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Herói da fé O INCANSÁVEL OBREIRO

O INCANSÁVEL OBREIRO HERÓI DA FÉ

Emma Bevan

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Guillaume Farel, destacado crente do século XVI, é um grande exemplo de cristianismo ativo. Ele se esforçou, dia e noite, durante quase quatro décadas, entre as montanhas e os vales da Suíça, com a intenção de dar a conhecer a Palavra de Deus. W. Farel foi um poderoso instrumento de Cristo que propiciou a expansão do Evangelho de Cristo.

Sob os Alpes, perto da localidade de Gap, situada no sudeste da França, começou em 1489 a história de um homem reto que não procurou uma honra mais alta que ser um obreiro de Deus e que só desejava a alegria de escutar que o Senhor fosse glorificado. Nascido no seio de uma família crente, Guillaume Farel descobriu Jesus com os ensinamentos de seus pais e desde muito cedo demonstrou uma grande disposição para seguir os passos do Criador.

Em sua infância, Farel começou a se educar para se transformar em uma pessoa erudita, capaz de escrever livros e pregar a Palavra do Redentor. Em 1509, persuadiu seu progenitor para que o enviasse a estudar à Universidade de Paris. Ávido de conhecimento bíblico, recebeu aulas particulares de latim, grego e hebraico, na prestigiosa universidade Sorbonne.

Em sua infância, Farel começou a se educar para se transformar em uma pessoa erudita, capaz de escrever livros e pregar a Palavra do Redentor. Em 1509, persuadiu seu progenitor para que o enviasse a estudar à Universidade de Paris. Ávido de conhecimento bíblico, recebeu aulas particulares de latim, grego e hebraico, na prestigiosa universidade Sorbonne.

Além disso, conheceu o servo James Faber, pesquisador das Sagradas Escrituras que detestava a idolatria da igreja tradicional.

Comovido pela postura de Faber contra o pecado, Guillaume escutou suas conferências, assistiu a suas aulas, frequentava os templos onde ele ia para adorar o Altíssimo e se tornou um de seus discípulos mais próximos. Em março de 1519, convertido em mestre de artes e professor de filosofia depois de sua formação universitária, foi testemunha de como seu mestre, por meio da fé em Deus, descobriu a verdadeira doutrina do Salvador e começou a difundir o Evangelho.

Convencido pelos fundamentos inapeláveis do cristianismo, o futuro reformador, após escutar a autêntica adoração ao Criador em boca de Faber, estudou a profundidade e com muito cuidado a Bíblia. Também leu a história dos primeiros dias do cristianismo e descobriu o poder transformador da mensagem do Messias. Então, ele se levantou contra o catolicismo devido a que impulsionava o paganismo com cerimonias e ritos de veneração de imagens, santos e virgens.

IMPULSOR DO EVANGELHO Em 1521, levantado por Deus, como um promotor da verdade, o missionário francês começou seu trabalho evangelístico na cidade de Meaux, situada muito perto de Paris, onde compartilhou o pão de vida nas ruas e mercados, e com potente voz anunciou que a humanidade devia se afastar da maldade e seguir Jesus Cristo. No entanto, sua significativa pregação, baseada nas Escrituras, despertou o ódio das autoridades eclesiásticas que o obrigaram a fugir em 1523 antes de ser proscrito.

Depois de abandonar Meaux, o evangelizador regressou a Paris e denunciou abertamente os desvios da igreja católica. A seguir, voltou a seu lar. Apenas chegou a seu povo, Guillaume difundiu a Palavra nas ruas, em campos, em molhinhos, à beira do rio e nas ladeiras das montanhas. Em qualquer lugar onde duas ou três pessoas po

diam se reunir para escutá-lo, ele aparecia com uma Bíblia na mão para falar do Rei de reis.

Sob o cuidado protetor de Deus, Farel abandonou Gap uma vez que foi considerado pregador herege por monges e sacerdotes locais. Nesses dias, perseguido por uma grande quantidade de inimigos e opositores, viajava constantemente e se escondia em diferentes bosques e diferentes montanhas para salvaguardar sua integridade física, até que, em dezembro de 1523, chegou à Suíça, à localidade de Basileia, onde se estabeleceu e foi abrigado HERÓI DA FÉ

Perseguido por uma grande quantidade de inimigos e opositores, viajava constantemente e se escondia em diferentes bosques e diferentes montanhas para salvaguardar sua integridade física, até que, em dezembro de 1523, chegou à Suíça, à localidade de Basileia, onde se estabeleceu e foi abrigado pelo teólogo Johannes

pelo teólogo Johannes Hausschein.

Durante este período de sua existência, Guillaume visitou a metrópole de Zurique, perto dos Alpes, e se vinculou com o teólogo Ulrich Zwingli, principal reformador suíço daquele tempo, por quem teve uma grande consideração. Do mesmo modo, foi convidado a ministrar o Evangelho na comuna de Montbéliard, pertencente nesse momento ao Império Alemão, que lhe prestou atenção por seu enérgico ministério. Em 1525, sua luta contra a devoção de imagens o condenou ao desterro.

REFORMADOR DA SUÍÇA Após sua expulsão de Montbéliard, o servo de Jesus Cristo, prosseguiu com suas viagens evangelísticas na mesma região. Durante um tempo, sua base de operações foi a cidade de Estrasburgo, um importante centro de comunicações que na atualidade faz parte da França, onde se reencontrou com seu mestre Faber. Depois, em outubro de 1526, optou por se deslocar à zona ocidental da Suíça, encorajado por Berchtold Haller, exegeta amigo de Zwingli, que residia em Berna.

Com a assessoria de Haller, o ministro de Deus se dirigiu ao povo de Aigle, localizado no sudeste do lago de Genebra, onde abriu uma escola na qual ensinou, além de ler e escrever, as histórias do Filho de Deus. Foram quatro anos nos quais, inspirado pela Palavra, falou aos mais pobres acerca do amor e da graça de Jesus. Com amabilidade, Guillaume também lhes mostrou o Salvador, quem nunca antes tinham conhecido. Nesses dias, a povoação levantou a vista para Cristo.

Convencido de que o Todo-Poderoso o tinha enviado à Suíça para engrandecer seu redil, o pastor veraz foi

abençoado pelo Altíssimo, com prédicas impregnadas de fé, que ajudaram a salvar muitas pessoas. Almas famintas e sedentas, provenientes de diferentes pontos do território suíço, procuraram o servo para sentir a presença do único Redentor. Como nos tempos dos apóstolos, uma grande multidão foi agregada ao Senhor. Além disso, as boas novas se difundiram por todas as aldeias.

Em janeiro de 1528, Farel, que quando não estava concentrado no ensino, na pregação ou na oração, escudrinhava diligentemente a Bíblia, participou em um debate público entre os partidários do papa e os reformadores. Realizada na cidade de Berna, capital da Suíça, a polémica foi determinante na história da Reforma em solo helvético. Orador na última discussão do evento, contribuiu com seus sólidos argumentos para que se abolisse a missa.

GLORIOSO PREGADOR Depois de abandonar Aigle, em 1530, o pregador prosseguiu com sua obra e continuou se esforçando para difundir o Evangelho em novos lugares. Contudo, sua passagem pela localidade de Orbe, histórico ponto do cantão de Vaud, sua pregação sofreu alguns reveses. Suas mensagens se vieram vulneradas pelos ferozes ataques de um grupo de mulheres contrárias à sã doutrina. Além disso, sofreu atentados contra sua vida nas localidades de Saint- -Blaise e Grandson.

No meio de seus muitos sofrimentos, o enviado do Soberano dos reis da terra experimentou a alegria de ver, em diferentes cidades e povos suíços, que muitos pecadores foram salvos das garras do maligno graças à Palavra pregada por Guillaume Farel; além de um grande número de homens e mulheres que se entregaram ao Deus vivo e verdadeiro. Com a espada do Espírito e o elmo da salvação, desaprovou também as cerimonias blasfemas e idolátricas do culto romano.

Em outubro de 1532, o porta-voz de Jesus ingressou pela primeira vez à localidade de Genebra para proclamar a autoridade das Escrituras. Então, Genebra se achava no meio de uma luta por sua liberdade.

Atacado desde sua aparição nesta cidade, foi um instrumento de Cristo que propiciou que este núcleo urbano vivesse na fé do santo Evangelho. Depois, Guillaume se relacionou com o teólogo francês João Calvino e o impulsionou a se tornar um destacado representante da Reforma. Guillaume Farel trabalhou, dia e noite, durante quase quarenta anos entre as montanhas e os vales da Suíça com o objetivo de dar a conhecer a Palavra de Deus. Em 13 de setembro de 1565, aos setenta e seis anos, faleceu e se uniu à presença do Senhor. Provavelmente, poucos homens foram, em proporção a seu trabalho, como este amado servo de Jesus Cristo que se elevou acima do ódio, o desprezo e os reproches para pregar sobre a vida eterna e a redenção.

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