Caderno do Professor - Jogos de cinema: lugares, memórias e narrativas
JOGOS DE CINEMA: LUGARES, MEMÓRIAS E NARRATIVAS
Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Fundação Itaú | Itaú Cultural Nascimento, Lucas. Jogos de cinema : lugares, memórias e narrativas / São Paulo : Itaú Cultural , 2025. (Cadernos do professor) 18 p. : PDF.
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-7979-204-5
1. Cinema. 2. Teatro. 3. Educação. 4. Plano de aula. I. Fundação Itaú. II. Itaú Cultural. III. Enciclopédia Itaú Cultural. IV. Título.
Ao produzir imagens, memórias e narrativas, o cinema oferece novas formas de experimentar o mundo, inclusive ressignificando os territórios onde vivemos. A presente sequência didática propõe atividades lúdicas e colaborativas que apresentam o cinema como espaço coletivo de diálogo e convívio com a diferença, em conformidade com a Lei n. 13.006/2014, que dispõe sobre a exibição de filmes de produção nacional nos currículos das escolas públicas brasileiras.
objetivos
• Explorar elementos constitutivos do cinema;
• Promover experiências de interação e criação coletiva por meio do audiovisual;
• Refletir sobre a comunidade;
• Criar personagens e narrativas;
• Explorar o espaço da escola, buscando outras formas de observá-lo.
áreas do conhecimento
Artes cênicas, artes visuais, história, língua portuguesa.
segmento(s) e habilidades da BNCC
Ensino Fundamental – Anos Finais: EF69AR03, EF69AR04, EF69AR05, EF69AR06, EF69AR30; EF69LP46.
O cinema na escola potencializa a capacidade de formar subjetividades e ampliar a compreensão de si e do mundo. Assistir a filmes permite conhecer diferentes culturas, visões e sensibilidades. A prática cinematográfica na escola — filmar, experimentar enquadramentos, sons e narrativas — convida os estudantes a serem autores de suas próprias visões de mundo, articulando descoberta e invenção.
A Lei n. 15.100/2025 oferece diretrizes para o uso de aparelhos eletrônicos portáteis de uso pessoal, como celulares, por estudantes da educação básica, a fim de restringir o uso desses dispositivos em ambientes escolares, promover o engajamento dos estudantes nas atividades pedagógicas e proteger a saúde mental, física e emocional de crianças e adolescentes. A lei, no entanto, permite o uso de celulares para fins pedagógicos, com autorização do professor, e para garantir os direitos fundamentais de acessibilidade, saúde e segurança
É conveniente, portanto, certificar-se quais as diretrizes de aplicação da lei em sua escola
Antes de filmar ou fotografar com câmeras, vamos provocar o olhar e buscar confiar no olhar do outro. Na atividade a seguir, propomos a exploração do espaço da escola com os olhos vendados. A ideia é proporcionar aos alunos uma experiência sensorial que os faça perceber sons, cheiros, texturas, distâncias e novas maneiras de se relacionar com o espaço e exercitar a confiança e a integração entre os participantes.
Jogo dos olhos vendados
Organize a turma em duplas. Em cada dupla, um estudante permanece de olhos fechados ou vendados e o outro o conduz pela escola. Ao fim da caminhada, o estudante-guia posiciona o estudante de olhos fechados como se ele fosse uma câmera. O estudante guiado abre os olhos por apenas 5 segundos para “fotografar” o que vê. De olhos novamente fechados, é conduzido pelo colega para o lugar onde o exercício começou. Se houver tempo, os integrantes de cada dupla invertem as funções.
Em roda, conversem sobre a atividade Como foi a experiência de ser guiado com os olhos fechados por outra pessoa? Para quem guiou, como foi a responsabilidade de conduzir alguém sem visão? O que você conseguiu perceber na “fotografia” de cinco segundos? Quais detalhes chamaram mais atenção: cores, formas, luz, objetos, pessoas? Houve alguma surpresa? Podemos descrever o que vimos como quem descreve uma fotografia ou uma cena de um filme?
Após a conversa, peça aos estudantes um desenho baseado na imagem “fotografada” mentalmente. Caso julgue oportuno, sugira que escrevam um pequeno texto sobre o que viram e sentiram. Ou ainda, que produzam fotografias a partir dessa experiência ao longo da semana para serem expostas em sala de aula.
2º MOMENTO
Enquadramentos e cores
O enquadramento é um dos conceitos fundamentais da linguagem cinematográfica. Enquadrar é escolher o que será visto e o que ficará fora do campo da imagem. Qual a distância da câmera? Como os elementos filmados (luz, pessoas, espaço) se relacionam? O plano é aberto ou focado nos detalhes? Filmamos a cena de cima para baixo ou de baixo para cima? O enquadramento não serve apenas para mostrar, mas também para sugerir, esconder ou contrapor. Enquadrar envolve, ao mesmo tempo, decisão e abertura para o acaso.
Por sua vez, o uso das cores no cinema sugere atmosferas, provoca emoções e altera leituras. Uma simples mudança cromática pode transformar completamente a imagem: ao explorar ludicamente o uso das cores podemos ressignificar o que vemos e destacar o que passa despercebido no cotidiano.
Flávia Abtibol e Chicco Moreira O céu dos índios Desâna e Tuiuca, 2018
Documentário, 26 min.
Gustavo Caboco e Pedra do Bendegó Kanau’kyba - Kaminhos da pedra, 2021 Animação, 11 min.
Enquadramento
Em uma folha A4, recorte molduras de papel com o grupo. Peça que os alunos caminhem e enquadrem nas molduras os elementos ou o espaço da sala, como se estivessem filmando ou fotografando. Caso haja possibilidade de fotografar, proponha que os enquadramentos sejam registrados, mantendo dentro da foto as molduras de papel. Discuta com os estudantes os elementos formais das fotografias – cores, texturas, linhas, luz, sombras etc. Explicite que esses elementos composicionais são utilizados no contexto audiovisual como recursos expressivos. Reflita com os estudantes sobre o que ficou dentro ou fora do quadro e por que selecionaram alguns elementos e desprezaram outros. Com as sobras de papel, peça que façam pequenos tubos, fixados com fita adesiva ou um pouco de cola.
Repita a experiência de enquadrar o espaço, mas agora observando através dessa pequena moldura circular formada pelo tubo. Como no exercício anterior, se for possível, fotografe a cena emoldurada. Durante essa atividade ou depois dela, converse com a turma sobre as diferenças entre as duas imagens emolduradas. Quais as sensações geradas por cada uma delas? Foram explorados enquadramentos mais abertos ou mais fechados (close-up)? O enquadramento circular a partir do tubo proporcionou a impressão de zoom?
Cor
Distribua papéis celofane de cores variadas e proponha que os estudantes observem o espaço através dessas folhas coloridas. Depois, com os celofanes na frente da câmera, peça que fotografem ou filmem vídeos de 30 segundos. A seguir, sugira que repitam a atividade, mas sem o uso do papel colorido. Ao fim, exiba o material produzido por eles e questione as diferenças entre os registros realizados com e sem os papéis: quais as sensações estimuladas por cada cor? Quais as possíveis alterações causadas nas imagens pelo papel?
3º
MOMENTO
Enquadrando os corpos no espaço
O uso do espaço como mobilizador do jogo teatral é uma estratégia propícia para o trabalho em sala de aula. O espaço não é um simples fundo sobre o qual a ação acontece, mas um elemento ativo que provoca, orienta e dá forma a esse jogo. Esse espaço pode ser experimentado sensorial e poeticamente pelos alunos. Improvisar e criar cenas a partir de espaços não convencionais estimula a prática teatral menos textocêntrica.
Ao observar, escolher e ocupar os espaços da escola de forma criativa, desacostumamos o nosso olhar e o de quem estiver ao redor. Vemos e damos a ver aquele espaço, suas singularidades, potencialidades e carências, e o transformamos por alguns instantes. É uma colagem dos corpos na superfície que, por si só, já expressa algo. Uma montagem com o próprio corpo. Um teatro feito de imagens breves.
Emílio Domingos
Favela é moda, 2019
Documentário, 77 min.
Com a participação dos alunos, escolha espaços da escola para definir alguns enquadramentos. O ponto de vista de onde o enquadramento vai partir pode ser demarcado com giz ou fita adesiva.
Uma vez delimitado o local e a distância do registro, cada estudante entra no enquadramento propondo uma pose. Sugira que os grupos explorem as relações entre o corpo e as linhas e formas do espaço circundante, questionando de que maneiras inusitadas o corpo pode se encaixar na arquitetura. Essa experimentação pode ser alternada entre os estudantes com um sinal sonoro (como uma palma) determinando o momento de saída de um aluno e da entrada de outro.
Em um segundo momento, divida a turma em dois grupos: um atua como plateia e o outro apresenta a cena. A cada sinal sonoro, um estudante entra no espaço cênico, mas ninguém sai da pose até que o grupo inteiro esteja no quadro. Cada novo estudante que entra na cena também deve se relacionar com as poses já enquadradas. A ideia é criar coletivamente uma cena estática, sem combiná-la previamente. Caso haja possibilidade, fotografe as imagens criadas
A partir das poses, os estudantes podem improvisar pequenas cenas depois da atividade ou produzi-las durante a semana, apresentando-as no próximo momento.
4º MOMENTO
O som e a sonorização
O som no cinema desempenha um papel tão importante na construção de atmosfera e narrativa que é difícil imaginar o cinema sem esse recurso. Em muitos casos, o que ouvimos é mais importante do que o que vemos: o som age sobre a imagem; ele pode ilustrá-la ou lhe trazer outros sentidos, provocando sensações e evocando o que está fora do quadro.
O surgimento do som no cinema promoveu fortes transformações na linguagem cinematográfica. Antes disso, os filmes eram mudos e a narrativa dependia exclusivamente das imagens, dos gestos dos atores e das cartelas com texto. A trilha sonora era geralmente executada ao vivo por músicos nas salas de exibição. No final da década de 1920, os filmes passaram a incluir falas sincronizadas com as imagens e efeitos sonoros gravados. O advento do som promoveu mudanças estéticas: os diálogos passaram a ser priorizados e as formas de atuação se adaptaram a essa nova realidade.
Auguste Lumière e Louis Lumière
Arrivée d’un train à la Ciotat [A chegada do trem na estação], 1896 Filme, 1 min.
Proponha para os estudantes a atividade prática a seguir, baseada no cinema sonoro como conhecemos hoje e na experiência dos pioneiros na invenção do cinematógrafo, os irmãos Lumière, que gravaram filmes de aproximadamente 50 segundos de duração sem som – como é o caso de A chegada do trem na estação (1896) ou Demolição de um muro (1896), facilmente encontrados na internet.
Nessa atividade, cada grupo grava um vídeo de 1 minuto de uma cena do seu cotidiano. O posicionamento da câmera deve ser fixo, e o vídeo, captado sem som.
Depois, proponha que cada grupo escolha o vídeo de outro grupo e o sonorize, criando sons com os elementos disponíveis na própria sala de aula e com suas próprias vozes.
Ao final da atividade, reflita com os estudantes sobre como a sonorização altera nossa percepção do filme. Uma mesma cena pode ser cômica ou dramática, leve ou tensa, a depender do som que a acompanha.
5º MOMENTO
Território e alteridade
O cinema, mais do que registrar o mundo, tem o poder de transformar o modo como o vemos. Por meio de seus recursos expressivos – o enquadramento, o uso das cores, o foco, os sons –, ele pode ressignificar o cotidiano e as paisagens familiares, revelando novos sentidos e outras leituras da realidade. Até mesmo um documentário parte de escolhas expressivas (Onde posicionar a câmera? O que deixar dentro ou fora do quadro? Sonorizar ou silenciar o filme?), revelando-se não apenas como um registro da realidade, mas sobretudo como um modo de se relacionar com ela, questionando-a, observando-a por diferentes ângulos.
Caminho da escola
Proponha aos alunos que registrem o deslocamento entre suas casas e a escola em 3 imagens, por meio de desenhos, fotografias ou captação de som. Peça que compartilhem os registros com o resto da turma.
Conversem sobre diferenças e semelhanças entre as imagens ou os áudios, abordando tanto as escolhas formais dos estudantes, quanto os cenários mostrados nas fotos ou os sons. Por que o aluno escolheu esses pontos do trajeto?
De que maneira imagens de percursos diferentes se assemelham? Há elementos que se repetem? Quais as diferenças explícitas?
A partir dessa conversa, chame a atenção dos alunos para a representação do trabalho em seus registros. Mesmo na ausência de trabalhadores nas imagens, de que forma as atividades laborais se fazem presentes? Por exemplo, um registro feito em um ônibus implica o trabalho de um motorista. O som de uma obra remete ao trabalho de quantas pessoas?
Planos de trabalho
Após a discussão, sugira que cada estudante grave um vídeo de alguém trabalhando, com até 1 minuto de duração. Pode ser qualquer atividade laboral, incluindo as manuais e domésticas. Após a realização do vídeo, monte uma lista de reprodução com os vídeos produzidos pela turma para que todos possam vê-los.
Discutam sobre as singularidades de cada trabalho executado: em que lugares os vídeos foram realizados? Quais os sons daqueles ambientes? Como estão os corpos das pessoas filmadas enquanto trabalham?
Uma referência que pode ser mostrada antes ou depois desse exercício é o trabalho do diretor Leon Hirszman (1937-1987). Muitos de seus filmes retratam
o cotidiano de trabalhadores e refletem sobre a desigualdade, as condições de trabalho e a luta por direitos. Comente a trajetória desse diretor com a turma e exiba trechos de seus filmes que dialoguem com as sequências de trabalho criadas pelos alunos . Sugerimos os curtas documentais da série Cantos de trabalho (1955), de Humberto Mauro (1897-1993), e a cena final de Eles não usam black-tie (1981), disponível no catálogo da plataforma Itaú Cultural Play, filme de ficção baseado na peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006).
Outra referência presente é Estou me guardando para quando o Carnaval chegar (2019), de Marcelo Gomes (1963). O documentário aborda o cotidiano dos moradores de Toritama, cidade do agreste pernambucano considerada a capital do jeans, e suas relações laborais. Depois de uma rotina intensa de trabalho, os habitantes da cidade fogem para o litoral no carnaval. Em uma das cenas, o diretor substitui o barulho perturbador das máquinas de costura por uma música e reflete sobre as relações entre som e imagem: o barulho cessa, mas o movimento repetitivo do trabalhador na máquina ainda causa incômodo. Ao longo do documentário, os depoimentos revelam contradições e nos instigam a refletir sobre as condições de trabalho em uma cidade fortemente impactada pela industrialização. Outro aspecto importante desse filme, tema da próxima atividade, é a memória. As lembranças da infância que o diretor guarda da região contrastam com o que a cidade se tornou. A experiência coletiva dos habitantes é entrecortada por desejos e memórias singulares de cada um deles.
Marcelo Gomes
Estou me guardando para quando o carnaval chegar, 2019 Filme, 86 min.
Leon Hirszman
Eles não usam black-tie, 1981 Filme, 123 min.
Foto narrada
Oriente os estudantes a pedirem para uma pessoa mais velha (da família ou da comunidade) mostrar uma fotografia impressa ou revelada que lhe seja importante e fale sobre ela. Caso o aluno tenha dificuldade, sugira que o relato seja produzido com um membro da comunidade escolar, como o cozinheiro, a diretora ou outros professores. Peça que filmem o depoimento em vídeo, tentando registrar tanto a fotografia como a narrativa, além de feições e gestos do depoente.
Foto fabulada
Após observarem o resultado dos depoimentos, é hora de inventar memórias a partir das fotografias. O professor e os estudantes devem levar fotos impressas, de preferência do arquivo da família. Caso não haja essa possibilidade, podem ser fotos recortadas de jornais e revistas
Divida a turma em grupos: um grupo irá filmar e o outro criar depoimentos. Cada participante do segundo grupo escolhe uma foto para inventar uma história sobre ela. A história contada pode ser improvisada ou ensaiada previamente e os depoimentos inventados podem ser filmados em vídeos de até 2 minutos.
Reflita com os estudantes: o que existe de singular e coletivo nesses depoimentos? Conseguimos separar precisamente o que é memória e o que é invenção?
Qual a influência das imagens nos depoimentos? Como delimitamos o que é ficção e o que é documentário?
Jogo da entrevista
O uso da entrevista no documentário pode contribuir para o encontro com diferentes perspectivas a partir de um mesmo tema ou dispositivo mobilizador. Ela permite o surgimento de relatos pessoais, a valorização da subjetividade e a diminuição das distâncias hierárquicas entre quem filma e quem é filmado.
O cineasta Eduardo Coutinho (1933-2014) realizou documentários pautados em entrevistas, com prioridade para as memórias de pessoas anônimas. Muitos de seus filmes partem de dispositivos de criação, conjuntos de regras que delimitam as filmagens e montagem. Em Edifício Master (2002), o diretor e sua equipe praticamente se mudam para um prédio na zona sul no Rio de Janeiro e passam sete dias filmando pessoas que vivem nele.
Converse com os alunos sobre a trajetória de Eduardo Coutinho e assista com eles ao documentário Jogo de cena (2007), que, ao cruzar documentário e encenação, dialoga fortemente com os exercícios propostos. Outra sugestão é o clássico filme do mesmo diretor, Cabra marcado para morrer (1984), que faz parte do catálogo da Itaú Cultural Play.
A partir do uso da estratégia da entrevista e aprofundando as relações entre realidade e ficção no cinema documental, proponha para a sala a atividade seguinte, inspirada nas propostas do dramaturgo José Sanchis Sinisterra.
Divida a turma em grupos de quatro jogadores (A, B, C e D). Esses jogadores devem formar um círculo com uma fotografia ao centro. O jogador A observa a imagem e cria um personagem inspirado nela (que sensações e histórias aquela imagem suscita?). Os jogadores B e C entrevistam o jogador A. Quando o jogador B faz perguntas, o jogador A responde a partir de experiências pessoais. No entanto, quando o jogador C faz a pergunta, o jogador A deve responder como se fosse o personagem criado. Enquanto os dois jogadores conduzem a entrevista, o jogador D faz movimentos que o jogador A deve reproduzir enquanto responde.
Esse jogo de improvisação explora a criação de personagens de modo coletivo.
A narrativa é criada tanto pelas perguntas quanto pelas respostas e influenciada pelas imagens mobilizadoras e pelas memórias dos participantes.
Foi possível vislumbrar narrativas? Identificaram personagens? Houve diferenças ou semelhanças entre as histórias reais e as inventadas? Como o outro afeta a minha criação?
reflexão final
Apresente sequência didática, ao relacionar exercícios de teatro com elementos expressivos do cinema, possibilita aos estudantes uma reflexão crítica sobre esses recursos por meio de atividades colaborativas. Propõe, portanto, encontros e descobertas que introduzem os alunos aos recursos audiovisuais e valorizam a autonomia e a inventividade de cada estudante.
O contato com os filmes contribui para a leitura crítica das imagens cinematográficas, pois oferece conhecimento sobre a história de seus elementos expressivos, bem como possibilita a análise e o debate sobre as temáticas abordadas.
sugestões complementares
Para aprofundar o conhecimento de propostas educativas sobre o audiovisual no contexto escolar, conheça a plataforma Itaú Cultural Play para encontrar filmes nacionais de diversos gêneros. Acesse também as listas de reprodução
Para Quem Educa e as sequências didáticas do CineAula
Considere conhecer mais sobre as práticas de cinema do grupo Laboratório
Kumã (UFF), sobretudo a Oficina Cinema, Educação e Direitos Humanos, e as experiências educativas dos grupos Companhia Volante e Coletivo Kerencaferem.
referências
BERGALA, Alain. A hipótese-cinema : pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Notícias. Restrição ao uso do celular nas escolas já está valendo. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/ assuntos/noticias/2025/fevereiro/restricao-ao-uso-do-celular-nas-escolasja-esta-valendo. Acesso em: 12 maio 2025.
FRESQUET, Adriana. Cinema e educação : reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
MIGLIORIN, Cezar et al. Cadernos do inventar: cinema, educação e direitos humanos. Niterói: Instituto de Arte e Comunicação Social, 2016.
MIGLIORIN, Cezar et al. Cinema de grupo, notas de uma prática entre educação e cuidado. Revista GEMInIS, v. 11, n. 2, p. 149-164, maio-ago. 2020.
NASCIMENTO, Lucas da Silva. Ensino de teatro como performance: o jogo teatral no espaço da cidade. Rio de Janeiro, 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Artes Cênicas) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
OHATA, Milton (Org.). Eduardo Coutinho. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
RYNGAERT, Jean-Pierre. Jogar, representar: práticas dramáticas e formação.
São Paulo: Cosac Naify, 2009.
SOARES, Carmela. Pedagogia do jogo teatral: uma poética do efêmero. O ensino do teatro na escola pública. São Paulo: Hucitec, 2010.