutrientes.Validada em laboratório, a ferramenta busca democratizar o acesso à bioenergia, impulsionar a economia circular e acelerar a transição para soluções mais sustentáveis. O Brasil tem potencial técnico para produzir ~120 milhões Nm³/dia de biometano (biogás purificado), sobretudo do sucroenergético e da proteína animal. Isso pode substituir diesel e gás natural na indústria e no transporte, reduzindo emissões em até ~87%. Em 2023, a agropecuária liderou 38% das emissões líquidas do país, enquanto mudança do uso da terra e energia responderam por 25% cada; foram 1,653 GtCO2e líquidos. Valorizar resíduos via digestão anaeróbia reduz metano de dejetos e resíduos orgânicos, corta emissões de escopo 1/2/3 e impulsiona a economia circular — aliviando a pressão sobre manejo de terras e sistemas alimentares. Ferramentas como a Calculadora Biomassa2Biogás aceleram planos e projetos com precisão e eficiência, ampliando a descarbonização industrial.
A Calculadora Biomassa2Biogás é uma ferramenta inovadora para quem busca soluções sustentáveis na área de bioenergia e biorrefinarias. Desenvolvida como um software de código aberto, ela permite estimar diversos parâmetros relacionados à produção de biogás e metano, além de oferecer insights sobre geração de eletricidade, energia térmica, produção de nutrientes e sólidos voláteis. Com foco na eficiência energética e sustentabilidade, a calculadora é ideal para integrar diferentes fluxos de resíduos em sistemas de economia circular. A principal função da Calculadora Biomassa2Biogás é fornecer estimativas precisas sobre a conversão de biomassa em biogás, promovendo a valorização de resíduos orgânicos. Entre os parâmetros analisados estão:
• Produção de metano e biogás: A ferramenta calcula a quantidade de biogás gerada a partir de diferentes tipos de biomassa, permitindo prever o potencial energético de cada material.
• Geração de eletricidade e energia térmica: Com base nos dados fornecidos, é possível estimar a energia elétrica e térmica que pode ser obtida, contribuindo para o planejamento de sistemas de bioenergia.
• Produção de nutrientes e sólidos voláteis: A calculadora também avalia a produção de subprodutos valiosos, como nutrientes e sólidos voláteis, que podem ser reaproveitados em processos agrícolas ou industriais.
• Eficiência energética e sustentabilidade: A ferramenta ajuda a identificar os fluxos mais eficientes e sustentáveis, promovendo a economia circular e reduzindo impactos ambientais.
O impacto da Calculadora Biomassa2Biogás vai além da estimativa de produção de biogás. Ela é uma peça-chave para transformar resíduos em recursos valiosos, contribuindo para a redução de desperdícios e a geração de energia renovável. Ao promover a economia circular, a ferramenta incentiva práticas sustentáveis e inovadoras, alinhadas às demandas globais por soluções ecológicas. A Calculadora Biomassa2Biogás foi testada e validada em reatores anaeróbios de 5 litros pela rota seca no laboratório de Bioengenharia e Tratamento de Águas e resíduos (BIOTAR) da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com diferentes tipos de biomassa, incluindo:
• Bagaço de maçã
• Casca de laranja
• Bagaço de cana
• Pó de café
• Resíduos de açaí
Esses materiais, frequentemente descartados como resíduos na agricultura e na indústria de alimentos, possuem grande potencial para geração de biogás e outros subprodutos úteis. A ferramenta permite explorar esse po-


tencial, oferecendo uma alternativa sustentável para o reaproveitamento de resíduos orgânicos. Desenvolvida com as linguagens de programação HTML, CSS e JavaScript, a Calculadora Biomassa2Biogás é um software leve e acessível, que pode ser utilizado tanto para fins de pesquisa quanto para aplicações comerciais. Sua licença de código aberto garante que qualquer pessoa ou organização possa utilizá-la gratuitamente, incentivando a disseminação de tecnologias sustentáveis:
A Calculadora Biomassa2Biogás é especialmente útil para biorrefinarias e sistemas de bioenergia que buscam integrar diferentes fluxos de resíduos em seus processos. Com ela, é possível planejar e otimizar a conversão de biomassa em energia, reduzindo custos e aumentando a eficiência dos sistemas.
Desenvolvida com o apoio da FAPESP, a Calculadora Biomassa2Biogás refle-

te o compromisso da Universidade Estadual de Campinas com a inovação e a sustentabilidade. Ao oferecer uma solução prática e acessível para o aproveitamento de resíduos, a ferramenta contribui para a transição energética e para a construção de um futuro mais sustentável.
A Calculadora Biomassa2Biogás é mais do que um software; é uma ferramenta transformadora que promove a economia circular e a valorização de resíduos orgânicos. Com sua interface intuitiva e funcionalidades avançadas, ela se destaca como uma solução indispensável para pesquisadores, empresas e instituições que buscam integrar sustentabilidade e eficiência energética em seus processos. Ao transformar resíduos em recursos valiosos, a calculadora reafirma seu papel como uma aliada na construção de um mundo mais verde e inovador.
*Tânia Foster Carneiro e Hudson ZaninsãoprofessoresdaUNICAMP
Nesta entressafra, a HidroVapor assume posição de destaque como parceira estratégica do setor bioenergético, oferecendo soluções de manutenção industrial que garantem operação ininterrupta e maior eficiência operacional. Com sede em Sertãozinho-SP, a empresa tem se consolidado como referência nacional em manutenção, recuperação e testes de válvulas industriais, assim como em engenharia aplicada a vapor, água e bens de processo.
Com a proximidade da nova safra, torna-se imperativo que as usinas façam uma revisão abrangente de seus equipamentos críticos. A entressafra representa o momento ideal para inspecionar e substituir válvulas de controle, bloqueio, segurança, alívio e by-pass.
A HidroVapor enfatiza que intervenções preventivas evitam falhas durante a safra, reduzem custos com paradas emergenciais e asseguram maior durabilidade dos componentes – fatores decisivos para assegurar competitividade no setor.
Para atender essa demanda, HidroVa-
por recentemente ampliou sua capacidade operacional: dobrou sua área construída — dos atuais 4.700 m² para cerca de 9.500 m² — investindo em novos galpões industriais e edifício administrativo moderno.

Esse salto de escala permite maior agilidade em projeto, logística e atendimento técnico es-
pecializado, fortalecendo a entrega de valor para usinas que exigem conformidade técnica, desempenho e confiabilidade. Além disso, HidroVapor dispõe de expertise em sistemas de purgadores, instrumentação, atuadores




O planejamento antecipado é diferencial competitivo — quem se prepara hoje economiza amanhã.
A HidroVapor fortalece seu posicionamento no setor ao investir em tecnologia, infraestrutura e capacitação profissional, garantindo soluções de controle de fluidos que se destacam pela eficiência, segurança e confiabilidade.
HidroVapor. Inovação que impulsiona a indústria brasileira.
(16) 3513-5000 www.hidrovapor.ind.br
pneumáticos, válvulas borboleta, globo e gaveta, visores de nível de caldeiras, entre outros acessórios fundamentais para controle de fluídos. Todo trabalho é pautado por normas internacionais de segurança e qualidade, o que reduz os riscos operacionais e eleva a segurança para equipes de manutenção e operações. Para aquelas usinas que desejam começar a nova safra sem surpresas, HidroVapor recomenda agendar agora as inspeções e manutenções.



Nos últimos dez anos, o etanol de milho ganhou destaque na produção de biocombustíveis no Brasil. Inicialmente, especialistas duvidavam que a produção de etanol a partir do milho fosse viável no país, comparando com a experiência dos EUA, onde a produção utilizava carvão e gás natural. Havia também preocupações sobre a competição do milho para biocombustíveis com sua utilização para alimentação humana e animal. Entretanto, a experiência americana demonstrou que a expansão do uso do milho aumentou a produtividade e garantiu renda para os produtores. Este aumento não fez com que os preços subissem de forma significativa.

No Brasil, a produção de milho cresceu muito, especialmente no Centro-Oeste, devido à adoção de novas tecnologias na cultura da soja, consorciada com milho. Isso resultou em uma abundância de milho, superando a capacidade de armazenamento e transporte, e os preços caíram. Com o excesso de milho, surgiu a ideia de produzir etanol a partir desse cereal. A logística já existente permitiu que o Brasil aproveitasse essa oportunidade, e a produção de etanol de milho passou a ser vista como uma alternativa vantajosa. O custo de capital para grandes plantas de etanol era muito menor e a capacidade de produzir e estocar milho durante o ano inteiro também contribuía para essa viabilidade. Além disso, o uso de biomassa de florestas de eucalipto já existentes como fonte de energia se mostrou uma possibilidade atrativa.


A LOGÍSTICA
EXISTENTE PERMITIU
QUE O BRASIL
APROVEITASSE ESSA
OPORTUNIDADE, E A
PRODUÇÃO DE ETANOL
DE MILHO PASSOU
A SER VISTA COMO
UMA ALTERNATIVA
VANTAJOSA
Embora a produtividade do etanol de milho por hectare seja inferior à da cana-de-açúcar, a análise de ciclo de vida mostrou que as emissões de carbono seriam reduzidas, principalmente para o milho segunda safra. O processamento do milho utiliza me-
nos energia, e as usinas que conhecem a origem do milho têm as melhores notas ambientais, recebendo mais CBIOs. O etanol de milho, sendo mais barato, oferece margens melhores para comercialização, enquanto a venda de subprodutos ajuda a estabilizar os custos. O resultado é o crescimento exponencial da produção.
COM
A cana-de-açúcar, por outro lado, ainda possui grande resiliência. A indústria de cana no Brasil se adaptou e evoluiu com a economia, e continuará a ser produzida devido à biorefinaria da cana, que gera açúcar e etanol de forma sinérgica. Embora haja volatilidade nos preços do açúcar, a diversificação da produção permite enfrentar esses desafios. O etanol de milho, embora forte, não possui um segundo produto além do próprio etanol, o que pode ser uma desvantagem em casos de redução na demanda. A produção de etanol de milho por si só não resultará em queda nos preços, pois os produtores tendem a preservar suas margens.
O FUTURO PARECE ESTAR NA INTEGRAÇÃO DAS PRODUÇÕES: A CANA COM MILHO, SOJA, GADO, ETANOL PARA SAF, BIOGÁS
E
BIOMETANO, BIOCHAR E FERTIRRIGAÇÃO PARA A LAVOURA, ILPF E ATÉ A ENERGIA SOLAR
A questão da biomassa também é importante, pois com o aumento da produção de etanol de milho, a biomassa de eucalipto está se tornando mais escassa, enquanto a cana ainda possui amplas reservas que podem ser aproveitadas. O futuro parece estar na integração das produções: a cana com milho, soja, gado, etanol para SAF, biogás e biometano, biochar e fertirrigação para a lavoura, ILPF e até a energia solar. Esse sistema integrado pode enriquecer a produção agrícola e aumentar a eficiência. A cana ainda tem potencial para dobrar sua produtividade, e a competição com o milho poderá se transformar em cooperação, com ambos se beneficiando dessa integração.
*Diretor e membro do Conselho do Instituto de Tecnologia Canavieira (ITC)

A Cyan Analytics, líder há 8 anos em inteligência climática e dados para eficiência agrícola, e a AgroNational, referência em seguros e monitoramento agrícola há 20 anos, anunciam fusão estratégica. A união combina tecnologia, ciência e credibilidade para entregar mais previsibilidade, eficiência
e proteção a empresas, seguradoras, bancos, tradings e produtores, transformando dados em decisões seguras. A nova companhia oferece soluções que reduzem perdas e aumentam eficiência em um cenário onde até 80% da variabilidade das safras está ligada ao clima. “Essa fusão tem o objetivo de entregar previsibilidade em um cenário cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas”, afirma Igor Amarolli, CEO da Cyan.
A empresa reúne expertise em mais de 35 culturas agrícolas, monitoramento de 6 milhões de hectares e um time de 200 profissionais diretos e indiretos. Já beneficiou mais de 80 clientes, atua em três frentes: Agricultura, Seguro e Crédito Agrícola e Infraestrutura. Com inteligência artificial, dados georreferenciados e múltiplas fontes meteorológicas, transforma incertezas em decisões seguras, do campo aos portos.

Alagoas foi palco da celebração dos 100 anos do etanol no Brasil, um combustível que foi desenvolvido no estado e hoje é referência mundial em energia limpa e renovável.
A data histórica foi marcada por uma solenidade na Usina Serra Grande, no município de São José da Laje, onde o engenheiro químico e empresário Salvador Lyra realizou, em 1924, os primeiros testes com o biocombustível derivado da cana-de-açúcar. O evento, promovido em 08 de setembro pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol em Alagoas (Sindaçúcar-AL), em parceria com a
Usina Serra Grande e o Governo de Alagoas, reuniu autoridades, líderes empresariais, representantes do setor e convidados.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, e pelo diretor-presidente da Usina Serra Grande, Luiz Antônio Bezerra.
A programação começou no Museu da Usina Serra Grande, com o lançamento do livro comemorativo dos 100 anos do etanol, editado pelo Sindaçúcar-AL e seguiu com o descerramento de uma placa em homenagem ao centenário.









O Grupo Colorado se destaca no cenário sucroenergético pela sua filosofia que coloca o desenvolvimento humano no centro de sua estratégia. O protagonismo da Diretora de Responsabilidade Social e membro do Conselho de Administração, Josimara Ribeiro de Mendonça, é o motor por trás de iniciativas que geram oportunidades e transformam comunidades dentro e fora da empresa. Reconhecida como uma das mulheres mais influentes do setor pelo Prêmio Mastercana Centro Sul 2025, Josimara alia seu conhecimento em gestão empresarial à paixão pelo Terceiro Setor, com a convicção de que “formar um ser humano desde a infância consiste em decidir pelo outro quando o outro não tem maturidade para decidir sozinho”.
A Usina Colorado, com quase 30 anos de certificação como Empresa Amiga da Criança, investe em projetos inovadores para seus colaboradores. A Biblioteca Engenho do Conhecimento é um exemplo, uma das primeiras em ambientes de trabalho no setor, que
cipais instituições do país no atendimento a pacientes com câncer.

estimula o hábito da leitura e o desenvolvimento intelectual. A empresa também avança na inclusão de mulheres em funções operacionais tradicionalmente masculinas, como mecânica automotiva, motorista e balança de cana. A iniciativa, que começou em 2024 e se expandiu em 2025, inclui um rigoroso programa de capacitação com teoria e prática, preparando as colaboradoras para futuras oportunidades de crescimento na carreira.
O compromisso com o bem-estar se estende à família do colaborador. O Projeto Acolher – Curso de Gestantes, premiado na categoria Qualidade de Vida pelo Mastercana Social, já beneficiou cerca de 600 participantes em 38 edições ao longo de 18 anos, promovendo saúde e qualidade de vida para futuras mamães.
A Colorado é uma das dez usinas do país a aderirem ao Movimento Agro Contra o Câncer, e doa mensalmente, energia limpa e renovável para o Hospital de Amor - HA, uma das prin-
Para Josimara, o setor vem sendo desafiado a apresentar sua atuação para a sociedade, demonstrando que, além de produzir com sustentabilidade, contribuindo para a transição energética do país, também respeita e promove o ser humano. “Há mais de 20 anos criamos o Programa Educando para o Futuro para apresentar aos escolares do entorno de nossa usina, o compromisso do agronegócio com a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade, cuidando do meio ambiente e das pessoas. Queremos mostrar para os jovens que o agro é o motor da região, contribuindo para que as novas gerações sintam orgulho do setor sucroenergético e possam, no futuro, escolher uma profissão relacionada ao negócio.”, afirma.
A Usina Colorado, em um movimento contínuo de apoio às comunidades onde atua, reafirma seu compromisso com a educação e o desenvolvimento infantil apoiando a Casa da Criança Armanda Malvina de Mendonça, em Ipuã (SP), com contribuições mensais. A entidade modelo foi fundada pelo patriarca do Grupo Colorado em 1978, como a primeira instituição de educação infantil de Ipuã, SP. A empresa destina recursos anualmente para o Programa Educação Integral para a Primeira Infância, uma iniciativa que oferece atendimento qualificado a 120 crianças, com idades entre 4 meses e 4 anos e 11 meses. As atividades pedagógicas abordam diferentes dimensões do desenvolvimento infantil. O trabalho desenvolvido pela Casa da Criança é reconhecido nacional e internacionalmente. Inspirado na abordagem educativa de Reggio Emilia, o programa rompe com padrões tradicionais de ensino, valorizando a “Pedagogia da Escuta” e a singularidade de cada criança. A Casa da Criança é presidida pela Diretora de Responsabilidade Social do Grupo
Colorado, que estimula a participação de voluntários da empresa em ações na instituição.
Entidades de assistência social a crianças, pessoas com deficiências, idosos, pacientes oncológicos, instituições religiosas e instituições educacionais recebem aportes de recursos e qualificação do Grupo Colorado para que estruturem projetos essenciais para sua perenidade e atuação.
O trabalho do Grupo Colorado com a comunidade é potencializado pelo Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça (IORM). Fundado por Josimara em homenagem ao patriarca visionário do Grupo, o IORM profissionalizou a gestão de projetos sociais e, em 20 anos, já assistiu a mais de 14 mil pessoas em Guaíra, Ipuã, Miguelópolis e Orlândia.
O IORM, que é a manifestação da “energia que transforma”, atua na cultura, educação e cidadania. Dentre seus projetos, o Usina da Dança atende anualmente centenas de crianças e adolescentes, enquanto a recém-fundada Cia. Usina da Dança em Ribeirão Preto aperfeiçoa jovens talentos, levando a arte e o diálogo a comunidades.
A revitalização do Castelinho em Orlândia é um marco do compromisso do IORM. O novo espaço, que abriga uma das maiores salas de dança do interior paulista, com 280m² de área, oferecerá biblioteca comunitária e salas para cursos de qualificação profissional. Segundo Josimara, “quando oferecemos um espaço de qualidade, estamos trabalhando pelo desenvolvimento e pela inclusão de nossos alunos”.
O Grupo Colorado cultiva um legado de esperança e oportunidades para as pessoas que vem sendo reconhecido regionalmente. Josimara foi homenageada com o Título de Cidadã Emérita de Ribeirão Preto, em 25 de abril de 2024, em reconhecimento ao seu trabalho em prol do município.
* Supervisora de Comunicação e de Responsabilidade Social no Grupo Colorado
O magnésio é elemento-chave no metabolismo da levedura. Atua como cofator enzimático em vias glicolíticas e fermentativas, fortalece a membrana celular, favorece a síntese de proteínas e garante maior resistência da célula a estresses térmicos e osmóticos. Em usinas, esses fatores são cruciais: temperaturas elevadas e altas concentrações alcoólicas estão entre os principais limitadores do rendimento fermentativo.
Estudos mostram que a adição de sais de magnésio aumenta a performance da levedura, mas o custo elevado inviabiliza o uso em larga escala. A solução econômica é usar produtos com Mg disponível no tratamento de caldo. É justamente nesse ponto que a Caltec inovou e foi pioneira em viabilizar magnésio altamente disponível para o tratamento de caldo, por meio do Sistema Hidratec Clarisina® (SHC), o que traz diversas vantagens, tais como menor consumo, menor índice de incrustações e menor inversão de sacarose. Para comprovar sua eficiência, o gerente técnico da Caltec, conduziu estudo comparativo entre dois melaços: um utilizando SHC e outro usando cal calcítica. A análise de magnésio mostrou que o mosto SHC tem
1085 mg/l de Mg, enquanto o mosto da cal calcítica tem somente 990 mg/l, ou seja, SHC disponibiliza 9,5% a mais de Mg para a fermentação. Fermentações foram conduzidas em reciclos com melaços tratados ou não com Clarisina®. Os primeiros reciclos ocorreram em condições normais de 33oC e 18 Brix. O último reciclo avaliou condições extremas (40oC e 27 Brix) para verificar a resposta fisiológica das leveduras frente ao estresse simultâneo de temperatura e osmorregulação. O gráfico abaixo mostra que em todos os reciclos o mosto proveniente do caldo tratado com SHC teve rendimento superior ao mosto proveniente de tratamento com cal calcítica.

cal calcítica teve rendimentos inferiores aos referenciados pela literatura.

O estudo apresentado comprova que o magnésio residual do SHC é altamente disponível e exerce efeito protetor sobre as leveduras.
O reflexo é claro: maior viabilidade celular, produtividade e rendimento, sem necessidade de custos adicionais. Assim, embora aplicado originalmente ao tratamento de caldo, o SHC se consolida como solução inovadora também na fermentação industrial.


Onde o descanso da sua equipe vira potência da sua operação

Os gráficos abaixo do reciclo em condições extre , mostram claramente que o rendimento do mel obtido com Clarisina (SHC) foi superior ponto importante é que o mel do tratamento com






Ao otimizar a disponibilidade de magnésio, ele am


MIGUEL IVAN LACERDA*
O setor sucroenergético brasileiro, há muito tempo na linha de frente da transição energética global, se depara agora com a próxima grande fronteira e oportunidade: as Tecnologias de Emissão Negativa (NETs). Mais do que apenas reduzir emissões, essas tecnologias oferecem a promessa de remover CO2 da atmosfera, abrindo um novo e rentável capítulo para a bioenergia. Podem gerar renda extra a cadeia produtiva de bioenergia. A questão central, no entanto, é como transformar essa promessa tecnológica em uma realidade economicamente viável. Para o produtor e gestores no setor, a jornada para a adoção das NETs começa com o entendimento das suas bases e do arcabouço econômico e regulatório que as viabilizará.
O que são e como funcionam as NETs na prática?
As tecnologias mais promissoras são a Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS) e a aplicação de biochar. O funcionamento é, em essência, um ciclo virtuoso. A cana-de-açúcar, durante seu crescimento, sequestra CO2 da atmosfera. Ao ser processada, o carbono é liberado, mas é neste ponto que as NETs entram em ação. No caso da BECCS, o CO2 liberado na fermentação do mosto para a produção de etanol, ou na combustão do bagaço para a geração de bioeletricidade, é capturado e, em seguida, armazenado de forma permanente em reservatórios geológicos subterrâneos. A soma do CO2 capturado pela planta e o carbono que seria emitido, mas é capturado e estocado, resulta em um saldo de emissões negativo. A aplicação de biochar atua de forma diferente, mas com o mesmo objetivo. O biochar, um material rico em carbono produzido a partir da pirólise de resíduos agrícolas como o bagaço e a palha, é aplicado nos campos. Ele estabiliza o carbono no solo por longos períodos, efetivamente sequestrando-o da atmosfera e, de quebra, melhorando a saúde do solo. Um estudo publicado em 2025 na ScienceDirect, examinou o impac-
to dessas estratégias. Os resultados mostram o enorme potencial das NETs para reduzir a intensidade de carbono (IC) do etanol. Enquanto a IC média do etanol hidratado é de 32,8 g CO2e/ MJ, a aplicação de biochar a 1,0 t/ha pode reduzi-la para 15,9 g CO2e/MJ. Mais impressionante, a captura de carbono da combustão do bagaço para bioeletricidade pode gerar uma IC negativa de -81,3 g CO2e/MJ. Esses números não são apenas teóricos; eles apontam para uma nova e poderosa frente de receita e competitividade para as usinas.


Uma das principais dúvidas do setor é: quem certificará e regulará as NETs? A resposta é complexa, pois não há um órgão único definido. Embora a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) seja a agência reguladora dos biocombustíveis, sua atribuição atual não abrange a certificação da remoção de carbono. É mais provável que a responsabilidade recaia sobre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em coordenação com o Ministério de Minas e Energia (MME). O processo de certificação, de forma geral, deverá seguir um modelo similar ao de outros mercados de carbono, com validação e verificação por auditores terceirizados credenciados, seguindo protocolos internacionais como os da Verra e Gold Standard, adaptados à realidade brasileira. O es-
tudo da ScienceDirect reforça a urgência de um ambiente regulatório claro. Sem metodologias robustas e transparentes para a mensuração e certificação do carbono removido, o setor não terá a segurança necessária para realizar os investimentos bilionários em NETs.
O RenovaBio: um ponto de partida?
Em um mercado, avaliado globalmente, de captura de carbono e seqüestro (CCS) foi avaliado em US $ 3,54 bilhões em 2024. O mercado deve crescer de US $ 4,51 bilhões em 2025 para US $ 14,51 bilhões em 2032. É importante começar em algum lugar. RenovaBio criou um mercado de descarbonização (CBIOs) que remunera a eficiência ambiental. A pergunta que todos fazem é: ele serve para ancorar as NETs? A resposta é: ele é um alicerce fundamental, mas não é o destino. O RenovaBio, em sua configuração atual, remunera a redução de emissões, não a remoção. Para que as NETs se tornem economicamente viáveis, precisamos de um novo tipo de crédito, um que monetize o carbono removido e estocado. O estudo aponta que, mesmo com os CBIOs, o
preço de mercado provavelmente não será suficiente para financiar os altos custos de implementação de tecnologias como a BECCS. É aqui que a visão do economista se faz necessária. A implementação de NETs exige uma combinação de instrumentos. Além do RenovaBio, é crucial desenvolver o mercado voluntário de carbono (VCM) no Brasil, permitindo que as usinas vendam seus créditos de remoção de carbono para empresas de outros setores que buscam compensar suas emissões. Além disso, a criação de políticas específicas de incentivo para as NETs, como subsídios, financiamentos de baixo custo e benefícios fiscais, pode ser o catalisador que o setor precisa. O setor sucroenergético brasileiro tem uma oportunidade histórica. As NETs não são apenas uma ferramenta para mitigar o clima; são um ativo econômico poderoso. O primeiro passo é entender que a tecnologia já está aqui. O segundo é moldar o mercado para que a economia acompanhe a ambição ambiental. A bioenergia brasileira já é a mais limpa do mundo. Com as NETs, ela se tornará mais sustentável.
*AnalistadaEmbrapa,foiresponsável pelaPolíticaNacionaldeBiocombustíveis(RenovaBio)
Inseticida da BASF com duplo modo de ação auxilia no manejo estratégico contra a cigarrinha e oferece controle duradouro
A cigarrinha-das-raízes, praga silenciosa que desafia a produtividade nos canaviais brasileiros, é responsável por perdas de até 40 toneladas por hectare quando não manejada corretamente. O impacto vai muito além da produtividade: compromete a qualidade industrial da cana, eleva os custos e reduz a longevidade dos canaviais. Para conter esses prejuízos, especialistas reforçam a importância de um manejo estratégico.
Nesta matéria especial, André Mattiello, do Desenvolvimento de Mercado da BASF, detalha os danos provocados pela cigarrinha, as estratégias eficazes de combate e as soluções inovadoras desenvolvidas pela empresa, como o inseticida Entigris®, com duplo modo de ação.
“Podemos dividir os danos da cigarrinha-das-raízes em diretos e indiretos. Dentre os danos diretos, nós temos os danos provocados pelas ninfas, que se alimentam das raízes da cana, sugam intensamente a seiva das raízes, comprometendo o equilíbrio fisiológico da planta. Isso causa redução na absorção de água e nutrientes, provoca murcha, amarelecimento foliar, perda de vigor e brotação irregular. Em ataques intensos, os adultos podem provocar necroses localizadas e ressecamento dos entrenós, além de favorecer o aparecimento de fungos oportunistas, como o fusário (Fusarium)”, explica Mattiello. Entre os danos indiretos, temos a redução da produtividade do canavial, que podem ir de 10 até 40 toneladas de cana por hectare. “Além de queda do ATR, aumento de fibras no caldo e redução da longevidade do canavial – podendo encurtar em até dois cortes sua vida útil”, ressalta.
O período chuvoso, com alta umidade e temperatura, favorece a multiplicação da praga. “A cigarrinha-das-raízes é mais ativa no período úmido, como primavera e verão, mas os ovos da praga entram em diapausa durante o período seco, permanecendo viáveis no solo e eclodindo quando as condições voltam a ser favoráveis. Além disso, a palhada da colheita mecanizada cria um microclima que favorece as ninfas o ano inteiro, e áreas irrigadas também ampliam a janela de risco.”

Praga devastadora e presente o ano inteiro
A cigarrinha das raízes (Mahanarva fimbriolata) está entre as principais pragas que acomete a cultura da cana-de-açúcar. Seus impactos são amplos e acometem principalmente as raízes – o que afeta a capacidade da planta de absorver água e nutrientes –, reduzindo o desenvolvimento da cana, diminuindo sua altura e diâmetro dos colmos.
Monitoramento e sinais de alerta no campo
A identificação da praga na lavoura, explica Mattiello, exige atenção e monitoramento constante. Os sinais mais visíveis incluem uma espuma branca formada pelas ninfas na base da planta, próximo ao solo. Já os adultos são insetos de coloração alaranjada com manchas pretas nas asas, que podem ser vistos voando próximo aos colmos. Além disso, as folhas da planta ficam amareladas, os colmos tendem a afinar e secar, e as raízes apresentam lesões escurecidas.
“Para monitoramento, o produtor pode utilizar armadilhas adesivas para captura dos adultos, amostragem de solo para ninfas e análise de raízes. O momento ideal para agir é antes da revoada dos primeiros adultos, preferencialmente ainda no estágio de ninfa, quando a praga está mais vulnerável.”
Prejuízos vão além do campo: impacto também na indústria
A falta de controle eficaz pode causar prejuízos significativos à lavoura e ao bolso do produtor. Mattiello alerta que os impactos da cigarrinha-das-raízes são multidimensionais, afetando não apenas o
campo, mas também a indústria.
“Agronomicamente, temos a redução do TCH — podendo chegar até 40 toneladas por hectare — e queda do POL, entre 1 e 2 pontos percentuais, impactando diretamente a rentabilidade industrial. Além disso, há custos adicionais com replantio e aplicações extras, e impacto sistêmico na soqueira, com necessidade de reformas antecipadas. Um estudo da Embrapa de 2023 mostrou que áreas sem manejo adequado tiveram custos 30% maiores por hectare do que aquelas com manejo integrado e correto.”
alta eficácia e longo período de controle
Para enfrentar o problema com eficiência, a BASF desenvolveu o Entigris®, uma solução inovadora que combina dois ingredientes ativos de última geração em uma formulação tecnológica: dinotefuran, neonicotinóide com a maior solubilidade do mercado (39.830 ppm), e alfacipermetrina, piretróide de efeito choque. Essa sinergia única proporciona três vantagens estratégicas:
1. Controle imediato e prolongado: O dinotefuran age sistemicamente, movendo-se rapidamente para as raízes (em apenas 24h) e protegendo a planta por até 120 dias, enquanto a alfacipermetrina elimina os adultos por contato.
2. Eficácia superior: Ensaios em condições reais demonstraram 98% de controle sobre ninfas e adultos, mesmo em infestações severas.
3. Manejo sustentável: A dupla ação (Grupos IRAC 4A + 3A) reduz a pressão por resistência, um problema crítico que outros tipos de produtos já apresentaram falhas no campo.
Além disso, a formulação em grânulos dispersíveis (WG) do Entigris® permite aplicação precisa em jato dirigido (70/30), sem necessidade de adjuvantes — otimizando tempo e recursos. Resultado: menor número de aplicações e custo por hectare reduzido em até 30% comparado a inseticidas convencionais. Conclusão: ação preventiva ajuda na redução de infestações futuras e na longevidade do canavial O combate à cigarrinha-da-cana exige mais do que reações pontuais — requer visão estratégica e ações consistentes desde o plantio. Soluções como Entigris® representam avanços importantes nesse cenário, promovendo não só o controle eficiente da praga, mas também o fortalecimento do canavial desde suas bases, com ganhos agronômicos e econômicos expressivos.
Atenção: este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Uso agrícola. Venda sob receituário agronômico. Consulte sempre um agrônomo. Informe-se e realize o manejo integrado de pragas. Descarte corretamente as embalagens e os restos dos produtos. Leia atentamente e siga as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize os equipamentos de proteção individual.


Segundo Strini Jr. o Brasil é líder mundial na produção e no uso de etanol de cana-de-açúcar como biocombustível, além de ser o maior produtor mundial de açúcar, responsável por 36% das exportações globais. Apesar disso, a produtividade e a produção da cana-de-açúcar não têm aumentado ao longo dos últimos anos, mesmo tendo um potencial produtivo de três dígitos (para t cana/ha), disponível aos produtores. Isso pode ser explicado por diversos fatores, como a expansão das áreas de cultivo para regiões muito mais restritivas e com menores expectativas de produtividade. O aprendizado em relação à mecanização dos canaviais, quando na virada para o século 21 o Brasil saiu de 30% de colheita mecanizada para aproximadamente 85% na safra 2024/25, o que demandou uma adaptação aos novos processos, ocasionando perdas, tanto no peso como no açúcar, trazendo ao do setor sucroenergético um desafio e uma adequação que aumentasse os seus índices agronômicos e industriais. A idade do canavial, medida pelo estágio médio de corte (EMC), também é um aspecto importante a ser observado. Desde a safra 1991/92 até os dias atuais, o EMC teve um acréscimo médio de 0,55 (Figura 1). Estudos realizados pelo Programa Cana IAC demostram que cada ano a mais no EMC, provoca uma perda de 7,5 toneladas de cana por hectare. Deste modo, aproximadamente, quatro t cana/ha

foram perdidas ao longo desse período. Outro aspecto que limita o ganho de produtividade da cana é o baixo uso de viveiros para a produção de mudas verdadeiras para o plantio comercial, entre os produtores brasileiros. Pesquisa realizada pelo Programa Cana IAC (Figura 2) mostra que o setor tem utilizado, cada vez menos, as mudas oriundas dos de viveiros estabelecidos de forma planejada, livres de doenças de pragas. Todas as principais culturas de grãos brasileiras, priorizam a qualidade das sementes para a obtenção dos melhores resultados. Infelizmente isso não tem acontecido com na produção da cana-de-açúcar.

Entre outros fatores que podem estar provocando a estagnação atual na produtividade podemos citar a lenta substituição das variedades antigas por variedades mais modernas, com maiores produtividades e mais adaptadas aos sistemas de manejo atuais. Na tentativa de equacionar estes gargalos e buscar sugestões que apontem um caminho seguro para este segmento, o Programa Cana IAC, juntamente com a RBJ Consult, realiza anualmente, desde 2016, o Censo Varietal IAC, obtendo informações sobre os canaviais nas diversas regiões do território nacional. Estes aspectos agronômicos são importantíssimos para a produtividade e a qualidade tecnológica industrial, habilitando-se como uma valiosa ferramenta aos gestores e planejadores. O Índice de Atualização Varietal (IAV) no Brasil (Figura 3), que relaciona a idade da variedade, desde o ano do seu cruzamento, com a sua área cultivada, manteve-se estável nos últimos anos, mas voltou a crescer nas últimas duas safras. Para esse índice, valores abaixo de 5 são considerados satisfatórios, entre 5 e 7, intermediários e acima de 7, não recomendados.


A partir da análise desses dados percebe-se que as variedades antigas predominam nos canaviais do Brasil. Deste modo, pode-se concluir que a velocidade de uso das novas variedades está menor que a saída das variedades antigas, fazendo com que o IAV seja cada vez maior. Ressalta-se que o uso de variedades modernas aumenta a produtividade, longevidade e consequentemente a sustentabilidade dos canaviais. É importante reforçar, que o baixo uso de variedades modernas limita o ganho de produtividade dos canaviais. Segundo Violante, há um ganho de produtividade de até 20% nas áreas de colheitas comerciais, a cada década de evolução na idade das variedades. Nos últimos dez anos, mais de 60 novas variedades foram liberadas para o plantio comercial, pelos programas de melhoramento genético de cana brasileiros, demonstrando a grande gama de opções existentes. A alocação correta das novas variedades aliada aos melhores manejos pautados na experimentação científica realizada pelos programas de melhoramento genético, potencializa a produtividade e a sustentabilidade agrícola da cana-de-açúcar. O uso de variedades antigas, com baixa produtividade em função do baixo número de perfilhos, com porte decumbente e a não utilização de viveiros para o plantio comercial, provocam perdas de produtividade. Os produtores brasileiros precisam pensar mais nesses aspectos de suma importância para a produção da cana-de-açúcar. Esse é um bom desafio para todos aqueles que querem transgredir o atual cenário, criando melhores expectativas para a obtenção de maior produtividade e com longevidade de colheitas.

SERGIO VALE*
O ano de 2025 será lembrado como aquele em que os EUA iniciaram uma trajetória de difícil reversão. A crise americana vai além de Trump e tem sido construída ao longo dos últimos anos. Os EUA optaram por diminuir investimentos em ciência, tecnologia e educação, afugentar imigrantes, inclusive qualificados, desajustar de forma perigosa as políticas monetária e fiscal e no meio disso tudo Trump foi eleito para acelerar esse processo de aumento de desconfiança do mundo em relação aos americanos. Mas certamente o mais grave de toda a crise americana recente passa pelo fiscal. Muitas vezes, as pessoas ficam com a impressão de que o fiscal é um mero fetiche de economistas, mas interessante observar que no país mais risco do mundo os mercados começam a desconfiar da capacidade de se fazer um ajuste fiscal efetivo e as consequências disso para os americanos e o mundo.

Diferentemente de outros momentos na história, os EUA vão ter dificuldades de fazer o ajuste fiscal necessário. Sua dívida pública se encontra em 100% do PIB, níveis historicamente elevados para país sem guerra e deve chegar a mais de 130% em dez anos. O pacote fiscal de Trump piora o ce-
nário fiscal ainda mais. Para se fazer uma consolidação fiscal, ou seja, uma queda duradoura da dívida pública, há dois caminhos: crescimento econômico e não ter polarização política. Isso é resultado de pesquisas feitas por Barry Eichengreen que mostrou que países que conseguiram baixar suas dívidas consistentemente tinham essas duas características. Crescer não é simples e não será no tamanho do crescimento que se viu no pós-segunda guerra mundial. Além disso, os EUA são um país em que há polarização na sociedade e no Congresso. Como o ajuste essencialmente depende de aumento de impostos, já que os gastos americanos já são enxutos, teria que haver uma enorme vontade política para que isso acontecesse. Mas certamente não é o caso. Além disso, Trump tem atacado o Fed tentando trocar membros que decidem sobre a taxa de juros, tentando forçar juros mais baixos. A consequência dessa grande falta de entendimento sobre política fiscal e monetária tem já causado estragos nos mercados e não é difícil vermos a ideia de uma dominância fiscal nos EUA acontecer. Os mercados já sinalizam preocupação com taxas de juros longas elevadas, expectativa de infla-
ção crescente e depreciação da taxa de câmbio. Comportamento parecido com um mercado emergente padrão, como o Brasil. Ou EUA perigosamente deixam de ser o benchmark histórico do mercado financeiro. O que entra no lugar? E aqui temos mais riscos, pois nem China nem Europa surgem como padrão ouro futuro do mercado financeiro. A Europa está às voltas com uma guerra na Ucrânia e um situação fiscal também muito ruim, especialmente na França e no Reino Unido. Os europeus terão que aumentar os gastos com defesa, sem estar muito claro como vão financiar isso. O déficit público certamente continuará crescendo. A China se coloca como contraponto dos americanos, mas será uma potência regional com vínculos fortes com países com tendências autoritárias. Mas pior do que isso, o cenário fiscal chinês também é de enorme desafio com uma população decrescente e uma forte dependências das exportações para crescer. Os chineses não conseguiram aumentar a participação do consumo em seu PIB e dependerá crescentemente do mundo para continuar crescendo. Sem ter ainda virado um país de PIB per capita elevado (apesar do PIB total alto), ficará a dúvida sobre as demandas sociais de um país que ainda terá um padrão de renda de país emergente. Esse mundo fragmentado traz dúvidas. O mundo do século XIX era liderado por um Reino
Unido pró-mercado e crescentemente pró-liberdades individuais e democracia, da mesma forma que os EUA do século XX. Essa homogenia de valores e regras foi essencial para o mundo e para a expansão das cadeias globais de valor. Como será um mundo fragmentado com regras diferentes pelos dois polos de domínio (EUA e China)? O Brasil, pelo seu histórico diplomático e de não alinhamento explícito com nenhuma parte, terá que ser cauteloso. Estamos em uma parte do mundo em que não há conflitos políticos graves de fronteira, ninguém quer nos invadir, não há risco nuclear. É como se, num mundo que piorou muito, o Brasil estivesse nivelado com outros países. Temos dificuldades que não são diferentes de outros lugares. E temos quatro ativos em intensidade como nenhum outro lugar: agropecuária, mineração, petróleo e gás natural e terras raras. Se seguirmos com reformas importantes, especialmente a fiscal em 2027, teremos espaço para avançar de forma mais sustentável nos próximos anos. Isso nos traz aos desafios de como lidar com um mundo em que a questão climática também surge como problema grave. O Brasil tem matrizes energética e elétrica limpas e demandará mais investimentos nesse sentido nos próximos anos. O carro elétrico surge como uma opção que começa a ficar presente em vários países do mundo e com custos em queda. Será difícil o Ocidente concorrer com os carros elétricos de US$ 10 mil que caminham para vir da China. O Brasil tetm uma proteção na Frente Parlamentar do Agronegócio para manter o motor híbrido como a alternativa majoritária, mas não será fácil enfrentar essa disputa com os chineses. Nesse mundo crescentemente fragmentado, mas em que a China terá crescente presença no Brasil, isso será um desafio importante para o setor de etanol no Brasil.
Com tecnologia nacional, robustez industrial e entregas de alto impacto, a empresa consolida sua presença como fornecedora de soluções completas para usinas em expansão.
Sucessora da antiga Zanini, a Zanini Renk é referência nacional na fabricação de redutores de velocidade e equipamentos industriais de grande porte. Com quase cinco décadas de atuação, a empresa atende a diversos setores da indústria pesada e mantém um parque fabril de alta capacidade em Sertãozinho (SP).
Nos últimos anos, a empresa vem ampliando seu escopo com soluções completas para o setor sucroenergético. Esse movimento ganhou força com a criação, em 2019, de duas novas unidades de negócios: a Zanini Serviços, especializada na fabricação de equipamentos pesados e caldeiraria industrial, e a Zanini Turbinas, voltada ao desenvolvimento de turbinas a vapor. Ambas reforçam o compromisso com a inovação, a engenharia nacional e o fornecimento de soluções integradas.
Recentemente, a Zanini Renk também lançou a linha RSG de redutores padronizados, projetada com foco em robustez, modularidade e eficiência, oferecendo ao mercado sucroenergético e a outros segmentos industriais uma solução de alto desempenho com prazos de entrega otimizados.
Usina Uberaba aposta em nova fábrica de açúcar da Zanini Renk para expandir produção e reforçar competitividade

A Usina Uberaba, do Grupo Balbo, deu um passo decisivo em sua estratégia de crescimento ao anunciar a aquisição de uma nova fábrica de açúcar fornecida pela Zanini Renk. O investimento não apenas amplia a capacidade de moagem da unidade, mas também marca a entrada na produção de açúcar cristal tipo VHP, reforçando a posição da empresa no mercado sucroenergético.
A escolha da Zanini Renk como parceira no projeto não é por acaso. As duas empresas mantêm uma relação histórica construída ao longo de décadas. “O Grupo Balbo possui um relacionamento de longa data com a Zanini Renk, consolidado ao longo de décadas com a utilização de equipamentos como redutores e soluções caldeiradas que seguem em operação até hoje. A qualidade e a durabilidade dos produtos fornecidos pela empresa sempre se destacaram, atributos que estão em linha com os valores do Grupo, que prioriza confiabilidade operacional


projeto de crescimento traz uma transformação relevante: além de aumentar a moagem, a usina passará a produzir açúcar cristal tipo VHP, para o que adquirimos uma nova fábrica de açúcar, juntamente com todo o sistema de evaporação”, explicou Balbo.
e alta performance”, afirmou Frederico Balbo, Financial Advisor do Grupo Balbo.
Segundo ele, essa confiança já se traduz em resultados concretos. “Na Usina Uberaba, por exemplo, já contamos com a instalação de um acionamento Torqmax no 1º terno da moenda de 78”, evidenciando essa relação de confiança. Temos por tradição manter parcerias sólidas com nossos fornecedores estratégicos, e a Zanini Renk é parte importante desse ecossistema. Dessa forma, a qualidade, a confiabilidade e a credibilidade da Zanini Renk foram fundamentais para a decisão de avançar nesse projeto, que reforça nossa confiança mútua e projeta novos resultados para o futuro.”
O plano da Usina Uberaba prevê um salto expressivo na capacidade industrial. Atualmente, a unidade processa 3,2 milhões de toneladas de cana por safra, mas com o novo projeto passará a moer 4 milhões de toneladas. “Esse
Além da nova fábrica, o projeto contempla a instalação de um tandem de moendas 66”, bem como um moderno sistema de transporte e armazenamento de açúcar. “Esses investimentos representam um passo estratégico fundamental para a Usina Uberaba, que fortalece sua posição no mercado de açúcar e etanol ao ampliar sua capacidade, diversificar sua produção e reforçar sua competitividade no setor”, destacou.
Do ponto de vista técnico, a nova unidade impressiona pelos números. “A fábrica de açúcar adquirida da Zanini Renk tem capacidade nominal para produzir 22.000 sacos por dia de açúcar cristal tipo VHP.Trata-se de um fornecimento completo, no modelo turn-key, que inclui projeto, fabricação e montagem em campo”, detalhou Vicente Tadeu Machado, gerente industrial da Usina Uberaba. Ele ressalta que o escopo contempla equipamentos de grande porte. “Inclui baterias de aquecimento totalizando 2.800 m², conjunto de sulfitação, pré-evaporador multi-reboiler com 8.000 m², conjunto de evaporação com 15.000 m², cinco cozedores de 800 Hl cada e um secador de açúcar com capacidade de 30.000 sacos por dia. A entrega será realizada pela Zanini Renk de forma integrada, com todas

as interligações necessárias, montagem, incluindo start-up, operação assistida e treinamentos para a equipe de operadores, garantindo segurança, eficiência e confiabilidade no início das operações.”
O gerente industrial ainda reforça os diferenciais tecnológicos do projeto. “O projeto foi concebido no modelo convencional, mas incorpora importantes avanços em modernização e automação, alinhados ao padrão tecnológico já adotado pela Usina Uberaba em suas instalações. Cada detalhe está sendo cuidadosamente discutido e validado em conjunto pelas equipes de engenharia, com foco em desenvolver uma solução prática, segura, de alta performance e preparada para o crescimento futuro”, disse.
Para ele, a nova fábrica terá papel central no futuro da usina. “A nova fábrica de açúcar terá papel estratégico no atingimento dos objetivos da Usina Uberaba, ao permitir tanto a diversificação de produtos quanto a absorção do aumento da moagem, consolidando a usina em um novo patamar de competitividade e eficiência.”
Um dos marcos dessa nova fase da empresa foi o fornecimento de uma fábrica de açúcar e todo sistema de evaporação projetada pela Pedrosa Consultoria para a Usina Caeté – Unidade Paulicéia para produção de 16.000 sacos de açúcar por dia. Neste projeto a Zanini Serviços, foi responsável pela fabricação de todos os equipamentos, como evaporadores, cozedores, cristalizadores, aquecedores, entregues em prazo recorde e com excelência em qualidade.
O desempenho da planta tem sido excepcional, com a unidade registrando recordes de produção logo nos primeiros meses de operação. O resultado reafirma a confiança do mercado na competência técnica e fabril da Zanini Renk.
Outro projeto de destaque foi o fornecimento de um vácuo contínuo de 3.200 HCL e evaporadores para a WD Agroindustrial. Os equipamentos já estão em plena operação, alcançando a capacidade máxima prevista no projeto e contribuindo diretamente para o aumento da produtividade da usina.
Diante dos resultados, a WD Agroindustrial já planeja uma nova etapa de expansão: produzir 40.000 sacas de 50kg de açúcar por dia no curto prazo, consolidando-se como uma referência em crescimento sustentável e eficiência no setor.


Desde a década de 50, a Zanini participou efetivamente da fabricação, montagem e posta em marcha de mais de 100 unidades produtoras de açúcar, etanol e energia implantados na América Latina.
Nos últimos anos a Zanini Serviços se tornou a principal fornecedora de plantas completas pelo regime chave na mão. A experiência em plantas novas e o corpo de engenheiros da Zanini Serviços permite oferecer ao mercado serviços de otimização de plantas existentes, visando reduzir o consumo de vapor e melhorar o rendimento de todos os processos da usina.
• Coleta e análise de dados
• Balanço de massas e energia
• Cogeração
Projetos otimizados para transformação de plantas produtoras de vapor em plantas cogeradoras de energia.
Vantagens
• Economia de água.
• Economia de vapor.
• Ampliação do mix de produtos da usina.
• Aumento da receita.
• Maximização na co-geração via bagaço.
• Diminuição no consumo energético do processo na fábrica de açúcar.
• Diminuição no consumo energético na fabricação do etanol.
• Minimização do volume final da vinhaça.
• Redução no volume de água de processo.
• Inserção de condensadores evaporativos.
• Redução no consumo de combustível.


RSG - Potência e confiança para mover resultados.

MAIOR DENSIDADE DE TORQUE, MELHOR CUSTO BENEFÍCIO
A Linha RSG da Zanini Renk oferece redutores de médio porte (7 a 20 toneladas) que entregam mais potência e a melhor densidade de torque do mercado, proporcionando um excelente custo-benefício para indústrias que necessitam de acionamentos robustos e confiáveis.
Para alcançar os mais altos padrões de desempenho e eficiência, a tecnologia da linha RSG segue as melhores práticas de World Class Manufacturing (WCM) e utiliza softwares avançados para simulação estrutural e dinâmica de fluidos.
Cada redutor passa por verificações rigorosas e é produzido com materiais de alta qualidade, passando pelo tratamento térmico exclusivo da Zanini Renk (maior da América Latina).
Além disso, graças a implementação da indústria 4.0 em nossas fábricas, o processo produtivo tornou-se mais eficiente, garantindo excelente custo-benefício e prazos curtos de entrega.

ZILMAR JOSÉ DE SOUZA*
A capacidade instalada outorgada e em operação da fonte biomassa é de 18.142 MW, equivalente a 8,5% da potência outorgada centralizada no país, equivalente a 4ª fonte mais importante na matriz elétrica brasileira, atrás apenas das fontes centralizadas hídrica, eólica e fóssil. Representando 70% da capacidade instalada pela biomassa em geral, com 12.718 MW, a biomassa da cana apresenta uma capacidade instalada centralizada superior, inclusive, às usinas Belo Monte e Sobradinho somadas. O potencial técni-
do consumo anual de energia elétrica de um país como a Argentina. Essas informações foram consolidadas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), elaboradas com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os dados da bioeletricidade incluem a geração com os diversos tipos de biomassa, como lenha, lixívia, bagaço e palha de cana, resíduos de madeira, capim elefante, casca de arroz, biogás etc., mas a principal geração se dá com o bagaço e a palha da cana. No primeiro semestre de 2025, o setor sucroenergético continuou li-
váveis fossem mais de 93% da geração na matriz elétrica brasileira no período. Em termos de emissões de CO2, estima-se que a produção desses quase 11 mil GWh de bioeletricidade para a rede tenha evitado emissões de 2,7 milhões de toneladas de CO2, marca que seria atingida com o cultivo de 19 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos. Com relação aos Estados mais produtivos, temos que o Estado de São Paulo permaneceu na liderança do ranking de produção de bioeletricidade para a rede nacional, sendo responsável por 37,5% de toda a bioeletricidade produzida para

co de geração de bioeletricidade para a rede mostra que podemos avançar ainda mais nessa representatividade. Atualmente, estamos aproveitando apenas 15% do potencial de geração de bioeletricidade sucroenergética para a rede, ou seja, podemos gerar para a rede quase sete vezes mais do que produzimos, evidenciando o potencial de expansão na matriz elétrica brasileira nos próximos anos. Ainda assim, a fonte biomassa já se mostra estratégica para a matriz elétrica brasileira, mas pode avançar mais. Prova disto é que a bioeletricidade ofertada para a rede entre janeiro e junho deste ano foi de quase 11 mil GWh, equivalente a atender 11% do consumo industrial do país no mesmo período ou a aproximadamente 10%
derando a produção de bioeletricidade para rede, representando 65% dessa geração renovável no Brasil. Somente o setor sucroenergético ofertou para o sistema em torno de 7,1 mil GWh, equivalente a mais de 25% da geração da usina Belo Monte no mesmo período, com forte concentração da produção no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro. A fonte bioeletricidade permaneceu sendo a 4ª fonte mais relevante na geração total do país, atrás apenas das fontes hídrica, eólica e solar fotovoltaica centralizada. A bioeletricidade para a rede foi 3,5 vezes maior do que a geração de energia elétrica com carvão mineral, entre janeiro e junho deste ano, mostrando a importância da bioenergia e contribuindo para que as fontes reno-

a rede no país, seguido pelos Estados do Mato Grosso do Sul (16,0%), de Minas Gerais (15,5%), do Paraná (12,3%) e de Goiás (7,5%). Esses dados incluem todas as biomassas, mas reforçam que os principais Estados produtores de cana-de-açúcar concentram a maior parcela de geração de bioeletricidade também, com esses cinco Estados concentrando 89% da geração total de bioeletricidade para a rede no país, durante o primeiro semestre de 2025. Quando falamos em emissões de CO2 evitadas, estima-se que a produção de bioeletricidade em geral para a rede, pelo Estado de São Paulo, tenha evitado a emissões de 4,3 milhões de toneladas de CO2, marca que seria atingida com o cultivo de 30 milhões de árvores nativas ao
longo de 20 anos. Para aproveitarmos o potencial técnico da bioeletricidade para a rede é importante estabelecermos uma política setorial estimulante e de longo prazo para a bioeletricidade e o biogás para estimular o investimento e aproveitamento desse potencial da bioenergia. Tal política setorial deve primar por diretrizes básicas envolvendo o esforço conjunto de agentes públicos e privados, dentre elas avançar com a modernização no setor elétrico brasileiro, estabelecendo mecanismos que valorizem os atributos ambientais, locacionais, elétricos, confiabilidade, econômicos e sociais advindos do uso da bioeletricidade e do biogás, contribuindo para diminuir o custo global de operação do Sistema Nacional. Nos próximos anos, o país vai continuar fortalecendo o mercado livre e, nesta linha, é relevante continuarmos estimulando mecanismos para viabilizar projetos de bioeletricidade para garantir uma oferta de geração renovável e não intermitente para o mercado livre, incluindo aspectos de financiamento, de regras de comercialização e de regulamentação em geral que caminhem para reconhecer os atributos da bioeletricidade no ambiente institucional e no mercado livre de energia brasileiro. Um último ponto é estabelecer nos instrumentos de planejamento setorial soluções estruturadas para a conexão das usinas às redes elétricas e uma visão estruturante e integrada da bioeletricidade com os demais produtos da cana-de-açúcar na matriz de energia do país (etanol, biogás, biometano e hidrogênio). No ano de Conferência das Partes - COP 30, contar com uma geração para a rede de energia renovável que produziu o equivalente a 11% do consumo industrial do país no 1º semestre de 2025, além de potencial para elevar essa produção não intermitente em quase sete vezes, é uma janela de oportunidade valiosa que não podemos nos dar ao luxo de perder.
*Gerente de bioeletricidade da UNICA

Ganho econômico está em estudo de entidades americanas de produtores do biocombustível
Estudo econômico revela que ampliar o acesso dos consumidores em todo o país, durante todo o ano, a combustíveis com mistura de 15% de etanol seria um benefício para a economia americana.
Hoje, o E15 (15%) não é aplicado nos meses de verão nos EUA, estação que ocorre entre junho e agosto. Caso o
E15 vigorasse no ano todo, o benefício estimado se estenderia a agricultores, comunidades e consumidores, destaca o documento da Associação Nacional de Produtores de Milho e da Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês).
Ganhos com 15% de etanol
O estudo mostra que o fornecimento consistente de E15 durante todo o ano proporcionaria:
• PIB: um acréscimo de US$ 25,8 bilhões ao produto interno bruto dos EUA, que, em 2024, foi de US$ 29,18 trilhões
• Renda: aumentaria a renda em US$ 10,3 bilhões e
• Empregos: geraria 128.000 novos empregos em tempo integral
• Produção de etanol: do impacto econômico de US$ 25,8 bilhões, US$ 7,3 bilhões estão associados à produção de etanol
• Milho: US$ 13,8 bilhões provêm do milho necessário para produzir o etanol e os valores restantes são derivados das exportações e da construção civil.
se chegou ao impacto positivo com o E15
Os economistas chegaram aos números de impacto comparando a produção econômica de três cenários de resultados, não necessariamente anos específicos: estabelecimento de uma linha de base para o uso do milho
para etanol e o impacto econômico da indústria do etanol, um cenário de adoção provisória do E15 à medida que a infraestrutura e a capacidade são desenvolvidas e a adoção total do E15.
Por que o E15 não é adotado o ano todo?
“O etanol tem um histórico comprovado quando se trata de impulsionar a economia rural, criar bons empregos e abrir novos mercados valiosos para os agricultores”, disse, em nota, o presidente e CEO da RFA, Geoff Cooper.
“Mas políticas ultrapassadas, como a barreira do E15 no verão [junho a agosto], estão sufocando o crescimento.
Este novo relatório mostra exatamente o que está em jogo: milhares de empregos, bilhões de dólares em atividade econômica e a saúde da economia agrícola estão em risco. É hora de o Congresso aprovar uma legislação que permita o uso do E15 durante todo o ano.”


A Universidade de São Paulo (USP) e o Imperial College London estão impulsionando um avanço inédito na pesquisa em células a combustível no Brasil.
O projeto, liderado pelo Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da USP, busca não apenas aprimorar tecnologias baseadas em hidrogênio, mas também desenvolver células a combustível capazes de operar diretamente com etanol, sem necessidade de conversão prévia. Essa inovação pode redefinir o papel do etanol na transição energética, tornando-o uma alternativa viável e eficiente para o setor de transportes e aplicações industriais.
Coordenado pelo pesquisador do RCGI Thiago Lopes, do Laboratório de Células a Combustível da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), e com a participação do renomado professor Nigel Brandon, do Imperial College London — que também é coordenador do programa de células a combustível e hidrogênio do Reino Unido —, o projeto desenvolve tecnologias para células a combustível de baixa e alta temperatura.
Enquanto as de baixa temperatura utilizam hidrogênio e são voltadas para aprimoramento da modelagem e do transporte de reagentes, as de
alta temperatura têm o diferencial de empregar diretamente o etanol, permitindo maior eficiência energética e eliminando a necessidade de tanques de hidrogênio, que são mais pesados e complexos de armazenar.
A iniciativa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no âmbito do programa “São Paulo Excellence Chair” (SPEC), e conta com a colaboração de mais três professores do Imperial College e de especialistas da USP.
Um dos objetivos centrais é fortalecer a engenharia de células a combustível, um campo historicamente menos explorado no Brasil em comparação aos estudos em materiais e ciências fundamentais.
“O Brasil teve um investimento significativo em células a combustível no início dos anos 2000, mas perdeu fôlego ao longo do tempo. Nosso diferencial está em desenvolver a engenharia dos sistemas, o que nos permitirá recuperar a competitividade na área”, explica Thiago Lopes. “Estamos combinando modelagem avançada e experimentação para criar sistemas eficientes e competitivos.”
O desenvolvimento de células a combustível para hidrogênio se alinha diretamente a outro avanço recente do RCGI: o início dos testes de uma planta piloto capaz de converter etanol em hidrogênio por reforma a vapor, com capacidade de produção de 100 kg de hidrogênio por dia. Essa tecnologia é vista como uma alternativa promissora para a eletrificação de ônibus e veículos de carga. Paralelamente, o uso direto do etanol em células a combustível amplia ainda mais suas aplicações na transição energética, eliminando a necessidade de conversão prévia para hidrogênio.
“Isso é especialmente relevante para o Brasil, que possui uma infraestrutura consolidada de produção e distribuição de etanol”, destaca Lopes.
Segundo o diretor científicos do RCGI, Julio Meneghini, ainda são poucos os esforços no mundo voltados para células a combustível que utilizem etanol diretamente.
“Essa iniciativa representa uma inovação estratégica, pois aproveita uma das maiores vocações do Brasil, que é a produção e o uso consolidado do etanol como combustível renovável.
Ao avançarmos nessa frente, temos a chance de transformar o país em referência internacional nesse campo em expansão, fortalecendo tanto a
pesquisa quanto a aplicação prática de tecnologias limpas.”
Aplicação comercial
O desenvolvimento do projeto SPEC ocorre em paralelo a uma iniciativa financiada pela Shell, focada na aceleração da pesquisa em células a combustível de alta temperatura. A meta é que até o final de 2025 seja concluído um protótipo funcional de uma célula a combustível movida a etanol. Já o projeto SPEC, mais voltado para avanços fundamentais, tem um prazo maior, com término previsto para 2026, podendo ser estendido para 2027.
“O aporte da empresa permitiu avançarmos de forma mais rápida”, explica Lopes. “A ideia é que, a partir do primeiro protótipo, possamos expandir a pesquisa para empilhamentos de células, criando sistemas com capacidade suficiente para aplicações veiculares e industriais”. O projeto SPEC, iniciado em 2021, tem como objetivo final a consolidação de um polo de excelência em células a combustível no Brasil, promovendo a formação de recursos humanos qualificados e o desenvolvimento de tecnologias que possam ser aplicadas comercialmente. “Nossa intenção é transformar o conhecimento produzido em soluções reais para a transição energética”, finaliza Lopes.

Biopolímero verde mostrou bons resultados na recuperação de pacientes que passaram por cirurgia de varizes
A eficácia de um filme de celulose bacteriana desenvolvida a partir da fermentação da cana-de-açúcar como curativo de ferida pós-operatória de tratamento de varizes dos membros inferiores foi comprovada por um estudo realizado no Hospital das Clínicas (HC) da UFPE com 55 pacientes da Área Assistencial de Angiologia e Cirurgia Vascular.
O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A retirada desse curativo também se mostrou mais fácil e com menos dor”, explica o chefe da Área Assistencial de Cirurgia Vascular do HC e professor do CCM-UFPE, Esdras Marques, que foi o orientador do estudo.
mental, que utilizou o filme de celulose bacteriana para cobrir as microincisões; e o grupo controle, que utilizou a fita microporosa.
Entre o quarto e o sexto dia de pós-operatório, os pacientes foram avaliados quanto à dor, ao prurido e ao aspecto da ferida, utilizando a Escala de Avaliação de Feridas de Southampton. Os grupos foram homogêneos em todos os dados demográficos, presença de comorbidades e Classificação Clínica CEAP.

“O estudo apresentou um curativo biológico (sustentável) para ser usado nas feridas pós-operatórias do tratamento das varizes das pernas.
Tem um menor custo financeiro e foi tão eficaz na cicatrização das feridas quanto o curativo tradicional, que é de material sintético (a fita microporosa), mas por ser biológico causou menos coceira.
O novo produto é um biopolímero verde, biocompatível e biodegradável.
Ele foi comparado com o material usado tradicionalmente (fita microporosa) em um ensaio clínico randomizado com 55 pacientes submetidos à cirurgia de varizes, divididos em dois grupos: o experi-

Sob a orientação de Esdras Marques, o estudo foi realizado pelo cirurgião vascular e doutorando Allan Maia e participação da então aluna da graduação em Medicina da UFPE, Mariana Vieira, com bolsa de iniciação científica do PIC-Ebserh, e suporte do Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP) do HC e da empresa Polisa, que produz o biopolímero.
O artigo foi assinado também por Fernanda Rocha, Layla Mahnke, Flávia Morone Pinto, Tiago Pereira, Mariana Neves, Sarah Palácio, Katharine Saraiva, Josiane Barbosa, Simone Penello, Jaiurte Silva e José Lamartine Aguiar.
*Coordenadoria de Comunicação Social do HCUFPE

Agricultores que colocam o solo no centro da estratégia colhem ganhos expressivos de produtividade e sustentabilidade
A cana-de-açúcar é um dos pilares da agroindústria brasileira e tem se reinventado continuamente para manter o país na liderança mundial em produção de açúcar e etanol. Na safra 2025/26, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção nacional de 668,8 milhões de toneladas, uma leve redução de 1,2% em relação ao ciclo anterior. Com uma área total de 8,85 milhões de hectares, a produtividade média nacional cai para 75,575 toneladas por hectare, refletindo os impactos de seca, altas temperaturas, incêndios e irregularidade hídrica, sobretudo na região Centro-Sul, onde se concentra cerca de 85% da produção do país. Neste cenário desafiador, destacar-se na produtividade se torna ainda mais relevante. Entre os pioneiros do manejo microbiológico está o engenheiro agrônomo e produtor Renato Delarco, sócio-proprietário da RR Agrícola, que conduz 2.500 hectares de cana-de-açúcar distribuídos em 55 fundos agrícolas no Noroeste paulista. Enquanto a média nacional gira em torno de 75 t/ha, Delarco colhe resultados históricos em setembro de 2025, com estimativas iniciais de 160 t/ha em cana planta, mais que o dobro da média nacional e referência consolidada para o setor.
O manejo biológico como diferencial
A trajetória de Delarco com o manejo biológico começou há alguns anos, quando ele decidiu priorizar práticas regenerativas. Em 2023, durante sua tese de pós-graduação na ESALQ/ USP, o engenheiro agrônomo já apresentava dados concretos sobre os benefícios da adoção da Biotecnologia Microgeo®. O experimento conduzido em Monte Azul Paulista/ SP apontou que a aplicação de 300 L/ha da biotecnologia durante a formação do canavial resultou em um incremento médio de 17 toneladas
por hectare em relação à área testemunha. Na época, o ganho financeiro calculado superava R$ 2 mil por hectare, considerando a tabela Consecana de 2022. “Estamos apenas engatinhando em análises microbiológicas, em conhecimento de microbiologia do solo. Então, tudo que você consegue comprovar tecnicamente, cientificamente contribui com o setor”, avaliou Delarco, reforçando que os benefícios vão além da produtividade: o manejo microbiológico também garante maior resiliência do canavial frente à anos climáticos adversos, reduzindo riscos de perdas totais. Dois anos depois, os resultados continuam crescendo. Em março de 2025, durante encontro técnico realizado em Piracicaba (SP), Delarco compartilhou com outros produtores médias de produtividade acima de 100 t/ha, mesmo em solos restritivos e condições climáticas adversas. À época, destacou que o uso da Biotecnologia Microgeo® havia se tornado parte estruturante do seu sistema de produção. “Hoje não questionamos mais a eficácia do Microgeo®. Já realizamos pesquisas e análises que inclusive foram vencedoras de prêmios e que comprovam seus benefícios. Agora, através de mais pesquisas, buscamos entender quais microrganismos atuam nas áreas produtivas e em que momento do ciclo eles são determinantes para os bons resultados”, afirmou.
Outro exemplo de uso do manejo microbiológico vem da Usina Rio Amambai, no Mato Grosso do Sul, onde o engenheiro agrônomo e Gerente de Planejamento, desenvolvimento e qualidade da empresa, Thiago Gomes Veloso de Araújo, reforça que a biotecnologia tem se integrado a diferentes práticas para dar mais resiliência ao canavial.
“Nós acreditamos no Microgeo® como mais uma ferramenta dentro das várias que estamos usando na formação da lavoura. Entre as práticas, temos feito o uso de organomineral enriquecido, cobertura de solo com mix de plantas, produtos isolados na linha

biológica e o Microgeo® como opção de substituição da água para plantio e para as plantas. O nosso manejo hoje é totalmente voltado à formação para fortalecimento da cana-planta, buscando melhorar a parte de enraizamento. Temos observado que, mesmo sob o estresse hídrico que passamos em agosto e setembro, tivemos uma cana verde, o canavial verde. A cana-planta não sentiu, e atribuímos isso a esse conjunto de fatores. O ‘combo’ do nosso manejo.” Na avaliação de Veloso, a adoção da biotecnologia já demonstra ganhos tangíveis para a produtividade e a longevidade do solo. “Nós já temos alguns trabalhos desenvolvidos em cana-planta que nos dão segurança para seguir com a tecnologia. Como eu disse, o combo das ações que estamos fazendo em relação à estruturação e à vida do solo tem o Microgeo® como ferramenta fundamental para complementar tudo isso. Temos trabalhos em cana com mais de 5 a 10 toneladas/ha de incremento, o que contribui de forma bem relevante para a longevidade do canavial, mantendo a vida ativa do solo. Esse é o conceito que buscamos.” Veloso destaca ainda que o Microgeo® vem se mostrando aliado da sustentabilidade e da resiliência produtiva: “Além da sustentabilidade, o Microgeo® vem para contribuir, manter a vida ativa do solo, adicionar microrganismos, melhorar a parte de enraizamento e manter toda a rede biológica ativa. Isso melhora não só a fertilidade, mas também o equilíbrio do solo. Buscamos sempre essa diversidade e esse equilíbrio no ecossistema, porque acreditamos que isso torna o solo cada
vez mais produtivo e resiliente. O Microgeo® vem justamente com esse objetivo: fortalecer todas essas práticas que temos adotado.”
Solo vivo, lavoura resiliente
A experiência prática do produtor confirma os dados de instituições de pesquisa. Estudos conduzidos pela Feagri/Unicamp e apresentados na STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil) mostram que áreas tratadas com Microgeo® apresentam densidade de solo significativamente menor do que áreas testemunha, permitindo maior crescimento radicular. Pesquisas da Unesp Botucatu, conduzidas por Carlos Crusciol e Gabriela Siqueira, evidenciam ganhos em nutrientes disponíveis, maior atividade enzimática, redução na temperatura foliar e eficiência no uso da água, fatores determinantes para a produtividade em condições tropicais. Na prática, isso significa que produtores que colocam o solo como ativo estratégico conseguem maior estabilidade produtiva em anos desafiadores, como o atual ciclo marcado por seca e altas temperaturas, e ainda elevam o teto de rendimento em safras favoráveis. A colheita de 2025 da RR Agrícola, com média de 160 t/ha, e a experiência da Usina Rio Amambai, com ganhos em enraizamento, longevidade e resiliência, reforçam a tendência de que a inovação biológica é um caminho consolidado para superar médias nacionais em cenários críticos.
Segundo análises de mais de 175 áreas comerciais conduzidas com a Biotecnologia Microgeo®, o incremento médio de produtividade é consistente
A Conab estima que a produção no Sudeste, principal região produtora, deva alcançar 424,5 milhões de toneladas, 3,4% inferior à safra passada, com São Paulo responsável por 337,9 milhões de toneladas — uma redução de 15,65 milhões de toneladas devido
a incêndios, seca e altas temperaturas em 2024.
No Centro-Oeste, a produtividade média cai levemente, mas a expansão da área compensa parcialmente, enquanto o Norte sofre redução de 5,6% na produção devido a condições climáticas mais restritivas. Já Nordeste e Sul registram aumentos moderados de área e produtividade. Esses números evidenciam que, mesmo com adversidades climáticas e queda da produtividade média nacional, manejos microbiológicos regenerativos bem conduzidos podem dobrar os rendimentos locais, como comprova os resultados dos Delarco.

Um movimento que cresce no setor
O avanço do manejo microbiológico da cana-de-açúcar acompanha uma agenda global de sustentabilidade e está alinhado às exigências crescentes por práticas agrícolas mais eficientes. Para o setor sucroenergético, a combinação entre biotecnologia e manejo do solo representa não apenas uma alternativa, mas uma estratégia de futuro, capaz de entregar produtividade, sustentabilidade e resiliência frente às mudanças climáticas.
Segundo análises de mais de 175 áreas comerciais conduzidas com a Biotecnologia Microgeo®, o incremento médio de produtividade é consistente e aponta ganhos expressivos por hectare. Esses números, aliados à comprovação científica, reforçam que a agricultura regenerativa deixou de ser conceito para se consolidar como prática, com impacto direto na rentabilidade, longevidade dos canaviais e qualidade do produto.
O futuro da cana já está sendo escrito
O setor sucroenergético brasileiro tem diante de si o desafio de seguir competitivo globalmente, ao mesmo tempo em que precisa responder às pressões ambientais e às mudanças climáticas. Experiências como a dos Delarco mostram que o futuro está em integrar produtividade e sustentabilidade a partir do solo.


Ao adotar o manejo microbiológico como prioridade e investir em soluções biológicas, o produtor mantém sua produtividade em patamares históricos e abre caminho para um modelo agrícola mais resiliente e lucrativo.
Sua trajetória reforça que aqueles que compreenderem a importância de
cuidar do solo como organismo vivo colherão os melhores resultados em produtividade, qualidade e sustentabilidade, tornando-se referência para o setor sucroenergético em um país que precisa continuar líder mundial mesmo diante de anos desafiadores.
Especialista em biotecnologia
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ela também presidirá o Conselho, órgão máximo da Sociedade Internacional de Tecnólogos da Canade-Açúcar
A professora Monalisa Sampaio Carneiro, especialista em biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é a primeira mulher a assumir a presidência do Comitê Executivo da Sociedade Internacional de Tecnólogos da Cana-de-Açúcar (ISSCT). Ela também presidirá o Conselho, órgão máximo da ISSCT. É a primeira vez que uma mulher presidirá os órgãos de governança da entidade desde sua criação em 1924. Monalisa foi eleita durante a reunião final do 32º Congresso da entidade, realizado entre 25 e 28 de agosto em Cali, na Colômbia.
A professora Monalisa Sampaio Carneiro é membro da ISSCT há muitos anos e foi eleita para o Comitê Executivo em 2019. Monalisa Sampaio Carneiro é professora titular da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Brasil, onde se dedica ao ensino e à orientação de alunos de graduação e

pós-graduação, ministrando cursos de biotecnologia, engenharia genética, biossegurança e bioinformática, além de supervisionar projetos de pesquisa voltados para a inovação no setor da cana-de-açúcar.
É bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com mais de 50 artigos científicos publicados e o desenvolvimento de 11 variedades de cana-de-açúcar. Ex-coordenadora do curso de graduação em Biotecnologia e do programa de pós-graduação em Produção Vegetal e Bioprocessos Associados da UFSCar.
Variedades de cana
É bacharel e mestre em Agronomia pela Universidade Federal da Bahia e doutora em Genética e Melhoramento Vegetal pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) desde 2001. Trabalha no desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar RB dentro da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA), onde atua como Líder de Biotecnologia na RIDESA/UFSCar. Sua pesquisa se concentra em melhoramento molecular e biotecnologia da cana-de-açúcar, com ênfase em seleção assistida por genômica, fenotipagem de alto rendimento, análise de diversidade genética, impressão digital molecular e
variedades de cana-de-açúcar geneticamente modificadas.
A professora Carneiro é membro da Sociedade Internacional de Tecnólogos da Cana-de-Açúcar (ISSCT) desde 2010, tendo participado pela primeira vez do XXVII Congresso da ISSCT em Veracruz, no México. Ela fez parte do Comitê Organizador Local do 10º Workshop de Germoplasma e Melhoramento Genético / 7º Workshop de Biologia Molecular, realizado em Maceió, Brasil, em 2011, e posteriormente atuou no Comitê de Germoplasma e Melhoramento Genético em 2016 e 2019. Desde 2019, ela é membro do Comitê Executivo da ISSCT.
A professora Monalisa Sampaio Carneiro, especialista em biotecnologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), é a primeira mulher a assumir a presidência do Comitê Executivo da Sociedade Internacional de Tecnólogos da Cana-de-Açúcar (ISSCT). Ela também presidirá o Conselho, órgão máximo da ISSCT. É a primeira vez que uma mulher presidirá os órgãos de governança da entidade desde sua criação em 1924. Monalisa foi eleita durante a reunião final do 32º Congresso da entidade, realizado entre 25 e 28 de agosto em Cali, na Colômbia.


Luz, Câmera, Ação! Os holofotes se voltam agora para as estrelas que fazem brilhar o setor bioenergético do Norte/Nordeste
Na quinta-feira 13 de novembro, a capital pernambucana se transformará no epicentro da celebração das maiores conquistas do setor bioenergético das regiões Norte e Nordeste. O MasterCana Norte/ Nordeste 2025 chega a Recife trazendo consigo o brilho dos holofotes voltados para as ver dadeiras estrelas que movimentam e fazem prosperar um dos segmentos mais importantes da economia brasileira. O evento ganha ainda mais relevância ao ser transmitido ao vivo pelo canal do JornalCana no YouTube, democratizando o acesso a uma celebração
que tradicionalmente ficava restrita aos participantes presenciais. Essa iniciativa permite que profissionais, estudantes e interessados do setor acompanhem de qualquer lugar do país os momentos de glória das empresas que estão redefinindo os padrões de excelência no segmento bioenergético. O MasterCana Norte/Nordeste 2025 se destaca pela abrangência de suas categorias, refletindo a complexidade e a multidisciplinaridade do setor sucroenergético moderno. Responsabilidade Empresarial, Logística, Manejo Varietal, Preservação Ambiental e Automação Agrícola são apenas algumas das áreas contempladas na premiação, evidenciando como a excelência no setor bioenergético não se limita a uma única frente de atuação. A categoria de Responsabilidade Empresarial reconhece as usinas que transcenderam o papel tradicional de meras produtoras, assumindo o protagonismo no desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde se inserem. Essas empresas compreenderam que o sucesso sustentável está intrinsecamente ligado ao bem-estar das populações locais, investindo em projetos educacionais, de capacitação profissional e de fortalecimento da economia regional. Na frente da Preservação Ambiental, as premiadas demonstram que é possível conciliar produtividade agroindustrial com conservação dos recursos naturais. Elas implementaram soluções que
reduzem significativamente as emissões de carbono, promovem a economia circular através do reaproveitamento de resíduos, e desenvolvem projetos de recuperação de áreas degradadas que servem como modelo para toda a indústria. A Automação Agrícola emerge como uma das categorias mais observadas, representando a revolução digital que vem transformando os canaviais brasileiros. As usinas premiadas nesta categoria investiram pesadamente em tecnologias de precisão, sistemas de monitoramento em tempo real, e soluções de inteligência artificial que otimizam desde o plantio até a colheita, maximizando a produtividade enquanto minimizam o impacto ambiental.
O Manejo Varietal, por sua vez, celebra as empresas que dominaram a arte e a ciência de selecionar, desenvolver e cultivar variedades de cana-de-açúcar adaptadas às condições específicas das regiões Norte e Nordeste. Esse conhecimento técnico especializa do é fundamental para garantir não apenas a produtividade, mas também a resistência às adversidades climáticas que caracterizam essas regiões. Reconhecimento das lideranças e networking Uma das facetas mais emocionantes do MasterCana Norte/ Nordeste 2025 será o reconhecimento das lideranças que moldaram e continuam moldando o futuro do setor.

MasterCana Centro-Sul & Social 2025 celebra resiliência e inovação do setor bioenergético em noite de gala no Multiplan Hall
O setor bioenergético brasileiro viveu uma noite de gala em Ribeirão Preto-SP, no último dia 11 de agosto. O MasterCana Centro-Sul & Social 2025, realizado no Multiplan Hall, reuniu cerca de 500 convidados em um evento que já é conhecido como o “Oscar da Cana”. Com o tema “Luz, Câmera, Ação!”, a cerimônia premiou os protagonistas que representam aproximadamente 50% do PIB da bioenergia nacional, reforçando a importância do setor para a economia e para a agenda sustentável do país.
Mais de 50 grupos e usinas participaram da celebração, que distribuiu troféus em seis categorias estratégicas: Mais Influentes da História do Setor, Mais Influentes do Setor, Mulheres Mais Influentes, Mestres da Cana, TOP Marcas e MasterCana Social.
Além de homenagens, o evento também foi espaço para reflexões sobre o presente e o futuro da bioenergia. Autoridades e representantes do setor destacaram a resiliência diante das adversidades climáticas e de mercado em 2025, ao mesmo tempo em que apontaram avanços concretos, como a Lei do Combustível do Futuro, o aumento da mistura de etanol na gasolina e as novas fronteiras para o etanol no transporte aéreo e marítimo.
“As luzes, as câmeras, são para vocês, porque vocês é que fazem a ação, vocês é que fazem tudo isso e por isso, merecem não apenas o troféu, merecem aplausos, merecem o reconhecimento, merecem os holofotes pra ficar registrado na história, não apenas do setor, mas na história do



























































































Estudo mostra que a agricultura, especialmente atividades como grãos e cana-deaçúcar, lidera a adoção de automação, digitalização e ferramentas de agricultura de precisão
O agronegócio brasileiro avançou 35% em maturidade tecnológica entre 2019 e 2024, segundo o Índice Agrotech GS1 Brasil, lançado pela Associação Brasileira de Automação. O estudo mostra que a agricultura, especialmente atividades como grãos e cana-de-açúcar, lidera a adoção de automação, digitalização e ferramentas de agricultura de precisão. Nesse movimento de transformação,
a plataforma AxiAgro se consolida como uma das soluções que mais têm contribuído para elevar a eficiência operacional e a competitividade no campo.
A plataforma, que combina inteligência e tecnologia para extrair máxima performance de máquinas e equipamentos agrícolas, responde a um dos maiores desafios identificados pelo levantamento: otimizar o uso de equipamentos, reduzir desperdícios e integrar dados de forma prática à gestão das operações.
Segundo o estudo, além de ganhos em produtividade e sustentabilidade, a automação proporciona maior rastreabilidade e alinhamento às exigências ambientais e de mercado.
É nesse ponto que a AxiAgro se destaca, ajudando produtores e prestadores de serviços a diminuir custos ope-

racionais, reduzir emissões de gases de efeito estufa e mitigar riscos de segurança e trabalhistas.
Com a expansão da conectividade no campo e a chegada do 5G, o Índice
Agrotech GS1 Brasil projeta um salto ainda maior na digitalização e integração das operações agrícolas. Nesse cenário, a AxiAgro mostra-se estratégica para a cana e demais culturas, reforçando o papel do Brasil como referência global em inovação no agronegócio.

A AxiAgro é uma plataforma de apontamento, telemetria e inteligência artificial para otimização da logística e operações agrícolas mecanizadas.
A plataforma é composta de tecnologias exclusivas, como aplicativo Android, computador de bordo inteligente, câmera de identificação de fadiga e o AxiWays, um rotograma que otimiza os trajetos e amplia a segurança na condução dos veículos nas áreas agrícolas.
E, para conectar as tecnologias e transformar os dados em ações operacionais e estratégicas, a AxiAgro integra um ambiente virtual exclusivo para o cliente na AWS (Amazon), desen-
volve interfaces de CIA (Central de Informações e Alertas) e BI (Business Intelligence) e implanta redes de comunicação de dados de celular, Starlink, wi-fi, wi-fi mesh e outros protocolos padrão. Interessante que essas redes são para tráfego de dados gerais do cliente, não apenas da AxiAgro.
O trabalho da plataforma começa com o aplicativo em celular Android como interface com o operador da máquina ou veículo, o que traz diversos benefícios de convergência, pois possui comunicação nativa com as redes de dados das operadoras, wi-fi e bluetooth, além de permitir o uso de outros aplicativos no próprio celular, como sistemas de registro de ponto, RH, rádio digital, manutenção, dentre outros.
Como funcionalidades básicas, o aplicativo permite fazer o registro de
ponto – seja via REP ou biometria facial -, o apontamento de trabalho, de operações e atividades daquele equipamento.
O aplicativo permite, também, trazer uma telemetria básica. Como, por exemplo: geolocalização e velocidade da operação. E isso de forma automática, ou seja, a máquina movimentou, o celular identifica e exige apontamento, ou o aplicativo aponta automaticamente.
Permite apontar as paradas, fazer checklists de manutenção, chamadas de operação e de manutenção, integrando os apontamentos de manutenção como chamadas e Ordens de Serviço direto no sistema de manutenção próprio da empresa.
Já o computador de bordo da Axiagro é, de fato inteligente, porque possui memória e processamento local, além de um sistema de navegação de drone, com inclinômetro e geolocalização com precisão de 30 cm, em substituição ao GPS convencional.
Consegue ler a rede CAN e capturar centenas de dados operacionais
do veículo ou da máquina, como, por exemplo, RPM, carga de motor, se alguns implementos estão ou não acionados, inclusive o piloto automático. Essa tecnologia permite que, independentemente de a máquina estar em área com ou sem conectividade da dados, os padrões operacionais que foram baixados no computador de bordo deverão ser seguidos e os desvios serão alertados aos operadores, e não apenas por alertas sonoros, mas por voz, como no Waze.
A plataforma proporciona que os parâmetros operacionais sejam customizados especificamente para cada máquina, tipo de operação e talhão, atuando no conceito de agricultura de precisão.
“A missão da AxiAgro é entender o cliente, sua realidade e sua inteligência operacional, integrar essa inteligência a tecnologias validadas e entregar resultados sustentáveis. O papel de toda essa plataforma é desdobrar a inteligência, que possui a equipe de gestão das usinas e produtores, para a rotina da operação, educando, empoderando e facilitando a vida dos operadores”, enfatiza Josias Messias, CEO da Pró-Usinas.
O estande do JornalCana na maior feira mundial de bioenergia, a Fenasucro & Agrocana, entre os dias 12 a 15 de agosto em Sertãozinho (SP), recebeu a visita de centenas de profissionais do setor.

















ilustres no Sinatub Usina 4.0
Com foco em eficiência, inovação e integração industrial, o SINATUB Usina 4.0 – Automação e Gestão
Industrial Inteligente reuniu profissionais e empresas no dia 13 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP), dentro da programação oficial da Fenasucro & Agrocana.











Seminário Usinas de Alta Performance Agroindustrial do N/NE 25 e 26 de março




MasterCana Centro-Sul e Social 2026 10 de agosto


MasterCana Norte/Nordeste 2026 12 de novembro


25º SINATUB - Usinas de Alta Performance Industrial 20 e 21 de maio
Extração | Cogeração | Açúcar | Etanol | Gestão de Ativos | Biogás

6º SINATUBUsina 4.0 - Manutenção, Automação e Gestão Industrial Inteligente 12 de agosto


Seminário de Manejo Regenerativo e Biológico em Cana-de-açúcar 17 e 18 de junho


MasterCana Brasil & Award 2026 19 de outubro

• Antecipação do processo devido à matéria-prima. Interligação de bases agrícola e industrial
• Tomada de decisão global e não local
• PDCA on-line para a operação
• Dados do laboratório influenciando processo diretamente
• Sei a eficiência de meus equipamentos
• Meus stakeholders visualizam meus KPIs por diferentes formas



